HISTÓRIA(S) DO/DE PARAIBANO - VOLUME II - ENTRELAÇOS DE FAMÍLIAS

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LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ DELZUITE DANTAS BRITO VAZ ELIZA BRITO NEVES DOS SANTOS

HISTÓRIA(S) DO/DE PARAIBANO VOLUME II – ENTRELAÇOS DE FAMÍLIAS

2021


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APRESENTAÇÃO Este é o segundo volume da “História(s) do/de Paraibano”; necessário haja vista que a plataforma utilizada para sua publicação não comporta mais que 300 páginas… Os Entrelaços de Familia são destacados, para se verificar como os Paraibanos, através de casamentos, se integraram na vida comunitária e como, com seu trabalho, e modo de vida trazidos das regiões por onde passaram antes de ali se estabelecerem, influenciou todo um modo de vida, já enraizado, daqueles antigos moradores, que praticavam uma agricultura de subsistencia, transformando a região do Brejo em um grande polo agricola e, em consequencia, a etapa seguinde, o da industrialização... Como verificado, introduziram a monetarização – uso de dinheiro! – para pagamento dos excedentes produzidos, pagamento de serviços, venda de mercadorias necessárias à sobrevivencia – com a instação de péde-comércio, feiras, mercados, em suma, organizaram o comércio local e expandiram para outras regiões, transformando o Brejo em um grande centro, suplantando mesmo, o municipio-sede e os de seu entorno, Pastos Bons e São João dos Patos, principalmente... Claro que a alteração de um modo centenário de vida, o grande impacto causado, pagou seus dividendos – políticos, principalmente – quando se decidiu pela emancipação do povoado. Eram muitos os interesses – especialmente economicos – em jogo... A divisão da família, com a saida de João Paraibano, indo se estabelecer em Imperatriz, devido ás perseguições politicas dos poderosos do entorno, e o enfrentamento dessa situação por Bernardino e o Guilhermino, resultaram no que é hoje Paraibano... Buscamos também aqueles que não ficaram no Brejo do Paraibano e retornaram à Paraíba, na hoje Bom Jesus, antes povoado pertencente a Cajazeiras... Essa, a História do/de Paraibano que pretendemos apresentar. Boa leitura...

LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ Do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão Da Academia Ludovicense de Letras Da Academia Poética Brasileira Professor de Educação Física Mestre em Ciência da Informação


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FICHA CATALOGRÁFICA


SUMÁRIO VOLUME II – ENTRELAÇOS DE FAMÍLIAS Apresentação Sumário OS PARAIBANOS ENTRELAÇOS DE FAMÍLIAS FRANCISCO DE BRITO LIRA - ANA MARIA DA CONCEIÇÃO JOSÉ DE BRITO LIRA JOAQUIM DE BRITO LIRA JOÃO DE BRITO LIRA FIRMINO DE BRITO LIRA OS “FURTADO DE BRITO A FAMÍLIA BRITO EM BOM JESUS - PB JOÃO DE BRITO IRMÕ – ZUZA BRITO JOÃO FURTADO DE BRITO QUINTINO DE BRITO LIRA JOSEFA DE BRITO SOUSA QUINTINO DE BRITO LIRA OS “DINIZ BARROS” FLORENTINO DE BRITO LIRA ANTONIA DE BRITO LIRA CONCEIÇÃO DE BRITO LIRA JOSEFA DE BRITO LIRA JOAQUINA JOÃO BRITO LIRA – JOÃO PARAIBANO OUTRAS PERSONALIDADES JOANA DA ROCHA SANTOS – D. NOCA FRANCISCO GOMES RIBEIRO – CHICO SIEBRA PADRE CONSTANTINO PADRE FÉLIX OS “FAUSTINOS” OS “COELHO DE SOUSA” OS “DIAS CARNEIRO” GONÇALO MOREIRA LIMA JOSÉ ANCHIETA LEONARDO ANASTÁCIO SANTANA JOSÉ ORLEANS COSTA THAYNÁ COELGO DEE SANTANA RAFAEL DE SOUSA E GABRIEL BARBOSA BRUNO DE SOUSA NOLETO JOSÉ RIBAMAR NOELTO DE SANTANA ODON FRANCISICO DE CARVALHO LOURDINHA JOSÉ BATISTA HIAGO DESSAIENE SOUSA GODINHO ANNA CLARA FJELHEIN OUTRAS HISTÓRIAS SUCUPIRA DO NORTE PASSAGEM DA COLUNA PRESTES POR PARAIBANO A COLUNA PRESTES E O CAVALO MARCHADOR DE SEO SALES JACUNDÁ JOSÉ SARNEY PARAIBANO ANOS 70 – ESTRADA DA INFANCIA

3 5 7 11 13 15 16 17 18 19 25 30 35 40 45 57 59 61 62 63 64 65 66 91 93 95 101 103 104 108 109 111 114 115 116 122 124 127 129 131 132 133 134 136 139 141 143 146 148 149 151

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6 ENTRELAÇOS DE FAMÍLIA FAMÍLIA DE ANTONIO PARAIBANO BERNARDINO DE BRITO LIRA JOSÉ DE BRITO SOBRINHO GUILHERMINO DE BRITO LIRA JOÃO DE BRITO LIRA MARCOS DE BRITO LIRA MARIA DE BRITO LIRA ROSELY BRITO AGOSTINO DELZUITE DANTAS BRITO VAZ O TEMPO NÃO APAGOU ICNOGRAFIA, DOCUMENTOS, ANEXOS REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS ROBRE OS AUTORES CHANCELA

153 155 182 183 187 198 201 203 205 207 212 275 278 279


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OS “PARAIBANOS”

ANTONIO e MARIQUINHA


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Sinharinha – Maria Pereira Brito, sua esposa


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ENTRELAÇOS DE FAMÍLIAS 1

Entrelaçamentos genealógicos por casamentos havidos entre os diversos personagens, atores desta história. Tem como família-tronco a família de Antonio “Paraibano” de Brito Lira, constando alguns ascendentes e colaterais, bem como as famílias a ela entrelaçadas, até onde conseguimos chegar. Na sua estruturação, cada família corresponde a um titulo que é dividido segundo as gerações. O numero encontrado antes de cada nome é formado por duas células (xx. yy). A primeira célula (xx) corresponde à geração em que esta inserida aquele membro da família, a partir do antepassado mais remoto; a segunda célula (yy) representa a posição desse personagem, em termos ordinais, dentro da geração em que está enquadrado. Retomando a história, a família tem início com o casamento de um Senhor de Engenho, casado com uma portuguesa, da qual descendeu Francisco de Brito Lira. De seu casamento com Ana Maria da Conceição nasceram vinte filhos, dos quais sobreviveram dezoito e, destes, tem-se notícias apenas de ANTONIO (Antonio Paraibano); JOSÉ (Zé de Brito); JOAQUIM; JOÃO; FIRMINO; QUINTINO; FLORENTINO; ANTONIA; CONCEIÇÃO; JOSEFA; JOAQUINA. Além dos filhos que acompanharam Antonio de Brito Lira para o Maranhão, vieram mais tarde outros membros de sua familia – irmãos, sobrinhos, primos, cunhados - que se instalam na região, à medida que o povoado se desenvolve em torno das casas que constroem. Chega sua mãe, a Sra. Ana Maria da Conceição que morava em Surubim, depois Lagoa do Arroz. Um irmão, José de Brito, adquire uma gleba de terra de Vitorino Fernandes, filho de José Fernandes. Essa gleba se chamou “Chapada do Zé de Brito”. Mais tarde, chegaram outros irmãos - Quintino de Brito Lira, Florentino de Brito Lira; e Antonia de Brito Lira – Totonha -, esta veio se localizar na Ponta da Serra. Sobrinhos, como João Furtado Brito - nasceu em Bom Jesus das Cajazeiras, Paraíba; chegou a Paraibano em 1936, a convite de seu tio Antonio de Brito Lira, acompanhado de outro tio, Assis Furtado de Brito; casado com Darci Brito Furtado, filha de Bernardino de Brito Lira (Zuza):

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(SOUZA, Henrique Arthur de. ENTRELAÇOS DE FAMILIAS. Brasília: Valci, 2003).


FRANCISCO DE BRITO LIRA - ANA MARIA DA CONCEIÇÃO nasceram vinte filhos, dos quais sobreviveram dezoito e, destes, tem-se notícias de

ANTONIO (Antonio Paraibano); JOSÉ (Zé de Brito); JOAQUIM; JOÃO; FIRMINO; QUINTINO; FLORENTINO; ANTONIA; CONCEIÇÃO; JOSEFA; JOAQUINA.

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2.02. JOSÉ DE BRITO LIRA (Zé de Brito) - filho de Francisco de Brito Lira e d. Ana Maria da Conceição. Casado com MARIA DO ESPÍRITO SANTO DE SÁ filhos:


14 2.02.1. FRANCISCO DAS CHAGAS BRITO LIRA 2.02.2. HIGINO DE BRITO Mudou-se para o lugar chamado Raposa, municipio de Pastos Bons, em 1920. Depois, adquiriu no Brejo uma propriedade de Vitorino Fernandes, filho de José Fernandes, que passou a se denomiar de Chapada de Zé de Brito, onde é hoje a Unidade Escolar Henrique Dias.


15 2.03. JOAQUIM DE BRITO LIRA - filho de Francisco de Brito Lira e d. Ana Maria da Conceição Casado com ANANIAS; Morou em Aroeiras, município de Cajazeiras, hoje Bom Jesus – PB.


16 2.04. JOÃO DE BRITO LIRA – - filho de Francisco de Brito Lira e d. Ana Maria da Conceição Nasceu em 1881, e faleceu em 1961 em Juazeiro de Norte; casado com JOSEFA MARIA DA CONCEIÇÃO; 2 filhos: 2.04.1.MARIA JOSÉ DE BRITO (Mara) Casada com Cícero Romão Batista 2.04.2.MARCELINA DE BRITO LIRA Casada com Cícero Vieira de Sousa (Cícero Brejeiro) 2.04.3. LAURINDA DE BRITO LIRA Casada com Lindolfo 2.04.4. ANGELA DE BRITO LIRA Casada com Julio Benigno de Sousa 2.04.5. ANGELINA DE BRITO LIRA 2.04.6. FRANCISCO DE BRITO LIRA (França) Casado com Raimunda Rodrigues

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Morou em Juazeiro do Norte e é o avô de Domingos de Lira Brito mais conhecido como Divaldo, ex-prefeito de Paraibano. Irmã de Ananias, casada com Joaquim


17 2.05. FIRMINO DE BRITO LIRA – - filho de Francisco de Brito Lira e d. Ana Maria da Conceição Casado com MARIA FURTADO BRITO; filhos: 2.05.1. JOÃO FURTADO DE BRITO, Casado com Maria Darci Furtado de Brito; 2.05.2. SEVERINO FURTADO BRITO Casado com Maria (Maricota) 2.05.3. ANTONIO FURTADO DE BRITO Casado com Ana 2.05.4. FLORENTINO FURTADO DE BRITO LIRA (LOURO) Casado com Maria de Lourdes de Brito Lira3 2.05.5. JOSÉ FURTADO BRITO LIRA 2.05.6. MARCELINO FURTADO BRITO 2.05.7. TEREZINHA FURTADO BRITO 2.05.8. MILICA FURTADO BRITO 2.05.9. DILZA FURTADO BRITO 2.05.10. JOSÉ DE BRITO IRMÃO (Zuza Brito)

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Irmã de Divaldo, neta de João de Brito Lira


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OS “FURTADO DE BRITO”

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Os filhos de Firmino – João Furtado de Brito, Severino Furtado Brito, Antonio Furtado de Brito e Florentino Furtado de Brito Lira - Louro se estabeleceram em Paraibano; e José Furtado Brito Lira morou por um período na cidade. Passaram também pela cidade: Marcelino Furtado Brito, Terezinha Furtado Brito, Milica Furtado Brito, Dilza Furtado Brito. A primeira referencia a um membro da família Brito em relação à história de Bom Jesus - antiga Aroeira se dá em relação à Banda Cabaçal, que tinha Firmino de Brito Lira como um de seus componentes, tocador de foles de oito baixos.

FAZENDA AROEIRA – hoje BOM JESUS – PB 4

Bom Jesus nasceu entre a Paraíba e o Ceará, da antiga Fazenda Aroeira. Antes, Recanto de Aroeiras, vegetação que batizou o lugar. Em 1885 que a fazenda Aroeira se consolidou, desbravada por Antônio Caetano Leite. Densa, resistente e medicinal, mas infelizmente em fase de extinção. A aroeira é motivo de orgulho para o povo de Bom Jesus: é o símbolo maior da origem daquela gente. Com tanta aroeira para contar esta história, a fazenda não poderia ganhar outro nome e, depois, virou sítio Aroeira. No lugar, a primeira casa foi de taipa, onde morava o desbravador da terra, Antônio Caetano Leite e sua esposa Francisca Maria de Jesus. A casa passou por várias

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BRITO, Eliomar Gonçalves de. Nossa história. Disponível em htpp:/bomjesus.pb.gov.br/fase1.html


20 reformas, passou a pertencer ao agropecuarista Sebastião Bandeira de Melo – nome que batizou, anos depois, o lugar, que se transformou numa praça, no centro da cidade. A comunidade foi se desenvolvendo a partir de junho de 1915, ano de criação da Diocese de Cajazeiras, cidade a quem Bom Jesus pertenceu até 1963. Durante uma das celebrações os sítios, o padre Francisco Lopez de Souza, padre Lopez, entusiasmou-se para construir uma capela no município de Cajazeiras. Depois de sua posse, no dia 11 de fevereiro de 1917, na paróquia Nossa Senhora da Piedade, cujo secretário da diocese era o padre João Guimarães. O Padre Lopez ajudou a diocese escolher um lugar para a nova capela: o sítio Forquilha, próximo ao Aroeira, que já era chamado de “lugarejo”. Por motivo ignorado não foi possível a construção na Forquilha, conseqüentemente realizou-se em Aroeira. Na história da cidade, Brito (2009) 5 fala do primeiro time de futebol - jogou pela primeira vez em um domingo, dia 2 do ano de 1939 no sítio Pitombeira – em que aparece outro membro da família Brito. Ao relacionar os primeiros campos de futebol, cita que o sexto ficava na Praça José de Brito Irmão6 – filho de Firmino e irmão de João Furtado de Brito. Desse time de Aroeira destacavam-se os seguintes goleiros: João Luciano da Silva, José de Brito Irmão (Zuza Brito) e Antônio Gonçalves de Lima. Em certo jogo de futebol aconteceu um fato que chamou atenção de todos que, de tanta ousadia, é lembrada até hoje: O goleiro José de Brito Irmão, numa cobrança de pênaltis, se empolgou na hora da defesa, e pegou a bola com trave e tudo. Vale dizer que na época as traves eram feitas de forquilha. Dentre os Pioneiros da cidade, temos: - Antônio Furtado Bilac – primeiro barbeiro. - Zuza Brito7, bodegueiro. - Maria Singular de Brito (Dona Singular) – primeira professora pública;

Existia muita luta e força de vontade dos antigos proprietários para a construção da Capela.

Concluída a

construção da capela, organizaram a inauguração que ocorreu em clima de muita festa, com a presença de um grande número de pessoas e autoridades. Padre Lopez inaugurou em setembro de 1922, embora a primeira missa tenha sido celebrada pelo Padre em 1917 em baixo de um Juazeiro. Existia a feira livre aos domingos, onde o Sr. Antônio Gonçalves Moreira comprava o restante dos cereais para que os vendedores voltassem na feira seguinte, esse gesto, dentre outros demonstrava o interesse no desenvolvimento do povoado.

5 BRITO,

Eliomar Gonçalves de. Nossa história. Disponível em htpp:/bomjesus.pb.gov.br/fase1.html JOSÉ BRITO IRMÃO, filho de Firmino, foi prefeito de Bom Jesus 7 Zuza Brito, como era conhecido José Brito Irmão 6


21 Dentre os colaboradores para o crescimento do povoado estavam: Firmino de Brito Lira (irmão de Antonio de Brito Lira, pai de João Furtado de Brito), Francisco de Brito Neto, Joaquim de Brito Lira (irmão de Antonio de Brito Lira, tio de João Furtado de Brito), José de Brito Irmão (Zuza Brito, filho de Firmino), e Maria Singular de Brito. Todos contribuíram de forma marcante para o desenvolvimento de Bom Jesus. História da Cidade8 Bom Jesus é um município brasileiro do estado da Paraíba localizado namicrorregião de Cajazeiras. O povoamento da região iniciou-se a partir da fazenda Aroeira, em 1885, de propriedade de Antônio Caetano Leite e Antônio Gonçalves Moreira. Em 1902, Sebastião Bandeira de Melo implantou um beneficiamento de algodão, intensificando o povoamento. Em 19 de julho de 1918 foi registrada a doação de terras para a construção da capela no sítio Aroeira. A inauguração foi feita pelo Francisco Lopez de Souza em setembro de 1922. A capela consolidou o povoado, com o surgimento de festas religiosas, ambulantes, pequenos comerciantes e outras atividades. Com o fechamento da usina de algodão, o município entra em decadência econômica, até 1957, quando o prefeito de Cajazeiras Antônio Cartaxo Rolim beneficiou o povoado com a instalação do primeiro motor gerador de energia elétrica, construiu o grupo escolar Antônio Gonçalves Moreira e instalou uma linha telefônica ligando o Distrito a Cajazeiras. O distrito foi criado pela lei municipal nº 185, de 08-07-1959, subordinado ao município de Cajazeiras. A emancipação política ocorreu em 5 de novembro de 1963, pela lei estadual nº 3096. O município está incluído na área geográfica de abrangência do semiáridobrasileiro, definida pelo Ministério da Integração Nacional em 2005.[6] Esta delimitação tem como critérios o índice pluviométrico, o índice de aridez e o risco de seca. O município está localizado na unidade geoambiental da Depressão Sertaneja, com clima semiárido quente e seco. A vegetação predominante é a caatinga xerófila. Bom Jesus está inserido nos domínios da bacia hidrográfica do rio Piranhas, Sub-Bacia do Rio do Peixe. Seus principais tributários são os riachos do Batuque e do Cipó, todos de regime intermitente.[7] A economia de Bom Jesus tem a agricultura como sua principal atividade, destacando-se o cultivo de arroz, milho e feijão, que formam a base da economia local.

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http://www.prefeiturabomjesus.pb.gov.br/noticias/historia.shtml


22 PROFETAS POPULARES Entre outros, destacamos: José de Brito Irmão (Zuza Brito), que segue várias experiências de seus antepassados tais como: Trovão no mês de maio; A barra do dia de São João; A barra do ano novo e a mais eficaz, a do dia 2 de fevereiro, “essa é tiro e queda”, por exemplo: se amanhecer chovendo muito ou tempo limpo, o ano é bom de inverno, se amanhecer neblinando, o ano é escasso. Ele também foi, e continua sendo, um grande conciliador em sua comunidade, resolve problemas difíceis com facilidade. Passar em Bom Jesus é importante conhecer Zuza Brito, ele é um acervo vivo9 de nossa cultura, além de conservar o patrimônio moral.

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Já falecido, em março de 2003


23 LAMPIÃO NA REGIÃO DE AROEIRA Nesse período houve um crescente desenvolvimento, entretanto houve também algumas calamidades no nordeste que adstringiram o interior da Paraíba. Ocorreram várias epidemias e grandes secas. Entre elas a seca de 1919 e a seca de 1932, ainda perdurou por vários anos a fase do cangaceirismo, que complicou muito a vida dos sertanejos, aumentado a migração de muitos nordestinos para outras plagas em busca de uma vida melhor, porém nem todos conseguiram. A exemplo dos demais, o povoado Aroeira passou por um período de muito medo, pois os boatos sobre os ataques dos cangaceiros e, principalmente Lampião assombrava a todos, e fugiam para as matas. Algumas mulheres fugiam corriam com panelas de feijão quente na cabeça e outros utensílios. Foi um tempo de muita tensão no interior do nordeste, abrangendo o povoado Aroeira. Por ironia do destino, ocorreu o mais grave, Lampião e seu bando, formado por 55 cangaceiros, acamparam no sítio Logradouro, a três quilômetros de distância do povoado de Aroeira. Ele foi à propriedade do Sr. Firmino Brito. Ao chegar de frente a casa, desmontaram dos animais. Uma parte dos cangaceiros, incluindo Lampião, quebrou a porta da casa e entraram, e a outra parte colocou os animais dentro de uma roça de milho verde. Ao entrar na casa, Lampião viu os meninos dormindo em redes na sala, o Capitão gritou para os companheiros: - "Não mexam com os meninos!" Nesse momento o dono da casa, Firmino Brito, estava fazendo boca de noite na residência do seu compadre Joaquim Bilac. Quando chegou correndo por volta das nove horas, Antônio Brito disse: - "Papai, Lampião está lá em casa. Firmino falou:" como assim meu filho?”Logo pensou: “Vão matar meus filhos” Antônio, tenso, informou que eles chegaram e arrombaram a porta e Lampião gritou: “- Cadê seu Pai?” Antônio respondeu que ele estava viajando. Lampião olhou para os meninos dizendo: - Não tenham medo, não vou fazer nada com vocês. E disse mais: - Seu pai é sábio, ele jogou no veado! E acrescentou: - Diga a seu pai que quem esteve aqui foi Capitão Virgulino, vulgo Lampião. Um dos meninos, Zuza Brito, presenciou tudo e, quando abriram as malas, procurando objetos, encontraram e tocaram Harmônica (fole de oito baixos), pois Firmino Brito era tocador de fole. Durante a noite inteira os cangaceiros ficaram com rifle de lado e cartucheira encruzada no peito conversando. Enquanto isso os animais permaneciam dentro das roças de milho. Foi uma noite de muito medo naquele mês de maio de 1927. Nessa mesma noite, um morador do sítio Logradouro, conhecido como Ferreira, ouvindo o barulho dos cangaceiros, saiu correndo em direção ao povoado Aroeira: "- Lampião tá no Logradouro."


24 Aí foi um corre-corre geral, era mulher gritando, meninos chorando, outros em silêncio, mas todos procurando fugir para as matas. Nessa noite não ficou ninguém no povoado. A maioria correu para o sítio cipó, outros para Cabaceira e sítio Escurinho, ficando no povoado apenas dois senhores: Mestre Brito e o delegado Raimundo Felino, que mandaram um recado para Lampião pelo mesmo portador, Ferreira de Chicão: - "Diga a Lampião, que temos uma peia ensebada para o seu lombo!” Depois disso foram para um lugar estratégico, na estrada do povoado e se posicionaram um de um lado e outro do outro do corredor, com a seguinte proposta: Quando Lampião fosse entrando que chegasse igual com as pedras (que ainda hoje existem localizadas ao lado da maternidade), abririam fogo contra Lampião, e correr em sentido contrário. Porém esse plano não foi concretizado, o famoso Lampião nunca apareceu no povoado. Do sítio Logradouro, o bando saiu em direção ao lugarejo, chamado de Canto do Feijão, atual Santa Helena, lá houve um grande tiroteio que culminou com a morte de um líder do lugar, o Senhor Raimundo Luiz da Silva. Nesse mesmo ano, Lampião levou para fazer parte de seu bando: Antônio Chagas, Joaquim Bilac e João Luciano. Durante sua trajetória nessa região, Lampião nunca entrou no povoado Aroeira, mesmo com o recado forte do Ferreira. Até hoje não se sabe o motivo. Se foi temor, ou por respeito, uma vez que o povoado pertencia ao município de Cajazeiras e Pe Cícero do Juazeiro que foi aluno do Seminário, pediu certa vez para que Lampião nunca atacasse esse lugar.


25 A FAMÍLIA BRITO EM BOM JESUS - PB Este ramo da Família Brito inicia com 1. FRANCISCO DE BRITO LIRA - irmão de Antonio de Brito Lira casado com Ana Maria da Conceição, filhos: 2.05. FIRMINO DE BRITO LIRA10, casado com Maria Furtado Figueiredo, Filhos: 3.1. José de Brito Lira 3.2. Antonio de Brito Lira (Antonio Furtado) 3.3. João Furtado de Brito nasceu em Bom Jesus das Cajazeiras/PB; casado com 4.01.) Darci Furtado de Brito11, filhos:

4.01.

4.02.

Francisco Furtado de Brito

Raimundo Ari Furtado de Brito, Brejo, municipio de Pastos Bons, 18/02/1943), casado com Maria Aparecida Queiroz Furtado; filhos: 5.01. Vanessa Furtado Ferro, casada com Ubiratan Lima Ferro Filho, 6.01. Beatriz Furtado Ferro 5.02. Viviane Furtado, casada com Roberto do Amaral Gurgel Filho 5.03. João Furtado Brito Neto; Falecido solteiro 5.04. Raimundo Ari Furtado Filho; Casado com Poliana da Silva Rego Furtado 6.04.1. Maria Fernanda 6.04.2. João Pedro

4.03. Maria Socorro Furtado de Brito (economista); 10

SANTOS, Eliza Brito Nedos dos. Pioneireismo no sangue. In O TEMPO NÃO APAGOU. São Luis, 2013, p 310-314 de 3.01. BERNARDINO DE BRITO LIRA e de DORALICE ESPERIDIANA FREITAS LIRA (filha de Maria Esperidiana Freitas - Sinhá); é neta de Antonio de Brito Lira e Joaquina Maria das Dores).

11 Filha


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4.04.Deonice Furtado Brito, professora e bibliotecaria, Divorsiada; filho: 5.05. Daniel 4.05. Olinda Furtado de Brito (formada em desenho e arquitetura), Casada com; filho: 5.07. ?. 3.4. Marcelino Furtado de Brito 3.5. Florentino Furtado de Brito (Louro)

3.6. Severino Furtado Brito

3.7.

José de Brito Irmão (Zuza Brito) nasceu em 28 de abril de 1915, sítio Marimbas, Cajazeiras-PB, hoje pertencente a Cachoeira dos Índios; faleceu em 29 de março de 2003; casado (1939) com Rufina Gonçalves de Moraes; filhos:

4.6. Elizabete

4.7.

Eliomar


27 casado com Maria do Socorro Saraiva Brito; filhos: Kleber (Falecido) Klenia (Solteira) Kledson casado com Francilene; Filhos: Charles Brown Yohana.

4.8. Edite Gonçalves de Brito Almeida, casada com: Antonio Gonçalves de Almeida; Filho: Érlon, casado com Niedja; sem filhos

4.9.

4.10. Eliete casada com José Erivan Pegado. Filhos: Wandemberg casado com Antonielle; Filhos; Iris Arthur Valéria - solteira.

4.11. Edivan casado com Euzileide; Filhos: Élida (solteira) Eduardo casado com Liana; Filha: Alice 4.12. Elielson (Falecido).


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4.13.

Evandro divorciado de Maria Gildete; Filhos: Joyce (solteira) Vânia (Solteira).

4.14. Edimilson (falecido) casado com Eline (falecida); filhas: Érica Elaine 3.8. Milica Furtado Brito, 3.9. Dilza Furtado Brito

3.10. Terezinha Furtado Brito Casada com Francisco Pereira de Oliveira; filhos:

Arizeuda Brito Américo Furtado José Ari de Brito


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Da esquerda para à direita, Terezinha Brito, Zé Roque, Cartuchinha, A sogra de Cartuchinha sentada e Dilza Furtado de Brito. 60 anos depois.


30 JOSÉ DE BRITO IRMÃO – conhecido como Zuza Brito

1915 28 de abril: nascimento de José de Brito Irmão12 no sítio Marimbas, então município de Cajazeiras-PB, hoje pertencente a Cachoeira dos Índios13, filho de Firmino de Brito Lira e de sua mulher Maria Furtado Figueiredo; conhecido como Zuza Brito 12

BRITO, Eliomar. CENTENÁRIO – ZUZA BRITO: 100 anos e trabalho e honestidade. Folheto, Cajazeiras-PB, s.d. BRITO, Eliomar. HISTÓRICO E MEIO AMBIENTE DE BOM JESUS. Cajazeiras-PB: Gráfica Ideal, 2011. 13 Cachoeira dos Índios é um município brasileiro no extremo oeste do estado da Paraíba, localizado na microrregião de Cajazeiras. A ocupação das terras que deram origem ao município remonta a 1905, com a compra de uma propriedade por Manoel Cândido, que ali se estabeleceu com sua esposa Maria Madalena Cândido. A partir daí outras famílias iniciaram o povoamento do local, inicialmente chamado de Catingueira. Em 1920 foi eleita a primeira capela, com doações de D. Maria Madalena. O distrito foi criado com a denominação de Cachoeira dos Índios, por ato anterior a 02-03-1938 e pelo decreto estadual nº 29, de 22-11-1939.Em divisão territorial datada de 1-VII-1950, o distrito de Cachoeira do Índios figura no município de Cajazeiras. O município com a denominação de Cachoeira dos Índios foi criado pela lei estadual, de 26-11-1961, desmembrado de Cajazeiras, instalado em 30-12-1961. Em 1964, foram criados os distritos de Balanças, Fátima e São José de Marimbas e anexados ao município. https://pt.wikipedia.org/wiki/Cachoeira_dos_%C3%8Dndios


31 - Nesse ano houve uma grande seca, assim como nos anos de 32, 44, 53, 58; a de 32 foi a mais grave... 1924 Firmino vendeu as propriedades no sitio Marimbas (hoje, Cachoeira dos Índios), e comprou outras propriedades no sitio Logradouro (no município de Cajazeiras, hoje, Bom Jesus-PB), onde passou a morar com sua família. 1925 começa a construir sua residência, terminando-a em 1927. - a seca castigava o sertão; esses períodos ocorriam de oito em oito anos; além da seca havia os cangaceiros que deixavam os sertanejos assombrados. Lampião, um dia, passou por Bom Jesus, e invade a casa de Firmino Brito, no sitio Logradouro, encontrando em casa apenas o filho Zuza Brito com seus irmãos. 1932 houve uma grande seca; Getulio Vargas cria um projeto de emergência para construir estradas de ferro e açudes no Nordeste. -

Zuza ficara órfão logo cedo, mas ele e seus irmãos continuavam a trabalhar na agricultura. Devido às secas, os agricultores precisavam buscar outras formas de sobrevivência. Zuza e cinco irmãos e o tio Quintino Brito saíram a procurar trabalho na construção do açude Boqueirão de Piranhas e, lá chegando, encontraram uma grande epidemia de catapora. Seguiram, a conselho de um dos coordenadores para a cidade de Condado-PB, onde estava sendo construído um grande açude. Somente Zuza fica em Condado, trabalhando por lá; recebe a visita dos outros irmãos, dentre eles João Furtado de Brito. Trabalharam juntos por cerca de um ano, retornando ao sitio Logradouro.

1933 o inverno foi regular, com uma grande produção de algodão 1938 Zuza constrói sua casa no sitio Logradouro, numa área herdada de seus pais.

1939 casa-se com Rufina Gonçalves Morais, nascendo desse casamento oito filhos: Elizabete ( ), Eliomar ( ), Edite ( ), Eliete ( ), Edivan ( ), Elielson ( ), Evandro ( ), Edimilson ( ); 1943 Zuza Brito vende sua casa e uma área de terra do sitio Logradouro e comprou uma casa no povoado de Aroeira, atualmente Bom Jesus-PB - comprou algumas mercadorias e começou a negociar com uma bodega, sem deixar a agricultura; quando saia para trabalhar, sua mulher, Rufina, ficava tomando conta da bodega e da cozinha e ainda criava ovelha; foi um dos primeiros comerciantes de Aroeira, buscando mercadorias em Cajazeiras, no lombo de animais, pois não havia estradas;


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Primeira casa de Zuza Brito em Bom Jesus, onde funcionou também sua bodega, destacando-se o banco de madeira, da legitima árvore de aroeira, também os primeiros tijolos da calçada, a esquerda de uma árvore de beija-mim, plantada em 1950. A casa foi comprada e reformada em 1944.

1949 houve uma grande safra de algodão, quando então começa a comprar o produto dos proprietários rurais e vender aos comerciantes de Cajazeiras e Ipaumirim-CE; começa a negociar também com caprinos, ovinos, suínos, e gado; comprava couros de criações domésticas e animais silvestres. Trabalhou nessas atividades até 1982. Morando em Aroeira, aprendeu as primeiras operações de contas, tornando-se expert em fazer contas de tarefas, pois os agricultores no tempo passado brocavam e plantavam muito, então Zuza Brito era chamado por grande parte dos agricultores para medir as tarefas (tamanho da roça).

Era chamado para resolver as mais variadas questões, como: limites de propriedades, prejuízos de roças, divisão de heranças. Era considerado também o “Profeta da Chuva”, pois grande observador da natureza fazia algumas experiências e sempre consultava os mais velhos para adquirir conhecimento sobre os inversos passados. 1951 constrói um quarto e transfere a bodega para novo local, onde hoje funciona um bar, de Graça Lopes; 1952 compra uma área de terra denominada sitio Prensa, na região de cabeceiras, passando a plantar algodão (muito...), chegando a ser o maior produtor da região; 1954 constrói outro quarto para aumentar o comercio - grande incentivador da criação do distrito de Aroeira, convocou uma reunião em frente à igreja, sendo indicado a representar os habitantes, e viaja a Cajazeiras para falar com o deputado Acácio Braga. No ano seguinte, apresentado o projeto, foi aprovado pela Assembléia Legislativa no dia 20 de abril de 1955, pela Lei 1.198/55. 1955 assediado por políticos de Cajazeiras, sua bodega o ponto de encontro desses políticos; como seu objetivo sempre foi de trabalhar por sua terra natal, conseguiu alguns benefício junto ao então Prefeito Antonio


33 Rolim, como a luz elétrica, grupo escolar, e a linha telefônica ligando Aroeira à Cajazeiras através de uma rede composta de fio de arame e postes de madeira. 1957 compra outra área de terra próximo ao povoado Aroeira, continuando com o comercio e também com a agricultura, aumentando consideravelmente o plantio de algodão; continuou com a comercialização de couros de criação doméstica e silvestres; em sua bodega vendia também tecidos comprados em Cajazeiras. 1960 constrói sua casa, em estilo funcional com portas e janelas venezianas na Rua da Paraíba, hoje Firmino Tomaz; 1963 reinvindicava a emancipação do Distrito, transformando-o em cidade, e contando com a ajuda de diversas pessoas do povoado, dentre eles Maria Singular de Brito, Terezinha Furtado de Brito; contou novamente com a ajuda dos deputados Acácio Braga Rolim, José Lacerda, e Wilson Braga e o apoio decisivo do Dr. Julio Maria Bandeira de Melo. Após vários encontros, o deputado Acácio Rolim encaminhou à Assembléia Legislativa pedido de emancipação, e pelo Decreto Lei 3.096/63, de 5 de novembro, concedeu a Bom Jesus os forro de cidade. 1964 candidado a vice-prefeito, na chapa encabeçada por Julio Bandeira, eleitos em 9 de novembro de 1964; naquela época os votos para prefeito e vice eram separados, tanto que Zuza teve mais voto para vice-prefeito de que seu companheiro de chapa para Prefeito. 1982 candidado a Prefeito pelo PSD, tendo como vice Antenor Abel de Sousa; seu mandato terminou em 1988, prorrogado por mais dois anos. Em seu mandato realizou obras importantes para o desenvolvimento do município, dentre elas a construção dom prédio do Colégio Joaquim Umbelino, Mercado Publico, Grupos Escolares em todos os sítios e na Sede, Prédio dos Correios, Prédio para a câmara Municipal, Prédio do Centro Cultural de Educação Edme Tavares, Lavanderia Pública, pavimentação asfaltica ligando Bom Jesus à BR-230; vários poços tubulares, pavimentação de várias ruas, unidades habitacionais, postos telefônicos, dentre outros. 1985 conseguiu em Brasília o açude Lagoa do Arroz, projeto de 1932; dois anos depois o açude era inaugurado (1987) com a presença do Presidente José Sarney. 2003 falece a 29 de março. Seu filho Eliomar14 traz algumas curiosidades (pioneirismos...) de Zuza Brito: foi o primeiro habitante de Bom Jesus a ter um carro, jipe modelo quatro portas, comprado a Zé Cavalcante; o primeiro fogão a gás, comprado na Loja Antonio Mendes; a primeira panela de pressão, comprada na loja de Carlos Paulino; o primeiro petisqueiro (guarda-louça) comprado na feira de Cajazeiras; o primeiro radio transmissor, comprado na loja de Murilo Bandeira; e a primeira geladeira a gás, comprada na loja de Carvalho Dutra.

14

BRITO, Eliomar. Zuza Brito, o Dom de Servir. In HISTÓRICO E MEIO AMBIENTE DE BOM JESUS. Cajazeiras-PB: Gráfica Ideal, 2011, p. 40-43


34


35 3.1. JOÃO FURTADO DE BRITO Nasceu em Bom Jesus das Cajazeiras – Paraíba; filho de (2.5.) FIRMINO DE BRITO LIRA e de sua mulher MARIA FURTADO.

1932 houve uma grande seca; Getulio Vargas cria um projeto de emergência para construir estradas de ferro e açudes no Nordeste. João Furtado ficara órfão logo cedo, mas ele e seus irmãos continuavam a trabalhar na agricultura. Devido às secas, os agricultores precisavam buscar outras formas de sobrevivência. João e cinco irmãos e o tio Quintino Brito saíram a procurar trabalho na construção do açude Boqueirão de Piranhas e, lá chegando, encontraram uma grande epidemia de catapora. Seguiram, a conselho de um dos coordenadores para a cidade de Condado-PB, onde estava sendo construído um grande açude. Somente o irmão Zuza Brito fica em Condado, trabalhando por lá; recebe a visita dos outros irmãos, dentre eles João Furtado de Brito. Trabalharam juntos por cerca de um ano, retornando ao sitio Logradouro. 1936 Chega no Brejo, acompanhado de dois tios, (2.1.) Antonio de Brito Lira e Assis Furtado de Brito, para trabalharem na lavoura, plantando arroz, algodão, milho e feijão. João começa a trabalhar como auxiliar no comercio de João Paraibano; e depois de Guilhermino Brito Lira quando este se estabeleceu comercialmente, indo trabalhar com ele de 1937 a 1939 como empregado, até que, com seu trabalho na roça e no comercio, consegue estabalecer seu proprio comercio, de venda de tecidos, em 1945. Casado com (4.01.) DARCI FURTADO DE BRITO15, filhos:

5.01. Francisco Furtado, médico; Casado com Graça, filhos

6.01 - Letícia Furtado 6.02. DR. FRANCISCO FAZ 40 ANOS DE MEDICINA.16

15 Filha de 3.01. BERNARDINO DE BRITO LIRA e de DORALICE ESPERIDIANA FREITAS LIRA (filha de Maria Esperidiana Freitas - Sinhá); é neta de Antonio de Brito Lira e Joaquina Maria das Dores). 16 http://paraibano-maranho-paraibanomanews.blogspot.com.br/2013/12/dr-francisco-faz-40-anos-de-medicina.html


36 MÉDICO DESTACA ESTUDANTES DA DÉCADA DE 50 COMO HERÓIS. A palavra ética foi a mais dedicada ao médico Dr. Francisco Furtado, durante evento em que completou 40 anos de Medicina, quando comemorou com familiares, colegas de profissão e amigos, neste domingo (8.12) em sua residência, em Paraibano. Em seu discurso de abertura o médico Francisco Furtado fez uma trajetória da sua vida, relembrando os heróis do município a partir da segunda metade da década de 1950: "...Um grupo de paraibanenses pioneiro, desbravador, verdadeiros bandeirantes que não buscavam ouro nem prata e sim conhecimento e cultura, grupo do qual fiz parte" lembrou o médico: "Não passávamos de 30 ou 40 integrantes e posso citar alguns da zona urbana, filhos de bravos paraibanenses a exemplo dos filhos de: Guilhermino Brito, de Antonio Diniz, de Cícero Brito, de João Furtado, de Newton Sá, de Merval Carneiro, de Chico Seabra e da zona rural destaco os filhos de Sêu Dadá Carneiro, de Aldo Ferro, do Galdino Mangabeiras e de Sêu Rosinha" Para Francisco Furtado esse grupo de paraibanenses foram e são heróis por terem buscado enfrentando todas as dificuldades da época, outros horizontes em nome da cidade, honrando a nossa terra. Dr. Francisco lembrouse com pesar de alguns que não estão mais vivos, mas que foram grandes paraibanenses como Rosalvo Diniz, João Batista Dias Carneiro, Sérgio Coêlho, e Galdino Freire. Em suas homenagens Dr. Francisco abriu um capítulo especial para falar de Agenor Freire Brasilino a quem Francisco considera uma das figuras mais ilustres de Paraibano. Segundo Dr. Francisco Agenor formou-se em Recife e naquela ocasião foi destacado como o mais brilhante estudante da sua turma e orgulho para os vestibulandos da terra natal. Dr. Francisco lembrou também do seu tempo de juventude, das férias escolares e de sua vida de estudante. Disse que um dos momentos mais marcantes em sua vida foi quando entrou na Universidade Federal de Medicina de Pernambuco que considerou como uma vitória e um orgulho espetacular, afinal a UFPE na época era a segunda mais cobiçada faculdade de medicina do nordeste ficando atrás apenas da faculdade de medicina da Bahia, essa sendo a primeira faculdade de medicina do Brasil criada por Dom João VI conforme informações do médico de Paraibano. Após seis anos de trabalhos acadêmicos, Francisco Furtado disse que se formou preparando-se para ser médico no interior e passou por todos os setores importantes da medicina desde o pronto socorro, maternidade, pronto socorro infantil, hospital geral, etc. Dr. Francisco queria vir para Paraibano, mas na época o Maranhão dispunha de poucos hospitais no Estado e no sertão maranhense apenas Colinas possuia um hospital, porém com poucas estruturas. Na região do sertão maranhense existia apenas o Hospital de Colinas que foi a opção para Dr. Francisco iniciar suas atividades médicas. Mesmo sem condições estruturais para funcionar, o Hospital de Colinas estava semi abandonado, conforme palavras de Dr. Francisco. O médico paraibanense revelou a revolução local quando ele foi realizar a primeira cirurgia em uma paciente em Colinas: "Parecia uma revolução na cidade. Quando eu terminei a cirurgia de apêndice, ao sair do centro cirúrgico eu me espantei com a multidão que estava no corredor, à frente Dona Noeme, irmã de Jaldo Moreira que foi logo perguntando:.. E aí doutor, como está a minha paciente?" eu respondi que estava tudo bem, tudo correra normal, no que ela respondeu; De agora em diante em Colinas, nunca mais ninguém morre de apêndice." Dr. Francisco ressaltou que desenvolveu um trabalho realmente revolucionário para a região do sertão maranhense naquela época. A história da vinda de Dr. Francisco para trabalhar em Paraibano, aconteceu na administração do prefeito Arí Furtado em 1982, após eleição vitoriosa do irmão. Um dos pontos que fez o médico tomar a decisão foi o pedido do pai João Furtado que também o ajudou a construir a Clínica São Francisco, a primeira clínica bem equipada do região, a ponto dos supervisores do Inamps - Instituto Nacional de Assistência Médica e Previdência Social(atualmente Prev. Social) se admirarem com a estrutura de leitos, apartamentos conjugados e perguntavam: “Como é que o senhor faz um hospital desse e quer filiar ao Inamps, o INAMPS só disponibiliza ambulatório e enfermaria...e o senhor oferece isso tudo”; a Clínica foi um marco para a região.


37 Na administração de Arí Furtado, foi conseguido recursos para a construção do Hospital Municipal Dr. Pedro Neiva de Santana, Dr. Francisco informou que ajudou a implantar o hospital, e disse: "trabalhei e trabalho nele e aí está até hoje colaborando com a saúde de nosso município de Paraibano...Sabemos das carências nessa área mas isso é em todo o Brasil, não concordo com o sistema de saúde que se faz atualmente no País, é preciso melhorar, descentralizar, investir para atrair médicos especializados para o interior para que nossa sociedade tenha uma assistência melhor” declarou Dr. Francisco para em seguida elogiar a vinda de médicos estrangeiros por meio do Programa Mais Médicos: “Não vai resolver o problema, mas já vai dar uma grande colaboração” e parabenizou aos dois médicos cubanos (presente ao evento) que vieram para o município. Dr. Francisco finalizou seu discurso fazendo vários agradecimentos. A filha de Dr. Francisco, a fisioterapeuta Letícia Furtado fez um discurso emocionado, onde enalteceu a carisma, humildade, responsabilidade e ética do pai e também do profissional médico Dr. Francisco: “...Podemos nos orgulhar e dizer que esse homem, meu pai, foi e é exemplo para nós e como médico sempre colocou a responsabilidade e ética acima de tudo”. Deonice Furtado irmã de Dr. Francisco falou da importância do mesmo na sua vida, de sua família e filhos e dedicou a mensagem em que comparou a luz do sol com a luminosidade daquele dia: “A luminosidade do sol neste dia com certeza é Deus abençoando essa data e tão amorosa e digna profissão que escolhestes, dedicando incansáveis horas com atenção e carinho aos pacientes”. A primeira auxiliar de enfermagem a trabalhar com Dr. Francisco na Clínica São Francisco foi Graça Rego. Ela lembrou-se dos primeiros dias de trabalho ao lado do médico: “Eu não queria mais ficar em Paraibano, ia embora, mas aí veio Dr. Francisco e me convenceu a ficar, dizendo que Paraibano precisava de nós”. Fiquei quatro anos trabalhando com Dr. Francisco. Outra auxiliar de enfermagem que colaborou com a saúde do povo de Paraibano foi Teresinha Gomes para quem Dr. Francisco tem um grande carinho. Teresinha declarou que por diversas vezes Dr. Francisco bateu na porta da sua casa dizendo: “Teresinha tem um abacaxi lá na clínica que precisa ser resolvido... Então não existia dia nem hora e lá íamos nós resolvermos o problema” disse a auxiliar de enfermagem sendo elogiada por Dr. Francisco: “Teresinha foi tudo na nossa profissão, é um orgulho imenso ter trabalhado ao lado dela, esse baluarte da saúde. Teresinha e Graça sempre foram decisivas no sentido de minimizar o sofrimento dos paraibanenses e fico sempre emocionado quando lembro dessas duas mulheres que fizeram muito em prol da saúde de Paraibano, eu não poderia deixar de dizer essa mensagem” disse Dr. Francisco abraçado à Teresinha. Dr. Elizabeth Gonçalo de Pastos Bons Ft:lasan O ex-prefeito de Pastos Bons o médico Dr. Elizabeth Gonçalo assegurou que a maior qualidade em Dr. Francisco é a sua ética: “Para mim a sua maior qualidade é a ética. Dr. Francisco é um exemplo de profissional e de ética e a ética é o que marca a nossa existência. Ele sempre teve a postura daquela pessoa simples e de ter a sua vida dedicada à educação. Em toda a sua trajetória sabemos da sua simplicidade e respeito aos colegas” disse Dr. Elizabeth que informou sobre como surgiu à amizade de ambos através das ligações de amizade entre as famílias: “nossas famílias sempre estiveram juntas em uma amizade fraterna” ressaltou o médico de Pastos Bons. Elizabeth disse que na vida as pessoas devem aprender a viver até mesmo com o que vem no amanhã e lembrou-se do falecimento de sua mãe Naíla Gonçalo, há sete meses e confessou: “Conviví com minha mãe durante 33 anos, então imaginem como é difícil ter que levar a vida sem nossos pais” o médico finalizou dizendo da sua admiração pelo trabalho de Dr. Francisco: “Fique certo que sou um grande admirador do seu trabalho e postura e que daqui a seis anos eu e Dr. Jetro estaremos comemorando 40 anos de medicina também e espero fazer pelo menos o aproximado que o senhor está fazendo até hoje”. Além de Dr. Elizabeth, ainda houve discursos de Manetinha, Dra. Francileia, do advogado e sobrinho Daniel Veloso, Claudene Campos, de Wandrea Bezerra, Neyre, do médico cubano Joel Ortero, do secretário municipal de agricultura Júlio César Guimarães.


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5.02. RAIMUNDO ARI FURTADO Nasceu em 18 d e fevereiro de 1943 no povoado de Brejo dos Paraibanos, então município de Pastos Bons, filho de (3.01) João Furtado de Brito e de (4.01.) Maria Darci Brito. Fez seus estudos primários no histórico “Grupo João Paraibano”; oportunamente foi enviado por seus pais a prosseguir os estudos em Teresina, onde iniciou o Curso Técnico em Contabilidade no Colégio Diocesano, concluindo no Colégio Rui Barbosa e S. José, de Fortaleza – CE. A pedido do pai retornou a sua terra natal, trabalhando nos negócios da família, no comércio e na indústria, sendo sócio e proprietário das seguintes empresas: CIDAL, João Furtado & Cia; Ari Furtado & Cia; Transportadora Raimundo Ari Furtado (???). Foi professor e diretor do Colégio Dr. Adonias Lacerda; presidente do Esporte Clube por três mandatos; Diretor Social, Secretário, Presidente e Vice-Governador do Lions Clube de Paraibano, Distrito I-26 “M”; Presidente de times de futebol da cidade várias vezes; Em 1973 foi eleito vereador, exercendo o cargo de Presidente da Câmara gestão 1973/74. Eleito Prefeito Municipal para a gestão 1983/1988; fez parte da Associação dos Municípios do Médio Sertão Maranhão, eleito presidente em 14 de agosto de 1983 com mandato até 1984. Casado com d. Maria Aparecida Queiroz Furtado, com quem tem quatro filhos:

6.01. Vanessa Furtado Ferro, casada com Ubiratan Lima Ferro Filho, 7.01. Beatriz Furtado Ferro 6.02. Viviane Furtado, casada com Roberto do Amaral Gurgel Filho


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6.03. João Furtado Brito Neto; (Falecido 13/06/2009) solteiro)

6.04. Raimundo Ari Furtado Filho; Casado com Poliana da Silva Rego Furtado 6.04.1. Maria Fernanda 6.04.2. João Pedro 5.03. Maria Socorro Furtado (economista); 5.04. Deonice Furtado Veloso professora e bibliotecaria, 5.05. Olinda Furtado de Brito (formada em desenho e arquitetura),


40 2.06. QUINTINO DE BRITO LIRA – - filho de Francisco de Brito Lira e d. Ana Maria da Conceição, casado com IZABEL FURTADO17; filhos: 2.06.1. MARCELINO FURTADO BRITO Casado com Maria de Sousa (Dondon), filhos: 2.06.2. MARIA FURTADO (BRITO) DINIZ Casada com Antonio Diniz Barros; filhos: 2.06.3. LEOPOLDINA FURTADO FERREIRA (LELÊ) Casada com Vicente Ferreira 2.06.4. JOSÉ FURTADO BRITO (José Pequeno) Casado com Maria de Brito Lira18 2.06.5. JOSEFA BRITO DE SOUSA (Lidia) Casada com Adão Lopes; filhos: Aldeisa (nascida em Paraibano), casada com Manoel Messias, filhos: Manoelisa Brito; filhos: Miguel, Daniel, Helder, Emanuelle Maísa Brito; filhos: Elisa, Heitor Guilherme João Lopes de Souza (nascido em Paraibano), casado com Maria José; filhos: Márcio Henrique; filhos: João Henrique Márcio Henrique Walma; filhos: Luísa Augusto Vânia; filho: Heitor Herotíldes de Souza Milhomem (nascida em Paraibano); foi casada Luís Gonzaga (Divorciada); filhos: Sandro; filhos: (Bruno; Abdias; filha: Kaisa Djalma Brito de Souza (nascido em Paraibano); casado com Maria Cecília (Viúvo); filhos: Marco Aurélio; filhos: Laura 17 18

Izabel é irmã de Maria Furtado, casada com Firmino; e vem a ser sogro de Antonio Diniz Barros. Filha de José de Brito Lira


41 Matheus Érika Flávia (falecida); Maria de Fátima Brito da Silva (nascida em Paraibano, mas registrada em Barra do Corda); casada em primeiras núpcias com José Eustáquio da Silva; filha: Cyntia; filho: Cauê e em segundas núpcias com Gildemir Melo; filhos: Hudson; filho: Tafari); Paulo Henrique; filho: Pedro Henrique Maria Aparecida Brito Borges (nascida em Paraibano, registrada em Barra do Corda); casada Paulo Roberto Borges. Filhos: Lanuce Roberta; filho: Eduardo José; Paulo Roberto Junior. Alcebíades Brito de Souza (nasceu em Barra do Corda); casado com Lindalva Resende; filhos: Katyana; filho: Laryssa Pamela Kássio; filha: Jéssica Karina; Fernando (de outro relacionamento). Aldaíres Brito de Lucena (nasceu em Barra do Corda); casada com José Anselmo (Viúva); Filho: Gabriel Lucena. Adão Filho (nasceu em Barra do Corda); casado com Onilda Araujo; Filha: Julia; primeiras núpcias com Maria Célia Poliana. Aldenir Brito de Souza (nasceu em Barra do Corda); casada com Antonio Marcos; Filho: Marco Antônio; Abraão Lopes Sobrinho (nasceu em Barra do Corda). Falecido Ainda criança Aldenice Brito de Souza (nasceu em Barra do Corda). Falecida em 1960 com mais ou menos 1 ano de idade. Adailza Brito de Souza (nasceu em Barra do Corda); falecida em 1961, ainda bebê. Neusa Cabral (nasceu em Barra do Corda, filha adotiva). Casada com José Eustáquio, filho: Loyani Katrina; filhas: Maria Eduarda Ana Cecília); e em segundas núpcias com Raimundo Lucena; filha: Luana Laise


42 2.06.6. FRANCISCO DE ASSIS FURTADO BRITO Casado com Joanice 2.06.7. MARIA MARLENE FURTADO BRITO BISPO Casada com Felix Bispo de Sousa 2.06.8. MARIA DO SOCORRO FURTADO BRITO


43 DEVOÇÃO E

FÉ19

Em conversa com minha tia Marlene Furtado Bispo20, tomei conhecimento de um acontecimento de Devoção e Fé, ocorrido na nossa família Furtado Brito e Lira, em anos longínquos... Precisamente em Cajazeiras na Paraíba, terra natal de nossos avós e pais ‘maternos’ na pessoa de nosso saudoso avô Quintino Brito Lira. Um senhor muito elegante, alto, moreno claro e fala com sotaque sulista. Certa vez, vovô saiu para seus afazeres diários em suas terras e seus pais. Em uma dela veio a passar mal, chegando a ficar desmaiado por mais de um dia, o que preocupou seus familiares e esposa. A família, após um dia de procura em vão, reuniu-se na sala principal em frente ao ícone (quadro) de Nossa Senhora do Perpétuo do Socorro, para iniciar uma novena na intenção de encontrarem com vida nosso avô. Após o primeiro dia, continuaram as buscas desta feita nas terras de vovô. Qual não foi o susto ao encontrarem, meu avô ainda desmaiado, muito debilitado e cheio de formigões pelo corpo e boca. O desespero foi total... Porém, ao detectarem que ainda prensaram suas artérias e coração, imediatamente providenciaram seu translado para casa em rede, após os primeiros socorros com sucesso. Após estas buscas, meu avô mesmo debilitado participou assiduamente da novena de N. Sra. Do Perpétuo Socorro até encerrar-se, num gesto de fervor e agradecimento. Valor estimativo (e) de muita devoção e sobre tudo (sic) muita fé em Nossa Senhora do Perpétuo (conforme relato). 1) O quadro era da sogra de vovô e na época já com 85 anos; 2) Quintino e Izabel, meus avós, casaram-se muito jovens. Ela com 13 anos e ele um pouco mais velho, sem precisarmos a diferença entre os dois. Certo é que eles ficaram com o quadro de presente em seguida, pela graça alcançada e estimamos que pelo menos uns 30 anos após a morte de vovô, o quadro passou a pertencer á Tia Mariquinha e Tia Cartuchinha, sendo as duas irmãs concomitantemente as zeladoras e quardiãs, por aproximadamente 70 anos e após a morte das duas, sendo tia Mariquinha por ultimo, que passou aos cuidados para Ednice Diniz Barros há três anos e meio (depoimento dado em 19/08/2013) Por entender a importância de tal primazia é que tia Marlene tem uma réplica do referido ícone (quadro) e quer expandir o feito entre mais parentes, não deixando morrer a idéia de zelo pelos dois quadros em evidencia.

Sendo o original com aproximadamente 189 anos

Oração de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro

19

Manuscrito entregue aos autores FURTADO BRITO BISPO, é filha de Quintino de Brito Lira, casado com Izabel Furtado. Marelene é casada com Feliz Bispo de Sousa; teve os seguintes irmãos: 2.06.1. MARCELINO FURTADO BRITO (Casado com Maria de Sousa – Dondon; MARIA FURTADO (BRITO) DINIZ (Casada com Antonio Diniz Barros); LEOPOLDINA FURTADO FERREIRA (LELÊ, Casada com Vicente Ferreira); JOSÉ FURTADO BRITO (José Pequeno, Casado com Maria de Brito Lira); JOSEFA BRITO DE SOUSA (Lidia - Casada com Adão Lopes); FRANCISCO DE ASSIS FURTADO BRITO (Casado com Joanice); MARIA DO SOCORRO FURTADO BRITO. 20 MARIA MARLENE


44 Rogai por nós, Santa Mãe de Deus! Para que sejamos dignos das promessas de Cristo. Lembrai-vos, ó Purrisima Virgem Maria que nunca se ouviu dizer que algum daqueles que Vós têm recorrido, impediram Vossa Assistência e invocando o Vosso Socorro, fosse por vós desamparado. Animado (a) eu, com igual confiança, ó Virgem das Virgens, a vós como mãe e gemendo debaixo do peso de meus pecados, me prosto aos vossos pés, Não desprezeis as minhas súplicas e dignai-vos a atender. Amém.


45 2.06.5. JOSEFA BRITO DE SOUSA (Lidia) casada com ADÃO LOPES DE SOUSA – POETA, SANFONEIRO, E CARPINTEIRO.

POR LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ21 ADÃO O “A” É A ABERTURA DO FRACASSO O ”D” DESCOBRIRAM NOSSO AMOR O “A” MINÚSCULO ARRANCARAM-ME DE TEUS BRAÇOS O “O” ORDENARAM MINHA DOR. O “TIL” QUE SE PARECE UM RELAMPINHO DEIXOU-ME TÃO SOZINHO SEM AMOR E SEM RAZÃO AS QUATRO LETRAS QUE SOFREM A-D- A- O -TIL ... ADÃO.

21

VAZ, Leopoldo Gil Dulcio; VAZ, Delzuite Dantas Brito; SANTOS, Eliza Brito Neves dos. HISTÓRIA(S) DE/DE PARAIBANO (memória oral). São Luis: 2009 (inédito). VAZ, Delzuite Dantas Brito. HISTÓRIA DE PARAIBANO NA MEMÓRIA ORAL: da chegada de Antonio Paraibano a Brejo – município de Pastos Bons – à fundação da cidade de Paraibano. Monografia de Graduação em História. São Luís: UFMA, 1990. Orientador: João Renor Ferreira de Carvalho. SANTOS, Elisa Brito Neves dos. DEPOIMENTOS. Entrevista concedida a VAZ, Delzuite Dantas Brito. HISTÓRIA DE PARAIBANO NA MEMÓRIA ORAL: da chegada de Antonio Paraibano a Brejo – município de Pastos Bons – à fundação da cidade de Paraibano. Monografia de Graduação em História. São Luís: UFMA, 1990. Orientador: João Renor Ferreira de Carvalho. CAMPOS, Clodomir Lima. DEPOIMENTO. Entrevista concedida a VAZ, Delzuite Dantas Brito. HISTÓRIA DE PARAIBANO NA MEMÓRIA ORAL: da chegada de Antonio Paraibano a Brejo – município de Pastos Bons – à fundação da cidade de Paraibano. Monografia de Graduação em História. São Luís: UFMA, 1990. Orientador: João Renor Ferreira de Carvalho VAZ, Loreta Brito; VAZ, Louise Brito. Sobre Paraibano – Maranhão. O IMPARCIAL, São Luís, segunda-feira, 10 de abril de 2000, Caderno Opinião. VELOSO FILHO, José Ribamar. HISTÓRIA E VIDA DE PARAIBANO. Paraibano: Secretaria de Educação; São Luís: Secretaria Estadual de Educação, 1984.


46 Com o título “Festa de Reis e São Sebastião” publiquei em meu blog22 artigo sobre as festas que eram realizadas na cidade de Paraibano - MA23. Trazia as festas realizadas no mês de janeiro, assim como outras, em que os músicos ali estabelecidos, ou contratados de outras regiões, as animavam.

Além daqueles cantadores que faziam as toadas para essas festas, havia os poetas e o maior de todos era Adão Lopes de Sousa. Conta Manetinha24 de uma viagem a São Luis que Adão Lopes de Sousa - genro de Quintino Paraibano -, empreendeu no ano de 1953, onde passou uma semana. Para se chegar a São Luis, gastava-se quatro dias, indo a Floriano, de lá para Teresina, e em Teresina tomava-se o trem para São Luis: Eu trabalho e faço tudo Pra viver na Capital Lá a vida é uma beleza, Que a vida é colossal. Tem médico e doutor, Enfermeiro e zelador, Consultório e hospital. Tem automóvel e caminhão, Bonde e avião, Tem o tráfego de trem, Outros transportes além, São marítimos e fluvial. Tem fé em São Severino Que conserve o meu destino Meu desejo é imortal. Herotildes de Souza Milhomem25, filha de Adão, hoje residente em Brasília, presta sua homenagem ao pai, com um poema que bem diz de sua vida: COLCHA DE RETALHOS: E POR FALAR EM SAUDADES... HOMENAGEM AOS MEUS PAIS

MORENO SIMPÁTICO, ROBUSTO E CONSELHEIRO. 22 FESTA DE REIS E SÃO SEBASTIÃO. Por Leopoldo Vaz • quarta-feira, 07 de janeiro de 2015 às 14:4. BLOG DO LEOPOLDO VAZ, disponível em http://www.blogsoestado.com/leopoldovaz/2015/01/07/festa-de-reis-e-sao-sebastiao; ver também ALL EM REVISTA, v. 2, n. 1, Jane/mar 2015 23

Paraibano é uma cidade do interior do Maranhão, fundada por Antonio de Brito Lira, Toninho ou Antonio Paraibano, migrante pernambucano que se estabeleceu na região de Pastos Bons na década de 1920. Cabe lembrar que não só Paraibano surgiu da saga de Antonio de Brito Lira e seus filhos; Sucupira do Norte também foi fundada pelos “Paraibanos”. O município de Paraibano está localizado a margem da BR-135, a 540 km de São Luis, capital do estado do Maranhão, situado na região das Chapadas do Alto Itapecuru, com área de 535 km2. 24 Como é conhecido Clodomir Lima Campos. in DEPOIMENTOS, in VAZ, 1990, obra citada. 25

MILHOMEM, Herotildes de Souza. CORRESPONDENCIA PESSOAL ELETRONICA. Para LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ, janeiro de 2015.


47 PAI SORRIDENTE, AMIGO E CONTENTE. CONTADOR DE PIADAS E CAUSOS DO MARANHÃO COMPOSITOR, SANFONEIRO E CARPINTEIRO. POETA, PESCADOR E TAMBÉM BOM CIDADÃO. PARA COMPLETAR ERA UM BOM COMPANHEIRO. ESPOSO DE JOSEFA BRITO DE SOUZA (VULGO Lídia) COM QUEM TIVERA 10 REBENTOS ENCAMINHANDO CADA UM SEGUIR SEUS PRÓPRIOS TALENTOS POIS SEGUNDO ELE, O VENTO QUE ESFRIA. É SEMPRE O MESMO QUE ESQUENTA. MUDOU-SE PARA BARRA DO CORDA ORIUNDO DE PARAIBANO-MARANHÃO VIAJANDO VÁRIOS DIAS À CAVALO PELA CONHECIDA LINHA DO JAPÃO PASSANDO POR D. PEDRO E TUM TUN CHEGANDO MAIS LONGE ENTÃO. ASSIM CANTOU MEU PAI: (Samba canção) “AO CHEGAR NA CIDADE AVISTOU LÁ DO ALTO UMA CAPELA... QUE VISTA BELA PRA SE OLHAR LÁ DO MORRO”. “ VIU QUE A TERRA ERA ABENÇOADA E CONSTANTEMENTE ADORADA ONDE PODERIA ESTAR INTRONIZADA A SENHORA DO SOCORRO...” ASSIM CANTOU MEU PAI: (Samba canção) “SOCORRO, SOCORRO DAI –ME A TUA PROTEÇÃO PARA FAZER BOA VIAGEM E ARRANJAR CAMARADAGEM NÃO ME FALTE CARRUAGEM NESTA LINHA DO JAPÃO. (PARTE DE SUA MÚSICA) LÁ NA BARRA FEZ AMIZADES DE PESCARIA, CAÇADA E FORRÓ. MACHADINHO, SR. VITOR E DINO. NUNCA O DEIXAVAM SO ALCEBÍADES LIMA, CABOCLO MOISÉS E. FAMÍLIA BÍLIO NUNCA LHES DERAM NÓ. FREI MARCELINO DE MILÃO FOI NOSSO PORTO SEGURO FOI MÉDICO, PROFESSOR. ANTES DE TORNAR-SE BISPO PÁROCO, CONSELHEIRO E DIRETOR.


48 QUERIDO E TAMBÉM ARISCO. OUTRA PERSONA MUITO GRATA NA VIDA DE ADÃO, VOU FALAR. O GRANDE PROFESSOR GALENO POLÍTICO ÍNTEGRO DO LUGAR ESCOLHEU A LINDA ALDA LOPES COM QUEM VIERA SE CASAR. DR. EDEN, AZEVEDO, ABDIAS E JALDO. ALTEREDO E FRANCISCO CARVALHO NUNCA LHE DERAM TRABALHO ERAM SEUS VIZINHOS QUERIDOS MAS NA HORA DO LAZER SOBRAVA TEMPINHO PARA MOLHAR O GARGALHO. ADÃO LOPES DIVERTIU-SE UM DIA PASSANDO PERTO DO MORORÓ OUVIU O BATUQUE DA PUNGA QUERENDO OBSERVAR MELHOR E COM AS TRALHAS DE CAÇADA APOIOU-SE NA BIKE E NUMA PERNA SÓ. NO COMÉRCIO DE MORORÓ PASSOU E COMPROU PELOTAS DE RESINAS PARA SABOREARMOS BRINCANDO NA CALÇADA PERTO DA ESQUINA E LÍDIA PREPARAVA UMA SEMBEREBA SE BURITI, OH! QUE BEBIDA DIVINA! TEVE AJUDA DOS AMIGOS NA ESCOLHA DE SEUS NEGÓCIOS MONTOU UMA BELA SAPATARIA SEM PRECISAR DE NENHUM SÓCIO A MERCEARIA E CONFECÇÃO ATENDERAM SEUS PROPÓSITOS. COM OS FILHOS MAIS CRESCIDOS EM SESSENTA E OITO VEIO PRA CÁ MANDANDO PRIMEIRO ALDEISA A PRIMOGÊNITA DO NOSSO LAR QUE NUNCA FUGIR DA RAIA E NA SAÚDE FOI TRABALHAR.

FOI AJUDANDO A CADA IRMÃO SAIR DE SEUS PRÓPRIOS CASULOS CADA UM POR SI E POR TODOS NOS SEUS BAIXOS E ALTOS PULOS CORRENDO ATRÁS DOS ESTUDOS SEM IMPORTAR-SE COM OS APUROS. ALDEISA COSTUMA DIZER QUE A VIDA FICOU LHE DEVENDO TEMPO PARA ESTUDAR MAIS


49 SEM FICAR MUITO CORRENDO APROVEITAR MAIS A JUVENTUDE E MUITAS DÚVIDAS ESCLARECENDO. NOSSO QUERIDO PAI COMO SEMPRE A TODOS PROCUROU INCENTIVAR MOSTRANDO-NOS O VALOR DA VIDA E COMO DELA APROVEITAR USANDO NOSSOS PRÓPRIOS MÉRITOS SEM A NINGUÉM PISOTEAR. COSTUMAVA FALAR QUE NA SUA PALAVRA TODOS PODERIAM FIELMENTE ACREDITAR POIS SEU FIO DE BIGODE CERTAMENTE SERVIRIA NO DIA QUE NÃO PUDESSE ASSINAR SE POR ACASO SEU SALÁRIO ATRASASSE SEU CRÉDITO NÃO DEIXARIA A FOME CHEGAR. FEZ GRANDES AMIGOS E COMPANHEIROS NAS QUADRAS E IGREJAS DO LUGAR ENSINOU COM SE PLANTA HORTA COMUNITÁRIA E ESCOLAR FALOU DO LEITE MATERNO ÀS MÃES PEDINDO PRA SEUS BEBÊS AMAMENTAR. FEZ POESIA ENSINANDO COMO SE USA ÔNIBUS COLETIVO E CIRCULAR ANDAR DE METRÔ DANDO A VEZ PRA CIDADANIA SEM RECLAMAR RESPEITANDO OS LUGARES RESERVADOS A QUEM DEVE REALMENTE UTILIZAR. ACESSIBILIDADE NAS RUAS E REPARTIÇÕES E TRANSPORTES COLETIVOS DEFENDEU O COMBATE AO USO INDEVIDO DE DROGAS TORNOU-SE O PRINCIPAL LEMA SEU CONVIDA AO JOVEM PARA CONVERSAREM E A CORRUPÇAO ELE SEMPRE COMBATEU. CRIOU VÁRIOS HINOS ESCOLARES EM TAGUATINGA E CEILÂNDIA TEVE COMO SEUS GRANDES PILARES CRIAR HINOS DE CAMPANHAS A ESCOLA BATE À SUA PORTA A EVASÃO ESCOLAR E COMBATE À FOME. DEFENDIA A AUTOMASSAGEM COMO ESPORTE PARA O ANCIÃO INCENTIVANDO A PRÁTICA DE ESPORTE TROCANDO A OCIOSIDADE POR NATAÇÃO EMBORA DEFICIENTE DE UMA PERNA TINHA ISTO COMO UMA MISSÃO. “VEM MEU JOVEM CONVERSAR COMIGO


50 EU SOU LIVRO ABERTO EU SOU TEU AMIGO”. Adão Lopes de Souza FEZ UM ELO ENTRE O JOVEM E O ANCIÃO PALESTRANDO NAS ESCOLAS E CENTROS DE SAÚDE CRIOU MINIATURAS COM SUAS PRÓPRIAS MÃOS DANDO VIDA AO MUSEU ASA BRANCA COM VIRTUDE TENDO NA POESIA O CUIDADO DE DESCREVER CADA PEÇA COM SEU VALOR E PLENITUDE. GRANDE PARTE DESTE SEU ACERVO DOOU AO MUSEU PROFESSOR GALENO ENVIANDO À SENHORA ALDA LOPES QUE DESTINOU UM LUGAR SUPREMO SITUADO EM BARRA DO CORDA LUGAR HISTÓRICO E SERENO. A CASA DE ADÃO LOPES FREQUENTEMENTE ERA FESTIVA EM FINAIS DE SEMANAS AUMENTAVA SEMPRE A COMIDA ELE TOCANDO E LÍDIA COZINHANDO ALEGRAVAM NOSSAS VIDAS. DESTINOU CADA INSTRUMENTO A CADA FILHO, ESPOSA E GENRO. E ADÃO PUXAVA O FOLE SEM NENHUM ACANHAMENTO E AINDA VINHAM SEUS AMIGOS CADA UM COM SEU INSTRUMENTO. LEMBRO-ME BEM DA FAMÍLIA BÍLIO JOÃO, JOAQUIM, EDVALDO E JUAREZ. ANANIAS DA PROVIDÊNCIA E LINTON GRANDES MÚSICOS CORDINOS POR SUA VEZ SR. FRANCISCO DO ACORDEON ERA UM COBRA E ANTENOR BOM GUITARRISTA E MUITO CORTÊS. A FESTA ESTAVA ARMADA AQUI E ACOLÁ UM TIRA GOSTO TINHA A SEÇÃO NOSTAGIA SAMBA, FORRÓ A TODO GOSTO. E NÓS CANTÁVAMOS EM CORO ATÉ NO MÊS QUENTE DE AGOSTO. PAPAI PASSOU SEU BASTÃO DE MÚSICO AO FILHO ADÃO DOS HOMENS ERA CAÇULA NASCIDO NO MARANHÃO MAS AGORA VIMOS SURGINDO UM GRAND GÊNIO ENTÃO. ADÃOZINHO TOCA VIOLA E ATABAQUE ALÉM DE COMPOSITOR, TOCA VIOLÃO. É VOCALISTA NO SEU TRIO BMW


51 DEFENDENDO SUAS MÚSICAS COM EMOÇÃO. E GABRIEL LUCENA NOSSO SOBRINHO TOCA PIANO, GUITARRA E VIOLÃO. NÃO SABEMOS SE GABRIEL É MELHOR TOCANDO SEUS INSTRUMENTOS, CANTANDO ACOMPANHADO, OU SE SÓ. FOI SURGINDO DE REPENTE CANTANDO MÚSICA EM INGLÊS QUE A LÍNGUA FALTA É DÁ UM NÓ. FÁTIMA, A NOSSA ARTÍSTA PLÁSTICA. AUXILIAR DE ENFERMAGEM E ARTESÃ ALDAÍRES E ALDENIR, NOSSAS MESTRANDAS. AUMENTAM SEUS CONHECIMENTOS COM AFÃ E COMO PROFESSORAS DE INGLÊS, BUSCARAM. APRIMORAMENTO NA UNIVERSIDADE MICHIGAN. APARECIDA É UMA GRANDE POETISA ESCREVE E ÀS VEZES ESQUECE NÃO CONFIANDO EM SEU TALENTO O QUE MUITO ME ENTRISTECE E QUANDO CANTA PRO NETINHO SUAS RIMAS PARECEM VERSOS. DJALMA, MEU IRMÃO QUASE GÊMEO. COM DEZ MESES DE DIFERENÇA, LINDOS VERSOS ESCREVEU AO PAPAI E SUA FILHA ÉRIKA PROFESSORA E MUSA INSPIRADORA QUE MUITO JOVEM FALECEU. ALCEBÍADES NOSSO SAUDOSO IRMÃO ALÉM DE DESENHISTA, TOCAVA TAMBÉM VIOLÃO. JOÃO LOPES NETO, NOSSO GRANDE POETA. PARTIRAM DESTA COM PROBLEMAS NO CORAÇÃO. SÓ QUEM JÁ PERDEU ALGUÉM QUERIDO E QUE SABE DO QUE ESTOU FALANDO ENTÃO. QUANTO A MIM, AGORA É DIFÍCIL FALAR. TENHO MARGARIDAS NOS OLHOS SOU LIBRIANA E GOSTO DE CANTAR SOU PROFESSORA APOSENTADA APRECIADORA DAS ARTES E POESIAS GOSTO MUITO DE PRENDAS DO LAR. VOU FALAR DE UMA PESSOA MATRIARCA E ESPETACULAR SEM ELA NÃO EXISTIRIÁMOS POR ISSO VOU TE CONTAR EITA MULHER GUERREIRA RAINHA DE NOSSO LAR. ELA APESAR DE POUCO ESTUDO TINHA A SABEDORIA COMO DEVOÇÃO PREOCUPAVA-SE COM NOSSOS ESTUDOS


52 COM NOSSO CARÁTER E UNIÃO TINHA A MESA MUITO FARTA E SEMPRE NOS DEU BOA EDUCAÇÃO. AO PAPAI, MAMÃE, ALCEBIADES E JOÃO. MARIA CECÍLIA E ÉRIKA FLÁVIA QUE PREFERIRAM MORAR LÁ NO CÉU NOSSA SAUDADE INCALCULÁVEL VAI ESTE VERSO MOLHADO DE LÁGRIMAS QUE MAIS PARECEM VÉU. MARIA JOSÉ, ONILDA, CECÍLIA E LINDALVA. NORAS QUERIDAS E AMIGAS DE MEUS PAIS A CADA REUNIÃO EM FAMÍLIA AS GARGALHADAS EM PRINCÍPIO ERAM GOSTOSAS DEMAIS UMAS PARTIRAM DE QUALQUER FORMA E O TEMPO BOM, AMIGOS, NÃO VOLTA MAIS. ADÃO GOZAVA DE SAÚDE MAS SOFREU UMA DEPRESSÃO APÓS PERDER A ESPOSA AMADA E SEUS FILHOS ALCEBÍADES E JOÃO APÓS UM TRATAMENTO À RAIO LAZER PARA MELHORAR SUA VISÃO. AOS POUCOS FOI FICANDO TRISTE SEM CORAGEM PRA CONVERSAR NÃO SORRIA E NEM COMIA, CAINDO DE PRODUÇÃO NÃO ESCREVIA MAIS SEUS VERSOS E NEM TOCAVA SEU MODÃO. FORAM NOVE DIAS INTERNADOS NO HRT COM CUIDADOS E MEDICAÇÃO NUNCA CHEGAMOS PENSAR NA HIPÓTESE QUE ELE NÃO VOLTARIA ENTÃO RECEBEU ATÉ VISITAS NO HOSPITAL PRA UMA ENTREVISTA NA TELEVISÃO. NESTA TARDE FOI GRANDE A EMOÇÃO NÃO CONSEGUIU ESCONDER AS LÁGRIMAS TAMANHA FOI SUA COMOÇÃO CHEGANDO A SOLUÇAR BAIXINHO COM O OLHAR PERDIDO FALOU AQUI PRINCIPIA O FIM DE ADÃO. NAQUELA MESMA NOITE PEDIU PRA ASSISTIR AO JORNAL NACIONAL MAS QUAL NÃO FOI A SURPRESA NÃO QUIS NEM NADA IGUAL VOLTANDO PRA SUA CAMA NAQUELE DESÂNIMO TOTAL. NA MANHÃ SEGUINTE BEM CEDINHO SUAS PORÇAS FORAM FALTANDO LEVARAM-NO PRA OUTRA SALA


53 E OS CHOQUES FORAM APLICANDO USARAM BALÃO DE OXIGÊNIO E O SOPRO DE VIDA FOI ACABANDO. FORAM GRANDES TENTATIVAS EM REANIMAR NOSSO HERÓI A CADA CHOQUE APLICADO DOIA MUITO DENTRO DE NÓS DEIXANDO-NOS SEM ESPERANÇAS DE OUVIR DENOVO SUA VOZ. ENFIM VEIO A TRISTE NOTA FIZEMOS TUDO O QUE PODÍAMOS PARA SALVAR NOSSO IRMÃO O QUADRO ERA MUITO GRAVE É COM PESAR QUE INFORMAMOS PERDEMOS NOSSO QUERIDO ADÃO. DURANTE SEU VELÓRIO NA CAPELA A BANDEIRA DA ATL COBRIA O SEU CAIXÃO O PRESIDENTE DA ACADEMIA LEVOU SEU LIVRO ONDE LEU UMA DE SUAS POESIAS COM SUA VOZ PAUSADA E ALTANEIRA CAUSANDO-NOS GRANDE EMOÇÃO. NA DESPEDIDA DESCENDO À TUMBA OS SEUS COLEGAS DE MÚSICAS TOCARAM LINDAS CANÇÕES E EU EMBORA TRISTONHA CANTEI UMA DE SUAS COMPOSIÇÕES QUE SE INTITULAVA ADÃO.

Adão Lopes de Sousa

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nasceu em Paraibano - MA, em 15/10/192427. Filho de João Lopes de Souza e

Saturnina Pereira Ramos (Satu). Faleceu em 20 de julho 2005, em Taguatinga-DF, vitimado por insuficiência cardíaca.

Era artesão de objetos que resgatam brincadeiras de crianças e costumes de adultos. Por cinco anos trabalhou voluntariamente em escolas do DF, onde apresentou seu artesanato, passando aos adolescentes suas experiências. Foi homenageado com o Mérito Candango da FECOMÉRCIO e SBT (Sistema Brasileiro de Televisão) no ano de 1997, tendo seu trabalho divulgado por aquela emissora, no período de um mês. Recebeu o Mérito de Pioneiro de Taguatinga. Diplomado Cidadão Taguatinguense pela Secretaria de Cultura de Taguatinga. Foi Presidente-

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From: xheromil@hotmail.com - To: vazleopoldo@hotmail.com. Subject: Documentos - Adão Lopes de Souza. Date: Mon, 19 Jan 2015 21:02:48 -0200. Caros amigos Dilercy e Leopoldo, Em atenção, estou enviando documentos referentes a vida de Adão Lopes, meu pai, conforme solicitação. Quaisquer questionamentos, favor procurar-me. Atenciosamente, Herotildes 27 Nessa época, ainda se chamava BREJO DOS FAUSTINOS, e pertencia ao Município de Pastos Bons. Os “Paraibanos” haviam chegado dois anos antes, e se estabelecido na região do Brejo; com o passar do tempo, a região mudou de denominação, para Brejo dos Paraibanos (final da década de 20), e em 1952, foi criado o município de Paraibano, desmembrado de Pastos Bons.


54 Fundador da Associação de Moradores da QNH - Taguatinga - Norte – DF; era ainda Vereador da Câmera de Vereadores Comunitários de Taguatinga. Casado com Josefa Brito de Souza – mais conhecida como Lidia, nascida em Cajazeiras- Paraíba em 22 em de julho de 1924, falecida em 28 de julho de 1999 em Taguatinga - DF. Vitimada também por insuficiência cardíaca. Casaram-se em Pastos Bons. Ambos tiveram 13 filhos e mais uma adotiva:

Aldeisa (nascida em Paraibano), casada com Manoel Messias, filhos: Manoelisa Brito (filhos: Miguel, Daniel, Helder, Emanuelle e Diego); e Maísa Brito (filhos: Elisa, Heitor e Guilherme); João Lopes de Souza (nascido em Paraibano), casado com Maria José; filhos: Márcio Henrique (filhos: João Henrique e Márcio Henrique); Walma (filhos: Luísa e Augusto); e Vânia (filho: Heitor); Herotíldes de Souza Milhomem (nascida em Paraibano); foi casada Luís Gonzaga (Divorciada); filhos: Sandro (filho: Bruno); e Abdias (filha: Kaisa); Djalma Brito de Souza (nascido em Paraibano); casado com Maria Cecília (Viúvo); filhos: Marco Aurélio (filhos: Laura e Matheus); e Érika Flávia (falecida); Maria de Fátima Brito da Silva (nascida em Paraibano, mas registrada em Barra do Corda); casada em primeiras núpcias com José Eustáquio da Silva; filha: Cyntia (filho: Cauê); e em segundas núpcias com Gildemir Melo; filhos: Hudson (filho: Tafari); e Paulo Henrique (filho: Pedro Henrique); Maria Aparecida Brito Borges (nascida em Paraibano, registrada em Barra do Corda); casada Paulo Roberto Borges. Filhos: Lanuce Roberta (filho: Eduardo José); e Paulo Roberto Junior. Alcebíades Brito de Souza (nasceu em Barra do Corda); casado com Lindalva Resende; filhos: Katyana (filho: Laryssa Pamela); Kássio (filha: Jéssica); Karina; Fernando (de outro relacionamento). Aldaíres Brito de Lucena (nasceu em Barra do Corda); casada com José Anselmo (Viúva); Filho: Gabriel Lucena. Adão Filho (nasceu em Barra do Corda); casado com Onilda Araujo; Filha: Julia; primeiras núpcias com Maria Célia, mãe de Poliana. Aldenir Brito de Souza (nasceu em Barra do Corda); casada com Antonio Marcos; Filho: Marco Antônio; Abraão Lopes Sobrinho (nasceu em Barra do Corda). Foi abortado aos cinco meses. Aldenice Brito de Souza (nasceu em Barra do Corda). Falecida em 1960 com mais ou menos um ano de idade. Adailza Brito de Souza (nasceu em Barra do Corda); falecida em 1961, ainda bebê. Neusa Cabral (nasceu em Barra do Corda, filha adotiva). Casa com José Eustáquio, filho: Loyani Katrina (filhas: Maria Eduarda e Ana Cecília); e em segundas núpcias com Raimundo Lucena (filha: Luana Laise). Adão saiu de Paraibano em 1954, levando toda sua família: esposa e seis filhos; estava com 30 anos de idade. Na época deixou uma Vacância no cargo de Vereador, indo buscar melhor educação para os filhos, e melhor mercado de trabalho para o sustento da grande prole.


55 Adão - naquela época - era considerado um bom Sanfoneiro, compositor de suas próprias músicas, poeta e contador de causos engraçados. Além de bom comerciante. Apesar de pouco estudo, conseguiu concluir o segundo grau em Brasília- DF.

É autor de cerca de 200 músicas, como o Hino Elo de Ligação (Reminiscência). Possui ainda 50 poemas inéditos e três livros publicados: Viver Assim é Melhor, A Lei de Moisés e Horta Caseira.


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Entrelaço de Família - Adão Lopes foi casado com : JOSEFA BRITO DE SOUSA vulgo Lídia, filha de QUINTINO DE BRITO LIRA, filho de Francisco de Brito Lira e d. Ana Maria da Conceição, casado com IZABEL FURTADO28; Quintino era irmão de Antonio Paraibano.

28

Izabel é irmã de Maria Furtado, casada com Firmino; e vem a ser sogro de Antonio Diniz Barros.


57 2.06. QUINTINO DE BRITO LIRA –casado com IZABEL FURTADO ; filhos: 29

2.06.5. JOSEFA BRITO DE SOUSA (Lidia) Casada com Adão Lopes 1.

29

Aldeisa (nascida em Paraibano), casada com Manoel Messias, filhos: 5.1 Manoelisa Brito 6.1. Miguel, 6.2. Daniel, 6.3. Helder, 6.4. Emanuelle 6.5. Maísa Brito; filhos: 7.1. Elisa, 7.2. Heitor 7.3. Guilherme .2 João Lopes de Souza (nascido em Paraibano), casado com Maria José; filhos: 5.2. Márcio Henrique; filhos: 6.6. João Henrique 6.7. Márcio Henrique 6.8. Walma; filhos: 7.4. Luísa 7.5. Augusto 6.9 Vânia; filho: 7.6. Heitor .3. Herotíldes de Souza Milhomem (nascida em Paraibano); foi casada Luís Gonzaga (Divorciada); filhos: 5.3. Sandro; filhos: 6.10. (Bruno); 6.11. Abdias; filha: 7.7. Kaisa .4. Djalma Brito de Souza (nascido em Paraibano); casado com Maria Cecília (Viúvo); filhos: 5.4. Marco Aurélio; filhos: 6.12. Laura 6.13. Matheus 6.14. Érika Flávia (falecida); .5. Maria de Fátima Brito da Silva (nascida em Paraibano, mas registrada em Barra do Corda); casada em primeiras núpcias com José Eustáquio da Silva; filha: 5.5. Cyntia; filho: 6.15. Cauê e em segundas núpcias com Gildemir Melo; filhos: 5.6. Hudson; filho: 6.16. Tafari); 5.7. Paulo Henrique; filho: 6.17. Pedro Henrique .6. Maria Aparecida Brito Borges (nascida em Paraibano, registrada em Barra do Corda); casada Paulo Roberto Borges. Filhos: 5.8. Lanuce Roberta; filho: 6.18. Eduardo José; Izabel é irmã de Maria Furtado, casada com Firmino; e vem a ser sogro de Antonio Diniz Barros.


58 5.9. Paulo Roberto Junior. .7.Alcebíades Brito de Souza (nasceu em Barra do Corda); casado com Lindalva Resende; filhos: 5.10. Katyana; filho: 6.19. Laryssa Pamela 5.11. Kássio; filha: 6.20. Jéssica 5.12. Karina; 5.13. Fernando (de outro relacionamento). .8. Aldaíres Brito de Lucena (nasceu em Barra do Corda); casada com José Anselmo (Viúva); Filho: 5.14. Gabriel Lucena. .9. Adão Filho (nasceu em Barra do Corda); casado com Onilda Araujo; Filha: 5.15. Julia; primeiras núpcias com Maria Célia 5.16. Poliana. .10. Aldenir Brito de Souza (nasceu em Barra do Corda); casada com Antonio Marcos; Filho: 5.17. Marco Antônio; .11. Abraão Lopes Sobrinho (nasceu em Barra do Corda). Falecido Ainda criança .12. Aldenice Brito de Souza (nasceu em Barra do Corda). Falecida em 1960 com mais ou menos 1 ano de idade. .13. Adailza Brito de Souza (nasceu em Barra do Corda); falecida em 1961, ainda bebê. .14. Neusa Cabral (nasceu em Barra do Corda, filha adotiva). Casada com José Eustáquio, filho: 5.18. Loyani Katrina; filhas: 6.21. Maria Eduarda 6.22. Ana Cecília); e em segundas núpcias com Raimundo Lucena; filha: 6.23. Luana Laise


59 OS ‘DINIZ BARROS’ Este ramo da família começou com o casamento de MARIA FURTADO (BRITO) DINIZ com Antonio Diniz Barros. Maria Furtado Brito Diniz era filha de 2.06. QUINTINO DE BRITO LIRA – filho de Francisco de Brito Lira e d. Ana Maria da Conceição, casado com IZABEL FURTADO30: 2.06.2. MARIA FURTADO (BRITO) DINIZ, casada com Antonio Diniz Barros; filhos:

2.06.2.1. ROSALVO DINIZ BARROS31, (PARAIBANO, 1940 – SÃO LUIS, 29/06/2010 Casado com Regina, com quem teve dois filhos

2.06.2.1.1. Rosalvo Junior 2.06.2.1.2. Casado em segundas núpcias com ( ) com filhos: 2.06.2.2. Maria Edenice Diniz Barros 2.06.2.3. Cleonice Diniz Camelo 2.06.2.4. Maria das Graças Diniz Barros 2.06.2.5.Francisco Diniz Barros (Dinizinho) 2.06.2.5. Antonio Diniz Barros Filho (Toinho) 2.06.2.6. José Diniz Barros 2.06.2.7. Ewerton Diniz Barros 2.06.2.8. Fábio Diniz Barros 2.06.2.9. Maria de Fátima Diniz Barros

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Izabel é irmã de Maria Furtado, casada com Firmino; e vem a ser sogro de Antonio Diniz Barros. 31 Rosalvo Diniz Barros - exerceu o mandato de deputado estadual no período de 1982 a 1986 e era filho do ex-prefeito de município de Paraibano, Antonio Diniz Barros e pai do radialista e jornalista Rozalvo Jr. Faleceu em 29 de junho de 2010, no Hospital São Domingos -São Luis, vitima de câncer de estômago . Rosalvo tinha 70 anos, era casado com Regina Freire (irmã do Bitonho) com quem tinha dois filhos, e mais 3 de outro casamento. A mãe de Rosalvo Diniz, D. Mariquinha, faleceu no ano passado.


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61 2.07. FLORENTINO DE BRITO LIRA – filho de Francisco de Brito Lira e d. Ana Maria da Conceição, casado com JOSEFA; Era o mais novo dos irmãos; também veio para o Maranhão.


62 2.08. ANTONIA DE BRITO LIRA filha de Francisco de Brito Lira e d. Ana Maria da Conceição, casada com ANTONIO FRANCISCO PEREIRA; filhos: 2.08.1.MARCELINO FRANCISCO PEREIRA 2.08.2. JOSÉ FRANCISCO PEREIRA (Zuza Pereira) 2.08.3. MARIA PEREIRA BRITO Casada com Joaquim Pereira

Morou na Ponta da Serra.


63 2.09. CONCEIÇÃO DE BRITO LIRA filha de Francisco de Brito Lira e d. Ana Maria da Conceição, casada com JOVINO;


64 2.10. JOSEFA DE BRITO LIRA filha de Francisco de Brito Lira e d. Ana Maria da Conceição, casada com FLAUZINO;


65 2.11. JOAQUINA filha de Francisco de Brito Lira e d. Ana Maria da Conceição, casada com JOÃO FRANCISCO


66 JOÃO BRITO LIRA (João Paraibano)


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Por ROSELY DANTAS BRITO AGOSTINO32 “Homem desbravador, empreendedor, trabalhador, que o Maranhão o recebeu e que ele tão bem soube retribuir com seu trabalho. Era destemido, preocupado com o progresso e deu sua contribuição em prol deste.” A realização desta biografia é necessário que se comece assim: A família de Antonio de Brito Lira, pernambucana de nascimento, nasceu na divisa do Estado de Pernambuco com o Estado da Paraíba, mas se orgulhava em ser chamada: Paraibano. Amava aquele Estado, que o acolheu. Mas, Deus já havia traçado outros caminhos. Esse mesmo Estado que o acolheu, a seca castigou. O povo sofria. A família bateu em retirada. Partiu em busca de novas terras, que pudesse instalar sua morada. Percorreu, visitou lugares, mas foi em Brejo no Maranhão (primeiro nome da cidade de Paraibano pela abundância das águas existentes no lugar), que agradou toda familia. Tanta água era motivo de emoção, encantava os olhos e vinha a tristeza lembrando a seca da terra amada deixada para trás. A minha função é escrever sobre João de Brito Lira, membro da familia Paraibana, mais conhecido como: João Paraibano, que nasceu em Surubim – Pernambuco, em 20 de janeiro de 1907 e faleceu em 15 de outubro de 1976. Filho de Antonio de Brito Lira e de Joaquina Maria das Dores. Seus irmãos: Bernardino Brito Lira (*18/12/1900 e + 11/10/1952); José Brito Sobrinho (Zé Paraibano, como era mais conhecido, * 22/02/1902 e + 23/06/1975); Guilhermino Brito Lira (* 20/06/1903 e + 21/10/1962); Marcos Brito Lira (* ? e + 15/05/1952); Maria Brito Lira )*? e +?) sua única irmã. Do segundo casamento de seu pai tem mais duas irmãs: Rosely Dantas Brito agostino e Delzuita Dantas Brito Vaz, ambas moram em São Luis-MA.

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Licenciada em Letras, Irmã do homenageado – São Luís, 2006


68 A seca teve início em 1910 e sua instalação em Brejo no Maranhão em 1923. Começa a desenvolver lavoura. O babaçu, que apodrecia embaixo da palmeira, seu pai dar incentivo e começa a comprar amendoa. 1924, plantou a primeira roça e o produto era transportado em lombo de animais – tropeiro para a cidade de Nova Iorque no Maranhão. Paralelo a lavoura inicia comércio e começa a introduzir dinheiro na região. Comprava generos e pagava em dinheiro, causando admiração aos poderos da época, que escravisavam o povo, como os Rocha Santos, de São João dos Patos, os neiva e depois os teixeiras de Pastos Bons. João botou a primeira “bodega’ (pequeno comércio) em 1924 e foi crescendo. Foi o primeiro a pagar o dia de trabalho com dinheiro e o povo queria trabalhar e vender produtos para ele, a fim de receber em dinheiro e não mais o uso da troca (mercadorias com trabalho e vice-versa). Essa era a grande novidade!: ‘o dinheiro’. Depois criou uma feira, que aos domingos o povo das redondezas vinham negociar seus produtos. Mais tarde, seu irmão Bernardino toma conta da feira. Lavradores, que vinham de uma região com mais conhecimentos de grandes engenhos de açúcar, cultivo de algodão, na bagabem traziam experiencias e o povo admirava os feitos dessa família, que tinha técnicas, força de vontade, coisa que os ricos da região não tinham. João casou-se com Dilia Coelho de Sousa, moça do lugar e completaram a familia com os filhos, dádiva de Deus: Delzuita Sousa Brito, Lindomar Sousa Brito, José Sousa Brito (mais conhecido como Zedito, já falecido), Feliciano Sousa Brito, Maria de Jesus Sousa Brito, Maria do Carmo Sousa Brito, Theodorico Sousa Brito, Maria do Socorro Sousa Brito, e Cândido Bosco Sousa Brito. Ano de 1932, João constroi uma ‘casa de pedra’, coberta de telha, pois as casas eram cobertas de palhas. Em 1933, constrói o sobrado. Construção sofisticada, poposa para a época, que radicalmente muda a forma de habitar das pessoas da região. João, em 1935, compra o primeiro caminhão em Fortaleza-CE. Para chegar a Paraibano foi necessário abrir a estrada a facão. As pessoas que moravam a beira da estrada ficafram com medo do ronco do motor que apovorados fugiam. Esse caminhão transportava mercadorias, como também as pessoas que queriam e vinham morar em Paraibano. João carregava o caminhão de mercadorias e montava feiras nas regiões vizinhas, mas havia um lugar especial: debaixo de uma árvore de nome “Sucupira” e o pessoal daquelas imediações traziam seus produtos e trocavam por mercadsorias, como: rapadura, soda cáustica, açúcar e outros. Essa feira montada debaixo dessa árvore deu origem a cidade de “SUCUPIRA DO NORTE’. O progresso desse desbravador, empreendedor – junto com o pai e seus irmãos – foi motivo de preocupação mesquinha por parte daaqueles que se consideravam donos do poder. A D. Noca (Joana Rocha Santos), primeiro dava tudo por João, depois não admitia saber que, os Paraibanos estivessem dominando. Despertou um poder de perseguição sem medir consequencias. A cosntrução do sobrado, imponente para época, naquele lugarejo... inclusive a parte financeira. Ela não admitia rival, comercialmente falando.


69 Desgostoso com a política e não querendo provocar desentendimentos, principalmente com os Rocha Santos, sai de Paraibano, deixando a politica com seu irmão Guilhermino, que tinha bom relacionamento com o povo. Deixou para trás seus pertences e foi em busca de novas terras. Fixou morada, por um bom tempo, em “Alto Alegre do Piauí” e mais tarde em Imperatriz-MA, quando esta era uma pequena cidade. Já instalado, o progresso chegava a essa cidade após a construção da Balém-Brasília. Essa mudança aconteceu pela preocuipação com a educação dos filhos. Vendia a grosso e a varejo. Lidava, também, com fazendas.Prosperou e se tornou conhecido na região como “Paraibano”. Por motivos familiares já não era o homem alegre de antes. Essa tristeza acentua-se com a morte da esposa. Depois, casa-se com Lúcia. Não tiveram filhos. Católico praticante, assistia missa todos os dias. Passou a viver uma vida simples. Sem luxo, sem conforto algum. Tudo na casa era rústico, grosseiro. Morou no Juazeiro do Norte-CE, cidade de Padre Cícero de quem era devoto, uma temporada, depois se mudou para a cidade de Montes Altos no Maranhão, onde faleceu em 15 de outubro de 1976. Curioso, ele falou o dia e hora que ia morrer e pediu para a esposa Lúcia ou uma freira amiga deles, aque rezasse determinada oração e aconteceu como ele previu. São Luís, 1º de maio de 2006 Obs. A Escola Agrupada João Paraibano, a primeira escola, construida pelo Governo. Construída em 1956, com morada para a professora que assumisse o posto. É sabido, que a primeira professor a assumir a função foi a professora Hortência Sá. (Tendo moradia não precisou ocupar a escola. Foi minha primeira professora). Não tenho conhecimento de professor a morar lá. Meu primário (1º a 5º ano) foi realizado nessa escola. Ele me deu base. O conhecimento que me deu sustentação para o gináasio, segundo grau e o curso de licenciatura de letras na UFMA. Tempos bons aqueles.Educação de qualidade... A primeira diretora: professora Josefina de Castro Oliveira e Silva, grande mestra! Aprendi muito com essa mulher e olhe que ela não foi minha professora! Depois vieram as professoras: Aracy, Terezinha, Cacilda e Leda. Foi gostoso, eufórico, emocionante! Paraibano tomou ares de cidade, pois a educação é e será sempre o “X” para todas as evoluções.


70 EM IMPERATRIZ O “imbróglio” entre os Rocha Santos e os Brito Lira tem duas versões; na primeira começa quando a Sra. Joana da Rocha Santos, em 1939, se apodera de um poço de água que servia à cidade – até então o relacionamento era cordial, embora já houvesse uma rivalidade comercial. Guilhermino se opõe, dizendo que a água era pública. Aproveitou-se da ocasião para intensificar as perseguições... A segunda, diz o Sr. Manoel Coelho, teria começado com João Paraibano, devido à rivalidade comercial, o que causou sua saída da cidade. Ele, então, deixa o Brejo e muda-se para um lugar chamado Alto Alegre, no Piauí, em 1943. Depois, em 1955, volta para o Maranhão, estabelecendo-se em Imperatriz, tornando-se um dos grandes comerciantes do Vale do Tocantins. Edmilson Sanches, na Enciclopédia de Imperatriz33 no verbete

JOÃO BRITO LIRA. (João Paraibano). Comerciante. Chegou a Imperatriz em 1955, vindo de Brejo do Paraibano (MA), onde nasceu. Fundou a Casa Paraibana, localizada, à época, na Rua Simplicio Moreira. Foi a maior loja comercial da década de 50 em Imperatriz. Vendia tecidos, louças, aluminio, miudezas em geral e foi a primeira a vender brinquedos movidos a pilha e máquinas de costura. Casado com Edília Coelho de Brito, com quem teve seis filhos, entre eles Maria de Jesus Brito, comerciante, uma das primeiras proprietárias de boutique em Imperatriz, a D’ J Modas. (p. 318).

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SANCHES, Edmilson (Organizador e Editor) ENCICLOPÉDIA DE IMPERATRIZ – 150 ANOS. Imperatriz: Ética, 2006


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Centro de Imperatriz década dos anos 60, centro Praça de Fátima, a segunda CASA PARAIBANA na esquina da Av.Getúlio Vargas com Rua Simplício Moreira, à esquerda de esquina.

O Jornalista Lima Rodrigues, de O Progresso, jornal de Imperatriz, publicou a seguinte reportagem em 02 de novembro de 2012:


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O RESGATE Nos últimos anos, escrevi mais de 30 perfis de pessoas que contribuíram ou contribuem com o desenvolvimento de Imperatriz e da região tocantina. Hoje, começo a série Famílias de Imperatriz, do Projeto Homenagem, com o objetivo de resgatar a história dessas pessoas que fizeram história na nossa cidade e colaboraram, inquestionavelmente, para o crescimento de Imperatriz, como as famílias Milhomem, Bandeira, bastos, Cortez e tantas outras. A nossa nova série começa com a família dos Paraibanos, cujo patriarca, João de Brito Lira, o João Paraibano, falecido em 1976 aos 69 anos de idade, foi o dono da principal loja da cidade, à época na Rua Simplicio Moreira, com a Rua Bom Futuro. Era um homem generoso com os mais pobres e com a igreja. Ele ajudou a construir a Igreja Nossa Senhora de Fátima. João Paraibano também contribuiu ao envestir na cidade e a convidar empresários para investirem no município. Ele também ajudou na construção da Belém-Brasília, desmatando com sua equipe de 200 homens o trecho entre Imperatriz e o Barra Grande. A filha dele, Maria de Jesus, hoje comerciante na também Simplicio Moreira, quase esquina da Praça de Fátima, com sua Dje Modas, foi a primeira mulher a dirigir automóvel em Imperatriz. Conheça mais detalhes desta bela história agora na coluna. [... faltando linhas...] [...] as colheitas, o lugar cresceu vertiginosamente, tornando-se o centro exportador de arroz, milho, feijão, fava e algodão para o Nordeste, de onde vinham, em caminhões de propriedade da faili a brito Lira, mercadorais para


73 serem vendidas na região, assim como novos migrantes. O primeiro prefeito de Paraibano foi o Sr. José Brito Lira, neto do pioneiro Antonio Brito Lira.

O SOBRADO O sobrado e a casa de pedra formam o primeiro conjunto arquitetônico da cidade de Paraibano, construído por João Paraibano para dar inicio ao povoado de BREJO DOS PARAIBANOS. Depois vieram a construção da Igreja de São Benedito em 193: Escola João Paraibano em 1950 e a Igreja Matriz em 1962 e outras construções, mas nenhuma se comparava ao imponente SOBRADO, que já serviu de residência da Brito Lira e de Museu que guardava a história do município, sobrevivendo ao tempo.

BARRAGEM DO BALSEIRO Próximo de Paraibano existe a Barragem do Balseiro, local muito usado por turistas para um bom mergulho. (Fonte: Wikipédia e o site WWW.ferias.tur.br.

JOÃO PARAIBANO

A família Brito ficou em Paraibano, mas o destemido João Paraibano deixou Pastos Bons e foi morar em Carolina. Não satisfeito, seguiu... [...faltando linhas]


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João Paraibano comprou uma Rural Willys, era um carro potente, digamos uma S10 dos dias atuais. Mas a novidade viria depois, em 1964, quando “Seu” João comprou um moderno utilitário Veraneiro, da Chjevrolet. (O Veraneio foi fabricdo no Brasil emtre 1964 e 1994). A filha Maria de Jesus, que era a secretária e gerente da Casa Paraibana, ao lado do irmão Lindomar, foi até Goiania (GO) só para tirar a Carteira nacional de Habilitação. Ela foi a primeira mulher a dirigir um automóvel em Imperatriz. Era uma jovem bonita e atraente.

TAROL Na Escola Santa Teresinha, onde estudava, Dejesus era líder na organização das festas juninas e no dia 7 de Setembro, no tradicional desfile da Escola, tocava tarol na fanfarra. Era um sucesso total. “Era um tempo bom. As freiras gostavam muito de mim. Eu fazia tudo com muito crinho”, lembra a empresaria Dejesus, com ar de saudade e uma fala baixa e serena, ao lado do filho Axel Brito, um jovem envolvido em movimentos culturais na cidade. O irmão de Dejesus, conhecido como “Mudinho”, foi dos primeiros motoqueiros... [...faltando linhas...] [...] para o empresario Osmar da Chaparral, um dos primeiros empreendedores a acreditar em Imperatriz, “Seu Osmar cmprou fazendas de meu avô e me contou que meu avô era um dois incentivadores para trazer empresários de fora para investirem em Imperatriz”, comentou o neto de João Paraibano.


75 LINDOMAR E MAGNÓLIA Outro filho do pioneiro João Paraibano é o aposentado Lindomar de Sousa Brito, de 77 anos, casado com Magnóliua dos Santos Brito. Até hoje o casal mora na Rua Simplicio Moreira, perto da Praça de Fátima. Eles são os pais de João Bosco, da Marilan e do Humberto dos Santos Brito, o conhecido Beto, ou para alguns, apenas Betinho. O outro filho, Hugo, morreu em 1983, em um acidente de carro perto do Bananal, na Belém-Brasília.

“Quando chegamos a Imperatriz o prefeito era o Simplicio Moreira e os empresários fortes da cidade eram o Manoel Ribeiro, o Jonas Ribeiro e o Chico Herênio. Tinha também o Sr. Nogueira, dono da primeira farmácia de Imperatriz, na Rua 15 de Novembro, e de diversos imóveis na cidade”, lembra Lindomar Brito, que foi gerente da famosa Casa Paraibana, montada por seu pai. “Naquela época (1955) Imperatriz devia ter cerca de 3 mil e 500 habitantes e três pedaços de ruas: a 15 de Novembro , a Coronel Manoel Bandeira, e a Godofredo Viana. Aqui na Praça de Fátima era tudo só mato. Meu pai comprou aquele quarteirão todo na Simplicio Moreira com o objetivo de que todos os filhos construíssem suas casas lá, mas isso acabou não acontecendo... [...faltando linhas...]


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O SURGIMENTO DOS PARAIBANOS O sertanejo Antonio Brito Lira, que foi casado com Maria Lira, nasceu em Surubim, em Pernambuco, mas ainda jovem foi embora para Cajazeiras, na Paraíba. Lá, Antonio Lira e Maria tiveram os filhos Guilhermino, Bernardino, José, Marcos, Maria e o nosso principal personagem desta história, João de Brito Lira ou simplesmente João Paraibano. De Cajazeiras, em 1920, Antonio Brito Lira saiu em busca de dias melhores, mudou-se com a família para o Maranhão e foi buscar no povoado conhecido como Brejo do Faustino, no município de Pastos Bons, onde fundaria a vila Brejo dos Paraibanos , que anso epois se transformaria na aconchegante cidade de Paraibano.

ANIVERSÁRIO DA CIDADE – 30 DE DEZEMBRO Conhecido inicialmente como Brejo dos Paraibanos, Paraibano foi elevada à categoria de município pela Lei no. 841, de 30 de dezembro de 1952. Paraibano fica à 435 km da capital São Luís, é uma das primeiras cidades do Sudeste maranhense. É uma cidade conhecida pela sua hospitalidade e principalmente por sua vaquejada, que acontece no terceiro fim de semana do mês de julho. De acordo com o censo de 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Paraibano contava com uma população de 20.103 habitantes. A história do município está ligada à saga de Antonio Brito Lira e sua família, que lá chegaram em 1920, fugindo da seca que assolava o Estado da Paraíba, sua terra natal. No lugar em que hoje está a sede municipal vivia apenas, em uma casa de palha, o maranhense José Fernandes, de quem Antonio Lira adquiriu 2 mil hectares de terra. De 1920 a 1930, enquanto se dedicava à lavoura os pioneiros construíram casas de tijolos [faltando linhas finais do jornal]


77 [...] mulher e os filhos. Corajoso, mandou fazer uma balsa e desceu o rio Tocantins abaixo levando a mudança, enfrentando cachoeiras e tempestades, e atracou no porto de Imperatriz em 1º de janeiro de 1955. A cidade só contava com três acanhadas ruas: 15 de Novembro, Manoel Bandeira e Godofredo Viana. João logo frez amizede com famílias tradicionais que já moravam em Imperatriz, como os Cortez, os Milhomem, os Rocha, os Herênios e os Bastos. DILIA COELHO DE BRITO A esposa do empresário João Paraibano era Dilia Coelho de Brito, uma pessoa simples, que tinha ‘tino’ comercial e trebalhava com o marido e os filhos na Casa Paraibana, na Rua Simplicio Moreira, esquina com a Bom Futuro. Dilia, chamada carinhosa pelos parentesw e amigos de Nanan, nasceu na Fazenda Santa Maria, em Pastos Bons (MA), no dia 20 de abril de 1916. Seus pais foram Felipe Coelho de Sousa e Servia Carvalho de Sousa. Ela caosu-se com João Paraibano com apenas 14 anos de idade, conforme relatou em seu histórico e importante livro “Imperatriz – Mulher e Mulheres”, a historiadora Conceição Formiga.

10 FILHOS João Paraibano e Dilia Coelho de Brito tiveram 10 filhos. Um deles, Zé Dito, morreu em julho de 2005, vitima de parada cardíaca. Os outros filhos são Delzuita, Lindomar, José, Feliciano, Theodorico, Maria de Jesus, Maria do Carmo, Cândido Bosco, Maria do So9corro e Maria da Graça.

O EMPREENDEDOR - Esse João Paraibano é maluco. Veja só onde ele construiu a casa dele: lá no meio do mato, disseram algumas pessoas quando souberam que o paraibano havia adquirido um grande terreno, no meio do amto, para construir sua casa e sua loja. O local, não tão distante para os dias de hoje, era na Rua Simplicio Moreria, esquina com a Bom Futuro, mas tmando todo o quarteirão. Na esquina, ele construiu o redio da loja e ao lado a megacasa, já uma mansão à época. Vidros e grades modernas. Uma bela casa e um grande quintal com árvores frutíferas. A família era grande. O nome da loja era Casa Paraibana, uma espéci8e de Bazer Ipanema, para você entender melhor, só que vendia também tecidos, louças, rádios, bicicletas, máquinas de costura Singer e Vigoreli em... [... faltando linhas...]

CLUBE TOCANTINS “Imperatriz cresceu muito e está sempre crescendo. Cheguei aqui com 9 anos de idade. Fiz boas amizades. E quando moça, dançava muita festa no antigo Clube Tocantins, na rua Godofredo Viana. Lembro que tinha a festa das Bolas, quando todas as meninas iam com vestido de bolas para dançar ao som de Cely Campelo e


78 outros artistas que faziam sucesso à época”, lembra Dejesus, ressaltando que naquela época a cidade Ra pacata, não havia violência e a pessoas conviviam mais juntas e descontraídas diariamente.

AXEL BRITO O produtor cultural Axel Brito fala com orgulho do avô João Paraibano, especialmente ao revelar que o então forte empresário de Imperatriz ajudou a construir a Igreja de Nossa Senhora de Fátima, com o apoio de outros empresários. “Meus avós tinham uma religiosidade muito forte. Eu fico muito orgulhoso ao saber, através dos mais idosos, da participação de meus avós na construção da cidade. Como empresário, meu avô tinha influencia política, recebia sempre em sua casa autoridades como o então governador Vitorino Freire e o jovem deputado José Sarney, que depois foi governador e continuou visando (sic) a casa de meu avô na Simplicio Moreira. Grandes políticos passaram pela casa dos meus avós. Eles tiveram participaçam muito bonita na construção da cidade, tanto no âmbito religioso como econômico e social. Fico feliz por tudo isso”, declarou Axel Brito, em entrevista à coluna. [... faltando linhas...] [...] em 1971, começamos a vender parte do terreno e mais tarde vendemos a casa’, informou Lindomar, que chegou a Imperatriz com apenas 19 anos de idade. A partir daí, meu pai foi morar dois anos na Paraíba com um


79 irmão e depois ficou um tempo em Montes Altos (MA) a convite de um padre amigo dele e foi lá que ele morreu, mas está enterrado no Cemitério São João Batista, em Imperatriz”, lembra Lindomar.

ESTRELA D´ALVA E PAU DE ARARA

O aposentado, o mais velho dos filhos de João Paraibano, informou que a vinda da família para a cidade acabou despertando o interesse de outras pessoas de Pastos Bons e outras cidades do Maranhão, do Ceará e até mesmo da Paraíba. “Imperatriz era atrasada. Meu pai ajudou a desenvolver Imperatriz, construiu igreja e contribuiu com a construção da Belém-Brasília. Depois de nossa chegada, vimos muita gente desembarcar aqui vindo de pau de arara (caminhão com bancos de madeira na carroceria). Outras pessoas chegavam à cidade vindos pela Viação Estrela D´Alva, da família Caetano, de Carolina”, contou Lindomar, revelando que a diversão dos rapazes eram os festejos de Santa Teresa e a movimentação em frente à igreja após as missas de domingo à noite. “Tenho saudades daquela época. Era muito bom. Nossas amizades em Imperatriz eram muito grandes, com famílias boas, como as dos Moreira, dos Cortez, dos Milhomem, dos Rocha, entre outras”, disse. O FIM DA CASA PARAIBANA A Casa Paraibana funcionou até 1974. Eram cinco irmãos sócios. “Não soubemos administrar. Quiando era comandada pelo meu pai, a loja era uma beleza, o comercio crescia, mas quando passou para os filhos, nós não soubemos admin istrtar. Esta é a verdade”, revelou Lindomar Brito sobre o fim de uma loja que fez história no comércio de Imperatriz, mantida por uma família que também fez história e contribuiu para o desenvolvimento do município.

O LEGADO O patriarca João paraibano e sua Dilia Coelho morreram, mas deixaram um legado para os filhos e para os empreendedores que acreditaram em Imperatriz. Que venham outros ’joãos paraibanos’ ... [faltando linhas...] A família Brito ficou em Paraibano, mas o destemido João Paraibano deixou Pastos Bons e foi morar em Carolina. Não satisfeito, seguiu viagem até Imperatriz, no lombo de animal. Gostou da cidade e voltou à Carolina para buscar a mulher e os filhos. Corajoso, mandou fazer uma balsa e desceu o rio Tocantins abaixo levando a mudança, enfrentando cachoeiras e tempestades, e atracou no porto de Imperatriz em 1º de janeiro de 1955. A cidade só contava com três acanhadas ruas: 15 de Novembro, Manoel Bandeira e Godofredo Viana. João logo fez amizade com famílias tradicionais que já moravam em Imperatriz, como os Cortez, os Milhomem, os Rocha, os Herênios e os Bastos.


80 Embora Imperatriz fosse constituída de apenas três ruas e o início de algumas travessas que também se transformariam em ruas, até meados dos anos 50, mesmo para os mais otimistas, era difícil acreditar que a cidade fosse desenvolver tanto, e acima de tudo, continuar atraindo novos migrantes, e com eles os novos investimentos que haveriam de consolidar os aspectos econômicos da "nova" cidade. As ruas XV de Novembro (rua de Dentro), Coronel Manoel Bandeira (do Meio) e Godofredo Viana (de Fora), mantinham a identidade e característica de Imperatriz como pólo de desenvolvimento de toda a Região Tocantina. Os políticos locais tinham consciência do desafio e sabiam que era preciso avançar no tempo e no espaço se quisessem construir uma grande cidade, e também que aqueles novos migrantes que chegavam, precisavam acreditar nessas idéias, e para isso, era importante ajudá-los, incentivá-los a investir e tornar a economia da cidade cada vez mais forte.34 Ainda não existia a Rua Simplício Moreira, a quarta em relação à Rua XV de Novembro, quando nos primeiros anos da década de 50 chega a Imperatriz o senhor João de Brito Lira, nascido em Cajazeiras, na Paraíba, que lhe rendeu ficar conhecido por João Paraibano. Intrépido como a maioria dos migrantes que chegavam a Imperatriz, João Paraibano tinha a vista aguçada, capaz de ver à frente do seu tempo. Foi assim que ele adquiriu um imenso terreno onde hoje existe a esquina da Rua Simplício Moreira com a Rua Bom Futuro, para ali construir sua residência e sua loja comercial, um dos maiores investimentos que a cidade daquele período conheceu, a Casa Paraibana. Não havia rua onde estava localizado o terreno, mas isso não intimidou João Paraibano, que contratou homens e mandou roçar tudo até onde hoje está localizada a Avenida Dorgival Pinheiro. Muitos fizeram deboche da iniciativa, "porque somente um doido construiria sua casa e seu comércio no meio do mato". João Paraibano sorriu, pois tinha a consciência de que Imperatriz iria crescer, e ele cresceria junto com ela e acabaria atraindo outros pioneiros à sua iniciativa. Por volta de 1955, Simplício Moreira que havia assumido a Prefeitura em razão da tragédia que ceifou a vida de Urbano Rocha, de quem era vice, esperou a rua ser "roçada" e então determinou que ela fosse definitivamente aberta pela própria Prefeitura.

34

JOÃO PARAIBANO. IN Coluna do Lima Rodrigues 07/11/2012 04h00 - Atualizado em 29/09/2015 17h07 Edição Nº 14548


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Imperatriz anos 1960, Praça Tiradentes, entre as ruas Bom Futuro e Antonio de Miranda, em primeiro plano a Rua Simplício Moreira. CASA pertencente na época ao comerciante João Paraibano.

João Paraibano construiu sua residência e inaugurou a Casa Paraibana, a maior da cidade, mas já não estava sozinho nessa empreitada. Não seria o único morador e nem a Casa Paraibana o único ponto de referência da rua. A partir de João Paraibano, outra família "tradicional" da cidade se transfere para a nova rua, a família do senhor Djalma Marinho. Em 1963, quem constrói sua residência e se transfere para a Simplício Moreira é o senhor Mário Brandão, que ali cria seus filhos.35

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Pelas ruas e avenidas da cidade. IN JORNALOPROGRESSOONLINE. http://oprogressonet.com/cidade/pelas-ruas-e-avenidas-dacidade/12008.html, 06/01/2013 Publicado em Cidade na Edição Nº 14597


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João Bosco Brito com alunos e o atual proprietário da OVIL primeira e unica fábrica de óleo do coco babaçu construída na decada de 70 pelo meu avô, João Paraibano, ela continua ativa, ali na BR 010.


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Lindomar de Sousa Brito filho mais velho de João Paraibano foi sócio proprietário das Casas Paraibanas em Imperatriz-MA e teve outros vários comércios no ramo de secos e molhados, na foto de 1965, Lindomar com os filhos, Marilan Brito, Joao Bosco Brito, Humberto Brito, Hugo (falecido em 1983) e a prima Orlene Brito Pereira, na janela a minha mãe Magnólia... Local: Rua Simplício Moreira centro de Imperatriz-MA


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LINDOMAR – DO CARMO


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DE JESUS

Guilherme Cortez, pai de Mariana Cortez Brito casada com Feliciano de Sousa Brito ao lado de sua esposa com os Flaviano, Marcia e a direita da foto, Reginaldo na esquerda, e Flávia Póvoa encostada no seu avô Guilherme... assim se misturou nossas famílias nos anos 60..


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Delzuita, Axel Britto, Maria de Jesus e Maria das Graças


88 TEXTO DE JOÃO BOSCO BRITO https://www.facebook.com/joaobosco.brito1/posts/10205806744831150

Meu muito obrigado, a edição do Jornal ''O Progresso'' de Imperatriz-MA, que narrou um pouco de nossa história, no foco central, o nome do meu avô João Paraibano, (João de Brito Lira)... Leiam um pouco dessa história... pois eu também faço parte dela...Pioneirismo corajoso Ainda não existia a Rua Simplício Moreira, a quarta em relação à Rua XV de Novembro, quando nos primeiros anos da década de 50 chega a Imperatriz o senhor João de Brito Lira, nascido em Cajazeiras, na Paraíba, que lhe rendeu ficar conhecido por João Paraibano. Intrépido como a maioria dos migrantes que chegavam a Imperatriz, João Paraibano tinha a vista aguçada, capaz de ver à frente do seu tempo. Foi assim que ele adquiriu um imenso terreno onde hoje existe a esquina da Rua Simplício Moreira com a Rua Bom Futuro, para ali construir sua residência e sua loja comercial, um dos maiores investimentos que a cidade daquele período conheceu, a Casa Paraibana. Não havia rua onde estava localizado o terreno, mas isso não intimidou João Paraibano, que contratou homens e mandou roçar tudo até onde hoje está localizada a Avenida Dorgival Pinheiro. Muitos fizeram deboche da iniciativa, "porque somente um doido construiria sua casa e seu comércio no meio do mato". João Paraibano sorriu, pois tinha a consciência de que Imperatriz iria crescer, e ele cresceria junto com ela e acabaria atraindo outros pioneiros à sua iniciativa. Por volta de 1955, Simplício Moreira que havia assumido a Prefeitura em razão da tragédia que ceifou a vida de Urbano Rocha, de quem era vice, esperou a rua ser "roçada" e então determinou que ela fosse definitivamente aberta pela própria Prefeitura. João Paraibano construiu sua residência e inaugurou a Casa Paraibana, a maior da cidade, mas já não estava sozinho nessa empreitada. Não seria o único morador e nem a Casa Paraibana o único ponto de referência da rua. A AICEB - Aliança das Igrejas Cristãs Evangélicas do Brasil, que havia iniciado seus trabalhos em uma casa alugada na Rua XV de Novembro, tendo à frente três missionários, que ao retornarem à igreja de origem, transferem a responsabilidade da congregação ao obreiro Tenente-PM Pereira (avô do pastor Raul Cavalcante Batista), que também por volta de 1955, adquire um terreno na nova rua e começa então a construir o primeiro templo da AICEB na cidade, tornando-se também uma nova referência. (o primeiro templo na Simplício Moreira foi iniciado pelo pastor Domingos Costa, que o viu ruir completamente após intenso temporal havia se abatido sobre a cidade. A reconstrução do templo teve a iniciativa do pastor Olívio Alencar com o apoio do irmão Lucas Carneiro. A conclusão do templo foi efetivada pelo pastor Josué Santos). A partir de João Paraibano, outra família "tradicional" da cidade se transfere para a nova rua, a família do senhor Djalma Marinho, cujo filho Leônidas Marinho, hoje com 77 anos, ainda reside na mesma rua.


89 Em 1963, quem constrói sua residência e se transfere para a Simplício Moreira é o senhor Mário Brandão, que ali cria seus filhos e dá uma imensa contribuição ao progresso e desenvolvimento da cidade, ao abrir ali também um novo ponto comercial, depois de muito trabalho, inclusive como motorista de caminhão.

Imperatriz Maranhão - Sua história, sua gente. 26 de abril · JOÃO DE BRITTO LIRA – Mais conhecido com João Paraibano, foi um conceituado comerciante de Imperatriz (MA), fundador da Casa Paraibana, uma das maiores lojas do sul do Maranhão nas décadas de 1950 e 1960. Chegou a cidade no início dos anos 1950, proveniente de Brejo do Paraibano (MA). Nasceu em 20 de janeiro de 1907 e faleceu em 15 de outubro de 1976. Sobre o senhor João Paraibano, escreveu o jornalista Wilton Alves (Coquinho) em sua página, “Pelas Ruas e Avenidas da Cidade”, na edição eletrônica do Jornal O Progresso (Imperatriz-MA), na edição 14597 em 6 de janeiro de 2013. “Ainda não existia a Rua Simplício Moreira, a quarta em relação à Rua XV de Novembro, quando nos primeiros anos da década de 50 chega a Imperatriz o senhor João de Brito Lira, nascido em Cajazeiras, na Paraíba, que lhe rendeu ficar conhecido por João Paraibano. Intrépido como a maioria dos migrantes que chegavam a Imperatriz, João Paraibano tinha a vista aguçada, capaz de ver à frente do seu tempo. Foi assim que ele adquiriu um imenso terreno onde hoje existe a esquina da Rua Simplício Moreira com a Rua Bom Futuro, para ali construir sua residência e sua loja comercial, um dos maiores investimentos que a cidade daquele período conheceu, a Casa Paraibana. Não havia rua onde estava localizado o terreno, mas isso não intimidou João Paraibano, que contratou homens e mandou roçar tudo até onde hoje está localizada a Avenida Dorgival Pinheiro. Muitos fizeram deboche da iniciativa, "porque somente um doido construiria sua casa e seu comércio no meio do mato". João Paraibano sorriu, pois tinha a consciência de que Imperatriz iria crescer, e ele cresceria junto com ela e acabaria atraindo outros pioneiros à sua iniciativa. Por volta de 1955, Simplício Moreira que havia assumido a Prefeitura em razão da tragédia que ceifou a vida de Urbano Rocha, de quem era vice, esperou a rua ser "roçada" e então determinou que ela fosse definitivamente aberta pela própria Prefeitura. João Paraibano construiu sua residência e inaugurou a Casa Paraibana, a maior da cidade, mas já não estava sozinho nessa empreitada. Não seria o único morador e nem a Casa Paraibana o único ponto de referência da rua.” Na fotografia o senhor João Paraibano e sua esposa Dília Coelho de Souza.


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Joao Bosco Brito Eu gostaria de pedir aos nobres repórteres, e dizer, que essa história, começada e incentivada por mim, que sou o neto dele, Joao Bosco Brito segundo...que tivessem os cuidados na hora de narrar, pois já existem até livros escritos, com muitas falhas e erros, todos os meus dados, foi o meu próprio pai que ainda está vivo com 82 anos, que é o filho homem mais velho de João Paraibano, que conta essa história, Lindomar de Sousa Brito...nessa escrita, tem dois erros, o nome da minha avó, e os números de filhos,...


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OUTRAS PERSONALIDADES


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93 JOANA DA ROCHA SANTOS (DONA NOCA)

36

São João dos Patos, 1892 – Floriano, 1970

Dona Noca, nasceu em 18 de dezembro de 1892, na Vila de São João dos Patos, e foi criada sob os moldes europeus. De família ligada ao comércio, produção e indústria, em 1910, assumiu os negócios de beneficiamento de arroz e algodão da família, quando o pai e os irmãos viajaram para tratar de interesses econômicos. Joana sempre foi uma mulher ligada às questões políticas de sua terra, manifestando-se com denúncias quando não concordava com alguma situação. Por estas atitudes é que em 1934 foi nomeada para o cargo de prefeita de São João dos Patos, onde permaneceu até 1951 e para onde voltou em 1955, após o pleito eleitoral. Revolucionária, em 1950, quando houve uma grande fraude eleitoral que favorecia Vitorino Freire, ela não hesitou e tomou para si a liderança do movimento contrário, apoiada pelo advogado e jornalista Raimundo Bastos. Foi uma figura extremamente marcante em seu tempo, lembrada pela forma firme e decisiva como comandava a cidade. Apesar disso, tinha sempre uma visão humana, com um olhar voltado para os mais pobres. Faleceu no dia 06 de abril de 1970 na cidade de Floriano, estado do Piauí. Dominando grande parte do sertão, os moradores a temiam pelo seu poder – comercial e político – e pela valentia.

36

http://www.barradocorda.com/eventos/exposicao-mulher-em-destaque-homenageia-13-maranhenses/ http://imirante.com/namira/maranhao/noticias/2014/03/08/exposicao-mulher-em-destaque-homenageia-13-maranhenses.shtml


94

Foto 1 - Capela que faz parte do acervo da família Rocha Santos

. Foto 2 – Residência do Sr Eurico da Rocha Santos. http://saojoaodospatosonline.blogspot.com.br/p/sao-joao-dos-patos-historia.html

Antiga residência da Sra. Joana da Rocha Santos Dona "NOCA" foi por muito tempo sede de vários órgãos do município. http://saojoaodospatosonline.blogspot.com.br/p/sao-joao-dos-patos-historia.html


95

FRANCISCO GOMES RIBEIRO – Chico Siebra37 Nasceu em Juazeiro do Norte, em 18 de outubro de 1922, filho de

Joaquim Dantas Ribeiro e Camila Dantas Ribeiro.

37

Cunhado de Antonio Paraibano, irmão de sua segunda mulher, Mariquinha.


96 Comerciante, industrial (fabrica de fósforos, foguetes, sapatos), político. Chega a Paraibano em 1939, junto com a família Duda, para começar a vida, recém-casado. Trabalhava com o pai, fabricando fogos de artifício e comercializando rapadura. Mesma atividade vem exercer em Paraibano. Por falta de outra opção, começa a trabalhar em um garimpo, quando pega “sezão” 38. Dona Alzira perde a primeira filha do casal. Chico Siebra, depois do garimpo, compra uma partida de palha de buriti em Nova Iorque e começam a fabricar chapéus de palha e a vender no Brejo, durante as feiras. Reúne um pequeno capital e instala sua fábrica de fósforos e foguetes, sua antiga profissão no Juazeiro. Mais tarde, instala uma pequena fábrica de chinelos de couro e calçados. Torna-se comerciante, instalando um comercio e adquirindo mercadorias em Recife e São Paulo. Seu comercio era tipo armazém geral, fornecendo a outros comerciantes. Então instala uma fabrica de óleo de babaçu, em sociedade com João Furtado, Justino Vieira e Sr. Cavalcante – Ind. de Babaçu e Cia. Sentindo que estava sendo lesado pelos sócios, deixa a sociedade.

Casado com Alzira Maria Ribeiro (nascida em Juazeiro do Norte, em 15/05/1926, filha de Manoel Marcelino dos Santos e de Joana Maria da Conceição), tiveram os seguintes filhos:

38

Febre amarela


97

Teresinha Dantas Ribeiro – Tetê – nasceu no Brejo, município de Pastos Bons, em 12/10/1942; solteira;

João Dantas Ribeiro - (05/09/1946 – Brejo); casado com Maria da Conceição Sousa Ribeiro; filhos:

Luciana Sousa Ribeiro; filho:

Joaquim Tobias

Claudio Henrique Sousa Ribeiro;


98

Lívia Teresa Sousa Ribeiro; casada, Filhos:

Sara Teresa

João Neto

João Ricardo Sousa Ribeiro.

Maria do Socorro Ribeiro Vaz, Foi casada com Laertes Dulcio Vaz; filhos:

Loel Fernando Ribeiro Vaz (Imperatriz, 07/09/1979) casado com Inês Raposo Vaz, filha Ana Lis Raposo Ribeiro Vaz (21/08/2007);


99

Lincoln Ribeiro Vaz (Imperatriz, 23/07/1981) casado com Ana Carolina Barbosa Carvalho Vaz; filhas Ana Beatriz Carvalho Vaz (04/11/2002);

José Dantas Ribeiro (Brejo, 1950) – casado com Elza Martins Ribeiro; filhos: Maria Luiza Saraiva Ribeiro (adotiva);

Maria de Jesus Ribeiro (Brejo, 1952) – solteira;

Veralucia Dantas Pena (Brejo, 1955) – casada com Eduardo da Silva Pena; filho: Guilherme Dantas Pena;

Sandra Maria Ribeiro (Brejo, 1960) – solteira;


100

Karla Virginia Dantas Ribeiro (Brejo, 1962) – casada com Pedro do Reino – filhos: Pedro Vitor Dantas do Reino; Marina Dantas do Reino; Maria Fernanda Dantas do Reino.


101

PADRE CONSTANTINO FRANCISCO VIEIRA – famoso em sua oratória, foi uma das mais notáveis personalidades da cultura maranhense. Assistiu o povo de Paraibano durante aproximadamente 25 anos, não só espiritualmente, mas também em casos de saúde, na falta de médico naquela religião. Filho do casal Aureliano Antonio Vieira e Rita de Cássia Trancoso Vieira, Constantino Trancoso Vieira nasceu em Viana, no dia 29 de outubro de 190139. Aos treze anos de idade, o adolescente deixou a cidade natal e o convívio dos pais e de seus dois outros irmãos (Antônio e Hilda) para ingressar no Seminário Santo Antônio, em São Luís, onde receberia os óleos sagrados da ordenação sacerdotal, em 22 de março de 1925, ao lado do colega e não menos brilhante conterrâneo, Astolfo Serra. Imediatamente designado para a paróquia de Alto Parnaíba, ali chegou com toda a fé e o entusiasmo de seus 23 anos para exercer o sacerdócio junto ao povo católico daquela distante localidade. Depois de cinco anos, em 1930, foi transferido para Pastos Bons, cidade na qual trabalharia por mais de duas décadas, granjeando por todo esse tempo o respeito e a admiração de seu rebanho que via nele um autêntico apóstolo e líder espiritual. Segundo o jornal “Pastos Bons” (ano I – edição nº 2), órgão informativo e cultural daquele município, o padre Constantino Vieira era zeloso de suas funções, fazia da palavra fácil e do pensamento lúcido, na exposição da doutrina católica, um instrumento poderoso de comunicação, função essa que se tornava mais fácil pelos dons artísticos que possuía, dirigindo o coro da igreja como cantor e pianista. Sua atividade nesse campo atraía as pessoas mais jovens e dava às festas religiosas, sobretudo as novenas do padroeiro São Bento, um tom animado e participativo, impregnado do sentimento de fé e de respeito ao culto religioso. A preocupação com os problemas sociais e seu interesse em servir as comunidades pobres acabaram por conduzilo à política, conseguindo assim eleger-se como suplente de senador. Durante o curso da vigência, entretanto, por divergir frontalmente com o titular do cargo, o senador pelo Maranhão Clodomir Cardoso, decidiu renunciar à suplência, através de um telegrama endereçado ao Senado Federal. Um fato, porém, viria modificar sua drástica decisão: a morte repentina do titular, pouco tempo depois de sua expressa desistência da carreira política. O padre

39

RAPOSO, Luiz Alexandre. Padre Constantino Vieira. In http://www.avlma.com.br/index.php/academicos-e-patronos/288-padre-constantino-vieira


102 Constantino tentou revogar seu ato, mas por já haver homologado a renúncia, o Senado lhe indeferiu a pretensão, fazendo-o, então, recorrer ao Poder Judiciário, instância onde tampouco alcançaria êxito. Em 1952, já licenciado pelo bispo de Caxias, jurisdição a que pertencia a paróquia de Pastos Bons, mudou-se para São Luís, passando a exercer atividades de caráter administrativo como a de ecônomo do Palácio Arquiepiscopal, secretário do arcebispado, chanceler da Cúria e Chantre do Cabido Metropolitano. Em todo esse tempo voltado para o sacerdócio e a política, padre Constantino jamais se esqueceu de suas origens: as férias eram sempre passadas em Viana, quando tinha oportunidade de rever os pais, irmãos e amigos. O jornal vianense “A Época”, enquanto circulou (1929 a 1932), registrou por várias vezes sua chegada à cidade. O sacerdote ainda escreveria alguns artigos, como colaborador, para o jornal do Dr. Ozimo de Carvalho. Exercendo o sacerdócio na capital maranhense, o já Cônego Constantino Vieira assumiu também o cargo de professor e capelão da antiga Escola de Enfermagem “São Francisco de Assis”, situada na Rua Rio Branco, a qual daria origem à Faculdade de Enfermagem, atualmente encampada pela UFMA. Atacado pela leucemia, o religioso faleceu no dia 10 de fevereiro de 1964. O “Jornal do Maranhão” registrou sua morte da seguinte maneira: Às vésperas de completar o seu 39º ano de apostolado e dedicado ao sacerdócio, aos 63 anos de profícua existência, morreu placidamente, tendo à cabeceira o seu bispo, rodeado de inúmeros sacerdotes que acorreram pressurosos ao quarto 6 da Santa Casa de Misericórdia, ao terem notícias de seu grave estado de saúde. Em janeiro daquele mesmo ano, o então papa Paulo VI o agraciara com o título de “Camareiro Secreto” (oficial da Câmara do Papa). Infelizmente, o título só chegaria ao conhecimento do clero maranhense um mês após o falecimento do extremado sacerdote. Elevando seu nome à constelação dos vianenses imortais, a AVL oficializou a figura do Padre Constantino Trancoso Vieira como patrono da cadeira de nº 26, ocupada anteriormente pelo jornalista aposentado, Benedito Francisco Silva. Com o falecimento deste, em dezembro de 2008, o médico aposentado, Aldir Penha Costa Ferreira, assumiu a cadeira n° 26 em maio de 2012.


103 PADRE FÉLIX VALOIS DOS SANTOS – primeiro vigário da paróquia e fundador do Ginásio educacional


104 OS “FAUSTINOS”

Faustino de Sousa, Capitão da Guarda Nacional, era grande proprietário de terras na região denominada de “Brejo”, no município de Pastos Bons, por isso chamada de “Brejo do Faustino”, depois parte dela foi adquirida pelos Paraibanos; José Fernandes de Sousa, conhecido como “José Faustino”, cunhado de Faustino de Sousa. FILHO DO “FUNDADOR” DE PARAIBANO COMPLETA 82 ANOS E RECEBE FESTA

LEO LASAN http://paraibano-maranho-paraibanomanews.blogspot.com.br/2011/11/filho-do-fundador-de-paraibano-completa.html

A igreja São Sebastião, ficou pequena, na manhã deste domingo, 20/11/2011, para receber tantos convidados para comemorar os 82 anos do senhor Otávio Coelho.


105

Filho de Faustino José de Sousa (primeiro morador de Paraibano), Otávio teve missa em sua homenagem, na primeira capela da cidade, celebrada pelo padre Raimundo. Todos os filhos e filhas de seu Otávio e dona Eurides, vieram de diversos estados do Brasil, com seus mais de 15 netos para comemorar o "niver". Além dos muitos amigos, autoridades, etc. A festa muito bem organizada pelos filhos teve café da manhã, churrasco, bebidas, almoço e claro!! Parabéns e o corte do bolo. Para receber os convidados, a família preparou um ambiente bucólico decorado com tendas e mesas ao ar livre no quintal da casa, sob frondosas mangueiras cheinhas da fruta. A atenção dos filhos e filhas de seu Otávio era um capítulo à parte deixando todos à vontade. Muita fartura e alegria irradiavam o local. Em um momento simbólico o senhor Otávio Coelho, colocou uma cruz com o nome de seu pai Faustino, em espaço no fundo do quintal: "Quero marcar o local onde meu pai fundou a cidade, onde morreu e onde eu nasci e criei minha família" disse emocionado seu Otávio.


106

Em outro momento de emoção, houve homenagens dedicadas pelos familiares ao pai: o advogado Dr. Francisco Coelho, lembrou da história de seu avô, lembrando que em 1899, Campos Salles, na época presidente dos Estados Unidos do Brasil, através de uma carta patente nomeou Faustino José de Souza, como capitão do 1º Esquadrão do 7º Regimento da Cavalaria da Guarda Regional da Comarca de Pastos Bons no Maranhão. Houve outros depoimentos, um que chamou a atenção foi o discurso de Olivan Coelho, bisneto de Faustino, pela solicitação que seja reconhecido na história de Paraibano o real valor de Faustino, não apenas como morador, mas como herói. O estudante de direito Francimário, de Pastos Bons, fez exaltações à família e a professora Dolores, emocionou os convidados quando falou da juventude de Otávio, da boa criação dos filhos e de sua vontade de ter sido registrada como paraibanense, que por um capricho do escrivão a registrou como filha de Pastos Bons, mas que seu coração era de Paraibano, pois havia nascido nos Tucuns, município de Paraibano.


107 1

FAUSTINO JOSÉ DE SOUSA (dos primeiros moradorores do Brejo) - capitão do 1º Esquadrão do 7º Regimento da Cavalaria da Guarda Regional da Comarca de Pastos Bons no Maranhão (1899). 1.2. Otávio Coelho, casado com Eurides, filho(s) 1.2.1. Francisco Coelho 1.?.?.?. Olivan Coelho

Ministerio da Justiça e Negocios Interiores Directria da satisa Por decretos de-15 do corrente, foram no-. Meados para a guarda naeional 'ESTADO DO MARANHÃO.N49 Comarca de Pastos Bons 4a companhia —Capitão, Manoel Luiz de Souza; Tenentes, Victor José Alvos e Victorino Fernandes de Souzt ; Alferes, •Salvino . Antonio do Nascimento, Manoel Gonçalves AleiXo e Paulino da Cruz Nogueira. " .+


108 OS “COELHO DE SOUSA” Manoel Coelho de Sousa – nasceu em 1899 no povoado Cana Brava. Agropecuarista, dedicou-se a criação de gado, e ao comércio. Muda-se para o Brejo em 1942, buscando melhores condições de vida e estudo para os filhos. Casado com Dica (?), com quem teve cinco filhos: Maria do Carmo Coelho Mendes, casada com Nicéas Mendes Ribeiro; Agenor Coelho de Sousa, dentista, Oficial do Exército; Lindalva Coelho de Sousa Benta Coelho Brito, casada com Divaldo; Cícero Coelho de Sousa, o Cícero Rico, advogado;

Sua sobrinha, Maria Dolores Coelho de Sousa foi professora no Brejo.

Diante da pergunta à sua filha Benta, de quantos anos faziam que moravam aqui (em Paraibano), recebeu como resposta de que vieram primeiro em 1941, morando nessa casinha bem aí, alugada para gente estudar. Aí, em 1942, vieram para morar.


109 Os “DIAS CARNEIRO” Antiga família de Senhores de Engenho, vivia, em princípios do século passado, na então província do Maranhão, espalhada pelas margens do Alto Itapicuru, comarca de Pastos Bons, nas fazendas "Gameleira", "Maripinima", "São Paulo" e outras mais. Na casa grande do engenho da "Gameleira", como chefe patriarcal de tão numerosa prole, residia o Comendador João Paulo Dias Carneiro, político influente e fazendeiro abastado naquele sertão maranhense. Obtivera o seu título logo após a Independência, e, como àquele tempo não houvesse família ilustre cujos chefes não figurassem nos postos de comando da Guarda Nacional, nesta já lhe cabiam as honras de Tenente Coronel. Honras justamente conquistadas, pois, ao tempo da Independência, João Paulo Dias Carneiro era capitão e muito batalhara nas fileiras do Exército Auxiliador da emancipação nacional. Seu nome figura, aliás, entre os signatários da Ata do Conselho Militar, lavrada aos 31 de Julho de 1823, no lugar denominado "Atoleiro", termo da então vila de Caxias. Naquele Conselho ficara resolvido que "depois de tantas fadigas, tantos sacrifícios de bens de famílias, tantas batalhas e tanto sangue que o opressor Fidié tem feito derramar por um louco capricho", nenhuma convenção teria lugar que não a rendição incondicional das tropas portuguesas.40 Pela lei prov. nº 911, de 18 de julho de 1870 concedeu-se ao tenente-coronel João Manoel de Magalhães, ou a qualquer outro cidadão, a faculdade de abrir para uso público á sua custa uma estrada entre os município de Passagem Franca e Pastos Bons. Em virtude desta autorização o dr. Francisco Dias Carneiro e o coronel Antônio Carneiro da Silva Oliveira em 30 de dezembro do mesmo ano comunicaram o presidente da província achar-se já pronta a expensas suas a referida estrada, que se encarregaram de abrir entre os ditos municípios até o porto da vila dos Picos, sendo por êste serviço louvados pela presidência em ofício de 3 de fevereiro do ano seguinte. Em relação ainda a este fato o dr. Severino Dias Carneiro, o coronel José Vasco de Souza Coelho, e outros interessados representaram ao presidente da provícia contra a lei, que deu tal autorização, porque são eles donos de terras competentemente demarcadas, por onde se pretendia fazer passar essa estrada, já embargada em fevereiro ou março quando principaram a abri-la, obstáculo que superaram por meio dessa lei, promulgada de propósito para esbulhá-los de sua propriedade, sem consenso seu, sem indenização alguma, e sem a menor necessidade porque já existia uma estrada na direção da nova.

Francisco Dias Carneiro - (Stepheni Von Ritter) - Nascimento: 1837 (Século XIX) - Pastos Bons, MA, Brasil; Falecimento: 1896 (Século XIX) - Caxias, MA, Brasil. Advogado, deputado, poeta, prosador, patrono número 27 da Academia Maranhense de Letras. Segundo Coutinho, nasceu em Passagem Franca,

40

In Dias Carneiro - o conservador (1938), por Alberto Pizarro Jacobina, disponível em http://www.brasiliana.com.br/obras/dias-carneiro-oconservador/pagina/1


110 Maranhão.

41

Francisco Dias Carneiro (n.Passagem Franca-MA, 1837-1896), Promotor Público de Pastos

Bons (após 1857). Fonte: Galeria dos Patronos da Academia Maranhense de Letras, São Luís-MA42. Godofredo Dias Carneiro De acordo com Maria Amélia Dias Carneiro, conforme escrito de Marco Antonio Netto Teixeira, registra o seguinte: Maria Amélia é descendente do tronco do Alferes português, Francisco Dias Carneiro, que houve dois filhos: o Comendador João Paulo Dias Carneiro e o seu irmão, o também Comendador, Severino Dias Carneiro. O Francisco Dias Carneiro, da indústria têxtil de Caxias, é descendente da linha do Comendador João Paulo, o que deu nome ao bairro. A Maria Amélia é descendente da linha do Comendador Severino, pai do homônimo, Coronel Severino, que por sua vez é pai de outro homônimo, o Promotor Público, Dr. Severino, que é pai do Ladislau Godofredo Dias Carneiro, casado com dona Amélia Brochado Dias Carneiro, avós paternos da Maria Amélia, a “Amelinha”, e, por sua vez, pai do homônimo Ladislau Godofredo, pai desta e irmão da minha avó paterna, Antônia Amélia. A Maria Amélia é prima legítima do meu pai, Temístocles, os quais não são da descendência do João Paulo, que deu nome ao bairro do mesmo nome. Nós somos descendentes da linha do Severino, que, aliado a Dom Pedro II, combatemos em Passagem Franca, Buriti Bravo e Colinas, o Francisco dos Reis “Balaio”, a partir de 1838". Fonte: Marco Antonio Teixeira Netto. Em 17.02.2019. São Luís – Ma . Leo Lasan Santana esclarece: E claro filha da região do Sítio do Meio povoado de Paraibano, e conforme lendas ou histórias tinha um quilombo na Fazenda do mesmo nome, com casarão onde tinha uma figueira que tem histórias incríveis sobre escravos, segunda contam os mais antigos. È a primeira assistente social formada da cidade e é casada com o advogado Dr. Manoel Santana.

41 42

http://www.cidades.ibge.gov.br/painel/historico.php?lang=&codmun=210790&search=%7Cpassagem-franca http://www2.mp.ma.gov.br/memorial/indememorialgaleriapromotpublicoimperio_franciscodias.asp


111 GONÇALO MOREIRA LIMA – Sales Moreira In BUZAR, Benedito. VITORINISTAS & OPOSICIONISTAS (Biografias). São Luís: Lithograf, 2001, p. 199202 43

“Desde que disputou o seu primeiro mandato de deputado à Assembléia Legislativa do Maranhão, em 1947, Gonçalo Moreira Lima, rico proprietário de terras da região sertaneja, só discrepou uma vez do Vitorinismo: em 1965, quando apoiou a candidatura de José Sarney a governador do Maranhão. “Ao longo, portanto, da sua vida política, no curso da qual por duas vezes alcançou a presidência do poder Legislativo, manteve-se leal e fiel ao senador Vitorino [de Brito] Freire, cumprindo, no exercício do mandato de deputado, tarefas espinhosas e missões audaciosas, para que o vitorinismo mantivesse a sua hegemonia eleitoral no Maranhão por muitos anos. “Gonçalo Moreira Lima, o caçula dos filhos de Filomena Soares da Silva e José Moreira Lima, nasceu a 16 de janeiro de 1896, na casa- grande da fazenda Cacimbasa, no antigo município de Picos, hoje Colinas, na região do alto sertão maranhense. Nos primeiros anos de vida recebeu o estranho apelido de Sales, em homenagem ao presidente da República Campos Sales, alcunha que o acompanhou durante toda a sua existência. “Em 1908, com 17 anos e em preparativos para estudar em Teresina, onde aperfeiçoaria sua instrução, e cultivaria seus dons intelectuais, no campo da poesia, aconteceu a morte do pai. “No ano seguinte, o irmão mais velho, conhecido na intimidade por Moreira, não deixou que o projeto do garoto Gonçalo fosse interrompido. Foi mandado para Teresina, estudar no colégio do professor Benedito Francisco Ribeiro. Nessa época, conheceu aquele que seria presidente da república, o marechal Humberto de Alencar Castelo Branco. “Ia muito bem nos estudos, sendo um dos mais aplicados e adiantados no colégio, quando o irmão que o sustentava tomou a decisão de estabelecer-lhe uma mesada, pois estava sendo muito oneroso para a família. Indignou-se, resolveu voltar ao lugar de origem, e entendeu de viver às próprias custas. Montou um pequeno negocio e assim virou comerciante. “Andava razoavelmente bem na nova vida, quando, em 1914, o irmão Bento, que abraçara a carreira da magistratura, tornando-se posteriormente desembargador e um dos homens mais respeitados do Maranhão, recebeu convite do Governador Herculano Parga para ser secretário do Interior do Estado. “Por iniciativa de Bento, Gonçalo veio para São Luís e foi nomeado auxiliar da Biblioteca Pública do Estado, então dirigida pelo intelectual Domingos de Castro Perdigão, um dos fundadores da Faculdade de Direito de São Luís. “Em São Luis, além de trabalhar na Biblioteca, Gonçalo conseguiu matricular-se no Liceu Maranhense.

43

https://books.google.com.br/books/about/O_capit%C3%A3o_da_Serra_Negra.html?id=jPIZAAAAIAAJ&redir_esc=y


112 “A 17 de março de 1917, uma surpresa desagradável o esperava: o pedido de exoneração de bento do governo fez que o cargo que ocupava na Biblioteca fosse dividido em dois. Resultado: não gostou da manobra política e pediu demissão. “Em 1919, tomou uma das decisões mais importantes da sua vida: casou-se com Rolila, chamada de Lili, mulher de fibra que sempre o acompanhou e o incentivou em suas ações. Dessa união, nasceram sete filhos, dois dos quais mortos ainda na primeira idade. DOS NEGÓCIOS À POLITICA “Durante o longo período da ditadura Vargas, Gonçalo viveu em Colinas. Como homem determinado e empreendedor construiu sólida fortuna. Tornou-se na região onde nasceu prospero fazendeiro e rico negociante, fazendo da Serra Negra a capital de seu império econômico e político. “O espírito realizador de Gonçalo fez com que Saturnino Bello, que, na condição de interventor, assumiu o Governo do Maranhão, após a extinção do Estado-Novo, o convidasse para ocupar a prefeitura de Colinas, com o compromisso de assegurar a paz na região sertaneja, sempre às voltas com turbulências políticas. “Prefeito de Colinas, Gonçalo aproximou-se do senador Vitorino [de Brito] Freire que, em 1945, voltara ao Maranhão para fundar o PSD e manter o domínio político por largo período. Dele recebeu convite para figurar na chapa do PPB, pois havia perdido a legenda do PSD para Genésio Rego e Clodomir Cardoso. Dessa forma, em 1947, foi eleito juntamente com os deputados que elaborariam a Constituição do Estado do Maranhão. No pleito de 1950, reelegeu-se, desta feita pelo PST, que Vitorino [de Brito] Freire criara. “Na legislatura que começou em 1951 e terminou em 1954, chegou por consenso à presidência do Poder Legislativo, no período de 1953 a 1954. “Nas eleições de 1954 e de 1958, sob a legenda do PSD, cujo comando Vitorino recuperara, voltou a ter assento na Assembléia Legislativa, ocupando novamente a presidência de 1960 a 1961. No pleito de 1962, contudo, não logrou a reeleição, por causa do seu rompimento com o governador Newton Bello. Mas nas eleições seguintes, em 1966, sendo governador do Estado, José Sarney, recuperou o mandato parlamentar, permanecendo na Assembléia Legislativa até 1971, onde encerrou sua vida política, como integrante dos quadros da Aliança Renovadora Nacional – Arena. “Nas eleições para governador do Maranhão, em 1965, estava sem mandato eletivo, mas não apoiou o candidato Costa Rodrigues, lançado por Newton Bello, tampouco cerrou fileiras em torno do candidato Renato Archer, apoiado pelo ex-chefe e amigo Vitorino [de Brito] Freire. Ficou com a candidatura de José Sarney, das Oposições Coligadas, que tinha como candidato a vice-governador o seu genro, Antonio Jorge Dino, ex-deputado federal, com o qual havia feito dobradinha nas eleições de 1954 e 1958. “Além de político e empresário rural, Gonçalo Moreira Lima cultivava o gosto pelas letras, daí por que, nas horas vagas, dava-se ao prazer de fazer poemas.


113 “Antes de seu falecimento, em São Luis, a 12 de novembro de 1982, deixou um livro de memórias: O Capitão da Serra negra, onde estão relatadas as ações e atividades por ele desenvolvidas pela região da qual se fez representante na Assembléia Legislativa.”


114 JOSÉ ANCHIETA

José Anchieta Barbosa nasceu em 12 de maio de 1921 no lugar Vieira, municipio de Paraibano (hoje); filho de Lourenço Barbosa Ribeiro e de Maria Pereira de Andrade. Aos nove anos de idade já sabia ler e escrever, tirava as quatro operações fundamentais. Certo dia viajou com seu pai à São João dos Patos, montado no meio de uma carga de algodão; seu pai comprava e vendia para a familia Rocha Santos. Pesados duas cargas de algodão, Anchieta fes os cálculos às escondidas e guradou consigo; nos ajustes de conta ele disse a seu pai – a conta foi tirada certa. O Sr. Eurico da Rocha Santos, ao ver aquela cena perguntou a seu pai: queres me dar este menino, para estudar e trabalhar aqui? O pai de Anchieta assumiu o compromisso de mandar o menino; ao chegar em casa, comuniucou à esposa, que concordou, enquanto que os avós de Anchieta fizeram uma guerra contra a idéia, mas o pai enfrentou e mandou o filho para a cidade. Ao chegar a São João dos Patos (em 06/01/1931), Anchieta passou a estudar e trabalhar, adquirindo intyeira confiança no local onde residia e trabalhava. Casou-se no ano de 1943 com a jovem Maria do Carmo Santana, com quem teve sete filhos. Dois anos após o casamento foi nomeado para o IBGE, como Agente de Estatística. No ano de 1959 mudou-se para Tmon, com a família, exercendo a função na cidade de Pedreiras, para onde fora transferido. E com o passar do tempo, educando os filhos, hoje tem dois filhos médicos e um advogado... DEPOIMENTO PRESTADO A CLODOMIR LIMA CAMPOS


115

LEONARDO ANÁSTÁSIO SANTANA – Lasan http://paraibano-maranho-paraibanomanews.blogspot.com.br/ Jornalista Ilustrador Chargista Cartunista. Registro Profissional: FENAJ. Fed.Nac.de Jornalistas-Nº747-DRTPI.1990 ABI-Assoc.Brasl.de Imprensa categ. militante: matrícula nº 2857-1994. Experiências Profissional: Jornal O Dia-Teresina-Pi -Listel-SP.-Ag.Publicidade Sucesso-The-PI.- Central de Anúncios-BH.MG.- Ômega Informát.BH.M.- Freelas:Jornais Revista Nacional.Rj.- Hoje em Dia.BH.MG.- O Estado de Minas.BH.MG.- entre outros. Formação: Filosofia. Maranhense natural da cidade de Paraibano. "Lasan" é como assina seus trabalhos, nome esse, segundo consta, por sugestão de Paulo Moura - que na época era chargista. Essa charge saiu no jornal O Estado, em pequena sessão que teve por título "A arte de Lasan". Contudo, Lasan faria carreira de chargista no jornal O Dia, onde permaneceu até finais do ano de 1988 e, antes disso, publicidade na Listel (listas telefônicas S. A (editora Abril). Atualmente

Lasan

reside

em

terras

maranhenses

e

http://paraibano-maranho-paraibanomanews.blogspot.com.br/

produz

um

blog

de

caráter

noticioso:


116

JOSÉ ORLEANS DA COSTA Um dos maiores médicos na área de pediatria no Brasil, nasceu no povoado Olho D'Água. LASAN, Léo. ENTREVISTAS44 .

Sou de Paraibano nasci no Olho D Água, depois me criei no povoado Campestre e na Serra, meus pais são Dito Ferreira e Dona Antonia (já falecida), sou médico pediatra, na área de neonatologia, terapia intensiva pediátrica, embora nos últimos anos eu tenha estudado gestão tanto de saúde como de educação superior, sai um pouco da área da Medicina e venho investindo na área de gestão pública e privada de faculdade de medicina. Eu comecei a estudar aqui no Buriti, com o professor Antonio de Sousa Reis, que foi um grande professor; depois eu vim estudar aqui no Epitácio Pessoa, e também estudei no Colégio Bandeirantes, na época de irmã Gema, irmã Taís, professoras Madalena, Dona Josefina Vieira, pessoas muito boas, tinham grandes professores naquela época, a Maria Helena Carneiro também foi professora minha no Epitácio... Daí eu fui para Balsas onde tive oportunidade de estudar, por que naquele momento era muito difícil da gente sair de Paraibano para estudar, por que ou você tinha dinheiro para ir estudar em São Luis ou Teresina ou ficava aqui em Paraibano, na verdade a perspectiva de quem era de família pobre era muito pequena, e naquele momento eu era coroinha da igreja local e com os trabalhos na igreja nós conhecemos o Padre Ângelo que veio e levou um monte de meninos de Paraibano para o seminário em Balsas, entre esses meninos tinha gente de famílias simples e meninos de famílias ricas, amigos como, por exemplo, o Paulo do Carvalho, o Cícero do Seu Divaldo, o Toim do Divaldo o Zé do Dário, o José Rodrigues (Dr. Zequinha) esses meninos e também outros que foram estudar em Balsas, era uma oportunidade você estudar, e a princípio a idéia era a de ser padre, a gente ia com aquela formação de ser padre, éramos muito jovem, mas foi uma grande oportunidade nas nossas vidas,

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LASAN, Léo. ENTREVISTAS. "SÓ O ESTUDO NOS TIRA DA POBREZA" DIZ O MÉDICO PARAIBANENSE JOSÉ ORLEANS. IN paraibanonews, PUBLICADO EM 14/01/2014, DISPONÍVEL EM http://paraibano-maranho-paraibanomanews.blogspot.com.br/2014/01/entrevista-com-medico-dr-joseorleans.html.


117 eu acho que se eu não tivesse saído daqui para ir estudar em Balsas eu poderia ter ficado e trabalhado na roça e não ter desenvolvido as coisas que eu desenvolvi... Eu acredito que a grande questão foi eu ter ido para Balsas. 71, 73? Por que eu me formei em 1981 em Medicina, já no Rio de Janeiro... Então na verdade era bem antes, porque eu terminei o terceiro grau em 1975, o científico, então era bem antes, acho que em 1970, 71 por aí, por que eu fiquei seis a sete anos em Balsas e fui concluir o terceiro grau em São Luis no Colégio Marista e comecei medicina em 1976, então na verdade foram nos anos 70... [alguém de Paraibano se tornou padre?] De Paraibano não! Mas tivemos pessoas que sim, inclusive teve um, que hoje é bispo em Coroatá que é o Dom Sebastião, que é de Riachão, teve o padre Pedro (já falecido) que foi padre em Paraibano... Mas de Paraibano não... Acredito por que tenha havido uma grande mudança no seminário, tínhamos uma direção que era o padre Ângelo que era um santo homem e com essa mudança praticamente todos os alunos saíram e que foi um grande momento de perdas de pessoas que saíram... Eu acho que é uma geração que abriu caminhos, eu li o livro da Dra. Eliza e ela registra que a nossa geração foi a que abriu caminhos, da minha geração fez parte também o Zé Rodrigues, que hoje é médico em TeresinaPI, e ex-prefeito de Paraibano, então eu acho que é primeira geração de gente pobre que conseguiu “estudar”... Na verdade a primeira vez que filhos de pobres conseguiram se formar foi a nossa geração, por que a geração anterior era de filhos de famílias bem situadas, da elite da cidade45... uma elite econômica, financeira, cultural, é diferente da nossa geração que era de gente que rompeu barreira e não estou puxando nenhuma coisa não, mas na verdade é isso! Por que o caminho junto à igreja (católica) por Balsas foi a grande ponte... Eu acho que a grande intenção minha naquele momento foi perceber que a gente precisa estudar e quando eu cheguei ao seminário eu encontrei um ambiente propício ao estudo... O seminário era um local que “estudava”... Estudava o dia inteiro, tinha oração, e muito estudo... Os padres eram muito inteligentes, os professores todos formados em filosofia, teologia, história, geografia, tinham doutores, professores brilhantes... Eu lá em Balsas além de ser aluno, também fui dar aula... Eu sempre tive essa veia de professor... A minha família praticamente toda é de professor... Sou professor universitário, minha irmã é professora universitária, meu irmão é professor em Paraibano, então, então essa tendência acho que veio da minha mãe, que na verdade não sabia ler nem escrever, mas sempre achou que nós devíamos estudar... O seminário foi uma oportunidade que eu tive para estudar, aqueles livros bacanas, a biblioteca, eu queria fazer redações, eu me lembro de que fazia redações e as pessoas elogiavam, eu também corrigia redações, e aquilo me levou ao mundo dos estudos... [...] quando eu fui para São Luis e fui fazer medicina na UFMA, onde fiquei até o 5º ano em um bom curso de medicina e que depois fui terminar no Rio de Janeiro, em um Hospital do

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No aniversário de 40 anos de medicina do Dr. Francisco Furtado (em 8/12/2013) ele falou que fez parte da primeira geração que abriu fronteiras, mas eram filhos de pessoas que tinham condições financeiras.


118 Ministério da Saúde, grande centro formador de pediatria, e no Rio eu tive uma sensação muito interessante onde pensei: “Bom! eu não pretendo voltar ao Maranhão...” Por que naquele momento eu percebi que o Maranhão só conseguia crescer se fosse à base de apadrinhamento político... Eu me lembro de São Luis que era muito, do ponto de vista assim: se você pertence a uma elite você consegue alguma coisa, mas isso era o meu sentimento naquele momento e eu percebi que no Rio de Janeiro não... Se eu fosse bom tecnicamente, se eu trabalhasse muito, eu poderia ter um mundo... Engraçado eu percebi isso lá, por que em São Luis os meus amigos do curso de medicina eram quase todos os filhos de elite, tinha gente de Pastos Bons que era elite também, era praticamente o pessoal da elite, mesmo de Paraibano tinha colega de turma também, aí eu percebi: eu não vou precisar de apadrinhamento político, eu não quero precisar disso... Sempre tive horror a esse tipo de coisa, e pensei: eu preciso fazer a minha história... Mas os anos de São Luis foram anos difíceis por que em Paraibano eu morei em casas de pessoas, em São Luis eu morei em casas de pessoas, a gente não tinha dinheiro... Eu estudei em colégio caro, que era o Marista, então o meu dinheiro dava apenas para pagar o Marista, todo o restante eu vivia em dificuldade, morando em pensionato, morando em casa de um, ou dividindo e com muita dificuldade mesmo, sem carro, não existia carro a gente andava de ônibus ou a pé, e eu trabalhava em São Luis, fui professor do Colégio Santa Teresa, como professor de Biologia, onde fui coordenador do curso... Então eu trabalhava de dia, no intervalo das onze horas ao meio dia e duas da tarde, por que a faculdade era o dia inteiro, e fiz um concurso para auxiliar de serviços operacionais, era o cargo mais baixo do Ministério da Saúde, nesse concurso que era federal eu passei a trabalhar à noite e que me deu renda, então eu trabalhava a noite, trabalhava nos intervalos das aulas e estudava, isso ainda em São Luis... Quando eu fui para o Rio de Janeiro eu levei esse vínculo que foi o que me ajudou a me manter no Rio e com esse vínculo de serviços operacionais eu fiz concurso para médico do Ministério da Saúde, que hoje é o cargo que eu exerço no qual estou próximo a me aposentar, mas foi interessante por que na verdade em São Luis foi muito difícil... Foram anos difíceis, por que a minha turma era a federal, mas só que só de elite, praticamente a grande parte tinha carro... [...] eu liderava o meu grupo, na verdade eu sempre fui um aluno respeitado na minha sala, por que eu estudava muito, tinha uma inteligência digamos razoável e isso me tornava uma pessoa diferenciada, nunca tive problemas, às vezes os caras falavam: Ah! Vou viajar passar seis meses nos Estados Unidos, nunca achei que fosse tão importante... O que eu achava é que devia ser reconhecido como um bom estudante de medicina, como um bom médico, na verdade eu sempre foquei nisso; por que o restante... Eu já ocupei vários cargos políticos em Minas Gerais, assim vários, eu tive vários cargos públicos, atualmente estou ocupando o cargo de secretário de saúde de Barbacena cidade de Minas Gerais... No Rio eu terminei o meu curso de medicina, na verdade eu fiz uma prova de um concurso do Ministério da Saúde disputando uma vaga para ir para o Rio, uma disputa pesadíssima, e eu acredito que Deus ajuda a gente


119 em alguns momentos, por que eu me lembro de que quando eu fui para o Rio de Janeiro fazer a prova, eles fizeram uma lista dos pontos que cairiam e ficaram de mandar para a gente, mas como eu estava morando em São Luis eu não recebi essa lista... Então ao chegar ao Rio eu vi a lista de todos os pontos que todos os outros candidatos já tinham recebido e sabiam quais os pontos que cairiam na prova, prova oral e prova escrita, e aí uma lista de trinta pontos pregada na parede com a informação: Esses pontos são de amplos conhecimentos dos candidatos... Ora! Eu não tinha recebido, eles não tinham enviado para mim, eles mandaram para os candidatos do Rio, de São Paulo, não mandaram nem para mim nem para um colega do Pará... Na verdade eles não deram bolas para nós que éramos do norte... Acho que eles nem acreditaram que nós iríamos... Mas aí eu olhei na lista e vi um ponto e eu pensei: Gente!! Esse ponto eu sei muito... o ponto era semi nefrótica... esse ponto eu acabei de fazer prova dele, e eu vou sortear esse ponto, você vai ver... quando eu enfiei a mão na vasilha para tirar o ponto, sorteei semi nefrótica, aí eu falei, agora vocês estão perdido comigo que eu vou ganhar essa vaga e aí tirei dez na prova escrita, dez na prova oral, eu acho que essas coisas um pouco ajuda, não sei, eu queria muito, e disse essa vaga é minha, tinha setenta caras disputando e dez vagas a maioria do Rio e São Paulo e apenas eu do Maranhão e o cara do Pará... [...] por que eu vi se eu estudasse muito eu podia fazer o meu nome no Rio de Janeiro… E eu descobri que eu tinha uma defasagem muito grande da faculdade do Maranhão para a faculdade do Rio de Janeiro, isso foi uma coisa assim, impressionante! Quando eu saí de Balsas e fui para São Luis não houve diferença nenhuma do colégio... Quando eu saí daqui do Colégio Bandeirantes para Balsas, também não houve essa diferença, dava para acompanhar... Mas saindo do Maranhão para o último ano de medicina no Rio de Janeiro eu fiquei tão impressionado com a diferença de conhecimentos que meus colegas tinham em relação a mim, que era uma coisa impressionante e olha que eu era um bom aluno... Fiquei impressionado com a defasagem de conhecimento, com a falta de raciocínio, de aprender a raciocinar, por que a gente aprendia a decorar na faculdade do Maranhão, impressionante isso... Eu fiquei chocado e pensei: Meu Deus como o ensino no Maranhão está ruim! Estou falando de faculdade federal naquele momento... e aí eu disse: só tem uma saída, eu preciso estudar, mais do que os outros, é óbvio! E trabalhar mais que os outros... Então na verdade quando todo mundo ia dormir eu ficava até três horas da manhã estudando... Por que eu precisava recuperar aquilo, e eu me lembro de que em seis meses eu começava a ter um espaço dentro dos internatos, dos alunos, no final do primeiro ano eu fui eleito o representante dos internos por que eu recuperei estudando... Já era o último ano de medicina o sexto ano e estágio no Hospital Instituto Fernandes Figueira que é do Ministério da Saúde que hoje é um grande centro de maternidade e pediatria... Esse era um grande hospital de referencia no Rio de padrão internacional (repetiu as diferenças do Maranhão para o Rio de Janeiro)... Mas as diferenças não me paralisaram não... os primeiros dois meses aquilo me deixou assim fora do chão, mas eu disse: é isso que eu quero, vou superar...


120 Eu vim lá do interior, de Paraibano e estou aqui sendo chefe dos residentes desse hospital... E olha! eu posso fazer mais ainda... Já caminhei muito, mas falta muito para caminhar. Por que as dificuldades são muitas, se você imaginar o que é uma pessoa inserir em São Luis depois inseri no Rio de Janeiro, era muito difícil, eu me lembro de que para eu ir para o Rio fazer a prova eu tinha que ir de avião e eu não tinha dinheiro para ir de avião... e aí a mãe de uma aluna minha do Santa Teresa (escola em São Luis) ficou sabendo que eu ia e ela tinha uma agência de viagem, a agência Baluz, e ela me ofereceu a passagem de ida e volta ao Rio e eu aceitei...e deu certo. Depois você imagina a inserção no Rio e Janeiro?. Foi uma parada! Uma coisa foi meus amigos que foram para o Rio já com apartamentos comprados ou alugados, com uma estrutura toda montada, eu fui de ônibus com todos os meus livros, alguns maranhenses também foram, mas somente com o tempo é que houve aproximação, agora essa coisa de lembrar eu só pensava assim: se a gente chegou até aqui à gente pode mais. Por que eu sempre achei que o conhecimento é quem faz a gente sair da pobreza. A diferença é o conhecimento e o empenho de cada um. Se você trabalha bem você faz a diferença. Há médicos e médicos. Professores e professores... No Rio eu fiquei 1981, fiquei trabalhando em um dos maiores centro de neonatologia e terapia intensiva neonatal que estava começando no Rio de Janeiro, o Brasil estava despontando para isso, tinha um professor que veio dos Estados Unidos e montou um serviço muito bom chamado URP no RJ, e eu era um residente que ele me identificou entre os estudantes para ser estagiário dele, e foi aí que eu descobri o mundo da tecnologia em salvar prematuros, recém-nascidos, foi outro universo, um deslumbramento para mim por que eu vi que tinha habilidade para mexer com prematuros (eu tinha 25 anos na época, portanto muito novo) e eu gostava de ler, estudar e de trabalhar, então o CTI (Centro de Terapia Intensiva) é para quem gosta de trabalhar muito, e foi aí onde eu fiz meu nome no Rio de Janeiro... Eu trabalhei nas melhores UTIS do Rio, com grandes mestres da terapia intensiva neonatal e aí como o meu primeiro casamento foi com uma mineira eu acabei indo para Belo Horizonte (em 1983) quando recebi um convite para ir a Minas, onde comecei a perceber que a área de CTI Neonatal era muito incipiente, estava começando lá, e ali eu vi aquele universo no qual eu podia crescer... Eu era novo e comecei a formar equipes, trabalhar em hospitais públicos, fui para a Maternidade Odete Valadares onde me tornei médico diarista, chefe de berçário e depois me tornei diretor da instituição e também diretor de toda a rede da FHEMIG (Federação de Hospitais do Estado de Minas Gerais) que tem 21 hospitais [...] Vou fazer um paralelo, no ano em que eu nasci no Maranhão... Sabe qual é a grande questão, que eu fiz quando eu tomei posse como presidente da Sociedade Mineira de Pediatria, eu disse: “Eu sou sobrevivente, por que no ano em que eu nasci à taxa de mortalidade era de 200 a cada mil, hoje estamos em 16... Em 1955 quando eu nasci à taxa de mortalidade no Maranhão era quase de duzentos por mil... Então eu sou um sobrevivente disso... Por que filho de pais analfabetos, pobre, nascer no interior, a sobrevivência era quase como um milagre, aí sim eu classifico como milagre...


121 Bom! Na minha história toda eu fui secretário adjunto de saúde da cidade de Belo Horizonte, fui diretor geral da rede Fhemig- Fundação Hospitalar de Minas Gerais, com 21 hospitais, fui diretor do Hospital Odete Valadares-BH. Fui secretário municipal de saúde da cidade de Sete Lagoas-MG. E agora secretário municipal de saúde de Barbacena-MG. Fui diretor da faculdade de medicina de Barbacena (UNIPAC) e da Faculdade de Medicina de Araguari e sou médico consultor do Ministério da Saúde e assessor de medicina das universidades de Minas Gerais... Então na verdade é uma vida sempre lidando na área de gestão... Há cinco anos que eu parei de fazer terapia intensiva... Eu nunca fui pediatra de consultório... Eu sempre fui pediatra de hospital, CTI, Terapia intensiva, pacientes graves, prematuros...


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THAYNÁ COÊLHO DE SANTANA LÉO LASAN46 Filha da professora Vera Lúcia e do músico Arnaldo Santana. Ex-aluna do Centro de Ensino Médio Epitácio Pessoa, uma das mais tradicionais escolas do município, em 2012 foi selecionada como uma dos 500 semifinalistas da Olimpíada de Língua Portuguesa em todo o Brasil. Essa é segunda vez que a escola participa da Olimpíada e a primeira vez em que é selecionada nas olimpíadas no Estado. Dois textos da referida escola foram selecionado e julgados no município e enviados ao júri Estadual. Rosilda Neta participou na categoria "crônica" com o artigo "PENSAMENTOS", mas não foi selecionada na etapa estadual. O texto de Thayná foi na categoria de Artigo de Opinião, sob o título de "ALCOOLISMO: QUEM SE IMPORTA COM ISSO?" que após o júri local, foi selecionado pela comissão julgadora estadual e concorrerá com textos dos estados do Ceará, Piauí e Rio Grande do Norte, que fazem parte do pólo nordeste I. Tanto a aluna como sua professora orientadora, Rosilda Loila, participarão de oficinas de aperfeiçoamento de textos, em novembro na cidade de São Paulo, com todas as despesas pagas pela organização da olimpíada. Para a professora de língua inglesa e português, Rosilda Loiola, orientadora da aluna, o resultado é ótimo para a escola e principalmente para a educação do município que se destaca em nível estadual e nacional. A professora fez questão de destacar também a aluna Rosilda Neta, que desenvolveu a crônica "Pensamentos" e foi classificada na escola e na secretaria municipal, mas que não teve a sorte de ser classificada no estadual. Para a aluna Rosilda Neta (filha de Martimiano) participar das olimpíadas da língua portuguesa serviu para despertar para a literatura e perceber que o esforço vale a pena. Thayná Coelho participa da competição sob a orientação da professora Rosilda Loila; informou o artigo da aluna, está incluído entre os 125 textos de artigo de opinião de todo o Brasil.

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LASAN, Léo. ALUNA DE PARAIBANO É DESTAQUE NA OLIMPÍADA DE LINGUA PORTUGUESA. 17 de outubro de 2012, in http://paraibano-maranho-paraibanomanews.blogspot.com.br/2012/10/aluna-de-paraibano-e-destaque-na.html


123 Para a diretora adjunta Maria Concebida Bezerra, "Essa classificação da aluna Thayná na olimpíada, faz com que todos se sintam felizes e prova que os professores da referida escola tem compromisso e responsabilidade com o alunado" disse http://escrevendo.cenpec.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=28&Itemid=122, Thayná é sobrinha do blogueiro Léo Lasan, que se sente orgulhoso e parabeniza a toda a família e professores da escola.


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JOVENS DE PARAIBANO SERÃO OS PRIMEIROS PADRES DO MUNICÍPIO. http://paraibano-maranho-paraibanomanews.blogspot.com.br/2013/01/jovens-de-paraibano-serao-os-futuros.html

Padre Raimundo e Rafael no Festejo de S. Sebastião

RAFAEL DE SOUSA SERÁ O PRIMEIRO PADRE NASCIDO EM PARAIBANO. Dois paraibanenses, vindos de famílias humildes, remam contra a maré desses valores capitalista e abraçaram a causa da caridade e em breve serão os primeiros padres nascidos em Paraibano. Mas quem são esses jovens? O primeiro é negro, franzino, um poço de paz, mais de um olhar tão profundo que incomoda quem contraria o bem, principalmente o social. Rafael de Sousa Soares, filho de Maria Raimunda de Sousa e Raimundo Pacheco (in memória) e neto de Dona Izabel e Manoel Pacheco (sêu Neguim). A infância, de Refael foi vivida na Rua Irmã Gema e na Rua Honorato Alves, onde morou. Alí já despertava uma vivencia religiosa, e era comum sua presença às missas da manhã de domingo na Igreja Matriz na companhia de sua mãe e da professora Laudecy Dantas. Que o diga sua primeira professora Ana Sabino da Costa. No ano de 1998, a família mudou-se para Goiânia e Rafael seguiu a mesma rotina de freqüentar igrejas e participar de eventos religiosos e desses encontros, surgiu o convite para auxiliar nos trabalhos sociais com crianças junto com os religiosos de São Pedro Ad.vícula. Nessas colaborações surgiu o convite para fazer o teste vocacional, no qual o jovem ficou por um tempo avaliando sua vida. Ainda veio a Paraibano para refletir melhor e após decidir, fez o curso de filosofia, sem nunca abandonar o auxilio ao próximo. Depois de seis anos em Goiânia, Rafael mudou-se para Belo Horizonte onde atualmente cursa

47 LASAN, Leo. Blog PARAIBANOMANEWS, SEGUNDA-FEIRA, 21 DE JANEIRO DE 2013, disponível em http://paraibano-maranhoparaibanomanews.blogspot.com.br/2013/01/jovens-de-paraibano-serao-os-futuros.html, acessado em 13/11/2015.


125 teologia, fez os votos e continua trabalhando em obras sociais e daqui a dois anos vai ser ordenado padre, sendo, portanto o primeiro padre nascido em Paraibano. E GABRIEL BARBOSA SEGUE O MESMO CAMINHO RELIGIOSO Outro jovem que trilha o mesmo caminho é Gabriel Anderson Barbosa de 17 anos (6/2/1996), filho de Maria Auxiliadora Barbosa, desde pequeno era notável o seu vínculo estreito e fecundo com Deus.

Gabriel Barbosa seguindo os passos de Jesus

Gabriel deve essa herança religiosa a mãe Auxiliadora e a sua tia Helena Barbosa, que também enquanto viva, foi uma espécie de avó, que lhe creditou o valor e a importância de uma vida voltada para Deus. A postura enquanto criança de Gabriel sempre foi admirável, além de excelente aluno, o trato com as pessoas sempre foi de uma educação praticamente inexistente no mundo atual. Em entrevista ao blog, Rafael revelou que quando adolescente, os amigos não entendiam, por que ele nunca ia para as “baladas” sem antes passar na igreja e só saír depois da missa. Para muitos colegas, era tido como “careta”. Em 2010, Gabriel participou do projeto 1º Tabor de Paraibano, uma espécie de retiro espiritual para jovens, organizado pelo padre camiliano Raimundo Santo dos Santos, de Fortaleza. No evento Gabriel sentiu-se impulsionado a ir mais longe no seguimento de Jesus Cristo e ao encontro do seu verdadeiro chamado. Para aprofundar esse sentimento, participou em dezembro de 2010 na capital cearense do Seminário Camiliano de Fortaleza-CE. Em janeiro de 2011, Gabriel ingressou no serviço vocacional da Ordem dos Ministros Enfermos Camilianos, que tem como missão o cuidado e o zelo com doentes, ajudando o próximo quando ele mais necessita de atenção como se fossem essas pessoas carentes, o próprio Jesus Cristo, conforme o lema dos camilianos (ordem religiosa surgida na Itália há mais de 400 anos com São Camillo Lellis). Em 2011 e 2012, Gabriel vivenciou dois anos de aspirantado e este ano iniciará o postulantado e a etapa formativa paralela ao curso de filosofia. Brevemente será também mais um padre de Paraibano.


126 O jovem, está em Paraibano, aonde veio visitar a família e agradecer ao pároco Raimundo Alves, “Também uma das pessoas responsáveis pela minha caminhada rumo a vida religiosa consagrada”. Pouco menos de duas semanas, para completar 17 anos (6 fevereiro) o jovem falou que busca a concretização de sua vocação em um encontro consigo e com Deus, seguindo os passos de Jesus Cristo e do fundador da ordem religiosa São Camillo Lellis. Enquanto está em visita à cidade, Gabriel tem visitado enfermos, realizados curativos em doentes e conversado com pessoas idosas, levando a palavra de Deus para conforto dos conterrâneos.


127 Estudante de Paraibano é o anfitrião do Forum Juvenil do Mercosul no MA Por Amaury Carneiro - Publicado Em 27 Maio 2015 http://noticiasdeparaibano.com/index.php/paraibano?start=48

Parlamentar jovem, Bruno de Sousa Noleto, do município de Paraibano, fala a estudantes durante o fórum. Governo reúne estudantes em Fórum Juvenil do Mercosul Ascom. Gov.MA O Governo do Estado, por intermédio da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), promoveu, na última segunda-feira (25) e terça-feira (26), no auditório Paulo Freire, da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), o I Fórum Estadual Parlamento Juvenil Mercosul. Na oportunidade, os jovens Bruno Noleto, Cindynéia Cantanhede e José Antônio Barros, que representam a juventude maranhense no Brasil e em outros países do Mercosul, apresentaram suas vivências. O evento contou com a participação das secretárias de Estado de Educação, Áurea Prazeres, da Juventude, Tatiana Pereira e autoridades políticas. Para a secretária de Educação, Áurea Prazeres, esse é um momento importante, porque demonstra o protagonismo dos jovens. “Esse momento realça o protagonismo da nossa juventude e essa é uma das metas da Seduc, incentivar o protagonismo juvenil nas escolas. O compromisso do governo Flávio Dino com a juventude é no fortalecimento da participação dos estudantes, envolvendo-os em debates nas questões sobre a comunidade escolar”, pontuou a secretária Áurea Prazeres. Construir uma história diferente. Foi o que pontuou a secretária de Juventude, Tatiana Pereira. “É um fato histórico vocês estarem hoje como parlamentares. É o jovem do Maranhão redesenhando a história do país”, frisou Tatiana Pereira.


128 O anfitrião do Fórum, o parlamentar jovem Bruno de Sousa Noleto, do CE Epitácio Pessoa, município de Paraibano, falou que com a experiência de parlamentar, ele tomou consciência de seu lugar na América Latina. “A troca de experiência com outras realidades serviu para entender que a educação tem que ser universalizada e que ela é primordial para a construção de uma sociedade”, assegurou o estudante Bruno. O Programa Parlamento Juvenil Mercosul é uma ação dos países do Mercosul que desenvolve cinco eixos temáticos: inclusão educativa, gênero, jovens e trabalho, participação cidadã dos jovens e direitos humanos, e visa promover espaços de encontro e diálogo a partir de discussão de temáticas de interesse comum e com foco na formação política e cidadã da juventude. Desafio Durante o Fórum, estudantes de várias escolas da capital participaram ativamente das discussões e palestras, entre elas “O jovem e os desafios do mundo do trabalho”, ministrada pela professora Maria José Barros Cardozo. “Muitas vezes o jovem fica indeciso entre se preparar, fazendo cursos técnicos ou uma graduação, e ir logo para o mercado de trabalho, com o intuito de ajudar seus pais e ter uma independência financeira”, frisou Maria José Barros. Para a estudante Vitória Martins, 15 anos, do CE Menino Jesus de Praga, o debate foi importante. “Mesmo estando no primeiro ano do ensino médio, ainda não sei o que vou fazer quando encerrar o curso. Há algumas áreas que tenho mais afinidade e a palestra me ajudou a dar um norte, foi de vital importância”, disse. Em 2014, o Brasil realizou a 3ª Seleção de estudantes do Ensino Médio, de escolas públicas de todo país, para serem representantes nacionais do Parlamento Juvenil Mercosul –PJM. A seleção nacional dos 27 estudantes que representam o Brasil no Parlamento Juvenil do Mercosul é de responsabilidade do Ministério da Educação (MEC), que realiza encontros nacionais e internacionais, para promoção do protagonismo juvenil e a interação com jovens de outros países. A diretora do Centro de Ensino Epitácio Pessoa Sra. Rosimar Alves e a professora Simonia, representaram a escola ao lado de Bruno. Parabéns para o estudante e para todo o corpo docente da instituição, que é parte integrante dessa vitória educacional de representação internacional.


129 José Ribamar Nolêto de Santana48

Ribinha Filho de Manoel Zacarias Nolêto e Maria Izabel Santana Nasceu em Paraibano – MA. Filho de Manoel Zacarias Nolêto e Maria Izabel Santana. Mudou-se para Teresina em 2 de Janeiro de 1980. Graduou-se em Direito no Centro de Ensino Unificado de Teresina – CEUT. É bacharel em Segurança Pública pela Universidade Estadual do Piauí – UESPI, Doutor em Ciências Jurídicas e Sociais pela Univesidad Del Museo Social Argentino – Buenos Aires/ Argentina, Especialista em Direito Constitucional pela Universidade Federal do Piauí – UFPI, Especialista em Formação de Gestores Públicos pela Fundação Getulio Vargas. Dr. Santana assumiu cargo de Chefe de Setor Escriturário do Banco Nacional S/A nos anos de 1983 a 1984. De 1984 a 1988 atuou como Escriturário e Chefe de Setor e Gerente de Negócios do Banco do Estado de Minas Gerais. Foi Diretor Administrativo e Financeiro da Empresa Centro Comercial Santana de 1988 a 1999. Diretor de Orçamento e Finanças da Secretaria da Justiça e da Cidadania, do Governo do Estado do Piauí, de 1999 a 2001. No ano de 2000 foi conselheiro do Conselho Penitenciário do Governo do Estado do Piauí. Diretor de Gestão de Pessoal e Planejamento Estratégico da Companhia de Habitação – COHAB / PI. Diretor de Orçamento e Finanças da Assembleia Legislativa do Estado do Piauí de 2005 a 2013. Atuou também com Diretor Legislativo da Assembleia Legislativa do Estado do Piauí. Atualmente é sócio administrador da Santana Advocacia e Consultoria e Assessor da Conplan – Contabilidade, Planejamento, Projetos e Serviços LTDA. Em 2012 recebeu o título de Cidadão Piauiense. Em 2013, o de Cidadão Teresinense. A propositora do título de cidadão teresinense ao advogado Dr. Santana, a vereadora de Teresina, Celen Fernandes (SDD) justificou o título ao destacar Dr. Santana como um cidadão que tem contribuído para o desenvolvimento da cidade de Teresina. A parlamentar piauiense fez um resumo da vida de Dr. Santana informando que o advogado paraibanense durante seu exercício na Assembleia Legislativa do Piauí, esteve à frente da diretoria que ocupou por quatro anos, e que como pessoa, é um amigo próximo e um exemplo de cidadão, que sempre fez muito pelo estado do Piauí.

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http://maranhaodopovo1.blogspot.com.br/2013/12/paraibanense-e-destaque-no-piaui.html


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ODON FRANCISCO DE CARVALHO

Dr. Odon Carvalho foi juiz da comarca de Paraibano. Casado com a assistente social Maria Da Guia Neves Carvalho (ex-secretária de educação e de saúde de Paraibano) Dr. Odon chegou a residir em Paraibano e construiu a Chácara Ipê. Pai do advogado Odon Júnior e da Bioquímica Dra. Liliane e de uma outra filha, era genro do advogado Lamarck que trabalha em Colinas. Dr. Odon e Dona Guia receberam título de cidadão paraibanense e contribuíram para o desenvolvimento da cidade. Em 2007 o casal mudou-se para São Luis, mas sempre visitaram Paraibano. Faleceu na manhã do dia 30 de outubro no Hospital UDI, em São Luís, o juiz aposentado Odon Francisco de Carvalho. Ele vinha de complicações decorrentes de uma cirurgia no coração. A notícia da morte de Dr. Odon surgiu em Paraibano ainda na tarde de domingo (27.10) e pegou a todos de surpresa.


132 ORGULHOS DA

VAZANTE49.

O povoado Vazante em Paraibano deve ter a água mais famosa de todas as vazantes do município. Uma pessoa brilhante que bebeu da água da Vazante já está no velho continente, mas precisamente na terra dos nossos descobridores: Portugal. A enfermeira Lurdinha, está em Coimbra, onde fará doutorado em Educação e Saúde na Universidade de Coimbra. Sim eu falei doutorado em uma das mais prestigiadas universidades da Europa. Lurdinha é enfermeira há anos e já foi diretora de enfermagem do Dutra e outros hospitais em São Luis, foi professora do Curso Wellington etc. Estudiosa, já visitou vários países, e agora está em Portugal. Méritos da profissional filha do município de Paraibano e do povoado Vazante que já saciou com suas águas a sede de médicos como o famoso cardiologista Dr. Bonifácio, do advogado José do Egídio, da advogada Aldenir Barbosa, do vereador e ex-presidente da Câmara Municipal em São João dos Patos, Magão, e de tantos outras grandes personalidades. Tô

pensando

seriamente

em

ir

essa

Parabéns Lurdinha você é um orgulho para o município

49

Léo Lasan Santana. In FACEBOOK, 04 de janeiro de 2016

semana

beber

da

água

da

Vazante.


133 FALECEU EM CAXIAS O EX-VEREADOR JOSÉ BATISTA https://www.facebook.com/paraibanonews/photos/pcb.2663494243725878/2663491887059447/?type=3&theate r Faleceu por volta das 21:00 horas desta quarta-feira 27-03 (2019) em Caxias-MA, o ex-vereador de Paraibano, José Batista Barbosa, conhecido como Zé Batista da Vazante. O corpo já está em sua residência no povoado Vazante onde será sepultado as 17:00 horas desta quinta-feira 28, segundo informações de parentes. QUEM FOI ZÉ BATISTA, SEGUNDO O AMIGO MANETINHA. O site Paraibanonews, fez uma entrevista com o pedagogo e ex-vice-prefeito Clodomir Lima Campos (Manetinha) que falou sobre Zé Batista. De acordo as informações de Manetinha, o Sr. José Batista Barbosa nasceu no povoado Vazante em março de 1932, era filho de Lourenço Barbosa Ribeiro e Maria Pereira de Andrade. Na juventude trabalhou como balconista na loja do prefeito Nicéas Mendes (in memoriam) onde conheceu a jovem Maria José com quem casou, da união tiveram dois filhos. Também adotou outros. Após o casamento retornou para o povoado Vazante, onde com o pai se dedicaram ao plantio de cana, e fabricação e comercialização de produtos feitos em seu engenho, os quais exportavam esses produtos principalmente com a cachaça, conhecida na região. Na política Zé Batista candidatou-se ao cargo de vereador em 1976, sendo eleito em primeiro lugar para o mandato de 1977 a 1983. Ainda como vereador se candidatou a vice-prefeito na chapa do ex-prefeito Justino Vieira em 1982 concorrendo contra Ari Furtado e Chico Castor sendo Ari e Chico eleitos para o mandato de 1983 a 1989. Segundo Manetinha (que foi estudante no João Paraibano a mesma escola e período em que Zé Batista estudava). "Zé Batista era um líder que dava assistência social às famílias, se alguém tinha um problema ia conversar com ele para ouvir a opinião e conselhos dele, em qualquer situação fosse de saúde etc. as pessoas buscavam os seus conselhos e orientações" revelou Manetinha. Zé Batista tinha um conhecimento e educação exemplar, e fez o primário até o quarto livro (na época os anos eram o primeiro A, primeiro B e primeiro C e depois o segundo ano. Nos primeiros anos eram divididos em livros até o quinto livro, cada livro tinha um nome. O primeiro se chamara Maria Alice, o segundo Maria Lúcia, o terceiro Luizinha aos oito anos, o quarto livro era Exame de Admissão... E que o pai de Zé Batista colocou um professor em casa para dar reforço aos estudos dos filhos.O pai de Zé Batista comprava algodão para a fábrica dos Rocha Santos em São João dos Patos, família da primeira prefeita do Brasil, Dona Noca. Foi em uma dessas negociações que Dona Noca viu o menino Anchieta (irmão adotivo de Zé Batista) e sua desenvoltura com os números (matemática) e pediu para levar o garoto para estudar em São João dos Patos. Desse convite surgiu um impasse na família, pois a mãe do garoto não aceitou (mas aí é outra história que fica nos arquivos deste jornalistas). Zé Batista foi um líder no povoado Vazante e sua morte deixa uma lacuna na vida política do município, pela postura, ética e gentileza que só os grandes líderes sabem como compartilhar.


134 HIAGO Dassaieve Sousa Gondinho: FILHO DE PARAIBANENSE GANHA MEDALHA DE OURO NOS JOGOS ESCOLARES DE IMPERATRIZ 2019.

Ana Paula e o filho Hiago. http://www.paraibanonews.com/blog/2019/06/15/crianca-filho-de-paraibanense-ganha-medalha-de-ouro-nosjogos-escolares-de-imperatriz2019/?fbclid=IwAR1hITleJ10tu8WvT5MRReU7LAzI6MvnuS86IgKc4y2F_ZHcjmKlQ3r4_EY Promovido pela Prefeitura de Imperatriz, por meio da Secretaria de Esportes, Lazer e Juventude,-Sedel-, a 38ª edição dos Jogos Escolares de Imperatriz (JEI’s), teve abertura no dia 31 de maio, com início das competições no dia 1º de junho. O JEI’s 2019 conta com a participação de atletas de 20 escolas das redes municipal, estadual e particular de ensino e 23 modalidades esportivas nas categorias pré-mirim (8 a 10 anos), mirim(10 a 12) , infantil (12 a 14) e infanto (15 e 17 anos). Nos dias 8 e 9 de junho, teve a competição de Karatê, e dentre os destaques, HIAGO Dassaieve Sousa Gondinho, de 7 anos, filho de Ana Paula Coelho (natural de Paraibano), chamou a atenção ao conquistar a Medalha de Ouro na categoria individual pré-mirim de Kumitê (uma das modalidades moderna do karatê) e também por vencer na categoria Kata (também do Karatê) e integrar a equipe pré-mirim dessa modalidade. As disputas aconteceram no ginásio de esportes do Colégio Delta em Imperatriz. Com esses resultados, Hiago foi classificada para a 47ª edição dos Jogos Escolares Maranhenses, JEM’s, com data de abertura prevista para o dia 10 de agosto, em São Luís, e caso seja vencedor nos JEM´s, irá representar a categoria no Campeonato Brasileiro marcado para novembro em São Paulo. No dia da luta, Hiago que foi ovacionada pela vitória, na quadra da Escola Delta em Imperatriz, se tornou o orgulho da família “Participar dos jogos maranhenses, vencer e entrar numa competição estadual, é uma vitória muito grande” disse a mãe de Hiago, a professora Ana Paula Coelho “Estou muito feliz, principalmente por ele representar a ‘Escola Dos Amiguinhos’ fundada pela minha irmã… Quem sabe do nosso sofrimento em sair de uma cidade pequena como Paraibano para chegar onde estamos, reconhece toda a luta, é como meu filho representasse também nossa cidade e o estado, é muito emocionante…E no momento da vitória dele, todas as pessoas ali, chamando o nome Hiago, eu lembrei de todo mundo de Paraibano, sentindo o amor que tenho pela minha cidade…Vocês não tem a noção da felicidade que sinto… por tudo que eu passei, pra mim é uma honra, a oportunidade de ter um filho representando nosso povo no esporte” disse Paula ao site Paraibanonews.


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Ana Paula é filha do casal Izídio Coelho de Sousa e Maria de Jesus Coelho, e foi criada pela mãe-adotiva Rita Coelho. Ana Paula tem três filhos Junior, Igor e Hiago. A irmã à quem Paula dedica toda a vitória do filho, é Ana Célia Coelho, proprietária da Escola dos Amiguinhos, em Imperatriz. A escola conseguiu classificar outros alunos no JEI’s 2019. Hiago Coelho completa 8 anos no próximo dia 25 de julho, e espera vencer novamente, para representar o Maranhão no mês de novembro em São Paulo. Caso aconteçam essas vitórias Hiago poderá está representando o Brasil na Argentina. O técnico de Hiago, o policial militar Cleyton Ayres é o maior incentivador do filho. É sempre para o pai, que Hiago dedica as vitórias e as competições “Meu pai é o meu orgulho, minha maior referência e exemplo” disse o pequeno atleta, que já mostra a humildade dos grandes heróis.


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FILHA DE MARANHENSE É DESTAQUE NO HANDEBOL DA NORUEGA. Anna Clara (19) é filha de Aldenora Fjellheim uma maranhense de Paraibano. A jovem é jogadora de Handebol na Noruega e vem se destacando no esporte daquele país.

Anna Clara e família moram na Noruega e quase todos os anos visitam Paraibano. Abaixo fotos e algumas matérias sobre a jogadora.


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OUTRAS HISTÓRIAS


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141 SUCUPIRA DO NORTE

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Sucupira do Norte, foi criada através do movimento de feirantes que se instalavam sob as sombras das faveiras e sucupiras, no entrocamento das estradas que ligam as cidades de Mirador-Pastos Bons-Paraibano. O idealizador do local para aquela feira foi JOÃO PARAIBANO, auxiliado pelos amigos Pedro Noé, João Brito e outros. Possuindo o local uma privilegiada localização, já que era cortado por estradas que davam acesso a várias localidades, passou a despertar o interesse de comerciantes ambulantes, liderados por João Paraibano, radicado em Brejo do Paraibano, para ali realizarem uma festa que por certo atrairia muitos compradores. Em 02 de novembro de 1936, ocorreu a tão esperada comercialização, havendo sucesso total os vendedores. Daí um diante, novos moradores foram chegando e, dentro em pouco, surgia um povoado. Os primeiros desbravadores vieram dos municípios de Nova Iorque, Pastos Bons e Colinas, ali se fixando com suas famílias para, em seguida, iniciar o cultivo da lavoura, no que foram bem sucedidos, dado a boa qualidade de terra. Em 1940, foi construída a primeira capela, que tomou o nome de Santa Teresinha, hoje padroeira da cidade. No início dos anos 50, vindo mais tarde comerciantes fixos que transformariam a feira de Sucupira em cidade emancipada, como Hilderico Rufino Guimarães, o jovem comerciante Luiz Gonzaga Carneiro, João Queiroz e outros que aos poucos foram fazendo crescer o movimento. Somente em 13 de janeiro de 1960, através do Decreto do Governador Newton Belo, depois de uma batalha travada por Manoel da Câmara Guimarães (o Manoel Doutor), com o apoio do então Deputado Themístocles Teixeira, Sucupira foi emancipada, desligando-se definitivamente do Município de Mirador, cujos comerciantes exerciam uma espécie de rivalidade contra os sucupirenses. A nova cidade de Sucupíra do Norte, teve como primeiro prefeito Hilderico Rufino Guimarães, que governou por dois anos, oportunidade em que repassou o cargo para o comerciante Luiz Gonzaga Carneiro. Elevado à categoria de município e distrito com a denominação de Sucupira do Norte, pela lei estadual nº 2153, de 16-11-1961, desmembrado de Mirador. Sede no atual distrito de Sucupira do Norte ex-povoado constituído de dois distritos: Sucupira do Norte e Várzea criada pela mesma lei do município, instalado em divisão territorial datada de 31-XII-1963. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-I-1979. Em divisão territorial datada de 18 de agosto de 1988, o município é constituído do distrito sede. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2005 ate hoje.

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http://pt.wikipedia.org/wiki/Sucupira_do_Norte, acessado em 17/01/2009 http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/dtbs/maranhao/sucupiradonorte.pdf , acessado em 17/01/2009


142 Pertence a Mesorregião Leste Maranhense, microrregião Chapadas do Alto Itapecuru, fazendo limites com Mirador, Pastos Bons, e Paraibano, com uma área de 991, 926 km², População de 10.529, apresentando uma densidade de 10,6 hab./km², e como Indicadores sociais: IDH R$ 2.035,00.

0, 594, PIB

R$ 21.284 mil e PIB per capita


143 PASSAGEM DA COLUNA PRESTES POR PARAIBANO

Riacho do Meio – Paraibano Sabe-se que a “Coluna Prestes” 51 passou pelo Maranhão. Mas que parte dessa coluna passou pelo Brejo, não se tinha conhecimento até a defesa da Monografia de Graduação de Delzuite Dantas Brito Vaz52, conforme se vê 51 Movimento ocorrido entre os anos de 1925 e 1927, encabeçado por líderes tenentistas que empreenderam grandes jornadas para o interior do país, procurando fazer insurgir o povo contra o regime oligárquico vigente durante a presidência de Artur Bernardes, ainda no período da República Velha. A Coluna Prestes ainda pregava ao povo a necessidade da destituição do presidente e a imediata reformulação econômica e social do país, pregando a nacionalização das empresas estrangeiras fixadas no Brasil e o aumento de salários de trabalhadores em todos os setores rurais e industriais. Em suas jornadas, que se estenderam em uma distância de por volta de 25.000 quilômetros, a Coluna Prestes foi perseguida pelas forças orientadas pelo governo, formada tanto por militares e policiais estaduais quanto por jagunços contratados, estes últimos incentivados pelas promessas de anistia aos seus crimes cometidos. Não tendo sofrido sequer uma derrota significativa nas guerrilhas contra o governo ao longo de suas incursões pelo interior do país, que se estenderam por cerca de 29 meses, a Coluna é contada pelos estrategistas militares do próprio Pentágono como uma das mais prodigiosas façanhas militares da história das batalhas de guerrilha. A Coluna Prestes foi formada por militares envolvidos em dois movimentos rebeldes anteriormente ocorridos no país: no Rio Grande do Sul, os rebeldes provenientes de uma insurreição foram derrotados inicialmente pelo governo, mas conseguiram escapar; em São Paulo, os rebeldes que haviam ocupado a cidade por 22 dias não tiveram outra escolha senão organizar uma retirada, tendo em vista os bombardeios aéreos desferidos sobre a capital paulista. Ambos os grupos rebeldes encontraram-se em suas rotas de retirada, no Estado do Paraná: os paulistas eram então liderados pelo General Isidoro Dias Lopes e Miguel Costa, além dos tenentes Eduardo Gomes, Juarez Távora e Joaquim Távora: os gaúchos eram então liderados Siqueira Campos, João Alberto e Luís Carlos Prestes. Todos passaram a fazer parte das lideranças da Coluna, com exceção do General Isidoro Dias Lopes que, já idoso, acabou por pedir asilo político à Argentina. O comando dos 1.500 homens reunidos deveria ser unificado: o comando militar é exercido por Miguel Costa, sendo Luís Carlos Prestes o chefe do Estado-maior. A Coluna, além de seu caráter militarista, passa a configurar um programa de reformas, que é divulgado aos povoados com os quais o movimento entrou em contato em suas jornadas. Apesar de sua invencibilidade frente às tropas do governo, a Coluna não chegou a atingir seus objetivos de provocar a rebelião popular generalizada no interior do país: o povo temia grandemente possíveis represálias do governo. Desta forma, a coluna não conseguiu derrubar o governo vigente. Porém, os tenentistas que da Coluna participaram decisivamente no quadro político do período da Revolução de 30 e, no caso de Prestes, na Intentona Comunista de 1935. Ao fim das jornadas da Coluna pelos interiores do país, muitos membros remanescentes ainda prosseguiram sua luta contra os regimes oligárquicos na Bolívia e no Paraguai. DISPONÍVEL EM http://www.algosobre.com.br/historia/coluna-prestes.html acessado em 28/01/2009. 52 VAZ, 1990, obra citada.


144 no depoimento prestado, a época, por Elisa Brito Neves dos Santos. Conta as pagina 149 e seguintes, que sua mãe fala dos “Revoltosos”, a quem estavam sujeito a receber. Seus tios estavam preparados a receber esses andarilhos dessa maneira: escondiam os cavalos, pois quando passavam trocavam os animais, pegando outros descansados. Os moradores escondiam suas montarias... Um dia, vindos do lado do Riacho do Meio, uma turma de homens a cavalo – fortes, altos, bonitos, na descrição de sua mãe... – chega e são recebidos pelos “Paraibanos”. A avó da depoente, Joaquina Maria das Dores, teria feito comida para eles, pilando o arroz que seria servido. Chamaram a sua presença a José de Brito Sobrinho (José Paraibano) e mandam apanhar os animais, que seriam trocados pelos deles. José Paraibano cheio de astúcia, de artimanha, saiu com uma parte desses homens pelas matas, a procura dos animais, que ele havia escondido. Dizia Zé Paraibano que ouviam o barulho dos animais, perto de onde passavam, fazia de conta que não estava ouvindo: “mas eu não sei onde estes animais estão...” e levava aqueles homens pelas brenhas, pelos espinhos. Aquele matagal, sem estrada, sem nada; levava pelos piores caminhos. E os Revoltosos, já cansados e todos cheios de espinhos, disseram: “Não, vamos para casa, a gente não encontra esses animais, vamos para casa...”. E voltaram e assim conseguiram se livrar dos Revoltosos sem dar seus animais. Para Elisa, era a parte chefiada pelo Juarez Távora53, que passou por Brejo do Paraibano, em direção a Colinas54, pela época dos festejos de Nossa Senhora da Consolação, a oito de dezembro. O que é confirmado por Pinheiro (2005), quando relata a passagem da Coluna entre Pastos Bons e Colinas, porém não faz referencia ao Brejo55. Aí, a Coluna se instalou, passou vários dias; depois Juarez foi preso, já em Teresina-PI. Na passagem pelo Maranhão a Coluna se dividiu em três. Segundo Prestes: Foi uma verdadeira divisão estratégica. Uma parte da Coluna ficou comigo e tomamos a direção do rio Balsas, [...]. Uma segunda coluna, comandada por Siqueira Campos para marchar mais ao norte [...]. E uma terceira coluna, que era comandada por João Alberto, para marchar mais pelo centro. Mais todas orientadas no sentido do rio Parnaíba. Na Matta (Dom Pedro), Manoel Bernardino – o Lênin do Sertão - se preparava para integrar o destacamento de João Alberto e, no dia 06 de novembro de 1925 invadiu, Curador com 65 homens armados de rifle e usando todos como distintivo uma fita vermelha. Bernardino tratou todos com cortesia e solicitou de alguns comerciantes contribuição para as suas tropas. Não JUAREZ DO NASCIMENTO FERNANDES TÁVORA (Jaguaribemirim, 14 de janeiro de 1898 — Rio de Janeiro, 18 de julho de 1975) foi um militar e político brasileiro. Participou do levante militar ocorrido na cidade do Rio de Janeiro em cinco de julho de 1922. Preso e condenado desertou do Exército e participou da rebelião paulista de julho de 1924. Seguiu com a Coluna Prestes, e participou da Revolução de 1930. Após esta levar Getúlio Vargas ao poder, Távora, ainda como capitão, se tornou ministro da Agricultura. Como coronel, na década de 1940, foi adido militar no Chile. Candidatou-se à presidência da república em 1955 pela UDN, mas foi derrotado por Juscelino Kubitschek. Defendia a posição que ficou conhecida como entreguista em relação à exploração de petróleo no Brasil, tendo sido o principal líder dos que se opunham à criação da Petrobras. Foi ministro dos Transportes nos governos de Getúlio Vargas, de quatro a cinco de novembro de 1930, e de Castelo Branco, de 15 de abril de 1964 a 15 de março de 1967. 54 BARROSO, Haroldo Gomes; SOUSA, Antônio de Pádua. Áreas Potenciais Para A Aqüicultura Sustentável Na Bacia Do Rio Itapecuru: Bases Para O Planejamento Com Uso Do Sistema De Informação Geográfica. Rev. Bras. Enga. Pesca 2(1), jan. 2007 55 PINHEIRO, Raimundo Nonato. A COLUNA PRESTES NO MARANHÃO. São Luis: UEMA/CECEM, 2005. Monografia de Especialização em Historia do Maranhão. 53


145 obtendo o resultado esperado, saiu da cidade no dia 08 (nov.) e retornou no mesmo dia à meia-noite, desta vez mais agressivo, invadiu as casas de alguns comerciantes e saqueou as mercadorias, distribuindo à população pobre o que não poderia ser levado.

Fonte: A “REVOLUÇÃO DA MATTA”: SOCIALISMO E FUZILAMENTOS NO INTERIOR DO MARANHÃO – 1921 AUTOR: Giniomar Ferreira Almeida "Monografia apresentada ao curso de História da Universidade Estadual do Maranhão – UEMA para obtenção do grau de Licenciatura Plena em História. 2003


146 A COLUNA PRESTES E O CAVALO MARCHADOR DE SÊO SALES por Djalma Britto in http://www.limacoelho.jor.br/vitrine/ler.php?id=855 Em 1926, lá estão Sêo Sales e Dona Lili, na fazenda Serra Negra, preocupados com a possibilidade de virem a ser surpreendidos pela tal Coluna, pois, segundo ouviram dizer, para manter a tropa, os líderes ou responsáveis requisitavam mercadorias, bens, animais e tudo o mais necessário, com a promessa de serem ressarcidos tão logo fossem vitoriosos em sua intentada. [...] Para não serem pegos de surpresa, Sales e Lili trataram de esconder as mercadorias que possuíam em estoque e reduzir a quantidade dos gêneros nas prateleiras da loja. [...] É nesse cenário que entra em cena, para espanto de todos, o Cornélio, intitulando-se emissário e negociador da Coluna. [...] Deve-se esclarecer que o tal emissário era filho do “Velho Bodô”, vaqueiro da fazenda Serra Negra e homem de confiança de Sêo Sales. Dona Lili, que conhecia o Cornélio, desde que ele nasceu, pois nascera em Serra Negra, costumava passar-lhe “pitos”, ficou desconfiada e tentou demover o marido de sua credulidade. [...] Coincidência é que os “revoltosos” – termo que Dona Lili se referia aos integrantes da Coluna Prestes – estavam, realmente, próximos à fazenda, distante cerca de quarenta quilômetros de Colinas, antigo Picos do Maranhão. [...] Não tardou e os “revoltosos” chegam a Serra Negra e, como primeira providência de um dos oficiais, foi solicitar a Sêo Sales que lhe mostrasse a casa, alegando, naturalmente, que queria determinar a acomodação do pessoal que o acompanhava. [...] como nada foi encontrado no local onde se afirmava ter mercadoria escondida, o clima ficou menos tenso. O oficial a que nos referimos era o Juarez Távora. Foi então servida alimentação à tropa que se arranchou como pode nas acomodações da enorme casa centenária. Maneiroso, o oficial Juarez Távora disse a Sêo Sales que tinha conhecimento de que era possuidor de um cavalo de boa qualidade, marchador e famoso e que estava requisitando o animal, que seria devolvido posteriormente. Realmente, o tal cavalo era mesmo muito bom. Servia de montaria preferida para o meu avô. Sem titubear, Sêo Sales aquiesceu e disse ao oficial que poderia utilizar o animal, se o localizasse. Começou, então, a caça ao cobiçado cavalo. Alguns soldados foram escolhidos para empreender a procura. Retornaram, horas depois, com algumas montarias, mas não exatamente o cavalo de sela do Sêo Sales. [...] Assim foi a passagem da Coluna Prestes pela fazenda Serra Negra. Anos mais tarde, Juarez Távora veio a São Luís. Meu avô era deputado estadual e recebeu a sua visita. Entre amenidades, o oficial Távora dissera a meu avô que o culpado por ele ter sido preso teria sido ele. Explicou: se o senhor tivesse me cedido o tal cavalo marchador, jamais teriam me surpreendido. Chamava-se Cornélio. Jamais o conhecemos. Era um irmão do pai velho que se juntou à Coluna Prestes e jamais deu notícia à família. Dona Lili conta que Cornélio não permitiu que a Fazenda Serra Negra fosse ‘invadida’ pela Coluna e nem que o comércio da fazenda fosse saqueado. Era assim, com esse palavreado: ‘invasão’ e ‘saque’ que ela se referia à Coluna Prestes. Mas que Cornélio foi à sede da Serra Negra para dizer a ela e ao seu Sales que a Coluna não


147 mexeria na Serra Negra. O meu avô falava pouco sobre ao assunto, só que o seu irmão Cornélio tornou-se um seguidor do capitão Prestes e ‘caiu nesse mundão de meu Deus’ e nunca mais deu notícias à família.


148 JACUNDÁ Certa época, um senhor de nome João Bosco, viajando do lugar Santa Maria para um lugarejo vizinho a Paraibano, com destino ao lugar Jacundá, chegando numa serra que desse para Paraibano pronunciou a palavra “Jacundá”, morrendo em seguida. Este lugar ficou sendo considerado pelas pessoas como um lugar de devoção. E todos ao passarem por ali depositam uma pedra, como adoração. (in Veloso Filho, 1984).


149 JOSÉ SARNEY, NA SUA CAMPANHA AO GOVERNO DO ESTADO Moreira Filho - em “Histórias que os jornais não contam”

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, coleção cartas às minhas filhas (livro de

memórias), faz uma “análise da evolução sócio-politico-economica do Maranhão nas décadas de 1950 e 1960, segundo Bandeira Tribuzi – vitória das Oposições Coligadas”, e a “contribuição do Movimento Militar de 1964 no combate à fraude eleitoral vigente e suas conseqüências nas eleições de 1965”, quando José Sarney57 foi candidato ao governo do Maranhão, - afirma que: “... a disputa era cercada de coações e ameaças de violência. As forças situacionistas não olhariam passivamente a marcha vitoriosa das oposições coligadas. Seus chefes políticos no interior reagiam e ameaçavam com truculência. Dias houve, e foram muitos, como ocorreu em Paraibano, município da região do Sertão, conta José Sarney, ao chegar à sede do município para realizar seu comício não encontrou ninguém nas ruas. As portas das casas, fechadas. Aqui e acolá uma fresta de janela se abria por onde os moradores temerosos espiavam o que iria acontecer. Tinham recomendações de não saírem às ruas. A pequena comitiva, sem palanque, se caminhão e até sem tamborete resolvia enfrentar a situação e deitava falação, contra aquilo que estava ocorrendo. Chegavam caminhões cheios de homens armados, ameaçadores. A comitiva postava-se firme. Era o candidato e seus fieis escudeiros prontos para qualquer eventualidade: José Sarney, Antonio Dino58, Raimundo

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MOREIRA FILHO, Eliezer. HISTÓRIAS QUE OS JORNAIS NÃO CONTAM. São Luís: Belas Artes; UniCEUMA, 2008. Vol. 2 – Coleção Cartas às minhas filhas. 57 JOSÉ SARNEY COSTA – José Ribamar Ferreira de Araújo Costa, filhos de Sarney de Araújo Costa e Kiola Ferreira de Araujo Costa, nasceu em Pinheiro a 24 de abril de 1930. Advogado, poeta, historiador, escritor, político. Foi Deputado Estadual, Federal, Senador e Presidente da República. Aliado de Vitorino Freire, a principio, rompeu com o Vitorinismo, lançando-se candidato as eleições a deputado federal em 1958, pelas Oposições Coligadas. Em 1963, lança-se candidato ao governo do Estado, quando de crise irrompida no PDS, com a bancada federal insurgindo-se contra o então governador Newton Bello. (in BUZAR, 2001, obra citada, p. 281-302). 58 ANTONIO JORGE DINO - médico nasceu em 23 de maio de 1913 na cidade de Cururupu, e morreu em São Luis a 18 de julho de 1976; filho de Jorge Antonio Dino e Vicência Faria Dino. Genro de Gonçalo Moreira Lima líder político da “região dos pastos bons”. Foi Deputado Federal, do grupo de Vitorino Freire, tendo depois rompido com este, quando das eleições de 1962, aliando-se a Sarney. Foi Vice-Governador de Sarney. (in BUZAR, 2001, obra citada, p. 89-98).


150 Vieira da Silva , Henrique de LaRoque Almeida , Clodomir Milet , Alexandre Costa , Teoplistes Teixeira63, José Leite, Lauristo Sousa, e outros. 59

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Sarney conta que a tensão chegava a níveis de ruptura, alguns aconselhando reduzir as falas e sair dali o mais depressa possível. O mais frio era Teoplistes Teixeira que, postado à frente de todos, com uma metralhadora portátil (Lurdinha), coberta por uma toalha, encarava impassível os jagunços e, virando a cabeça dizia: fala Sarney, pode falar Sarney! O simulacro de comício tinha curta duração. O candidato tinha de mostrar disposição para o povo acreditar nos compromissos de mudança e na coragem para realizá-los. E os moradores espreitando pelas frestas das janelas! Rapidamente falaram e se retiraram, seguidos dos caminhões com homens armados, ainda mais ameaçadores! Sem tanta pressa que parecesse covardia, nem tão devagar que parecesse provocação, como dizia, salvo engano, José Maria Alkmin, para uns, ou Borges de Medeiros, para outros. “E mesmo ali em Paraibano, palco daquele acontecimento, quando foram abertas as urnas Sarney saiu sufragado com a maioria dos votos”. (p. 43-44, grifos nossos). Já dizia um influente político mineiro que em política o que importa são as versões, não os fatos... Vamos aos fatos:

RAIMUNDO LISBOA VIEIRA DA SILVA – de uma das famílias mais tradicionais do Maranhão, nasceu em São Luis a 11 de fevereiro de 1922, filho de Fabiano Vieira da Silva e de Custódia Lisboa Vieira da Silva. Vitorinista exerceu alguns cargos na esfera federal por indicação de Vitorino de Brito Freire, ingressando na política em 1958, elegendo-se deputado estadual na legislatura de 1959/1963. Integrou-se às Oposições Coligadas, apoiando Sarney ao governo do Estado, rompendo com Vitorino. Eleito Deputado Federal por diversas legislaturas, e suplente de Senador em 1990. Já falecido. (in BUZAR, 2001, obra citada, p. 379-385). 60 HENRIQUE DE La ROCQUE ALMEIDA – nasceu em São Luis a 08 de agosto de 1912, filho de Marcelino Gomes de Almeida e de Marieta de La Rocque Almeida. Advogado, jornalista, político, funcionário publico federal, foi eleito Senador da Republica. (in BUZAR, 2001, obra citada, p. 203-210; ver também SOUZA, Henrique Arthur de. ENTRELAÇOS DE FAMÍLIA. Brasília: Valci, 2003. (História e Genealogia de Henrique de La Rocque Almeida). 61 CLODOMIR TEIXEIRA MILET – nasceu em Codó em 17 de agosto de 1913, filho de Naja Jose Milet e Rosalina Teixeira Milet. Médico. Em 1945, juntou-se a Lino Machado para fundar o Partido Republicano. Candidato a Assembléia Constituinte, não se elegeu, ficando na supklencia. Sem mandato, escrivã artigos em O Combate contra o Vitorinismo. Apoiando Ademar de Barros a Presidência, deixa o PR para fundar o Partido Social Progressista – PSP, partido mais importante das Oposições Coligadas, apoiando a candidatura de Saturnino Belo ao governo do estado. Elegeu-se Deputado por duas legislaturas e depois ao Senado. Tentou chegar ao Governo do Estado, sendo derrotado no pleito de 1960. Aliou-se a Sarney nas eleições de 1963. Encerrado seu mandato de Senador em 1975, abandona a política, transferindo-se para o Rio de Janeiro. Faleceu em 16 de janeiro de 1988. (in BUZAR, 2001, obra citada, p. 133142; BUZAR, Benedito. Dez anos sem Clodomir Millet. Jornal O ESTADO DO MARANHÃO, São Luis, 16 de janeiro de 1998, sextafeira, Caderno Opinião, p. 4.). 62 ALEXANDRE ALVES COSTA – Nasceu em Caxias em 13 de outubro de 1921, filho de Raimundo Costa Sobrinho e Emilia Gonzaga Costa. Foi Prefeito de São Luis, Secretario de Estado, Vice-Governador, Deputado Federal (dois mandatos), Senador (Quatro mandatos), e Ministro do Interior. Engenheiro Civil. Falecido. (in BUZAR, 2001, obra citada, p. 37-46). 63 THEOPLISTES TEIXEIRA de Carvalho e Cunha – casado com Antonia Amélia Dias Carneiro. Exerceu a magistratura, deixandoa para assumir cargo de Deputado no período de 1946 a 1958. Filho de João Teixeira, líder político de Pastos Bons, parlamentar na Assembléia por 24 anos. Seu sogro, Godofredo Dias Carneiro era chefe político de Colinas, exercendo mandato de Deputado por 16 anos. (in BUZAR, 2001, obra citada, p. 419-426; BUZAR, Benedito. Temístocles Teixeira – o dragão que virou Santo gurerreiro. Jornal O ESTADO DO MARANHÃO, São Luís, 29 de outubro de 1995, domingo, Caderno A, p. 3.). 59


PARAIBANO ANOS 70. ESTRADA DA INFÂNCIA...

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Mais um desenho de Paraibano, paisagem ainda viva na memória... A estrada começava no final da rua 7 de Setembro, no final do muro do cemitério... Naquela épca (anos 70) haviam muitas matas, veredas, que desembocavam no açude do Manoel Cristino (hoje Vila Maurício),onde está o exuberante verde, hoje são os bairros Vila Aparecida, Vila Maurício, parte da Subestação e para o lado de baixo (onde tem a caeira no desenho) está a continuação da Vila Aparecida e descia até o campo de avião, onde hoje está parte do centro e Vila Castor. O desenho faz parte de um projeto meu, que é desenhar a cidade na época de minha infância. A casinha que ficava depois do cemitério ainda existe. O local atualmente está todo habitado. A estradinha leva ao Riacho do Meio e antigamente para as roças, onde nossos pais sofriam na lavoura para nos criar e educar. Quem é do tempo sabe do pé de faveira no meio da estrada onde as pessoas descansavam voltando das lavouras. A casinha na época era a única na saída da cidade até o Riacho do Meio.Quem lembrar do nome do dono na época escreve aqui nos comentários. ******* Colaboração. O internauta Raimundo Peres informa que a casa pertencia ao Sr. João Leite. Obrigado.


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ENTRELAÇOS DE FAMÍLIAS

FAMILIA DE

ANTONIO DE BRITO LIRA “PARAIBANO” O titulo deste Capitulo tem origem nos entrelaçamentos genealógicos por casamentos havidos entre os diversos personagens, atores dessa história. Tem como família-tronco a família de Antonio “Paraibano” Brito Lira, constando alguns ascendentes e colaterais, bem como as famílias a ela entrelaçadas, até onde conseguimos chegar. Na sua estruturação, cada família corresponde a um titulo que é dividido segundo as gerações. O numero encontrado antes de cada nome é formado por duas células (xx. yy). A primeira célula (xx) corresponde à geração em que esta inserida aquele membro da família, a partir do antepassado mais remoto; a segunda célula (yy) representa a posição desse personagem, em termos ordinais, dentro da geração em que está enquadrado (SOUZA, Henrique Arthur de. ENTRELAÇOS DE FAMILIAS. Brasília: Valci, 2003).


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ANTONIO “Paraibano” DE BRITO LIRA nasceu em 1873, natural de Taquaritinga, naquela época municipio de Surubim – PE64, falecendo em 1947, aos 72 anos de idade. Filho de Francisco de Brito Lira e d. Ana Maria da Conceição;

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(1) O município de Surubim originou-se de uma fazenda de gado, pertencente a Lourenço Ramos da Costa. Em 1864, ele construiu um oratório católico dedicado a São José, onde o padre português Antônio Alves da Silva celebrava as missas dominicais. No entorno


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Casado em primeiras núpcias com JOAQUINA MARIA DAS DORES (falecida em 09 de maio de 1938): O primeiro filho do casal morreu.

do oratório surgiram as primeiras casas. Em 1870, o oratório foi substituído por uma capela. Em 6 de junho de 1881, a lei provincial nº 1565 criou a freguesia de São José de Surubim, instalada em 1885 e regida canonicamente pelo padre José Francisco Borges. A cidade tem este nome em homenagem ao boi Surubim que foi atacado e devorado por uma onça nas terras do fazendeiro Lourenço Ramos onde hoje se encontra o atual município. Foi emancipado através da lei estadual nº 1.931, de 11 de setembro de 1928 (data em que se comemora seu aniversário). Conhecida como a Capital da Vaquejada por ter a mais antiga e tradicional festa de vaquejada do mundo, o município realiza na segunda semana do mês de setembro, a Festa do Gado, que chega a atrair cerca de 50.000 visitas. In http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Surubim&action=edit&section=1, acessado em 11/01/2009 (2) Já a cidade de Taquaritinga do Norte nasceu em meados do século XVIII. No inicio do século XIX era um lugar já populoso formado por terras pertencentes a D. Maria Ferraz de Brito, a qual dividiu sua propriedade em lotes, o que deu lugar ao desenvolvimento da povoação. Por conta da Lei Provincial 1260 de 26 de maio de 1877 cria a comarca de Taquaritinga, desmembrando-a da de Limoeiro; Lei Provincial 1895 de 10 de maio de 1887 eleva à categoria de cidade a vila de Taquaritinga. O município é constituído em 16 de novembro de 1892. Taquaritinga é uma palavra indígena, verdadeiro topônimo, "itacoaraetetinga" - buraco da pedra, grande, branca; formado de "ita", pedra, "coara", buraco, "ete", grande, que ficou "i", e "tinga", branca. http://pt.wikipedia.org/wiki/Taquaritinga_do_Norte, acessado em 10/01/2009. 65

ANEXO 1 - CERTIDÃO DE CASAMENTO de Antonio de Britto Lira e dona Joaquina Maria das Dores. Aos 14 de dezembro de 1924, no lugar Brejo, do Termo de Pastos Bons.


157 3.01. BERNARDINO DE BRITO LIRA (18/12/1900 -11/10/1952); Filho de Antonio de Brito Lira e Joaquina Maria das Dores; casado com DORALICE ESPERIDIANA FREITAS LIRA (? - falecida em 18/12/1982, Paraibano- MA, filha de Maria Esperidiana Freitas – Sinhá 4.01. MARIA DARCI FURTADO BRITO (Paraibano: 13/09/1926) casada com JOÃO FURTADO BRITO 5.01 Raimundo Ari Furtado (Brejo, municipio de Pastos Bons, 18/02/1943), casado com Maria Aparecida Queiroz Furtado 6.01. Vanessa Furtado Ferro, casada com Ubiratan Lima Ferro Filho, 7.01. Beatriz Furtado Ferro 6.02. Viviane Furtado, casada com Roberto do Amaral Gurgel Filho 6.03. João Furtado Brito Neto; (*18/07/1978 + 13/06/2009) 6.04. Raimundo Ari Furtado Filho; 5.02. Maria Doracy Furtado Coelho, casada com Sérgio Coelho Neto de Sousa. 6.05. Márcia Beatriz Furtado Coelho, casada com Wilson 7.02. 7.03. 6.06. Sérgio Henrique Furtado Coelho, casado com Fabrícia Cunha... 7.04. Sérgio Henrique Furtado Coelho Filho 7.05. Larissa ... 6.07. Marcus Vinícius Furtado Coelho, casado com Liana do Rego Motta Veloso; filhos: 7.06. Mariana 7.07. 6.08. Diana Furtado Coelho, solteira. “Assumi a titularidade do cartório e os papéis de pai e mãe com o falecimento de meu marido em 1986. Entrei em pânico. Muitas perguntas passaram pela mminha cabeça. Fiquei insegura e desorientada com quatro filhos menores. Contudo, tínhamos um projeto maior, que era a educação das crianças. O fato de ser escriv-a-substituta


158 facilitou a administração do cartório. Swendo a matriarca, um dos grandes problemas, bem visível na criação e na educação dos filhos, é a imposição de limites. Mesmo assim, acredito que transmiti valores, como respeito ao próximo, ética, cidadania, solidariedade e autoestima. Não existem pais perfeitos nem filhos perfeitos, mas estou realizada, pois os meus filhos são formados em Direito. Maria Doracy Furtado Coêlho. In UNIDOS PELO AM OR AOS ESTUDOS E AO DIREITO. Revista Inova CAA/OAB Minas gerais, novembro-desembro de 2015, www.caamg.com.br, p. 15-19.

[...] Para falar da familia Furtado Coêlho é preciso abrir o livro das lembranças e viajar para o sertão nordestino, mais precisamente para o sudoeste maranhense, na pequena cidade de Paraibano. O cenário ao mredor é de céu azul intenso, montanhas verdes que seguem no horizonte, casas simples rodeando a praça da igreja central, pequenas ruas que abrigam cerca de 20 mil habitantes, muitos deles descende tres dos fundadores da cidade, como é o caso da professora Maria Doracy Furtado Coelho. Fugindo da seca do sertão nordestino na Paraíba, seu pai João Furtado somou-se a outros conterrâneos e fez daquelas terras o berço da família. Doracy foi a segunda de seis filhos. Ingressou na Escola Normal em Fortaleza (CE) e, em 1966, foi nomeada pofessora e diretora da escola estadual em Paraibano. Em 1967, já casada com Sérgio Coelho de Sousa, aquiesceu ao pedido do marido e passou a ser escrivã-substituta do cartório de Imóveis, onde ele era o titular. É por meio do cartório, aquela época localizado dentro do forum, que a familia inicia os primeiros passos no Direito, formando uma relação estreita com juízes e promotores. Muitas vezes, na ausencia do Juiz, Sérgio Coêlho assumia funções no fórum como a principal autoridade. Esse fato ficou marcado nas recordações dos filhos – Márcia Betariz, Sérgio Henrique, Marcus Vinicius e Diana Furtado Coelho. Doracy, na entreviusta que concedeu à Revista da Caixa de Assistencia aos Adevogados de Minhas Gerais ressalta que o convívio dos filhos com as lides do cartório e do fórum, e a facilidade que o marido tinha de construir relações com os juízes e promotores influenciou-os, pois além de Sérgio e Vinícius andarem pelos corredores do fotum, constumavam assistir às audiências. Considera que, além desse ambiente, a escola estadual também foi uma das referencias para os filhos, pois ficava em frente de sua casa, o que facilitava seu trabalho de diretora – ao assumirm o cartório, pediu exoneração do cargo de professora, permanecendo apenas na direção. De conversas com os filhos e netos – já estudantes de Direito – perebe-se que o interesse pelos estudos e pela leitura são riquezas adquiridas pelos Furtado Coelho. Desde a infancia fazem da leitura um hábito diário. A educação dos filhos era tratada como prioridade por Sérgio e Doracy, dai procuarem um colégio de referencia na região, mandando-os para o Instituto Dom Barreto, sediado em Teresina; além de um ritmo mais puxado, melhor preparar para o vestibular. A perda do pai, ainda jovem, de um ataque cardíado fez da mãe uma guerreira, assumindo o cartório, a diereção da escola e a educação dos filhos. Sérgio fez dois vestibulares, Engenharia e Direito, optando, após após um semestre, pelo Direito; advogou por dois anos em Campina Grande (PB) e, aos 23 anos ficou em terceiro lugar no concurso para Promotor de Justiça do Maranhão. Retornou para ssumir a função, e no final de 1994 casou-se com a advogada Fabricia Coelho, com quem tem dois filhos.


159 A irmã mais nova, Diana Furtado Coelho é formada em Direito, também, e em Administração, ambos pela Universidade Federal do Piauí, mesma instituição pela qual Marcus Vinícius se formou. Hoje, ela administra o escritório do irmão. Márcia Beatriz, a mais velha, não exerce a advocacia, pois assumiu a gestão de uma empresa privada. Marcus Vinicius Furtado Coelho exerceu o mandato de presidente nacional da ordem dos Advogados do Brasil – OAB. Casado com Liana do Rego Motta Veloso, Procuradora da Fazenda Nacional. Desde os 21 anos que Marcus Vinicius milita na advocacia, o que o levou a ser professor de Direito Constitucional na Universidade Federal do Piauí, professor de Direito Constitucional e Processual da Escola Superior de magistratura do Puauí por dez anos, e ter escritório próprio aos 25 anos e a se tornar (aos 29...) Procurador-Geral do Estado do Piauí. Aos 31 anos, deixa a procuradoria-geral para se tornar Conselheiro Federal da OAB, eleito por quatro mandatos consecutivos. Na OAB, foi professor da Escola de Advocacia, ministrando palestras e fez parte da comissão do Senado que elaborou o Novo Código de processo Civil; presidente da Comissão nacional de legislação da OAB; foi Coordenbador Geral dos Exames da OAB, Secretário geral, e presidente. Dando continuidade aos estudos, fez pós-graduação na UFSC e doutorado em Direito Processual na Universidade de Salamanca, na Espanha. Da nova geração – os netos de Doracy – Sérgio Furtado Coelho Filho e Wilson Mendes Furtado Coelho Filho, respectivamente das familias de Sérgio henrique e Márcia Beatriz, seguem os passos profissionais dos pais e tios, estagiando no escritório de advocacia de Marcus Vinícius.


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MARCUS VINICIUS FURTADO COÊLHO Filho do escrivão judiciário Sérgio Coelho e da professora primária Maria Doracy, Marcus Vinicius nasceu na cidade de Paraibano, no sertão maranhense, região que abrange a Chapada do Alto Itapecuru, distante cerca de 500 quilômetros de São Luís. Perdeu o pai aos quatro anos de idade e, aos 11, mudou-se com a mãe para Teresina, onde estudou no Instituto Dom Barreto. Advogado militante, formado pela Universidade Federal do Piauí (turma de 1993) com pós-graduação pela Universidade Federal de Santa Catarina e doutorando em Direito Processual pela Universidade de Salamanca, Espanha. Anualmente, a Universidade de Salamanca concede como reconhecimento aos seus alunos destacados em cada curso o Prêmio de Grado de Salamanca. O título é dado a todos os licenciados e diplomados que tenham tido excelência no rendimento acadêmico, o que ocorreu com Marcus Vinícius. Após formar-se em Direito, foi aprovado em primeiro lugar em concurso público para professor da UFPI. Eleito para seu quarto mandato consecutivo no Conselho Federal da OAB, onde foi Secretário-Geral, desempenhou funções de presidente da Comissão Nacional de Legislação e de presidente da Coordenação do Exame de Ordem Unificado. É Membro da Comissão de Juristas para elaboração do novo Código de Processo Civil e da Comissão do Senado responsável pelo novo texto do Código Eleitoral. É, ainda, autor dos livros “Direito Eleitoral e Processo Eleitoral” (Editora Renovar (3ª edição), “Processo Civil Reformado” (Editora Forense), e “A Inviolabilidade do Direito de Defesa” (Editora Del Rey). Membro do Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB), já tendo composto a Comissão de Direito Constitucional da entidade. Presidente nacional da OAB.


PARAIBANO: DR. MARCUS VINICIUS MINISTRA PALESTRA NA ONU.

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http://www.paraibanonews.com/blog/2018/05/01/paraibano-dr-marcus-vinicius-ministra-palestra-na-onu/ 01/05/2018 Leonardo Lasan

Dr. Marcus com o ex-presidente Fernando Henrique na ONU O presidente de honra da Associação Brasileira de Advogados – ABA e ex presidente nacional da OAB MARCUS VINICIUS FURTADO COELHO palestrou na sede da ONU, em Nova Iorque, sobre os direitos a vida, a saúde e a segurança, como imperativo para uma sociedade justa e fraterna. O congresso, intitulado “The use of technology to promote road safety: brazilian experience” (O uso de tecnologia para promover a segurança no trânsito: experiência brasileira), aconteceu nesta sexta-feira, dia 27 de abril [2018], na sede da Organização das Nações Unidas, em Nova Iorque, e contou com a participação de Mauro Vieira, Embaixador do Brasil na ONU; Márcio Liberbaum, Presidente do Instituto de Tecnologias para o


162 Trânsito Seguro; do Deputado Federal Hugo Leal, presidente da Frente Parlamentar em Defesa do Trânsito Seguro; do Diretor Geral da Polícia Rodoviária Federal, Renato Dias; do Diretor do DENATRAN, Maurício Alves; do Procurador do Ministério Público do Trabalho, Paulo Douglas; do Desembargador Nelson

Ex-presidente do Brasil Fernando Henrique Calandra, presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros no período de 2011/2013; do jurista Marcus Vinícius Furtado Coelho, presidente da OAB no período de 2013/2016; por entidades representativas das vítimas de trânsito; e foi encerrada pela palestra do Ex-Presidente da República Fernando Henrique Cardoso, que já presidiu a Comissão Global de Políticas sobre Drogas da ONU. “Acredito que devemos ampliar esse exame para além dos motoristas profissionais como também para todos os jovens brasileiros. Esse será o maior instrumento ao combate de drogas do nosso país. Precisamos nos unir à esta luta pela paz no trânsito”, defendeu o jurista Marcus Vinícius Furtado Coelho. (fonte:https://namidianews.com.br/) Para Marcus Vinicius, “o sistema constitucional atribui proeminência ao direito a vida digna, onde a saúde e a segurança são essenciais”. Para o jurista Marcus Vinicius, que é doutor em direito e presidente da comissão de relações internacionais da OAB, “no ano em que a Constituição completa 30 anos, a melhor forma de homenageá-la é dar efetividade aos valores constitucionais”.

PARA SABER MAIS: MARCUS VINICIUS FURTADO COÊLHO, é natural de Paraibano-MA, advogado e professor, Doutor em Direito pela Universidade de Salamanca, Presidente Nacional da Ordem dos Advogados do Brasil nos anos de 2013 a 2016, Presidente da Comissão Nacional de Estudos Constitucionais do Conselho Federal da OAB nos anos de 2016 a 2019, membro da Comissão do Senado Federal responsável pela elaboração do Novo Código de Processo Civil. Advogado militante com inscrição principal na Ordem dos Advogados do Brasil Seccional do Piauí e suplementares no Distrito Federal e em Minas Gerais. Marcus Vinicius é Professor convidado da Pós-Graduação da PUC-SP, da Universidade de Brasília – UNB, do Instituto Brasiliense de


163 Direito Público, da Escola Nacional de Advocacia e da Escola Judiciária do TSE. Atuou como professor de Direito Constitucional da Universidade Federal do Piauí – UFPI, na Escola Superior de Magistratura do Estado do Piauí – ESMEPI. Autor de diversos livros, dentre os quais: Direito Eleitoral e Processo Eleitoral (Editora Fórum), Garantias Constitucionais e Segurança Jurídica (Editora Fórum) e Inviolabilidade do Direito de Defesa (Editora Del Rey).


164 5.03. Francisco Furtado Brito, casado com Maria das Graças; 6.09. Márcio Anderson de Almeida Furtado Brito66 (*12/04/1978+ 11/06/2014)

6.10. Letícia ..., solteira 5.04. Socorro de Maria Furtado, solteira;

5.05. Deonice Furtado Brito Desquitada

6.11. Daniel Furtado Veloso 6.12. Veloso Neto, ... 7.08 6.13. João Marcelo, solteiro 6.14. Ana Catarina Furtado Veloso, solteira 5.06. Maria Olinda Furtado, casada com Iran, com filho 6.15. Darci Maira , solteira 6.16. ??, solteiro 7.09

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Paraibano-MA - Faleceu por volta das 11:00h da manhã de ontem quarta-feira (11), em São Luis, o jovem Márcio Anderson de Almeida Furtado Brito, de 36 anos de idade. Márcio era filho de Dr. Francisco Furtado e Dona Graça e, sobrinho do ex-prefeito de Paraibano Ari Furtado, esposo da atual prefeita Aparecida Furtado. Márcio Furtado era o Secretário Municipal de Juventude do município e um dos fundadores do Bloco Carnavalesco Maluco Beleza, que criou em parceria com seu primo João Neto (falecido em 13 de junho de 2009, coincidentemente em datas próximas). De acordo com informações dos familiares, o jovem Márcio Furtado, estava internado há dois meses em São Luis, acometido por uma doença chamada de Encefalopatia Viral Progressiva, (uma espécie de bactéria neurológica). Durante o período em que esteve internado, alguns familiares e amigos fizeram corrente de oração em prol da saúde do jovem. Márcio, nasceu no dia 12 de abril de 1978. O corpo do mesmo está sendo velado na residência da família, localizada na Avenida João Paraibano; uma missa de corpo presente será celebrada as 3:00h da tarde, em seguida, o sepultamento, no cemitério São Sebastião. A prefeita decretou luto oficial no município, nesta quinta-feira (12). http://noticiasdeparaibano.com/index.php/paraibano/174-falecimento


165 4.02. ANTONIO BRITO LIRA NETO (Antoninho) (30/10/1927 – faleceu em ? – casado com uma prima,

DELZUITA DE SOUSA BRITO (06/07/1932 + 03/12/2015), filha de João de Brito Lira (João Paraibano) e Dília Coelho de Sousa Brito - Nanã

5.07. Maria da Graça; casada com ???, . 6.17. Alexandra, casada com, filho 7.10x. 6.18. Betania De seu relacionamento com Maria das Dores – Dorinha – 5.08. Gláucia Brito Lira, 5.09. Constancia Brito Lira,


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4.03. MARIA CECI BRITO LIRA (Paraibano: 15/08/1929 +São Luís: 26/05/1992 casada com JOSÉ LIRA BRITO – Zuza -; filho de Guilhermino de Brito Lira e Maria de Brito Lira; 5.10. Josias Brito Lira (Paraibano: 03/08/1950), solteiro

5.11. Maria Aparecida Brito (Paraibano: 07/08/1951), casada com José Leite da Silva 6.19. Maurício Brito Leite, 6.20. Mauricélia ??, casada ... 7.10. 7.11. 5.12. Maria José Brito – Zezé – (Paraibano, 31 de outubro de 1953, casada com Antonio Coelho de Sousa, filhos: 6.21. Antonio Coelho de Sousa Junior, Imperatriz, 1972 casado com Maria Beatriz Andraede de Sousa 7.12. Luis Henrique Andrade Coelho Casada em segundas núpcias com Luis Cesar Ferreira da Cunha


167 6.22. Alexandre Cesar Brito da Cunha (São Luis, 1979) 6.23. Klaus Roger Brito da Cunha (São Luis, 1982) 6.24. Valeska Brito da Cunha (São Luis, 1985) 5.13. Josemar Brito Lira (Paraibano, 28/03/1955 – falecido solteiro) 5.14. Maria Goreth Brito Lira (Paraibano, 1956, falecida) 5.15. Silvania Maria Lira Brito (Paraibano, 04/06/1957), casada com Sebastião Milton Brito (1956)67 6.25. Leonardo Lira Brito 6.26. Larissa Lira Brito 5.16. Sandra Maria Brito Lira (Paraibano: 14/09/1958), Casada com Francisco de Assis Sales Rocha 6.27. Diego Lira Rocha

5.17. Jose Lira Brito (Zuzinha) (Paraibano: 21/03/1960), casado com Odalva Ribeiro Brito 6.28. Leandro Ribeiro Brito 6.39. Ana Ceci Ribeiro Brito 6.30. Mariana Ribeiro Brito 5.18. Marcia Solange Brito Lira (São Luís: 13/04/1962) casada com Francisco Cardoso Dias 6.31. Natanael Brito Dias ( )

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– bisneto de Antonia de Brito Lira, sobrinho bisneto de Antonio de Brito Lira)


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5.19. Claudia Guilhermina Brito Lira (Paraibano: 25/10/1964) 6.32 Victoria Lira Gerude ( )


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4.04.

MOZART BRITO LIRA (Paraibano: 09/03/1932) casado com SOCORRO SILVA LIRA, 5.20. Ronald Silva Brito, casado com? 6.33 5.21. Mozart Brito Lira Filho, casado com Samia .?


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4.05. MARIA DO CARMO BRITO BARROS (Paraibano: 06/11/1934) casada com JORGE DE SOUSA BARROS (falecido); filhos:

5.22. Irismar Brito Barros; Casada com Helvecio dos Santos Sá; filhos: 6.34 Luana Barros Sa 6.35 Mariana Barros Sá Casada com ; filho: 7.0. Manuela 6.36 Fernando Barros Sá

5.23. Mary Luce Brito Barros; Viuva; filhos: 6.37. Vinicius Barros Meireles 6.38. Ludmila Barros Meireles

5.24. Doralice Brito Barros; divorciada 6.39. Daniel 6.40. Isadora


171 6.41. Helio Filho

5.25. Heliane Maria Barros Mendes; casada com Jorge Cesar Silva Mendes 6.42. Juliana Barros Mendes 6.43. Joyce Barros Mendes

5.26. Jorge Henrique Brito Barros; casado com em primeira núpcia, Filhos 6.44. 6.45. Em segunda nupcia com Valéria...

5.27. Ana Paula Barros Lima, casada com Elcio Morais Lima 6.46. Lucas Barros Lima 6.47. Ana Clara Barros Lima


172 4.06. LOURIVAL BRITO LIRA (Paraibano, 1938); casado com ALDENORA; (filhos: 5.28. Sonia Beatriz, 5.29. Marco Aurelio);


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4.07. RAIMUNDA BRITO CAMPOS (Paraibano: 14/11/1940), casada com CLODOMIR LIMA CAMPOS (Manetinha); 5.30. Claudene do Socorro Campos; 5.31. Christiane Brito Campos


174 CLODOMIR DE LIMA CAMPOS – Manetinha

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1941 - Nasceu no povoado de Cana Brava, município de Pastos Bons, em 10 de fevereiro, filho de Henrique Rodrigues Campos e d. Sebastiana Pereira Lima. Seus irmãos: Maria Salete Campos, Irineu Lima Campos, Clodoaldo Lima Campos, Antonio Lima Campos, Maria das Graças Campos. 1952 Vem para Paraibano com 11 anos de idade, indo morar em casa de Guilhermino de Brito Lira (sua mãe era prima de Sinharinha, mulher de Guilhermino); e depois na casa de Justino Vieira dos Santos. 1949 Iniciou seus estudos no lugar Vieira; teve como primeira professora a Sra. Maria Tereza Oliveira (Tereza de Basiliano), atualmente residente a Rua do Matadouro, nesta cidade. 1951 veio estudar no povoado Brejo, hoje cidade de Paraibano, 1955 concluiu o 5º ano primário. 1956 foi para São Luis, capital do estado, submeter-se ao exame de admissão na Escola Técnica Federal do Maranhão, não obtendo aprovação. Retornou a Paraibano, onde começou a trabalhar na loja do Sr. João Furtado de Brito e Justino Vieira dos Santos, que eram sócios. 1960 nomeado para o cargo de Agente de Estatística do IBGE, pedido do Sr. Guilhermino de Brito Lira ao Deputado federal Cid Rojas de Carvalho. 1965 casou-se com 4.04 Raimunda Brito Campos – filha de Guilhermino de Brito Lira -, com quem teve duas filhas: 68

Origem do apelido de família: Diz Manetinha que seu bisavô Policarpo Ribeiro Campos era vaqueiro, “acidentalmente correndo atrás de um boi, caiu e quebrou a perna e ao invés de chamaram Policarpo Perneta, chamavam Policarpo Maneta. Daí veio o nome de família; os seus filhos eram muitos, todos Maneta. Papai era Henrique Rodrigues Campos, na intimidade Nego Maneta. Quando eu nasci, meu pai disse: o nome tu escolhe (sic) e o apelido é Manetinha. Meu pai era agricultor, mas naquela época ele tinha um sitio de cana, duas juntas de boi de carga, que são quatro bois, para puxar engenho; deveria ter seus trinta gados”. CAMPOS, Clodomir Lima. DEPOIMENTO. In VAZ, 1990, obra citada.


175 5.18. Claudene do Socorro Campos; solteira 5.19. Cristiane Brito Campos; Solteira Ainda nesse ano fundou, juntamente com o sr. Raimundo Ari Furtado, um time de futebol – Maranhão Atlético Clube; dai surgiu a ideia de fundação de um clube social – Esporte Clube Ideal, fundado em novembro daquele mesmo ano; foi eleito seu Diretor-Presidente. 1971 afastou-se temporariamente do IBGE, para trabalhar em sociedade com o sr. Justino Vieira dos Santos – a quem considera seu pai adotivo – na industria de extração de óleo vegetal; não obteve sucesso, retornando ao IBGE em 1975. 1972 eleito vereador, com a maior votação daquela eleição, exercdendo o mandato com grande atuação. 1975 renuncia ao cargo de vereador, em função de ter de retornar às suas funções junto ao IBGE, transferindo-se com a família para a cidade de Codó. Voltou a estudar, concluindo o Segundo Grau. 1983 transferido para São Luís, mas sem deixar de se preocupar com os problemas de Paraibano, prestando ajuda a todos que o procuraram, sem distinção de facção política, credo ou cor. 1991 aposentou-se do serviço público 2000 canditadou-se ao cargo de Vereador, não logrando a eleição 2008 eleito vice-prefeito de Paraibano,


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DIÁRIO DO MARANHÃO – 29 DE AGOSTO DE 1910

Polycarpo Campos é avô de Clodomir Lima Campos


177 Paraibanense Assume Superintendência de Gestão de Resíduos Sólidos do Maranhão Por Amaury Carneiro - Publicado Em 06 Agosto 2014 Site: ParaibanoNews.com- Leo Lasan PARAIBANO – A paraibanense Claudene Campos, aceitou na quinta-feira (31/07) o convite para ser a Superintendente de Gestão de Resíduos Sólidos do Maranhão. Claudene em e-mail a este editor reconhece que vai ser um grande desafio, mas sente-se feliz em poder contribuir para tentar resolver um dos maiores problemas da humanidade atualmente: O lixo. A engenheira ambiental paraibanense assume a pasta no momento mais críticos para a maioria das prefeituras do Brasil e em especial as do Maranhão no que se refere ao meio ambiente. É que acabou neste final de semana (2 e 3 de agosto 2014) o prazo estipulado pela Lei 12.305 do Plano de Gestão de Resíduos Sólidos para que cada município do país acabe com os lixões e implantem aterros sanitários. O Maranhão figura entre os estados que menos fizeram para resolver a situação. Apenas 20% dos municípios cumpriram com a determinação da lei, conforme informa a Secretaria Estadual de Meio Ambiente. Mas a realidade é outra, mesmo elaborado o Plano de Gestão de Resíduos Sólidos existem prefeituras que continuam a descartar os resíduos nos lixões, ou seja, o plano mesmo está só no papel.


178 "SOU CONTRA..." Leo Lasan Acho quase impossível alguém dizer as palavras do título acima, que é contra a indicação de Claudene Campos para a Secretaria de Meio Ambiente e Turismo... Seria radicalidade demais. Claudene Campos é a mais indicada para a pasta que trata de um dos maiores problemas do mundo, a questão ambiental. Engenheira na área a sorridente Claudene é unânime na aprovação popular para ocupar a pasta. A escolha do prefeito Zé Hélio foi perfeita. Claudene é reconhecida no Maranhão e no Brasil, fez parte da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e foi uma das mais aclamada profissional nos eventos promovidos pela SEMA. Poderia está em qualquer secretaria municipal de meio ambiente do Maranhão, mas não, tinha logo que vim para Paraibano para provocar nosso orgulho que estava meio chateado com algumas bobagens que andavam fazendo por aqui nesse setor... Vai sofrer,eu sei, mas essa sujeita enorme e de uma carisma gigante, destrói qualquer empecilho com o sorriso largo e uma energia do tamanho das águas da Lagoa da Chapadinha (se é que vocês me entendem). Amável com todos, é impossível ficar imune à presença de Claudene. Quando se trata de meio ambiente aí a coisa muda, para melhor é claro. Experiência já tem quase que de sobra, e vai aplicá-las no município. O prefeito Zé Hélio tem na sua administração essa super profissional que vai precisar muito do apoio de todos. Se depender das mensagens de sua página no facebook, já começou bem, em menos de cinco horas de postagem de sua nomeação para a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, o acesso viralizou e bateu o recorde de participação. Claudene Campos só tem um problema a enfrentar e vai difícil convencer a maioria que votou em Zé Hélio, é tentar explicar a todos que precisa do "verde" (das matas, florestas), e pelo amor de Deus quando ela tiver trabalhando pelo reflorestamento, não gritem: "ACABOU VERDIM'!"... seria contraproducente. ........................................................................................................ Ah! a propósito do título acima, eu sou a favor de Claudene na Sec. de Meio Ambiente, é bom esclarecer, antes que algum antiecológico venha com a serra elétrica querendo cortar minha amizade com Claudene que no nome já tem Campos, que é onde nascem as florestas.


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4.08. MARIA IRACI BRITO GOMES, casada com VALDOMIR GOMES CORREIA 5.32. Franklin, 5.33. Valdiraci, 5.34. Bernardino de Brito Lira Neto, 5.35. Valdomir Gomes Correia Junior??);


180 4.09. JOSÉ RIBAMAR BRITO LIRA (falecido solteiro);


181

4.10. DEUSELINA BRITO LIRA (Deusinha) – Brejo, municipio de Pastos Bons, em 16/10/1947, solteira, professora;


182 3.02. JOSÉ DE BRITO SOBRINHO - José de Brito Lira; Zé Paraibano – (22/02/1902 + 23/06/1975), Filho de Antonio de Brito Lira e Joaquina Maria das Dores casado com EVA COELHO DE SOUSA, filha de Faustino 4.11. Zulmira Furtado Brito; 69, casada 5.36. Joana D´Arc 5.37. ??

69

Filha de criação, de sua irmã Maria de Brito Lira e de José Furtado de Brito (Zé Pequeno; filho de Quintino de Brito Lira, portanto, seu primo, e primo de João Furtado de Brito).


183 3.03. GUILHERMINO DE BRITO LIRA – (20/06/1903 + 21/10/1962) ; Filho de Antonio de Brito Lira e Joaquina Maria das Dores casado com Maria Pereira dos Anjos (de Brito), Sinharinha, filha de José Lino Pereira dos Anjos e de Antonia Alves Ferreira (moradores da Ponta da Serra) 4.12. Josias Lira Brito - (Paraibano: 10/09/1926 –+ Paraibano: 1940); solteiro

4.13. José Lira Brito – Zuza – (Paraibano: 23/10/1928 + Imperatriz: 20/09/1969) casado com Maria Ceci Brito, sua prima, filha de Bernardino; 4.14. Maria Enésia Brito - falecida aos 8 anos; 4.15. Maria Genésia Brito - falecida aos 4 anos;


184

4.16. Eliza Brito Neves dos Santos (Paraibano: 10/04/1938), casada com Sadi Neves dos Santos

5. 38. Débora Brito Neves dos Santos (24/01/1972) divorciadas de João Batista Dias Carneiro 6.47. Laize Brito dos Santos Dias Carneiro Casada em segundas núpcias com 6.48 4.17. Anisio Lira Brito (Paraibano, 26 de maio de 1941, falecido)

4.18. Onildo Lira Brito (Paraibano: 26/05/1941), casado com Telma Freire Brito


185 5.39. Séfora Freire Brito Nascimento (10/09/1973) casada com Fábio Coelho Nascimento; filho 6.48. 5.40. Guilhermino Brito Lira Neto – (16/07/1975 - 27/09/1983); 5.41. Rafael Freire Brito - (27/09/1983 – 07/09/2000);

4.19. Leonidas Lira Brito (Paraibano: 16/11/1943) casado com Josélia Carvalho de Sá, filhos:

5.42. Leo Eistein de Sá Brito

6.49. Lucas Brito

6.50. Maria Joana Brito

5.43. Elisa de Sá Brito (São João dos Patos: 16/04/1982)


186 Casada com Epitácio da Silva Rocha Junior, filhos

Casado em segundas núpcias com Rosimar Alves Moreira Brito, filhos:

5.44. Therciane Moreira Lira Brito (1990)

5.45. Thercio Guilhermino Moreria Lira Brito (1992)


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3.04. JOÃO DE BRITO LIRA - JOÃO PARAIBANO - *Surubim– PE, 20/01/1907 + Amarante do Maranhão, 15/10/1976. Filho de Antonio de Brito Lira e Joaquina Maria das Dores; casado com DILIA COELHO DE SOUSA, filha de d. Biló, moradora do Santa Maria.

As crianças, filhos de Lindomar com Magnólia, Feliciano com Mariana Cortez Brito... São: Flaviano, Hugo, Reginaldo Cortez, eu Joao Bosco Brito, Flávia Póvoa, Marcia, ''Beto'' Humberto Brito e Marilan no colo da tia Delzuita...Os adultos da direita para esquerda: Lindomar e Magnólia (meus pais), João Paraibano e Dilia (meus avós paternos) moça ainda não identificada, Delzuita minha tia com Marilan no colo, Jose de Sousa Brito (Zedito meu padrinho) Maria das Graças (prima), Maria de Jesus (Djé minha madrinha), Do Carmo e Miro (tios) Mariana Cortez Brito e Feliciano ( meus Tios) e Theodorico (mudo, meu tio) na foto tem 7 filhos de João Paraibano (João de Brito Lira) com Dilia Coelho de Brito, 8 netos de João Paraibano, 2 noras, e um genro de João Paraibano...essa foto retrata o começo dos descendentes dos filhos de João Paraibano... Foto Joao Bosco Brito: em 1965...


188 4.20. DORALICE DE SOUSA BRITO - Dorinha - falecida;

4.21. DELZUITA DE SOUSA BRITO, (Brejo 06/07/1932 + São Luis 03/03/2015), casada com Antonio Brito Lira Neto (Antoninho)70;

5.07. Maria da Graça, casada com Carlos Alberto 6.50. Alexandra Casada 7.0 6.51. Betania casada 7.0

4.22. LINDOMAR DE SOUSA BRITO (06/02/1935) casado com Magnolia dos Santos Brito

5.46 Hugo dos Santos Brito (10/-2/1958) Casado com Meire Herenio Gonçalves

70

Filho de Bernardino Brito Lira


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6.52 Victor Hugo Gonçalves Brito (03/06/1981) Casado com Roberta Assis Brito 7.0. Beatriz Cristina Brito (03/06/2004) 7.0. Isabelle Cristina Brito (21/09/2008)

5.47. Humberto Campos Santos Brito (1º/09/1960) Solteiro, com uma filha:

6.53 Anna Maria Campos Brito (26/10/2007)

5.48. João Bosco Santos Brito (05/05/1963); De seu relacionamento com Jacirene França Silva nasceu: 6.54 Stefanie Danielle Silva Brito (23/04/1986) Casada com Luciano Mello

7.0 Sophia Brito Mello (Porto Alegre-RS, 2012)


190 Casado com Cintia Regina Correia

6.55. Bianca Correia Brito (Imperatriz, 04/01/1995)

6.56. Christian Correia Brito (Imperatriz, 30/12/1997)

5.49. Marilan Santos Brito (26/06/1964);

6.57. Raphael Brito Giannotte (7/02/1986) Casado com Dina

6.58. Natacha Brito Giannotte (24/10/1989) Casada com Humberto Junior


191 7.0. Miguel

l 7.0. Kaleb

6.59. Rafaella Bruna Santos Brito (19/11/2004)

5.50.Mauricio dos Santos Brito (13/04/1973) Casado com Karla

6.60. Gabriella Brito (24/01/2003) 6.61. Giovanna Brito


192

4.23. JOSÉ DE SOUSA BRITO (Zé Dito) (20/07/1936) casado com Maria do Socorro Bonfim Brito,

5.51. Rosilan Bonfim Brito Duarte Casada com Raimundo Amorim Duarte Neto, com tres filhos 6.62. Talita Bonfim Brito Amorim Duarte 6.63. Taline Bonfim Brito Amorim Duarte 6.64. Talison Bonfim Brito Amorim Duarte 5.52. Rosane; solteira

5.53. Rosilene Bonfim Brito (Lena, Imperatriz, 24/08/1970) divorciada, com dois filhos 6.65. Thais Brito Lima (Imperatriz, 23/06/1993), Casada 7.0. André Luis (Imperatriz, 03/06/2014) 6.66. Igor Brito Lima (Imperatriz, 20/20/1994) - solteiro


193

5.54.Darlan Bonfim Brito (Imperatriz, 07/12/1974) casado com Daniela Torres Bonfim; filho: 6.x. Mateus Bonfim Torres 6.x. Luiz Felipe Bonfim Torres

4.24. FELICIANO DE SOUSA BRITO (Brejo, 20/10/1938) casado com Mariana Cortez Brito –


194 Imperatriz, 31/10/1936, filha de Guilherme Cortez e Maria da Rocha Miranda Cortez :

5.55. Flaviano Cortez Brito (Imperatriz, 20/05/1959) casado com Maria Cosmerina Pereira Sousa Brito, filhos:

6.x. Glauco Sousa Brito, Filha:

7. Do casamento com com Safira 7. Rafisa (05/08/2015) 6.x. Glaucia Sousa Brito, Casada com Jaques Valeriano Guimarães Junior 6.x. Camila Sousa Brito;

5.56. Reginaldo Cortez Brito (Imperatriz, 30/11/1960) casado com Andrea Palma Brito, filhos 6.x. Reginaldo Cortez Brito Junior (16/07/1984) 6.x. Italo Palma Brito (1º/01/1987);


195 casado em segundas nupcias com Creuza Oliveira, 6.x. Beatriz (29/06/2006); 6.x Mario Oliveira Brito (13/03/2014)

6x Bernardo (Maio de 2017)

5.57. Marcia Brito Vanderlei (Imperatriz, 26/05/1962) casada com José Rodrigues Filho (Zico), filhos: 6.x. Raiane Brito Vanderlei (02/04/1990);

5.58. Flavia Regina Cortez Brito Leite Povoa (São Luís, 01/09/1963) casada com Rodolpho Antonio Leite Povoa (13/06/1958) 6.x. Rogerio Cortez Brito Leite Povoa (Rio de Janeiro, 01/02/1987); 6.x. Marcos Brito Povoa (Teresina-PI, 01/09/1989); 6.x. Silvia Maria Brito Povoa (Teresina-PI, 02/03/1992)

5.59. Lilian Cortez Brito Melo (Imperatriz, 23/05/1969) casada com Alberto Sergio Nascimento Melo (29/03/1963) 6.x. Marlon Brito Melo (Boa Vista –RR, 13/09/1995) 6.x. Sergio Alberto Nascimento Melo Junior (Boa Vista-RR, 03/04/2001)


196 4.25. THEODORICO DE SOUSA BRITO (o Mudo) (02/07/1944) Casado com Maria, filhos: 5.60. Adriano, Casado com Kiuza, filhos 6.x. 6.x. 5.61. Elisandra (09/11/?); Casada com Rubem 6.x. 6.x.

4.26. MARIA DE JESUS SILVA BRITO ( D´jé) (15/11/1945) casada com Pedro Carlos;

5.61. Marbenia Brito Linko casada com Fabio Linko; filho: 6.x. Thiago Brito

5.62. Axel Carlos Brito Casado com


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4.27. MARIA DO CARMO BRITO CARDOSO (13/05/1948) casada com Argemiro Maria Cardoso, sem filhos; 4.28. CANDIDO BOSCO DE SOUSA BRITO (Bosquinho) (04/09/1951) casado com Angela (Fabricante), filhos 5.63. Yuri;

4.29. MARIA DO SOCORRO BRITO SILVA (Socorrinha) Imperatriz, 06/12/1952 casada com José Eustaquio da Silva (Bom Despacho-MG, 1951) 5.64. Valeria Cristina Brito Silva - São Domingos da Prata-MG, 21/01/1975 5.65. José Eustáquio Filho - Carangola-MG, 12/09/1978 Casado com, filha Nicole (2012, Rio Grande-RS) 5.66. Vanessa de Brito Silva - Teófilo Otoni-MG, 14/05/1982


198 3.05. MARCOS DE BRITO LIRA (conhecido como Marcos Paraibano); nasceu em Pernambuco, no dia 24/03/1908, falecido em 15/05/1952); Filho de Antonio de Brito Lira e Joaquina Maria das Dores casado com Canuta Pereira (dos Quatis, perto de Alegria); 4.30. Luisa Brito Mota Casada com José Mota 5.67. Alexandra Brito Mota 4.31. José Brito Lira Casado com Josefa Mota 5.68 4.32. Pedro Arcanjo Brito Lira 5.69 4.33. João Brito Lira; 4.34 Antonio Brito Lira 4.35. Maria Brito de Lucena Casada com Pelé 5.70 4.36. Angélica Brito Lira Casada 5.71 4.37. Francisco de Brito Lira - solteiro 4.38. Arcângela Brito Lira Casada com Manoel Teixeira Braga 5. 72. Aline Brito Braga


199 Caros familiares de Marcos de Brito Lyra

71

Honra-me o convite recebido para participar da inauguração da praça que recebrá o nome de Marcos de Britto Lyra, porém não podederei estar presente, por motivo de força maior, esperando que vocês me compreendam e acreditem que estarei, espiritualmente, unida à família, para comemorarmos a justa homenagem prestda ao meu tio, uma da colunas de nossa cidade, personagem importante na formação da História de Paraibano. Reconheço, como dever de sobrinha que teve o privilégio de conhecer possialmente o homenageado, pretar um estetmunh sobre sua pessoa, ao tempo em que parabenizo a Gestora Municipal Sra. Maria aparecida Queiroz Furtado pela escolha do nome, expressdando, assim, um sentimento de respeito à memória daqueles que batalharam e cooperaram na construção do Município. Inicialmente, meus caros parentes, quero afirmar que a imagem que guardo de mei tio marcos é ade um homem sério e reservado, nos momentos certos, mas alegre, divertido, quando se reunia aos amigos e parentes. Em relação à minha pessoa, sempre tratou-me com afeto, recebendo-me em sua residencia quando ali ia brincar com asprimas, chamando-me carinhjosamente de minha sobrinha Lili. Marcos de Britto Lyra, o filho mais novo de Antonio de Britto Lira e de Joaquina Maria das Dores nasceu em Pernambuco, no dia 24 de março de 1908; chegou ao lugar ‘Paus da Terra’ em 1920, portanto um garoto de apenas 12 anos de idade, mudando-se para Jatobá em 1922 e, finalmente, para o lugar Brejo em 1923, onde, na companhia de seis pais e irmãos, fixou nresidencia na propriedade que a familia comprou do senhor José Fernandes de Sousa, cunhado do capitão Faustino José de Sousa, que morava próximo à gleba adquirida. Mesmo garoto, Marcos já demonstrava o seu amor ao trabalho, principalmente à agricultura. Casando-se com a jovem Canuta constituiu uma familia numerosa, sempre orientando os filhos para se entregarem ao trabalho para a conquista de uma vida modesta, porém honrada. Foi comerciante, proprietário de engenho para moagemj de cana-de-açúicar, no lugar Quatis, construiu casas, cujas alvenarias e telhas usadas na construçõao, ele e seus filhos as fabricaram. Entre todo o seu labor, observava-se que era para o sítio de frutas e para a roça que se devotava, diuturnamente. Nesse caminhar, partiu para o outro plano muito cedo, njo dia 15 de maio de 1952, com apenas 44 anos de3 idade, quando sofreu um enfarto fulminante, ao regressar de sua roça. Hoje, uma enorme descendencia carrega nas veias o seu sangue. Uma familia formada por cinco gerações: filhos, netos, disnetos, trinetos e tetranetos. Um grande homem, simples, modesto, mas um herói que acreditou na sua força e optou pela hinestidade. Lamenta-se não haver tido a felicidade de ver ‘o povoado Brejo dos Paraibanos’ elevado à categoria de cidade;

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DISCURSO DE ELISA DE BRITO NEVES DOS SANTOS, para ser lido por ocasião da inauguração da Praça Marcos de Brito Lyra, em Paraibano-Ma, a 04 de maio de 2016.


200 tampouco de haver testemunhado o coroamentop da grande luta capitaneada por seu irmão, Guilhermino de Brito Lira, no sentido de obter a emancipação politica do Municipio, que ela judou a construir. Faço minha as palavras do poeta Coelho Neto: “só os fracos, os impotentes, quedam na resignação; os enérgicos insurgem-se, lutam, dão combate à vida e vencem”. Finalizo a minha homenagem, abraçando os queridos parentes e transcrevendo um modesto poema de minha autoria, que fala das angústias e do arrojo do nordestino: VALENTE NORDESTINO Ouve, ó Deus, o clamor do Nordeste: Do seio lhe arrancam os filhos amados, P´ra longe se vão, p´ro Sul ou Dudeste, À luta renhida estão destinados. A chuva não veio, o milho não cresce, Rebanho morrendo, é grande a aflição, O orgulho e a honra dos fiulhos do magreste Provocam a partida de sua região. Chegando lá fora, a vida é malvada, Enfrentam perigos, p´ra sobreviver, Constroem edifícios e ricas moradas, O ganho é pequeno e grande o sofrer. Deixaram na terra familia querida, Voltar já não podem, não têm condição, Porém, se aparece uma esperança na vida, Se jogam, com garra, e vencem a questão. Inúmeros são eles, her´pis aclamados, Na política, no boxe, na música e no humor, No palco, cantores, bastante afinados, Já são consagrados até no exterior.


201 3.06. MARIA DE BRITO LIRA – Filho de Antonio de Brito Lira e Joaquina Maria das Dores casada com José Furtado de Brito (Zé Pequeno)72; 4.11. Zulmira; 73.e 4.39. Zildomar.

72

Filho de Quintino de Brito Lira, portanto, seu primo, e primo de João Furtado de Brito. Criada como filha de criação de seu irmão José de Brito Sobrinho (José de Brito Lira; Zé Paraibano) e sua mulher Eva Coelho de Sousa. 73


202 ANTONIO PARAIBANO casou-se em segundas núpcias com

MARIA DANTAS BRITO74 – Mariquinha -, com quem teve as seguintes filhas:

74

ANEXO 2 – CERTIDÃO DE CASAMENTO de Antonio de Britto Lira com dona Maria Dantas Ribeiro.


203

3.07. ROSELY BRITO AGOSTINO – Rosinha – (Paraibano: 26/11/1943) Filha de Antonio de Brito Lira e Maria Dantas Brito casada com Romulo Eustáquio Agostino. Filhos:

4.40. MARCELO ROMEO BRITO AGOSTINO (Imperatriz – 23/03/1972)

4.42. ALEXANDRE BRITO AGOSTINO (Imperatriz – 10/06/1973);Filhos:

5.73. Icaro Romolo Sousa Agostino (São Luis – 19/06/1994) 5.74. Romolo Alexandre Souza Agostino (São Luis - 17/02/2001)


204

4.43. CINTHYA BRITO AGOSTINO (Imperatriz – 17/09/1974)

ÍCARO ROMOLO SANTOS AGOSTINO É BISNETO DE ANTONIO PARAIBANO – NETO DE ROSELY Pela segunda vez esse ano apareçe em uma matéria no jornal o Estado sobre publicação científica:


205

3.08. DELZUITE DANTAS BRITO VAZ – Del - (Paraibano: 07/03/1948) Filha de Antonio de Brito Lira e Maria Dantas Ribeiro casada com Leopoldo Gil Dulcio Vaz (Curitiba-Pr, 23/07/1952).

4.44. LORETA BRITO VAZ - (São Luís: 26/06/1979); Filha de Delzuite Dantas Brito Vaz e Leopoldo Gil Dulcio Vaz Do casamento com casada com Marcelo Ideo Takayama,

5.75. Davi Gil Brito Vaz Takayana - (São Luís: 14/06/2002) Segunda núpcia com Carlos Maciel Junior

5.76. Pedro Lucas Brito Vaz Maciel - (Fortaleza: 14/04/2011)


206

4.45. LOUISE BRITO VAZ - (São Luís: 06/01/1981); Filha de Delzuite Dantas Brito Vaz e Leopoldo Gil Dulcio Vaz


207 O TEMPO NÃO

APAGOU75 LEO LASSAN76 http://paraibano-maranho-paraibanomanews.blogspot.com.br/2013/03/o-tempo-nao-apagou.html

FONTE: LASSAN, 2013, DISPONÍVL EM http://paraibano-maranho-paraibanomanews.blogspot.com.br/2013/03/o-tempo-nao-apagou.html

O livro “O Tempo Não Apagou” escrito pela procuradora de justiça do estado (aposentada) Dra. Eliza Brito Neves dos Santos, lançado em seis de janeiro de 2013, no sexagésimo aniversário de autonomia do município de Paraibano, além de ser uma importante contribuição para a cultura local é antes de tudo o resultado de anos de vivência (em memórias, impressos ou fotográficos) estudos e desafios em permeio às cobranças dos conterrâneos e quatro anos de pesquisas difíceis, dado que no município documentos acerca da própria história local é super reduzida além de confusa (ainda não existe um estudo profundo e científico que contemple todos os heróis que fizeram parte da origem do município, o que a autora deixa bem claro na introdução do livro, de não ser seu objetivo retratar fatos históricos), contudo é louvável o registro do livro que contribui como reconstrução do passado do município, além de ser um exemplo de civismo.

O livro é dividido em oito capítulos, 336 páginas e reúne a história da primeira família Brito Lira, que chegou ao povoado Paus de Terra em 1920 e em 1923 muda-se para o lugar Brejo do Faustino, aonde encontram o morador José Fernandes de Sousa e desse compram uma gleba de terra.

75

SANTOS, Eliza Brito Neves dos Santos. O Tempo Não Apagou. São Luis 2013. LASSAN, Léo. O tempo não apagou. In PARAIBANONEWS, quinta-feira, 7 de março de 2013, disponível em http://paraibano-maranhoparaibanomanews.blogspot.com.br/2013/03/o-tempo-nao-apagou.html; ver também: LASSAN, Léo. A MEMÓRIA VIVA DE PARAIBANO. PARAIBANONEWS, sábado, 30 de julho de 2011, DISPONÍVEL EM http://paraibano-maranhoparaibanomanews.blogspot.com.br/2011/07/memoria-viva-de-paraibano.html 76


208 A partir de então começa a saga da família Brito Lira na exploração das terras e na acolhida de retirantes, vindos principalmente da Paraíba, Ceará, Pernambuco (de onde vieram os primeiros familiares da autora) e Rio Grande do Norte. De 1923 até a década de 40 transformam aquele considerado um “brejo” (por ser um lugar úmido e de terras boas para agricultura) em um povoado “promissor” criando preocupações para os políticos da época radicados na comarca Pastos Bons (a qual Brejo dos Paraibanos pertencia) e da região, a exemplo de Joana Rocha Santos (Dona Nóca) de São João dos Patos, uma senhora vaidosa e determinada, considerada a primeira mulher a exercer um mandato de prefeita no Brasil, para esses mandantes “Os forasteiros demonstravam arrojo (Parte 1 pag.20)”.

A emancipação do povoado Brejo para o município Paraibano em 1952 foi recheado de polêmicas, intrigas, estratégias e maquiavelices políticas (que só adquirindo o livro você entrará na história). Como registros político existem dados da caminhada rumo ao desenvolvimento por meio de todos os prefeitos e suas principais ações nesses 60 anos do município. Os primeiros capítulos são referências à infância e adolescência de Eliza, que pela luta do avô (Antonio de Brito Lira) e o pai (Guilhermino de Brito Lira) na criação e emancipação do lugarejo, oportunizou a autora a conviver com os principais fatos do desenvolvimento do município.

Observa-se no livro que Eliza por ser filha única teve o zelo do pai (seu grande herói) e devido às circunstâncias políticas, os visitantes a mimavam com presentes raros, mas se engana quem pensa que isso a tornava uma bambina obstinada, pelo contrário, a sagacidade da menina “matuta” chamava a atenção pelos questionamentos de injustiças já naquela época, a ponto de seu pai em vez de se aborrecer com as perguntas pertinentes, orgulhava-se e vislumbrava na filha uma futura advogada (sonho que o pai não chegou a ver, falecendo três anos antes da formatura de Eliza. Aliás, há um capítulo emocionante sobre essa parte. Pags. 158/160).

A trajetória educacional da primeira mulher paraibanense a concluir um curso universitário (a própria autora) é relatada em mais de vinte três páginas do livro e serve como pano de fundo para anotações da história do município, a exemplo, o isolamento do município de outras cidades, as estradas, os transportes, a religião, a cultura, a primeira professora, os primeiros profissionais a trabalharem no povoado e o relacionamento de amizade com grandes personalidades que hoje são destaques em diversos setores no Brasil e até mesmo fora do País.


209 O livro vai além e brinda às famílias, registrando os nomes dos primeiros moradores indiferentes as suas posições sociais. A autora também destaca nomes de profissionais, filhos da terra que estão a contribuir atualmente pelas diversas paragens do Brasil. Eliza Brito revela as motivações que a levaram a escrever o livro e uma das principais foi a reflexão na qualidade de primeira paraibanense, a concluir um curso superior (1965) e movida pelo grande amor que sempre dedicou a sua terra natal: “Afinal a vida também passa, e as palavras viajam com o vento, daí a importância de registrá-las em papel o que ainda guarda na lembrança” escreve a autora na introdução do livro.

FONTE: LASSAN, 2013, DISPONÍVL EM http://paraibano-maranho-paraibanomanews.blogspot.com.br/2013/03/o-tempo-nao-apagou.html

O projeto teve início (ainda que imperceptível para Eliza) na adolescência, no hábito de colecionar fotografias, guardar correspondências e cópias de documentos, fazer anotações e conversar com pessoas, esse valioso arquivo inquieto no “balaio de relíquias” e as cobranças de professores e estudantes, aguça a autora a decidir em abril de 2008 (ano de sua aposentadoria) registrar para a história do município sua parcela de contribuição. Foram quatro anos de tarefa difícil e por vezes faltou coragem para tão grande desafio, como afirma a autora no livro. No início de 2013, o livro estava pronto e ansioso para beijar as mãos, fitar as pupilas e apaixonar o coração dos leitores, após 59 anos de emancipação de Paraibano. Há muito anos pela frente para ser desvendados outras informações sobre o município, provavelmente por isso a autora considera que esse livro é apenas o começo. Na penúltima página de “O Tempo Não Apagou”, Dra. Eliza Brito, escreve os caracteres com o sinal de reticências, e não com ponto final, para em seguida introduzir uma bendita poesia de sua autoria, sobre Paraibano.


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FONTE: LASSAN, 2013, DISPONÍVL EM http://paraibano-maranho-paraibanomanews.blogspot.com.br/2013/03/o-tempo-nao-apagou.html


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ICNOGRAFIA, DOCUMENTOS, ANEXOS


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213 ANEXO 1 – Certidão de Casamento de Antonio com Joaquina “Termo de casamento de Antonio de Britto Lira, e Dona Joaquina Maria das Dores, como abaixo declaram. Aos quatorze dias do mêz de desembro do ano de mil novecentos vinte e quatro, no lugar Brejo do termo de Pastos Bons em casa de residência do cidadão José de Brito Sobrinho


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ANEXO 2 - Certidão de Casamento de Antonio com Mariquinha77 77

Transcrito de fotocópia reconhecida pelo Tabelionato 2º. Oficio Joana Lima Sandes – escrivã, manuscrito.


216 “Termo de casamento de Antonio de Brito Lira com Maria Dantas Ribeiro. Aos quinze dias do mês de abril de mil novecentos quarenta e um, nesta cidade de Pastos Bons, termo e comarca de igual nome, Estado do Maranhão, às dez horas em casa de residência do Meritíssimo Juiz de Direito da Comarca Doutor José Neiva de Souza, a portas abertas, aí presentes o mesmo Juiz, comigo escrivão de casamentos abaixo nomeado e assinada as testemunhas abaixo nomeadas e assinadas, achando-se habilitados com os documentos exigidos nos números primeiro, segundo e quarto do artigo cento oitenta do Código Civil, receberam em seu matrimonio Antonio de Brito Lira e Maria Dantas Ribeiro, brasileiros, ele viúvo de Joaquina Maria da Conceição, falecida a nove de maio de mil novecentos trinta e oito no povoado Brejo deste terno, ela solteira. O Contratante com a idade de sessenta e oito anos, lavrador, pernambucano, residente no povoado Brejo deste termo, filho legitimo de Francisco de Brito Lira e de Ana Maria de Jesus, falecidos; a contratante com a idade de vinte e três anos, cearense, serviços domésticos, residente no mesmo povoado do Brejo, filha legitima de Joaquim José Ribeiro, de cinqüenta e dois anos de idade, residente também no lugar do Brejo e de Camila Dantas Ribeiro, falecida. Declaram que em virtude de ser o contratante maior de sessenta anos, o regimen de seu casamento é o de separação e que a contratante continuará usar o nome que atualmente tem. Em firmeza do que, eu Augusto Brahuna, escrivão de casamento, lavrei este termo que vai assinado pelo Juiz e pelos contratantes e a rogo, digo, contratantes e pelas testemunhas José Francisco Pereira, lavrador, Francisco Fernandes de Souza, lavrador, residentes no povoado Brejo, referido. José Neiva Souza (assinatura) Antonio de Britto Lira (assinatura) Maria Dantas Ribeiro (assinatura) José Francisco Pereira (assinatura) Francisco Fernandes Souza (assinatura) O Escrivão Augusto Brahuna (assinatura)”


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219 ANEXO 3 – CRIAÇÃO DO MUNICIPIO DE PARAIBANO - MARANHÃO


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PASTOS BONS


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CARDOSO, Clodoaldo. PASTOS BONS. Rio de Janeiro: IBGE, 1946


261 Clodoaldo Cardoso escreveu um magnífico livro para o Departamento Estadual de Estatística do Maranhão, da série Municípios Maranhense, sobre Pastos Bons. Alguma referencia sobre “Brejo”, “Brejo do Paraibano”. No início do século XVIII, quando a colonização do Maranhão ainda não tinha se afastado muito do litoral, mal se estendendo às Aldeias Altas (Caxias), que vaqueiros procedentes do vale do São Francisco e da serra de Ibiapaba, em Pernambuco, iniciaram o devastamento dos sertões maranhenses. Extasiados da imensidade verde dos campos gerais, os pioneiros, refeitos da monotonia das caatingas do nordeste sáfaro, deram à região o nome de “pastos bons”, e ai se fixaram. Em 1740, cerca de 120 fazendas de gado disseminadas por uma larga zona de exuberante pastagem constituíam ali outros tantos núcleos de colonização. Um dentre elas, com assento no cimo da estreita chapada que se abre numa das pontas NE da serra do Itapecurú, cresceu em povoação, a partir de 1744 e, em 1764 já com aspecto de vila, teve seu primeiro templo católico, construído de pedra e coberto de telha. Este antigo povoado é hoje a cidade de Pastos Bons. Dos últimos anos do século XVIII as duas primeiras décadas do século XIX foi Pastos Bons o ponto de partida das bandeiras que então se organizaram para a conquista das terras que permaneciam desconhecidas, na direção de oeste. Dessas expedições, a mandada aprestar pelo Capitão General Diogo de Sousa, por força da Carta regia de 12 de março de 1798, resultaram a descoberta do Rio Tocantins, em setembro de 1806 e a fundação das hoje cidades de Riachão, Grajaú e Carolina. Sebastião Berford a visita em 1809, quando de seu “Roteiro de viagem da cidade do Maranhão a Corte do Rio de Janeiro. Descreve-a como ‘miserável, que apenas conterá em si oito palhoças, e o quartel do destacamento”. Em 1815, Francisco de Paula Ribeiro – Viagem ao Rio Tocantins pelo sertão do Maranhão – diz ser um lugarejo com menos de 20 fogos (casas), sendo seus edifícios ridículas palhoças, a exceção da igreja matriz e do quartel do destacamento, únicas edificações feitas de pedra\ e cal e cobertas de telha. Em 1820, é elevada a categoria de vila pelo Alvará de 29 de janeiro. Contava o povoado 60 fogos com 480 almas (Cesar Marques, Dicionário Histórico e Geográfico). Em 1896, existiam 90 casas de telha e 100 de palha, distribuídas por cinco ruas, seis becos e duas praças, com 1600 habitantes (Ribeiro do Amaral, O Estado do Maranhão em 1896). Em 1940, havia na zona urbana e suburbana da cidade 375 casas, com 1745 habitantes. O numero de ruas subira a 14, o de becos e travessas a 16, e o d praças a cinco. Primitivamente, o distrito de Pastos Bons se estendia de leste a oeste, das margens do Parnaíba até as do Tocantins; ao norte até o Pindaré, e ao sul até a fronteira da própria capitania, ainda incerta. O espaço era ocupado pelos hoje (1946) municípios de Carolina (1831), Balsas, Riachão, Grajaú (1835), Barra do Corda, Porto Franco, Imperatriz, Passagem Franca (1838), Buriti Bravo, Colinas, São João dos Patos, Alto Parnaíba (1881), Benedito Leite (1819), Nova Iorque (1890), Mirador (1870) e Loreto (1873). •

Decreto-Lei 820, de 30 de dezembro de 1943 – Pastos Bons se constitui de um único distrito administrativo; entretanto para fins policiais, é dividido em quatro, sendo sedes a cidade e as povoações de São Joaquim, BREJO DO PARAIBANO, Roçado (p. 20)

Povoados – conta com os seguintes povoados (...). Há ainda os denominados... Brejo (p. 20).

Comunicação e transporte – a estrada que vai a S. João dos Patos (78 quilometros, 4 horas, de caminhão, estrada carroçável) passa pelos povoados Saquinho (a 24 km de distancia de Pastos Bons), daí para Brejo (4 km) e para Buriti (6 km); de Buriti a Patos, 42 km. A passagem custava CR$ 20,00. (p. 23).

Em 1º de setembro de 1940 existiam no território municipal 8.156 habitantes de 18 anos para cima, dos quais só 1.822 sabiam ler e escrever (p. 33).


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• Fonte: CARDOSO, Clodoaldo. MUNICIPIOS MARANHENSES – PASTOS BONS. Rio de Janeiro: Serviço gráfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 1947, p. 89


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O SOBRADO


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E a Casa de Pedra formam o primeiro conjunto arquitetônico da nossa cidade, construído por João Paraibano para dar início ao povoado de BREJO DOS PARAIBANOS (primeiro nome da nossa cidade), depois veio a construção da Igreja de São Sebastião em 1939, Escola João Paraibano em 1950 e a Igreja Matriz em 1962 e outras construções... Mais nem uma se comparava ao imponente e glorioso SOBRADO, que já serviu de residência, de escola, de Museu que guardava a história do nosso município sobrevivendo ao tempo, às chuvas, muito sol teve sua trajetória marcada por grandes acontecimentos; do nascimento de Paraibano até hoje quando chegam visitantes com suas máquinas digital nas mãos, a primeira fotografia tirada. http://nv0.panoramio.com:80/navigate.php?id=7172707


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SOBRADO DE PARAIBANO PASSA POR REFORMA E PERDE CARACTERÍSTICA. Leonardo Lasan https://www.paraibanonews.com/blog/2016/04/02/57642/?fbclid=IwAR1yyxdGWDatHzFeUFvd_QYlgNkywEwnq-_R_eG_XgM8IoqEjb3t_0n4zAE PROPRIETÁRIO DECIDIU FAZER REFORMA POR FALTA DE APOIO DO PODER. O desinteresse (demonstrado tanto pelo poder público como pelo privado) está descaracterizando o maior patrimônio histórico de Paraibano, o Sobrado. Por muito tempo o primeiro grande prédio da região vem sofrendo as intempéries da natureza, bem como dos humanos do município. A falta de respeito à cultura local em relação aos prédios ou casas antigas da cidade é tamanho que os monumentos da arquitetura local caem aos poucos e ficam abandonados. Só para citar alguns, as antigas usinas de beneficiamento de algodão, arroz e óleo de babaçu, a Escola Edson Lobão, a Lavandaria a CAEMA e tantos outros estão desmoronando ou não existem mais. O maior símbolo arquitetônico de Paraibano, construído no período fausto dos primeiros tempos, por volta de 1932 e concluído em 1936 para abrigar a família de João Paraibano (fundador da cidade) não tem mais a mesma imponência: “Naqueles rincões do Maranhão, morar em sobrado era luxo só permitido a poucos. Naquela época (década de 30) não tinha nenhuma residência tão fidalga na sede do município de Pastos Bons” afirma o advogado e professor de UFPI, Fonseca Neto em artigo publicado no Jornal Diário do Povo de Teresina-Piauí.


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Sobrado em foto de Leo Lasan no início do ano 2002

Sobrado anos depois começando a desmoronar. Foto:Leo Lasan


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Sobrado sendo reformado em 2015. Foto:Leo Lasan

Nicéias proprietário do Sobrado: Inciativa particular. foto:l.Lasan O Sobrado de Paraibano que já serviu além de residência para autoridades, biblioteca e museu, começou a cair em outubro de 2008 (na época esse jornalista denunciou o descaso na imprensa maranhense e a matéria foi


270 republicada em diversos sites do país) de lá para cá nenhuma ação concreta foi realizada, apesar dos esforços de paraibanenses que denunciaram a falta de preservação do prédio. O Sobrado teve diversos herdeiros e há alguns anos é propriedade do professor Nicéias Mendes, descendente dos fundadores do município. Há quase dez anos ameaçando cair, o Sobrado passa por reforma, iniciada em dezembro de 2015, pelo dono do prédio, mas infelizmente vai perder parte de suas características do estilo rococó: “Não encontrei nenhum pedreiro que conseguisse fazer os desenhos, os traços da arquitetura iguais ao original” disse Nicéias Mendes responsável pela reforma “Como não tenho dinheiro para contratar um especialista, nem tive ajuda das autoridades, o jeito foi fazer a reforma para não ver o sobrado cair” desabafou o proprietário do imóvel. Perguntado se havia procurado as autoridades, Nicéias Mendes afirmou: “Na administração do prefeito Sebastião Pitó (2009 a 2013) fiz uma proposta para que a prefeitura assumisse o sobrado como doação do patrimônio público, mas não houve acerto” na administração atual de Aparecida Furtado continuei com a ideia de doação, mas a prefeitura não mostrou interesse, então aos poucos vou tentando reformar, é uma pena que não fique igual, mas pelo menos a parte da frente não vou descaracterizar, vai ficar como a original” disse Nicéias Mendes. O Sobrado estava com a parte superior destruída e a parte de baixo com rachaduras profundas e provavelmente cairia com as chuvas de janeiro. A providência do dono do prédio foi positiva ou se perderia todo o prédio. Internamente o sobrado continua com estragos e o piso de madeira mesmo antigo ainda resiste. Os porões escuros servem de moradias de insetos, com a reforma, o ambiente poderá ter alguma utilidade. Aliás o sobrado poderia ser uma espécie de centro cultural caso o poder público, assim quisesse, mas pelo andar da carruagem dos prédios da cidade, está mais para cemitério do que para cultura. O Sobrado já foi vítima desse sentimento anticultura na administração do prefeito José Rodrigues dos Santos (Dr. Zequinha) de 1997 a 2001. Dois anos antes (1995) na administração da prefeita Maria Aparecida Queiroz, quando Dr. Zequinha era o seu vice, foi fundado o Museu de Paraibano, sob a coordenação da bibliotecária Deonice Furtado, que com uma equipe conseguiu um acervo da história e cultura do município. Na da inauguração do museu a convite da então secretária de educação Maria D’Aguia Neves, foi realizada a primeira exposição de artes plásticas do município, onde o jornalista e pintor Léo Lasan trouxe de Teresina-PI, mais de vinte quadros e material jornalístico ao qual doou ao Museu. Todo o acervo do museu não teve nenhum valor cultural nem sentimental para o prefeito Dr. Zequinha, que ao assumir a prefeitura acabou com o museu e jogou o acervo fora. Talvez seja esses um dos receios pelo qual o proprietário do sobrado, não doou o prédio para o Poder Público, sem um contrato de exploração para a cultura: “Tenho medo que o Sobrado no caso de uma doação ao Poder Municipal, não fosse utilizado para fins culturais” revelou Nicéias ao site. Mesmo descaracterizado o Sobrado continuará em pé para contar a história da cultura e da vida política daqueles que não se interessam pela maior riqueza de um povo: a sua cultura. Vão-se os políticos, resiste o Sobrado para o bem da nossa história. Para ver mais informações sobre o sobrado acesse o site http://paraibano-ma.blogspot.com.br/2008/04/uma-parte-da-historia-de-paraibano-pede.socorro

abaixo.


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CAPELA DE SÃO SEBASTIÃO


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CASA DE ZÉ PARAIBANO


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275 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS AGOSTINO, Rosely Brito, em intervenção em entrevista concedida por BRITO, João Furtado de. DEPOIMENTO. Entrevista concedida a VAZ, Delzuite Dantas Brito. HISTÓRIA DE PARAIBANO NA MEMÓRIA ORAL: da chegada de Antonio Paraibano a Brejo – município de Pastos Bons – à fundação da cidade de Paraibano. Monografia de Graduação em História. São Luís: UFMA, 1990. Orientador: João Renor Ferreira de Carvalho ALBERTI, Verena. HISTÓRIA ORAL – a experiência do CPDOC. Rio de Janeiro: FGV, 1990 ASSUNÇÃO, Mathias Rohrig. A GUERRA DOS BEM-TE-VIS: a Balaiada na memória oral. São Luis: Sioge, 1988 ASSUNÇÃO, Mathias Röhrig. DE CABLOCOS A BEM-TE-VIS: formação do campesinato numa sociedade escravista: Maranhão, 1800-1850. São Paulo: Annablume, 2015. BARBOSA, José Batista. DEPOIMENTOS. Depoimento prestado a Clodomir Lima Campos em Paraibano-Ma, no mês de novembro de 2015, a pedido dos autores. BRASIL, IBGE. ATLAS DO MARANHÃO. Rio de Janeiro: IBGE, 1984, p. XI-37 BRASIL. IBGE/2008 - Divisão Territorial do Brasil. Divisão Territorial do Brasil e Limites Territoriais. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (1 de julho de 2008). http://pt.wikipedia.org/wiki/Paraibano em 02/01/2009 BRITO, Eliomar Gonçalves de. Nossa história. Disponível em htpp:/bomjesus.pb.gov.br/fase1.html BRITO, João Furtado de. DEPOIMENTO. Entrevista concedida a VAZ, Delzuite Dantas Brito. HISTÓRIA DE PARAIBANO NA MEMÓRIA ORAL: da chegada de Antonio Paraibano a Brejo – município de Pastos Bons – à fundação da cidade de Paraibano. Monografia de Graduação em História. São Luís: UFMA, 1990. Orientador: João Renor Ferreira de Carvalho. BRITO, Mariana Cortez. DEPOIMENTO. Entrevista concedida a Leopoldo Gil Dulcio Vaz e Delzuite Dantas Brito Vaz, em 23 de janeiro de 2009. BUZAR, Benedito. VITORINISTAS & OPOSICIONISTAS (BIOGRAFIAS). São Luis: Lithograf, 2001. BUZAR, Benedito. Temístocles Teixeira – o dragão que virou Santo gurerreiro. Jornal O ESTADO DO MARANHÃO, São Luís, 29 de outubro de 1995, domingo, Caderno A, p. 3.). BUZAR, Benedito. Dez anos sem Clodomir Millet. Jornal O ESTADO DO MARANHÃO, São Luís, 16 de janeiro de 1998, sexta-feira, Opinião, p. 4. CAMPOS, Clodomir Lima. DEPOIMENTO. Entrevista concedida a VAZ, Delzuite Dantas Brito. HISTÓRIA DE PARAIBANO NA MEMÓRIA ORAL: da chegada de Antonio Paraibano a Brejo – município de Pastos Bons – à fundação da cidade de Paraibano. Monografia de Graduação em História. São Luís: UFMA, 1990. Orientador: João Renor Ferreira de Carvalho CANEDO, Eneida Vieira da Silva Ostria de. ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO AGRÁRIO MARANHENSE ATÉ OS ANOS 80 – a distribuição da terra e atividades agrícolas. 2ª. ED. 2008.São Luis: Interativa, 2008 CARDOSO, Ciro Flamarion. UMA INTROUÇÃO Á HISTORIA, 7ª. Ed. São Paulo: Brasiliense, 1988 CARDOSO, Clodoaldo. MUNICIPIOS MARANHENSES – PASTOS BONS. Rio de Janeiro: IBGE, 1947 CARDOSO, Manoel Frazão. Paraibano. In O MARANHÃO POR DENTRO. São Luís: Lithograf, 2001, p. 354356; CARVALHO, Valentim Florêncio. DEPOIMENTO. Entrevista concedida a VAZ, Delzuite Dantas Brito. HISTÓRIA DE PARAIBANO NA MEMÓRIA ORAL: da chegada de Antonio Paraibano a Brejo – município de Pastos Bons – à fundação da cidade de Paraibano. Monografia de Graduação em História. São Luís: UFMA, 1990. Orientador: João Renor Ferreira de Carvalho CORREA, Carlos Humberto P. HISTÓRIA ORAL – teoria e prática. Florianópolis: UFSC, 1978 FERNANDES, Ceres Costa – em O NARRADOR PLURAL NA OBRA DE JOSÉ SARAMAGO. 3 ED. São Luis: EDUFMA, 2015 FERREIRA, Márcia Milena Galdez. Pioneiros ou Flagelados? Experiências de Migrantes Nordestinos no Médio Mearim-MA (1930-1960) . Caminhos da História, Vassouras, v. 7, Edição Especial, p. 141-150, 2011, disponível em http://www.uss.br/pages/revistas/revistacaminhosdahistoria/v7EdicaoEsp2011/pdf/015__Pioneiros_ou_flagelados.pdf


276 LIRA, Deuselina Brito. DEPOIMENTO. Entrevista concedida a Leopoldo Gil Dulcio Vaz e Delzuite Dantas Brito Vaz, em 25 de janeiro de 2009. MOREIRA, Igor A. G. O ESPAÇO GEOGRÁFICO. 28ª. Ed. São Paulo: Ática, 1990. MOREIRA FILHO, Eliezer. HISTÓ RIAS QUE OS JORNAIS NÃO CONTAM. São Luís: Belas Artes; UniCEUMA, 2008. vol. 2 – Coleção Cartas às minhas filhas. O ESTADO DO MARANHÃO. Paraibano – 50 anos de emancipação política. São Luís, 03 de janeiro de 2003, sexta-feira. Geral, informe, p. 5. OLIVEIRA, Antonio Guimarães de. ALGODÃO: OURO BRANCO (Tempo e espaço). São Luis: Ed. Do Autor, 2007. PINHEIRO, Raimundo Nonato. A COLUNA PRESTES NO MARANHÃO. São Luis: UEMA/CECEM, 2005. Monografia de Especialização em Historia do Maranhão. PERES, Teodoro. A Promotoria de Paraibano à sua filha ilustre Elisa Brito. In TRIBUNA DO NORDESTE, São Luis, 18 de novembro de 2007, domingo, p. 5. Opinião. PNUD/2000 - Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil. Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) (2000). Produto Interno Bruto dos Municípios 2002-2005. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (19 de dezembro de 2007). http://pt.wikipedia.org/wiki/Paraibano em 02/01/2009 RIBEIRO, Sandra Maria. PERFIL ECONOMICO, POLITICO E CULTURAL DO MUNICIPIO DE PARAIBANO. São Luis: UFMA, 2002. Monografia apresentada a disciplina de Geografia do Maranhão do Curso de Geografia da UFMA para obtenção da terceira nota. (Miniografado). ROCHA, Décio Heider do Amaral. Alto Parnaíba. O ESTADO DO MARANHÃO, São Luís, segunda-feira, 05 de junho de 1989, p. 4, Opinião. SANCHES, Edmilson (Redator e Editor). ENCICLOPEDIA DE IMPERATRIZ: 150 ANOS: 1852-2002. Imperatriz: Instituto Imperatriz, 2003. SANTOS, Elisa Brito Neves dos. DEPOIMENTOS. Entrevista concedida a VAZ, Delzuite Dantas Brito. HISTÓRIA DE PARAIBANO NA MEMÓRIA ORAL: da chegada de Antonio Paraibano a Brejo – município de Pastos Bons – à fundação da cidade de Paraibano. Monografia de Graduação em História. São Luís: UFMA, 1990. Orientador: João Renor Ferreira de Carvalho. SILVA, VIRGÍNIA MIRTES DE ALCÂNTARA ;PATRÍCIO, MARIA DA CONCEIÇÃO MARCELINO;RIBEIRO, VICTOR HERBERT DE A.; MEDEIROS, RAIMUNDO MAINAR DE. O DESASTRE SECA NO NORDESTE BRASILEIRO. In Polêm!ca v. 12, n. 2 (2013). Disponível em http://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/polemica/article/view/6431 SANTOS, Eliza Brito Neves dos. A Feira de Paraibano. In O TEMPO NÃO APAGOU. São Luis, 2013, p. 22-31 SANTOS, Eliza Brito Neves dos. O TEMPO NÃO APAGOU. São Luis, 2013, p. 22-31 SOUZA, Henrique Arthur de. ENTRELAÇOS DE FAMÍLIA. Brasília: Valci, 2003. (História e Genealogia de Henrique de La Rocque Almeida). VAZ, Delzuite Dantas Brito. HISTÓRIA DE PARAIBANO NA MEMÓRIA ORAL: da chegada de Antonio Paraibano a Brejo – município de Pastos Bons – à fundação da cidade de Paraibano. Monografia de Graduação em História. São Luís: UFMA, 1990. Orientador: João Renor Ferreira de Carvalho. VAZ, Loreta Brito; VAZ, Louise Brito. Sobre Paraibano – Maranhão. O IMPARCIAL, São Luís, segunda-feira, 10 de abril de 2000, Caderno Opinião. VELOSO FILHO, José Ribamar. HISTÓRIA E VIDA DE PARAIBANO. Paraibano: Secretaria de Educação; São Luís: Secretaria Estadual de Educação, 1984; http://pt.wikipedia.org/wiki/Munic%C3%ADpio, acessado em 2/01/2009. http://pt.wikipedia.org/wiki/Paraibano, acessado em 02/01/2009 BIBLIOGRAFIA DE APOIO BUZAR, Benedito. A GREVE DE 51 – os trinta e quatro dias que abalaram São Luís. São Luis: Ed. Alcântara, 1983


277 BUZAR, Benedito. O VITORINISMO – lutas políticas no Maranhão –(1945 a 1965). São Luís: Lithograf, 1998. BUZAR, Benedito. OS 50 ANOS DA GREVE DE 51. São Luis: Lithograf, 2001 CABRAL, Maria do Socorro Coelho. CAMINHOS DO GADO – conquista e ocupação do Sul do Maranhão. São Luís: SIOGE, 1992; CARVALHO, Carlota. O SERTÃO – subsídios para a História e a Geografia do Brasil. Imperatriz: Ética, 2000; COELHO NETTO, Eloy. HISTÓRIA DO SUL DO MARANHÃO – terra, vida, homens e acontecimentos. Belo Horizonte: São Vicente, 1979; DINO, Sálvio. PARSONDAS DE CARVALHO – um novo olhar sobre o Sertão. Imperatriz: Ética, 2007; FRANKLIN, Adalberto; CARVALHO, João Renor F. de. FRANCISCO DE PAULA RIBEIRO – DESBRAVADOR DOS SERTÕES DE PASTOS BONS – a base geográfica e humana do Sul do Maranhão. Imperatriz: Ética, 2005; MONIZ BANDEIRA, Luiz Alberto. O FEUDO – A Casa da Torre de Garcia D´Ávila: da conquista dos sertões à independência do Brasil. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2000; http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Surubim&action=edit&section=1, acessado em 11/01/2009 http://pt.wikipedia.org/wiki/Taquaritinga_do_Norte, acessado em 10/01/2009.


278 SOBRE OS AUTORES

LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ é Licenciado em Educação Física, Mestre em Ciência da Informação, Professor de Educação Física aposentado do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão – IF-MA. Sócio efetivo do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão; Membro fundador da Academia Ludovicense de Letras. Natural de Curitba-Paraná. É casado com Delzuite; genro de Antonio Paraibano DELZUITE DANTAS BRITO VAZ é Licenciada (Curta) em Estudos Sociais; Licenciada (Plena) em História; Especialista em Metodologia de Ensino de História. Professora de História do CEM ‘Liceu Maranhense’. Natural de Paraibano-Maranhão. Filha de Antonio Brito Lira – o Paraibano. .

ELIZA BRITO NEVES DOS SANTOS é Bacharel em Ciências Jurídicas, tendo militado como Advogada em diversas Comarcas do Maranhão. Promotora de Justiça, passando pelas Promotorias de Paraibano, Alto Parnaíba, Passagem Franca, Balsas, Colinas, Caxias, e São Luís. Procuradora de Justiça, função em que se aposentou em 2008. Natural de ParaibanoMaranhão. Neta de Antonio de Brito Lira; filha de Guilhermino de Brito Lira e sua mulher Maria Pereira de Brito – Sinharinha. É sobrinha de Delzuite. É autora de “O tempo não apagou”, 2013, livro de memórias...


279 ESTA OBRA TEM A CHANCELA DA

Membro Fundador LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ Cadeira 21 – Patroneada por Fran Paxeco

Sócio Efetivo LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ Cadeira 40 – Patroneada por Dunshee de Abranches

Sócio efetivo LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ Cadeira 92 – Patroneada por Elza Paxeco Machado


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ROBRE OS AUTORES

1min
page 278

BERNARDINO DE BRITO LIRA

21min
pages 155-181

MARIA DE BRITO LIRA

1min
pages 201-202

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

6min
pages 275-277

GUILHERMINO DE BRITO LIRA

1min
pages 183-186

O TEMPO NÃO APAGOU

5min
pages 207-211

JOSÉ DE BRITO SOBRINHO

1min
page 182

JOSÉ SARNEY

5min
pages 149-150

JACUNDÁ

1min
page 148

A COLUNA PRESTES E O CAVALO MARCHADOR DE SEO SALES

2min
pages 146-147

PASSAGEM DA COLUNA PRESTES POR PARAIBANO

6min
pages 143-145

SUCUPIRA DO NORTE

2min
pages 141-142

ANNA CLARA FJELHEIN

1min
pages 136-138

HIAGO DESSAIENE SOUSA GODINHO

2min
pages 134-135

JOSÉ BATISTA

2min
page 133

LEONARDO ANASTÁCIO SANTANA

1min
page 115

RAFAEL DE SOUSA E GABRIEL BARBOSA

3min
pages 124-126

JOSÉ ORLEANS COSTA

14min
pages 116-121

BRUNO DE SOUSA NOLETO

3min
pages 127-128

JOSÉ RIBAMAR NOELTO DE SANTANA

1min
pages 129-130

ODON FRANCISICO DE CARVALHO

1min
page 131

THAYNÁ COELGO DEE SANTANA

1min
pages 122-123

LOURDINHA

1min
page 132

JOSÉ ANCHIETA

1min
page 114

GONÇALO MOREIRA LIMA

4min
pages 111-113

OS “COELHO DE SOUSA”

1min
page 108

OS “DIAS CARNEIRO”

3min
pages 109-110

OS “FAUSTINOS”

2min
pages 104-107

PADRE CONSTANTINO

3min
pages 101-102

JOANA DA ROCHA SANTOS – D. NOCA

1min
pages 93-94

FRANCISCO GOMES RIBEIRO – CHICO SIEBRA

2min
pages 95-100

JOÃO BRITO LIRA – JOÃO PARAIBANO

27min
pages 66-90

OS “DINIZ BARROS”

1min
pages 59-60

QUINTINO DE BRITO LIRA

1min
pages 57-58

JOSEFA DE BRITO SOUSA

14min
pages 45-56

JOÃO FURTADO DE BRITO

10min
pages 35-39

OS “FURTADO DE BRITO

9min
pages 19-24

JOSÉ DE BRITO LIRA

1min
page 15

Apresentação

1min
pages 3-4

Sumário

1min
pages 5-6

JOÃO DE BRITO IRMÕ – ZUZA BRITO

6min
pages 30-34

FRANCISCO DE BRITO LIRA - ANA MARIA DA CONCEIÇÃO

1min
pages 13-14
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