MARANHA-Y 11 - EDIÇÃO ESPECIAL JANEIRO 2024

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MARANHAY “ÁGUAS REVOLTAS QUE CORREM CONTRA A CORRENTE”

REVISTA DE HISTÓRIA(S) DO MARANHÃO EDIÇÃO ESPECIAL

SACRAMENTANDO A ELITE INTELECTUAL MARANHENSE: RECORTES DO DICIONÁRIO BIBLIOGRÁFICO BRASILEIRO, DE SACRAMENTO BLAKE

LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ - EDITOR – Prefixo 917536

NÚMERO 11 – JANEIRO – 2024 – EDIÇÃO ESPECIAL MIGANVILLE – MARANHA-Y


A presente obra está sendo publicada sob a forma de coletânea de textos fornecidos voluntariamente por seus autores, com as devidas revisões de forma e conteúdo. Estas colaborações são de exclusiva responsabilidade dos autores sem compensação financeira, mas mantendo seus direitos autorais, segundo a legislação em vigor. EXPEDIENTE MARANHA-Y REVISTA DE HISTÓRIAS DO MARANHÃO Revista eletrônica EDITOR Leopoldo Gil Dulcio Vaz Prefixo Editorial 917536 vazleopoldo@hotmail.com Rua Titânia, 88 – Recanto de Vinhais 65070-580 – São Luís – Maranhão (98) 3236-2076 98 9 82067923 CHANCELA

LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ

Nasceu em Curitiba-Pr. Licenciado em Educação Física (EEFDPR, 1975), Especialista em Metodologia do Ensino (Convênio UFPR/UFMA/FEI, 1978), Especialista em Lazer e Recreação (UFMA, 1986), Mestre em Ciência da Informação (UFMG, 1993). Professor de Educação Física do IF-MA (1979/2008, aposentado); Titular da FEI (1977/1979); Titular da FESM/UEMA (1979/89; Substituto 2012/13), Convidado, da UFMA (Curso de Turismo). Exerceu várias funções no IFMA, desde coordenador de área até Pró-Reitor de Ensino; e Pró-Reitor de Pesquisa e Extensão; Pesquisador Associado do Atlas do Esporte no Brasil; Diretor da ONG CEV; tem 16 livros e capítulos de livros publicados, e mais de 430 artigos em revistas dedicadas (Brasil e exterior), e em jornais; Sócio efetivo do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão; Membro Fundador da Academia Ludovicense de Letras; Membro da Academia Poética Brasileira; Sócio correspondente da UBE-RJ; Premio “Antonio Lopes de Pesquisa Histórica”, do Concurso Cidade de São Luís (1995); a Comenda Gonçalves Dias, do IHGM (2012); Prêmio da International Writers e Artists Association (USA) pelo livro “Mil Poemas para Gonçalves Dias” (2015); Prêmio Zora Seljan pelo livro “Sobre Maria Firmina dos Reis” – Biografia, (2016), da União Brasileira de Escritores – RJ; Diploma de Honra ao Mérito, por serviços prestados à Educação Física e Esportes do Maranhão, concedido pelo CREF/21-MA (2020); Foi editor das seguintes revista: “Nova Atenas, de Educação Tecnológica”, do IF-MA, eletrônica; Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão, edições 29 a 43, versão eletrônica; Editor da “ALL em Revista”, eletrônica, da Academia Ludovicense de Letras; Editor da Revista do Léo, a que esta substitui (2017-2019), hoje MARANHAY – Revista Lazeirenta, já voltando ao antigo título de “Revista do Léo”; Condutor da Tocha Olímpica – Olimpíada Rio 2016, na cidade de São Luis-Ma.


UM PAPO

LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ Editor

SACRAMENTANDO A ELITE INTELECTUAL MARANHENSE: RECORTES DO DICIONÁRIO BIBLIOGRÁFICO BRASILEIRO, DE SACRAMENTO BLAKE

LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ

Uma coisa leva à outra: apareceu a possibilidade de encontrar uma foto de Maria Firmina dos Reis; fui buscar onde presumivelmente teria sido publicada. Não encontrei nada... daí, veio a ideia de se verificar nos demais jornais publicados no período de sua vida, e não se achou nada... já que começara a buscar, comecei a registrar o que encontrava... e fui além: retrocedi ao primeiro jornal publicado e fui até o último disponível no Acervo Digital da Biblioteca Benedito Leite. Foram 15 inserções na Revista da Academia Ludovicense de Letras, como número especial, anexo ao volume 10.4, correspondente ao período de outubro a dezembro de 2023. Pouco mais de 6.600 (seis mil e seiscentos) poema encontrados e devidamente recortados dos jornais. E não foi tudo, haja vista que inúmeras edições não se conseguem ler, devido à precariedade dos jornais, outros, não se consegue ter acesso, pois apresentam erros, e em outros, não há poesia publicada. Agora, resta a identificação – biografia – dos seus autores; alguns, já consagrados, outros, desconhecidos; muitos não se conseguirá saber quem os escreveu, pois assinaram com pseudônimos, outros apenas com as iniciais... Começando a busca, e já que a maioria fora escrita e publicada a partir de 1821, procurei as biografias em Sacramento Blake. Augusto Victorino Alves Sacramento Blake (Salvador, 2 de novembro de 1827 — Rio de Janeiro, 24 de março de 1903). Foi poeta, biógrafo e historiador. Estimulado por D. Pedro II e Rui Barbosa, escreveu seu famoso dicionário, contendo, em sete volumes, a biografia de centenas de brasileiros da época: Dicionário Bibliográfico Brasileiro (7 Volumes, publicados no período 1883 — 1902), foi uma obra que tinha como proposta reunir tudo que foi publicado nas letras brasileiras até aquele momento. Contou com informações biográficas sobre autores e suas obras e teve sete volumes publicados ao longo de 19 anos. (A Dicionarização da Brasilidade: Dicionário Bibliográfico Brasileiro – A Biblioteca Brasileira de Sacramento Blake. (1883-1902) | Centro de Humanidades Digitais (unicamp.br))

DICCIONARIO BIBLIOGRAPHICO BRAZILEIRO - Considerada a melhor bibliografia de autores brasileiros do período colonial até o século XIX. Apresenta a biografia de cada autor e as obras por ele produzidas. A introdução narra os primórdios da tipografia no Brasil e o nascedouro das primeiras sociedades literárias no país. A obra tornou-se famosa e muito respeitada. Recebeu crítica quanto a ordem de entrada dos autores pelo prenome, costume de época. O autor colaborou em O Ateneu, O Mosaico, Anais Brasileiros de Medicina e Revista do IHGB.


Blake, Augusto Victorino Alves Sacramento, 1827-1903 : Publicador : Typographia Nacional, 1883-1902 Local de publicação : Rio de Janeiro Data de publicação : 1883 Descrição física : 7 v. ; 23 cm. Conteúdo : v. 1. A-B -- v. 2. C-F -- v. 3. F-J -- v. 4. J -- v. 5. J-L -- v. 6. M-P -- v. 7. P-Z. http://www2.senado.leg.br/bdsf/handle/id/221681 Notas: Publicado de 1883 a 1902. Índice publicado em 1937, de autoria de Jango Fisher, também raro. Dois outros índices conhecidos são de autoria de Octavio Torres, 1949, e Alexandre Eulálio, [195-?], respectivamente. Todos os volumes possuem apêndice. Moraes, Rubens Borba de. O bibliófilo aprendiz. 3. ed. Brasília: Briquet de Lemos, 1998. p. 120-121. Vamos, pois, aos maranhenses, e alguns que tiveram sua vida intelectual ligada ao Maranhão:


Detalhes do registo - Arquivo da Universidade de Coimbra - Archeevo (uc.pt) ALEXANDRE THEÓPHILO DE CARVALHO LEAL: o matemático amigo de Gonçalves Dias – Alan Ramalho (wordpress.com) Alexandre Leal nasceu em São Luís, Maranhão, talvez em 1822 ou 1823. Era filho de Ricardo Henriques Leal e D. Inez Raimunda de Carvalho, e neto do coronel Antônio Henriques Leal e Anna Rosa de Carvalho. Casou-se com D. Maria Luiza Leal Valle, com quem teve pelo menos dois filhos: D. Lourença Theophila Valle Leal e Dr. Domingos Teófilo de Carvalho Leal, que exerceu importante papel na passagem do Império para República no Amazonas. No Maranhão, Alexandre Leal ficou conhecido por várias funções: professor de matemática, pedagogo, economista e político. Formou-se em Ciências Matemáticas pela Universidade de Coimbra, tornando-se bacharel. Também foi bacharel em Ciências Sociais e Jurídicas. Alexandre Leal foi o eterno confidente de Gonçalves Dias. Quando este esteve no exílio, dedicou-lhe seu livro de poesias “Últimos Cantos”, publicado em 1851. Quando o pai do poeta faleceu e a madrasta não teve como mantê-lo em Portugal, foram Alexandre Leal, João Duarte Lisboa Serra, Joaquim Pereira Lapa e José Hermenegildo Xavier de Morais que custearam as suas despesas. Gonçalves Dias também trocava cartas e confidências com o amigo, sobre a vida e seus amores, e principalmente sobre a paixão que tinha pela prima de Alexandre Leal, Ana Amélia Ferreira do Vale. Em 1845, esteve como sócio da Sociedade Philomática Maranhense, onde se ocupava das discussões sobre a ciência, as artes e as letras. Em 1846, presidiu a Associação Literária Maranhense, fundada por alguns estudantes do Liceu Maranhense no ano de 1844, à qual também pertenceram o professor Ayres de Vasconcellos Cardoso Homem, o biógrafo Henriques Leal, o pesquisador Antônio Rego, o historiador Luís Antônio Vieira da Silva, o crítico Frederico José Corrêa e o educador Pedro Nunes Leal.


Em 10 de junho de 1847, Alexandre Leal entrou em exercício como inspetor do Tesouro Público Provincial, ao substituir Paulo Nunes Cascaes. Essa notícia saiu inclusive no jornal “Diário de Pernambuco” de 14 de julho do mesmo ano. Também em 1847, começou a circular o jornal “Progresso”, do qual ele era dono, além de redator, juntamente com Fabio Alexandrino de Carvalho e Antônio Rego. Em 1849, fez parte da comissão que tratava da obrigatoriedade escolar e que organizou um plano de reforma para a instrução pública maranhense, composta ainda por Francisco de Mello Coutinho de Vilhena, Francisco Sotero dos Reis e João Francisco Lisboa. Nesse mesmo ano, o jornal “A Epocha” também noticiou que ele foi candidato a deputado pelo Colégio de Caxias. E ainda, é criada a Revista Universal Maranhense, que em seu primeiro volume traz Alexandre leal como como colaborador. A carreira no magistério ficou a cargo de seus trabalhos desenvolvidos principalmente no Liceu Maranhense, onde além de professor de matemática, especialmente de geometria, participou de várias bancas de exames e ocupou o cargo como o terceiro diretor da instituição. Quando Pedro Nunes Leal cria o Instituto de Humanidades em 1857, estabelecimento de ensino privado frequentado pela elite ludovicense, Alexandre Leal esteve dentre os professores juntamente com Trajano Galvão de Carvalho, Antônio Henriques Leal, Gentil Homem de Braga, Joaquim da Costa Barradas e Francisco Sotero dos Reis. Nessa instituição fez parte da Comissão Diretora que procurou estabelecer as diretrizes para admitir os educandos, além de organizar o seu funcionamento, requisitar junto ao governo os recursos humanos e financeiros, adquirir equipamentos e máquinas e comprar e preparar o terreno. Assim, organizou os saberes e práticas necessários às aulas de primeiras letras dos meninos, que contavam com conhecimentos específicos de geometria, além de topografia, mecânica, desenho aplicado às artes, e outros. Em 1859, Alexandre Leal esteve envolvido na criação da Escola Agrícola do Cutim, em São Luís. Vale ressaltar que ele era proprietário de vários engenhos no Alto-Mearim, trabalhando em prol do desenvolvimento da agricultura no Maranhão. Ainda como professor de matemática, oferecia aulas particulares em sua residência. As aulas eram noticiadas em jornais locais, como também o seu “Curso Elementar de Geometria”. Alexandre Theóphilo de Carvalho Leal faleceu em março de 1879. Entre suas contribuições para o ensino de matemática deixou um livro publicado: “Arithmetica”, de data não identificada, mas que além de circular no Maranhão entre os livros de origem principalmente francesa e portuguesa, foi adotado no estado do Amazonas, no período oitocentista.



Aluísio Azevedo – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org) Aluísio Tancredo Gonçalves de Azevedo (São Luís, 14 de abril de 1857 – Buenos Aires, 21 de janeiro de 1913) foi um romancista, contista, cronista, diplomata, caricaturista e jornalista brasileiro; além de desenhista e pintor. Filho do vice-cônsul português David Gonçalves de Azevedo, que, ainda jovem, enviuvara-se em boda anterior, e de Emília Amália Pinto de Magalhães,[1] separada de um rico comerciante português, Antônio Joaquim Branco, assiste Aluísio, em garoto, ao desabono da sociedade maranhense a essa união dos pais contraída sem segundas núpcias, algo que se configurava grande escândalo à época. Foi Aluísio, irmão mais novo do dramaturgo e jornalista Artur Azevedo, com o qual, em parceria, viria a esboçar peças teatrais. Ainda em pequeno revela pendores para o desenho e para a pintura, dom que mais tarde lhe auxiliaria na produção literária. Concluindo os preparatórios em São Luís do Maranhão, transfere-se em 1876 para o Rio de Janeiro, onde prossegue estudos na Academia Imperial de Belas-Artes, obtendo, a título de subsistência imediata, ofício de colaborador caricaturista de jornais como O Fígaro, O Mequetrefe, Zig-Zag e A Semana Ilustrada.[1] Com o falecimento do pai em 1878 volta ao Maranhão para sustentar a família.[1] Ali, instigado por dificuldades financeiras, abandona momentaneamente os desenhos[1] e dá início à atividade literária, publicando Uma Lágrima de Mulher no ano seguinte (1879). Em 1881, em período de crescente efervescência abolicionista, publica o romance O Mulato, obra que deixa a sociedade escandalizada pelo modo cru com que desnuda a questão racial e inaugura o Naturalismo na literatura brasileira.[1] Nela, o autor já demonstra ser abolicionista convicto.[1] Diante da reação hostil da província, obtendo sucesso com a obra na Corte, onde era considerada como exemplo da escola naturalista, volta à capital imperial e aí, incessantemente, produz romances, contos, crônicas e peças de teatro.[1] Sua obra é tida na conta de irregular por diversos críticos, uma vez que a produção oscila entre o romantismo de tons melodramáticos, de cunho comercial para o grande público, e o naturalismo já em obras mais elaboradas, deixando a marca de precursor do movimento. Diplomata

Aluízio de Azevedo


Feito diplomata em 1895 deixa definitivamente da pena, indo servir na Espanha, Inglaterra, Itália, Japão (do qual fez apontamentos antevidentes e singulares), Paraguai e Argentina.[1] Em 1910, feito já cônsul de primeira classe, volta a instalar-se em Buenos Aires, onde convive com Pastora Luquez, de quem adotou os dois filhos.[1] Passados quase três anos, vem a falecer, já como fundador da cadeira nº 04 da Academia Brasileira de Letras.[1] Em 1918, por iniciativa de Coelho Neto, teve seus restos mortais transladados de Buenos Aires para São Luís, onde repousam definitivamente.[1] Contribuições É autor de vários romances de estética naturalista: "O mulato" (1881), "Casa de pensão" (1884), "O cortiço" (1890) e outros. Tendo por influência escritores naturalistas europeus, dentre eles Émile Zola, por tal ótica capta a mediocridade rotineira, a vida dos sestros, os preconceitos e mesmo taras individuais, opção contrária à dos românticos precedentes. Fazem-se veementemente presentes em sua obra certos traços fundamentais do Naturalismo, quais sejam a influência do meio social e da hereditariedade na formação dos indivíduos, também o fatalismo. Em Aluísio "a natureza humana afigura-se-lhe uma certa selvageria onde os fortes comem os fracos", afirma o crítico Alfredo Bosi. Segundo Valentin (2013), O cortiço é um dos primeiros romances brasileiros no qual a homossexualidade foi representada.[2] Obras Aos Vinte Anos, conto Uma Lágrima de Mulher, romance (1880) O Mulato, romance (1881) Mistério da Tijuca ou Girândola de Amores, romance (1882) Memórias de um Condenado ou A Condessa Vésper, romance (1882) Casa de Pensão, romance (1884) Filomena Borges, romance (1884) O Homem, romance (1887) O Cortiço, romance (1890), Editora moderna, São Paulo, 1991, ISBN 85-16-00149-0 O Coruja, romance (1890) A Mortalha de Alzira, romance (1894) Demônios, contos (1895) O Livro de uma Sogra, romance (1895) O Japão, publicado, a partir de manuscritos encontrados na Academia Brasileira de Letras (1894) O Touro Negro, crônicas e epistolário Os Doidos, peça Casa de Orates, peça Flor de Lis, peça Em Flagrante, peça Caboclo, peça Um Caso de Adultério, peça Venenos que Curam, peça República, peça Academia Brasileira de Letras Aluísio Azevedo foi um dos fundadores do Silogeu Brasileiro, onde ocupou a cadeira 4, que tem por patrono Basílio da Gama. Referências ↑ Ir para:a b c d e f g h i j k «Biografia de Aluísio Azevedo». Patrimônio da Humanidade, São Luís do Maranhão. Consultado em 23 de janeiro de 2013 ↑ Valentin, Leandro Henrique Aparecido (12 de março de 2014). «Representações da homossexualidade nos romances O Ateneu, de Raul Pompéia, e O cortiço, de Aluísio Azevedo». Rascunhos Culturais. Consultado em 14 de abril de 2023 Bibliografia COUTINHO, Afrânio; SOUSA, J. Galante de. Enciclopédia de literatura brasileira. São Paulo: Global. BROCA, Brito. Vida Literária Brasil—1900. São Paulo: José Olímpio, 2005, 4ª ed. PONTUAL, Roberto. Dicionário das artes plásticas no Brasil. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1969.






Antônio de Almeida e Oliveira – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org) Antônio de Almeida e Oliveira (Codó, 1843 — Rio de Janeiro, 27 de outubro de 1887) foi um político brasileiro. Bacharel pela Faculdade de Direito do Recife em 1866. Foi promotor público em Guimarães em 1867, com banca de advogado em São Luís. Foi presidente da província de Santa Catarina, nomeado por carta imperial de 15 de março de 1879.[1] Presidiu a província de 18 de abril de 1879 a 10 de maio de 1880, passando o cargo ao vice-presidente Manuel Pinto de Lemos, que completou o mandato em 7 de julho de 1880.[1] Foi deputado geral pelo Maranhão em 1882, reelegendo-se para a legislatura seguinte, dissolvida em 1885. Foi Ministro da Marinha, de 24 de maio de 1883 a 6 de junho de 1884 (ver Gabinete Lafayette). Referências ↑ Ir para:a b Galvão, Miguel Archanjo (1894). Relação dos cidadãos que tomaram parte no governo do Brazil no periodo de março de 1808 a 15 de novembre de 1889. Rio de Janeiro: Imprensa nacional. p. 137 Ligações externas Fala com que o exmo. sr. dr. Antônio de Almeida e Oliveira abriu a sessão extraordinária da Assembléia Legislativa Provincial de Santa Catarina em 2 de janeiro de 1880. Disponibilizado pelo Center for Research Libraries. Relatório do sr. presidente da província de Santa Catarina o sr. dr. Antônio de Almeida e Oliveira na sessão ordinária em 2 de fevereiro de 1880. Disponibilizado pelo Center for Research Libraries. Relatório com que ao exmo. sr. coronel Manuel Pinto de Lemos, 1º vice-presidente, passou a administração da província o exmo. sr. dr. Antônio de Almeida e Oliveira em 10 de maio de 1880. Disponibilizado pelo Center for Research Libraries. Almeida Oliveira – Academia Maranhense de Letras Antônio de Almeida Oliveira nasceu em Codó, a 17 de outubro de 1843, e faleceu a 27 de outubro de 1887. Publicista e pedagogista; jurisconsulto e parlamentar. Bacharel em direito pela Faculdade de Recife, cedo trocou o magistério público pela advocacia, abraçando por fim a política. Deputado Geral pelo Maranhão, presidente de Santa Catarina e Ministro da Marinha; foi sócio do Ateneu Maranhense e era oficial da Ordem da Rosa. Fundou, com Enes de Sousa, a Biblioteca Popular e, com João Coqueiro e Mendes Pereira, a Escola Onze de Agosto.



Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin: Compendio da grammatica portugueza, para uso das Escolas de Primeiras Letras, ordenado segundo a doutrina dos melhores grammaticos e offerecido ao Ilmo. e Exmo. Snr. Candido Jozé de Araujo Vianna, Presidente da Provincia do Maranhão, Deputado nas Côrtes Legislativas, Cavalleiro da Ordem de Christo, e Desembargador da Relação de Pernambuco, pelo Padre Antonio da Costa Duarte (usp.br) 9527-Texto do artigo-36121-39137-10-20160727.pdf Observando o “Diccionario Bibliographico Brazileiro” de Sacramento Blake, temos a bibliografia e uma breve biografia dos autores. As bibliografias, mais informativas, nos permitem ter notícia do tipo de publicação que era realizada por eles. Costa Duarte, que sabemos ter nascido no final do século XIX no Maranhão sem, porém, saber a data de sua morte, escreveu, segundo Blake, um compêndio de gramática, do qual Blake menciona duas edições (1883: 144-145). A primeira é denominada Compendio de grammatica portugueza para uzo das escolas de primeiras lettras, ordenado, segundo as doutrinas dos melhores grammaticos, o qual, publicado em 1829, era oferecido a “Candido José de Araujo Vianna, então presidente da provincia do Maranhão, deputado nas cortes legislativas, cavaleiro da ordem de cristo e desembargador da relação de Pernambuco”. Esta gramática teria uma segunda edição em 1840, a qual é também mencionada por Blake, com novo título e já acrescentada, ela se chamava Compendio da grammatica philosophica da lingua portugueza, o qual teria sido escolhido pela congregação do lyceu do Maranhão para uso do mesmo lyceu. Nota-se, portanto, que esta segunda edição alcançou certo prestígio. Blake (1883) menciona apenas as duas edições supracitadas, mas temos conhecimento de outras três, a terceira de 1853, que mantém o título da anterior, a quarta edição, de 1859, acrescenta que agora além de ser selecionada para uso do Lyceu do Maranhão, ela também seria usada pelas escolas de primeiras letras da província. Não temos notícia do ano da quinta edição, mas tivemos contato com a sexta, publicada em 1877, que manteve o título da quarta. A partir dos subtítulos das edições publicadas entre 1840 e 1877, pode-se inferir que a gramática de Costa Duarte alcançou um prestígio considerável, o qual durou um período aproximado de quatro décadas na província do Maranhão4 .



SOUSA, Antônio Ennes de *dep. fed. MA 1891; pres. SNA 1897. Antônio Ennes de Sousa nasceu em São Luís do Maranhão no dia 6 de maio de 1848, filho de Sebastião José de Sousa e de Maria A. Ennes de Sousa. Em 1867 mudou-se para a Europa, onde estudou na Universidade da Sorbonne, em Paris. Retornou ao Maranhão e atuou no comércio do estado até 1873. Regressou então à Europa e formou-se na Universidade de Zurique, na Suíça. Depois, ingressou na Academia Real de Minas de Freiberg, na Saxônia, onde conseguiu o diploma de engenheiro de minas. De volta ao Brasil, tornou-se professor da Escola Politécnica do Rio de Janeiro. Ingressou na política depois da proclamação da República, quando foi eleito, em 1891, deputado federal pelo Maranhão. Tomou posse em maio e renunciou pouco tempo depois para tornar-se diretor da Casa da Moeda do Brasil. Foi um dos fundadores e o primeiro presidente, em 1897, da Sociedade Nacional de Agricultura. Foi também membro da Academia Brasileira de Ciências, da Sociedade de Ciências Naturais de Zurique, na Suíça, e da Sociedade de Química de Berlim, na Alemanha. Faleceu no Rio de Janeiro em 1920. Publicou vários livros: Conferências públicas (1870), Discurso sobre a organização da biblioteca popular do Maranhão (1871), Relatório da exposição maranhense de 1871 e 1872, Dissertação sobre os amálgamas (1876), Dissertação sobre a mineração e metalurgia de ouro (1878), O trabalho e a vida subterrânea (1880), Estudos sobre a carta geológica e mineralógica do Brasil (1880), Estudo completo sobre os trabalhos de desmonte (1881), Os metais: ciência vulgarizada (1881), Portos do Brasil, especialmente os do Maranhão e do Ceará (1881), Estudo físico e químico sobre o meteorito caído em 1880 no Itapicuru-mirim, Maranhão, que se acha no Museu Nacional (1881), Estudo químico e industrial sobre o carvão de pedra da Chapada, província do Maranhão (1881), O carvão de pedra de Chapada, no Maranhão, Terrenos auríferos de Cantagalo, Memória sobre os terrenos do Rio de Janeiro, Natureza – Poemas, Memorial sobre a mineralogia no Museu Nacional, A mineração e a metalurgia de ferro (estudo sobre a fábrica de Ipanema). Raimundo Helio Lopes FONTES: ABRANCHES, J. Governos; BLAKE, A. Diccionário; Grande encic. Delta Larousse; MARQUES, C. Dicionário. Antônio Ennes de Sousa (1848-1920) nasceu em São Luís do Maranhão. Estudou na Universidade da Sorbonne, em Paris, formouse na Universidade de Zurique, na Suíça, ingressou na Academia Real de Minas de Freiberg, na Saxônia. Foi professor da Escola Politécnica do Rio de Janeiro, deputado federal pelo Maranhão, diretor da Casa da Moeda do Brasil, um dos fundadores e o primeiro presidente da Sociedade Nacional de Agricultura e membro da Academia Brasileira de Ciências, da Sociedade de Ciências Naturais de Zurique, na Suíça, e da Sociedade de Química de Berlim, na Alemanha.






Gonçalves Dias – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org) Antônio Gonçalves Dias (Aldeias Altas, 10 de agosto de 1823 – Guimarães, 3 de novembro de 1864) foi um poeta, advogado, jornalista, etnógrafo e teatrólogo brasileiro.[2] Um grande expoente do romantismo brasileiro e da tradição literária conhecida como "indianismo", é famoso por ter escrito o poema "Canção do Exílio", o curto poema épico I-Juca-Pirama e muitos outros poemas nacionalistas e patrióticos, além de seu segundo mais conhecido poema chamado: Canções de Exílio que viriam a dar-lhe o título de poeta nacional do Brasil. Foi um ávido pesquisador das línguas indígenas e do folclore brasileiro. É o patrono da cadeira 15 da Academia Brasileira de Letras.[3] Biografia

Azulejo com trecho da Canção do Exílio. Gonçalves Dias, c. 1877. Antônio Gonçalves Dias nasceu em 10 de agosto de 1823, no sítio Boa Vista, em terras de Jatobá (a 14 léguas de Caxias, hoje pertencente à cidade emancipada com nome de Aldeias Altas). Morreu aos 41 anos em um naufrágio do navio Ville de Boulogne, próximo à região do baixio dos Atins, na baía de Cumã,[4] município de Guimarães. Advogado de formação, é mais conhecido como poeta e etnógrafo, sendo relevante também para o teatro brasileiro, tendo escrito quatro peças. Teve também atuação importante como jornalista.[2] Nesta área, encontra-se colaboração da sua autoria na Revista Contemporânea de Portugal e Brasil (1859–1865).[5] Era filho de uma união não oficializada entre um comerciante português com uma mestiça,[6] e estudou inicialmente por um ano com o professor José Joaquim de Abreu, quando começou a trabalhar como caixeiro e a tratar da escrituração da loja de seu pai, que faleceu em 1837. Iniciou seus estudos de latim, francês e filosofia em 1835, quando foi matriculado em uma escola particular. Foi estudar em Cuba, em Portugal, onde em 1838 terminou os estudos secundários e ingressou na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra (1840), retornando em 1845, após bacharelar-se. Mas antes de retornar, ainda em Coimbra, participou dos grupos medievistas da Gazeta Literária e de O Trovador, compartilhando das ideias românticas de Almeida Garrett, Alexandre Herculano e António Feliciano de Castilho.[2] Lá, recebeu profunda influência de Friedrich Schiller, principalmente na sua produção teatral. Por se achar tanto tempo fora de sua pátria inspira-se para escrever a Canção do Exílio e parte dos poemas de "Primeiros cantos" e "Segundos cantos"; o drama Patkull, profundamente schilleriano; e "Beatriz de Cenci", depois rejeitado por sua condição de texto "imoral" pelo Conservatório Dramático do Brasil. Foi ainda neste período que escreveu fragmentos do romance biográfico "Memórias de Agapito Goiaba", destruído depois pelo próprio poeta, por conter alusões a pessoas ainda vivas.


Litografia de Gonçalves Dias em rótulo de cigarro. No ano seguinte ao seu retorno conheceu aquela que seria a sua grande musa inspiradora: Ana Amélia Ferreira Vale. Várias de suas peças românticas, inclusive "Ainda uma vez — Adeus" foram escritas para ela. Nesse mesmo ano ele viajou para o Rio de Janeiro, então capital do Brasil, onde trabalhou como professor de história e latim do Colégio Pedro II, além de ter atuado como jornalista, contribuindo para diversos periódicos: Jornal do Commercio, Gazeta Oficial, Correio da Tarde e Sentinela da Monarquia, publicando crônicas, folhetins teatrais e crítica literária. Em 1849, fundou com Manuel de Araújo Porto-Alegre e Joaquim Manuel de Macedo a revista Guanabara, que divulgava o movimento romântico da época. Em 1851 voltou a São Luís do Maranhão, a pedido do governo para estudar o problema da instrução pública naquele estado.

Alexandre Teófilo de Carvalho Leal, o melhor amigo de Gonçalves Dias, em gravura do Tomo III do Pantheon Maranhense de Antônio Henriques Leal. Gonçalves Dias pediu Ana Amélia em casamento em 1852, mas a família dela, em virtude da ascendência mestiça do escritor, refutou veementemente o pedido. No mesmo ano retornou ao Rio de Janeiro, onde casou-se com Olímpia da Costa,[7][8] filha do médico Dr. Cláudio Luís da Costa. Logo depois foi nomeado oficial da Secretaria dos Negócios Estrangeiros. Passou os quatro anos seguintes na Europa realizando pesquisas em prol da educação nacional. Voltando ao Brasil foi convidado a participar da Comissão Científica de Exploração, pela qual viajou por quase todo o norte do país.[2] Voltou à Europa em 1862, para um tratamento de saúde. Não obtendo resultados retornou ao Brasil em 1864 no navio Ville de Boulogne, que naufragou na costa brasileira; salvaram-se todos, exceto o poeta, que foi esquecido, agonizando em seu leito, e se afogou. O acidente ocorreu nos Baixio dos Atins, na costa de Guimarães, no Maranhão.[9] A sua obra enquadra-se no Romantismo, pois, a semelhança do que fizeram os seus correligionários europeus, procurou formar um sentimento nacionalista ao incorporar assuntos, povos e paisagens brasileiras na literatura nacional. Ao lado de José de Alencar, desenvolveu o Indianismo. Pela sua importância na história da literatura brasileira, podemos dizer que Gonçalves Dias incorporou uma ideia de Brasil à literatura nacional. O grande amor: Ana Amélia

Manuscrito do poema "Se te amo, não sei!", com letra de Gonçalves Dias disposta ao público na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. Por ocasião da elaboração da antologia poética da fase romântica, elaborada por Manuel Bandeira, Onestaldo de Pennafort gentilmente escreveu a nota que segue, retirada daquela obra e aqui transcrita: A poesia 'Ainda uma vez — adeus!', bem como as poesias 'Palinódia' e 'Retratação', foram inspiradas por Ana Amélia Ferreira do Vale, cunhada do Dr. Teófilo Leal, ex-condiscípulo do poeta em Portugal e seu grande amigo. Gonçalves Dias viu-a pela primeira vez em 1846 no Maranhão. Era uma menina quase, e o poeta, fascinado pela sua beleza e graça juvenil, escreveu para ela as poesias 'Seus olhos' e 'Leviana'. Vindo para o Rio, é possível que essa primeira impressão tenha desaparecido do seu espírito. Mais tarde, porém, em 1851, voltando a São Luís, viu-a de novo, e já então a menina e moça de 46 se fizera mulher, no pleno esplendor da sua beleza desabrochada.[9] O encantamento de outrora se transformou em paixão


ardente, e, correspondido com a mesma intensidade de sentimento, o poeta, vencendo a timidez, pediu-a em casamento à família.[9] A família da linda Don'Ana — como lhe chamavam — tinha o poeta em grande estima e admiração. Mais forte, porém, do que tudo, era naquele tempo no Maranhão o preconceito de raça e casta. E foi em nome desse preconceito que a família recusou o seu consentimento. Por seu lado, o poeta, colocado diante das duas alternativas: renunciar ao amor ou à amizade, preferiu sacrificar aquela a esta, levado por um excessivo escrúpulo de honradez e lealdade, que revela nos mínimos atos de sua vida. Partiu para Portugal. Renúncia tanto mais dolorosa e difícil por que a moça que estava resolvida a abandonar a casa paterna para fugir com ele, o exprobrou em carta, dura e amargamente, por não ter tido a coragem de passar por cima de tudo e de romper com todos para desposá-la! E foi em Portugal, tempos depois, que recebeu outro rude golpe: Don'Ana, por capricho e acinte à família, casara-se com um comerciante, homem também de cor como o poeta e nas mesmas condições inferiores de nascimento. A família se opusera tenazmente ao casamento, mas desta vez o pretendente, sem medir considerações para com os parentes da noiva, recorreu à justiça, que lhe deu ganho de causa, por ser maior a moça. Um mês depois falia, partindo com a esposa para Lisboa, onde o casal chegou a passar até privações.[9] Foi aí, em Lisboa, num jardim público, que certa vez se defrontaram o poeta e a sua amada, ambos abatidos pela dor e pela desilusão de suas vidas, ele cruelmente arrependido de não ter ousado tudo, de ter renunciado àquela que com uma só palavra sua se lhe entregaria para sempre. Desvairado pelo encontro, que lhe reabrira as feridas e agora de modo irreparável, compôs de um jato as estrofes de 'Ainda uma vez — adeus!', as quais, uma vez conhecidas da sua inspiradora, foram por esta copiadas com o seu próprio sangue. Julgamento crítico

Três renomados escritores brasileiros do século XIX. Da esquerda para direita: Gonçalves Dias, Manuel de Araújo Porto-Alegre e Gonçalves de Magalhães (1858). De Alexandre Herculano "Os primeiros cantos são um belo livro; são inspirações de um grande poeta. A terra de Santa Cruz, que já conta outros no seu seio, pode abençoar mais um ilustre filho. O autor, não o conhecemos; mas deve ser muito jovem. Tem os defeitos dos escritos ainda pouco amestrado pela experiência: imperfeições de língua, de metrificação, de estilo. Que importa? O tempo apagará essas máculas, e ficarão as nobres inspirações estampadas nas páginas deste formoso livro. Abstenho-me de outras citações, que ocupariam demasiado espaço, não posso resistir à tentação de transcrever das Poesias Diversas uma das mais mimosas composições líricas que tenho lido na minha vida. (Aqui vinha transcrita a poesia Seus Olhos.) Se estas poucas linhas, escritas de abundância de coração, passarem, os mares, receba o autor dos Primeiros Cantos testemunho sincero de simpatia, que não costuma nem dirigir aos outros elogios encomendados nem pedi-los para si".[10] De José de Alencar "Gonçalves Dias é o poeta nacional por excelência: ninguém lhe disputa na opulência da imaginação, no fino lavor do verso, no conhecimento da natureza brasileira e dos seus costumes selvagens". (Iracema) De Machado de Assis "Depois de escrita a revista, chegou a notícia da morte de Gonçalves Dias, o grande poeta dos Cantos e dos Timbiras. A poesia nacional cobre-se, portanto, de luto. Era Gonçalves Dias o seu mais prezado filho, aquele que de mais louçania a cobriu. Morreu no mar-túmulo imenso para talento. Só me resta espaço para aplaudir a ideia que se vai realizar na capital do ilustre poeta. Não é um monumento para Maranhão, é um monumento para o Brasil. A nação inteira deve concorrer para ele". (Crônicas em Diário do Rio de Janeiro, de 29 de novembro de 1864.) Cronologia


Gonçalves Dias. 1823 — 10 de agosto: Nasce no sítio Boa Vista, em terras de Jatobá, a 14 léguas da vila de Caxias, Antônio Gonçalves Dias. Filho do comerciante João Manuel Gonçalves Dias, natural de Trás-os-Montes, e de Vicência Ferreira, maranhense. 1830 — É matriculado na aula de primeiras letras do Prof. José Joaquim de Abreu. 1833 — Começa a servir na loja do pai como caixeiro e encarregado da escrituração. 1835 — É retirado da casa comercial e matriculado no curso do Prof. Ricardo Leão Sabino, onde principia a estudar latim, francês e filosofia. 1838 — Parte para São Luís, onde embarcará para Portugal; chega em outubro a Coimbra e entra para o Colégio das Artes. 1840 — 31 de outubro: Matricula-se na Universidade. 1845 — Embarca no Porto para São Luís, aonde chega em março, partindo no dia 6 para Caxias. 1846 — Embarca para o Rio de Janeiro. 1847 — Aparecem os Primeiros Cantos, trazendo no frontispício a data de 1846. 1848 — Aparecem os Segundos Cantos e Sextilhas de Frei Antão. 1849 — É nomeado professor de Latim e História do Brasil no Colégio Pedro II. 1851 — Publicação dos Últimos Cantos. 1852 — É nomeado oficial da Secretaria dos Negócios Estrangeiros; Casa-se com Olímpia da Costa. 1854 — Parte para Europa, nascimento da única filha Joanna em 20 de setembro em Paris. 1856 — Viagem à Alemanha. É nomeado chefe da seção de Etnografia da Comissão Científica de Exploração. Em 24 de agosto a filha falece, no Rio de Janeiro, por pneumonia. 1857 — O livreiro-editor Brockhaus, de Dresda, edita os Cantos, os primeiros quatro cantos do poema Os Timbiras e o Dicionário da Língua Tupi. 1859–1861 — Trabalhos da Comissão no interior do Ceará, Paraíba, Rio Grande do Norte, Pará e Amazonas, chegando até Mariná, no Peru. 1862 — Parte para o Maranhão, mas no Recife, depois de consultar médico, resolve embarcar para Europa. 1862 — 22 de agosto: É desligado da comissão Científica de Exploração. 1862–1863 — Estação de cura em Vicky. Marienbad, Dresda, Koenigstein, Teplitz e Carlsbad. Em Bruxelas sofre a operação de amputação da campainha. 1863 — 25 de outubro: Embarca em Bordéus para Lisboa, onde termina a tradução de A noiva de Messina, de Schiller. 1864 — Fins de abril: Volta a Paris. Estações de cura em Aix-ls-Bains, Allevard e Ems (maio, junho e julho). 1864 — 10 de setembro: Embarca o Poeta no Haver no navio Ville de Boulogne. Piora em viagem 1864 — 3 de novembro: Naufrágio do navio nas costas de Guimarães, no Maranhão e morte de Gonçalves Dias. Seu corpo nunca foi encontrado. Obras publicadas

Retrato de Gonçalves Dias. Do próprio autor (cronológica) Primeiros Cantos, Rio de Janeiro, Laemmert, 1846. Leonor de Mendonça, Rio de Janeiro, J. Villeneuve & Cia, 1846. Segundos Cantos, Rio de Janeiro, Typographia Classica, 1848. (contém às Sextilhas de Frei Antão). Meditação (fragmentos in Guanabara, Rio de Janeiro, Ferreira Monteiro, 1848. (publicada completo postumamente). Últimos Cantos, Rio de Janeiro, Typographia de F. de Paula Brito, 1851. Cantos: collecção de poezias,2ª ed. Leipzig, Brockhaus, 1857. (todos os poemas e 16 inéditos).


Os Tymbiras, Leipzig, Brockhaus, 1857. Dicionário da Língua Tupi, Leipzig, Brockhaus, 1858. Póstumas Obras posthumas de A. Gonçalves Dias, 6 Vls., Org. Antônio Henriques Leal, São Luís, B. de Matos, 1868. O Brazil e a Oceania, Rio de Janeiro, H. Garnier, 1909. Gonçalves Dias: Poesia e prosa completas, Org. Alexei Bueno, Rio de Janeiro, Nova Aguilar, 1998. Todas as obras Poesia 1848: Segundos Cantos, Rio de Janeiro, Ferreira Monteiro. 1851: Últimos Cantos, Rio de Janeiro, Paula Brito. 1857: Os Timbiras, Leipzig, Brockhaus 1857: Cantos, Leipzig, Brockhaus. (contendo todos os cantos anteriores e mais 16 novas composições sob o título de "Novos Cantos"). 1869: Lira Varia, in "Obras Póstumas", 1869. (poesias inéditas). Teatro 1843: Patkull, in "Obras Póstumas", 1869. 1845: Beatriz Cenci, in "Obras Póstumas", 1869. 1846: Leonor de Mendonça, Rio de Janeiro, Villeneuve & Cia, 1847. 1850: Boabdil, in "Obras Póstumas", 1869. Romance 1850: Meditação (fragmento), in Guanabara, Rio de Janeiro, Tip. Guanabarense. Apareceria completo in "Obras Póstumas", 1869. 1843: Memórias de Agapito, in "Obras Póstumas", 1869. 1843: Um Anjo, in "Obras Póstumas", 1869. Dicionário 1858: Dicionário da língua Tupi, Leipzig, Brockhaus. Etnografia e História 1846: O Brasil e Oceania, in "Obras Póstumas", 1869. 1869: História Pátria, in "Obras Póstumas", 1869. (trata-se de uma coleção de críticas selecionadas cujo título História Pátria é atribuída pelo organizador. Falsas atribuições Segura o Índio louco é um título que vem sendo falsamente atribuído à Gonçalves Dias através da internet, entretanto não existem fontes que comprovem a sua existência, nem se terá existido. Todas as obras do poeta foram publicadas por ele próprio ou postumamente as inéditas numa organização do seu amigo Antônio Henriques Leal à custódia da esposa do poeta.[11]

Monumento na Praça Gonçalves Dias, em São Luís. Obras notáveis Canção do Exílio in Primeiros Cantos". Ainda uma vez — Adeus" in Cantos". Sextilhas de Frei Antão in Segundos Cantos". Seus Olhos Os Timbiras I-Juca-Pirama in Últimos Cantos". Homenagens


Homenagem em selo postal. Municípios Bairro Gonçalves Dias (Aldeias Altas — sua cidade Natal, hoje emancipada) Museu Gonçalves Dias no Povoado Jatobá (Aldeias Altas — local de nascimento do Poeta) Feriado Municipal na cidade de Aldeias Altas-MA (Sua cidade natal hoje emancipada) Gonçalves Dias (Maranhão).[12] Praças Praça Gonçalves Dias — Caxias, Maranhão.[13] Praça Gonçalves Dias, em São Luís, Maranhão.[13] Ruas Rua Gonçalves Dias (Rio de Janeiro), a antiga rua dos Latoeiros, donde vivera o poeta teve o seu nome alterado logo após a sua morte.[14] Rua Gonçalves Dias (Belo Horizonte), importante rua que leva da Região Centro-Sul da cidade à Praça da Liberdade e à região Oeste, passando por outras importantes vias. Dezenas de cidades brasileiras possuem ruas com o nome do poeta, dentre elas: São Luís, Timon, Caxias (Maranhão) em Porto Velho (Rondônia). Escolas Escola Municipal Antônio Gonçalves Dias em Foz do Iguaçu-PR. Navios Gonçalves Dias (navio)




Antônio Henriques Leal – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org) Antônio Henriques Leal (Cantanhede, MA, 24 de Julho de 1828-Rio de Janeiro,29 de Setembro de 1885); foi um médico, jornalista e escritor brasileiro. Biografia Antônio Henriques Leal nasceu no povoado de Candimbas próximo à Vila de Itapecuru, hoje município de Cantanhede, MA, em 24 de Julho de 1828 e faleceu no Rio de Janeiro em 29 de Setembro de 1885. Filho de Alexandre Henriques Leal e Ana Rosa de Carvalho Reis. Proveniente de uma família bastante influente no Maranhão, donos de muitas propriedades rurais, concluiu os estudos em São Luís e posteriormente formou-se médico na cidade do Rio de Janeiro. Depois de formado no Rio de Janeiro, Henriques Leal retornou para sua província natal para exercer a profissão, São Luís naquela época era a quarta maior cidade brasileira, sendo excedida apenas por Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo. Em São Luís pertenceu ao Instituto Literário Maranhense e mais tarde do Gabinete Português de Leitura, que fez seu sócio honorário, do Ateneu Maranhense e da Associação Tipográfica Maranhense. No Rio de Janeiro tornou-se sócio correspondente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e da Sociedade Auxiliadora da Indústria Nacional e, em Portugal foi sócio da Sociedade Médica de Lisboa. Na política exerceu um mandato de vereador em São Luís e foi presidente da Câmara Legislativa na legislatura de 1865/1866 e na seguinte de 2866/1867, foi ainda eleitor para à Assembleia Provincial onde também atingiu a chefia. Há registros de que em 1855 o presidente da Província nomeou-o para o cargo de auxiliar da Junta de Higiene Pública, entretanto não exerceu o cargo por mais de um mês, porque no Rio de Janeiro tornou-se regente do Colégio Pedro II e diretor do internato dessa instituição. Começou sua carreira de jornalista em O progresso como colaborador (1847-1848) e como redactor em 1861, depois foi para A Imprensa que fundou junto com Fábio Alexandrino de Carvalho Reis e Antônio Rego (1857-1861) e ao Publicador Maranhense redigiu de 1864 a 1865 e para A Conciliação foi um assíduo colaborador; eram estes jornais de natureza política, já nos jornais de natureza literária ou cultural contribuiu com O Arquivo, O jornal de Instrução e Recreio e Semanário Maranhense e a Revista Universal Maranhense. Deixou a militância política por motivos de saúde e dedicou-se a intelectualidade, à literatura, biografando os principais nomes de sua província natal. Em 1862 escreveu a "introdução" para a História da Independência da Província do Maranhão de autoria do Visconde de Vieira da Silva e a "Nota Biográfica" no primeiro volume das Obras de João Francisco Lisboa, de que ele editou na companhia de Luís Carlos Pereira de Castro em 1864. Foi na década de 1870, doente, que Antônio Henriques Leal atingiu o máximo e o melhor da sua produção literária, começou editando os quatro volumes do Pantheon Maranhense, editados pela Imprensa Nacional de Lisboa em 1873 e 1874 e dois volumes dos Apontamentos para a História dos Jesuítas no Brasil e Lucubrações, pequenos ensaios sobre assuntos de história, literatura e medicina, e por fim a Biografia de Antônio Marques Rodrigues, publicada em Lisboa em 1875.[1]


Falecera no Rio de Janeiro, 20 dias depois de chegar de Lisboa. Tem um dos bustos que homenageiam escritores maranhenses na Praça do Pantheon. Recebeu do município de Cantanhede o cognome de O Plutarco de Cantanhede.[2]

O Tomo III, contém 583 páginas Obras Obras completas de A. Henriques Leal Pantheon maranhense (1873-5) - (Em 4 tomos) A província do Maranhão (1862). Apontamentos para a história dos jesuítas no Brasil (1874) - (em 2 tomos) Apontamentos Estatísticos da Província do Maranhão (1847). Calendário Agrícola História da Província do Maranhão Lucubrações (1875). Biografia de Antônio Marques Rodrigues (1875). Obras organizadas por A. Henriques Leal Obras de João Francisco Lisboa (1864).[3] Obras Pósthumas de A. Gonçalves Dias (1873) Tradução Cartas sobre Química de Jules Liebig 1867. Outros Judael de Babel-Mandeb é o pseudônimo de Henriques Leal em A Casca da Caneleira: (steeplechase) romance por uma boa dúzia de Esperanças de Flávio Reimar e publicado na tipografia de Belarmino de Matos.[1] Familiares Era primo de Ana Amélia Ferreira do Vale, a musa por quem Gonçalves Dias se apaixonou e que se tornou um dos maiores mitos da Literatura Brasileira.[4] Era primo de Alexandre Teófilo de Carvalho Leal, o primeiro amigo e confidente do poeta Gonçalves Dias e testemunhado pelo próprio Henriques Leal.[5] Referências ↑ Ir para:a b «124-anos-sem-antonio-henriques-leal». Cantanhede.ma.gov.br[ligação inativa] ↑ «107-especial-de-domingo-antonio-henriques-leal-o-plutarco-de-cantanhede». Cantanhede.ma.gov.br[ligação inativa] ↑ na companhia de Luís Carlos Pereira de Castro. ↑ «especial-de-domingo-a-musa-de-goncalves-dias-era-prima-de-henriques-leal». Cantanhede.ma.gov.br. Arquivado do original em 10 de maio de 2011 ↑ Pantheon Maranhense, t.III, 1874. Bibliografia LEAL, A. Henriques, Pantheon Maranhense, Lisboa, Imprensa Nacional, 1874.


Antônio Joaquim Franco de Sá Informações sobre o escritor • Nome completo: Antônio Joaquim Franco de Sá • Nascimento: 1836 - Alcântara, MA • Morte: 1856 - Recife, PE • Descrição: Poeta. Faleceu quando frequentava o 4º ano do curso de ciências jurídicas e sociais da faculdade do Recife. Fonte(s) dos dados • COUTINHO, Afrânio; SOUSA, José Galante de. Enciclopédia de literatura brasileira. Rio de Janeiro: Fundação Biblioteca Nacional; Academia Brasileira de Letras, 2001. 2 v. ISBN 8526007238 • BLAKE, Augusto Victorino Alves Sacramento. Diccionario Bibliographico Brazileiro. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1893. 7 v.


A CIGARRA (MARANHÃO, 1829) por Bruno Brasil 25 MAIO 2018 Artigo arquivado em Hemeroteca e marcado com as tags Crítica política, Liberalismo, Maranhão, Primeiro Reinado Lançado a 12 de outubro de 1829, em São Luís (MA), A Cigarra foi um periódico político veiculado durante os últimos momentos do Primeiro Reinado. Redigido por Antônio Joaquim de Picaluga, em linguagem furiosa, estava inscrito no ativismo político pela causa liberal, à época, onde a observação aos princípios constitucionais e a rejeição ao absolutismo tinham grande expressão, indo contra os interesses da colônia portuguesa no Maranhão: comerciantes e funcionários públicos lusitanos, na província, sobretudo durante o governo de Manoel da Costa Pinto, tinham fortes laços com a metrópole desde os tempos coloniais, algo que dificultava a adesão maranhense à Independência. Denunciando, assim, os abusos cometidos pelo poder local e rivalizando com folhas maranhenses de interesses políticos distintos, A Cigarra tinha periodicidade mensal, sendo vendida a 160 réis a edição, primeiro na escola do capitão José Martins e depois no estabelecimento comercial de José Pereira de Sá. Foi editado por Picaluga até sua 19ª edição, de 17 de abril de 1830. Entre 1821 e 1831, circularam em São Luís cerca de 13 periódicos de matizes políticas distintas, propensos ao debate à medida em que serviam aos interesses de grupos políticos locais. Tais entraves políticos, afinal, davam-se na imprensa a partir de diferentes interpretações que as elites políticas e intelectuais faziam do liberalismo, sempre adaptado de acordo com seus interesses de classe ou grupo social. Alguns dos principais interlocutores desses debates foram, além d’A Cigarra, O Censor Maranhense, Farol Maranhense, Minerva, A Bandurra, O Amigo do Homem, O Argos da Lei e A Estrela do Norte do Brasil: folhas que debatiam temas ligados à Independência e à monarquia constitucional, bem como aos direitos políticos dos cidadãos. Por parte dos periódicos mais explicitamente liberais, como A Cigarra, havia grande crítica aos abusos de autoridades, apontadas como déspotas, em acusações que normalmente recaíam sobre funcionários públicos da alta burocracia, em sua maioria portugueses. Estes eram acusados de conspirar para o retorno do Maranhão ao sistema colonial, trabalhando, portanto, contra os interesses imperiais brasileiros, algo que aumentava o antilusitanismo entre os maranhenses. Fontes: - Acervo: edições do nº 1, de 12 de outubro de 1829, ao nº 19, de 17 de abril de 1830. - ABRANTES, Elizabeth Sousa. José Cândido de Moraes e Silva – o “Farol” – atuação política nos debates e lutas do pósIndependência no Maranhão (1828-1831). Trabalho apresentado ao IV Simpósio Nacional Estado e Poder – Universidade Estadual do Maranhão São Luís, 8 a 11 de outubro de 2007. Disponível em: http://www.outrostempos.uema.br/curso/estado_poder/39.pdf. Acesso em: 25 abr. 2016. RESUMO DESTE ARTIGO < VOLTAR PARA ARTIGOS [periódico]A Cigarra A Cigarra (Maranhão, 18…



(77) A FAMÍLIA MARQUES RODRIGUES (DA QUINTA DA GÂNDARA) E OS SEUS MAIS ILUSTRES REPRESENTANTES | ANTÓNIO CONDE - Academia.edu ANTONIO MARQUES RODRIGUES – Brasil – Poesia dos Brasis – Maranhão – poesia maranhense - www.antoniomiranda.com.br ANTÔNIO MARQUES RODRIGUES nascido em São Luis a 15/4/1826 e falecido em Avintes, conselho de Gáia, Portugal, a 14/4/1873. Bacharel em ciências jurídicas e sociais pela Faculdade de Olinda; professor do Liceu Maranhense e deputado provincial em várias legislaturas; Inspetor da Instrução Pública no Maranhão. Poeta e jornalista; fervoroso abolicionista e incansável animador de nossa agricultura. Fundou "A Conciliação", com Francisco Coutinho Vilhena, Antônio Rêgo e Henriques Leal; colaborou no "Diário do Maranhão", "O Globo" e o "Publicador Maranhense" (neste assinando: Sancho Testaff), de São Luis, no "Diário de Pernambuco", "O Cidadão" e "A Cidade", de Recife; antes, escrevera no "Trovador", de Coimbra. Membro do Instituto Arqueológico de Pernambuco e sócio honorário do Ateneu Maranhense; cavaleiro da Ordem da Rosa e da de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa. Bibl.: "Rodolpho Topffer — esboço critico litterario" — Recife, 1855; "Livro do Povo, contendo a vida de Christo e vários artigos úteis" — S. Luis, 1862; "História de Carlos XII"; "Gil Blas de Santilhana"; "Vida de Horácio Nelson", trad. de Forgues; "Duas palavjas sobre a nossa agricultura", prefácio do Manual do plantador de algodão", de Turner, traduzido por José Ricardo Jauffret; "Três Liras", coletânea de poesias suas, de Trajano Galvão 9 G sníil Braga — São Luis, 1862. Informações sobre o escritor • Nome completo: Antônio Marques Rodrigues • Pseudônimo(s): Rufo Salero, Sancho Falsaff • Nascimento: 1826 - São Luís, MA • Morte: 1873 - Avintes, Portugal • Descrição: Advogado, poeta, professor, político, membro correspondente do Instituto Arqueológico Pernambucano e cavaleiro imperial da Ordem da Rosa e da Nossa Senhora da Conceição da Vila Viçosa, de Portugal. Foi professor de história natural do liceu de São Luís e oficial-maior da Secretaria do Tribunal do Comércio. Escreveu vários artigos, que em prosa, quer em verso, desde estudante da faculdade, no Cidadão, no Diário de Pernambuco e em alguns periódicos de letras.


PES/01252 - Informações sobre o autor (usp.br) Nome: Antonio Pereira Nascimento: . Maranhão, 1641 Morte: . Pará, 1702 Atividades principais: . Jesuíta / Pregador / Teólogo Outras informações biográficas: . Alguns autores afirmam que Antonio Pereira faleceu em 1693. Morreu vítima de um índio que o feriu com uma flecha. Obras publicadas: . Observação: No caso de obras com várias edições, estão indicadas abaixo apenas as principais obras, sem indicar todas as edições e/ou traduções. A partir destas, é possível localizar as demais publicações. htc/07311 - Vocabulário da lingua brazilica (usp.br)




Antônio Rego, médico e humanista Jomar Moraes 27/03/2013 às 00h00 - Atualizada em 11/10/2022 às 13h28 Hoje é dia de... Homônimo de seu pai, médico português mandado servir em São Luís na função de físico-mor, o ludovicense Antônio Rego nasceu a 14 de agosto de 1820 e faleceu no Rio de Janeiro, a 7 de setembro de 1883. Em 1869 retirou-se de São Luís, com a família, para Lisboa, a tratamento da saúde, e lá permaneceu por alguns anos, exercendo sua profissão. Seguindo os passos do pai, também se graduou em Medicina pela Universidade de Coimbra. De volta à cidade natal, iniciou-se no exercício de suas atividades profissionais, ao mesmo tempo em que passou a desempenhar outros importantes papéis sociais. Vocacionado igualmente para a política e o jornalismo, exerceu os mandatos de vereador à Câmara Municipal de São Luís, e de deputado à Assembleia Provincial do Maranhão nas seguintes legislaturas: décima primeira, de 1855 a 1856; décima segunda, de 1856 a 1857; décima sétima, de 1866 a 1867; décima oitava, de 1868 a 1869. Da atuação do deputado Antônio Rego destacam-se as seguintes iniciativas: Na décima primeira legislatura, subscreveu, com colegas, proposta de elevação da povoação Anajatuba à categoria de vila; apresentou sugestão para que o Governo Provincial adquirisse nas imediações da cidade uma faixa de terra destinada à construção de um prado artificial para alimentação e engorda de gado destinado ao abate na capital. Também postulou a instituição, em São Luís, de uma exposição anual de gado, e a concessão de privilégio (isenção tributária), por 15 anos, ao empresário ou empresa que instalasse e conservasse, em viveiros próprios, peixes vivos destinados ao mercado da cidade. No jornalismo, Antônio Rego foi redator ou colaborador de "O Progresso", jornal político, literário e noticioso, cujo primeiro número circulou em 2de janeiro de 1847. Foi esse o primeiro diário a circular em São Luís. Fundou e redigiu o "Diário doMaranhão", que circulou de 20 de setembro de 1855 até 1858, quando se extinguiu. Membro da Associação Literária Maranhense, de cujo órgão, o mensário "O Arquivo"; jornal científico e literário, foi redator, e onde assinou colaborações nos 9 números que circularam de fevereiro a dezembro de 1846. Também nesse mesmo ano de 1846 participou da efêmera Revista da SociedadeFilomática Maranhense. Primeiro médico a adotar no Maranhão o sistema terapêutico instituído pela homeopatia, o Dr. Antônio Rego igualmente foi pioneiro no tocante aos almanaques, utilíssimas publicações que circularam em São Luís no século XIX: o"Almanaque popular, mercantil, industrial e científico do Maranhão para o ano de 1848". Maranhão: Tipografia Progresso, 1847, e o "Almanaque do Maranhão com folhinhapara o ano de 1849". Maranhão: Tipografia Maranhense, 1848. Desta segunda publicação promovi uma edição fac-similar em 1990, sob os auspícios das Edições AML, da Academia Maranhense de Letras. Entre 1853 e 1854 fez circular mensalmente, como integrantes da Biblioteca Dramática; Teatro Moderno, 12 folhetos impressos na Tipografia de J. C. M. da Cunha Torres e assim intitulados: Gaspar Hauser; Clara Harlow; O cavaleiro da Casa Vermelha; O casal das giestas; Mademoiselle de Belle-Isle; A estalagem da Virgem; Simão, o ladrão; Os dois serralheiros; Os órfãos da porta de Nossa Senhora; O jogador de bilhar e O casamento de Lisboa (precedido de retrato e biografia do ator José Jacinto Ribeiro, e seguido de vaudeville). Editou num compacto volume de 500 páginas o Código municipal da Câmara Municipal da capital da Província do Maranhão ou repertório das leis, avisos, ordens, instruções etc., relativas às câmaras municipais e com especialidade à de São Luís do Maranhão. Maranhão: Tip. de B. de Matos, 1866. Traduziu e publicou em capítulos na imprensa local os romances "Quilança à meia-noite" e "Mendigo negro", de Paul Féval, e, de Fereal, "Os mistérios da Inquisição". Fervoroso entusiasta da educação, contribuiu para ela publicando obras pedagógicas, a exemplo de "Rudimentos de geografia para uso das escolas de instrução primária". Maranhão: B. de Matos, 1862 (2ª. ed., 1866); "O livro dos meninos; curso elementar de instrução primária". Maranhão: B. de Matos, 1864. três volumes assim divididos: 1º v.: Exercícios de pronúncia; 2º v.: Exercícios de leitura; 3º v.: Exercícios de memória. A 2ª. ed. dessa obra reuniu os três num só volume e, ao contrário dos 1.000 exemplares da 1ª. ed., teve tiragem de 6.000 exemplares. Maranhão: Tip. do Frias, 1865. 367p. Ainda traduziu e publicou "Joãozinho; leitura para meninos", de Charles Jeannet. Maranhão: B. de Matos, 1863. Cita-se finalmente este compêndio de sua profissão: "Instrução para o tratamento do colera-morbus pelo método homeopático". Maranhão: B. de Matos, 1862. Fontes: César Augusto Marques: Dicionário histórico-geográfico da Província do Maranhão, verbete Médicos e Cirurgiões (dessa obra há 3 edições: 1870, 1970 e 2008) e Augusto Vitorino Alves Sacramento Blake: Dicionário bibliográfico brasileiro, 1º vol., p. 299-301 e 239. Esta segunda fonte consigna erroneamente Antônio do Rego. Francisco Inocêncio da Silva: Dicionário bibliográfico português, tomo oitavo, 1º do Suplemento, p. 293. Lisboa: Imprensa Nacional, 1867.



Antônio Rodrigues Pereira Labre Informações sobre o escritor • Nome completo: Antônio Rodrigues Pereira Labre • Nascimento: Pastos Bons, MA • Descrição: Político. Foi coronel da Guarda Nacional. Indo morar na província do Amazonas, estabeleceu aí uma colônia de nome Labria, habitada em sua maioria por maranhenses e estrangeiros. Coronel Labre, o livro de Helio Rocha, é fruto de uma pesquisa muito séria sobre a vida do Coronel Antônio Rodrigues Pereira Labre, que nasceu na fazenda “Suçuapara”, no Maranhão. Com 54 anos de idade, decidiu se instalar na Amazônia e fundar a cidade de Lábrea.






Artur Nabantino Gonçalves de Azevedo (São Luís, 7 de julho de 1855 — Rio de Janeiro, 22 de outubro de 1908),[1] também conhecido como Artur Azevedo, foi um escritor, dramaturgo, poeta, contista, prosador, comediógrafo, crítico, cronista e jornalista brasileiro.[2] Ao lado de seu irmão, o escritor Aluísio Azevedo, foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras.[3] Tendo escrito milhares de artigos sobre eventos artísticos e encenado mais de cem peças no Brasil e em Portugal, Azevedo foi um dos maiores defensores da criação do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, cuja inauguração ocorreu meses depois de sua morte.[4] Suas peças mais conhecidas são A joia, A Capital Federal, A almanjarra, O Mambembe, entre outras.[3] Três teatros no Brasil foram batizados com o seu nome: o Teatro Arthur Azevedo de São Luís, Maranhão, sua cidade natal,[2] o Teatro Arthur Azevedo da cidade de São Paulo, e o Teatro Arthur Azevedo da cidade de Rio de Janeiro. Biografia Artur Azevedo era filho de David Gonçalves de Azevedo, vice-cônsul de Portugal em São Luís, e Emília Amália Pinto de Magalhães.[3] Aos oito anos, Azevedo já dava indícios de inclinação às atividades teatrais, adaptando de forma amadora textos de Joaquim Manuel de Macedo e, posteriormente, criando peças próprias, que representava.[3] Aos 15 anos, escreveu a obra teatral Amor por Anexins, que alcançou êxito regional e nacional.[4]

Coelho Netto "operando" Artur de Azevedo, numa encenação que imita a Lição de Anatomia de Rembrandt - com Olavo Bilac (que assina), entre outros intelectuais que formaram o grupo fundador da ABL. Devido a discordâncias com a administração provincial, Azevedo concorreu a um concurso aberto para vagas de amanuense da Fazenda. Sendo classificado, ele se transferiu para a capital federal, à época o Rio de Janeiro. Lá, ficou empregado no Ministério da Agricultura e no Colégio Pinheiro, onde lecionava português.[1] Foi nesse período em que iniciou sua carreira jornalística, fundando diversos periódicos literários, como A Gazetinha, Vida Moderna e O Álbum. Junto a Machado de Assis, colaborou em A Estação e, com Alcindo Guanabara, Moreira Sampaio, Olavo Bilac e Coelho Neto, no jornal Novidades.[3] Defendeu a abolição da escravatura tanto em artigos de jornal como em obras dramáticas, como O Liberato e A família Salazar, sendo que esta última, escrita com Urbano Duarte, foi publicada sob o título de O escravocrata.[3] Foi por insistência de Artur Azevedo, principalmente através de seus artigos na imprensa, que, em 1895, foi aprovada a lei que previa a construção de um teatro municipal no Rio de Janeiro. Tinha o teatrólogo a convicção de que somente a construção desse teatro poria fim à má fase em que se encontravam as artes cênicas na segunda metade do século XIX. A criação da lei traria resultado somente em 1904, quando foi aberto concurso para a construção do Theatro Municipal do Rio de Janeiro.[5] Arthur Azevedo, que sustentou a campanha vitoriosa para construção do


Teatro, não assistiria à sua inauguração em 14 de julho de 1909, pois faleceu nove meses antes.[6] Antes de sua morte, foi um crítico mordaz do pano de boca do Theatro Municipal, pintado por Eliseu Visconti.[7] Faleceu aos 53 anos no Rio de Janeiro e foi sepultado no Cemitério do Caju.[8]


200 anos de Augusto Dias Carneiro - NOCA - O portal da credibilidade 200 anos de Augusto Dias Carneiro - Membro de uma tradicional família estabelecida no Maranhão no séc. XIX, Augusto Dias Carneiro nasceu em Caxias, 12 de outubro de 1821, sendo filho do casal João Paulo Dias Carneiro e Ana Joaquina das Mercês Carneiro. Seu pai João Paulo, lutou pela libertação de Caxias contra o major Fidié em 1823, e mais tarde como Prefeito de Caxias, liderou o movimento de resistência caxiense contra os balaios, entre 1838 e 1840. Não foi possível descobrir onde cursara primeiras letras, possivelmente em sua terra natal onde havia grandes professores, como o ilustre Ricardo Leão Sabino. Já adulto, obteve o grau de Doutor em Ciências Físicas e Matemáticas no ano de 1855, pela então Escola Militar da Corte, posteriormente denominada Escola Politécnica. Sua tese “Equações gerais de propagação do calor nos corpos sólidos, supondo variável a condutibilidade com a direção e posição”, acabou sendo publicada em livreto naquele mesmo ano. Residindo no Rio de Janeiro, na Rua do Jardim Botânico, se tornou catedrático da mesma escola de obteve o grau de matemática, sendo Lente daquela escola por mais de vinte anos, até seu falecimento. Segundo Cesar Marques, e publicado pelo Dr. Arthur Almada Lima Filho, em seu Efemérides Caxienses, Dr. Augusto Cesar Marques, como catedrático e membro da mesa de aprovação da Politécnica, esteve presente na aprovação no concurso do jovem Benjamin Constant Botelho de Magalhães, futuro “Pai da República Brasileira”. E foi dele a famosa exclamação ao anunciar o veredicto: “Em 1º lugar, Benjamin Constant; em 2º lugar, ninguém; em 3º, ninguém; em 4º o outro candidato”. Conforme Almada Lima, Dias Carneiro foi um dos pioneiros a tratar da doutrina Positivista no Brasil, religião essa em que Benjamin Constant abraçou posteriormente. Estava escrevendo um trabalho intitulado Elementos da Mecânica, que acabou não sendo concluído devido a sua morte. Faleceu aos 53 anos de idade na madrugada do dia 30 de novembro, de 1874, em sua residência em Teresópolis, onde está sepultado. Deixou viúva e filhos (identificados: Henrique Dias Carneiro, Augusto Dias Carneiro) em honrosa pobreza. Foi Capitão Honorário; Socio Efetivo do Imperial Instituto Fluminense de Agricultura (1873); Sócio Efeito da Sociedade Auxiliadora da Industria Nacional, desde 1854 (Presidente da Seção de Máquinas e Aparelhos, em 1958). Portanto, neste dia 12 de outubro de 2021, completa-se 200 anos de nascimento desse caxiense Ilustre, que, diga-se, não há nenhuma homenagem a sua pessoa em sua terra natal.


Notícia do falecimento do Dr. Augusto Dias Carneiro, jornal Diário do Maranhão, Ed. 419, de 25 de dezembro de 1874.




BELARMINO DE MATTOS: o Didot da imprensa maranhense (1840-1870). Biblioteca Digital de Monografias: BELARMINO DE MATTOS: o Didot da imprensa maranhense (1840-1870). (ufma.br) Belarmino de Mattos na constituição da imprensa do Maranhão no período oitocentista, dada a sua importância como o Didot da imprensa maranhense e, por consequência, um dos principais mediadores da cultura escrita local entre os anos de 1840 e 1870. Para tanto, tece a trajetória do estabelecimento das tipografias no Maranhão, destacando as condições de nascimento da imprensa no Brasil e os movimentos políticos e culturais que viabilizaram a sua implantação em solo maranhense; descreve, também, os principais fatos que circundaram a prática tipográfica local, visando compreender o papel que Belarmino de Mattos ocupou no processo de instalação e atuação das oficinas tipográficas e como defensor dos tipógrafos, além de sua contribuição para a produção e circulação de impressos na Província. O estudo se caracteriza como do tipo Bibliográfico-Documental, com privilégio


para o uso de obras que discorrem sobre a história da imprensa no Maranhão (FRIAS, 1866; LOPES, 1959) e sobre a vida e obra de Belarmino de Mattos (HALLEWELL, 2012). Com relação à pesquisa documental, esta investigação centrou-se nos jornais em que Belarmino teve importante papel como impressor ou foi citado, foram eles: A Imprensa (1857), O Paiz (1870), A Coalição (1862) e o Publicador Maranhense (1842). A abordagem teóricometodológica utilizada se baseia nos pressupostos da História Cultural (CHATIER, 1988) e no método prosopográfico (STONE, 2011). Conclui que, como tipógrafo, Belarmino de Mattos foi considerado um mestre impecável de sua arte; além de, em sua trajetória profissional, ter trabalhado em defesa dos tipógrafos maranhenses, tendo em vista que essa categoria frequentemente sofria medidas de censura e perseguições por parte dos opositores da imprensa livre e democrática do Maranhão no período oitocentista; no mais, como forma de garantir proteção financeira àqueles que por situações diversas necessitavam de amparo físico e orçamentário, ele participou efetivamente da criação da Associação Tipográfica Maranhense, em 1857, na qual, dado o seu renome e contribuições para o campo da imprensa local, ganhou o título permanente de membro honorário. Vista do Belarmino de Mattos | RDBCI: Revista Digital de Biblioteconomia e Ciência da Informação (unicamp.br) Belarmino de Mattos nasceu no povoado de Axixá, que pertencia à Vila de Icatu, uma das regiões mais antigas do Maranhão3, fundada no século XVII sob a denominação de “Arraial de Santa Maria de Guaxenduba”, torna-se um importante centro econômico e político da região do Rio Munim. Nas primeiras horas do dia 24 de maio de 1830, nasce Belarmino de Mattos, do ventre de Dona Silvina Rosa Ferreira, o historiador Henriques Leal não nomeia seu pai, de onde é possível inferir que fosse filho de mãe solteira. Isso significava para ela, viver estigmatizada, provavelmente pobre e, que por necessidade de sobrevivência, os filhos deveriam aprender um ofício mecânico, que garantisse uma profissão no futuro. Aos seis anos, a mãe de Belarmino deixa a cidade natal rumo à capital da província, fugindo da Balaiada e também com a finalidade de oportunizar o acesso à instrução e uma vida mais confortável para sua prole. Quando da sua chegada na capital da Província, o método mútuo era o estimulado pelo governo para o ensino das primeiras letras, ministrado em 44 salas, com maior incidência na Freguesia de Nossa Senhora da Conceição. os sete anos deidade entrou Belarmino para a para escola pública de instrução primária da Freguesia de Nossa Senhora da Conceição, regida então pelo Sr. Alexandre José Rodrigues que, apesar de bastante idoso, não se despediu ainda de todo da função de educador (LEAL, 1957, p. 230). A escola do Professor Alexandre José funcionava em sua residência onde ministrava, para meninos, a leitura, a escrita e as quatro operações matemáticas de modo que pudessem exercer alguma atividade profissional ou, àqueles de maiores posses, adentrarem ao Liceu Maranhense, instituição criada pela Lei n. 77, de 24 de julho de 1838. Além dessas aulas particulares, Alexandre atuou no Colégio de Nossa Senhora da Conceição, de Antônio Joaquim Gomes Braga, onde Belarmino estudou.Com três anos de assídua aplicação tinha-se Belarmino habilitado para passar por um exame de instrução primária, limitada, como era, a poucas matérias, e em que foi aprovado plenamente. Sabendo aos dez anos ler e escrever correntemente, cuidou sua mãe em aplicá-lo a uma arte mecânica, e para isso meteu-o em 1840 de aprendiz na Typographia da Temperança, de que era proprietário Manoel Pereira Ramos (REVISTA TYPOGRAPHICA, n.8, p.6, 17 set.1914). Diante do movimento da imprensa no Maranhão, havia uma forte inclinação dos pais em alocarem seus filhos para aprenderem o ofício de tipógrafo. Diferente de outros meninos que aprendiam a ler através dos jornais, Belarmino de Mattos, ao adentrar esse ambiente, já dominava os fundamentos ensinados na instrução primária. A esse respeito, Frias descreve que na tipografia maranhense “A educação intelectual começa, com poucas exceções, por virem aprender a ler na tipografia. [...] [às vezes] não com o fim de aprender uma arte da qual deseja ser oficial, mas para começar logo a ganhar dinheiro” (FRIAS, 1866, p. 22). Certamente foi esse um dos motivos pelos quais D. Silvina o colocou como aprendiz na oficina da Tipografia da Temperança, de propriedade de Manuel Pereira Ramos. Belarmino de Mattos, já com certa experiência na arte de imprimir adquirida como aprendiz na Temperança,é contratado por Satyro de Faria, que exerceu forte influência na imprensa, pela publicação de jornais como a Malagueta Maranhense, onde Belarmino de Mattos trabalhava como tipógrafo, recebendo 200 réis por dia, passando a ser provedor de sua família. Com esse valor, que nada contribuía para a sua manutenção, mesmo tendo sido um dedicado empregado, acabou se despedindo, indo, então, trabalhar nas oficinas de Francisco Salles Nunes Cascaes que também se encontrava com problemas financeiros, sendo obrigado a pagar “as férias dos empregados com vales que não achavam curso no mercado” (FRIAS, 1866, p. 231).



Informações sobre o documento • Idiomas: Português • Gêneros: Poemas • Tipo: Obra Literária • Editora: [s.n.], MA • Ano de publicação: 1865 • Meio: Impresso Fonte(s) • BLAKE, Augusto Victorino Alves Sacramento. Diccionario Bibliographico Brazileiro. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1893. 7 v. • COUTINHO, Afrânio; SOUSA, José Galante de. Enciclopédia de literatura brasileira. Rio de Janeiro: Fundação Biblioteca Nacional; Academia Brasileira de Letras, 2001. 2 v. ISBN 8526007238 Descrição Livro de poemas de composições e gêneros de metrificação diversos. Referência ABNT da obra SANTOS, Caetano Antônio Salazar dos. Prelúdios: Coleção de poesias. MA: [s.n.], 1865.


O Auxiliador da Industria Nacional : Ou Collecção de memorias e Noticias interessantes (RJ) - 1833 a 1896 DocReader Web (bn.br) Portal da Câmara dos Deputados (camara.leg.br)

a pecuária cearense entre o futuro e o passado: discursos http://uece.br › anais › trabalhos_completos Foi nesse sentido que o ministro do império, Caetano da Rocha Pacova, em artigo publicado no periódico O Auxiliador da Indústria Nacional, de 1859 ... José Augusto Pádua “Cultura esgotadora” Estudos Sociedade e Agricultura https://revistaesa.com › esa › article › download PDF Caetano da Rocha Pacova, foi capaz de produzir uma análise crítica bem mais profunda e abrangente do modelo agrícola em vigor. Em seus Apontamentos sobre a ...







Cândido Mendes de Almeida ComNSC (Brejo, 14 de outubro de 1818 – Rio de Janeiro, 1 de março de 1881) foi um advogado, jornalista e político brasileiro, tendo sido deputado geral em 5 legislaturas e senador do Império do Brasil de 1871 a 1881, pelo estado do Maranhão, condecorado comendador da Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa[1] e da Ordem de São Gregório Magno e oficial da Ordem da Rosa.[2] Biografia A família Mendes de Almeida é originária de Portugal e, alguns de seus membros se estabeleceram no Rio de Janeiro, em São Paulo e no Maranhão, quando da tranferência da corte portuguesa para o Brasil, em 1808. Fernando Mendes de Almeida, o pai de Candido, era um capitão da esquadra português que se radicou na cidade de Caxias, no Maranhão em 1816 e casou-se com Esméria Alves de Sousa, marenhense natural da cidade de Brejo filha do capitão-mor Domingos Alves de Sousa e de Eusébia Alves de Sousa, uma senhora muita rica e de grande prestígio, pois sua opinião era ouvida em questões municipais estaduais e nacionais. Candido teve 3 irmãos e um deles era João Mendes, ilustre jurista e professor na Faculdade de Direito de São Paulo. Em 1839, aos 21 anos, Candido Mendes formou-se na Faculdade de Direito de Olinda, onde teve como contemporâneos figuras notáveis, como Augusto Teixeira de Freitas, na turma de 1837, e Antônio Herculano de Sousa Bandeira, na turma de 1838. Em 1874 defendeu, como advogado, no Supremo Tribunal de Justiça, o bispo Dom Vital, na chamada Questão Religiosa. Tratou do caso no Conselho de Estado e no Senado do Império, quando pronunciou importante discurso em que abordou a política do governo em relação à Igreja. O discurso, registrado nos anais do Senado, tem mais de cem páginas . Foi jornalista e fundou, no Maranhão, dois jornais: O Brado de Caxias e O Observador. Candido Mendes casou-se com Rosalina Ribeiro Campos, com quem teve dois filhos: o jornalista e senador Fernando Mendes de Almeida (1845 — c. 1921) e o jurista e professor Candido Mendes de Almeida Filho (1866 – 1939). Também são seus descendentes o político e escritor Candido Mendes de Almeida Júnior (morto em 1962), o bispo D. Luciano Mendes de Almeida (1930 — 2006), ex-presidente da CNBB, e o jurista Candido Antônio José Francisco Mendes de Almeida (1928), reitor da Universidade Candido Mendes. O cardiologista Domingos Martins Costa (1851 — 1891) era seu primo em segundo grau. Em Brejo, na cidade onde nasceu, existe um colegio do ensino médio chamado "Centro Ensino Cândido Mendes", em sua homenagem. Obras publicadas Foi autor de várias obras nas áreas de Direito, História e política [3]: • As Eleições da Província do Maranhão em 1842 sob a Presidência do Dr. Venâncio José Lisboa (1843); • Os Serviços relevantes de Manoel Telles da Silva Lobo, na Província do Maranhão (1851); • A Carolina, ou, a definitiva fixação de limites entre as provincias do Maranhão e de Goyaz (1852); • Atlas do Império do Brasil (1860) • Memórias para a história do extincto estado do Maranhão (1860-74), dois volumes; • S. Luiz e o Pontificado: Estudo Histórico (1869); • Código Filipino (1870-78) (edição anotada das Ordenações Filipinas com erudita introdução de sua autoria sobre a história do Direito) • Direito Civil Eclesiástico Brasileiro (reunião de toda legislação canônica ao longo da história do Brasil com introdução de mais de quatrocentas páginas com a história das relações entre o Estado e a Igreja no Brasil) • Legislação e Jurisprudência no Brasil; • Direito Mercantil Brasileiro (edição anotada do livro do visconde de Cairu com erudita introdução de mais de oitocentas páginas com a história do comércio marítimo no Brasil). A seu respeito: • O Senador Cândido Mendes (1981), de Antônio Carlos Villaça



Dom Carlos Luís d'Amour (1837- 1921) foi um clérigo Católico Maranhense, Professor, Conde Romano e o segundo de Bispo de Cuiabá de 1877 a 1921. Nascido na Cidade de São Luis, de família pobre, órfão desde criança, estudou teologia no Seminário Episcopal de Santo Antônio, na terra natal. Foi educado, com cuidados de pai, pelo então bispo do Maranhão dom Manuel José da Silveira. Chegado à Bahia em 1861, foi nomeado mestre de ceremonias do solio primacial neste ano, professor de francês do seminario arquiepiscopal em 1862; depois cônego, monsenhor e vigario capitular por morte do prelado. Acompanhou o Bispo á côrte por ocasião do casamento das princesas dona Isabel e dona Leopoldina como seu secretario, e à Roma por occasião do concilio do Vaticano I. Agraciado camarista do Papa Pio IX quando esteve em Roma em 1870, foi em 1871 nomeado seu prelado domestico e prelado assistente do trono pontificio e conde romano. Teve o titulo de conselho do Imperador e comendador da ordem de Cristo. De volta ao Brasil foi elevado pela Princesa Regente Isabel a bispo de Cuiabá, onde se destacou pelo seu zelo religioso. Quando da chegada na Diocese de Mato Grosso, em maiode 1879, D. Carlos Luiz D’Amour expressava preocupação a respeito do estado em que ela se encontrava. Os templos careciam de reconstrução e de reparos. D. Carlos, em sua primeira Carta Pastoral com o propósito de remodelar o clero vigente em Mato Grosso, conclamavaos párocos a: partilhar conosco o cuidado do Rebanho outorgando-lhes a função de “sentinelas” da religião Católica. Dedicouboa parte de seu discurso na tentativa de demonstrar aos párocos a importância de suas funções diante da sociedade no combate às novas idéias liberais.Pois, aos sacerdotes cabia a recondução dos fiéis aos ensinamentos católicos, numa atitude que levaria à regeneração da sociedade, visto que, dependia dos párocos: quase todo o bem das almasdos Parochianos, e por um d’estes muitas vezes se reforma um povo inteiro Ao manter uma postura digna, honesta, impessoal e amável, ossacerdotes não só modificariam a visão dos habitantes sobre ospadres, mas principalmente sobre a própria Igreja Católica. Para o Bispo D. Carlos, somente através da doutrina católica seria possível trazer o progresso e retirar a população do estado de ignorância em que se encontrava, fazendo com quepercebessem as inúmeras vantagens de que todos gozamos, professando a fé católica e vivendo no seio da verdadeira civilização" Na Questão Servil a Pastoral de D. Carlos Luiz d'Amour , frisava que a escravidão antes de ter sido condenada pela história , pela civilização dos povos “ já o tinha sido pela moral Católica" Promovia a alforria e fulga de Escravos com a ajuda da Irmandade do Rosário. Os salesianos de Dom Bosco, liderados por Luiz Lasagna, chegaram a Cuiabá em 1894 a pedido do Bispo Dom Carlos para auxiliar no trabalho pastoral e na evangelização dos índios bororos. Dom Carlos exerceu seu episcopado em um contexto histórico de intensas transformações econômicas, sociais e políticas, o que possibilitou a amplos setores ampliarem seus horizontes de expectativas de futuro. No cenário da Província, depois estado de Mato Grosso, ocorreu a reabertura da navegação pela bacia Platina, em 1870, e a ligação telegráfica de Cuiabá ao Rio de Janeiro, cuja linha foi inaugurada em 1898, influenciando os hábitos, costumes e o cotidiano da população em decorrência da inserção da região no comércio internacional, da melhora nas comunicações com a capital do país, do estabelecimento de imigrantes e da penetração dos ideais da modernidade, referências até então pouco difundidas em virtude das dificuldades de acesso e da


irregularidade nas comunicações. Esse efervescente período de mudanças foi acentuado com a Abolição da Escravatura, em 1888, e com a Proclamação da República, em 1889, sendo que esse último acontecimento resultou no estabelecimento de um Estado laico no Brasil, conjuntura inédita para o catolicismo no país, com a perda de privilégios, mas também de espaço na vivência religiosa das pessoas em razão da abertura dada para a penetração de novas tendências confessionais e filosóficas. Inserido nesta realidade, Dom Carlos adotou uma postura intransigente, negando-se a qualquer tipo de diálogo no que se referia à defesa da doutrina, dos direitos da Igreja e do clero como forma de solidificar a concepção eclesial ultramontana e romanizadora aos tempos da República. Os dados levantados permitiram perceber que ele se envolveu em confrontos diretos com autoridades governamentais, veículos da imprensa escrita, lideranças espíritas e protestantes, membros da Liga de Livres Pensadores, promotores de festas religiosas, irmandades, dentre outros setores da sociedade civil Acompanhando essas observações, o historiador Virgílio Corrêa Filho (1994, p. 665) discorre que o antístite em comento "[...] não se amedrontava de nenhum perigo, uma vez convicto do acêrto de suas decisões", o que levou os detratores a qualificarem-no como intolerante em virtude "[...] da sua firme obstinação [no trato de diversas questões], atribuída, pelos desafetos, a teimosia pirracenta". Foi eleito sócio correspondente do IHGB em 2 de outubro de 1892, e honorário em 1901. Foi Autor de 40 Pastorais. Fonte: A elite eclesiástica no bispado do Maranhão/O episcopado de D. Carlos Luiz D'Amour em Cuiabá


Celso Tertuliano da Cunha Magalhães (Viana - Maranhão, 11 de novembro de 1849 -?, 9 de junho de 1879), conhecido como Celso de Magalhães, foi um escritor brasileiro e o pioneiro do estudo do folclore no Brasil, adotando uma metodologia que lançou as bases do folclorismo nacional. Seu trabalho focou especialmente a poesia popular, mas ele incursionou por outras áreas como o teatro, a poesia, a ficção e a crítica. Começou sua carreira de folclorista produzindo artigos sobre a tradição oral de origem portuguesa quando ainda era estudante de Direito, que foram publicados em 1873 sob o título A poesia popular brasileira no jornal acadêmico O Trabalho, de Recife, versando sobre uma multiplicidade de temas do folclore. Os dez artigos foram republicados em outros jornais e o autor tinha planos de reuní-los em um livro, mas os manuscritos se perderam e com eles significativa quantidade de material inédito igualmente desapareceu. O seu primeiro trabalho ficcional foi a novela Ela por ela, que apareceu no jornal O País em 1870, à qual se seguiram outras obras de ficção, como o romance Um estudo de temperamento (1870) e a novela Pelo Correio (1873). No campo do teatro deixou um esboço incompleto intitulado O Processo Valadares (1873) e o drama perdido O Padre Estanislau, além de prefácios para peças alheias e coletâneas de crônicas teatrais. Bibliografia • Nascimento, Braulio do. Celso de Magalhães: Pioneiro dos Estudos de Cultura Popular no Brasil. In Comissão Nacional de Folclore & Comissão Maranhense de Folclore. Anais do X Congresso Brasileiro de Folclore. São Luís, 18 a 22 de julho de 2002 [1] Celso da Cunha Magalhães – Academia Maranhense de Letras Celso da Cunha Magalhães nasceu na fazenda Descanso, no hoje município de Penalva, a 11 de novembro de 1849 e faleceu em São Luís, a 9 de junho de 1879. Eram seus pais o tenente-coronel José Mariano da Cunha e Maria Quitéria de Magalhães Cunha. Estudou primeiras letras na sua cidadezinha natal que ele evocaria saudosamente nos versos. Passou-se em seguida a São Luís e depois ao Recife, onde cursou a Faculdade de Direito, tendo colado grau em Ciências Sociais e Jurídicas, ao termo de um curso brilhante. Estudante no Recife, participou de vários movimentos de renovação literária e cultural. Teve, marginalmente, na sua época, os olhos abertos para os estudos do folclore como ciência. E acadêmico ainda, mas de pensamento maduro e alicerçada cultura humanística, publicou no Recife e em São Luís um magistral ensaio sobre a nossa poesia popular. Regressando formado, foi nomeado por Gomes de Castro promotor público da Capital, sendo demitido pelo Barão de Grajaú, por haver denunciado a esposa deste titular do Império, acusada da morte de dois escravos. Celso era de uma inteireza moral rara em nossos dias, como bem patenteia a sua posição no ruidoso caso judiciário em que pôs o dever


acima das conveniências. Incursionou superiormente por diversos caminhos literários: o teatro, a poesia, o romance e o ensaio, a crítica literária, o folclore. Colaborou ativamente nos jornais SemanárioMaranhense, O País, O Tempo, de São Luís, e, em Recife, nas folhas Jornal do Recife, Correio Pernambucano, O Trabalho e Oiteiro Acadêmico.



César Augusto Marques (Caxias, 12 de dezembro de 1826 — Rio de Janeiro, 5 de dezembro de 1900) foi um médico, professor, escritor, tradutor e historiador brasileiro.[1][2][3] Biografia Filho do Dr. Augusto José Marques, um farmacêutico português estabelecido na cidade de Caxias no início do século XIX, César Marques fez os seus estudos secundários em São Luís do Maranhão. Concluiu o curso de Medicina em Salvador, na então Província da Bahia, em 1854.[1][3] Vida acadêmica César Marques é patrono da cadeira de n° 22 do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão (IHGM), além da cadeira de n. 35 da Academia Maranhense de Letras e da de n° 7 da Academia Caxiense de Letras.[1][3]


Obras • • •

Marques, Cesar Augusto (1870). Diccionario historico-geographico da provincia do Maranhão. 3. Maranhão: Typ. do Frias Marques, Cesar Augusto (1878). Diccionario historico, geographico e estatistico da Província do Espírito Santo. Rio de Janeiro: Typographia Nacional. 248 páginas Marques, Cesar Augusto (1874). História da Missão dos padres capuchinhos na ilha do Maranhão e suas circunvizinhanças pelo padre Cláudio d'Abbeville. Maranhão: Typ. do Frias


Machado, Clementino Plácido de Miranda, m.1852? - Biblioteca Nacional Digital de Chile Machado, Clementino Plácido de Miranda, m.1852? (1)

Mapoteca / Colección General Reconhecimento do rio Uruguay corrigido de Buenos Ayres atê o salto e levantado d'ahi atê a



Frei Custódio Alves Serrão (Alcântara, 2 de outubro de 1799 - Rio de Janeiro, 10 de março de 1873) foi um cientista brasileiro e diretor do Museu Nacional entre 1828 a 1847. Sua gestão foi marcada pela institucionalização do museu, tendo aliás formulado o primeiro regimento, datado de 3 de janeiro de 1842. Buscou também aumentar a proporção de objetos nacionais no acervo do museu, principalmente coleções mineralógicas.[1] Protestou em 1844 pela má condição de conservação dos itens do acervo. [2] De 1859 até 1861, Alves Serrão foi diretor do Jardim Botânico do Rio de Janeiro.[3] Estudou ciências naturais na Universidade de Coimbra. Tornou-se professor de física e química.[4] Referências 1. ↑ Fernandes, Antonio Carlos Sequeira; Henriques, Deise Dias Rêgo (22 de janeiro de 2016). «José da Costa Azevedo e Custódio Alves Serrão: da formação na Universidade de Coimbra à estruturação do Museu Nacional no Brasil». Imprensa da Universidade de Coimbra: 197–206. ISBN 9789892607641. doi:10.14195/978-989-260764-1_14 2. ↑ Fellet, João (8 de setembro de 2018). «Em 1844, diretor do Museu Nacional já se queixava de condições precárias e falta de recursos». BBC News Brasil (em inglês) 3. ↑ Cliente. «Os Diretores do Museu Nacional / UFRJ» (PDF). webcache.googleusercontent.com. Consultado em 26 de setembro de 2018 4. ↑ «Necrológio de frei Custódio Alves Serrão - IHGB - Instituto Histórico Geográfico Brasileiro» Necrológio de frei Custódio Alves Serrão - IHGB - Instituto Histórico Geográfico Brasileiro





Domingos de Almeida Martins Costa (Brejo, Maranhão, 15 de julho de 1851 — Petrópolis, 2 de abril de 1891) foi um médico cardiologista brasileiro. Filho do alferes Domingos de Almeida Martins Costa e de Ludovina Martins Ferreira, proprietários de terras na região do Brejo dos Anapurus, no Maranhão. Era neto paterno de Luís Augusto Martins da Costa e de D. Caetana de Almeida Brandão, e neto materno de Manuel Martins Ferreira e de D. Durçulina Maria da Conceição. Seu primo foi o senador Cândido Mendes de Almeida, proveniente da mesma região. Também, seu irmão foi o jurista José de Almeida Martins Costa, este, desembargador do Tribunal de Justiça da Província de São Pedro do Rio Grande do Sul (atual Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul), tendo exercido a presidência da corte de 1891 a 1892 [1], além de José ser o fundador do ramo do Rio Grande do Sul da família Martins Costa. Domingos radicou-se no Rio de Janeiro, a cidade onde mais atuou na sua profissão, tornando-se um conceituado médico na província. É um dos principais ascendentes duma tradicional família brasileira do Maranhão, e que se difundiu nos estados do Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul: os Martins Costa. Foi eleito membro da Academia Nacional de Medicina em 1876, ocupando a Cadeira 6, com o número acadêmico 118, na presidência de José Pereira Rego.[2]


Referências 1. ↑ Lista dos ex-presidentes do TJRS no site do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul 2. ↑ Biografia na página oficial da Academia Nacional de Medicina Ligações externas • Genealogia da família Martins Costa




Domingos Thomaz Velles Perdigão nasceu em São Luís no ano de 1842. Foi relojoeiro, produtor de vinho e alimentos enlatados, tendo sido premiado pela qualidade de seus vinhos de caju. Sua atuação como professor de música se deu durante a década de 1860 no Collegio Perdigão, de seu pai. Nesse contexto, produziu três importantes obras: o método ‘Principios Elementares de Musica’, de 1869, e dois álbuns de música com registros de peças que circulavam na época, contemplando repertório de músicos locais. Foi em definitivo para Portugal em 1883, residindo em Santa Comba-Dão até seu falecimento em 1899. Bibliografia CERQUEIRA, D. L. Audio-Arte: memórias de um blog musical. Rio de Janeiro: Edição do autor, 2017. CERQUEIRA, D. L. O Piano no Maranhão: uma pesquisa artística. Tese (Doutorado em Música) – PPGM, UNIRIO, Rio de Janeiro, 2019.



FREITAS, Ernesto Adolfo de. - DA IMITAÇÃO DE CHRISTO. (ed. Da officina de Barbou - Paris 1789) em linguagem por Ernesto Adolfo de Freitas. Lisboa: Imprensa Nacional, 1884. Encadernado



Estêvão Carvalho | AVL (avlma.com.br) Estêvão Rafael de Carvalho nasceu em Viana, em 20 de janeiro de 1808(*), de família tradicional, sendo seus pais João de Carvalho Santos e Margarida Francisca de Araújo Carvalho. Ainda moço seguiu para Coimbra (Portugal), onde foi continuar seus estudos de nível superior, em Matemática e Filosofia. Era casado com dona Olívia de Jesus Soeiro de Carvalho com quem teve um filho, batizado também de Estêvão Carvalho. Neste ponto, torna-se necessário deixar bem claro aos vianenses que o Estêvão Carvalho de quem se ouve contar alguns casos familiares desabonadores de sua conduta como marido e pai, não era o velho e respeitável jornalista, mas o seu filho, que trazia o mesmo nome do pai. Estêvão Carvalho era professor, orador, parlamentar e jornalista. Foi eleito deputado à Assembléia Geral para a legislatura de 1834-1837, durante a qual teve atuação marcante, pela sua inteligência e suas intervenções irônicas e cheias de mordacidade, com propostas polêmicas que despertaram grandes discussões na Corte. Foi, também, membro destacado da Assembléia


Provincial. Deixou várias contribuições literárias e jornalísticas de considerável valor. Publicou em 1837 A Metafísica da Contabilidade Comercial e traduziu do alemão o poema A primavera, de Kleist. Estêvão Carvalho era um homem destemido, dotado de uma inteligência penetrante, que se destacou em todas as suas atividades, seja como jornalista, professor ou parlamentar. Era membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e Inspetor do Tesouro Público Provincial. Atuou, também, como juiz ordinário, em sua cidade natal. Seu nome ficou definitivamente ligado ao jornal que fundou, em 1838, O Bemtevi (grafia original), que se caracterizava por sua linguagem veemente e combativa. Para o professor e pesquisador, Sebastião Jorge, “O Bem-te-vi foi um dos jornais mais polêmicos de sua época. Era um jornal bem escrito, o que identificava a formação cultural do seu editor. Nos seus mais de três meses de atividades, deixou um rastro de inquietação, controvérsias, sendo alvo de insultos, acusações e defesas” (Jorge, Sebastião. A linguagem dos pasquins. São Luís, 1987, p.98). Para Astolfo Serra, não há dúvida quanto à relação do Bem-te-vi com a eclosão da Balaiada: “Estevam Rafael de Carvalho foi, sim, o principal responsável intelectual da Balaiada. O seu jornal O Bentevi deu nome aos rebeldes já que o dera à facção política a que se diziam pertencer os balaios” (Serra, Astolfo. A balaiada. Rio de Janeiro: Bedeschi, 1946, p.248). Nascimento Morais Filho, um estudioso respeitável da vida de Estêvão Carvalho, não hesita em classificá-lo como gênio. Vale a pena transcrever esta impressão de Antônio Lopes (História da imprensa no Maranhão, p.85) sobre seu ilustre conterrâneo: “No decurso de uma existência que não passou dos trinta e oito anos Estêvão Rafael havia de guardar fidelidade às inclinações manifestadas mal ainda saíra da adolescência, e persistir naquele amor ao estudo que lhe proporcionou vasto cabedal de conhecimentos em vários ramos da ciência. Dotado de extrema facilidade para aprender línguas, traduziu o latim, o grego, o francês, o inglês, o italiano, o alemão e o castelhano e sabia algo de tupi-guarani […]“ Não se pode deixar de destacar, por fim, o perfil biográfico traçado pelo seu conterrâneo, Astolfo Serra, em seu estudo sobre A balaiada, tomando sua personalidade em várias dimensões e nos fornecendo esta eloquente imagem: “Figura muito curiosa da história política do Maranhão é, sem dúvida, a de Estevam Rafael de Carvalho. Conjugavam-se-lhe na personalidade predicados os mais chocantes. À austeridade impressionante de sua vida pública unia um temperamento irrequieto e combativo, atirando-se à luta de corpo aberto, com um desprendimento político de verdadeiro quixote… Hoje, um século depois, estudando-se-lhe a vida, não é possível ao historiador sincero fugir ao dever de proclamar-lhe as virtudes morais e cívicas, que foram maiores do que os seus mil e muitos pecadilhos de líder do povo.“ Estêvão Rafael da Carvalho faleceu em 26 de março de 1846, em São Luís, aos 38 anos de idade. Por Lourival Serejo (*) A data de seu nascimento é a mesma de seu batismo. Talvez por ainda não existir cartório na cidade ou pela importância do papel da Igreja na época, era muito comum usar-se o batistério como registro de nascimento, conforme consta em sua documentação de matrícula na Universidade de Coimbra.


EUCLIDES FARIA nascido em São Luis a 26/3/1846 e falecido em Belém, Pará, a 11/10/1911. Poeta humorista e lírico correio. Cronologicamente, embora, pareça estar mais justamente no ciclo anterior, pertence de direito a este outro. Joaquim de Albuquerque, o seu pseudônimo nas "Secas e Mecas" da "Civilisação". Bibl.: "Diversos" — Maranhão, 1875; "Arabescos" — Maranhão, 1875; "Miscelânea" — 1882; "Cartas ao compadre Tiburcio" (Noticias da capital por Lourenço Gomes Furtado) — S. Luis, 1880; "Cartas a pae Tobias" — 1883; "Retratos a giz" — Maranhão, 1886; "Obras" — Maranhão, 1886; "Brisas da Amazônia" — 1897; "O Tacacá", revista em 1 ato, publicada com a segunda edição das "Cartas ao Compadre Tiburcio" — Maranhão, 1908.


... EUSÉBIO DE ALMEIDA MARTINS COSTA casou-se em segundas núpcias, na fazenda Santa Cruz, com sua cunhada VICTORIA GONÇALVES RODRIGUES [42.107b], n. 14-09-1858 na fazenda Santa Cruz, em Brejo dos Anapurus MA [v. 42.062]. Filha de Victoria Antônia Gonçalves e de Lino José Rodrigues. Foram pais de:



Fábio Alexandrino de Carvalho Reis (Cantanhede, 13 de outubro de 1815 — Rio de Janeiro, 26 de fevereiro de 1890) foi um político brasileiro. Filho de António José dos Reis e de dona Anna Rosa de Carvalho Reis. Foi presidente da província do Pará, de 12 de maio a 8 de agosto de 1860,[1] além de ser inspetor da alfândega paraense por dez anos (1853 - 1863). É pai do engenheiro e urbanista Aarão Reis. Referências 1. ↑ Galvão, Miguel Archanjo (1894). Relação dos cidadãos que tomaram parte no governo do Brazil no periodo de março de 1808 a 15 de novembre de 1889. Rio de Janeiro: Imprensa nacional. p. 91


SBHC_revista3 Engenharia e saneamento: a trajetória profissional de Fábio Hostílio de Moraes Rego (1870-1916) Engineering and sanitation: the professional and institutional life of Fábio Hostílio de Moraes Rego (1870-1916) SIMONE FADEL Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ RESUMO: Apresenta-se a trajetória profissional do engenheiro Fábio Hostílio de Moraes Rego, que se deu durante o processo de institucionalização do campo profissional da engenharia nacional. Era o período do fim do Império e início da República, em um contexto de criação de instituições como o Instituto Politécnico e, posteriormente, o Clube de Engenharia. Dada a trajetória profissional de Moraes Rego, abordarei alguns temas em especial, tais como a implantação de estradas de ferro, o melhoramento portuário e o saneamento de áreas rurais. Palavras-chave: Fábio Hostílio de Moraes Rego; portos; saneamento; estradas de ferro Segundo o documento, Moraes Rego nasceu na Província do Maranhão, na cidade de ItapicuruMirim, filho de fazendeiros locais “já empobrecidos na sua juventude”. Seu estudo na Província do Rio de Janeiro foi viabilizado pela ajuda de familiares e da própria Província do Maranhão, como pensionista. Nota-se que a origem social de Fábio não difere da grande maioria dos engenheiros da época. Ele pertencia a uma família ligada à elite agrária do país, que, “mesmo empobrecida”, não deixou de acionar os laços familiares ou mesmo governamentais para a realização de sua formação intelectual. Com relação à sua formação profissional, as fontes consultadas apresentam duas possibilidades: formação na Escola Central ou Politécnica. Na ficha de ingresso no Clube de Engenharia, encontramos os seguintes dados: O engenheiro civil Fábio H. de Moraes Rego, natural do Maranhão, formado pela Escola Politécnica Imperial do Brasil, em 1880, teria se associado ao Clube por indicação do engenheiro Aarão Reis, em 16 de junho de 1884, e se tornado sócio efetivo em 3 de julho do mesmo ano. No entanto, seu nome não consta entre a lista dos formandos da Escola Politécnica. Além disso, no seu necrológio, o engenheiro César de Campos afirma que ambos haviam freqüentado a Escola Central. Mesmo nos dados biográficos apresentados por Hélio de Moraes Rego essa questão não fica clara, quando afirma que “ingressou na Escola Central (Politécnica) formando-se em Engenharia Civil com o grau de Bacharel em Matemática”.10 É sabido que, quanto à formação dos engenheiros, a Escola Central foi fundada, em 1858, com o propósito de separar o ensino militar da engenharia do ensino civil. A Escola Politécnica do Rio de Janeiro, sucessora da Escola Central, foi criada por decreto em 1874, contendo, além do curso geral, com duração de dois anos, os seguintes cursos especiais: ciências físicas e naturais; ciências físicas e matemáticas; engenheiros geógrafos; engenheiros civis; engenheiros de minas; e de manufaturas. Embora nas fontes apresentadas exista divergência quanto à instituição em que Fábio H. de Moraes Rego se formou, é relevante destacar que, nessas instituições, a formação do engenheiro civil já estava definida, pelo menos em contraposição ao engenheiro militar, e, em ambas, encontramos conteúdos de ensino pertinentes à sua atuação posterior. No entanto, a participação de Fábio, antes de 1880, como se verá no decorrer desta apresentação, indica que sua formação ocorreu na Escola Central. Com relação à sua vida profissional, uma característica da atuação desse engenheiro favoreceu a descoberta de fontes: Moraes Rego pertenceu, em grande parte da sua vida profissional, à burocracia estatal, tanto do Império como da República. Assim, utilizei inúmeros relatórios ministeriais, principalmente da Agricultura, em busca de uma indicação sobre sua atuação. Cabe destacar que a inserção dos engenheiros na burocracia estatal, ocupando cargos e postos de trabalho condizentes com sua formação, foi uma constante tanto no Império como na República. Segundo Vânia Cury, este seria o resultado das alianças entre sua corporação profissional, no caso analisado o Clube de Engenharia, e as instâncias do poder central


Livro Leal, Fabio Nunes Apontamentos Para a Discussão do Projecto do Codigo Civil Apontamentos Para a Discussão do Projecto do Codigo Civil / Fabio Nunes Leal. Imprenta: Rio de Janeiro, Typ. Bernard Pires, 1901. Descrição Física: 58 p. Referência: 1901. Disponibilidade: Rede Virtual de Bibliotecas


Falecimento do general Feliciano Antônio Falcão, distinto na defesa da legalidade durante o período das nossas guerras civis. Nasceu em São Luís do Maranhão a 31 de maio de 1810 (ver biografia no Panteon maranhense). Coronel PMMA Furtado: junho 2018 (celqopmfurtado.blogspot.com) 31 de maio, no ano de 1810, nascia em São Luís do Maranhão, Antônio Feliciano Falcão, filho do brigadeiro Manuel Antônio Falcão que em virtude do posto e dos encargos que possuía no Exército Português, residia com a família no Quartel do Campo do Ourique (5º Batalhão de Infantaria, construído no período colonial entre os anos de 1793 a 1797), na região da cidade onde atualmente se encontra compreendida a área desde o início da Praça do Panteon, na Rua Rio Branco (antiga Rua dos Remédios) até o fim das Avenidas Gomes de Castro e Silva Maia, abrangendo os espaços ocupados pelo Colégio Liceu Maranhense, SESC, a Biblioteca Benedito Leite e parte da Praça Deodoro (outrora Praça da Independência), segundo o professor Euges Lima do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão. Desde o seu nascituro, em razão das preocupações de seu pai com a segurança das duas vidas, sua e de sua genitora, a senhora Maria do Carmo Monteiro que manifestara os sintomas de que estava prestes a hora do parto, sem que a parteira se apresentasse, dirigiu-se a um grupo de soldados que lhe acercavam a porta da residência e perguntou-lhes se algum destes se atrevia a receber a criança, voluntariando-se, um destes, latagão reforçado e corpulento que mais tarde, soube tratar-se de Antônio, barqueiro, conhecido que vangloriou-se de receber em seus braços, um verdadeiro herói. São nas palavras do Dr. Antônio Henriques Leal, autor da obra Pantheon Maranhense – Ensaios Biographicos, publicado pela Imprensa Nacional de Lisboa em 1874, a descrição dos motivos ensejadores que rodeavam Falcão para seguir a carreira militar:”..estava, pois predestinado a seguir as armas, a que o attrahiam os mui poderosos incentivos que o rodeavam: a família, cujo chefe era militar; o lugar onde folgava – destinado para os exercícios das tropas; seus brincos – as balas e os canhões; a musica que o despertava e o acalentava – os toques das cornetas e dos clarins, o rufar dos tambores, o estrondo da artilheria, e os gritos das sentinelas: o ambiente, por fim, que muitas vezes respirava n’essa atmosfera impregnada de fumo da pólvora.” Aos três anos já havia sentado praça e sido reconhecido como Cadete (26 de outubro de 1813), aos 10 anos promovido a Alferes (04 de julho de 1820), aos 13 anos a Tenente (12 de outubro de 1823) e aos 15 anos ao posto de Capitão (03 de maio de 1825).


A época era delicada e vidrosa porque os espíritos estavam inquietos e abalados de comoções, contestações, dissenssões e ódios fermentados quando lhe foi confiado o comando da guarnição de Caxias, cuja posse ocorreu a 19 de março de 1828, conseguindo num prazo de um ano reestabelecer em todo o Distrito, perfeita tranquilidade, segurança individual e da propriedade, e a confiança dos povos nas instituições. O culto do dever, o espírito reto e imparcial que se manifestara desde os mais verdes anos, desenvolveu-se e fortaleceu-se no dia-a-dia, nobilitando-o, conservando-se puros e inquebrantáveis. A boa fama, a estima e saudades de todos os caxienses, fez com que o governo lhe entregasse o comando do 11º Corpo de Artilharia de Posição que embora não fosse à sua arma, foi lhe confiado porque necessitava de que o disciplinasse e o adestrasse nos exercícios militares, cuja comissão exerceu de 19 de setembro de 1829 a 17 de maio de 1831, quando entrou para o 15º Batalhão de Caçadores. Poucos meses depois ocorrendo um motim entre as tropas aquarteladas no Campo do Ourique, onde o Capitão Falcão, notando a frouxidão do Comandante das Forças, apresentou-se no conflito voluntariamente com seu piquete, primeiro de que qualquer outro, declarando-se a favor das autoridades constituídas, impedindo com o risco da própria vida que as tropas aquarteladas cedessem aos apelos dos amotinados, o qual foram vencidos. Posteriormente, foi criado em São Luís, capital da Província, a Companhia de Guardas Municipais Permanentes, onde assentaram praça muitos filhos das principais famílias, cuja tropa lhe foi conferido o comando desde 22 de janeiro de 1832 até 21 de junho de 1836, cujo interregno de tempo gozava de boa reputação, exemplar organização e instrução. Com as crescentes necessidades da Província de um corpo mais desenvolvido e que tivesse a seu cargo todo o policiamento, em face dos graves problemas de segurança pública que ocorriam com a fuga de escravos das fazendas que se embrenhavam nas matas, organizando-se em hostes agressivas (quilombos) causando enormes prejuízos à lavoura, semeadura do terror entre as populações do interior da Província e que se juntavam a índios bravios, fez com que os deputados provinciais Antonio José Quim, José Joaquim Rodrigues Lopes e Manoel Gomes da Silva Belfort, na legislatura de 1836, subescrevessem um Projeto de Lei, criando no Maranhão, um Corpo de Polícia, sob o comando de um major, com um efetivo de 644 praças, divididas em quatro companhias. Discutido amplamente o projeto foi convertido na Lei Provincial nº 21 de 17 de junho de 1836, sancionada pelo presidente Antonio Pedro da Costa Ferreira (depois Barão de Pindaré) que desta forma criou o CORPO DE POLÍCIA DA PROVÍNCIA DO MARANHÃO com jurisdição provincial e que é a gênese da atual POLÍCIA MILITAR DO MARANHÃO. (VIEIRA FILHO, 1975) Feliciano Falcão foi nomeado por Portaria de 23 de junho de 1836 e comandou a força policial até 30 de novembro de 1841. Em sua biografia, consta: ”... a força provincial podia servir de modelo em todos os sentidos, e nem invejava ao melhor corpo de linha. Era uma garantia e segurança para todos, um auxiliar poderoso no descobrimento de criminosos, na execução das ordens do governo, na manutenção da tranquilidade pública. Todas as horas d’este brioso militar, todas as suas vigílias, cuidados e cogitações empregava-os nos negócios d’esse Batalhão, que creára, organisára e instruíra. Sem embargo de ser seu filho mimoso, nem por isso o tractava com mais indulgencia e vigiava menos para que não descahisse um apice sequer. Tudo passava por suas vistas e mãos, e de tudo cuidava – do rancho, do fardamento, do soldado na moléstia: attendia às queixas d’elles e ás dos particulares, e ai do que incurria no seu desagrado por quebra de disciplina, por abusos ou por frouxidão; que não havia dobrar o justiceiro comandante para que aliviasse o delinquente do castigo que lhe marcava! Quem não viu ou não soube que Falcão, nas noites escuras e tempestuosas, por baixo de chuva e descalço, a fim de que não o pressentissem, rondava as ruas da cidade para observar se as sentinelas estavam a postos e as rondas nas suas diligencias? Dahi também ganhou esse Corpo tamanha confiança e fama que ninguém se atrevia a afrontar as leis em presença de um soldado de policia, e era bastante um ou dous para que qualquer ajuntamento de povo se contivesse nos limites da ordem ou se dispersasse quando lhe era isso intimado. Que distancia immensa não vae do Corpo de Policia comandado por Falcão do que foi ele depois? Que de transformações se têem operado n’elle de então para cá!... As subelevações e revoltas foram frequentes no tempo da Regência (entre 1831 a 1840) e a Balaiada (revolta popular ocorrida no Maranhão entre 1838-1841), fez com que paralelamente ao comando do Corpo de Polícia da Província, Feliciano Antonio Falcão fosse nomeado a 13 de março de 1839, comandante das operações pelo presidente da Província, Manuel Felizardo de Souza e Mello. Neste levante em um ataque nas Areias, a duas léguas da Vila do Munim, um covarde oficial incumbido de flanquear os rebeldes e ataca-los pela retaguarda deixou de cumprir suas ordens fazendo com que quase mil homens fossem mortos e feridos, por outro lado, fugiu-lhe ao devido apoio o Comandante da Brigada, Coronel Sergio, a cujas ordens obedecia e quem deveria mandar tropas em auxílio da guarda avançada, pois do lugar em que se encontrava, estava com o grosso do exército e de lá era ouvido o som da mosqueteria e das cornetas; apesar de tudo isso Falcão não recuou, ao contrário avançou e depois ao receber reforços do então Alferes Antonio de Sampaio (morto, brigadeiro na campanha do Paraguai) recebeu o batismo de sangue, cobrindo-se de louros e feridas, recebidas com denodo, calma e desprezo da vida. Posteriormente o escritor dr. Domingos J. G. de Magalhães (barão de Araguaya) que servia de secretário do general (Duque de Caxias), demonstrou em Memória Histórica da Revolução do Maranhão com argumentos e provas irrecusáveis, a inocência de Falcão, vigando a sua memória. Posto a margem, por intrigas, foi designado para uma secretaria de guerra, mesmo assim a 9 de outubro de 1839 foi promovido a major. A 07 de março de 1840, o coronel Luiz Alves de Lima e Silva, Comandante das Armas do Maranhão, que não se deixava iludir por insinuações, descobrindo as boas qualidades de Falcão, o tirou do ostracismo, dispensou-o da comissão administrativa e o nomeou a 19 do mesmo mês de março, para tomar conta do acampamento de Vargem Grande, infestado de rebeldes, com 500 praças sob seu comando e a 13 de agosto já estava no comando da terceira coluna em operações quando foi condecorado com o oficialato da Imperial Ordem de Rosa pelos serviços prestados à pacificação da Província. Retornando a capital, a 15 de março de 1841 foi nomeado Prefeito de Polícia e a 18 de julho foi promovido a tenente coronel (cuja efetividade foi confirmada em 07 de setembro de 1842), onde a 20 de novembro conseguiu ser exonerado depois de muito instar por isso. De 16 de dezembro de 1841 até 31 de janeiro de 1843 foi-lhe confiado o comando do 7º Batalhão de Caçadores e como tal passou novamente a comandar a guarnição de Caxias.


Foi designado para comandar o 5º Batalhão de Fuzileiros, o qual reorganizou e elevou-o a um grau elevado de disciplina, pois nas cidades, como nos campos de batalha, deixavam bom nome, tornavam-se simpáticos às populações, ao mesmo tempo em que os desordeiros e malfeitores os temiam, e os potentados e influências eleitorais os respeitavam, porque eram de todos os conhecidos os brios do 5º e sabia-se que seu comandante não transigia com as parcialidades políticas e nem contravinha às ordens legais das autoridades constituídas. O 5º Batalhão de Fuzileiros foi transferido para a Província de Pernambuco em 1848 e ali Falcão e seus comandados prestaram relevantes serviços, onde o governo imperial, o premiou a 05 de maio de 1849, com a Imperial Ordem do Cruzeiro e de Comendador da Roza, sendo a 18 de novembro do mesmo ano promovido ao posto de Coronel, por distinção. Em solo estrangeiro contra Oribe e Rosas (episódio de uma longa disputa entre Argentina, Uruguai e Brasil pela influência do Paraguai e hegemonia na região do Rio da Prata), o 5º destacou-se na batalha de Monte-Caceros, integrado a segunda brigada da divisão brasileira, sob o comando do bravo maranhense. A 03 de março de 1852, Falcão foi elevado ao posto de brigadeiro e a 14 de junho recebeu a dignatária Imperial Ordem do Cruzeiro e as medalhas da campanha do Rio da Prata. A 06 de dezembro de 1852 foi nomeado diretor do Arsenal de Guerra da Corte e a 17 do mesmo mês, Membro do Conselho de Administração para Fornecimento do mesmo Arsenal, função que exerceu por pouco tempo porque sua presença contrariava os especuladores e seus protetores, a corrupção até então desenfreada ia de encontro a sua conduta de incorruptível, probo e excessivamente zeloso de sua reputação. Mantendo a performance consagrada, foi exonerado a 11 de abril de 1853 e nomeado Comandante das Armas de Pernambuco a 11 de maio do mesmo ano. Falcão caprichava em suas obrigações, pontual em seus atos, pundonoroso, se melindrava ao menor reparo ou advertência. Contrariando os planos políticos do presidente de Pernambuco, recebeu em 19 de junho uma reprovação com muita aspereza, o que veio a lhe causar uma congestão cerebral tão grave que dela veio a sucumbir. Vítima de seus princípios e caráter, expirou este bravo guerreiro, legando a pobreza suas irmãs, a quem sempre servia de arrimo, modesto, solitário e pobre, serviu a pátria com amor e exemplar dedicação. Vivia dos seus soldos, entretanto sua bolsa estava sempre aberta para os necessitados. Conservou-se sempre solteiro, por julgar-se na obrigação de manter o legado de seus pais, seus irmãos necessitados e órfãos como ele. Seus restos mortais foram transportados à sua terra natal e em 16 de agosto de 1855, por iniciativa do negociante João Pedro Ribeiro que mandou-lhe fazer um pomposo funeral na igreja São João, onde presentes, ilustres maranhenses, foi recitada nénia poética da lavra de Augusto Cezar dos Reis Raiol e poesia de Trajano Galvão de Carvalho, ao exemplar militar. São luís – MA, 31 de maio de 2018 Carlos Augusto Furtado Moreir


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Felipe Franco de Sá (Alcântara, 2 de junho de 1841 — 1906) foi um magistrado e político brasileiro.[1][2][3] Foi promotor público, ministro da Guerra, ministro dos Estrangeiros (ver Gabinete Martinho Campos), ministro do Império (ver Gabinete Dantas), deputado geral e senador do Império do Brasil de 1882 a 1889.[2] Também possui um livro escrito: A Lingua Portugueza: Dificuldades e Duvidas - Com uma Critica por Candido de Figueiredo. Referências 1. ↑ «Senador Franco de Sá - Senado Federal». www25.senado.leg.br. Consultado em 26 de março de 2023


2. ↑ Ir para:a b «Filipe Franco de Sá - Dibrarq». dibrarq.arquivonacional.gov.br. Consultado em 26 de março de 2023 3. ↑ UFSC-NUPILL, UFSC-INE. «Biblioteca Digital de Literatura de Países Lusófonos». www.literaturabrasileira.ufsc.br. Consultado em 26 de março de 2023 Ligações externas • «Relatório apresentado à Assembleia Geral Legislativa na segunda sessão da décima-oitava legislatura pelo Ministro e Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros Filipe Franco de Sá, (29 de maio de 1882).» Disponibilizado pelo Center for Research Libraries



Francisco Dias Carneiro – Academia Maranhense de Letras Francisco Dias Carneiro nasceu na fazenda “Por-Emquanto”, no Município de Passagem Franca, a 23 de novembro de 1837 e faleceu em Caxias, a 17 de janeiro de 1896. Formado em Direito pela Faculdade do Recife, iniciou-se profissionalmente no ministério público, como promotor em Pastos Bons, passando-se à advocacia em São Luís; por fim, fez-se político, industrial e agricultor. Foi o presidente da primeira Câmara Municipal de Picos (hoje Colinas) e por mais de uma vez deputado provincial e geral pelo Maranhão, exercendo também a Vice-Presidência da Província. Homem de iniciativa e de ação, fundou a Companhia Prosperidade Caxiense, para construção de uma ponte sobre o Itapecuru, e incorporou duas fábricas de tecidos: a Companhia Industrial Caxiense e a Companhia União Caxiense. Sousa Bispo escolheu-o para patrono da Cadeira nº 27, da Academia Maranhense de Letras, atualmente ocupada por Arnaldo Ferreira.


Francisco Gaudêncio Sabbas da Costa (São Luís, 25 de novembro de 1829 — São Luís, outubro de 1874) foi um empresário, escritor e dramaturgo brasileiro, tendo trabalhado como servidor da Alfândega em São Luís, Maranhão[1].


Francisco Gaudêncio Sabbas da Costa era irmão do português João Gualberto, que nascera em 1793 em família nobre e instalou, em 1817, no Maranhão, a primeira fábrica a vapor para beneficiar arroz na então província, denominada Feliz Empresa. Sabbas da Costa tornou-se sócio do empreendimento em 1848[1]. Casou-se com a soprano italiana Margarida Pinelli Sachero, prima-donna da Companhia Lírica G. Marinangelli. Ela era viúva do tenor italiano Melchior Sachero, esse vítima de febre amarela, após temporada em São Luís[1]. Francisco Gaudêncio Sabbas da Costa integrou o primeiro Grupo Maranhense [1], clube de escritores maranhenses de tendência eminentemente romântica, entre os quais destacam-se: Gonçalves Dias, Odorico Mendes, João Lisboa, Sotero dos Reis, Trajano Galvão, Belarmino de Matos, Sousândrade, Gentil Braga, Gomes de Sousa, Henriques Leal, César Marques e Cândido Mendes. Esse grupo de escritores conferiria a São Luís o cognome "Atenas Brasileira", representados pela constelação das Plêiades no brasão da capital maranhense. Entre as obras de Sabbas da Costa, destacam-se[1]: • Francisco II ou a liberdade na Itália (1861), drama em 5 atos; • Pedro V ou o moço velho (1862), drama em 5 atos; • A buena-dicha (1862), comédia em 2 atos, prólogo e epílogo; • O escritor público (1862), comédia em 1 ato; • Garibaldi ou o seu primeiro amor; • O barão de Oiapoque (1863), drama em 3 atos e prólogo; • Beckman (1866), drama histórico em 7 atos; • Anjo do mal (1867), drama; • Os bacharéis (1870), comédia em 3 atos; • O amor fatal; • Rosina, romance; • Revolta, romance histórico; • Os amigos, romance, em 25 capítulos; • Jovita, novela, em 3 capítulos; • Jacy, a lenda maranhense, esboço de romance, em 14 capítulos. Além disso, Sabbas da Costa teve os seguintes contos publicados em jornais da época [1]: • O encontro; • Teatro de São Luís; • Como nasce o amor; • Simão Oceano; • A madrugada; • Maria do Coração de Jesus; • O baile; • O dote; • O adeus; • Não brinques; • Sinfrônio; • O homem do mal; • Encontro de Ronda com a Justiça. É o patrono da cadeira 39 do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão.

Francisco Gaudencio Sabbas da Costa – Raros e Inéditos (usp.br) Raros e Inéditos - dramaturgia brasileira do século XIX Centro de Documentação Teatral (CDT) Francisco Gaudencio Sabbas da Costa O Barão do Oiapoque – Sabbas da Costa 04/09/2022Francisco Gaudencio Sabbas da Costa1863matheuslacerda PDF da Obra Garibaldi ou seu primeiro amor – Sabbas da Costa 04/09/2022Francisco Gaudencio Sabbas da Costa1862matheuslacerda PDF da Obra Francisco II ou a Liberdade da Itália – Sabbas da Costa 04/09/2022Francisco Gaudencio Sabbas da Costa1861matheuslacerda PDF da Obra D. Pedro V. ou o moço velho – Sabbas da Costa 04/09/2022Francisco Gaudencio Sabbas da Costa1862matheuslacerda PDF da Obra PDF da Obra(2)




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Nome completo: Francisco José Viveiros de Castro Pseudônimo(s): Ignotos Nascimento: 1862 - Alcântara, MA Morte: 1906 - Rio de Janeiro, RJ Descrição: Sociólogo, funcionário público, professor, juiz do tribunal civil e criminal. Blake, no final do volume terceiro de seu Dicionário Bibliográfico Brasileiro, registra o nome deste autor como Francisco José de Viveiros e Castro. Contista, jornalista, crítico, orador

Francisco José Viveiros de Castro foi um político brasileiro. Foi presidente da província do Piauí, de 6 de julho de 1887 a 27 de junho de 1888. Wikipédia



Francisco Mariano de Viveiros Sobrinho , primeiro e único barão de São Bento[1] (Alcântara, 12 de janeiro de 1819 — Alcântara, 10 de janeiro de 1860) foi um proprietário rural, político e nobre brasileiro.[2] Biografia Filho do senador Jerônimo José Viveiros e de Ana Rosa Mendes, casou-se com Mariana Francisca Correia de Sousa.[3] Realizou os estudos básicos em Alcântara e cursos preparatórios em São Luís. Estudou Matemática na Universidade de Coimbra, graduando-se em 1839.[4] Ingressou na carreira política como deputado provincial pelo Maranhão, na legislatura de 1842.[4] Foi deputado da Assembleia Geral do Império pela província do Maranhão na 10.ª legislatura (1857-1860) e chefe do Partido Conservador.[4] Agraciado barão em 2 de julho de 1853 e Cavaleiro da Casa Imperial em 1855.[2] Com o falecimento do pai em 1857, concorreu à listra tríplice da vaga em aberto de senador, figurando como o segundo mais votado. O imperador Dom Pedro II, no entanto, indicou o terceiro colocado na votação, Joaquim Vieira da Silva e Sousa. [4] Renunciou ao mandato de deputado geral em 1959, retornando para Alcântara.[4] O barão possuía grandes extensões de terras em Alcântara, Viana, Guimarães e São Bento.[4] Tinha grande rivalidade política com Carlos Fernando Ribeiro, posteriormente Barão de Grajaú, líder político do Partido Liberal no Maranhão.[4] Seu filho, José Francisco de Viveiros, foi líder do Partido Conservador após a morte do pai, além de deputado geral e vicepresidente da província.[4] Seu casarão hoje abriga o Museu Histórico de Alcântara.


NGB - Encouraçado São Paulo (naval.com.br) O Encouraçado São Paulo, foi o segundo navio a ostentar esse nome na Marinha do Brasil em homenagem ao Estado e a Cidade de São Paulo. O São Paulo foi construído pelo estaleiro Vickers Sons and Maxim em Barrow-in-Furness, Inglaterra. Teve sua quilha batida em 30 de abril de 1907, foi lançado em 19 de abril de 1909, foi incorporado em 12 de julho de 1910. Foi seu primeiro comandante, o Capitão-de-Mar-e-Guerra Francisco Gavião Pereira Pinto, logo substituído pelo Capitão-de-Mar-e-Guerra Francisco Marques Pereira de Souza.


Francisco de Melo Coutinho de Vilhena – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org) Dr. Francisco de Melo Coutinho de Vilhena nascido em 07 de setembro 1818[Diário (MA). n.1331] na Vila de Caxias. Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade do Recife(6) na turma 1837, filho de Henrique de Melo C. de Vilhena, casado com Fca Thereza de Carvalho Vilhena; e faleceu em São Luiz em 11-01-1880; foi 4º Vice Presidente da Província do Maranhão por 10 dias e substituído por Dr. Salustiano F. Morais Rego, outro Caxiense. O periódico O Paiz (MA). n.9.p.2(7) traz uma biografia do falecido. Foi Sócio fundador do Instituto Literário Maranhense em 1864[Diário do RJ.n.99]. Integrou uma delegação de advogados composta por ele, Hermenegildo da Costa Nunes e o Juiz da Comarca de Caxias Antônio Manoel Ribeiro Júnior), para negociar a rendição de Caxias imposta pelos balaios em 1839 e depois esta mesma delegação, transformou-se em Comissão para negociar com Governador da Província.


DUARTE, Francisco de Paula Belfort *dep. geral MA 1867-1870; junta gov. MA 1889. Francisco de Paula Belfort Duarte iniciou sua vida política ainda no Império como deputado geral pela província do Maranhão entre 1867 e 1870. Defensor da causa republicana, após a proclamação da República pelo marechal Deodoro da Fonseca em 15 de novembro de 1889, integrou a primeira junta governativa do Maranhão, que assumiu o poder em 18 de novembro. A junta era presidida pelo tenentecoronel João Luís Tavares e integrada ainda pelo capitão-tenente Cândido Floriano da Costa Barreto, pelo tenente Augusto Frutuoso Monteiro da Silva, pelo capitão João Lourenço da Silva Milanez, pelo tenente-coronel Francisco Xavier de Carvalho e pelo civil José Francisco de Viveiros. Foi substituída em 17 de dezembro seguinte pelo presidente nomeado Pedro Augusto Tavares Júnior, que, em uma de suas primeiras medidas, dissolveu a Câmara Municipal de São Luís e, em seu lugar, criou a Junta Municipal para gerir negócios e interesses do município. Francisco de Paula Belfort Duarte presidiu a nova junta, composta também por Augusto Olímpio Gomes de Castro, José da Silva Maia, Manuel Bernardino da Costa Rodrigues e Joaquim de Sousa Andrade. Depois disso, mudou-se para o Rio de Janeiro, então Distrito Federal, onde ocupou o cargo de redator de debates do Senado Federal. No campo jornalístico, colaborou com os periódicos A Tribuna e O Liberal e dirigiu O Publicador Maranhense e O Globo. Alan Carneiro/Raimundo Helio Lopes FONTES: Culturatura. Disponível em: . Acesso em: 3/10/2008; MARQUES, C. Dicionário. Francisco de Paula Belfort Duarte Informações sobre o escritor • Nome completo: Francisco de Paula Belfort Duarte • Pseudônimo(s): Bellarte • Nascimento: Maranhão, Brasil • Descrição: Jornalista, advogado, deputado. Fonte(s) dos dados • COUTINHO, Afrânio; SOUSA, José Galante de. Enciclopédia de literatura brasileira. Rio de Janeiro: Fundação Biblioteca Nacional; Academia Brasileira de Letras, 2001. 2 v. ISBN 8526007238 • BLAKE, Augusto Victorino Alves Sacramento. Diccionario Bibliographico Brazileiro. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1893. 7 v. Título

Gênero

Ano

A Razão

Periódico

O Caleidoscópio

Teatro

O Caleidoscópio

Periódico

1860

O romance de um moço rico

Teatro

1860

Uma festa da indigência

Outros

1864

1862


Francisco de Paula Ribeiro Autores » Francisco de Paula Ribeiro


Sobre o autor: • Pachêco Filho, Alan Kardec Gomes. 2009. Um militar a serviço da coroa portuguesa no sul do Maranhão. ANPUH: XXV Simpósio Nacional de História. Fortaleza. Obras disponíveis: • Descripção do territorio dos Pastos Bons, nos sertões do Maranhão (Ribeiro 1849) • Mappa geographico da Capitania do Maranham (Ribeiro 1819) • Memoria sobre as nações gentias que presentemente habitam o Continente do Maranhão (Ribeiro 1841) • Roteiro da viagem que fez Francisco de Paula Ribeiro ás fronteiras da Capitania do Maranhão e da de Goyaz (Ribeiro 1848) Links externos:

1474633277_ARQUIVO_OSertaodoMaranhaonasmemoriasdeFranciscodePaulaRibeiro.p df (sbhc.org.br) Folhas Avulsas: FRANCISCO DE PAULA RIBEIRO – o devassador dos sertões de dentro (josepedroaraujo.blogspot.com)



Francisco Raimundo Ewerton Quadros (febnet.org.br) Ewerton Quadros nasceu na capital do Maranhão, em 17 de outubro de 1841, e faleceu no Rio de Janeiro aos 20 de novembro de 1919. Seu pai, Capitão honorário Francisco Raimundo Quadros, desencarnado no referido Estado do norte brasileiro, em 1874, criou outros filhos, entre eles um futuro oficial da Armada, falecido em Montevidéu, também em 1874. Órfão de mãe em tenra idade, Ewerton Quadros foi criado por sua tia e madrinha, que partiu para o Além em 1868. Fez na terra natal, com o maior brilhantismo, o seu curso de humanidades e, em princípios de 1860, rumou para o Rio. Aí, mal saído da Escola Militar, em 1864, como Alfares-aluno adido ap 1o. Batalhão de Artilharia a pé, segue a reunir-se às forças invasoras da Republica Oriental, o que lhe valeu as medalha C.O. Daí avança para o Paraguai, de onde volta, em 1870, como Capitão, Cavaleiro da Ordem da Rosa, da Ordem de Cristo e da Ordem de S. Bento de Aviz, e fazendo jus à medalha geral da Campanha do Paraguai com o passador de prata e o


número 5(P-5), bem como à medalha Argentina, concedida pelo governo dessa República, e à medalha(oval) de Paissandu. Desempenhou. Depois, e até 1872, várias funções nos Comandos Militares do Pará e Amazonas, sempre louvado em ordens regimentais "pelas nobres qualidades que o distinguem como militar disciplinado e severo cumpridor de seus deveres, pelos bons serviços que prestou com dedicação, zelo, inteligência e sisudez que o caracteriza". Forma-se me Engenharia pela Escola Central da Corte (atual Escola Politécnica), toma grau de Bacharel em Ciências Físicas e Matemáticas em 3/7/1874, e vai trabalhar um lustro no Rio Grande do Sul, como Ajudante da Comissão de Engenharia Militar naquele Estado sulino. Espírita desde 1872, conforme já falamos, logo começou a colaborar na propaganda da Doutrina Espírita, tendo sido um dos fundadores, em 7 de junho de 1881, do Grupo Espírita Humildade e Fraternidade, no Rio. Este Grupo, desdobramento do Grupo Espírita Fraternidade, que se instalara aos 21 de março de 1880, compunha-se de "algumas pessoas ilustradas que se consagravam ao estudo sério da doutrina espírita". Seus primeiros escritos espíritas saíram publicados na "Revista da Sociedade Acadêmica Deus, Cristo e Caridade", periódico fundado em Janeiro de 1881, o segundo órgão espírita surgido no Rio de Janeiro. O primeiro trabalho de Ewerton Quadros ali apareceu nos meses de agosto e setembro de 1881. Era um erudito estudo sobre "O Magnetismo na Criação". Seguiuse a este, em Fevereiro de 1882, bela poesia de sua autoria, em dezesseis estrofes de quatro versos, intitulada - "O Redivivo". E em seu número de Julho de 1882, a referida Revista estampava primorosa e edificante página poética recebida, através da mediunidade de Ewerton Quadros, aos 18 de junho de 1880. Intitulava-se "Morrer é deixar a ilusão pela verdade", e fora assinada com as iniciais A.A. Participou ativamente da fundação da Federação Espírita Brasileira, e foi eleito seu primeiro presidente (18841888). Nesse tempo era ele Major do Estado Maior de Artilharia do Exército. Em 1888, deu à FEB sede independente, pois que até então funcionava na residência de um que outro confrade. É assim que a FEB ficou instalada no sobrado do prédio número 17 da Rua Clube Ginástico Português, depois Rua Silva Jardim. Ewerton Quadros realizou, além de outras, duas eruditas conferências no salão da Guarda Velha, na Rua Guarda Velha (atual Av. 13 de Maio), enfileirando-se entre os que abrilhantaram aquele memorável ciclo de conferências públicas, de larga repercussão, patrocinadas pela FEB. Colaborou no "Reformador" e em outros órgãos da imprensa espírita até os derradeiros meses de sua vida terrena. Alguns meses antes de falecer, doou à FEB, da qual era presidente honorário desde 1891, muitos exemplares do seu livro "Os Astros", para com o produto de sua venda socorrer os pobres da Assistência aos Necessitados. Possuía Ewerton Quadros incontestável cultura e vasta erudição, sendo amplos os seus conhecimentos de Astronomia, História Natural e História Universal. Seus artigos em prosa eram às vezes assinados com o pseudônimo Freq. Revelou-se igualmente como poeta, publicando de vez em quando suas produções nos periódicos espíritas. Deixou em numerosos escritos e em várias obras o fruto de suas meditações iluminadas pelo Espiritismo. São de sua lavra: "História dos Povos da Antiguidade", escrita sob o ponto de vista espírita, até a vinda do Messias,etc.; "Os Astros", estudos da Criação; Conferência sobre "O Espiritismo", seu lugar na classificação das ciências, etc.; "As Manifestações do Sentimento Religioso Através dos Tempos"; "Catecismo Espírita", dedicado às meninas; etc.




Francisco Sotero dos Reis (São Luís do Maranhão, 22 de abril de 1800 – 16 de janeiro de 1871) foi um jornalista, poeta, professor e escritor brasileiro do século XIX. Deixou uma obra vinculada a assuntos filológicos. Suas incursões temáticas sobre a realidade regional também decorreram num contexto de lutas políticas acirradas e instituintes do jovem Estado Nacional e de uma província inicialmente refratária às proposições separatistas do Brasil. Escreveu, também, uma das primeiras histórias literárias no Brasil: o Curso de Literatura Portuguesa e Brasileira (1866-1873), fruto de sua experiência docente no Instituto de Humanidades, cujo diretor era Pedro Nunes Leal. [1] Era primo da escritora Maria Firmina dos Reis.[2] Referências ↑ De Melo, Carlos Augusto. Introdução. In: REIS, Francisco Sotero dos. Curso de Literatura Portuguesa e Brasileira: autores portugueses. Jundiaí: Editora Paco/CNPq, 2018. ↑ Mendes, Algemira Macêdo. Maria Firmina dos Reis e Amélia Beviláqua na história da literatura brasileira: representação, imagens e memórias do século XIX e XX. Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, 2006. Obras A Wikisource contém fontes primárias relacionadas com Sotero dos Reis • • •

Postilas de gramática geral aplicada à língua portuguesa pela análise dos clássicos (1862) Gramática portuguesa (1866) Commentarios de Caio Julio Cesar, San Luiz,1863. A primeira tradução para o português do De Bello Gallico de Caius Julius Caesar, estampando ao lado da tradução portuguesa o texto latino, editado por Franz Oeler de Leipzig em 1853. Curso de literatura portuguesa e brasileira (1866-1873)

Postilas de gramática geral aplicada à língua portuguesa pela análise dos clássicos (1862) Gramática portuguesa (1866) Commentarios de Caio Julio Cesar, San Luiz,1863. A primeira tradução para o português do De Bello Gallico de Caius Julius Caesar, estampando ao lado da tradução portuguesa o texto latino, editado por Franz Oeler de Leipzig em 1853. Curso de literatura portuguesa e brasileira (1866-1873)




Frederico José Corrêa nasceu em Caxias, a 18 de dezembro de 1817. e faleceu em São Luís, a 28 de maio de 1881. Poeta e publicista, jurista e parlamentar, filólogo e, sobretudo, crítico. Formado em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Olinda, fez vida pública na Província natal, ocupando cargos de projeção em sua administração: Comandante Superior, no posto de tenentecoronel, da Guarda Nacional; procurador-fiscal da Tesouraria da Província; Presidente da Câmara Municipal de Caxias; vicepresidente da Província e, mais de uma vez, deputado provincial. Era sócio honorário do Ateneu Maranhense, e o segundo Imperador fê-lo Oficial da Ordem da Rosa.

Frederico José Corrêa: 203 anos - NOCA - O portal da credibilidade Frederico José Corrêa, nascido nesta margem do Itapecuru no dia 18 de dezembro de 1817. Recém elevada à categoria de Vila de Caxias das Aldeias Altas, o garoto Frederico assistiu aos seis anos de idade o movimento que abalou a cidade, a vinda do Major Fidié para impedir a independência do Brasil. Frederico José Correa mudou-se para Pernambuco, onde obteve o título de Bacharel em Ciências Jurídicas pela Faculdade de Olinda. Retornando a terra natal, foi residir na Rua das Flores (atual Rua Gustavo Colaço), sendo nomeado Juiz Municipal do termo de Caxias (1841/43), Delegado e Promotor Público. Foi ainda eleito vereador pela 10ª Legislatura, entre 1842 a 1846. Sua paixão era as letras e poesias, tendo diversos de seus poemas publicados em jornais, inclusive do Rio de Janeiro. “Chegou de Caxias o Dr. Frederico José Correa, e vai aqui publicar um volume de poesias líricas, sob o título de Inspirações Poéticas. É mais um florão para a coroa da poesia brasileira, e uma reputação que se vai alçar até o pedestal em que se acham as dos Srs. Gonçalves Dias, Magalhães e Porto Alegre”. Assim noticiou a revista Iris – Periódico de Religião, Belas-Artes, Ciência, Letras, História, Poesia, Romance, Notícias e Variedades, publicada no Rio de Janeiro, em 1848. Junto de ilustres, como Cândido Mendes de Almeida e Antônio Gonçalves Dias, foi um dos fundadores e redatores do jornal Brado de Caxias, fundado em 1845 e circulando até o ano seguinte. Dr. Corrêa mudou-se para São Luís no final da década de 1840 quando assumiu o cargo de Deputado Provincial (1849 a 1855) onde chegou a Presidência da Casa. Militando na política pelo Partido Conservador, mas do lado moderado, foi ainda suplente de Deputado Geral (1857/59, sendo o titular Cândido Mendes). Foi ainda um dos Vice-Governadores do Maranhão (1860/66), onde chegou a assumir o Governo por quatro dias. Na capital maranhense, participou de outros jornais, como Archivo, O Observador (1847, ao lado de Cândido Mendes e Sotero dos Reis) e Publicador Maranhense. Foi ainda Promotor Público da Comarca da Capital, Inspetor do Teatro Nacional de São Luís (1854); Procurador Fiscal do Tesouro Público (1869); Inspetor da Instrução Pública (1870). Publicou cerca de oito livros, de críticas a poesias, como o poético Meditações (São Luís, 1874). O seu livro Um livro de Crítica, publicado em 1878, causou polêmica em São Luís, onde foi defenestrado dos círculos intelectuais da época. Isso porque ele fez uma crítica direta ao mito de São Luís como ‘Atenas Brasileira’, onde ¼ da cidade era analfabeta. O livro também é um ataque ao intelectual Antônio Henriques Leal e seu livro Panteon Maranhense. Frederico José Corrêa foi um dos fundadores, ao lado de Cesar Marques, do Instituo Histórico e Geográfico Maranhense, fundado em 1864, em sua primeira fase. Foi membro ainda de diversas instituições, como: Sócio Honorário do Instituto Literário Maranhense (1859), Sócio Honorário do Ateneu Maranhense, Associação Tipográfica Maranhense, Santa Casa de Misericórdia, entre outras. Agraciado com o título de Cavaleiro da Ordem da Rosa, expedido por D. Pedro II. Pertenceu a Maçonaria maranhense, quando esta sociedade buscava incansavelmente a liberdade do negro escravizado no Brasil. Lutando por esses ideais de liberdade, fundou em 1869, a Sociedade Manumissora vinte e oito de julho, que tinha como objetivo arrecadar fundos para a compra de alforria de filhos de escravos. Fio seu primeiro Presidente, tendo como Secretário o conterrâneo Cesar Marques. “Possui uma alma forte em um físico raquítico – seu temperamento nervoso e excessivamente irascível segregaram-no resto da sociedade”. Jornal O Pensador, São Luís, 30 de maio de 1881. Residiu primeiro na Rua do Quebra Costas (conhecido depois como Beco da Pacotilha e atualmente Rua João Victal de Matos). Depois mudou-se para a Rua da Palma, no imóvel nº 26, onde passou pouco tempo. Em seguida fixou residência na Rua de Santana, imóvel nº 56. Foi casado com Ignez Pessoa Correa, onde de sua prole veio José Augusto Corrêa, intelectual e poeta como o pai. José Corrêa foi um dos fundadores da Academia Maranhense de Letras, com a Cadeira Nº 17. A Rua de Santana, onde a família Corrêa morava, passou a se chamar oficialmente Rua José Augusto Corrêa. Trabalhou como advogado até os últimos dias de vida. Nosso ilustre conterrâneo faleceu em São Luís, em 28 de maio de 1881, deixando seu nome na eternidade do panteon maranhense. É Patrono da Cadeira Nº 06, da Academia Maranhense de Letras, fundada por José Luso Torres; Patrono da Cadeira Nº 31, da Academia Caxiense de Letras, fundada por Jamil de Miranda Gedeon Neto. Salve a memória de Frederico José Corrêa!


Parte da carta por qual o Imperador D. Pedro II, nomeia Frederico José Correa, Oficial da Ordem da Rosa, em 1855. Imagem: Acervo Digital da Biblioteca Benedito Leite.

Anuncio no jornal ‘A Revista – Folha Política e Literária’, de 04 de fevereiro de 1850.






Gentil Homem de Almeida Braga nasceu em São Luís do Maranhão, a 25 dias de março de 1835, falecendo na mesma terra em que nasceu, a 25 de julho de 1876. Era filho de Antônio Joaquim Braga e Maria Afra de Almeida Braga. Bacharelou-se em Direito pela Academia de Olinda, tendo exercido, muito moço ainda, a elevada função de secretário do Governo da Província do Rio Grande do Norte. Regressando ao Maranhão, exerceu o Ministério Público nas comarcas de Codó e Caxias e a judicatura na de Guimarães. Tornou-se famoso pelos folhetins que escreveu num estilo mordente e loução, numa prosa agradável de ler, levemente pontilhada de humorismo, e nos quais fixou aspectos pitorescos da vida da cidade, criticando costumes e fatos quotidianos com olho penetrante e justo de cronista que excelia no gênero. Assinava-os com o pseudônimo de Flávio Reimar. Além de poeta e tradutor, era escritor elegante, e deu provas de saber jurídico, estampando, na Ordem e Progresso, uma série de artigos sobre a neutralidade em tempo de guerra, a propósito da entrada, no porto do Maranhão, do corsário Sweter, durante a guerra dos Estados Unidos. Colaborou ativamente no Semanário Maranhense, A Coalição, Ordem e Progresso, Publicador Maranhense e O Liberal.



Hemetério José dos Santos (Codó, 3 de março de 1858 - Rio de Janeiro, 1939). Hemetério mudou-se para o Rio de Janeiro, tornando-se professor do Colégio Pedro II, na capital.[1] No colégio, foi professor de francês, onde foi visto pelo próprio imperador, que o elogiou.[2] Também lecionou na Escola Normal do Distrito Federal, onde foi adotado o seu Compêndio de Grammatica Portugueza;[1] e no Colégio Militar do Rio de Janeiro, onde recebeu patente de major do exército, e posteriormente a patente de tenente-coronel honorário.[3][4] Foi educador do Pedagogium, instituição que exercia a função de coordenar e controlar as atividades pedagógicas no Brasil.[1] Sua ação como educador tinha viés progressista, e suas aulas tratavam de combater o racismo e ensinar a cultura dos povos africanos.[4][5] Preconceito e ativismo Em sua atuação profissional como professor, Hemetério sofreu preconceitos de pais, ai verem um professor negro ensinando seus filhos.[3] Foi o primeiro e único professor negro do Colégio Miitar, o que lhe obrigava se impor pela sua erudição para amenizar o preconceito sofrido.[1] Em seu ativismo, ele fez críticas a Machado de Assis, argumentando que o escritor teria ignorado os negros em sua obra, e quando os retratava, era de forma pejorativa (Machado se refere aos negros como vesgos e zarolhos, perpetuando a imagem preconceituosa vigente na literatura e na sociedade de seu tempo).[3] Academia Brasileira de Filologia Hemetério foi fundador da Academia Brasileira de Filologia, ocupando a cadeira de número 25 do qual é patrono.[1] Referências ↑ Ir para:a b c Marcela Moraes Gomes. «Hemetério dos Santos o posicionamento do intelectual negro a partir das obras Pretidão de amor e Carta aos Maranhenses». Revista Cantareira UFF. Consultado em 21 de julho de 2020 ↑ Ir para:a b Tadeu Luis Maciel Rodrigues. «Hemetério José dos Santos: o primeiro professor negro do Instituto de Educação». Geledes. Consultado em 21 de julho de 2020 ↑ Antônio Martins de Araújo. «Hemetério José dos Santos: o demolidor de preconceitos» (PDF). UFRJ. Consultado em 21 de julho de 2020 Hemetério José dos Santos (1858-1939) foi professor, gramático, filosofo e escritor maranhense. Nascido na cidade de Codó, no ano de 1858, Hemetério mudou-se para a província do Rio de Janeiro em 1875, aos 17 anos. Era filho do Major Frederico dos Santos Marques Baptisei, proprietário da fazenda Sam Raymundo, e de sua escrava Maria. Seu pai pagou seus estudos no Colégio da Imaculada Conceição, em São Luis. Na capital do Brasil Império em 1885 se casou com Rufina Vaz Carvalho dos Santos, neta do prestigiado tipógrafo Francisco de Paula Brito , pai da impressa negra brasileira Aos 20 anos de idade Hemetério já era professor de francês do afamado Colégio Pedro II. No colégio, foi professor de francês, onde foi visto pelo próprio imperador, que o elogiou. Sua esposa Rufina também ingressou na carreira de Professora na Escola normal da corte. Hemetério foi nomeado professor adjunto de língua portuguesa do Colégio Militar do Rio de Janeiro pelo Imperador Dom Pedro II, onde, mais tarde, tornou-se professor vitalício. Cursou a Escola de Artilharia e Engenharia, conquistou a patente de Major, obtendo, depois, o galardão de Tenente-Coronel honorário em 1920.


A atuação de Hemetério como professor, ia além do fazer em sala de aula, pois o mesmo se utilizava desses e de outros espaços a fim de ministrar palestras e conferências a respeito do ensino e do combate ao Racismo de cunho eugenista. Na opinião de Sílvio Romero, Hemetério ombreava com Olavo Bilac, Graça Aranha, Aluísio e Artur Azevedo, no uso da palavra escrita. Em seu ativismo, ele fez críticas a Machado de Assis, argumentando que o escritor teria ignorado os negros em sua obra, e quando os retratava, era de forma pejorativa (Machado se refere aos negros como vesgos e zarolhos, perpetuando a imagem preconceituosa vigente na literatura e na sociedade de seu tempo). As opiniões sobre a obra literária de Machado lhe renderam a fama de polemista, sendo chamado de discutidor, o que lhe angariava antipatias A história de Hemetério, dá início a uma trajetória familiar de professores e funcionários da administração pública municipal que, de acordo com os padrões de seu tempo, construíram um legado que combinava boas qualidades profissionais, intelectuais e morais. Hemetério foi fundador da Academia Brasileira de Filologia, ocupando a cadeira de número 25 do qual é patrono. Teve Obras publicadas como : Gramática Elementar da Língua Portuguesa; O livro dos Meninos; Gramática Portuguesa; Segundo Grau Primário; Pretidão de Amor (conferencias literárias); Carta aos Maranhenses; Da construção Vernacular; Gramática Portuguesa: adotada na Escola Normal do Distrito Federal; Frutos Cativos (poesia); Etimologia: “Preto”. Fonte: Enciclopédia negra: Biografias afro-brasileiras






Jeane Carla Oliveira de Melo ENTRE O MAGISTÉRIO FEMININO OITOCENTISTA E A ESCRITA DA HISTÓRIA NA ESCOLA PRIMÁRIA: A trajetória letrada da mestra Herculana Firmina Vieira de Sousa (1840-1880) examinar a trajetória profissional de Herculana Firmina Vieira de Sousa, mestra luso-brasileira de primeiras letras, e de proceder a uma análise do seu manual didático, Resumo da História do Brasil, publicado em 1868, na província do Maranhão, pela tipografia de Belarmino de Mattos e adotado pela Inspetoria da Instrução Pública para uso do público discente das escolas primárias locais. O estudo possui um recorte temporal preferencialmente centrado entre as décadas de 1840 a 1880, período no qual se desenvolveu a docência da mestra Herculana, assim como privilegiamos, em relação ao espaço, a capital São Luís e a vila de Cururupu Herculana Firmina Vieira de Sousa: estrangeira (brasileira adotiva e luso-brasileira?), professora particular, mestra pública de primeiras letras, diretora, autora de livros escolares e residente na província do Maranhão. 113 O que significava todos esses predicados para uma mulher nascida em 1815, provavelmente em alguma freguesia açoriana da Ilha Terceira e morta em 1903, na vila de Cururupu? O que de pronto vislumbramos é que teve uma vida bastante longeva para a sua época – faleceu com a idade entre 87 ou 88 anos. 114 Construiu a sua trajetória estando situada na periferia do Império. A sua vida, que abarcou, além de toda a duração do projeto imperial, viu também a nação se transmutar em uma jovem República. Herculana é, indubitavelmente, uma mulher do século XIX – e uma mulher que presenciou as mudanças políticas e econômicas das últimas décadas do dezenove e início do XX. Inserida em seu próprio tempo de ação, ela ocupou lugares de destaque na cena pública por meio da inserção em um espaço profissional socialmente validado para o seu sexo, a saber, o magistério de primeiras letras. Todavia, a sua origem e nacionalidade portuguesa ocupam uma zona nebulosa de questões ainda não possíveis de responder com toda a certeza documental de um registro de batismo ou de uma certidão de óbito, considerando que essas fontes não foram localizadas pela pesquisa. Uma das nossas pistas preferencias para buscar informações acerca da sua origem foi encontrada através de registros da própria historiografia literária; deste modo, nos deparamos com quatro menções à Herculana, distribuídas em dicionários de autores brasileiros dos séculos XIX e XX. O primeiro a mencionar o nome da mestra foi Sacramento Blake, em 1895; o autor afirmava que Herculana seria “natural da província do Maranhão”. 115 Vale destacar que o Dicionário Bibliográfico Brasileiro de Blake possui uma imensa importância no mapeamento do quadro intelectual brasileiro oitocentista. Herculana, uma mulher "dicionarizada" em vida era sinônimo de um reconhecimento que poderia até chegar tardiamente, mas lhe garantia o registro em um importante livro que a imortalizava entre homens e mulheres, já que o empreendimento de Blake visava abarcar ambos os sexos em suas produções intelectuais. O segundo autor a registrá-la foi o historiador Mário Meirelles, que a integrou na obra Panorama da Literatura Maranhense (1955). Cabe ressaltar que essa foi a primeira fonte que atesta sua origem portuguesa – nos dando mais informações acerca do local de seu nascimento - a Ilha Terceira, nos Açores; no entanto, Meirelles não menciona datas sobre seu nascimento, óbito e quando chegou no Maranhão. É razoável aventar que Mário Meirelles tenha construído o verbete sobre Herculana buscando corrigir a informação possivelmente errônea veiculada por Sacramento Blake; por outro lado, não temos condições de saber de onde Meirelles retirou esse dado (se de um relato oral ou escrito), já que ele não aponta as referências utilizadas no dicionário. O seu verbete nos traz os seguintes registros


A terceira menção foi feita por Maria Thereza Bernardes no livro Mulheres de Ontem? Rio de Janeiro – século XIX (1989). Em sua obra, indica que Herculana era natural da cidade de Cururupu, no Maranhão, mas também sem saber precisar o ano de seu nascimento e morte. Pela similaridade da informação, é possível que Bernardes tenha buscado amparo no levantamento feito por Sacramento-Blake. E, por fim, a última coletânea autoral que citou o nome da mestra foi o Dicionário Crítico de Escritoras Brasileiras (2002), produzido por Nelly Novaes Coelho; e aqui os dados a respeito de Herculana são reproduzidos tendo em vista o verbete feito por Mario Meirelles, replicando a origem açoriana da professora: Mulher culta, que deixou nome entre as escritoras maranhenses, Herculana Firmina Vieira de Souza nasceu em Ilha Terceira nos Açores (Portugal), por volta de 1840. Adolescente, vem com a família para o Brasil e se radica em Curupu (Maranhão), onde faleceu (data ignorada). Escreveu poesias (não recolhidas em livro) e um estudo histórico publicado em 1868. O único documento escrito – embora não saibamos quando foi produzido e que menciona as suas datas de nascimento e morte foi feito pela professora aposentada de Cururupu, Marlina Miranda. Em 2018, como parte do cumprimento da pesquisa de campo do projeto de iniciação científica do PIBIC/IFMA/FAPEMA116 intitulado História e memória da educação maranhense nos oitocentos: trajetos intelectuais da professora Herculana Firmina Vieira de Sousa (18551888), fomos à Cururupu levantar informações a respeito da trajetória de Herculana Vieira. Após nossas buscas, nos deparamos com um manuscrito117 produzido pela professora Marlina Miranda, que buscava recuperar a história da educação no município e, até o momento, este registro tem se configurado como uma das fontes com maiores informações a respeito da presença de Herculana na localidade. Reproduzimos aqui um trecho dele: Professora trazida de Portugal para ensinar os filhos da burguesia cururupuense. Herculana Vieira nasceu em 1815, chegando à Cururupu em 1869118. Filha de Francisco Vieira de Souza e Maria Joana de Sousa. Residia nesta cidade na rua da Esperança, local do antigo sobrado pertencente à Cesário Coimbra, atualmente Fórum Desembargador Dr. José Pires da Fonseca, instalado na rua Herculana Vieira (MIRANDA, s/d). 118 A data está incorreta; ainda que não saibamos precisar o ano da chegada de Herculana à vila de Cururupu, as fontes indicam que a professora oficialmente ingressou como mestra pública de Primeiras Letras naquele local após ser aprovada no concurso público realizado em 1855. ... a partir de um recente manuscrito feito com base nas anotações do falecido memorialista cururupuense Manuel Goulart, 130 sabemos que os pais de Herculana se chamavam Joana Maria Vieira de Sousa e Francisco Vieira de Sousa. Ao realizarmos as buscas pelo nome do seu pai, encontramos um passaporte,131 datado do ano de 1843, de um homem português chamado Francisco José Vieira de Souza, cujas características destacadas, além da nacionalidade lusitana é de possuir 65 anos, ser um “negociante” de “cor morena” e “brasileiro adoptivo”. 132 O passaporte serviria para que embarcasse em um navio cujo destino seria ir da capital São Luís até a vila de Guimarães – localidade na qual afluíram um significativo número de famílias açorianas na década de 1850 (MAGALHÃES, 2019). ... E será pela imprensa oficial que saberemos um pouco mais a respeito de Herculana Vieira, quando a mestra ainda residia na capital da província maranhense. Em 1849, ela surge pela primeira vez na documentação do Almanack do Maranhão, 136 situada no item XIV – Instrução Pública – escolas particulares, oferecendo, de sua residência, seus serviços de professora primária em sua pequena escola voltada para meninas em São Luís. 137 A rua da Estrela, local inicial de suas aulas, configurava-se em um eixo aglutinador de comerciantes, professores e livreiros, integrando uma pequena, porém, pulsante urbe que abrigava atividades comerciais diversificadas. Abaixo segue o registro de suas aulas particulares de primeiras letras dentro da capital:


Após a referência do Almanaque, encontramos uma segunda menção à Herculana na imprensa por meio de um anúncio das aulas particulares, datado do ano de 1852, mas desta vez divulgadas a partir de outro endereço: na rua da Palma, número 23. E, novamente, a rua escolhida pela mestra, para residir e trabalhar, estava localizada na Freguesia de Nossa Senhora da Vitória e era um local estratégico do ponto de vista da circulação de transeuntes como pelo estabelecimento de pequenos comércios, tornando esta rua um espaço central de trocas comerciais, financeiras, bem como de oferta de serviços. Estes registros e anúncios que testemunharam a atuação docente de Herculana no início da segunda metade do XIX, nos permitem vislumbrar também a faixa etária da mestra; em 1849, quando suas aulas na rua da Estrela foram registradas no Almanack, ela contava com 34 ou 35 anos; no anúncio, já na rua da Palma, divulgado no Publicador Maranhense em 1852, ela estava com 37 ou 38 anos. De acordo com a legislação vigente, o magistério só poderia ser exercido pela mulher que contasse com a idade a partir dos 25 anos. Deste modo, emerge a questão: com que idade Herculana começara, de fato, a atuar na instrução particular? E, sobre este ponto, nos parece bastante razoável cogitar que ela já atuasse antes mesmo de 1849, como professora particular recebendo alunas em sua residência ou lecionando nas casas das meninas ... E neste ano de 1881, não foi somente a professora Herculana que reivindicou o seu jubilamento. No jornal Publicador Maranhense (1881, ed. 261), foram noticiados os nomes das professoras aposentadas naquele ano, incluindo o nome de um professor; são eles: D. Herculana Firmina Vieira de Sousa, D. Angela Pereira de Macedo Lima Marques, D. Thereza de Jesus Cabral e Souza, D. Rosa Cesarina de Amorim Silveira, D. Maria Firmina dos Reis e Antônio da Silva Gomes Braga

Após 1881, o ano em que obtém a aposentadoria, a mestra inicia, no ano seguinte, uma outra jornada burocrática, dessa vez direcionada ao Thesouro Provincial, para corrigir seus ordenados de acordo com as gratificações a que tinha direito (por ter sido autora de manuais didáticos) e que não haviam ainda sido incorporadas aos seus vencimentos. Em um sentido mais amplo, os pedidos de melhoramentos aposentadoria de Herculana nos revelam a resistência e o conhecimento da burocracia de modo que fosse possível que a lei reconhecesse direitos e cumprisse com suas obrigações para com a heterogênea classe de professores imperiais espalhados pelas províncias. E abaixo, um melhor vislumbre através de uma linha do tempo com as solicitações da mestra que foram encaminhadas ao Thesouro:


O poeta, romancista, dramaturgo, jornalista e ensaísta Hugo Vieira Leal (São Luís, MA, 1857 – Rio de Janeiro, 1883) é o titular desta coleção que reúne correspondência, textos literários, folhetos impressos e jornais manuscritos. Filho de um médico, Hugo Leal, ainda criança, acompanhou a família em mudança para Portugal. Lá concluiu seus estudos e escreveu as primeiras peças teatrais, mas viu frustrados seus planos de encená-las em casa, com a participação dos irmãos e de criados da família. Estudou em Coimbra e, em 1876, matriculou-se na Escola de Medicina em Paris, mas não chegou a completar o curso. Nessa cidade publicou sua primeira obra, o livro de poemas “Rosas de Maio” (1877), contendo seus trabalhos poéticos escritos entre os 14 e os 19 anos. Um romance, “Lucrécia”, foi escrito na mesma época e publicado alguns anos mais tarde.


Em 1879, após uma breve estada no Rio de Janeiro, voltou a Portugal, onde viviam sua mãe e irmãos. Lá colaborou com o movimento vanguardista liderado por Teófilo Braga, ajudou na fundação do Centro Republicano Federal e do periódico “A Vanguarda”, onde seu primeiro artigo, “Os reis passam”, saiu ao lado de textos de Teófilo Braga e Ramalho Ortigão. Participou de vários eventos republicanos e fez a conferência “Camões e o século XIX”, que seria publicada postumamente em Lisboa. Fundou também a “Bibliotheca Litteraria Brazileira” para divulgar a produção dos brasileiros a preços acessíveis. Em 1880, Hugo Leal regressou ao Brasil e se tornou um dos redatores da “Gazeta da Tarde”, jornal fundado pelo abolicionista Ferreira de Menezes. Com a morte deste, assumiu a direção e vários encargos, além de colaborar em outros periódicos do Rio de Janeiro. Em dezembro de 1881, retirou-se para Barbacena (MG), onde o clima favorecia o tratamento de sua tuberculose. Lá, porém, fez tudo menos descansar: assumiu a redação da “Gazeta” local, construiu um teatro, fundou uma sociedade dramática e uma escola gratuita e tentou criar também um clube abolicionista, mas não encontrou respaldo por parte dos habitantes da cidade. Por fim, retornou ao Rio de Janeiro, onde vivia sua família e onde acabou por falecer, em março de 1883, com apenas 25 anos de idade. A Coleção Hugo Leal, com 106 itens, foi doada à Biblioteca Nacional por Alexandre Henrique Vieira Leal em 1937 e se encontra sob a guarda da Seção de Manuscritos. Alguns documentos foram incluídos em catálogos literários, outros num catálogo de manuscritos republicanos pertencentes à instituição. Dentre eles destacam-se alguns jornais manuscritos, como “O Clarim”, “A República” – do qual o que se tem é na verdade um projeto, páginas diagramadas com a indicação de onde entrarão os artigos --, “O Verme” e “O Tico-Tico”, que conta com curiosas ilustrações a lápis. Os jornais estão digitalizados e podem ser acessados através da BN Digital.

Informações sobre o escritor • Nome completo: Hugo Vieira Leal • Pseudônimo(s): Mme. Vate, Lord Percy • Nascimento: 1857 - São Luís, MA • Morte: 1883 • Descrição: Poeta, romancista, teatrólogo, ensaísta, crítico e jornalista. Fonte(s) dos dados •

COUTINHO, Afrânio; SOUSA, José Galante de. Enciclopédia de literatura brasileira. Rio de Janeiro: Fundação Biblioteca Nacional; Academia Brasileira de Letras, 2001. 2 v. ISBN 8526007238


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BLAKE, Augusto Victorino Alves Sacramento. Diccionario Bibliographico Brazileiro. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1893. 7 v. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS. Caminhos do romance - séculos XVIII e XIX. Portal do projeto interdisciplinar, de mesmo nome, financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo e desenvolvido por Márcia Abreu (IEL/UNICAMP), Sandra Guardini T. Vasconcelos (FFLCH/US), Nelson Schapochnik (FE/USP), Luiz Carlos Villalta (FAFICH/UFMG) e orientandos. Disponível em: http://www.caminhosdoromance.iel.unicamp.br/.


Informações sobre o escritor Nome completo: Inácio José Ferreira Maranhense Nascimento: Maranhão, Brasil Descrição: Poeta. Segundo Blake, vendia sua produção poética, que algumas pessoas supuseram ser de outra pena. Fonte(s) dos dados • • •

COUTINHO, Afrânio; SOUSA, José Galante de. Enciclopédia de literatura brasileira. Rio de Janeiro: Fundação Biblioteca Nacional; Academia Brasileira de Letras, 2001. 2 v. ISBN 8526007238 • BLAKE, Augusto Victorino Alves Sacramento. Diccionario Bibliographico Brazileiro. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1893. 7 v.



De Alcobaça à Independência do Brasil - O coronel Isidoro Rodrigues Pereira e as transformações sociais, económicas e políticas no Maranhão colonial entre 1775 e 1825 Recensão crítica ao livro "De Alcobaça à Independência do Brasil: O coronel Isidoro Rodrigues Pereira e as transformações sociais, económicas e políticas no Maranhão colonial entre 1775 e 1825", de Leonel Fadigas, um estudo biográfico de Isidoro Rodrigues Pereira, um jovem, nascido em Maiorga, no concelho de Alcobaça, que parte à aventura em direção ao Brasil no final do século XVIII, num momento em que tinha crescido a migração para o nordeste, e em que se assistia ao avanço colonizador para o interior do continente sul-americano, varando rios, ou "Varando Mundos", apropriando-nos do título do livro de Alan Kardec Pachêco Filho (2016), acerca da “ocupação com fins de colonização do sul maranhense, a partir dos sertões dos Pastos Bons, na segunda metade do século XVIII” (contracapa). Uma colonização em busca de novas terras para a plantação de arroz, algodão e cana-de-açúcar, e a criação de gado vacum, com a implantação de inúmeras fazendas, adquiridas através do regime de sesmaria, isto é, o modo de distribuição de terras incultas destinadas à produção agrícola. Sendo um estudo biográfico, integra também elementos genealógicos. Mas é também um estudo de “um tempo e de um lugar” aqui retratados, como o autor nos alerta, em “Aviso ao leitor”, logo no início da obra. Diríamos de tempos e de lugares distintos, não para corrigir o autor, mas para destacar o conteúdo do livro, que se lê num trago apenas como se de um livro de aventuras se tratasse, e de um livro de aventuras que é, sendo simultaneamente um estudo de cariz histórico, com algum realismo, registo e representação cinematográficos, dada a qualidade e a fluência da sua escrita, mas também a história de Isidoro Rodrigues Pereira, digna de um filme no grande ecrã.

(Ana Jansen)



A vida e a obras de João Antonio Coqueiro, 1942 Título: A vida e a obras de João Antonio Coqueiro, 1942 Autor: Coqueiro, Edmundo Resumo: Edmundo Coqueiro, filho de João Antonio Coqueiro, escreveu esta obra com sua respectiva biografia, "traços biográficos do Professor João Antonio Coqueiro". Descrição: Digitalização feita a partir de original disponibilizado na Biblioteca do Museu Histórico e Artístico do Maranhão e encaminhado para o RCD pela pesquisadora Waleria Soares, pesquisadora lotada na Secretaria de Educação do Estado do Maranhão. URI: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/227420 Data: 1942


João Antonio Coqueiro: sua produção e expertise docente Autores Waléria de Jesus Barbosa SoaresSecretaria Municipal de Educação de São Luíshttp://orcid.org/0000-0002-6022-9670 https://doi.org/10.18764/2447-5777v7n2.2021.8 Apresentamos o professor maranhense João Antonio Coqueiro como um expert no ensino de matemática no final do século XIX e início do século XX, na província/estado do Maranhão. Pautados teoricamente em Hofstteter et al. (2017), Morais (2017) e Valente (2016), buscamos responder ao questionamento: como João Antonio Coqueiro sistematizou saberes matemáticos objetivados na formação de professores de matemática e no ensino de matemática no Maranhão? Constatamos que João Antonio Coqueiro participou, de modo decisivo, da produção de saberes no ensino de matemática e da formação de professores que ensinavam matemática, em vários níveis de ensino no Maranhão, configurando, assim, a sua expertise. Coqueiro: uma história de vida João Antonio Coqueiro nasceu em São Luís, no dia 30 de abril de 1837. Filho do Coronel Vespasiano Coqueiro e D. Raimunda Pulcheria Garcia Coqueiro, viveu uma infância pobre na cidade onde nasceu. Mesmo assim, o incentivo pelos estudos sempre foi dado pelos seus pais, que viam em Coqueiro um grande potencial para o trabalho com os cálculos. Em 1853, quando seu pai pensou em mandá-lo a França para prosseguir estudos, este veio a falecer, adiando o sonho de Coqueiro em estudar em terras europeias. Nesse momento, Coqueiro permaneceu em São Luís, onde estudou no Liceu Maranhense. Somente em 1855, sua mãe, com muita luta, conseguiu enviar o filho a Paris. Para mantê-lo, ela recorreu ao governo –de acordo com a Ata da Sessão da Assembleia Provincial, de 07 de julho de 1856 –, pedindo à comissão de instrução pública o auxílio de 600$000. Como resposta, foi-lhe autorizado o valor de 300$000 anuais. Desse modo, aos 18 anos de idade, Coqueiro já estava estudando na prestigiosa Escola de Minas de Paris. Nesse período, devido à sua desenvoltura com os estudos, deu aulas particulares para outros alunos. Essa também foi uma forma de ajudar sua mãe, que mesmo pedindo ajuda do governo, trabalhava duro como costureira para mantê-lo. Em 1857, conheceu uma jovem de 16 anos por quem se tornou um apaixonado sonhador. Segundo Coqueiro(1942), uma jovem parisiense, de nome Isabel, cativou seu coração. Durante dois anos, cartas cheias de ternura trocaramse entre si. Esse período de trocas de cartas deveu-se ao fato de a jovem ter sido acometida pela tuberculose e, assim, mandada para tratamento em Portugal. Em uma última carta, assinada pelo irmão de Isabel, chegou a notícia de sua morte. Restou a Coqueiro buscar consolo em seus escritos que retratavam a dor, o amor e a saudade, dedicando a Isabel poesias. Posteriormente, Coqueiro frequentou a Faculdade de Ciências de Paris, onde recebeu o grau de bacharel em Ciências, em 1862. Nessa faculdade, trabalhou, durante dois anos, como preparador auxiliar da cadeira de Física Experimental. Mais tarde, estudou na Universidade de Bruxelas, na Bélgica, onde recebeu o grau de doutor em Ciências Físicas e Matemáticas. Nesse período, trabalhou no Observatório Astronômico, sob a orientação de Quetelet, matemático que dirigia o observatório nesse período. Foi somente após sete anos fora do Maranhão que regressou à sua terra natal. Casou-se em 1864, na cidade de Alcântara, no Maranhão, com D. Maria Isabel Corrêa de Viveiros, filha dos Barões de São Bento, família tradicional na época. Com ela, teve 11 filhos. Viveram juntos até os últimos dias de sua esposa, que faleceu no ano de 1904 Em São Luís, desempenhou trabalhos como professor em várias escolas. Residiu na Rua do Machado, n.º 27, centro de São Luís, em frente ao prédio onde seria instalada a Escola Popular Onze de Agosto, pertencente à Sociedade Onze de Agosto, da qual ajudou a fundar e instalar escolas, como a Escola Normal e a Escola Onze de Agosto. Segundo Castellanos(2011), a criação da Sociedade Onze de Agosto, em 1844, foi iniciativa de vários intelectuais maranhenses, dentre eles, Antonio de Almeida Oliveira e João Antonio Coqueiro. Trinta anos depois, a formação de professores foi repensada e o Curso Normal foi organizado pela Sociedade Onze de Agosto, que contava, entre seus sócios, com os professores de matemática João Antônio Coqueiro e Roberto Antonio Moreira. Ainda estiveram envolvidos nesse curso os professores de matemática, José Nepomuceno Xavier de Brito e Domingos Affonso Machado. Este Curso Normal foi criado por meio da Lei n.º 1.088 de 19 de junho de 1874 e subsidiado pela sociedade. Nessa época, ser subsidiado por uma sociedade era prática recorrente no Brasil. Ainda segundo Kulesza(1998, p.69), “as iniciativas de várias Sociedades de Instrução, [eram] geralmente dirigidas à formação de moças desvalidas e com o intuito claro de profissionalização das alunas”. Assim, por decreto, o governo auxiliou financeiramente essa manutenção. Nessa escola, Coqueiro foi professor de primeiras letras, 1º secretário e professor de Geometria e Mecânica prática. Por sua dedicação aos trabalhos desenvolvidos recebeu do imperador o oficialato da Imperial Ordem da Rosa. Em 1871, Coqueiro passa a ser presidente da Sociedade. E dois anos mais tarde, “o presidente da província do maranhão encaminha ao ministério do império o plano de Coqueiro de criar uma escola politécnica no Maranhão(JORNAL DO COMERCIO, 1873, p. 3). Em 1874, a organização de um Curso Normal ficou a cargo da Sociedade Onze de Agosto. A matemática na Escola Normal estava inserida apenas no programa do 1º ano, como mostra o Regulamento da Escola. No 2º ano, as aulas noturnas não compreendiam o ensino de qualquer matemática. No Liceu Maranhense, Coqueiro lecionou as cadeiras de Cálculo, Matemática Elementar e Mecânica Racional. Na década de 90 dos oitocentos, foi avaliador nos exames de admissão da escola. Reforçamos a presença e influência no ensino de matemática do Liceu Maranhense, no período oitocentista, dos matemáticos: Alexandre Theóphilo de Carvalho Leal, João Antonio Coqueiro, Estevão Raphael de Carvalho, Ayres de Vasconcellos Cardoso Homem, José Augusto Corrêa, Temístocles da Silva Maciel Aranha, José Nepomuceno Xavier de Brito e Domingos Affonso Machado, os quais incluíam, entre suas funções, elaborar os exames de admissão da escola, avaliar os alunos nesses exames, além de analisar os livros que seriam utilizados.

Vista do João Antonio Coqueiro: sua produção e expertise docente (ufma.br)


João António Garcia de Abranches (Maceira, Santiago (Seia), 31 de janeiro de 1769 — São Luís do Maranhão, 1845), também conhecido pelo Censor, nome do jornal que editou em São Luís do Maranhão, publicista e visionário, foi um imigrante português no Brasil,[1] onde se transformou num abastado comerciante, que teve um importante papel no desenvolvimento cultural do Maranhão. Sempre à procura de novos projectos e ideias, quando exilado do Brasil devido à sua actividade política, fixou-se durante alguns anos na ilha de São Miguel, nos Açores, onde criou uma empresa que tentou, sem sucesso, construir um porto de abrigo no ilhéu de Vila Franca.[2][3][4] Biografia Garcia de Abranches nasceu a 31 de janeiro de 1769, no lugar de Maceira, freguesia de Santiago, concelho de Seia, Portugal, filho do capitão José Garcia de Abranches e de D. Maria dos Reis, abastados proprietários rurais. Em 1789, com apenas 20 anos, partiu para o Brasil, fixando-se em São Luís do Maranhão, onde granjeou fortuna e se envolveu na defesa dos ideais liberais e da legitimidade de D. Pedro no trono português. Casou no Maranhão com D. Anna Victorina Ottoni, falecida em 1806, tendo-lhe nascido deste casamento os filhos Frederico Magno de Abranches, João e António, estes últimos, falecidos antes de 1812. O primeiro, Frederico Magno de Abranches, era conhecido como O Fidalgote, teve papel importante na política e no jornalismo. Aos 52 anos, Garcia de Abranches casa-se com D. Marta Alonso Veado Alvarez de Castro Abranches, conhecida por D. Martinha, então uma jovem de 17 anos nascida nas Astúrias, que viria a fundar em 1844 o primeiro colégio feminino do Maranhão. Deste casamento teve as filhas Amância Leonor, Martinha Maria da Glória e Raimunda Emília. A filha Amância Leonor de Castro Abranches, foi professora e sucessora da mãe à frente do colégio. Este colégio, designado Colégio Nossa Senhora das Graças, mais conhecido como o Colégio das Abranches, introduziu diversas inovações pedagógicas, incluindo a educação física para as alunas, sendo um importante centro educativo e cultural. A etiqueta e a dança social eram também disciplinas ministradas no Colégio das Abranches. Actividade política Intelectual culto e homem dedicado às letras, embora se lhe não conheça uma educação formal, Garcia Abranches, que pertencia ao Partido Português e defendia os interesses da metrópole, travou nos jornais azedos debates com o seu adversário político Odorico Mendes acerca do futuro político do Maranhão durante a fase imperial. Os artigos publicados são um exemplo de um jornalismo vigoroso na defesa de ideias e posições cívicas.[5]


No período de 1825 a 1830 editou o jornal o Censor Maranhense, publicado pela primeira vez a 24 de Janeiro de 1825, extinguindo-se em Maio de 1830, depois de publicadas 382 páginas. Nas páginas do Censor Maranhense Garcia Abranches bateuse em defesa das liberdades e do Imperador, em oposição aos jornais de Odorico Mendes. Foi um dos grandes opositores à Confederação do Equador e à acção do almirante Thomas Cochrane na luta contra o colonialismo português e espanhol e pela emanicipação da América do Sul. O exílio nos Açores Em 1830, as posições assumidas por Garcia de Abranches na imprensa valeram-lhe, por ordem do presidente interino do Maranhão, a expulsão para Lisboa, atitude criticada pelo imperador D. Pedro. Depois de uma breve permanência naquela cidade, fixa-se na ilha de São Miguel, nos Açores, onde foi relevante a sua acção cultural. Interessou-se pela construção de um porto de abrigo no ilhéu de Vila Franca, em Vila Franca do Campo, tendo escrito uma memória sobre o assunto e fundado uma companhia destinada à sua construção e exploração. Os seus esforços foram, contudo, infrutíferos, já que o porto acabou por ser construído em Ponta Delgada. Referências ↑ LUSODAT: João Antonio Garcia de Abranches. ↑ Obras de Garcia Abranches. ↑ Memória concernente à construcção da doca do Ilheo de Villa Franca do Campo na Ilha de S. Miguel... / pelo procurador João António Garcia d'Abranches. Lisboa : Impressão a Santa Catharina, 1834. ↑ Marcelo Cheche Galves, A revolução liberal vista do Maranhão: o espelho crítico-político, de Garcia de Abranches in Almanack (30) 2022 (doi.org/10.1590/2236-463330ed00522). ↑ Dunshee de Abranches, Garcia de Abranches, o Censor (o Maranhao em 1822). Sao Paulo: Tipografia Brasil de Rothschild & Co, 1922. Bibliografia ABRANCHES, João António Garcia de, Espelho crítico político da província do Maranhão, Lisboa, Typographia Rollandiana, 1822. ABRANCHES, João António Garcia de. O Censor Maranhense 1825-1830. (Edição fac-similada). São Luís : SIOGE, 1980. (Periódico redigido em São Luís de 1825 a 1830, por João António Garcia de Abranches, cognominado O Censor; reedição promovida por iniciativa de Jomar Moraes). ABRANCHES, João António Garcia de. Memória Concernente à Construção da Doca do Ilhéu de Vila Franca do Campo na Ilha de São Miguel, Ponta Delgada, 1834. ABRANCHES, João António Garcia de. História do Ilhéu de Vila Franca do Campo da Ilha de São Miguel, Ponta Delgada, 1841. ABRANCHES, Dunshee de. Garcia de Abranches, o Censor (O Maranhão em 1822), São Paulo, Typographya Brazil de Rothschild, 1922. JORGE, Sebastião. Os primeiros passos da imprensa no Maranhão. São Luís, PPPG/EDUFMA, 1987. JORGE, Sebastião A Linguagem dos Pasquins. São Luís: Lithograf, 1998. JORGE, Sebastião. Política movida a paixão – o jornalismo polêmico de Odorico Mendes. São Luís: Departamento de Comunicação Social/UFMA, 2000. Ligações externas «O colégio das Abranches e a introdução da educação física no Brasil.»




Academia Sanbentuense (academiasambentuense.org.br) Nasceu 6 de agosto de 1829. Advogado, juiz municipal, procurador fiscal, notário, jornalista, professor romancista e teatrólogo, sócio efetivo do Ateneu Maranhense. Autor dos romances: O Diabo (1856), o primeiro publicado em São Luís; A Cigarra Brasileira (São Luís -1853); A Virgem da Tapera; O Rancho de pai Tomé; O Cego de Pojucã; O Belo Sexo do Recife; Mistérios da Vila de São Bento (1862). Compôs as seguintes peças para teatro: Maria, A Doida ou a Justiça de Deus; A Neta do Pescador; e Mãe d’- água, todas em três atos; Paranguira e Duas Fadas, estas em dois atos. O Rancho do Pai Tomé, o folhetim escravocrata proibido por incitar os negros à rebelião | by Sérgio Barcellos Ximenes | Medium



João Duarte Lisboa Serra (Província do Maranhão, 31 de maio de 1818 — 16 de abril de 1855) foi um poeta, político e servidor público brasileiro.[1][2] Família e educação Serra era filho do comendador Francisco João Serra e de Leonor Duarte Serra.[1] Era proveniente de uma rica e influente família maranhense. Teve seis filhos.[2] Estudou o primário em colégios de São Luís. Em 1834, foi morar em Portugal, onde graduou-se com bacharelado em matemática e ciências físicas e naturais pela Universidade de Coimbra.[2] Carreira Em 1842, Serra deixou sua província natal e foi morar no Rio de Janeiro, a capital do Império.[2] Lá, trabalhou como inspetor da Tesouraria provincial do Rio de Janeiro.[1] Em 1847, Serra foi agraciado pelo imperador Dom Pedro II com a comenda da Imperial Ordem da Rosa, com o grau de oficial.[2]


Em 1848, Serra foi designado pelo imperador para o cargo de presidente da província da Bahia, mas exerceu as funções durante poucos dias, de 11 de setembro a 12 de outubro daquele ano.[2][1] Serra foi deputado geral, representando a província do Maranhão na Câmara dos Deputados durante as sessões legislativas de 1848 e 1853 a 1855.[2][1] Em 1853, Serra se tornou o primeiro presidente do Banco do Brasil.[3][1] Nesta função, redigiu o Estatuto do Banco do Brasil, em 1853. Em 1855, afastou-se do cargo, por recomendação médica, pouco antes de morrer, vitimado por nefrite albuminosa.[2] Serra era um conservador moderado.[4] Era sócio do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Como poeta, publicou diversas poesias nos periódicos literários de Portugal e do Brasil. Também colaborou com jornais de Coimbra e do Rio de Janeiro. É patrono da cadeira número 26 da Academia de Letras dos Funcionários do Banco do Brasil.[2] Referências ↑ Ir para:a b c d e f Carlos Gabriel Guimarães (2003). «O Estado Imperial Brasileiro e a centralização financeira/bancária: o caso do "Banco do Brasil" do Barão de Mauá, 1851-1853» (PDF). Associação Nacional de História. Consultado em 30 de julho de 2020 ↑ Ir para:a b c d e f g h i Fernando Pinheiro (2011). «Banco do Brasil: Lisboa Serra, poeta, tribuno e presidente» (PDF). Consultado em 30 de julho de 2020 ↑ «Banco do Brasil – Relação dos presidentes (desde 1853)». Banco do Brasil. Consultado em 6 de fevereiro de 2015. Arquivado do original em 6 de fevereiro de 2015 ↑ Hernán Enrique Lara Sáez (2011). «A evasão de ouro dos fundos bancários em meados do século XIX e suas consequências para a política econômica» (PDF). Scielo. Consultado em 30 de julho de 2020

O Conselheiro João Duarte Lisboa Serra (1818/1855. Colaborou com jornais literários de Coimbra e com a Revista Acadêmica e com O Observador de Lisboa. Também publicou diversas poesias nos periódicos literários do Brasil. Publicou em Coimbra “Subindo pelo Vouga”. “Um adeus aos meus amigos”, e “Fragmentos” e “No Cemitério dos Cristãos”. A sua última composição é uma prece, publicada no Correio Mercantil. “Dommine, Exaudi Oratione Meam!”. São sentidos versos a lembrar dos filhos que ia deixar órfãos. Blog da Jucey Santana: POETAS E POETISAS ITAPECURUENSES


João Duarte Peixoto Franco de Sá Informações sobre o escritor • Nome completo: João Duarte Peixoto Franco de Sá • Nascimento: Maranhão, Brasil • Morte: Pernambuco, Brasil • Descrição: Professor. Fonte(s) dos dados • BLAKE, Augusto Victorino Alves Sacramento. Diccionario Bibliographico Brazileiro. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1893. 7 v. • Obra em 2 volumes escrita por Antônio Ennes de Souza (seção mecânica), por Franco de Sá (seção

artística) e por Ricardo Ernesto Ferreira de Carvalho (seção agrícola). •

Referência ABNT da obra

ENNES, Antônio; SÁ, João Duarte Peixoto Franco de; CARVALHO, Ricardo Ernesto Ferreira de. Relatório acerca da primeira festa popular do trabalho ou exposição maranhense de 1871 e 1872. São Luís, MA: [s.n.], 1872.


Título: Belezas da literatura latina ou extratos dos primeiros prosadores e poetas dos tempos clássicos das letras romanas Escritor(a): João Henrique Vieira da Silva Informações sobre o documento • Idiomas: Português • Gêneros: Crítica, teoria ou história literária • Tipo: Obra Literária • Editora: [s.n.], São Luís, MA • Ano de publicação: 1884 • Meio: Impresso Fonte(s) • BLAKE, Augusto Victorino Alves Sacramento. Diccionario Bibliographico Brazileiro. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1893. 7 v. Descrição Colecionados e precedidos de uma breve introdução sobre a evolução da literatura. Referência ABNT da obra SILVA, João Henrique Vieira da. Belezas da literatura latina ou extratos dos primeiros prosadores e poetas dos tempos clássicos das letras romanas. São Luís, MA: [s.n.], 1884.


Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão: DISCURSO DE POSSE DO GEOGRÁFO JOSIEL RIBEIRO FERREIRA, NA CADEIRA DE NO 49, COMO SÓCIO EFETIVO DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO (ihgm1.blogspot.com) Rendo agora as minhas homenagens ao patrono desta cadeira ao fazer um breve relato da sua trajetória. Apesar de ter nascido na tradicional família dos Moraes Rêgo, filho de militar e atuante na área de direito, não o livrou de enfrentar dificuldades financeiras após a morte do Capitão Raimundo Joaquim Moraes Rêgo, seu genitor. A frustração de interromper os estudos para


assumir a responsabilidade de manter o sustento de seus familiares, o fez atuar nos degraus do ramo cartorial e tributário até se fixar na cidade de Rosário. Em seguida, retorna a vida acadêmica cursando Direito com a posse dos livros herdados do seu pai e obtém suficiente cultura jurídica através da publicação de inúmeros artigos em 1863 no Jornal “O País” denominados “Direitos Administrativos”. Nessa época demonstra interesse pela história do Maranhão como comprova artigos de jornais que estão no arquivo da nossa Biblioteca Pública do Estado do Maranhão. Ingressou na política maranhense pelo partido “Estrela” em 1850 e com 25 anos já era Deputado na Assembleia Legislativa da Província. Reeleito integrou o grupo de 13 deputados que se negou a votar o orçamento solicitado pelo presidente Eduardo Olímpio Machado, sendo ele o autor da declaração de rompimento. Considerando sua indicação para o cargo de escrivão dos Feitos da Fazenda pelo conselheiro João da Cunha Paranaguá, retorna a São Luís em 1860 com grande popularidade na Província com a alcunha de “Major João da Mata”. Cultivando atividades diversificadas, João da Mata, dividia-se entre os serviços no cartório, as tarefas do partido Estrela, as comemorações cívicas e religiosas e a colaboração como redator nos jornais “Estandarte”; “Despertador” ; “o Fórum”; “a Situação” ; “o Futuro” ; “a Atualidade” ; “o Tempo” e “o Publicador Maranhense”. Sua presença em todas as ocasiões fez com que o povo de São Luís criasse o slogan: “Sem o Major João da Mata não há festa que preste”. João da Mata deixou três estudos históricos: “Sinopses históricas da Administração do Governador e Capitão General Dom Francisco de Melo Manuel da Câmara”; “Memória sobre a fundação de uma capela no município de Guimarães” e “História da Imprensa na Província do Maranhão”. João da Mata afasta-se do Partido e recebe a qualificação de ingrato após o Dr. José da Silva Maia tornar-se autoritário a frente de seu Partido. Orador de rara eloquência, fator que o aproximou de Gomes de Castro. Assim como verdadeiras peças de oratória seus pronunciamentos na Assembleia Legislativa do Maranhão constituem a cultura de João da Mata Moraes Rêgo que faleceu em 3 de maio de 1886, nesta cidade.






João Mendes de Almeida (Caxias, 25 de maio de 1831 — São Paulo, 16 de outubro de 1898) foi um jurista, político, jornalista e líder abolicionista brasileiro. Biografia Figura ilustre no meio jurídico, João Mendes nasceu em Caxias, Maranhão, e iniciou seus estudos na Faculdade de Direito de Olinda e logo em seguida transferiu-se para São Paulo, onde concluiu o curso em 1853.[1] Assim que se formou, assumiu o cargo de juiz em Jundiaí (SP) e depois na capital paulista. Nesses cargos, permaneceu por cinco anos, até que resolveu abandonar a magistratura para ingressar no universo político, sendo deputado geral pelo estado do Maranhão em duas legislaturas e por São Paulo em três legislaturas. É autor do Dicionário Geográfico da Província de S. Paulo [2] Sua versatilidade também ficou marcada pela atuação na imprensa. Fundou e dirigiu os jornais A Lei, A Opinião Conservadora, A Ordem, A Autoridade, A Sentinela e A Sentinela Monarquista, todos em São Paulo. Mas sua atuação mais marcante, conforme relatam os registros históricos, foi à frente do movimento abolicionista. Líder do Partido Conservador, de 1859 a 1878, foi o principal redator da Lei do Ventre Livre, a qual defendeu através da imprensa. Uma de suas características mais marcantes era a generosidade. Quando alguém precisava de seus serviços e não podia pagar, ele atendia gratuitamente. Para homenageá-lo, a cidade de São Paulo denominou a praça onde tinha sua residência de "Praça Doutor João Mendes", na qual foi edificado o fórum que leva o nome de seu ilustre filho João Mendes de Almeida Júnior. Genealogia João Mendes de Almeida foi casado com Ana Rita Fortes Leite Lobo. Era irmão de Cândido Mendes de Almeida, ambos filhos do capitão-de-milícias Fernando Mendes de Almeida, português, que se radicou em 1816, na cidade de Caxias, Maranhão, onde se casou com Esméria Alves de Sousa. Era neto dos portugueses João Mendes de Almeida e Maria Escolástica da Fonseca Ramos. Seu filho João Mendes de Almeida Junior tornou-se importante advogado e jurisconsulto, seguindo os passos do pai. [3]



Padre João Tolentino Guedelha Mourão * Ceará + 04.12.1904 Pais Pai: João da Silveira Gadelha Mãe: Euphrosina Mourão Notas Biográficas Vigário Geral e Previsor do Bispado do Maranhão em Janeiro de 1881. Professor de Francês no Exernato Des.Antonio em 1890. Lente do Lyceu Maranhense e da Escola Normal do Maranhão. Irmão de Eufrozina Mourão. Notas Conego Dr. Monsenhor Página:Diccionario bio-bibliographico cearense - volume primeiro.djvu/536 - Wikisource João Tolentino Gadelha Mourão — Monsenhor e Doutor em Cânones pela Universidade de Roma. Nasceu em 1842 na fazenda Olho d’Agua dos Gade¬ lhas, riacho da Carnahuba, confluente do riacho do Matto, aguas do Poty, a sueste da antiga matriz de S. Gonçalo dos Côcos, termo do Ipií. Foram seus paes João da Silveira Ga¬ delha e D.a Euphrosina Mourão. Aos 2 annos de edade a familia levou-o para Pastos Bons, no Maranhão, em


cujo Seminário iniciou seus estudos ecclesiasticos, que concluiu em Roma. De volta ao Brasil tornou-se notável na chamada ques¬ tão religiosa, cabendo-lhe a honra de ficar como governador do Bispado do Pará durante a prisão de D. Antonio de Macedo Costa. Ahi no Pará redigiu a Boa Nova. Anterior¬ mente prestara em Maranhão relevantes serviços á Egreja, 517 Digitized by Google Original from UNIVERSITY OF CALIFÓRNIA


MARANHAY - Revista de Históriaa(s) do Maranhão - N 5 - julho 2023 por Leopoldo Gil Dulcio Vaz - Issuu


IBGE | Biblioteca | Detalhes | Roteiro da costa do norte do Brasil, desde o Cabo de S. Agostinho ate a cidade do Para / pelo piloto pratico da costa e do numero da Barra do Maranhão Joaquim Duarte de Souza Aguiar. ID: 17988 Nº de chamada: 908(811)-A282r Complemento 1: OR ISBN: Obra rara Autor: Aguiar, Joaquim Duarte de Souza Título: Roteiro da costa do norte do Brasil, desde o Cabo de S. Agostinho ate a cidade do Para / pelo piloto pratico da costa e do numero da Barra do Maranhão Joaquim Duarte de Souza Aguiar. Local: [São Luís] Editor: Typ. do Paiz Ano: 1880. Descrição física: 96p. Notas: GE00006602-4 Indicando a maneira de fundear no abrigo que offerece a costa ; e bem assim as marcas de navegar por dentro do Canal de S. Roque, a derrota que se deve seguir por fora dos baixos, e finalmente as marcas e maneiras de entrar em todas as barras e bahias da referida costa.


Informações sobre o escritor • •

Nome completo: Joaquim Feliciano Gomes Nascimento: Brasil

Fonte(s) dos dados BLAKE, Augusto Victorino Alves Sacramento. Diccionario Bibliographico Brazileiro. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1893. 7 v. Obras do escritor •

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Projeto apresentado à assembleia legislativa provincial do Maranhão pedindo a Sua Majestade o Imperador a anistia geral para os nossos irmãos Outros pernambucanos

1850

Projeto apresentado à assembléia legislativa provincial do Maranhão, pedindo ao Imperador a anistia geral para os nossos irmãos pernambucanos

1850

Outros




Joaquim Gomes de Souza, conhecido como Souzinha (Itapecuru-Mirim, 15 de fevereiro de 1829 — Londres, 1 de junho de 1864), foi um político e matemático brasileiro. Biografia Souzinha como era popularmente conhecido na sua terra natal, Itapecuru-Mirim, no Maranhão, foi um dos pioneiros no estudo da matemática no Brasil. Nas palavras do professor José Leite Lopes, trata-se do "primeiro vulto matemático do Brasil — e talvez o maior até hoje".[1] Filho de Ignácio José Gomes de Sousa e Antonia Carneiro de Brito e Sousa, em uma família de proprietários de terras nos vales dos rios Itapecuru e Munim. Nasceu no povoado Kelru. Seu pai foi proprietário do Solar Gomes de Sousa, localizado no Centro Histórico de São Luís, e que atualmente abriga o Museu Histórico e Artístico do Maranhão.[2] Em 1843, foi para a cidade do Rio de Janeiro para ingressar na Escola Militar da Corte, aos 14 anos. No ano seguinte, trancou sua matrícula na Escola Militar, ingressando na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro (criada em 1808). No curso, encontrou na Física e na Química uma grande motivação para suas pesquisas, estudando sozinho Cálculo Diferencial e Integral, Mecânica e Astronomia. Em 1848, deixou o curso, após ter certeza de que queria seguir na área da Matemática.[2] Em 1847, solicitou permissão para a direção da Escola Militar para realizar “exames vagos” de todos os anos que faltavam para completar o curso de Ciências Matemáticas e Físicas, algo inédito até então na Escola. Aprovado de modo brilhante, colou grau de bacharel em Ciências Matemáticas e Físicas em junho de 1848.[2][3] Em outubro do mesmo ano, solicitou a defesa pública de uma tese de dissertação sobre o Modo de Indagar Novos Astros sem Auxílio de Observações Diretas, baseada na Mecânica Celeste de Laplace, colando grau de doutor em Ciências Matemáticas, com apenas 19 anos.[2] Após obter o grau de doutor, foi aprovado em concurso para o corpo docente da Escola Militar, sendo nomeado também tenentecoronel e capitão honorário da Escola Militar.[2] Em 1854, realiza sua primeira viagem de estudos à Europa, onde realizou pesquisas sobre o regime penitenciário. Ao chegar a Paris, assiste diferentes cursos de Matemática na Sorbonne, estabelecendo contatos com matemáticos franceses e ingleses. Entre 1855 e 1856, escreve várias memórias, apresentando à Academia de Ciências três memórias originais: uma sobre a determinação de funções incógnitas sob o sinal de integral definida, outra sobre um teorema de cálculo integral e uma terceira sobre a teoria da propagação do som. No entanto, a comissão não se reuniu para dar parecer sobre os trabalhos. Nesse período, matriculou-se na Faculdade de Medicina de Paris, concluindo o curso de Medicina.[4] Foi eleito deputado geral pelo Maranhão em 1856, quando ainda se encontrava na Alemanha. Casou-se com a inglesa Rosa Edith, em 1857, e retornou ao país, para tomar posse na Assembleia Geral do Império, defendendo projetos voltados à educação. Foi reeleito, tomando posse em 1861. No mesmo ano, sua esposa morreu de febre tifoide, tendo o filho do casal morrido em 1863, de uma doença repentina.[2] Doente por tuberculose, licenciou-se do mandato e retornou à Europa, em 1863, em busca de tratamento. Casa-se novamente em fevereiro de 1864, e em março de 1864 realiza uma viagem para a Inglaterra para tratamento de saúde, onde falece em 1º de junho de 1864, aos 35 anos, sem poder cumprir seu terceiro mandato, para o qual também foi reeleito.[2][3] Homenagens Também tem um dos bustos que homenageiam escritores maranhenses na Praça do Pantheon, em São Luís, além de diversas escolas, avenidas ruas e praças que levam o seu nome. Obras • Resoluções das Equações Numéricas (1850) • Recuel de Memoires d’Analise Mathematiques (1857) • Modo de Indagar Novos Astros sem Auxílio de Observações Diretas (1848) • Anthologie universelle (1859) • Mélanges de calcul intégral (1882)






Joaquim de Souza Andrade, mas conhecido como Sousândrade, foi um professor e poeta brasileiro do século XIX. Nasceu na cidade de Guimarães (Maranhão), em 09 de setembro de 1833. Faleceu na cidade de São Luís (Maranhão), aos 68 anos, em 21 de abril de 1902. Sua obra mais famosa é Guesa Errante, escrita entre 1858 e 1888, que é um poema composto por 12 cantos e um epílogo. Ele tem como tema principal uma lenda de indígenas colombianos. Principais características do seu estilo literário:- Embora seja considerado um poeta romântico, ele rompeu com várias características literárias do Romantismo. Logo, é considerado um poeta inovador no próprio movimento que pertenceu. Neste sentido, é considerado um escritor que antecipou vários aspectos literários do Modernismo.- Presença, em suas obras, de invenções sintáticas e vocabulares.- Uso de neologismos (utilização de palavras novas, criada a partir de palavras existentes ou não). Presença de ordenação sintática não comum, inspirada em outras línguas.- Utilização de estrofes e métricas muito diferentes dos padrões, até então, vistos na literatura brasileira. Principais obras de Sousândrade:- O Guesa (entre 1858 e 1888) - poesia- A Casca da Canelleira (1866)


Joaquim de Souza Andrade ou Sousândrade, filho de comerciantes de algodão, nasceu em 09 de julho de 1832, na vila de Guimarães, território de Alcântara no Estado do Maranhão. Estudou na Europa de 1853 a 1857 e formou-se em Letras na Universidade de Sorbonne em Paris. Além de ter cursado em Paris cursou também Engenharia em Minas. Enquanto estudava na Europa, viajava para outros países, como Portugal, Alemanha, França e Inglaterra. Durante essa viagens, entrou em contato com a poesia de grandes poetas, que o influenciaram na formação de suas obras. O ano de 1857 foi importante visto que publica seu primeiro livro de poesias “Harpas Selvagens”. Em 1870, passou a morar nos Estados Unidos, pois sua filha foi estudar no Sacred Heart em Nova York. No período de 1871 a 1879 foi secretário e da revista mensal O Novo Mundo, dirigido por José Carlos Rodrigues em Nova York, que destinava seu público para os leitores de outros países. Sousândrade era Republicano por influencia talvez do idealismo americano e, em 1890, quando volta ao Maranhão, é eleito Presidente da Intendência Municipal de São Luís e pouco tempo depois se candidatou para o cargo de Senador. Foi ele quem organizou a bandeira do Estado do maranhão, realizou a reforma do ensino e fundou escolas mistas. E além disso, lecionou grego no Liceu Maranhense. A despeito de ser considerado louco, no final de sua vida, Sousândrade foi ignorado por todos, morrendo sozinho e na pobreza, dia 21 de abril de 1902, com 69 anos, na capital do Maranhão, São Luís. Sousândrade foi escritor e professor. O tema seus poemas é por vezes ultrarromânticos, outras abolicionistas e republicanos, comprovando toda a versatilidade do poeta cujas obras vem sendo resgatada desde as últimas décadas do século XX. Sousândrade brilha em suas obras pela ousadia e originalidade, desde a escolha de seus temas sociais, nacionalistas e nostálgicos, como também o uso de palavras estrangeiras (em inglês e indígena) e de metáfora um pouco aferente do seu tempo. E mesmo suas obras apresentando traços da segunda e da terceira geração romântica, estudiosos afirmam que há presença de elementos modernos, tanto pelos temas explorados, quanto pela construção poética e experimentações vanguardistas do poeta. SOUSÂNDRADE É CONSIDERADO, divisor de águas, POETA DE TRANSIÇÃO entre o romantismo e o realismo. Mesmo que desconhecido em sua geração, Sousândrade concebeu á literatura uma grande e inovadora qualidade em suas obras, sendo, considerado um dos escritores mais visionários do século XIX. Sobre esse ponto,é importante observar que, em 1877, ele mesmo escreveu: “Ouvi dizer já por duas vezes que o “Guesa Errante” será lido 50 anos depois; entristeci - decepção de quem escreve 50 anos antes”. É importante destacar que “O Guesa”, sua obra mais significativa, escrita entre 1858 e 1888, refere-se de uma epopeia dramática que relata o percurso do Guesa, personagem indígena da Colômbia. Esse poema está dividido em 13 Cantos, dos quais permaneceram inacabados quatro cantos (VI, VII, XII e XIII). * Algumas de suas obras que mais se destacam: * Harpas Selvagens (1857) * Guesa Errante (1858-1888) * Harpa de Ouro (1888-1889) * Novo Éden (1893)




















































































































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