Concursos Públicos de Projeto: Codhab 2015 - 2018

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CONCURSOS PÚBLICOS DE PROJETO CODHAB 2015-2018


A presente publicação é fruto da experiência de uma equipe oriunda do Instituto de Arquitetos do Brasil departamento do Distrito Federal e da Direção Nacional do IAB na gestão 2010/2012. A organização dos diversos concursos no âmbito da Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal (CODHAB-DF) contou com a participação da Diretoria de Produção (DIPRO), Diretoria de Assistência Técnica (DIATE), Assessorias da Presidência e de alguns colaboradores externos. Além da Escola de Governo de Brasilia gestão 2015/2018 que nos cedeu o espaço para os julgamentos dos concursos, registramos nossos agradecimentos à todas as pessoas que de alguma maneira colaboraram: Margarida Massimo Wilson Mozzer Fabiano Sobreira Júnia Federman Carla Castanheira Luiz Improise Elton Silva Brasilia, dezembro de 2018. Gilson Paranhos

Ficha Técnica Organização Luiz Eduardo Sarmento, Luiz Henrique Ferreira e Danielle Xavier Luiz Henrique Ferreira e Luiz Eduardo Sarmento Revisão gramatical Danielle Xavier Revisão técnica Luiz Eduardo Sarmento Apoio editorial Daniel Melo, Karyna Angel, Manuella Coelho e Yaly Pozza Portal de Concursos CODHAB Unidade de Tecnologia da CODHAB (GETEC) Wilson Mozzer, Lucélia Duda e Luiz Eduardo Sarmento Plataforma de concursos CODHAB: codhab.df.gov.br/concursos Imagem da capa Arquivo Público do Distrito Federal


editorial Os concursos públicos talvez sejam a maneira mais democrática de contratação de projetos. Sendo uma forma de licitação para serviços técnicos profissionais especializados, é a modalidade preferencial de contratação, conforme consta da Lei n. 8.666, de 21 de junho de 1993. A lei de licitações trata o concurso como a forma mais desejável para selecionar os projetos para obras públicas, uma vez que garante o princípio constitucional da isonomia e permite um processo e julgamento em estrita conformidade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade e da probidade administrativa. Não obstante, os concursos públicos de projeto, mesmo sendo o instrumento preferencial pela lei, estão longe de ser o mais usual no Brasil, o que explica, em grande parte, a péssima qualidade geral das edificações públicas construídas nas últimas décadas. Concursos públicos de projeto não são uma novidade no Brasil. Em meados do século XIX, foi realizado um concurso público de projeto para a construção do Teatro Lírico, no Rio de Janeiro. Na década de 50 do século XX, o projeto para a nova capital do país foi escolhido mediante concurso público, tendo como vencedor a proposta de Lúcio Costa. O conjunto construído foi registrado como patrimônio cultural da humanidade em 1987, sendo a primeira cidade modernista a receber tal reconhecimento, reforçando a importância dos concursos para que propostas de qualidade sejam escolhidas e executadas pelo Poder Público. Mesmo não sendo uma prática nova e apesar dos benefícios dos concursos de projeto estarem atestadas em várias obras espalhadas pelo País, essa modalidade de licitação não é a mais usual, sendo a licitação por menor preço a forma mais corrente de contratação de projetos, o que diminui a transparência do processo e, na maior parte das vezes, resulta em obras mais

caras e com baixa qualidade arquitetônica. Isso, claro, quando os projetos são contratados. Na maior parte das vezes é licitada a obra e a elaboração do projeto é uma “gentileza” da construtora, com o Estado abrindo mão de sua capacidade de projetar e qualificar os espaços de vida da população. Temos que combater esse quadro. Além disso, os concursos apresentam inúmeras vantagens em relação às outras formas de contratação projetual para a construção de obras públicas. Entre elas estão o conhecimento prévio do projeto e a possibilidade de comparação entre as propostas recebidas, a ampla participação que o concurso permite e a avaliação por uma banca técnica, permitindo que novos atores entrem na cena arquitetônica, fazendo com que o resultado, fruto de um processo técnico-criativo, seja avaliado com independência e isonomia. A publicização das propostas e da análise promovidas pela banca permitem que o resultado seja avaliado pelo população e por outros técnicos, possibilitando uma ampla discussão e garantindo uma análise crítica e aprofundada dos produtos, antes que sejam financiados e executados pelo poder público. Foi nesse sentido de democratizar a produção dos projetos e qualificar as obras que executa que a Companhia do Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal, seguindo a Lei 8.666/1993, iniciou a política de contratação de projetos apenas por meio da modalidade de concurso público.Junto à implantação do programa de assistência técnica em arquitetura e urbanismo para famílias de baixa renda e à formação de um ateliê de projetos para o desenvolvimento de estudos e projetos internamente, os concursos de projeto fazem parte de um processo de busca de qualidade e boas práticas na gestão e nas obras públicas, principalmente naquelas localizadas nas áreas de interesse social do Distrito Federal onde a Companhia atua e


onde vive a população que mais precisa de serviços públicos de qualidade. Esses três eixos de atuação que foram iniciados possibilitam a prática profissional de técnicos — engenheiros, arquitetos e urbanistas — na busca por solução dos problemas das comunidades mais empobrecidas. Para combater a baixa qualidade das obras públicas, a ausência de profissionais atuando permanentemente em projetos para essas comunidades e falta de orientação técnica para que essas pessoas possam construir suas casas, a Companhia disponibilizou equipes técnicas para atuar cotidianamente dentro dessas áreas de regularização de interesse social, em um processo de imersão total em suas realidades, produzindo diariamente projetos voltados à baixa renda bem como concursos para qualificar as edificações cujos projetos e cuja execução serão contratados. A Companhia prossegue, portanto, experiências exitosas de outros países da América Latina — como a vivenciada pela Colômbia, por exemplo —, ampliando o espectro de ações e possibilidades, visto que a experiência da CODHAB inclui a implantação de escritórios de assistência técnica à disposição permanente para solucionar os problemas dos moradores dessas comunidades, agindo dialeticamente, somando as experiências e conhecimentos dos seus funcionários com o saber da população atendida pela iniciativa. Todos os concursos, com suas bases documentais, os questionamentos, os resultados e as propostas de todos os inscritos, fazem parte da plataforma eletrônica da CODHAB, que foi mais um passo dado rumo à democratização e à atualização dessa modalidade de contratação, ampliando os requisitos de segurança e o total anonimato no decorrer do processo, além de reunir um importante catálogo da produção arquitetônica brasileira voltada à moradia de interesse social e equipamentos públicos para periferias feita nos últimos anos. Ao trazer os concursos públicos de projetos para a rotina de uma empresa pública cujo foco é a atuação em áreas de interesse social, a CODHAB desempenha importante papel, não só ao incentivar as boas práticas e a inovação no serviço público, mas também ao se esforçar para romper as barreiras burocráticas e os interesses escusos em nome da boa arquitetura e das obras públicas de qualidade. Com isso, a Companhia dá uma importante contribuição à melhoria das condições de vida na capital do país, principalmente para os brasilienses que sempre viveram às margens da qualidade urbana da Brasília oficial que, não custa lembrar, foi construída a partir de um projeto fruto de concurso público.

O aperfeiçoamento dessa modalidade licitatória só será possível a medida que mais concursos forem realizados. Há todo um campo de possibilidades que essa forma de licitação por melhor técnica permite e que ainda não foi explorado em nosso país. A inércia e a burocratização tão presente em órgãos públicos é um fator que teremos de continuar enfrentando, ora conseguindo alcançar nossos objetivos de garantir que o estado execute espaços públicos qualificados, ora não, mas esse enfrentamento é fundamental e não temos argumentos melhores que obras executadas seguindo projetos vencedores de concursos públicos. É urgente que essas barreiras sejam rompidas para que essa prática passe a ser corriqueira em órgãos públicos em todo o país, como é hoje na CODHAB. É preciso que a defesa dos concursos de projeto superem os círculos militantes da profissão e, para isso, é fundamental continuar e intensificar a tarefa de fazer com que a maioria dos arquitetos e urbanistas compreendam as vantagens dessa modalidade licitatória e a defendam, já que é preciso uma enorme rede para que os concursos públicos possam ser assimilados por servidores públicos, políticos, entidades da sociedade civil, etc. Nessa empreitada, foram fundamentais o apoio e a expertise do Instituto de Arquitetos do Brasil, que além de oferecer profissionais do mais alto nível para integrar as comissões julgadoras, agiu, por meio de seus associados, com experiência em coordenação de concursos de projetos como consultores voluntários e militantes da causa, assim como o CAU-BR ao articular toda uma rede de arquitetos e urbanistas do país para garantir a maior publicidade e isonomia no certame. Foram 14 concursos finalizados, alguns projetos já em estágio avançado de obras, e o desejo de que essa modalidade continue norteando a escolha dos projetos para obras a serem construídas pelo poder público em Brasília, principalmente para as localidades onde vivem as pessoas que estão à margem da qualidade da cidade (bem) planejada. O direito à cidade é antes de mais nada o direito à qualidade urbana e dos espaços públicos. É simbólico promover e escrever sobre concursos em Brasília porque essa cidade é o melhor exemplo de que apenas o concurso público nacional de projetos é capaz de colocar a inteligência nacional à disposição da maior parte da população.

Luiz Eduardo Sarmento Arquiteto e Urbanista Assessor da presidência da CODHAB

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concurso público POR GILSON PARANHOS

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>>> Qual a relevância dos concursos públicos em sua gestão à frente da Codhab? Se levarmos em consideração a questão legal, veremos que o

>>> O grande número de inscrições nos concursos demonstra o interesse dos profissionais na promoção da produção arquitetônica de qualidade. O que esses números representam? E a qualidade dos projetos?

Art. 13 § 1º da Lei 8.666/1993 diz que a contratação de projetos

É uma questão de legitimidade. A única maneira legítima de

deverá ser realizada através de concursos públicos. Durante a

contratar projetos é através de concursos públicos. Bons arquitetos

elaboração da lei, foi incluída a palavra preferencialmente, ficando:

não participam de licitação de menor preço, porque não vão

“a contratação de projetos deverá ser feita preferencialmente por

conseguir dar as informações de que precisam para a obtenção de

meio de concurso”. Legalmente, quem não contrata através de

uma boa obra. Então, geralmente o menor preço é o pior projeto.

concurso público deveria justificar por que não está contratando por

Agora, se você tem o pior projeto, você vai ter a pior obra. Essa é

essa modalidade. A prática de contratação traz lisura ao processo,

a resposta, na minha maneira de ver, de por que as obras públicas

porque, quando se faz um projeto que é totalmente independente

do Brasil são tão caras. Se você olhar as questões que nosso país

da empresa que constrói, retira-se a capacidade de interferência

tem enfrentando com relação à corrupção, você vai ver que a base

dessa empresa. Enfim, essa autonomia do projeto proporciona

dela está na contratação dos projetos que normalmente os órgãos

seriedade e independência, diferentemente da contratação usual,

de controle não conseguem verificar, porque, quando você não tem

que é feita por meio de uma licitação pública simples, em que o

projeto, você não tem obra. Esse é o principal problema.

governo e a população não conhecem o projeto. A documentação apresentada em uma licitação usual traz os problemas que os

Além da legitimidade, o fator mais importante é a qualidade. Você

órgãos de controle têm enfrentado com relação às obras públicas,

só tem qualidade quando você tem competição para o objeto final.

sem caminhos de solução. A contratação através de licitação por

Quando você faz uma licitação, você tem quatro, cinco propostas…

concurso público traz segurança, uma vez que o Poder Público

Quando você faz um concurso, você tem oitenta, cem participantes.

conhece com antecedência o projeto que está comprando. A

Isso é o que está acontecendo na CODHAB. O que nós temos

licitação simples é a “raposa tomando conta do galinheiro”. É por

atualmente é uma qualidade de excelência, e aí eu não fico no

isso que, na CODHAB, temos realizado a contratação de projetos

Brasil, não: falo de contratação de projetos em nível mundial. Os

apenas pela modalidade de concursos públicos.

projetos que têm vencido os concursos, no Brasil, possuem muita

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qualidade, não tenho dúvida disso. E o profissional que ganha um

contratação pela modalidade de concursos é porque é “novo”. Esse

concurso desses tem seu nome qualificado em nível internacional.

tipo de contratação, quando ela é nova, traz problemas jurídicos,

>>> Sabemos que, em relação a outros países, o Brasil realiza poucos concursos públicos de projetos. Segundo dados do Laboratório de Estudos da Arquitetura Potencial (LEAP), a média é de 10 concursos públicos por ano. Como você encara essa média em relação a outros países? O Brasil, algumas vezes, é um dos últimos a perceber algumas soluções. Nós fizemos um estudo e constatamos que a França fez dois mil concursos em um ano. Naquele ano, o Brasil fez dezesseis concursos; esses números mostram a diferença. Quando a França percebeu que era necessária uma qualidade arquitetônica, ela começou a fazer estudos e descobriu que a base estava na contratação de projetos. Então, ela obrigou que todos os projetos fossem contratados através de concursos públicos. Na França, se você for comprar um banco de jardim, você vai executar um concurso público. Outra questão necessária é o seguro. Quem substituirá o projetista contratado se ele falecer? É uma coisa lógica, afinal de contas você entra em um trabalho desse, vai trabalhar quatro, cinco, seis anos… Depende muito. Se o projeto for maior, você vai trabalhar dez anos com a empresa. Então, essa questão do seguro é uma questão lógica e que realmente, no Brasil, a gente trata com tanto desprezo.

>>> Atualmente, quais os maiores entraves existentes no processo de realização de um concurso público? Tudo o que é novo traz problemas! O principal entrave na

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problemas contábeis, problemas com as próprias pessoas que estão acostumadas a fazer mais do mesmo. Mas a principal questão é a falta de entendimento do que é um projeto. O projeto é indivisível, não dá para você dividir um projeto em partes, como é feito em muitas licitações. Isso é um problema sério; muitas vezes, muitos procuradores, muitos advogados não conseguem entender essa indivisibilidade do projeto. O projeto é indivisível, ele inicia-se com uma concepção e tem de ser acompanhado, não só até a sua entrega, mas inclusive depois, no desenvolvimento da obra. A primeira coisa que é feita na contratação, aliás, na projetação nos países desenvolvidos, quando se inicia uma obra, é a contratação da empresa que concebeu o projeto. Porque, por mais perfeito que seja esse projeto, muitas vezes vai ter problemas e alterações para os quais aquela equipe que concebeu o projeto dará a melhor solução. Se eu pensei alguma coisa, eu vou dar uma resposta muito mais rápida, muito mais coerente e muito mais consciente no encaminhamento desse processo. Então, isso são entraves que realmente têm acontecido na prática.


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Cada cidade é formada pelas atividades e costumes de seus habitantes, cujas práticas devem ser consideradas na composição do planejamento urbano. Segundo a ONU, o crescimento desordenado e sem planejamento das cidades favorece o surgimento de favelas, dificulta a implantação de saneamento básico, promove a segregação e a desigualdade social. Para a ONU-Habitat, conceber projetos para cidades e territórios não se limita a instrumentos técnicos: trata-se de um verdadeiro processo de tomada de decisões, que lida com interesses competitivos e está associado a estratégias de desenvolvimento. Pensando em planejamento e estratégias de desenvolvimento, é preciso fortalecer a ideia de que, para haver qualidade de vida e garantia de dignidade às pessoas, é necessária uma estrutura comprometida com tais ideais. Segurança, iluminação e saneamento, por exemplo, são serviços prestados pelo Estado por meio do que chamamos de equipamentos públicos urbanos, enquanto os equipamentos públicos comunitários, como postos de saúde, escolas, quadras de esporte etc., promovem mais qualidade de vida e garante dignidade às famílias. É importante ressaltar que a qualidade das obras públicas está diretamente relacionada à qualidade dos projetos apresentados. Muitos problemas acontecem no decorrer do processo de contratação de uma obra, mas a principal causa desses problemas revela-se em razão dos projetos deficientes.

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Nesse sentido, consoante o disposto na Lei 8666/1993, que estabelece que os contratos para a prestação de serviços técnicos especializados deverão, preferencialmente, ser celebrados mediante a realização de concurso, a CODHAB tem trabalhado para promover concursos públicos, destacando-se, entre outras vantagens, a contratação do melhor projeto — e não a melhor empresa — e a possibilidade de identificar qual projeto se está adquirindo antes da contratação. O desenvolvimento do projeto arquitetônico é de natureza técnica profissional especializada, e a sua contratação por concurso é democrática, possibilitando a escolha da proposta técnica mais qualificada, bem como soluções mais econômicas e eficientes. A contratação por concurso, além de valorizar a arquitetura nacional e oferecer à sociedade soluções de melhor qualidade, abre o mercado para inovações e novas alternativas. O processo de um concurso público traz transparência, visto que é aberto e permite a participação e o acompanhamento pela população em todas as suas etapas. Assegurar o prazo de entrega do produto, além de garantir o aumento da competitividade entre as empresas e a impessoalidade na seleção do projeto, também é uma vantagem dessa modalidade. Por fim, é profícuo ressaltar que o sucesso na realização de concursos públicos de projetos depende do engajamento de


toda a equipe — desde o seu planejamento e sua coordenação, até o alcance de sua função social —, razão pela qual deixo aqui o meu reconhecimento àqueles que contribuíram. Superada a fase de realização dos projetos, avançaremos no objetivo comum da execução das obras dos projetos vencedores, promovendo a qualidade dos equipamentos públicos destinados às comunidades, em especial àquelas mais carentes e sujeitas à vulnerabilidade social, e buscando tornar nossa cidade menos desigual. Júnia Salomão Federman Arquiteta e Urbanista Diretora de Produção Habitacional

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Não é de hoje que o cenário habitacional brasileiro, precário por natureza, agoniza à espera de medidas efetivas que visem a sua melhoria. Desde o período imperial, esse tema apresenta-se como um desafio constante e indesejado. Por sua vez, as políticas habitacionais realmente preocupadas em resolver o problema, por mais que o assunto esteja em voga, são recentes — datadas da Constituição de 1988 — e, em sua maioria, as que foram postas à prova se mostraram pouco eficientes devido a variados fatores políticos, sociais, econômicos e culturais. Hoje, nos telejornais, nas redes sociais, nas ruas e no semblante dos cidadãos, é possível perceber o descontentamento latente e coletivo. A desigualdade no Brasil, em termos de habitação, é algo que assusta. Nos relatórios produzidos pela ONU acerca desse assunto, somos classificados nas últimas posições. O fato, se não consterna, demonstra a ineficácia do chamado “jeitinho brasileiro”, também constante da Administração Pública, que, por muito tempo, buscou a resolução do problema de maneira apressada, improvisada e sem o devido planejamento. Nesse sentido, a Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal - CODHAB/DF busca, por meio do concurso público — modalidade licitatória — oferecer uma solução mais vantajosa para o interesse público e para o interesse privado. Com a validação da Lei 8.666/1993, que dá preferência para a realização de concurso quando se trata de contratação para prestação de serviços técnicos profissionais especializados, essa Companhia procura utilizar tal modalidade com o objetivo de amenizar esse quadro alarmante. A contratação de projetos por meio de concurso traz inúmeros benefícios, dentre eles: o fato de a Administração Pública contratar o melhor objeto, e não a melhor empresa, bem como o fato de

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se ter o conhecimento prévio do projeto que será adquirido; o grande número de participantes, o que promove a concorrência e, consequentemente, maior qualidade nas soluções técnicas oferecidas; a isonomia e impessoalidade, pois uma comissão julgadora especializada procederá com a avaliação das propostas; o sigilo, uma vez que somente após escolhidos os projetos vencedores, será realizada a divulgação dos seus autores. No ano de 2016, até o presente momento, já realizamos cinco Concursos Públicos de Projetos de Arquitetura e Complementares. Estamos certos de que ainda existe muito a se fazer, pois a problemática que envolve a questão habitacional no Brasil não será resolvida “do dia para noite”. Contudo, é importante destacar iniciativas arrojadas, que valorizam o planejamento pensado na necessidade real da população. Wilson Mozzer equipe de concuros da CODHAB


O IAB tem por bandeira histórica a defesa da tese de que os concursos públicos de arquitetura são a forma mais democrática e transparente de obter obras de boa qualidade arquitetônica, resultando na configuração de espaços públicos dignos à construção de uma almejada cidadania, minimizando atrasos e desperdício de dinheiro público. Acreditamos que a iniciativa da CODHAB vem ao encontro dos princípios gerais defendidos pelo IAB em relação à contratação de obras públicas mediante a realização de concursos públicos de arquitetura e à contratação do projeto completo, razão pela qual congratulamos a iniciativa da Companhia. Matheus Seco Presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil - IAB/DF

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A grande vantagem do concurso seria a de preservar os artistas da humilhação à qual eles se submetem diante dos empreendedores, e de evitar que as obras públicas se submetam à intriga dos homens públicos, ou à ignorância dos gestores.

É preciso pensar em uma política pública para a coletividade e não para os arquitetos e urbanistas; ir além dos interesses corporativos. O concurso de projeto deve ser apresentado não como um sistema que interessa à profissão, mas como um instrumento necessário à coletividade para garantir a desejada qualidade do espaço público. A valorização e o reconhecimento da profissão neste caso seria uma consequência natural, e não o objetivo em si.

Fabiano Sobreira Arquiteto e Urbanista editor do site concursosdeprojeto.org *texto disponível em fabianosobreira.arq.br

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sumário CONCURSOS

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Uma nova marca para a CODHAB

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Centro de ensino infantil - CEI

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Centro de ensino fundamental - CEF

68

Unidade básica de saúde - UBS

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Unidades Habitacionais Coletivas – Sobradinho

148

Unidades Habitacionais Coletivas – Samambaia

188

Unidades Habitacionais Coletivas – Sol Nascente

232

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Edifício de Uso Misto – Santa Maria

270

Edifício de Uso Misto – Sol Nascente

304

Habitação de Interesse Social

338

Pôr do Sol

380

Centro Educacional – Bairro Crixá

406

Escola Classe – Bairro Crixá

440

QNR 6

472

Expediente

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CONCURSO UMA NOVA MARCA PARA A CODHAB COMISSÃO JULGADORA

PROJETO EXPOGRÁFICO E PRODUÇÃO GERAL

Luiz Eduardo Sarmento Araujo Arquiteto e programador visual – CODHAB

Luiz Eduardo Sarmento Antonio Danilo Morais Barbosa Breno Gomes Rodrigues Wison Mozzer

Frederico Lopes Meira Barboza Júnior Arquiteto e programador visual – CODHAB Antonio Danilo Morais Barbosa Arquiteto e programador visual – SEGETH Marisa Maass Arquiteta e Professora Drª. do Curso de Design da UnB – IAB / DF David Borges Designer gráfico – ADEGRAF COMISSÃO ORGANIZADORA Wison Mozzer CODHAB Lucimar Pinheiro de Deus Presidente da Comissão Permanente de Licitação

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ESTAGIÁRIOS Gabriel Rodrigues Soares João Felipe Soares DESENVOLVIMENTO DA NOVA MARCA E DO MANUAL DE IDENTIDADE VISUAL João Augusto Pereira Júnior Arquiteto e Urbanista Vencedor do concurso


CONCURSO

uma nova marca para a CODHAB 19


#1 lugar 20


Toda marca é uma tentativa de síntese, sendo que uma boa marca revela os valores e conceitos que norteiam a instituição que representa, consolidando-se como sua principal referência simbólica. No entanto, a identidade visual, por melhor que seja, não garante que esses valores e conceitos se consolidem no imaginário coletivo, é preciso que venha acompanhada de ações concretas que fortaleçam e realcem suas qualidades abstratas. Escolhida por um concurso público nacional de design gráfico, a nova marca da CODHAB carrega em si o espírito inovador sob o qual foi construída Brasília e a companhia responsável por desenvolver habitações de interesse social no Distrito Federal, a antiga SHIS, hoje Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal. Suas cores e formas evocam conceitos caros à companhia, como a ideia de construção, inovação, transparência e permeabilidade. Nas palavras do autor, é “portal, moldura, cobogó, azulejo”. É também imagem de construção monocromática e lógica, concreto, abrigo, composição contemporânea edificada sem esquecer o vernacular (o povo) e seu imaginário. Na parte superior da composição, um acento amarelo se abre ao infinito, evocando imagem de alvorada tão cara ao espírito pioneiro da nova capital.

Parte de uma série de ações para intensificar o papel da CODHAB na busca constante da excelência no desenvolvimento e melhorias habitacionais e assistência técnica, a escolha da nova marca é mais um passo para localizar a companhia em lugar de destaque no desenvolvimento de habitação de interesse social no país. Luiz Eduardo Sarmento Arquiteto e Urbanista Gerente de Assistência Técnica em projetos e obras

Este manual é uma ferramenta para auxiliar o trato desse símbolo de uma nova CODHAB. Nele constam a conceituação da marca e seu desenho oficial – com cores, proporções, espaçamentos e tipografia, além de outras informações técnicas, normas e diretrizes de usos, visando ao uso correto da marca e, assim, buscando reforçar a imagem da instituição, a consolidação do logotipo e fortalecer a imagem da companhia.

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Criada dois anos após a inauguração de Brasília, a empresa responsável pela distribuição de habitações de interesse social utiliza hoje sua quarta denominação. Começou em 1962 com o nome de Sociedade de Habitações Econômicas de Brasília (SHEB). Em 1964, o nome passou a ser Sociedade de Habitação de Interesse Social (SHIS). Trinta anos depois, a SHIS passou a se chamar Instituto de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal (IDHAB). Até que, em 2007, o órgão recebeu o nome atual, de Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal (CODHAB). Como resultado de um concurso público nacional de design gráfico, uma nova marca passa a representar a companhia a partir de 2015. 1962

1964

1994

2007

2015

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CONCEITOS BÁSICOS IDENTIDADE VISUAL Processo de programação sistêmica que envolve signos e suas aplicações através da modulação e relações proporcionais entre diferentes meios e suportes de comunicação na busca de uma linguagem coesa e unificada, representativa de instituições, empresas ou corporações. Definição de elementos visuais, assinatura, tipografia, cores, através de uma modulação construtiva integrada e normatizada, que resulta num visual distinto. WOLLNER, Alexandre – Alexandre Wollner: Design Visual 50 Anos, pg. 315

SÍMBOLO Sinal gráfico cujo objetivo é representar visualmente a marca de uma instituição. De natureza figurativa ou abstrata, geralmente configura uma forma sintética, para facilitar a assimilação e reforçar a mensagem da marca. Universidade de Brasília - Manual de Identidade Visual, pg. 14

TIPOGRAFIA Inicialmente um processo de impressão, é também referência na criação de caracteres que, compostos, formam palavras e textos. Designamos tipografia o desenho dos tipos (caracteres alfabéticos e para-alfabéticos) e seu arranjo em um espaço determinado, de modo a atender critérios como legibilidade, proporção e organicidade em relação a meios e suportes impressos, eletrônicos e ambientais.

cromático estabelece uma paleta de cores fundamentais para a construção do projeto de identidade, assim como a utilização de cores auxiliares, aplicações em preto e branco e negativo. Companhia Nacional de Abastecimento - Manual de Identidade Visual, pg. 11

ÁREA DE PROTEÇÃO São as margens de afastamento mínimas ao redor do símbolo, do tipograma e das assinaturas que devem ser respeitadas de maneira a manter a legibilidade e o equilíbrio visual da marca em qualquer uso e situação. GRID Um grid consiste num conjunto específico de relações de alinhamento que funcionam como guias para a distribuição dos elementos num formato. As vantagens de trabalhar com um grid são simples: clareza, eficiência, economia e identidade. Itens parecidos são distribuídos de maneiras parecidas para que suas semelhanças ganhem destaque e possam ser identificadas. O grid converte os elementos sob seu controle num campo neutro de regularidade que facilita acessá-los – o observador sabe onde localizar a informação procurada porque os pontos nos quais se cruzam as divisões horizontais e verticais funcionam como sinalizadores daquela informação. SAMARA, Timothy - Grid: Construção e Desconstrução, pgs. 8 -24

WOLLNER, Alexandre – Alexandre Wollner: Design Visual 50 Anos, pg. 317

TIPOGRAMA Considera-se tipograma a expressão verbal e visual composta com base em signos tipográficos existentes e agrupados de forma particular. Por seu comportamento, uniformidade, destaque e constância de uso, serve como referência visual de uma empresa, instituição, corporação e produtos. WOLLNER, Alexandre – Alexandre Wollner: Design Visual 50 Anos

ASSINATURA Emprega-se o termo assinatura para denominar as combinações entre símbolo e tipograma. As assinaturas são a forma de apresentação mais recorrente da marca e, provavelmente, as mais reconhecíveis como tal. Universidade de Brasília - Manual de Identidade Visual, pg. 23

CÓDIGO CROMÁTICO A padronização de cores através de um código cromático é de suma importância para a consolidação da marca. O código

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assinatura básica horizontal

assinatura completa horizontal duas linhas

assinatura básica vertical

assinatura básica vertical

assinatura completa horizontal uma linha

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Coordenação Luiz Eduardo Sarmento Araujo Titulares Júnia Salomão Federman, arquiteta indicada pela CODHAB Simone Carvalho da Silva, engenheira civil indicada pela CODHAB Daniel Koji Miike, arquiteto indicado pela CODHAB Clécio Nonato Resende, arquiteto indicado pela SEGETH Flávia Fernandes Koshino Souza, arquiteta indicada pela SEDF *Manoel Balbino Carvalho Neto, arquiteto e urbanista indicado pelo IAB/DF *Hélio Cavalcanti da Costa Lima, arquiteto e urbanista indicado pelo CAU/BR *Jurados adicionados posteriormente, conforme indicação do IAB/DF e CAU/BR Suplentes Carla de Rezende Castanheira, arquiteta indicada pela CODHAB André Bello, arquiteto indicado pela SEGETH Thiago Régis, arquiteto indicado pela SEDF

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CONCURSO PARQUE DO RIACHO

centro de ensino infantil 29


#1 lugar 30


MEMORIAL DE PROJETO Educação de qualidade pressupõe múltiplas abordagens, como metodologia adequada, técnicas atuais de ensino, bem como respeito e atenção às características dos alunos. Nesse itinerário, torna-se também fundamental que os edifícios escolares se adequem às demandas pedagógicas, ou seja, que os espaços propostos respondam às variadas dinâmicas de ensino. O presente estudo busca explorar estas questões por meio de ambientes flexíveis, abertos e fechados, cobertos e descobertos, inseridos em áreas que são fruto de expansão do tecido urbano, contíguas aos bairros existentes. O projeto surge dos seguintes esforços: do desafio de apresentar um modelo construtivo capaz de responder corretamente a variáveis importantes, sem perder de vista a qualidade espacial, o conforto ambiental, a segurança e a adequação ao próprio meio. Para alcançar tal objetivo, surge a contradição: ainda que o terreno e seu entorno sejam dados relevantes para o desenvolvimento do projeto, nossa resposta a essas condições teve que considerar a adaptabilidade a terrenos distintos, garantindo autonomia formal, funcional e conceitual, de modo a permitir a construção das escolas sem perder suas especificidades topográficas, de insolação, de ventos e de inserção urbana. O programa foi implantado em dois pavimentos que compreendem uma mistura de ambientes fechados e abertos, pontuados por 17 pátios. Para enfatizar o valor espacial do edifício, recorremos à conciliação dos opostos, onde a imagem hermética dos painéis de fachada contrasta com a luz que, por meio dos espaços abertos, invade o interior das salas de aula e demais ambientes. O programa é organizado em uma grade ortogonal regular de 6m, onde os pátios são dispostos gerando grande variedade espacial, entre salas de aula, áreas administrativas, de serviços e apoio educacional, ao longo de cinco eixos paralelos. A ideia de corredor como a tradicional estrutura linear de conexão é amenizada com o arranjo alternado dos espaços vazios. Além disso, a continuidade visual através dos pátios e dos vãos de esquadrias proporciona o alargamento do espaço como um todo. A qualidade de reflexão e transparência dos vidros permite que a luz, ao encontrá-los, ora revele as qualidades do interior de uma sala, ora crie outras vistas para os alunos e usuários da CEI. A mesma lógica de distribuição do programa infantil foi aplicada para as três faixas etárias. Juntamente com as suas instalações sanitárias, espaço para repouso e solário, as salas de atividades formam uma unidade independente. A modulação nos dá a

chance de trabalhar a distribuição flexível entre as unidades, com a repetição ou variação necessária. Os tipos de unidades são semelhantes, mas não iguais na posição do edifício. A forma de articulação entre áreas de repouso, atividades e solário, por exemplo, permite grande flexibilidade de ajuste do layout e de compartimentação dos espaços, conforme demandas de uso da CEI. O resultado da proposta é um edifício com grande variação volumétrica, entre cheios, vazios, áreas verdes, espaços sombreados e ensolarados. Desta forma, buscamos manter na arquitetura os importantes estímulos infantis de exploração de ambientes, auxiliando as diversas atividades pedagógicas que ocorrerão na CEI. INSERÇÃO URBANA E ARQUITETURA Acreditamos que, além do uma correta solução do programa, um edifício de caráter público por excelência, como escola de ensino infantil, deve relacionar-se diretamente com o entorno. O projeto de urbanização previsto para o futuro bairro tem a qualidade de distribuir as áreas verdes e de lazer ao longo das quadras, sempre articulando tais espaços com áreas institucionais. Desta forma, os vínculos entre o equipamento e as áreas externas, sobretudo a praça pública, são essenciais e podem ser realizados tanto a partir de acessos, quanto a partir da permeabilidade visual do edifício e de suas áreas livres. Os diagramas ao lado narram duas formas de se pensar o problema. Em cada situação as áreas livres do edifício e as áreas públicas tem protagonismo distinto. Nosso projeto parte da segunda hipótese apresentada. As áreas edificadas são protagonistas, envolvendo todas as áreas livres em um pátio central. Elas isolam as áreas livres de contato externo. Não existe permeabilidade visual e a relação das áreas livres com as áreas edificadas é monótona. As áreas livres são as protagonistas. Ao invés de um único pátio central, todas as áreas livres do programa estão distribuídas. Essas áreas multiplicam-se no térreo e no pavimento superior, construindo relações de grande riqueza espacial com as áreas edificadas e com o entorno. SISTEMA CONSTRUTIVO Sob o ponto de vista construtivo, a estrutura metálica surge como resposta coerente aos desafios de prazo reduzido para

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sua execução, e também a uma lógica otimizada de módulos construtivos. O uso de estrutura metálica modular, com perfis “I” parafusados para posterior montagem, permite precisão e leveza dos elementos compositivos. Somado à estrutura, são utilizados painéis cimentícios também modulados. O conjunto tem como objetivo certificar a qualidade dos componentes, a velocidade e controle dos processos construtivos – características muitas vezes não observadas em outros métodos de construção tradicionais. Em relação à infraestrutura, propusemos uma base de concreto que está em contato com o solo, fazendo assim um nivelamento e permitindo velocidade posterior de construção e montagem da estrutura metálica. As lajes mistas dos pavimentos, em steel deck, fornecem a mesma linguagem e partido da própria estrutura, executadas com telhas metálicas galvanizadas, solidarizadas com o concreto por meio de malha armada, o que resulta em lajes muito planas, leves e bem acabadas, não sendo necessária a desforma e, pelos vãos utilizados, nem cimbramento. As vedações internas, em painéis de gesso acartonado, corroboram com a velocidade e leveza imaginados, garantindo que a obra seja executada a partir de procedimentos industrializados, facilitando o controle da

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execução e o bom acabamento. Do ponto de vista do conforto ambiental, a alternância dos espaços abertos e fechados busca garantir a correta ventilação e insolação dos ambientes. Em relação à incidência solar, além da própria vegetação nos pátios, utilizamos proteções térmicas nas vedações internas e externas. Nas fachadas em contato direto com o exterior, um colchão formado pelas placas cimentícias e as vedações internas, auxiliam nessa proteção. O mesmo deve ser dito para as lajes e as telhas com proteção termo-acústica nos módulos do primeiro pavimento. Além disso, foi proposta uma sobre-cobertura como um prolongamento da estrutura, que desenha e acalenta a incidência dos raios solares, provendo uma proteção extra e garantindo atenuação termo-acústicas para o desempenho das atividades da escola. Equipe Christian A. de Almeida Nobre, Cínthia Duclerc Verçosa Nobre, Ingrid Schmidt Ori, Marlon Rubio Longo Perspectivas eletrônicas (colaborador): Jonas Bernardi


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Com o intenso adensamento urbano, as cidades presenciam o desaparecimento do vazio dos quintais e espaços públicos. No passado os quintais urbanos estavam ligados à necessidade humana de se relacionar com a natureza de forma segura e controlada, fosse para o cultivo de alguns alimentos ou para o lazer. A falta desses espaços pode afetar o crescimento das crianças, uma vez que brincadeiras ao ar livre estimulam a criatividade e propiciam o desenvolvimento sensório-motor. Atualmente o ensino infantil valoriza processos de aprendizagem interativos, de forma que os espaços destinados a abrigar essas atividades devem ser polivalentes e possibilitar o contato com ambientes ao ar livre. Diante disso, o projeto proporciona para as crianças o quintal que não é possível encontrar no entorno. Para obter a menor ocupação do lote, optou-se por agrupar o programa em uma barra única de dois pavimentos dividida em três blocos por pequenos pátios que se conectam com o quintal. Enquanto o térreo configura-se pelos setores administrativo, de serviços, sala multiuso e berçários, o segundo pavimento contém os conjuntos das salas de atividades que se abrem

para os solários. Conectando os andares, a rampa surge como interface entre o interior e o exterior: um percurso que gera a interação entre escola e comunidade, funciona como fechamento do limite leste do lote e garante a segurança das crianças. Para o fluxo de professores e funcionários está prevista uma escada em um dos pátios internos. A rapidez na execução e economia são garantidas pela utilização de estrutura modular pré-fabricada de concreto com vãos econômicos. A estrutura também possibilita a expansão e a fácil implantação em outros lotes. O fechamento em alvenaria receberá uma fachada ventilada em telha metálica perfurada, proporcionando proteção solar e segurança. O projeto surpreende com o contraste entre a atmosfera sóbria da fachada branca, o interior colorido, mais lúdico, e o amplo quintal. Utilizando pequenos desníveis topográficos o quintal possibilita, na escala infantil, a descoberta de diversos mundos com diferentes cores, texturas e desafios. O pátio descoberto em frente à sala multiuso possui saídas de água no piso, que podem ser ligadas na época da seca, e espaço

suficiente para futuros desenhos com giz colorido. Do outro lado um pequeno morro desafia os alunos a explorarem vários mundos: o da areia, o do cascalho e, mais distante, o bosque. Reservado do restante do quintal, protegido das crianças maiores, está o espaço dedicado aos bebês de 0 a 2 anos. A horta, implantada no canto esquerdo do grande quintal, ensina para as crianças o caminho que o alimento percorre até o refeitório. O projeto paisagístico é fundamental, pois estabelece a conexão entre o ambiente construído e o externo, reafirmando a criação do quintal como ideia. Equipe Bernardo Richter Fernando Caldeira de Lacerda Pedro Amin Tavares Helena Engelhardt Wenzel de Carvalho Guilherme Arnon Schmitt Colaboradores: Priscila Milena Vicentim Guilherme Figueiredo Teixeira Araújo Maria Isabel Seibel Reis

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Uma plataforma segura, uma esplanada, um lugar para correr com liberdade e desfrutar a infância. O Distrito Federal é o território das planícies, da paisagem de linhas horizontais e das esplanadas, sejam naturais ou construí¬das pelo homem. O chão, o nível do solo e suas superfícies planas configuram uma atmosfera de espaços livres e de uso público, promovendo as ações cívicas e institucionais. Para a criança, esse espaço horizontal é o lugar da brincadeira, do pega-pega, do esconde-esconde, das corridas, das rodas. Nesse lugar, delimitado apenas pelas relações humanas, é possível criar, inventar, brincar e socializar. Uma vez que o programa es¬colar proposto para os Centros de Ensino Infantil pode ocupar horizontalmente grande parte dos lotes, imagina-se um edifício que promova um segundo plano, um segundo chão em sua cobertura, no qual as atividades infantis possam se desenvolver com liberdade e segurança usufruindo da vida ao ar livre.

promover no aprendizado infantil e no desenvolvimento da percepção espacial e sensorial. A partir dessa constatação, entende-se positiva a proposição de variações das alturas, sejam nas salas de atividades, nas áreas de descanso, nas varandas ou nos lugares de brincadeira. Da mesma forma, propõe-se a criação de espaços em que o chão se transforme gerando lugares de encontro e diversão: rampas, lajes curvas, elementos de topografia, entre outros que promovam percepções distintas nas crianças, educando para a diversidade, multiplicidade e criatividade. Equipe Emerson Vidigal, Eron Costin, Fabio Henrique Faria, João Gabriel Rosa, Martin Kaufer Goic. Colaboradores: Felipe Gomes, Leonardo Venâncio, Marcelo Miotto, Mariana Steiner Gusmão.

A criança aprende e se desenvolve na brincadeira. O espaço da criança, lugar da brincadeira, reflete a escala da criança e sua maneira de ver o mundo. Já adultos, lembramos desses lugares da infância quando os revisitamos e, muitas vezes, o que mais nos chama a atenção é a escala. Nossos edifícios, em geral, não potencializam os efeitos que as variações de escala, especialmente de pés-direitos, podem

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#menções honrosas A avaliação das propostas concorrentes do Concurso Público Nacional de Projetos de Arquitetura para o Centro de Ensino Infantil no Parque do Riacho teve início no dia 07 de março de 2016, sendo estabelecida pelo Presidente da Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal – CODHAB, pelo Coordenador do Concurso e, ainda, pelos membros da Comissão Organizadora. Foram recebidos 84 estudos preliminares concorrentes. Após o júri decidir acerca do método de avaliação dos projetos, dentro dos critérios estabelecidos nas Bases do Concurso, foram definidas as etapas e a escolha dos estudos. A Comissão Julgadora deliberou outorgar Menções Honrosas às seguintes propostas: Estudo Preliminar número 14, pela simplicidade construtiva, escala adequada ao público, bom entendimento do programa e sua relação com o entorno; Estudo Preliminar número 31, pela racionalidade construtiva e preocupação com aspectos de sustentabilidade e autonomia energética; Estudo Preliminar número 52, pela originalidade da especulação formal e espacial com ênfase na permeabilidade entre os espaços internos e externos; Estudo Preliminar número 67, pela qualidade da solução térrea com destaque ao acesso e tratamento plástico e o Estudo Preliminar número 90, pela originalidade do partido em planta circular, rompendo com a ortogonalidade do terreno e pela qualidade do tratamento plástico dos fechamentos.

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MENÇÃO HONROSA

ESTUDO PRELIMINAR NÚMERO 90 Gustavo Alexandre Cardoso Cantuaria, Lucia Kozak Simaan, Daniel Simaan França, Tatiana Barreto, Lucas Rezende

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MENÇÃO HONROSA

ESTUDO PRELIMINAR NÚMERO 14 Matias Revello Vazquez (arquiteto), Juliano Mezzomo (acadêmico), Greice Portal e Rodrigo Salvati (consultores em sustentabilidade)

MENÇÃO HONROSA

ESTUDO PRELIMINAR NÚMERO 31 João Augusto, Alessio Gallizio, Ana Laterza e Thiago Barbosa

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MENÇÃO HONROSA

ESTUDO PRELIMINAR NÚMERO 52 Ana Luisa Oliveira Rolim; Isabella Trindade; Rodrigo José Malvim Ramos; Maria Eduarda de Sá Absalão; Rafaela Paes de Andrade Arcoverde; Mateus Araruna Gibson; Natália Carneiro Leão Rego Barretto

MENÇÃO HONROSA

ESTUDO PRELIMINAR NÚMERO 67 Alexandre Hepner (Arkiz), João Paulo Payar (Arkiz), Rafael Brych (Arkiz), Matheus Marques (Hiperstudio), Ricardo Gonçalves (Hiperstudio), David Melo (Arkiz) e Felippe Duca (Arkiz)

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PARTICIPANTES

1 Estevan Barin, Jenifer Vescia, William Dal Carobo, Bruno Cassol. 2 Autores: Bernardo Richter Fernando Caldeira de Lacerda Pedro Amin Tavares Helena Engelhardt Wenzel de Carvalho Guilherme Arnon Schmitt Colaboradores: Priscila Milena Vicentim Guilherme Figueiredo Teixeira Araújo Maria Isabel Seibel Reis

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3 Matias Revello Vazquez (arquiteto), Juliano Mezzomo (acadêmico), Greice Portal e Rodrigo Salvati (consultores em sustentabilidade) 4 Beatriz Cintra, Daniel Dubugras e Mônica Schramm consultores: engenheiros Leonardo Katori e Carlos Joadir Mendes 5 Marina Beatriz Tello Oliveira, Raquel Drummond de Carvalho, Davide Sacconi, Matteo Costanzo, Gianfranco Bombaci, Eleonora Ghezzi, Tereza Scheibová, Matteo Novarino

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6 Ana Gabriela Lins, Iara Luiza Galvão, Fernanda Veras, Marilia Bonomi, Monique Borges 7 Marco D’Elia, Marco Artigas, Lais Xavier, Ricardo Marmorato, Lucio Fleury, Sheila Altman, Bruno Rossi, Ursula Troncoso, 8 Marina Andrade Salomá de Oliveira João Carlos de Sá Fortes

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PARTICIPANTES

9 Arquitetura: Anna Helena Villela, Beatriz Vicino, Liz Arakaki e Silvio Oksman Consultoria estrutura: Yopanan Rebello Paisagismo: Alexandre de Carvalho 10 Arq. Leandro Bernardes Tridapalli Arq. Fernando Tonon

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11 Equipe de Projeto Arquitetônico, Urbanístico e de Acessibilidade: Coordenador – Arq. Victor Serrano E Silva Arquitetos : Márcia Silva Dos Reis Débora Silva Meletti Nise Maria Serrano Cartaxo Nathalia Garrido do Prado Valladares Flávia Serrano e Silva de Oliveira Consultor: Osmar Rocha Lima e Silva Equipe de Projeto Complementares: Estrutura e Fundações – Eng. Benigno Marcelo Cardoso Rios Instalações Hdro-Sanitárias, Eletricas Gerais, Telefonia e de Proteção Contra Descargas Atmosferícas, Preventivas e de Combate A Incendio, Predias De Gás – Eng. Thales Olympio Goes de Azevedo Filho Paisagismo – Arq. Marília Cabral De Vasconcelos Barretto 12 Paula Koda, Lais Cintra, Fany Fouquet, Matheus Borges 13 Alex Burton Brasileiro Gois, Beatriz dos Santos Rabetti, Daniela Silva Antunes, Isabella Rodrigues Nascimento, Rafaella Sant’Anna Vieira Brasileiro, Rayan de Sant’Anna Silva 14 Juliana Bertolucci Torres - Clément Wiliam Gérard 15 Responsável Técnico: Patricia Padilha Colaboradores: Sarah Swolfs, Tamar Firer, Lis Pamplona, Elisa Vianna, Rafael Passos e Flávio Teixeira Consultor estrutural: Marcelo Rios

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16 Ana Cristina Castagna, Anna Carolina Manfroi, Eduardo Cezar Kopittke, Gabriel Lima Giambastiani, Juliano de Faria Rodrigues, Mariana Samurio, Mário Guidoux Gonzaga e Rodrigo Steiner Leães

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PARTICIPANTES

17 Arq. Débora Saraiva Arq. Milena Bezerra Arq. Mariana Matos Arq. Lucas Rozzoline Arq. Mayara de Paula. Colaboradora: Débora Sousa. 18

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Lorene Lopes, Gabriela Candia

19 Susan Eipper, Ina Ketterer, Andreas Bartels, Thorsten Erl, Christina Wilhelm, Julijan Weingärtner, Kathrin Sauerwein, Antônio Couto Nunes, André de Amorim, Rafael Linsmeyer 20 Arq Stephan Steyer, Arq Eliane Sasaki, Arq Andre Galvão, Alessandra Albuquerque (consultora), Arq Ione Faraco e Silvio Steyer 21 Arquiteta Erika Lavorato Marques Del Prá ; equipe: design Fernanda Torricelli, arquiteta Juliana Kondrat , arquiteta Ligia Carreiras 22 Ciro Pirondi, Ana Lucia Longato, Ricardo da Silva Hatiw Lu, Vitor Silva da Costa, Tatiana Yamaushi Ashino, Raissa Marijja Maznik, Fabiola Emendabili, Vitor Pissaia

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23 Autores: Sergio Faraulo, Frederico Zanelato, Ana Tamie Deno e Camila Monteiro. Colaboradora: Beatriz Goulart. 24 Francisco Leite Aviani (Arquiteto Autor), José Fabiano de Holanda Cavalcante (Arquiteto Colaborador), Luma de Paula Moroshima (Arquiteta Colaboradora), Marisa Ramos Rocha (Arquiteta Colaboradora), Júlia Gasparini (Estudante De Arquitetura Colaboradora), Renan Davis (Estudante De Arquitetura Colaborador).

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PARTICIPANTES

25 Arthur Rodrigues Seratiuk Marcello Stancati Rodrigues 26 Autores: Emerson Vidigal, Eron Costin, Fabio Henrique Faria, João Gabriel Rosa, Martin Kaufer Goic. Colaboradores: Felipe Gomes, Leonardo Venâncio, Marcelo Miotto, Mariana Steiner Gusmão.

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27 Rousemara Lopes, Wilton Pedrosa, Laura Santos, Bruno Monteiro 28 Daniel Assuane Duarte, Nadia Barros do Nascimento e Vagner Roberto Claro Júnior 29 Equipe de Projeto: Christian A. de Almeida Nobre, Cínthia Duclerc Verçosa Nobre, Ingrid Schmidt Ori, Marlon Rubio Longo Perspectivas eletrônicas (colaborador): Jonas Bernardi

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30 Neto

Natália Carneiro, Walter Garcia, Tubal

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Lindiane Cardoso de Oliveira

32 Alexandre Brasil, André Prado, Mariana de Paula, Rafael Gil, Thomas Whyte

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PARTICIPANTES

33 Ricardo Coutinho, Marcos Roberto, Luiz Caio 34 Antônio Malicia, Rogerio Batagliesi, Cristiano Miranda, Tiago Fugimoto, Natasha Capusso, Isadora Citrin

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35 Pedro Henrique Fernandes de Cristo, Caroline Shannon Fernandes de Cristo, Newton Fernandes, Emilia Fernandes 36 João Augusto, Alessio Gallizio, Ana Laterza e Thiago Barbosa 37 Henrique Squeff, Michella Pereira de Moraes , Ricardo Borges , Thais Parreira 38 Ivana Beatriz de Carvalho Cabral, César Henrique de Godoy Gomes, Mayara Henriques Coimbra, Samara Soares Braga 39 Gustavo Alexandre Cardoso Cantuaria, Lucia Kozak Simaan, Daniel Simaan França, Tatiana Barreto, Lucas Rezende

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Filipe Montenegro Oliveira


PARTICIPANTES

41 Ricardo Henrique Muratori de Menezes - Arq Luana Cavalcante- Arq Nayanne GuerraEstagiária 42 Ediwaldo Martins Leal Júnior, Fausto Sousa Santos Júnior, Jairo José Romeiro Filho, Hugo Leonardos Augusto de Sousa, Taís Alves Oliveira

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Ricardo Alpoim e Miguel Ferreira

44 Henrique Carramenha e Costa Faber, Francisco Caparroz Bueno, Ronielle da Silva Laurentino, Ana Paula Antunes Pereira, Filipe Barcelos de Faria, Renan Bussi Machado 45 Andre Yamaguishi Ciampi, Gabriel Bollini Braga, Luis Claudio Marques Dias, Raphael Antunes Souza, Vivian Hori Hawthorne 46

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zilsenil, joel, mariana, lilian

47 Autores: Audileny Ribeiro, Isabela Oliveira Pereira, Helkem Helem de Araújo Colaboradores: Mahammed Vasconcelos e Camila Amaro 48 Ana Luisa Oliveira Rolim; Isabella Trindade; Rodrigo José Malvim Ramos; Maria Eduarda de Sá Absalão; Rafaela Paes de Andrade Arcoverde; Mateus Araruna Gibson; Natália Carneiro Leão Rego Barretto

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PARTICIPANTES

49 Arq. Tatiana Guimarães, Arq. Gilton Tavares, Arq. Antônio Nelson Fontes, Arq. Gabriela Paixão, Arq. Priscila Caroline Matos, Arq. Carina Bastos, Arq. Thiago Sacramento, Priscila Monique Santos, Adonis Penalva 50

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Robson Amaral, Tadeu Salmi

51 Napoleão Ferreira, Leonardo Ferreira, Clélia Carvalho, Vitor Carvalho, Francisco Sheldon e Luiz Carlos 52 Luciano Andrades, Andrés Gobba, Maurício Lopez, Rochelle Castro, Matias Carballal, Silvio Machado, Pablo Courreges, Emiliano Lago, Diego Morera, Maurício Muller, Carlos Rey, Nicolás Ramos, Josephine Guillemin e Marina Lemos 53 Arq. Miguel Esnaola, Arq Jaqueline Milan, Arq. Monique Genari, academica Barbara Pedó, Academica Beatriz Matte

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54 Kenny Nogueira, Talita Leandro, Kauria Gomes, Vanessa Oliveira, Tamyres Trindade 55 Eduardo Sousa e Silva, Marcelo Honório de Goes Teixeira, Daniella Barbosa Ferreira, Sued Ferreira da Silva, Elisa Bermudez Zaidan 56 Vitor Garcez, Juliana Sicuro, João Magnus Pires

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PARTICIPANTES

57 Co-autores: Arq. Andrei Português Rosa, Arq. Iuri Hausen Mizoguchi e Arq. João Heineck Kruse Consultores: Arq. Joana Paradeda Arq. Letícia Teixeira Rodrigues Consultoria Pedagógica: Prof. Maria Regina Müller

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58 Luciano Suski, Fábio Domingos Batista, Igor Costa Spanger, Moacir Zancopé Júnior, Suzanna de Geus, Karin Luciana Klassen, Simone R. N. Born e Rodolfo Luís Scuiciato 59 Autor: Heloísa Moura Co-autores: William Veras, Alessandra Leite e Natália Gorgulho Colaboradores: Giovanni Cristofaro, Serena Ferreira, Natália Castanho 60 Autoria - Arqa. Marilia Sant´Anna de Almeida Colaborador - Arq. Luiz Fisberg 61 Autor: Eduardo A. Colonelli, Arquitetos colaboradores: Fabio B. Santos, Marcelo Anaf, Marina Colonelli, Michelle Waisblut Estagiários: Marília B. Passos

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62 Raul da Silva Ventura Neto Arquiteto Raul da Silva Ventura Filho, Arquiteto Marilia Freitas Arquiteta 63 Edson Jorge Cachel , Thiago Campos Filgueiras, Eduardo Baptista Lopes 64 Gabriel R. Grinspum, Isabel Sperry, Tomas Faria

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PARTICIPANTES

65 Autor: Michel Macedo | Colaboradores: Nivaldo Pontel Jr, Carolina Rietter, Adriana Strapasson, Karine Rosanelli 66 Jefferson Seuffitelli; Alcimar Silveira; Artur Rodrigues; Fernando Prado

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67 Alexandre Hepner (Arkiz), João Paulo Payar (Arkiz), Rafael Brych (Arkiz), Matheus Marques (Hiperstudio), Ricardo Gonçalves (Hiperstudio), David Melo (Arkiz) e Felippe Duca (Arkiz) 68 Leal

Henrique Rodrigues Fernandes e Ana

69 Equipe arquitetura: Keila Costa, Sophia Silva Telles, Mariana Hiroki, Ingrid Cabral Soares Equipe engenharia: Sandretec (Hidráulica e Elétrica) e CTC (engenharia) 70 Carlos Alberto de Andrade Bomfim, Kyane Bomfim Santos e Beth Leite Soares.

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PARTICIPANTES

71 Guilherme Marucci, Marcelo Campos, Gabriel Mendes 72 Rafael Montezi Mariana Wilderom Alessandro Muzi Renato Dalla Marta Bruno Bonesso Vitorino André Dias Dantas

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73 Autor: Renato Dal Pian - Co-autora: Lilian Dal Pian Colaboradores: Carolina Tobias, Luis Taboada empresa: Dal Pian Arquitetos Associados 74 Arthur Calliari da Costa, Fernanda Bagatelli Meinerz, Grégori Fagundes, Renata de Albuquerque Maranhão Fontoura, Tamiris Costa 75 Bruno Rodrigues Tenser Carlos Fábio Fernandes Correa 76 Mario Figueroa, Letícia Tamisari, Cristina Tosta, Thiago Vita, Fernanda Namura e Marina Budib _ Colaboradores: Cassio Pereira e Vitória Paulino

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PARTICIPANTES

77 Ana Paula Batista e Ana Maria Endres Borges Gava, colaborador Arq. Guilherme da costa Resses 78 Anderson Dourado e Edilma Mourão Colaboradores: Gabriel Kiam 79

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Gabriela Maluf e Carlos Kolb

80 Wilian Pombeiro Wilson Pombeiro André Pereira Phellipe Pina


PARTICIPANTES

81 Projeto arquitetônico: Vera Pires Viana, Roberto Agustín Ghione, Projeto paisagístico: Rosilene Guedes Souza 82 Autores: Luis Mauro Freire, Marcelo Luiz Ursini, Maria do Carmo Vilarino, Henrique Fina Colaborador: Zula Matias

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83 Autores: Bruno Braga, Bruno Perdigão, Igor Ribeiro, Luiz Cattony, Jorge Sanchez, Diego Franco, Moris Fleischman e Hector Loli Colaboradores: Clarisse Figueiredo e Yuka Ogawa Consultores: Renan Cid (Arquiteto) 84 Fernando Vázquez, André Guerra, Jhonny Rezende e Nathália Grippa

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Coordenação Arquiteto e Urbanista Carla de Rezende Castanheira Titulares *Fabiano José Arcadio Sobreira, arquiteto indicado pelo IAB/DF *Elcio Gomes da Silva, arquiteto indicado pelo IAB/DF * Anderson Fioreti de Menezes, arquiteto indicado pelo CAU/BR André Bello, arquiteto indicado pela SEGETH Tiago Reges da Silva, arquiteto indicado pela SEDF Suplentes *Matheus Conque Seco Ferreira, arquiteto indicado pelo IAB/DF Clécio Nonato Resende, arquiteto indicado pela SEGETH Flávia Fernandes Koshino Souza, arquiteta indicada pela SEDF

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CONCURSO PARQUE DO RIACHO

centro de ensino fundamental 69




#1 lugar 72


CONSTRUINDO O LUGAR Inserida numa zona de desenvolvimento urbano recente Região Administrativa Riacho Fundo II - a área destinada para a implantação do Centro de Ensino Fundamental está delimitada na sua porção oeste pela faixa de domínio da linha de alta tensão, a norte por uma rua-estacionamento, a leste por parcelas destinadas a serviços e a sul pelo futuro equipamento Centro-Dia. O território ainda é incerto e a relação mais evidente do lote com as vias de acesso ocorre apenas pela esquina a nordeste. Ao adotarmos uma estratégia projetual que aposta na ocupação perimetral, o CEF - Parque do Riacho recria a frontalidade do lote, alongando e transformando a esquina em um generoso espaço público para o novo bairro. A intenção é que este novo equipamento funcione como um catalisador urbano, induzindo melhorias no entorno. AS ESCALAS DOS PÁTIOS A aposta por desenvolver o programa no perímetro da parcela visa delimitar claramente o espaço público do privado, convertendo todas as áreas livres em pátios, minimizando, portanto, o uso de muros e agregando funções aos espaços residuais. A criação de pátios em diferentes escalas organiza os setores do CEF em escala doméstica e gregária, entendida como a dos pequenos pátios e a do grande pátio. A primeira serve o setor didático: uma sequência de blocos voltados a norte que conformam pequenos pátios – espaços mais reservados e protegidos - voltados à interação das turmas.Com o frescor de suas sombras, pela presença de vegetação, sua escala é própria para a concentração e aprendizagem. Em nítido contraste com o setor pedagógico, o setor de atividades e lazer assume a escala gregária do grande pátio: pé direito maior para acomodar o ginásio de esporte, zonas abertas para vivência e, sobretudo, uma ampla visualização do funcionamento global da escola. O projeto adota um partido de economicidade e sustentabilidade, priorizando sempre os aspectos de ventilação e iluminação ideais: salas didáticas voltadas a norte e seus pequenos pátios a leste, contribuindo para o sistema de ventilação cruzada natural. EM DIFERENTES NÍVEIS A escola se organiza em dois níveis: térreo e primeiro andar. O nível zero é o do acesso, da informação (secretaria, biblioteca), da vivência entre os pátios (doméstico e gregário) e dos espaços de uso comum. O primeiro andar é destinado às salas de aula, distribuídas por série de acordo com a proximidade à entrada principal. A fácil orientação é garantida pela redução da escala e distâncias para as atividades pedagógicas em geral, reservando as longas distâncias e vistas para o espaço esportivo e vivência de pátio descoberto nas áreas térreas.

Ao entrar no edifício a sensação é de acolhimento, em um pé direito de 3.20m, que conduz o aluno diretamente ao pátio coberto: espaço térreo e articulador de todas as funções da escola. Na direção da luz proveniente dos pátios a percepção sensorial é invertida: de liberação e expansão em direção ao céu aberto. No grande pátio descoberto dá-se a legibilidade das principais conexões verticais: uma ampla rampa no sentido longitudinal e uma generosa escada no sentido transversal aos blocos didáticos. Nos pequenos pátios, a conexão vertical é reforçada por escadas secundárias que garantem a multiplicidade de percursos na escola e a flexibilidade de acesso aos terraços de convivência entre as salas de aula. MATERIALIDADE E TECTÔNICA Tendo como foco a agilidade de execução, os sistemas construtivos e estruturais propostos contemplam o uso de elementos industrializados em metal e concreto. Para o setor didático a estrutura em concreto pré-moldado segue a modulação de 7.20mX 9.40m. A proteção solar para as aberturas a norte é composta por brise-soleil horizontal em madeira. Para os elementos de vedação se alternam as esquadrias de alumínio (salas de aula) com as de madeira (áreas comuns: laboratório, biblioteca, auditório), sendo estas últimas relacionadas aos espaços abertos do nível térreo. Os fechamentos em elementos vazados de concreto conferem privacidade e segurança nas áreas mais diretamente relacionadas com a rua. O refeitório também faz uso destes elementos em sua fachada para o pátio descoberto, neste caso os cobogós são recomendados pelos seus efeitos atmosféricos e de ambiência. A construção em estrutura metálica fica destinada à cobertura das áreas de ginásio, circulação e passarela, concebida como um único plano suspenso que aspira à imaterialidade. As áreas cobertas e descobertas do projeto estabelecem o critério para a definição dos materiais do piso: nas áreas abertas ao céu optou-se pela areia compactada (área de atividades lúdicas) e nas zonas cobertas, protegidas das intempéries, a pavimentação permite o uso intenso (de circulação e prática esportiva). Equipe Alexandre Ruiz da Rosa André Bihuna D’Oliveira Haraldo Hauer Freudenberg Rodrigo Vinci Philippi Colaboradores: Lucas de Oliveira Freitas Luca Fischer Michela Neri Consultor Estruturas: Ricardo Henrique Dias

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#2 lugar 78


O projeto arquitetônico do Centro de Ensino Fundamental do Riacho Fundo — CEF, foi elaborado com base em três pilares que estruturam a sua concepção: Urbanidade, Austeridade e Economicidade. A solução arquitetônica proposta incorpora os conceitos e princípios de um grande pavilhão com rasgos superiores, cuja expressão plástica de¬ne, ao mesmo tempo, a apropriação quali-cada do terreno e a interrupção intencional do per¬l urbano da cidade. O traçado urbanístico do Riacho Fundo caracteriza-se pela implantação de unidades habitacionais com cerca de quatro pavimentos, dispostas em estreita faixa de terreno e distribuídas ao longo dos quase nove quilômetros e meio de extensão. Inaugura uma “cidade linear” desprovida de quase nenhuma porosidade. A necessidade de se prever vazios urbanos é patente. O edifício do CEF Riacho Fundo foi projetado com a intenção de proporcionar uma pausa, uma ruptura na paisagem urbana de¬nida por uma extensa faixa edilícia de gabarito constante. Abre-se, portanto, o espaço necessário para construção de um marco referencial com a inserção do CEF, cuja escala, permite a construção de uma nova identidade na estrutura urbana da cidade.

A urbanidade pretendida não se limita às estratégias projetuais de implantação da escola. Preocupa-se igualmente em promover, se assim entenderem válido, um processo participativo constante que pretende proporcionar um amplo envolvimento da comunidade com atividades da escola. O programa de necessidades foi distribuído com vistas a priorizar uma setorização lógica e racional. No pavimento térreo localizamse as atividades de uso público-privado, a saber: refeitório, biblioteca, auditório e quadra poliesportiva com acesso franco e independente para a comunidade. No primeiro pavimento, estão distribuídas as salas de aula, laboratórios e demais atividades administrativas. Portanto, a exibilidade de utilização dos espaços é característica singular que, se bem administrada, certamente proporcionará um envolvimento signi¬cativo da comunidade que se apropriará desse equipamento urbano essencial à promoção da qualidade de vida dos cidadãos.

com rigor a clareza de nossas intenções. As decisões de projeto foram pautadas no sentido de proporcionar uma obra organizada e e¬ciente com redução estratégica das ações construtivas. Os materiais empregados nos acabamentos revelam o comprometimento com os aspectos de praticidade, durabilidade e baixa manutenção, alinhados com os princípios de economicidade na gestão dos recursos públicos. Equipe ArqBr + Estúdio MRGB ArqBr | Eder Alencar, André Velloso, Rodrigo da Cruz, Izabela Brettas, Gabriel Solórzano Estúdio MRGB | Igor Campos, Hermes Romão, Ana Orefice, Rodolfo Marques, Ana Carolina Moreth Consultor Estrutural: Vladmir Villaverde

Certos de que a austeridade do desenho deveria prevalecer como conceito articulador de todo projeto, partimos em busca de uma concepção que expressasse

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#3 lugar 84


O Centro de Ensino Fundamental Parque do Riacho será construído numa região de expansão urbana do Distrito Federal. Esse tipo de região tende a consolidar-se lentamente, passo a passo, ou seja, existirão edifícios e espaços livres iniciais que ao longo dos anos se transformarão em lugares de uso cotidiano. A comunidade local irá conformar a arquitetura a partir das suas atividades, dos seus modos de usar o espaço e dos seus valores culturais. Entende-se que o edifício do Centro de Ensino Fundamental e seu entorno passarão por essas transformações e, para que isso ocorra de forma aberta e coerente, o projeto deve permitir que as potencialidades da comunidade sejam aos poucos incorporadas à arquitetura. Dessa forma, buscou-se promover as seguintes estratégias: >>> Liberdade no nível térreo: a demarcação de um lugar para escola através da construção de um plano de base rebaixado no qual se assentam o pátio coberto e o descoberto. Com isso, pretende-se gerar um espaço de encontro, promotor das atividades educacionais e no qual os diálogos entre estudantes possam acontecer. A partir da construção desse plano rebaixado permitem-se pés-direitos generosos para as salas cênicas, de artes, música que orbitam ao redor do pátio.

didáticas. Assim, caso seja necessário, nos finais de semana e festividades, os espaços da escola podem ser abertos ou fechados resguardando as salas de aula da circulação de público. >>> Fruição nos percursos: a configuração da circulação: passarelas, rampas, escadas e corredores como elementos promotores da vitalidade do edifício. Esses elementos estão visíveis ou associados a transparências, permitindo que os espaços sejam permeáveis e só existam fechamentos quando forem necessário ao desenvolvimento das atividades escolares. Equipe Emerson Vidigal, Eron Costin, Fabio Henrique Faria, João Gabriel Rosa, Martin Kaufer Goic. Colaboradores: Leonardo Venâncio, Marcelo Miotto, Mariana Steiner Gusmão.

>>> Articulação do programa em setores: a concentração das salas de aula e demais atividades educacionais no bloco sul. Isso permite que as áreas de: ginásio, biblioteca, auditório, e administração possam ter seu acesso eventualmente liberado à comunidade, sem prejudicar o funcionamento das atividades

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#menções honrosas 90


A avaliação das propostas concorrentes do Concurso Público Nacional de Projetos de Arquitetura para o Centro de Ensino Fundamental no Parque do Riacho teve início no dia 11 de abril de 2016, sendo estabelecida pelo Presidente da Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal – CODHAB, pela Coordenadora do Concurso e, ainda, pelos membros da Comissão Organizadora. Foram recebidas 106 propostas em formato eletrônico. Após o júri decidir acerca do método de avaliação dos projetos, dentro dos critérios estabelecidos nas Bases do Concurso, foram definidas as etapas e a escolha dos estudos. Como contribuição ao debate arquitetônico, particularmente no que diz respeito às soluções adotadas, a Comissão Julgadora deliberou outorgar Menções Honrosas às seguintes propostas: Estudo Preliminar número 102, pela correta setorização do programa de necessidades do edifício revelada em sua implantação, além da criativa e agradável proposta estética representada pelos grafites; Estudo Preliminar número 104, pela clara e provocativa proposta cromática demostrada no tratamento estético de seus volumes; Estudo Preliminar número 119, pela correta orientação das salas de aula e distribuição programática, facilidade de acesso ao auditório e clareza do sistema construtivo; Estudo Preliminar número 167, pela generosidade de seus espaços de convívio no térreo, assim como o agradável tratamento volumétrico de suas circulações verticais - rampas; Estudo Preliminar número 176, pela boa solução de acesso aos equipamentos de uso comunitário, boa distribuição funcional e correta orientação das salas, além de proporcionar um

bom isolamento entre as atividades pedagógicas e comunitárias; Estudo Preliminar número 182, por tratar de projeto que apresenta boa transição de escalas na composição volumétrica e materialidade rica em texturas e cores, recomendáveis para a natureza do equipamento. Apresenta boa distribuição funcional e correta orientação das salas de aula. A Comissão Julgadora decidiu atribuir, ainda, Menção Honrosa com Destaque para o Estudo Preliminar número 153, pela clara setorização e adequada orientação de seu programa revelado em sua implantação, criando a partir da fragmentação dos seus pátios internos, espaços agradáveis e relevantes ao desenvolvimento cognitivo dos usuários, além do simpático tratamento plástico apresentado em sua fachada.

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MENÇÃO HONROSA

ESTUDO PRELIMINAR NÚMERO 102 Estevan Barin, Jenifer Vescia, Bruno Cassol, William Dal Carobo

MENÇÃO HONROSA

ESTUDO PRELIMINAR NÚMERO 104 Arquitetos: Sérgio Roberto Parada, Rodrigo Mônaco Biavati, Felipe Miranda Rodrigues e Júlia Solléro de Paula. Colaboradores: Larissa Almeida Martins Pontes e Caio Monteiro Damasceno.

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MENÇÃO HONROSA

ESTUDO PRELIMINAR NÚMERO 119 Autor: Renato Dal Pian / Co-autora: Lilian Dal Pian Colaboradores: Carolina Tobias, Luis Taboada

MENÇÃO HONROSA

ESTUDO PRELIMINAR NÚMERO 167 Autores: Gustavo Alexandre Cardoso Cantuaria, Lucia Kozak Simaan, Daniel Simaan França

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MENÇÃO HONROSA

ESTUDO PRELIMINAR NÚMERO 176 Moacir Zancopé Júnior, Fábio Domingos Batista, Igor Costa Spanger, Luciano Suski, Suzanna de Geus, Karin Luciana Klassen, Simone R. N. Born e Rodolfo Luís Scuiciato

MENÇÃO HONROSA

ESTUDO PRELIMINAR NÚMERO 182 Autores: Daniel Corsi, Dani Hirano, André Sauaia. Colaboradores: Fábio Carneiro, Julia Lazcano, Gabriela Meyer.

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MENÇÃO HONROSA COM DESTAQUE

ESTUDO PRELIMINAR NÚMERO 153 Autores: Gustavo Penna Laura Penna Letícia Carneiro Norberto Bambozzi Colaboradores: Oded Stahl Henrique Neves Eduardo Magalhães Membros da Equipe: Alice Flores Barbara Novais Fernanda Tolentino Gabriel Barbosa Ivan Rimsa Jordana Faria Julia Salgado Larissa Freire Naiara Ariana Patrícia Gonçalves Paula Sallum Raquel Moura Raquel Resende Sarah Fernandes Consultores: Bedê Engenharia de Estruturas Lumens Engenharia

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PARTICIPANTES

1 | Rogerio Batagliesi, Antonio Malicia, Cristiano Miranda, Tiago Fugimoto, Natasha Capusso, Phellippe Assumpção 2 | Eduardo Sáinz, Tiffani Felske 3 | Ana Johns, Luiz Dyniewicz, Pedro Mulaski e Neusa Malucelli

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#3

#2

#4

4 | Arq.Taisa Festugato; Arq.Giovana Santini; Arq.Mariana Battisti Fedumenti; Arq.Matias Vasquez; Acad.Felipe Cassini; Acad.Felipe Mazzochi; Acad.Deise Regalin; Acad.Stephanie Silva; Acad.Luane Sbroglio 5 | Autores: Gustavo Penna Laura Penna Letícia Carneiro Norberto Bambozzi Colaboradores: Oded Stahl Henrique Neves Eduardo Magalhães Membros da Equipe: Alice Flores Barbara Novais Fernanda Tolentino Gabriel Barbosa Ivan Rimsa Jordana Faria Julia Salgado Larissa Freire Naiara Ariana Patrícia Gonçalves Paula Sallum Raquel Moura Raquel Resende Sarah Fernandes Consultores: Bedê Engenharia de Estruturas Lumens Engenharia 6 | Autores: Eduardo Antônio de Paula Souza e Guimarães; Juliana Vitória Ferreira Coelho Aragão. Colaboradores: Juliana de Toledo Barros e Guimarães; Maria Flavia Santos Padovani; João Claudinei Alves 7 | Antonio Caramelo Vasques, Frank Caramelo Magalhães Vasques e Bruno Nunes Ivo 8 | Autores: Sergio Faraulo, Frederico Zanelato, Ana Tamie Deno e Camila Monteiro. Colaboradora: Beatriz Goulart. Estagiária: Júlia Carolina Soares.

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PARTICIPANTES

9 | Fabio Landucci Bonugli; Marcela Augusto Goraieb; Marcela Provinciatto Siscão Malago; Frederick Merten; 10 | Autores: Anderson Dourado e Edilma Mourão Consultoria Estrutural: Fábio Marquezin e Carlos Conde Perspectiva Eletrônica: Paulo Tripoloni, Priscila Maria, Bruno Bassildo e Diego Yamashiro

#9

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11 | Autores: Alessandra Leite, Danilo Brandão, Wellington Fernandes 12 | Alessio Perticarati Dionisi, Carolina Silva Oukawa, Dalton Bertini Ruas 13 | Maira Rios, Felipe Noto, Paulo Emílio Ferreira, Murillo Lazari, Matheus Molinari e Lucas Biancchi 14 | Luis Antônio Reis, Maria Eduarda Vasconcelos de Almeida, Allan Arnaldo de Araújo, Marcelo Lopes, Ana Carolina Lopes de Andrade, João Batista de Assis

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15 | Autores: Daniel Corsi, Dani Hirano, André Sauaia. Colaboradores: Fábio Carneiro, Julia Lazcano, Gabriela Meyer. 16 | Autores: Leandro Augusto Leonel Correa, Leandro Bernardes Tridapalli, Thiago Aphonso Florez Caetano

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PARTICIPANTES

17 | Juliana Sicuro, Vitor Garcez, João Magnus Pires 18 | Autor: Luis Fernando Zeferino, Colaborador: Elon Pfeiffer Flores, Imagens: Bruno Dias Da Silva, Consultora: Alexandra Maciel

#17

#18

19 | Autor: Nonato Veloso; Co-autores: Bruno Campos; Fernanda de Angelis; Marcelo Corte Real Colaboradores: Sophia Rabelo; João Marcos Cardoso 20 | Robson Amaral, Tadeu Salmi 21 | Autores: Thomaz Vieira, Felipe Loureiro, Yuri Amaral, Thiago Jaconianni Arquitetos: Mariana Bicalho, Livia Carvalho, Renata Portelada

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22 | Arquitetos: Gabriel Grandó, Cristina Martins, Marcos Laurino, André Landini, Leonardo Neumann, Paula da Cruz, Luis Rocha, Luis Villanova, Christine Beck, Diego Lopes, Camila Sanvitto, Angélica Crusius. Acadêmicos: Marcelo Oliveira, Tamara Santos, Juliana Moroishi, Ricardo Curti, Lucas Gomes 23 | Nayhana Miguel Rodrigues e Ana Paula Pinheiro 24 | Alberto Enrique Dávila Bravo, Antônio de Pádua Felga Fialho, Adriane Vilela Paulino Colaboradores: Laiz Corradi Alux Maia, Débora Fiúza Lanna, Marcos Rodrigues de Carvalho

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PARTICIPANTES

25 | Karla Regiane Bialecki e Daniel de Mello Artigas 26 | Autores do Projeto: Alexandre Ruiz da Rosa André Bihuna D’Oliveira Haraldo Hauer Freudenberg Rodrigo Vinci Philippi Colaboradores: Lucas de Oliveira Freitas Luca Fischer Michela Neri Consultor Estruturas: Ricardo Henrique Dias

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27 | Catarina Fonseca Barbosa, Rafael Carvalho Iplinsky, Paulo Luvizoto Sampaio, José Cláudio Paneque 28 | Moacir Zancopé Júnior, Fábio Domingos Batista, Igor Costa Spanger, Luciano Suski, Suzanna de Geus, Karin Luciana Klassen, Simone R. N. Born e Rodolfo Luís Scuiciato 29 | Autores: Alexandre Hepner, João Paulo Payar e Rafael Brych Colaboradores: David Melo e Felippe Duca

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30 | Luciano Andrades, Andrés Gobba, Maurício Lopez, Rochelle Castro, Matias Carballal, Silvio Machado, Pablo Courreges, Emiliano Lago, Diego Morera, Maurício Muller, Carlos Rey, Nicolás Ramos, Josephine Guillemin, Maïa Bodineau e Marina Lemos 31 | José Fabiano de Holanda Cavalcante (Arquiteto), Francisco Leite Aviani (Arquiteto), Luma de Paula Moroshima(Arquiteta), Júlia Gasparini Vidal (Estagiária Arquitetura), Renan Davis (Estagiário Arquitetura), Julia Kanno (Estagiária Arquitetura)

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#32

32 | Equipe Titular: Arquiteto Marcel Schacher; Arquiteto Felipe Guillante e Arquiteto Felipe Lorencena. Colaboradores: Paisagismo: Arquiteto Alexei Somorovsky | Estrutura e Instalações: Engenheiro Alexandre Pedotte

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PARTICIPANTES

33 | Antonio Lucio Neto, Bruno Calazans, Ísis Figueirôa, Maria Clara Fonseca 34 | Thiago Almeida - Priscila Bellas - Lucas Ramos - Zélie Denis

#33

#34

35 | Autores: Henrique Fina Luis mauro Freire Marcelo Luiz Ursini Maria do Carmo Vilarino Colaboradores: Zula Matias Estagiários: Jonatas dos Santos Barros Luan Poiani 36 | Filipe Leonardo Oliveira Ribeiro, Henrique Rodrigues Gonçalves, Herivelton Gonçalves Veloso, Hudson Gonçalves Martins, Saulo Monteiro Costa Dias 37 | Autor: Renato Dal Pian / Co-autora: Lilian Dal Pian Colaboradores: Carolina Tobias, Luis Taboada 38 | Autores Do Projeto : Arquitetos Roberto Somlo , Carlotta Capobianco e Andrea Zucchi Colaborador : Arquiteto Lucas Botelho Consultor : Engenheiro Frederico Donagemma

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39 | Arquiteto: Eduardo Argenton Colonelli Colaboradores: Fabio Bueno Santos, Marina Colonelli Estagiária: Marília Passos 40 | Bruno Cabral Nascimento, Frederico André Rabelo, Guilherme de Andrade Bento, Jakelyne Martins Araújo, Luisa Ramos de Brito, Mayra de Paula Nascimento Almeida, Rangel Henrique Brandão Silva

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PARTICIPANTES

41 | Arq. João Batista Martin, Gabriel Brun, Indaira Dimer, Rodrigo Medeiros, Guilherme Dreyer, Nathália Ulrich, Eng. Gilberto Germano Jr.

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42 | Autor: CoDA Arquitetos Ana Luísa Meira Caterina Ferrero Fernando Longhi Guilherme Araujo Letícia Claro Mariana Leite Pedro Grilo Colaboradores: Diogo Ribeiro Paulo Cavalcante Consultores: Álvaro Batista da Silva (Historiador e educador) Ana Paula Vilarinho (Professora SEDF) Patrícia Almeida (Psicóloga e educadora) Yasser Vasconcelos (engenheiro civil) 43 | Arqtº_Eduardo Crafig + Arqtº_Marcio Guarnieri 44 | Raul Macadar, Indiana Boscato, Oldy Lisboa

#43

#44

45 | Arquiteto Gustavo Peviani Jacob, Arquiteto Rafael de Almeida Assiz, Arquiteto Felipe Lopez Annunziato, Arquiteto Gustavo Henrique Paschoal Teixeira 46 | Ayla Gresta, Cícero Portella, Niele Pires, Raul Maravalhas, Mariana Cintra (consultora) 47 | .a Arquitetos Associados Carlos Eduardo Duarte _ arquiteto Fanny Fouquet _ estudante Matheus Borges_ estudante 48 | Luiz Felipe Rocha Pinheiro, Lucas Alexandre Neuhaus, Naiara dos Santos Almeida, Cézar Augusto Gebrim

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PARTICIPANTES

49 | Cristiane, Juliana, Mirela, Diego 50 | Alvaro Puntoni, João Sodré, Alexandre Mendes, Bruno Satin, Marco Attucci, Micaela Vendrasco, Miguel Meister Neto, Ricardo Froes

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51 | Carla Gabriely de Oliveira Bessa Alexandra Rodrigues Bragatto Plothow Priscila De Castro e Assis Mayara Kauany Silva Fagundes Colaborador de Imagem: Marcus Vinícius Capuano Lima 52 | Projeto de Arquitetura - Autor: Juan Carlos Guillén Salas. Cooautores: Luana Miranda Esper Kallas, Fabricio Escórcio Benevides, Thais Rodrigues Ibiapino. Projeto de Paisagismo - Autora: Luana Miranda Esper Kallas . Coautores: Juan Carlos Guillén Salas, Fabricio Escórcio Benevides, Thais Rodrigues Ibiapino. Estudantes de arquitetura: Thaís Alves Vieira de Aquino, Thaylo Yury Cavalcante Santos. Thiago Almeida Andrade (renderizações).

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53 | Mariana Rial, Matheus Gaspar, Natércio Cortês E Reginaldo Okusako 54 | ArqBr + Estúdio MRGB ArqBr | Eder Alencar, André Velloso, Rodrigo da Cruz, Izabela Brettas, Gabriel Solórzano Estúdio MRGB | Igor Campos, Hermes Romão, Ana Orefice, Rodolfo Marques, Ana Carolina Moreth Consultor Estrutural: Vladmir Villaverde 55 | Ricardo Alpoim & Miguel Ferreira 56 | Beatriz Crocco, Filipa Hipólito, Luiza Bassani

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PARTICIPANTES

57 | Luiz Mauro do Carmo Passos. Colaboradores: Vinícius Rocha Vieira Machado (concepção e modelagem 3D); Maria Rita Flores (lay-out e desenho AutoCAD), Rodrigo Rocha e Maycon Freitas (renderização). 58 | Thomas Lopes Whyte

#57

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59 | Autores: Bruno Braga, Bruno Perdigão, Igor Ribeiro, Luiz Cattony, Jorge Sanchez, Diego Franco,Moris Fleischman e Hector Loli. Colaboradores: Clarisse Figueiredo, Israel Ascarruz, Pedro Sanchez, Daniel Ingar, Luis Vaez e Henry Guevara. 60 | Marcele Salles Martins, Mauricio Kunz, Marina Bernardes, Marisabel Scortegagna, Luiz Roberto Simor. 61 | Arq. e Urb. Graziela Agliardi, Arq. e Urb. Leticia Kauer, Arq. e Urb. Mariana Pelisoli Francisco Trespach 62 | Giselle Chagas Bueno

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63 | Camila Nardino, Cleber Scanagatta, Flávia Oldoni, Josiane Scotton, Renan Mullher 64 | Bruno Hipólito Semiema de Brito, Marcello Fernandes Mariano, Willian Roman Gomes Cordeiro

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PARTICIPANTES

65 | Fabiana Cho, Fábio Fazza, Achilles Barino 66 | Ariane Louzada Sasso Ferrão - Autoria

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67| André Dias Dantas, Bruno Bonesso Vitorino, Mariana Wilderom, Rafael Montezi, Renato Dalla Marta, Victor Vernaglia (autores) - AUM arquitetos + Sabará arquitetos Ana Claudia Schad, Aline Pinheiro, Fabiana Kalaigian Kiulhtzian, Rafhael Rosa da Silva, Maíra Baltrusch (colaboradores). 68 | Pedro Shima, Willyan Osti Fernandes, Douglas Becker Saraiva, Fernando Henrique Neves 69| Aruã Wagner, KimHoffmann, Natalia Geretto, Weliton Ricoy Torres, André Ferrari, Thiago Cesário Gomes 70 | Claudio Antonio Castro de Orte, Arquiteto E Urbanista

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71 | Raphael Seixas, Ricardo Tadashi, André Botto, Thiago Saburo. 72 | Ana Maria Portela Aguiar, Colaboradores; Imagens Heitor Reis; Direção E Vice Direção De Escolas Damiana Gleide Aguiar Protásio; Bibliotecária e Rh Lunalva Das Graças Aguiar Silva, Pesquisa Alice Guimarães


PARTICIPANTES

73 | Bernardo Telles, Gustavo Bella, Jamile Nassif, Luis Prosillo, Ricardo Carmignani, Roney Matsumura 74 | Arquitetura: José Augusto Aly, Giulia Sofia Galante, Léa Bourgeois. Apoio Gráfico + Renders: Carlos Garcia

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75 | Ronaldo Anarelli Ferrari - Co-Autor - Arquiteto e Urbanista 76 | Emerson Vidigal, Eron Costin, Fabio Henrique Faria, João Gabriel Rosa, Martin Kaufer Goic. Colaboradores: Leonardo Venâncio, Marcelo Miotto, Mariana Steiner Gusmão. 77 | Engenheira Civil, Arquiteta e Urbanista Lindiane Cardoso de Oliveira 78 | Patrícia Akinaga, Andrea Campos, Pedro Rodrigo Leone, Nicoly Moratta, Rodrigo Kamogari

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79 | Lorena Santos Junqueira, Saulo Rodrigues Coelho da Silva, Otavio Ribeiro Araujo, Ronaldo Sales 80 | Estevan Barin, Jenifer Vescia, Bruno Cassol, William Dal Carobo

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PARTICIPANTES

81 | Arquitetos: Sérgio Roberto Parada, Rodrigo Mônaco Biavati, Felipe Miranda Rodrigues e Júlia Solléro de Paula. Colaboradores: Larissa Almeida Martins Pontes e Caio Monteiro Damasceno. 82 | Autores: C. Eduardo Felga e Bruno Tavares - Colaboradora: Daniele Baião - Estagiários: Felipe Machado, Vanessa Silva e Helenice Souza.

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83 | Autores: Ana Círia Chamon, Henrique Rodrigues Fernandes e Ana Cláudia Leal. COBÉ Arquitetura e Design 84 | Equipe arqstudioBR arquitetos Autor: Arq Urb Joel campolina Colaboração: Arq Urb. Yasmin Braga Alves e Silva Arq. Urb. Felipe de Paula Campolina Consultorias; Estrutura: Engo. Paulo Rafael Cadaval Bede Instalações Prediais: Eng e Arq Urb Tatiana Gruberger Conforto Ambiental Enga Sandra Botrel Eficiência Energética -Enga Cristiane Silveira de Lacerda

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85 | Wagner Vieira Paula, Alexandre Okuda Campaneli, Rafael Alves de Andrade, Kim de Paula, Gustavo Wierman Baptista, Marco Aurélio Pierin 86 | João Aumond - Arquiteto E Urbanista Jaqueline De Souza - Arquiteta e Urbanista Consultores Luiza C. Galitzki Aumond - Designer Industrial Rafael Caetano - Engenheiro Civil Sergio Foppa - Engenheiro Civil 87 | Vera Pires, Roberto Ghione. Virtualização e colaboração: Kyria Tsutsumi, André Figueiredo, Thomas Walser Santiago, Stephanie Gonzaga, Maria Eduarda Lins. Paisagismo: Rosilene Guedes

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88 | Carlos Campelo Clarissa Machado de Carvalho Renata Ruas Thais Oliveira Campelo Flavia Porto Kaline Kalil Giovanna Portela


PARTICIPANTES

89 | Hannah Brandino, Neto Peres, Cordolino Hage, Mário de Souza e Roberto Silva (imagens). 90 | Autores : Diego Borges, Lívia Pereira e Talita Almeida. Colaboradores: Geovanna de Castro e Bruno Silvestre.

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91 | Mariana Teles Machado, Zil Guimarães 92 | Daniel Assuane Duarte, Nadia Barros do Nascimento, Ana Paula Cavalcante Luz, Arnaldo Spachi Neto e Vagner Claro Júnior 93 | Luciano Guimarães, Romeu Duarte, Bruno Lima Roque, Nara Mesquita, Sabine Cabasson 94 | Clovis Cunha, David Guillemaud, Fernando Cunha 95 | Gustavo Alexandre Cardoso Cantuaria, Lucia Kozak Simaan, Daniel Simaan França

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96 | Caique Schatzmann, Diego Artur Tamanini, Juliana de Albuquerque e Rovy Pessoa Ferreira

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PARTICIPANTES

97 | Eduardo Ferroni, Pablo Hereñú, Camila Paim, Camila Reis, Levy Vitorino e Lucas Cunha 98 | Alessandro Maciel - Arquiteto Victor Ricardo Aderne - Arquiteto 99 | André dos Santos Ribeiro, Roberto Fontes, Alessandra Ennes do Valle Cantieri

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100 | Marc Ribó Ventura, Silvio Nicolau 101 | Ricardo Jorge Pessôa de Melo, Ana Karenine Sá, Márcio Erlich e Theo Carvalho (perspectivas) 102 | Lua Nitsche, Pedro Nitsche, João Nitsche, André Scarpa, Flavia Schikmann, Maria Emanuel Silva, Pamela Gomes, Renata Cupini, Rodrigo Tamburus e Rosário Borges de Pinho

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103 | Arq. Leonardo Prazeres Veloso de Souza; Arq. Ana Carolina Rodrigues; Arq. Thaís Grachten Leitão; Acad. de Arquitetura José Ricardo Paes de Barros Jr.; Acad. de Arquitetura Mariana Mendes. 104 | Bruno Rossi, Marco Artigas Forti, Ricardo Marmorato, Sheila Altmann, Lais Xavier, Lucio Fleury, Marco D´Elia, Ursula Troncoso

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PARTICIPANTES

105 | Autores: Edson Maia Villela Filho, Felipe Semaan Trad, Giselle Luzia Dziura, Gleoberto Marcondes dos Santos Junior e Marlos Hardt. Colaboradores: Eder Lenon e Lucas Oro Rebonato. 106 | Luciana Walder

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Coordenador Arquiteto e Urbanista Daniel Koji Miike Coordenador Adjunto Arquiteto e Urbanista Luiz EduardoSarmento Araújo Titulares *Ailton Cabral Moraes, arquiteto indicado pelo IAB/DF *Daniel Mangabeira da Vinha, arquiteto indicado pelo IAB/DF *Renato Nunes, arquiteto indicado pelo CAU/BR Fábio Lisboa Saldanha, arquiteto indicado pela SES/DF Kaled Cozac Filho, arquiteto indicado pela SES/DF Suplentes *Carlos Abuchaim Weidle, arquiteto indicado pelo IAB/DF Rejane Jung Vianna, arquiteta indicada pela SEGETH Luis Cláudio da Silva, arquiteto indicado pela SESDF *Em função da disponibilidade do Instituto de Arquitetos do Brasil, por meio do seu departamento do Distrito Federal - IAB/DF - e do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil - CAU/BR -, de indicarem jurados para este certame, os membros do júri pertencentes ao quadro de funcionários desta Companhia foram substituídos.

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CONCURSO PARQUE DO RIACHO

unidade básica de saúde 111


#1 lugar 112


A criação de uma Unidade Básica de Saúde organizada a partir de blocos com pátios internos se apoia em uma estratégia projetual com dois focos de qualificação: o externo (espaço urbano) e o interno (humanização funcional). A relação do lote destinado pra elaboração do projeto da Unidade Básica de Saúde (UBS) do Parque do Riacho com o espaço urbano imediato é bastante desafiadora: tanto como tanto por seu entorno fronteiriço com as linhas de alta tensão, como por seu dimensionamento, sendo mais de sete vezes maior que o tamanho destinado para o empreendimento. A parcela do é de grandes proporções, principalmente no sentido longitudinal, considerando a adequação de um projeto de pequeno porte. A estratégia de adoção de blocos térreos com pátios internos amplia a volumetria do edifício, o que permite ao projeto se apropriar das grandes dimensões do terreno, estabelecendo a legibilidade de sua relevância com o equipamento público do bairro. A realização da edificação em um único nível garante a acessibilidade universal e ainda reserva uma área livre considerável para planejamento futuro, permitindo uma racional extensão modular como possível ampliação da Unidade Básica de Saúde. Por outro lado, na relação interna, os pátios induzem a uma atmosfera introspectiva, humanizando o ambiente físico hospitalar pela criação de um microcosmo de proteção e tranquilidade. Com sua escala humana os pátios se tornam espaços exteriores domesticados, sua função é trazer luz natural aos ambientes internos através de um paisagismo controlado. São espaços protegidos das correntes de ar, sombreados, isolados dos ruídos exteriores e conectados com a natureza, conferindo ao projeto limites claros e facilitando sua setorização. A PRAÇA DE ACESSO O acesso à UBS se faz pelo Norte e aproveita da última extensão do passeio público (calçada) para conectá-lo à grande praça de acesso, reservando e isolando a área de mobilidade motorizada e estacionamento para o extremo da via. A proposta de uma praça de acesso é uma aposta por um futuro uso peatonal, qualificando o equipamento de bairro como lugar de encontro (de provável uso intenso em dias de vacinação), conferindo identidade e frontalidade ao edifício público de uso comunitário. HUMANIZAÇÃO FUNCIONAL EM TRÊS BLOCOS Três blocos com seus pátios organizam as necessidades

programáticas de acordo com a vocação de cada setor. Uma solução que oferece flexibilidade e adaptabilidade, própria para a funcionalidade hospitalar desejada. Na ausência de uma paisagem exterior urbana consolidada, cria-se uma sequência de paisagem interior na Unidade Básica de Saúde, com seus respectivos pátios humanizados de função contemplativa, paisagística e de controle térmico. O bloco central, situado no extremo da praça de pedestres proposta, é o do acesso principal. Este é o espaço distribuidor das funções, pois a partir dele o público é conduzido para os outros blocos. Nesta ala o pátio assume uma função mais contemplativa – espelho d’água com plantas aquáticas – característica da formalidade de um espaço de recepção-informação, setor administrativo e auditório. Nele também se concentram serviços de apoio para os outros blocos, ou de atendimento mais direto ao público, como a farmácia e a vacinação. No bloco mais afastado da rua se localiza a maior parcela do setor de atendimento clínico: triagem, consultórios e atendimento à mulher. Sendo o de maior concentração de público, o seu acesso é mais direto e suas esperas são divididas em dois setores. Seguindo o partido projetual, estes espaços são sempre posicionados no lado transversal do bloco retangular, sendo sempre abertos a um amplo pátio sombreado e arborizado. Os consultórios, em geral, acompanham o sentido longitudinal do bloco, ladeando a área central. A organização funcional ao redor de pátios facilita a setorização, minimiza os conflitos entre os setores e garante uma ambiência acolhedora a todos os espaços. O bloco frontal, mais próximo ao estacionamento e à área de carga e descarga, incorpora os setores de apoio técnico e acesso de serviço. Neste bloco também se situa parte do setor de atendimento clínico: os consultórios odontológicos e seus espaços diretamente dependentes. Desta forma, a área de espera do público é mais reduzida, e como os outros espaços de permanência do publico, é conectada e ampliada por um pátio arborizado por espelhos d’água que auxiliam no conforto térmico do edifício. MATERIALIDADE E TECTÔNICA O edifício é projetado visando à economicidade, a modularidade e a racionalidade construtiva. As lajes são suspensas do solo, os pilares são metálicos, e o sistema de coberturas estruturado por treliças metálicas. O fechamento externo dá-se por placas pré-moldadas de concreto, elementos vazados pré-fabricados e esquadrias de estrutura metálica. O véu externo é de dupla

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camada: cóbogos e vedações de vidros, cujo distanciamento entre as camadas permite que o perímetro dos blocos sirva como galeria de controle térmico, bem como de circulação interna entre consultórios e demais instalações. As vedações garantem uma homogeneidade de fachada e privacidade às salas de serviços. Os fechamentos internos são de dry-wall e conferem flexibilidade aos arranjos funcionais. A cobertura é em telha termo-acústica. A materialidade construtiva proposta visa a qualidade espacial e funcional da UBS, harmonizando físicas e sensorialmente com os usuários e pacientes. ESTRUTURA O embasamento formado por lajes de concreto armado moldadas “in loco” propostas em balanço, com vigias baldrame recuadas e em cotas verticais acima da cota do solo, além de ter papel importante no sistema passivo de conforto térmico da edificação serve de apoio a um piso elevado que cria espaço técnico para as instalações, o que facilitará possíveis futuros arranjos internos. Rampas em lajes de concreto armado interligam os diferentes níveis de embasamento nos três blocos. Sobre o embasamento

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nascem pilares em tubo de aço, contraventados, que servirão de apoio para treliças planas da cobertura a serem construídas com barras formadas pela associação de cantoneiras de aço, econômicas por receberem os carregamentos das terças diretamente nos nós e de fácil montagem; leve de uma água que será orientada a uma calha externa perimetral situada no ponto mais baixo do telhado, de fácil acesso para a manutenção. SUSTENTABILIDADE E CONFORTO A aparência simples do projeto abriga um coerente sistema de proteção ambiental. Pátrios internos mantêm piscinas de água pluvial tratada, fonte de ar fresco e úmido, além de luz fria. Já a fachada dupla (externa) funciona como véu e frasco. Externamente, um véu: cobogós horizontais resfriam e difundem a luz natural. Mais internamente, um frasco: o pano de vidro preserva a umidade e bloqueia o ruído exterior. A ventilação noturna admite o ar refrigerado e umidificado (refrigeração evaporativa passiva), admitindo junto às piscinas, à sombra de brises soleil, e do próprio volume do prédio. Tais sistemas permitem uma eficiente gestão de recursos, que dispensa o condicionamento artificial de ar.


Equipe Alexandre Ruiz da Rosa, André Bihuna D’Oliveira, Haraldo Hauer Freudenberg, Rodrigo Vinci Philippi. Colaboradores: Lucas de Oliveira Freitas, Luca Fischer, Michela Neri. Consultor Conforto: Aloísio Leoni Schmid.

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#2 lugar 120


A presente proposta buscou explorar a temática da arquitetura hospitalar de maneira a transcender antigos paradigmas comumente associados aos espaços de saúde, essencialmente funcionais e assépticos. Tomando como referência alguns dos conceitos mais admiráveis da arquitetura brasileira encontrados em projetos hospitalares icônicos de Brasília, buscou-se uma simbiose entre o rigor funcional e a humanização dos espaços. Nesta proposta, a valorização da dimensão humana da Unidade Básica de Saúde é atingida pela generosidade e qualidade ambiental dos espaços coletivos sem abdicar da funcionalidade e racionalidade intrínsecos a essa tipologia arquitetônica. A implantação do conjunto acompanha o sentido do terreno, aproveitando-se de sua extensão para organizar o programa por meio de um pavilhão central de uso público que organiza os fluxos, no qual se conectam os blocos com as diferentes funções exigidas. De um lado estão distribuídos os blocos principais de atendimento e consultórios, e na face oposta um bloco linear que condensa as atividades de apoio e funções secundárias do conjunto. A tipologia radicalmente horizontal é adequada às atividades requeridas e ao lugar urbano em que se insere, além de se aproximar à dimensão humana pretendida.

Cria-se assim um equilíbrio entre as esferas pública e individual; entre o grande espaço coletivo do pavilhão dos consultórios e espaços de atendimento, nos quais a singularidade do indivíduo deve ser considerada para um tratamento mais humano e eficiente. A organização linear e democrática, sem segregação hierárquica, propicia a criação de vínculos entre os profissionais da saúde e comunidade. O espaço livre e igualitário do pavilhão central possibilita que as áreas de espera estejam distribuídas entre os pátios, evitando o estigma negativo das grandes aglomerações e filas associados aos equipamentos de saúde públicos, propiciando assim uma maior dignidade e serenidade no aguardo pelo atendimento. Dessa maneira o projeto abre oportunidades para o convívio social.

Equipe Ricardo Felipe Gonçalves, Matheus Marques Rodrigues Alves, Marcus Rosa. Colaboradores: Filipe Battazza, David Melo

Os blocos se articulam com o conjunto de maneira autônoma, tanto do ponto de vista funcional quanto construtivo, garantido uma melhor organização das espacialidades de atendimento, além da evidente flexibilidade e possiblidade de expansão ao longo do terreno. A configuração do acesso se dá por meio da grande praça de chegada que atinge o pavilhão de maneira permeável e democrática. A correta inserção do projeto no espaço urbano é também um fator essencial para a construção de uma unidade de saúde mais humana, na medida em que se abre para a cidade e propicia a inclusão social. Em contraposição ao modelo de espaços herméticos com ambientação artificial, propõemse amplos espaços coletivos no pavilhão central permeados por pequenos pátios molhados e jardins, que garantem uma arquitetura bioclimática adaptada às particularidades de Brasília. A iluminação e ventilação natural são essenciais para a construção de ambientes mais humanos nos quais a arquitetura também possui um papel ativo no processo de recuperação de saúde.

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#3 lugar 126


A proposta arquitetônica concebida para a Unidade Básica de Saúde - UBS, do Riacho Fundo é fruto de profunda reflexão. Incorpora, em sua origem, a simplicidade como princípio conceitual presente em todas as decisões projetuais que definiram a arquitetura do edifício. O partido arquitetônico foi elaborado à luz de alguns preceitos fundamentais, a saber: composição plástica austera, economicidade, clareza construtiva e, em especial, humanização dos ambientes físicos hospitalares. O projeto assume as características de um pavilhão linear, implantado ao longo do terreno. Dois eixos de circulação configuram os elementos ordenadores da composição. Articulam, ao mesmo tempo, o extenso programa de necessidades e prestam-se, igualmente, a organizar os fluxos no interior da UBS. O primeiro eixo de circulação, situado na parcela superior do terreno, é destinado, exclusivamente, aos médicos, dentistas, enfermeiros e demais profissionais. Trata-se de um canal de circulação de serviço restrito aos funcionários. Já o segundo, localizado na parcela inferior ao lote, é destinado à circulação do público. Promove, por sua vez, a necessária facilidade de orientação e compreensão espacial nas dependências da UBS. Módulos de atendimento foram implantados entre os eixos de circulação ao longo de todo o edifício. Concentram os consultórios e demais atividades de atendimento ao público, bem como as atividades relativas ao apoio técnico e administrativo.

A singularidade da proposta está na origem de sua concepção. A intenção foi conceber um edifício hospitalar caraterizado por espaços fluidos, permeáveis, iluminados e dotados de ventilação permanente. Jardins internos foram criados entre os módulos de atendimento com a intenção de promover uma ambientação aprazível. Prestam-se como estruturas que compõe a rica articulação entre cheios e vazios que definem a estrutura volumétrica da edificação. Conferem, ademais, o caráter democrático, aberto e em harmonia com os conceitos de humanização de espaços físicos hospitalares.

Equipe Estúdio MRGB + ArqBr . [ Estúdio MRGB | Hermes Romão, Igor Campos, Ana Orefice, Rodolfo Marques, Ana Carolina Moreth ][ ArqBr | Eder Alencar, André Velloso, Rodrigo da Cruz, Izabela Brettas, Gabriel Solórzano ]

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#menções honrosas A avaliação das propostas concorrentes do Concurso Público Nacional de Projetos de Arquitetura para a Unidade Básica de Saúde (UBS) do Parque do Riacho Fundo, teve início no dia 19 de janeiro de 2016, sendo estabelecida pelo Presidente da Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal – CODHAB, pelo Coordenador do Concurso e, ainda, pelos membros da Comissão Organizadora. Foram recebidas 76 propostas em formato eletrônico dentro do prazo definido no cronograma do concurso. Após o júri decidir acerca do método de avaliação dos projetos, dentro dos critérios estabelecidos nas Bases do Concurso, foram definidas as etapas e a escolha dos estudos. A Comissão Julgadora deliberou outorgar Menções Honrosas às seguintes propostas: Estudo Preliminar número 213, pela singularidade do sistema estrutural, boa solução ao conforto térmico/ventilação, especulação estética e adequação à humanização no ambiente; Estudo preliminar número 215, pela elegância estética, estrutural, permeabilidade visual entre os espaços internos/externos e clareza da apresentação; Estudo Preliminar 227, pela ousadia/iconicidade da propostas e caráter da industrialização da construção; Estudo Preliminar número 248, pela originalidade da especulação formal, criatividade e qualidade da representação gráfica; Estudo Preliminar número 264, pela boa utilização do sistema construtivo estrutural de concreto préfabricado e otimização do espaço; Estudo Preliminar número 279, pela flexibilidade espacial do sistema estrutural proposto, pela leveza, transparência e força do partido arquitetônico. Em razão da funcionalidade, simplicidade e excelente atendimento ao programa de necessidades, julgou-se por outorgar a Menção Honrosa com destaque ao Estudo Preliminar número 235.

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MENÇÃO HONROSA ESTUDO PRELIMINAR NÚMERO 213 Autor: César Shundi Iwamizu Co-autores: Eduardo Pereira Gurian, Helena Aparecida Ayoub Silva, Bruno Valdetaro Salvador Arquitetos colaboradores: Luca Caiaffa, Rafael Carvalho, Victor Panucci, Gustavo Kerr, Andrei Barbosa, Leonardo Nakaoka Nakandakari, Fernanda Britto Estagiários: Maria Fernanda Xavier

MENÇÃO HONROSA

ESTUDO PRELIMINAR NÚMERO 215 Autores: Gustavo Utrabo (Aleph Zero) e Pedro Duschenes (Aleph Zero) Colaboradores: Nicolie Duarte, Daniela Moro e Nicol Gelsi Assessoria estrutural: Jeferson Andrade e Ricardo Dias

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MENÇÃO HONROSA

ESTUDO PRELIMINAR NÚMERO 227 Felipe Cordeiro Martins, Vitor Nunes, Henrique Rocha, Lucas Siqueira, Natália Taiane, Cainã Viera, Thaís Cavalcante, Tiago Alvarenga e Bruna Maia

MENÇÃO HONROSA

ESTUDO PRELIMINAR NÚMERO 248 Ana Luisa Oliveira Rolim, Fábio Cordeiro de Andrade, Mateus Araruna Gibson, Natália Carneiro Leão Rego Barretto, Vinícius de Lemos Santos, Mariana Queiroz de Castro Lins

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MENÇÃO HONROSA

ESTUDO PRELIMINAR NÚMERO 264 0e1 + MASA Ana Cristina Castagna, Anna Carolina Manfroi, Mario Guidoux, Gabriel Giambastiani, Mariana Samurio, Martin Pronczuk, Santiago Saettone, Eugenia Cedrani, Santiago Facio, Valentina Massud.

MENÇÃO HONROSA

ESTUDO PRELIMINAR NÚMERO 279 Republica Arquitetura + Carlos E. B. Garcia Arquitetura Autores: Cristina Tosta, Luciano Margotto [Republica Arquitetura] e Carlos E. B. Garcia [Carlos E. B. Garcia Arquitetura] Colaborador: Diogo Alves Gouveia [Republica Arquitetura]

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MENÇÃO HONROSA COM DESTAQUE

ESTUDO PRELIMINAR NÚMERO 235 Arquea Arquitetos | Autores: Bernardo Richter, Fernando Caldeira de Lacerda, Pedro Amin Tavares, Helena Engelhardt Wenzel de Carvalho, Guilherme Arnon Schmitt. Colaboradores: Priscila Milena Vicentim, Guilherme Figueiredo Teixeira Araújo, Maria Isabel Seibel Reis.

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PARTICIPANTES

1 | Leandro Bernardes Tridapalli 2 | Hamilton Teixera de Almeida Filho 3 | 0e1 + MASA Ana Cristina Castagna, Anna Carolina Manfroi, Mario Guidoux, Gabriel Giambastiani, Mariana Samurio, Martin Pronczuk, Santiago Saettone, Eugenia Cedrani, Santiago Facio, Valentina Massud.

#1

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4 | Thalita Lellice & Denise Frees Gatto Colaboradores: Pablo Ribeiro Gatto e Letícia Gatto Consultora Técnica: Mariane Curado 5 | Pedro de Moraes, Nilton de Moraes Filho, Bell Cavaléro, Thais Rocha 6 | Aderson Passos, Bruno Braga, Bruno Perdigão, Igor Ribeiro, Indira Gurgel, Juliana Rocha, Luciana Costa e Luiz Cattony. Colaboradora: Clarisse Figueiredo.

#3

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7 | João Batista Martinez Correa, Beatriz Pimenta Correa, Frederico Freitas, Raffaella Yacar, Helena Theodorakis, Sandra Morikawa, Marina Caio Consultor: Henrique Jatene 8 | Republica Arquitetura + Carlos E. B. Garcia Arquitetura Autores: Cristina Tosta, Luciano Margotto [Republica Arquitetura] e Carlos E. B. Garcia [Carlos E. B. Garcia Arquitetura] Colaborador: Diogo Alves Gouveia [Republica Arquitetura]

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PARTICIPANTES

9 | Anderson Assunção Batista, Elaine Saraiva Calderari, Daniel Pascoal, Gabriela Garcia, Leonardo Graton e Cássio Motta. 10 | Alessandra Guarda Manso, António Sérgio Ferreira Henriques, Alysson de Miranda Ferreira

#9

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11 | Tecnorte Projetos e Construções e Guilherme Pinheiro 12 | Mario Francisco Neto Maíra Rosauro Zasso 13 | Ivana Cabral, Cesar De Godoy Gomes, Layane Alves Nunes, Mayara Coimbra E Samara Soares Braga 14 | Fábio Domingos Batista, Igor Costa Spanger, Luciano Suski, Moacir Zancopé Júnior, Suzanna de Geus, Karin Luciana Klassen, Rodolfo Luís Scuiciato e Simone R. N. Born

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15 | Estúdio MRGB + ArqBr . [ Estúdio MRGB | Hermes Romão, Igor Campos, Ana Orefice, Rodolfo Marques, Ana Carolina Moreth ][ ArqBr | Eder Alencar, André Velloso, Rodrigo da Cruz, Izabela Brettas, Gabriel Solórzano ] 16 | Bruno Campos, Nonato Veloso, Fernanda de Angelis, Renata Brazil, Marcelo Corte Real. Colaboradora: Sophia Rabelo.

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PARTICIPANTES

17 | Alexandre Ruiz da Rosa, André Bihuna D’Oliveira, Haraldo Hauer Freudenberg, Rodrigo Vinci Philippi. Colaboradores: Lucas de Oliveira Freitas, Luca Fischer, Michela Neri. Consultor Conforto: Aloísio Leoni Schmid. 18 | Iuri Nascimento, Larissa Vitta, Maria Clara Medrado, Rodrigo Arruda Colaborador: Rafael Ferraz (perspectivas eletrônicas)

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19 | Bruno Cassol, Estevan Barin, Jenifer Vescia, William Dal Carobo. Consultoria: Vânia Maria Zurlo Barin 20 | Arquiteta e Urbanita Mônica Mendes Padilha e estagiária de Arquitetura e Urbanismo Julia Maria Barros Campos.

#19

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21 | Arquea Arquitetos | Autores: Bernardo Richter, Fernando Caldeira de Lacerda, Pedro Amin Tavares, Helena Engelhardt Wenzel de Carvalho, Guilherme Arnon Schmitt. Colaboradores: Priscila Milena Vicentim, Guilherme Figueiredo Teixeira Araújo, Maria Isabel Seibel Reis. 22 | Cybele Fermino Ferreira da Silva Deise Cristina Rosa Adriana Pereira dos Santos Italo Maioli dos Santos Eliane Roberto Ferreira Natália Urbinati Alves dos Santos 23 | Gustavo Garrido, Marcelo Wendel, Renan Bressani, Carolina da Mata, Otávio Dornellas, Ariele Capiler, Natalia Schineider, Bruna Tederke e Debora Oliveira 24 | Pietro Marchiori e Raphael Reinold Edo Consultor: Roberto Ararê Sennes

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PARTICIPANTES

25 | Katia Maria Crocco Oliveira - Arquiteta Wilson Pombeiro - Arquiteto Wilian Pombeiro - Arquiteto Phelippe Pina - Arquiteto Christiane Mascaro Pioli - Maquete Eletrônica 26 | Emerson Vidigal, Eron Costin, Fabio Henrique Faria, João Gabriel Rosa, Martin Kaufer Goic Colaboradores: Leonardo Venâncio, Marcelo Miotto, Mariana Steiner Gusmão

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27 | Gabriel Zem Schneider, Arthur Brizola, Thiago Augustus Prenholato Alves, João Gabriel Küster Cordeiro, Franco Luiz Faust, Lucas Aguillera E Shinyashiki. 28 | Arquitetura: Márcia Terazaki, Thiago Rolemberg, Flávia Bueno Colaborador: Gustavo Siqueira Estrutura: Maurício de Farias Paisagismo: Luísa Mellis 29 | Ricardo Felipe Gonçalves, Matheus Marques Rodrigues Alves, Marcus Rosa. Colaboradores: Filipe Battazza, David Melo

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30 | Maria Aparecida Jesus Freitas de Morais (Acadêmica) 31 | Autoria: Arqtº Eduardo Crafig e Arqtº Marcio Guarnieri Imagens: Marco Pedroso 32 | Cíntia Tengan, Daniel Paranhos, Ricardo Ferraz Braga, Umoatã M. Almeida

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PARTICIPANTES

33 | Marlon Andrioli, Eduardo do Carmo, Josiane Aparecida Wojeick 34 | Walter Rogério Ziemath, Anderson Diego Dias, Karoline Bruske

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35 | Priscila Miranda Alvim Isabella Silva de Oliveira Colaboradores: Alexandre Sampaio da Silva José Carneiro da Cunha Oliveira Neto Consultor de Estrutura: José Humberto Matias de Paula 36 | Ésio Glacy de Oliveira, Leandro Agiani Silva, João Ernesto Pessutto, Bruna Renata Farine Milani, Beatriz Ariane Gouveia. 37 | Ricardo Clayton Borges Teixeira, Michella Pereira de Moraes, Thais de Souza Parreira, Alessandra Siqueira Faleiro 38 | Flávio Bicalho (Consultor) 39 | Cláudio Antônio Castro De Orte, Arquiteto e Urbanista

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40 | Glauco Tonon, Alessandra Capella Dias, Raíssa Campoy Tonon


PARTICIPANTES

41 | Liliana Lasalvia - AADU Estúdio ; Ailton Demarqui Alves; Helio Gaspar Bibas; Maria Helena Cruz, Beta 2 Engenharia, EAC Serviços.

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42 | Marta Adriana Bustos Romero Éderson Oliveira Teixeira Ana Carolina C. Correia Lima Aline Curvello da Costa Nemer Colaboradores: Gustavo de Luna Sales Moira Nunes Costa Neves José Marcelo Medeiros Lara Nunes Millena Montefusco dos Santos Fernanda Formiga da Silva Vinicius Bazan Dallaverde Daniele Werneck Rafael Adorno 43 | Michel Pilatti Macedo | Colaboradores: Adriana Strapasson, Carolina Heloisa Rietter, Karine Rosanelli, Nivaldo Pontel Jr. 44 | Joana Neves Renault; Matheus de Azevedo; Thales Henrique Gomes 45 | Beatriz Cintra, Daniel Dubugras e Mônica Schramm.

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46 | André de Giacomo, Talita de Giacomo, Ricardo Dias, Kamila Yokoyama, André Olak, Bianca Nicoletto Colaborador: Caroline Garcia 47 | Estúdio Mosaico | Gustavo Alexandre Cardoso Cantuaria, Daniel Simaan França

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48 | Equipe de Projeto Arquitetônico, Urbanístico e de Acessibilidade: Coordenador – Arq. Victor Serrano E Silva Arquitetos : Márcia Silva Dos Reis Débora Silva Meletti Nise Maria Serrano Cartaxo Nathalia Garrido do Prado Valladares Flávia Serrano e Silva de Oliveira Consultor: Osmar Rocha Lima e Silva Equipe de Projeto Complementares: Estrutura e Fundações – Eng. Benigno Marcelo Cardoso Rios Instalações Hdro-Sanitárias, Eletricas Gerais, Telefonia e de Proteção Contra Descargas Atmosferícas, Preventivas e de Combate A Incendio, Predias De Gás – Eng. Thales Olympio Goes de Azevedo Filho Paisagismo – Arq. Marília Cabral de Vasconcelos Barretto

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PARTICIPANTES

49 | Juliana Sicuro, Vitor Garcez, Daniel Nascimento 50 | Eduardo Antônio de Paula Souza e Guimarães, Juliana Vitória Ferreira Coelho Aragão. Colaboradores: Juliana de Toledo Barros e Guimarães, Maria Flávia Santos Padovani, José Claudinei Alves

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#50

51| Henrique Fina, Luis Mauro Freire, Marcelo Luiz Ursini e Maria do Carmo Vilarino Colaboradora: Zula Matias Estagiários: Jonatas Barros e Luan Poiani 52 | Mariana Damasceno, Morgana Targino Colaboradores: Felinto Neto, Julieta Arcoverde, Rayane Bento, Renally Sales, Rodolfo Rojas. 53 | Felipe Cordeiro Martins, Vitor Nunes, Henrique Rocha, Lucas Siqueira, Natália Taiane, Cainã Viera, Thaís Cavalcante, Tiago Alvarenga e Bruna Maia

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54 | Ana Luisa Oliveira Rolim, Fábio Cordeiro de Andrade, Mateus Araruna Gibson, Natália Carneiro Leão Rego Barretto, Vinícius de Lemos Santos, Mariana Queiroz de Castro Lins 55 | César Shundi Iwamizu Co-autores: Eduardo Pereira Gurian, Helena Aparecida Ayoub Silva, Bruno Valdetaro Salvador Arquitetos colaboradores: Luca Caiaffa, Rafael Carvalho, Victor Panucci, Gustavo Kerr, Andrei Barbosa, Leonardo Nakaoka Nakandakari, Fernanda Britto Estagiários: Maria Fernanda Xavier 56 | Gabriel Daher Jardim, Deryck Dantom Costa Almeida Colaboradora: Ariadne Silverio

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PARTICIPANTES

57 | André Procópio, Aline D’Avola, Julie Trickett Colaborador: Victor Ortiz 58 | Alessio Gallizio e Ana Laterza. Colaboradores: João Augusto Pereira Júnior, Sofiane Ouanes e Thiago Barbosa

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59 | Frederico Andrade de Paulo, Guilherme Fernandes Ferreira, Ana Carolina de Aquino, Bianca Martins, Dalton Carvalho, Jean Gomes, Jean Rocha, Laura Tostes. Colaboradores: Fábio Toledo, Jade Estrela, Larissa Santos, Leonardo Cruz, Maria Eduarda Stephani. 60 | Ariane 61 | Arq. Danilo Nunes Ferreira, Arq. Franco de Muno Colesanti, Arq. Marielle Aparecida Tolentino Rocha, Arq. Rafael Costa Davi 62 | André Fornari. Colaboradores: Diego Torquato, Juliane Fürst. Consultores: Quatro Engenharia

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63 | Cesar Basso - Bruno Nicoliello - Eduardo Both - Marcelo Gaeta 64 | Sacha Faust Rossetto Colaboradores: Igor Marcelo Zanchetin, Julissa Daniela Burtet , Fabiana Trindade

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PARTICIPANTES

65 | Edson Kunihiro, Fernanda Silva, Rogério Costa, Tomas Miquelin 66 | Arq. Manoel Balbino, Arq. Mônica Torminn Crosara, Arq. Marcos Laffyte, Arq. Ruber Paulo, Angelina Tavares (estagiária), Fernanda Ferreira (estagiária), Eng. Civil Eduardo Gomes (consultoria), Eng. Civil Eduardo Cintra (consultoria).

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67 | Gustavo Utrabo (Aleph Zero) e Pedro Duschenes (Aleph Zero) Colaboradores: Nicolie Duarte, Daniela Moro e Nicol Gelsi Assessoria estrutural: Jeferson Andrade e Ricardo Dias 68 | Cesar Borsoi Mathias Pereira, Eriélisi Dias Ramos, Fábio Henrique da Silva Monteiro, Fernando Cesar Carmona Poles, Jesús Márquez Galindo, Júlio César Alves Ferreira, Laura Delgado Pinilla, Luana Paulichen, Rebeca Cavalcante Albuquerque Silva e Tiago Soares Ferraz Martins Colaboradores: Juliana Miyuki Kawamura Machado e Matheus do Carmo CONSULTORES: DRa LIANE MARIA DA SILVA BREVES, DRa TATCHIA PUERTAS GARCIA POLES, Eng Wagner Barbosa de Souza. Designer Felipe Paschoal Escatena. 69 | Fabiana Santos Araújo 70 | Rodrigo Ponce de Leon, Odilo Almeida, Paulo Monteiro, Talita Saraiva, Breno Holanda 71 | Luciana Walder

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72 | Equipe: Arq. e Urb. Viviane Lúcia de Quadros Arq. e Urb. Marcele Salles Martins Arq. e Urb. Rodrigo Rintzel Acad. Arq. e Urb. Maurício Kunz Consultor Estrutural: Eng. Civil Gilnei Artur Drehmer


PARTICIPANTES

73 | Sandra Paniago Fideles, Luciana Carvalho Jardim, Sheila da Silveira, André Amorim Ferreira, Filipe de Castro Clementino. 74 |Talita Leandro, Kenny Nogueira, Tamyres Trindade, Kauria Gomes, Vanessa Oliveira 75 | Robson Amaral, Tadeu Salmi

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76| Lindiane Cardoso de Oliveira

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Coordenador Arquiteto e Urbanista Danilo César Silveira Costa Titulares Fabiano José Arcadio Sobreira, Arquiteto Urbanista indicado pelo IAB/DF Eduardo Pierrotti Rossetti, Arquiteto Urbanista indicado pelo IAB/DF Claudemir José Andrade, Arquiteto Urbanista, indicado pelo CAU/BR Li Chong Lee Bacelar de Castro, Engenheiro Civil indicado pelo CREA/DF Rejane Jung Vianna, Arquiteta Urbanista indicada pela SEGETH/DF Suplentes Filipe Berutti Monte Serrat , Arquiteto Urbanista indicada pelo IAB/DF Hugo Seguchi, Arquiteto Urbanista indicado pelo CAU/BR Carlos Bruno Pedrosa, Engenheiro Civil indicado pelo CREA/DF Paulo Victor Borges Ribeiro, Arquiteto Urbanista indicado pela SEGETH

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CONCURSO UNIDADES HABITACIONAIS COLETIVAS

sobradinho 149


#1 lugar 150


O projeto parte da premissa de que a implantação dos 5 edifícios de habitação social deve gerar a requalificação do espaço público da quadra 2 de Sobradinho. O projeto urbanístico da região é caracterizado pela mistura de tipologias habitacionais individuais e coletivas, modelo comum no Distrito Federal, o que gera espaços residuais entre as casas geminadas e as projeções prediais. Portanto, pareceu fundamental que o projeto se iniciasse a partir do desenho do solo. Primeiramente, o gramado que conecta a rodovia BR 010 – principal acesso do transporte coletivo – às quadras B7 e B4 foi pavimentado e arborizado nos trechos próximos à via. Ali, o desenho também sugere a implantação de uma ciclovia articulando a passarela de pedestres ao restante do bairro. Transversalmente a esse eixo, um caminho pavimentado conecta as quatro projeções alinhadas (quadra B7, A e C; quadra C6 A e C), promovendo a utilização do espaço público entre as casas e os novos edifícios, além de conectar a circulação aos equipamentos circunvizinhos – escola, igreja, e quadras esportivas. Nesse eixo, cada edifício construído ganha uma praça, que funciona como uma extensão natural do pilotis. Para vencer a topografia acidentada, as praças foram divididas em platôs sequenciados que promovem a acessibilidade urbana a partir de um sistema de rampas – recurso que torna o projeto facilmente adaptável à topografia dos 5 lotes. Nas quadras B7 e C6, os espaços entre as projeções A e C foram preservados, criando um ambiente mais densamente arborizado. Já na projeção B da quadra B4, a praça assume um papel gregário devido ao caráter misto do uso urbano, conectando o edifício aos espaços comerciais vizinhos. A seguir, detalhamos o projeto do bloco A da quadra B7. Tendo em vista o caráter social da habitação, o projeto buscou tirar o máximo proveito da legislação vigente, particularmente da lei 755 de 2008, regulamentada pelo decreto 29.590 do mesmo ano. O texto prevê a ocupação do espaço aéreo em área pública em uma faixa de até 1 metro ao longo do perímetro da projeção como forma de compensação de vazios internos, halls de elevadores, escadas, shafts e prismas de iluminação e ventilação. Esse recurso foi empregado na criação de um generoso vazio central

na edificação, com o propósito de permitir a ventilação cruzada em todos os apartamentos. Ali foram colocadas as caixas de escadas, elevadores e as passarelas de acesso às unidades, dispostas de tal forma a se criar pequenas praças, estimulando o convívio entre os vizinhos. Assim, a faixa central do edifício tornase uma rua local, efetuando uma sutil transição entre o espaço público – praças, pilotis – e o espaço privado das habitações. A norma também permite a expansão dos cômodos de permanência prolongada em mais 1 metro. O recurso foi utilizado para a ampliação das salas e quartos das unidades, reservando uma faixa de 50cm para a construção de marquises de proteção solar que operam como bandejas de luz natural. A construção de um edifício de habitação popular com garagem para todas as unidades mostra-se incoerente com a finalidade da edificação; porém é obrigatória no DF a construção de uma vaga por unidade. Para resolver essa questão, foi proposta garagem subterrânea, tirando mais uma vez proveito da lei 755 de 2008 que estabelece a expansão de até 155% da área da projeção em subsolo - tirando partido da topografia para implantar a rampa de acesso na porção mais baixa do lote. O vazio longitudinal do edifício faz com que seu pavimento tipo seja dividido em duas naves de apartamentos: uma voltada para a rua de acesso, outra para a praça. Em cada nave foram dispostos 5 apartamentos de dois quartos (50,4m²) e 2 apartamentos de três quartos (66,8m²), contabilizando 14 apartamentos por andar e um total de 84 por edifício. As plantas foram desenvolvidas em acordo com as regras do programa Minha Casa Minha Vida, da Norma de Desempenho (NBR 15.575) e da Norma de Acessibilidade atualizada (NBR 9050/2015) valendo-se de áreas e dimensões superiores aos mínimos estabelecidos de modo a gerar espaços mais confortáveis, tomando o cuidado de não extrapolar o limite de 68m² para apartamentos econômicos. Isso foi possível graças à otimização da circulação interna das unidades e à integração dos ambientes sociais e de serviço (sala e cozinha conjugadas). Dessa forma, todas as unidades tornam-se facilmente adaptáveis a pessoas com mobilidade reduzida (PMR). Outro ponto positivo do projeto reside no fato das áreas molhadas dos apartamentos

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estarem concentradas em uma faixa paralela ao vazio central, racionalizando assim as instalações hidrossanitárias. O partido adotado para o edifício priorizou o conforto térmicoluminoso de tal forma que as decisões técnicas de projeto refletem-se claramente em sua arquitetura. As fachadas principais foram tratadas com pares de brises horizontais com 50cm de profundidade formando bandejas de luz junto ao teto das unidades. Esse recurso aumenta a proteção contra os ventos chuvosos e permite o emprego de esquadrias de vidro temperado, mais econômicas. Essa proteção se dá nas janelas das salas e quartos e se comporta de maneira distinta quando voltada para Noroeste ou quando voltada para Sudeste, como é o caso dos lotes das quadras B7 e C6. Nos ambientes voltados para Noroeste (fachada que recebe maior parte da radiação solar), a proteção horizontal garante sombreamento até as 4 da tarde, em média, nos meses de verão (carta solar NW). Já naqueles ambientes voltados para a fachada Sudeste, a radiação solar vem bloqueada a partir das 9 da manhã no verão (carta solar SE). Os dados do projeto foram previamente calculados para conhecimento do nível de sua eficorte transversal 0 1 3 6 ciência energética segundo os critérios do RTQ-R (Regulamento Técnico da Qualidade para o Nível de Eficiência Energética de Edificações Residenciais). Dados como áreas de ocupação, características dos materiais aplicados (ver tabela 1), capacidade de ventilação

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e iluminação das janelas dentre outros foram levantados, concluindo que o projeto tem potencial para Etiqueta Nível “A” em todos os apartamentos. As simulações de luz natural realizadas conforme exigência da NBR 15.575 (norma de desempenho) para uma unidade representativa comprovam a situação favorável de todos os ambientes para atendimento ao nível superior de desempenho neste quesito. Conforme pode ser visto nas imagens resultantes das simulações, todos os ambientes apresentaram nível de iluminância superior a 120 lux no centro geométrico em todos os dias e horários simulados. Apesar do emprego de materias tradicionais, de baixo custo, as composições de fachada e cobertura atendem aos valores de transmitância, capacidade térmica e absortância solar, tanto para cumprimento das exigências da Norma de Desempenho quanto para atendimento aos pré -requisitos do RT Q-R. Em termos de ventilação natural, a composição do vazio central com basculantes altas em oposição às janelas grandes dos ambientes sociais gera a circulação do ar por convecção, algo raro em edificações do gênero. As basculantes altas da sala também permitem a ventilação permanente mesmo em dias de chuva. Equipe Yasser Vasconcelos, Juliana Andrade, Rodrigo da Cruz, Gabriel Solórzano, Tiago Lara, Pedro Grilo, Eder Alencar, André Velloso Ramos


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#2 lugar 158


Pensar a habitação, especialmente de interesse social, é um dos principais desafios dos arquitetos no Brasil de hoje. O lugar de morar, os edifícios com uso residencial, constituem a maior parte do ambiente das nossas cidades. Os projetos de edificações com esse tema, quando coerentemente elaborados, têm potencial de transformar e regenerar áreas importantes dos lugares onde vivemos. O espaço urbano da cidade de Sobradinho, satélite de Brasília, foi planejado de maneira a propiciar generosidade nos espaços livres públicos que se localizam nos interstícios do seu parcelamento. Essa abundância de território livre, no entanto, nem sempre significa possibilidade de fruição da cidade para a maior parte da população. Levando em conta essa situação, a lógica que organiza a implantação dos edifícios nos cinco lotes propostos para esse concurso considera as seguintes premissas: >>> valorização do acesso aos edifícios. A entrada principal de pedestres é organizada em função do vazio proposto junto à principal circulação vertical. Dessa forma, conectam-se o térreo – nível de pilotis – e o sistema viário do entorno. Propõem-se a construção de pavimentações e rampas que conectem o térreo dos edifícios às calçadas e ruas contíguas. Essa espécie de sistema de acesso adapta a chegada de pedestres permitindo a acessibilidade para cada um dos casos. >>> Fragmentação de volumetria. O volume prismático possibilitado pela legislação é decomposto em segmentos menores de forma que, a partir do espaço público, sejam percebidos como vários volumes, numa estratégia que busca reduzir a aparência monolítica da edificação. >>> Identificação de cada edifício a partir de cada edifício a partir do embasamento. A adaptação de cada edifício à sua condição geográfica característica – especialmente a topografia – possibilita a identificação do espaço pelos seus usuários. Rampas, arrios, taludes, paredes de embasamento, cada elemento da arquitetura do térreo e subsolo difere entre os edifícios, permitindo a correta integração da edificação às peculiaridades de sua implantação. >>> Variação das tipologias de apartamento. Serão 66 apartamentos em cada bloco, 11 unidades de pavimento. Dezoito por cento das unidades propostas terão três quartos. Dessa forma, procura-se atender a diferentes perfis de família e ao

número de moradores que varia ao longo do tempo. >>> Adaptabilidade das soluções de planta. O desenho dos apartamentos permite, com pequenas reformas, atender à norma de acessibilidade NBR9050. Evitou-se, por exemplo, a necessidade de quebras de parede para adaptação das unidades. A instalação de barras de apoio e inversão de abertura das portas já permite o acesso às instalações sanitárias. As circulações e espaços internos do apartamento também atendem tanto às normas de acessibilidade quanto as diretrizes do programa Minha Casa Minha Vida. Além das premissas expostas acima, pretende-se adotar algumas estratégias de implantação que reforcem a relação entre os espaços intralote e as áreas circundantes. Uma dessas diretrizes é o incentivo à permeabilidade de percursos de pedestre por entre os pilotis. Para isso o desenho de paisagismo procura definir áreas ajardinadas e pavimentações que conectem o topo de podium, constituído na laje de cobertura de garagem, aos espaços livres do entorno. SISTEMAS CONSTRUTIVOS Para responder às necessidades espaciais do edifício habitacional adotaram-se dois sistemas estruturais que se complementam. Os pilotis e o embasamento são resolvidos com o uso do concreto armado convencional, constituído uma espécie de podium (volume aflorado do subsolo) e uma mesa (pilotis e laje de primeiro pavimento). Sobre essa mesa de estrutura em concreto convencional apoia-se um segundo sistema construtivo: a alvenaria estrutural. Essa articulação de processos construtivos mostra-se econômica para execução de edifícios em térreo e seis pavimentos, pois permite vencer os vãos adequadamente e, ao mesmo tempo, apresenta facilidade na execução. No sistema descritos acima, uma vez concluídos os componentes estruturais, as vedações estarão concretizadas. Como sequência lógica do processo construtivo, seguem-se os acabamentos, esquadrias, impermeabilizações e pinturas necessárias. CONFORTO AMBIENTAL E DESEMPENHO DA EDIFICAÇÃO Como trata-se de uma edificação para habitação de interesse social , foram pensados, prioritariamente , sistemas com baixo custo de manutenção e estratégias passivas de conforto

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ambiental. Entre estratégias de conforto possíveis pretende-se adotar, entre ouros: Ventilação cruzada: mantendo-se as circulações horizontais abertas é possível realizar a circulação de ar cruzada entre as janelas altas propostas nas cozinhas/lavanderias e as fachadas externas. Sombreamento das fachadas: as sacadas propostas e o conjunto de brises metálicos (chapa metálica expandida pintada) tem o papel de realizar o sombreamento móvel das fachadas, especialmente nos meses mais quentes e no período da tarde. Como o sistema é deslizante, o morador tem condições de controlar sombreamento individualmente.

de custo condominial, utilizando essa reserva de recurso para irrigação e limpeza das áreas comuns.

Sistema complementares:

Equipe Ricardo Felipe Gonçalves, Matheus Marques Rodrigues Alves, Marcus Rosa. Colaboradores: Filipe Battazza, David Melo, Martin Kaufer Goic

>>> Captação de água da chuva: A construção de reservatórios de armazenagem de águas pluviais no subsolo permite a economia

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>>> Coletores solares: a instalação de coletores solares para aquecimento d1água nas coberturas permite economia significativa de energia. >>> Medidores individuais de consumo: sistemas de distribuição e medição individualizados permitem que cada morador tenha controle sobre o consumo. Em geral essa medida representa redução dos custos condominiais e também do consumo geral de recursos naturais.


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#3 lugar 164


A INSERÇÃO NO LUGAR

CONDUÇÃO

Apesar do desenvolvimento urbano consolidado com presença de equipamentos importantes, a predominância de residências térreas confere baixa densidade à área destinada aos projetos assim com relação ainda incipiente entre as edificações e os espaços públicos que conformam o desenho da cidade. A projeção em questão e as previstas para construção dos demais 4 edifícios diferem pouco em relação à orientação e topografia, mas se assemelham na relação com a vizinhança e com a paisagem constituída ao sul pelos limites das áreas urbanas e rurais. Desta forma, apostar na estratégia de máximo aproveitamento construtivo significa aproveitar a infraestrutura disponível ao mesmo tempo em que a altura e o caráter dos edifícios dão novo significado à paisagem da quadra em questão. Por outro lado, o foco na relação do nível de acesso além dos limites das projeções amplia a relação dos passeios com a vizinhança, oferecendo generosos espaços públicos qualificados para a cidade.

Os espaços resultantes da implantação perimetral das unidades permitem a criação de passarelas metálicas que possibilitam acesso aos apartamentos. Estas, conectadas com o hall de elevadores dos pavimentos, possuem jardins e bancos que qualificam os espaços de circulações como espaços de indução e condução dos moradores.

PERMEABILIDADE Para o maior proveito da ventilação natural, optou-se pela implantação das unidades no perímetro da projeção que possibilitassem a criação de vazios internos que conferissem permeabilidade ao edifício. Deste modo, foi possível a criação de quatro blocos separados por vazios, circulações horizontais e verticais e jardins a cada pavimento. Os apartamentos, todos voltados para a face norte e sul, receberam proteções solares para o controle da incidência direta solar. São 72 apartamentos distribuídos igualmente em 6 pavimentos tipo. Cada andar possui 8 unidades com dois dormitórios (área de 42,06mº) e 4 unidades com três dormitórios (área de 54,26mº). Todas as unidades são adaptáveis, mas 4 unidades já são adaptadas e localizadas no primeiro e segundos pavimentos. No nível de acesso, o salão de festas e o apoio a portaria são localizados na porção norte do terreno, liberando o máximo possível a porção sul do pilotis, potencializando a relação destes espaços com o passeio público. Todos os vazios da torre conformam jardins no nível do térreo, que junto com o mobiliário dialoga com a forma de ocupação do espaço público (praça criada) entre a projeção e os lotes das casas localizadas a norte da projeção.

PROTEÇÕES As faces norte e sul do edifício possuem proteções das aberturas em painéis metálicos apoiados em prolongamento da laje de piso dos pavimentos (marquise). Estes painéis são perfurados segundo paginação específica, e giram manualmente em torno de eixo capaz de proteger os apartamentos de acordo com o movimento do sol ao longo do dia e do ano. IDENTIDADE Como a forma e proporção dos edifícios são resultantes da equação da legislação disponível, a estratégia formal para conferir identidade própria ao edifício proposto se dará a partir do uso de paletas de cores específicas. Com invólucro comum neutro conformado pelas empenas leste/oeste e painéis móveis norte/ sul, o uso de cores nas alvenarias norte/sul conferem identidade própria ao edifício, com caráter próprio que junto com o pilotis dialoga formalmente com a matriz estética modernista sem se subjugar a ela. CONSTRUÇÃO: Qualidade e Sustentabilidade Tendo em vista a relevância do princípio da economicidade e os parâmetros programáticos e dimensionais do PMCMV, os sistemas construtivos e técnicas propostos contemplam o uso de elementos industrializados de concreto e aço. Foi proposto um sistema misto de alvenaria estrutural apoiado em “bandejas” de concreto armado que viabilizaram os níveis de garagem e pilotis. Para combater os esforços horizontais na torre, um núcleo de circulação vertical em concreto armado interligado às circulações horizontais metálicas unem os quatro blocos de apartamentos como soluções de contraventamentos. Para possibilitar a adaptação dos apartamentos à acessibilidade, algumas alvenarias não teriam função estrutural. A alvenaria estrutural de concreto, sistema normatizado e reconhecido pelos

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órgãos de controle do PMCMV, são revestidas externamente com argamassa polimerizada. Os pisos das áreas comuns são em concreto industrial natural com juntas de PVC. Na cobertura, o uso de lajes impermeabilizadas com isolamento térmico permite, além do uso de pequeno pergolado para uso social de contemplação, a instalação de placas solares e boilers de armazenamento de água quente. As lajes também permitem a coleta de águas pluviais para uso do condomínio.

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Equipe Maria Manoella A. C. G. Salgado, Raphael Albuquerque dos Santos, Marihana S. Cirne Tavares, Yuri Duarte Lopes, Fabiano de Melo Duarte Rocha


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#menções honrosas Foram recebidas 109 propostas em formato eletrônico dentro do prazo definido no cronograma do concurso. Após o júri decidir acerca do método de avaliação dos projetos, dentro dos critérios estabelecidos nas Bases do Concurso, foram definidas as etapas e a escolha dos estudos. A Comissão Julgadora deliberou outorgar Menções Honrosas às seguintes propostas: Estudo Preliminar número 297, pela qualidade plástica e generosidade das circulações internas; Estudo Preliminar 300, pelo conceito e inovação, em especial nos elementos de circulação e espaços comuns; Estudo Preliminar 335, pela inovação na distribuição dos espaços de uso coletivo e plasticidade; Estudo Preliminar 376, pela plasticidade, implantação e preocupação com o contexto urbano; Estudo Preliminar 380, pela preocupação com a escala urbana, a leveza e a plasticidade; Estudo Preliminar número 293, pela cuidadosa implantação funcionalidade e solução de circulação.

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MENÇÃO HONROSA

ESTUDO PRELIMINAR NÚMERO 297 Paulo Noguer, Luis Taboada, Carolina Fukumoto, Carolina Freire, Lilian Dal Pian, Renato Dal Pian

MENÇÃO HONROSA

ESTUDO PRELIMINAR NÚMERO 300 Sofia Luri Kubo e Thomas Forster [K2 ATL Projetos e Consultoria], Mario Figueroa, Pedro Santana, Rafael Chung [REPUBLICA], REPUBLICA Arquitetura + MARCOZERO Estudio. Luciano Margotto, Cristina Tosta [REPUBLICA]; Davi Eustachio, Pedro Coltro, Thiago Vita [MARCOZERO]

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MENÇÃO HONROSA

ESTUDO PRELIMINAR NÚMERO 335 Manoel Izidro Coelho, Guido Petinelli (certificação ambiental), Eduardo Ribeiro (instalações), Eriton Costa (estrutural pré-fabricado), Sérgio Cunha (estrutural), Patrícia Sledz, Eduardo Cecco, Victor Escorsin, Andréia Ferrari, Antonio Abrão

MENÇÃO HONROSA

ESTUDO PRELIMINAR NÚMERO 376 Ana Júlia Domingues das Neves Brandão, Giselly Diniz, Yopanan Rebello, Henrique Wosiack Zulian, Talita Anelize Broering, Vinícius Miranda de Figueiredo, Vitor de Luca Zanatta

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MENÇÃO HONROSA

ESTUDO PRELIMINAR NÚMERO 380 Maria Fernanda Xavier, Laura Peters, Rafael Carvalho, Luca Caiaffa, Leonardo Nakaoka, Henrique Costa, Bruno Salvador, Andrei Barbosa, Fernanda Britto, Jason Sowell, Eduardo Gurian, Kristine Stiphany, Cesar Shundi Iwamizu

MENÇÃO HONROSA

ESTUDO PRELIMINAR NÚMERO 293 Ruben Alberto Saldias Millon, Vinícius Marques Barreto Junior, Pedro Martins Teixeira, Nathalie Hellmich Gomes, Natalie da Silva Tchilian, Mauricio Cavalcante Farias Junior, Ludmila Beck Alcantara Rodrigues Cavalli, Larissa Urbano de Oliveira, Jayne Lima Pacheco, Jaqueline Dias Bueno da Silva, Gustavo Prado Fontes, Gisele Gonzalez Lestingi, Geane Kaori Natsumeda, Diego Gonçalves Silva, Débora Ribeiro da Silva, Débora de Oliveira Bueno, Carolina Lira Moreira, André Suk Hwan Ko, Adriana Junquer Collet, Laura Elisa Poggio, João Paulo Procópio Lacerda, Heralcir Cesari Valente da Silva, Sonia Mariza Abijaodi de Vasconcellos, Sergio Ludemann, Renato Gioielli, Marcelo Consiglio Barbosa, Ricardo de Queiroz dos Santos, Lais Labate d’Almeida e Silva, Edson Rozzo Maruyama, Bruno Taiar de Carvalho, Julio César Corbucci

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PARTICIPANTES

1 Milly Man Hwa Lee, Wellington Fernando Colombaroli 2

Fausto Chino, Victor Martins Minghini

3 Tatiana Lika Kotaka, Roberta Pais Megale

#1

#2

4 Silva

Eduardo Augusto Ribeiro de Sousa e

5 Lilian Elisabete Fraga de Camargo, Vera Osse Henrique Benites Maycon Fogliene Francisco Piza Ana Maria Fasanela Bianca Silva 6

Gustavo Henrique Garcia Barreto

7 Maria Stella Tedesco Bertaso Pedro Fedeli Hirata Camila Toni Silva 8

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#3

#4

#5

#6

#7

#8

Eduardo Lobo Mazzi


PARTICIPANTES

9

Oliegen Leite Moreira

10 Aruã Oliveira Wagner, Rodrigo Coelho Cavalcante, Alexandre Lins dos Santos, Daniel Fleming Collaço, Weliton Ricoy Torres 11

#9

#10

Paulo Valério Da Silva

12 Artur Marques Kalil, Juliane Carvalho Trinidade Ritsaart Marcelis 13 Nelcimar Cristina Soares Pereira Ferreira, Andre Luiz Teixeira e Silva Torres, Adine Moreira de Souza Barreto, Paulo Emílio Soares Pereira 14

Bruno Martins Campos Granado

15

Renata Pinto Beck

16 Gustavo Moura e Rocha, Nestor Cláudio Rocha, Daniela da Gama Blumetti, Gustavo Moura e Rocha

#11

#12

#13

#14

#15

#16 175


PARTICIPANTES

17 Ricardo Antonio Alpoim de Santana, Miguel Ferreira Ricardo Alpoim 18 Felipe Freire Antonoff, André Wendler, Maria Clara Auler 19 Eric Augusto Borges Emerim, Axele Betina de Castilhos Stephanie da Silva Luane Grisa Sbroglio

#17

#18

20 Martin Kaufer Goic, Mariana Steiner Gusmão, Marcelo Miotto, Leonardo Venâncio, Felipe Taroh Inoue Sanquetta Astrid Harumi Bueno, João Gabriel Rosa, Fabio Henrique Faria, Eron Costin, Emerson Vidigal Martin Kaufer Goic 21 Marcio Dambroski Buzzo, Ingrid Okraska Zimermann, Augusto Pimentel Pereira, Frederico Huckembeck Neto

#19

#20

22 André Velloso Ramos, Yasser Vasconcelos, Juliana Andrade Rodrigo da Cruz, Gabriel Solórzano, Tiago Lara, Pedro Grilo, Eder Alencar 23 Eduardo Hideo Suzuki, Regina Aderaldo Rubini, Malu Magalhães Sanches, Tatiana Yuka Inagaki Shimizu 24 Eurípedes Afonso da Silva Neto, Wesley de Oliveira Silva, Dianna Santiago Villela, Thalisson Alexandre Silva Mesquita, Alexandre Ribeiro Gonçalves

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#21

#22

#23

#24


PARTICIPANTES

25 Bruno Blancato Resende, Moisés Lourenço Olímpio 26

#25

#26

Frederico Martins de Nadai

27 Vitor Jun Takahashi Felipe Santos Gomes Miguel João Dias da Costa Pereira Edison Roberto Massei Filho Rafaela Sampaio Agapito Fernandes Thaylini Cristine Luz Belino Bonfin Alexandre Kenji Okabaiasse 28 Dagoberto Bostelmann, Rubens Zeni, Sergio Vicente Oliveira Do Nascimento, Ricardo Alessandrini Amaral 29 Jenifer Vescia, Cristian Fagundes Rosana Alves Rosa André Denardin William Dal Carobo Jenifer Vescia Estevan Barin Bruno Cassol 30 Demetre Basile Anastassakis, Juliano Alvarenga Machado, Ricardo Ferreira Lopes, Josielle Cíntia de Souza Rocha, Cláudia Teresa Pereira Pires, Márcia Maria De Vasconcelos Gouveia

#27

#28

31

Felipe Queiroz da Silva, Alberto Peres

32 Alessandra Figueiredo, Ligia Miranda de Oliveira, Anna Luiza Gaspar, Amanda Tamburus, Guilherme Bravin, Marcus Vinicius Damon

#29

#30

#31

#32 177


PARTICIPANTES

33 Lia Aguiar Carvalho Arruda, Vitor Vieira Rebeca Gaspar, Nayana de Castro, Nággila Frota, Lia Aguiar, Leonardo Ribeiro 34 Fernando Mesquita Bruno Norat Marcelo Cordeiro Ruan Melo Imara Oliveira Marlos Monteiro Ari Tomaz

#33

#34

35 Guilherme Gambier Ortenblad, Rosa Clara Bezerra Alves, Bianca Guariglia, Karin Kussaba, Tadeu Omae, Mariana Poli Gortan, Ana Carolina Correia de Lima, Mariane Takahashi, Christovam Kathleen, Martini Chiang 36 Arthur Rodrigues Seratiuk, Katiúcia Fontana Alano, Jaqueline Barcelo, Tomaz Günther Kaltmaier Jr. 37 Glauco Tonon, Raíssa Campoy Tonon, Alessandra Capella Dias

#35

#36

38 Nilton Issamu Takahashi Suenaga, Rafael Urano Frajndlich, Guilherme Pianca Moreno, Gabriel Sepe Camargo, Flavio Antonio Dugo Bragaia, Beatriz Marques de Oliveira 39 Marcelo Barreto Ibiapina, Marcia Barreto Ibiapina, Raquel Bráz Lopes, Matheus D`olival, Alan Marques Faria 40 Ararê Sennes, Marcos Bomboanto, Mauricio Lam Raphael Edo

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#37

#38

#39

#40


PARTICIPANTES

41 Pablo Basílio de Sá Leite Chakur, Murillo Fantinati, Edson Kurotsu, Cibele Romani , Kauê Fakri Ramoska & Castellani, Vitor Faustino, Jessica Vieira, Camila Roque, Camila Rocha, Fernanda Ferreira

#41

#42

42

Tamara Fajer Borges, Ana Mendes

43

Ivana Cabral

44 Fabiano Cavalcante, Arq. Antonio C.Alvetti, Eng. Paulo Cesar Cardoso, GO Eng Milton Torma, Eng Mario J.Santos 45 Carlos Alberto Andrade Bomfim, Kyane Bomfim, Pedro César Matos, Bruno Wildberger, Felipe Moraes, Beth Soares, Carlos Bomfim 46 Alfredo Rossoni Luvison, Vinícius Capella Gomes, Daniele de Souza Capella

#43

#44

#45

#46

#47

#48

47 Ana Júlia Domingues das Neves Brandão Giselly Diniz Yopanan Rebello Henrique Wosiack Zulian Talita Anelize Broering Vinícius Miranda de Figueiredo, Vitor de Luca Zanatta 48 Paulo Julio Valentino Bruna, Rafael Santos, Dayane Gusso, Katia Vieira, Pedro Bruna

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PARTICIPANTES

49 Tailene Occhi Juliana Chicheleiro Claudia Strutz Nicolas Meireles Gustavo Tenca Giuliano Pelaio Inacio Cardona

#49

#50

50 Tamires Cristine Da Silva Bezerra, Lucas Felliphe Santos de Melo, Pedro Carlos Correia da Silva, Marcos Filipe Candéas Guimarães Berenguer, Mayara Costa e Lima, Catharine, Emília Aguiar de Araújo, Lucíola Nice Queiroz Ferreira, José Euclides Queiroz Ferreira 51

Claudio Antonio Castro De Orte

52 José Nelson Arantes de Souza, Luis Antonio Scognamiglio, José Henrique Albiero, José Eduardoquaresma 53 Antonio Roges Malgarin, Daniel Denes, Daniela Sikora, Arthur Soares Chaves Mesquita, Joseane De Oliveira Ruivo

#51

#52

54 Maria Isabel Seibel Reis, Guilherme Figueiredo Teixeira Araújo, Priscila Milena Vicentim, Helena Engelhardt Wenzel de Carvalho, Fernando Caldeira de Lacerda, Bernardo Richter, Pedro Amin Tavares 55

Cláudio de Sá Ferreira, Miguel Ramirez

56 Felipe Guimarães Pinheiro , Miriam Victoria Fernandez Lins, Priscila Coli Rocha

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#53

#54

#55

#56


PARTICIPANTES

57 Tiago Tardin Robertson Souza Márcio Costa Daniel Sousa Carolina Baltar Raíssa Rocha Celio Diniz 58 Filipe Quaresma Poyares de Oliveira, Marina Oliveira Franzini, Bárbara Lopes Barbosa, Fabrício Oliveira Zanoli

#57

#58

59 Vladimir de Souza, Dalton Souza e Silva Carolline Schlupp Bernabé, Pedro Leite de Souza, Dirceu Lima da Trindade 60 Marcel Silva Moreno, Tom Caminha Rodrigo Levy Marcel Moreno, Diogo Giovannoni, Copa Arquitetos Associados 61 Lucas Aguillera e Shinyashiki Franco Luiz Faust Thiago Augustus Prenholato Alves João Gabriel Kuster Cordeiro Gabriel Zen Schneider Arthur Felipe Brizola 62 Lucas Parro de Matheu, Roberta D’Ambrosio

#59

#60

#61

#62

#63

#64

63

Mariana Cardoso, Bruna Mota

64 Camilla Rocha da Costa Lima, José Guilherme de Almeida Barbosa

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PARTICIPANTES

65 Valeria La Terza Karine Marques Maria Fernanda Mattos Victor Petreche Venâncio Alves Mariana Oliveira Lucas Leão Dalmer Ordontis Beatriz Paixão Adelmo Silva Rodrigo Leopoldi Marino Barros 66 Bruno Moreira Custodio, Jessica Baringer, Amanda Fabeni, Leandro Sasse, Bruno Moreira Custódio

#65

#67

#69

#66

#68

#70

67 Sofia Luri Kubo e Thomas Forster [K2 ATL Projetos e Consultoria] Mario Figueroa Pedro Santana, Rafael Chung [REPUBLICA] REPUBLICA Arquitetura + MARCOZERO Estudio. Luciano Margotto, Cristina Tosta [REPUBLICA]; Davi Eustachio, Pedro Coltro, Thiago Vita [MARCOZERO] 68 Ruben Alberto Saldias Millon, Vinícius Marques Barreto Junior, Pedro Martins Teixeira, Nathalie Hellmich Gomes, Natalie da Silva Tchilian, Mauricio Cavalcante Farias Junior, Ludmila Beck Alcantara Rodrigues Cavalli, Larissa Urbano de Oliveira, Jayne Lima Pacheco, Jaqueline Dias Bueno da Silva, Gustavo Prado Fontes, Gisele Gonzalez Lestingi, Geane Kaori Natsumeda, Diego Gonçalves Silva, Débora Ribeiro da Silva, Débora de Oliveira Bueno, Carolina Lira Moreira, André Suk Hwan Ko, Adriana Junquer Collet, Laura Elisa Poggio, João Paulo Procópio Lacerda, Heralcir Cesari Valente da Silva, Sonia Mariza Abijaodi de Vasconcellos, Sergio Ludemann, Renato Gioielli, Marcelo Consiglio Barbosa, Ricardo de Queiroz dos Santos, Lais Labate d’Almeida e Silva, Edson Rozzo Maruyama, Bruno Taiar de Carvalho, Julio César Corbucci 69 Camila De Almeida Toledo, Alexandre Gonçalves Costa de Carvalho, Paula Dal Maso Coelho, Caio Paula de Sá Fernandes, Fabio Frutuoso 70

Márcio Zeni Lucatelli, Fernanda Luciano

71 Maria Fernanda Xavier, Laura Peters, Rafael Carvalho Luca Caiaffa, Leonardo Nakaoka, Henrique Costa, Bruno Salvador, Andrei Barbosa, Fernanda Britto, Jason Sowell, Eduardo Gurian, Kristine Stiphany, Cesar Shundi Iwamizu 72 Evellyn Paneto Bergantini Julia da Ros Carvalho, Luiza Brunelli Coura

#71 182

#72


PARTICIPANTES

73 Marco Aurélio Maron, Bruno De Jesus Oliveira 74 João Augusto Pereira, Marina Monteiro Ferreira, Sofía Villota, Laura Cardenas, Julian Tenorio, Ana Laterza, Freddy Diaz, Diaz Alessio Gallizio 75

#73

#74

Roberto Souza Guedes

76 Saul Kaminsky Bernfeld Oliveira, Diego Viana Gomes 77 Paulo Noguer, Luis Taboada, Carolina Fukumoto, Carolina Freire, Lilian Dal Pian, Renato Dal Pian 78 Maria Manoella A. C. G. Salgado, Raphael Albuquerque dos Santos, Marihana S. Cirne Tavares, Yuri Duarte Lopes, Fabiano de Melo Duarte Rocha

#75

#76

79 Paula Dalbello, Ingrid Schmaedecke , Aloísio Schmid, Nelson Eugênio da Silva, Humberto Carta, Thiago Maso, Fabiano Friedrich Sabine Meister Valenga, Rhenan França 80 Guido Petinelli - certificação ambiental, Eduardo Ribeiro - instalações, Eriton Costa - estrutural pré-fabricado, Sérgio Cunha - estrutural, Patrícia Sledz, Eduardo Cecco, Victor Escorsin, Andréia Ferrari, Antonio Abrão

#77

#78

#79

#80 183


PARTICIPANTES

81 Lucilio Antônio Vitorino, Juscelino Oliveira Lima, Carlos Antônio Cremasco, Leticia Sampaio Santiago, Wagner Strauss Santiago 82 Cláudia Ardións Espasandin, Tamira Werneck Guilherme Rodrigues Ripardo

#81

#82

83 Gabriela Meyer Torres Julia Lazcano Eduardo Dugaich André Sauaia Daniel Corsi, Dani Hirano 84 Caio Júlio de Holanda, Luis Ernesto Canelas, Manoel Luiz Duarte Leal, Ariel Eduardo Dorado 85 Lucas Cunha, Chayene Cardoso, Amanda Domingues, Levy Vitorino, Camila Reis Camila Paim, Pablo Hereñú, Eduardo Ferroni 86 Helena Daher Patrick Martins Andrea Lucena João Marcus Cardoso Luciana Saboia Isabel Noemi Nonato Veloso, Gilberto Fernandes de Oliveira

#83

#84

87 Claudia Karina Rezende Renata Coradin, Fabricia Zulin 88 Nayara Claudia Cardoso, Jonathan Gomes de Moraes

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#85

#86

#87

#88


PARTICIPANTES

89 Renata Ramalho, Edgar Garcia, Karla Figueiredo de O. Gomes, Jose Renato de Oliveira Gomes 90 Lorran Siqueira Sergio Vieira Rodrigo Maçonilio Anariá Ladeira, André di Gregorio de Toledo 91

#89

#90

Larissa Arruda, Wilivan Pereira Da Silva

92 Karla Giró Lacerda de Carvalho Karina Giró Lacerda Roni Carlos dos Santos Crispim Andréa da Costa Carvalho Almeida Lopes Rodrigo Motta de Carvalho 93 Marcos Monteiro, Luan Poiani ,Jonatas Barros Zula Matias, Henrique Fina, Marcelo Luiz Ursini, Maria do Carmo Vilarino, Luis Mauro Freire 94 Aline Franca, Luana Pedrosa, Priscilla Bernatoviz, Ana Carolina Fernandes, Rafael Igayara, Cecília Góes, Mario Tavares Silvia Stocche, Miguel Lacombe de Góes e Vasconcellos

#91

#92

95 Gabriela Lira Dal Secco Marcus Rosa Ricardo Felipe Gonçalves, Matheus Marques Rodrigues Alves 96 Michella Pereira de Moraes, Ricardo Clayton Borges Teixeira

#93

#94

#95

#96 185


PARTICIPANTES

97 Wesley Dias dos Santos, Lucas Gabriel Viotti, Leonardo Prudencio Barbosa, Jéssica Carolina Silvério, Jefferson Silvério 98 Neusa Cavalcante Monique Gasparelli Bravo de Almeida Marcia Urbano Troncoso Eliel Américo Santana da Silva Guilherme Veloso Floriano, Marcia Urbano Troncoso

#97

#98

99 José Luiz Noronha Cintra Daniel Martins Nogueira Helena Campos Carvalho, Mário Sérgio Rocha Cintra 100 Hepner

David Melo, Felippe Duca, Alexandre

101 Rogério Sousa Tecnorte Projetos e Construções Guilherme Cardoso Pinheiro, Djalma Soares Dutra Filho 102 Oldy Lisbôa Allan Forell Arq. Indiana Boscato Arq. Raul Macadar

#99

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103 Affonso Risi Leonardo Tannous Bruno Carnevalli Samuel Cabrera Andressa De Rosso Thomas Yulki Takeuchi Ludmila Marcon De Castro, Felipe de Almeida Winandy 104 Bruno Nunes, Ivo Antonio Caramelo Vasquez

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#101

#102

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#104


PARTICIPANTES

105 Bruna Bordin Wellington Nicastro Andressa Ruffino Emerson Scharan Vaciliev, Sheila Marcondes de Almeida Martins 106 Vivian Brune, Carla Demeterko, Barbara Becker, Carla Marques Demeterko 107 Isabella Brito, Huber Teixeira Costa, Felipe Sandri, Isabella Fonseca de Almeida Brito

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Petra Linkewitsch, Raphael Seixas

109 Rodolfo Luís Scuiciato Simone R. N. Born Aline Proença Train Karin Luciana Klassen Suzanna de Geus Moacir Zancopé Júnior Luciano Suski Igor Costa Spanger Fábio Domingos Batista

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#108

#109

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Coordenadora Arquiteta e Urbanista Carla de Rezende Castanheira Titulares Eder Rodrigues de Alencar , Arquiteto Urbanista indicado pelo IAB/DF Luiz Eduardo Sarmento Araújo, Arquiteto Urbanista indicado pela CODHAB/DF e IAB/DF Hugo Seguchi, Arquiteto Urbanista indicado pelo CAU/BR Li Chong Lee Bacelar de Castro, Engenheiro Civil indicado pelo CREA/DF Paulo Victor Borges Ribeiro, Arquiteto Urbanista indicado pela SEGETH

Suplentes Manuela Dantas Santos, Arquiteta Urbanista indicada pelo IAB/DF Claudemir José Andrade, Arquiteto Urbanista, indicado pelo CAU/BR Carlos Bruno Pedrosa, Engenheiro Civil indicado pelo CREA/DF Rejane Jung Vianna, Arquiteta Urbanista indicado pela SEGETH/DF Obs. De acordo com o informe nº 24, tendo em vista a indisponibilidade do profissional Li Chong Lee Bacelar de Castro, engenheiro Civil indicado pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Distrito Federal (CREA/DF), de compor a Banca de Julgamento deste certame, bem como a do seu suplente, o engenheiro Civil Carlos Bruno Pedrosa, de substituí-lo neste processo, a arquiteta e Urbanista Manuela Dantas Santos, previamente indicada pelo Instituto de Arquitetos do Brasil, Departamento de Brasília (IAB/DF) para a função de suplente passa a compor esta Comissão Julgadora como membro títular. Obs. De acordo com o informe nº 25, informamos a indisponibilidade do profissional Eder Rodrigues de Alencar, arquiteto urbanista indicado pelo IAB/DF, de compor a Comissão Julgadora deste certame. Tendo em vista que a sua suplente, a arquiteta urbanista Manuela Dantas Santos passou, conforme o informe nº 24, a substituir o profissional Li Chong Lee Bacelar de Castro que, junto com o seu suplente, também não poderão estar presentes na formação desta Banca, o arquiteto urbanista Bráulio Romeiro, passa a compro este Júri como membro titular.

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CONCURSO UNIDADES HABITACIONAIS COLETIVAS

samambaia 189


#1 lugar 190


Região Administrativa de Samambaia | DF, assim como colaborar na construção de uma nova urbanidade, requalificando os 5 terrenos programados para implantação. Com a premissa de que “construir habitação é construir cidade”, o edifício se insere no sítio e dialoga com ele de forma aberta, liberando visuais e relações espaciais com o entorno e baseando o partido do projeto em 5 conceitos principais: DENSIDADE | ECONOMICIDADE | DIVERSIDADE | IDENTIDADE | SUSTENTABILIDADE

DENSIDADE A proposta busca utilizar o máximo potencial construtivo do terreno. Atendendo as características e parâmetros da legislação local, como aexigência de 1 vaga de estacionamento por unidade habitacional, o projeto tem especial atenção ao cone visual para cálculo dos recuos que estabelecem o número máximo de pavimentos permitidos e também ao aproveitamento da área máxima de construção (coef. 3,5) que resulta em 3.150 m2 de área computável. Pensando em uma solução que possa ser replicada nos 5 lotes previstos para implantação, chegamos ao número total de 54 UH para o lote inicial, distribuídos em 9 pavimentos tipo, térreo com áreas de acesso e convivência e mais 2 subsolos de garagem. ECONOMICIDADE Tendo em vista a racionalidade construtiva e a economia de recursos que o tema exige, o projeto adota como sistema construtivo principal a alvenaria estrutural em blocos de concreto e laje pré-fabricada para os pavimentos tipo. O embasamento e subsolos são previstos em concreto moldado in loco permitindo a transição para vãos com dimensão adequada as respectivas funções destes pavimentos. A solução atende as necessidades estruturais ao mesmo tempo que permite a otimização e economia nos processos, reduzindo o desperdício no canteiro de obras. DIVERSIDADE Para reduzir a aparência monolítica da edificação, acentuada pelos terrenos com testadas de mesma dimensão, se propõe uma fragmentação volumétrica, através da subtração de segmentos que possibilitam elaborar um interessante jogo de cheios e vazios, quebrando a monotonia de um volume único. A implantação em forma de “catavento”, posiciona unidades nas quatro fachadas, criando “olhos para a rua” que estabelecem diálogo e relações

visuais com o entorno imediato. Nas fachadas a alternância de cores, texturas, posicionamento entre janelas, varandas e painéis de veneziana qualifica as fachadas e confere maior dinamismo ao edifício. IDENTIDADE O projeto valoriza e potencializa a convivência entre os usuários e a sua relação com o entorno imediato como forma de reforçar a identidade do edifício e sua apropriação pelos moradores. As famílias que serão os novos ocupantes vivem hoje em comunidades, onde se ajudam e estreitam laços de amizade, por isso achamos essencial disponibilizar espaços para que estas relações continuem se estabelecendo. Como as unidades possuem áreas exíguas em função da economia de recursos, entendemos que estes espaços de convívio não são um “desperdício”, mas sim uma “oportunidade”, possibilitando inúmeros usos e atividades coletivas, como: solário para secar roupas, recreação infantil, leitura, jogos ou dominó entre idosos, churrasqueira, horta comunitária ou simplesmente um espaço para encontro, bate-papo ou contemplação da paisagem do entorno. Junto ao acesso principal se propõe a criação de uma praça arborizada que possa articular o edifício ao sistema viário existente e aos demais equipamentos próximos, como ciclovia e jardim de infância, qualificando o espaço público e estabelecendo a devida conexão com o entorno imediato. UNIDADE As unidades atendem as diretrizes do Programa Minha Casa Minha Vida, da Norma de Desempenho NBR 15.575 e da Norma de Acessibilidade NBR 9050. Procurando eliminar o efeito enclausurado das circulações

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fechadas, o projeto propõe o acesso às unidades através de passarelas “soltas” das paredes laterais, estabelecendo novas relações visuais entre os pisos, ao mesmo tempo que permitem a mínima privacidade com o afastamento entre as janelas de serviço e as circulações comuns, possibilitando maior ventilação e iluminação natural. Os conectores “individualizam” o acesso às unidades e delimitam um espaço semi-público, como uma extensão da moradia, onde os respectivos moradores podem colocar uma cadeira para conversar com o vizinho, um vaso ou mesmo uma bicicleta. Buscando proporcionar uma moradia digna, com espaços com dimensões adequadas e o máximo de aproveitamento da iluminação e ventilação natural, os cômodos principais - quartos e sala estão localizados nas faces externas para maior privacidade. No trecho central se concentram as áreas “molhadas”: sanitário, cozinha e área de serviço, que conta com cobogó em concreto que possibilita ventilação permanente. Na sala foi criada uma pequena sacada que amplia a sensação e o uso do espaço interno da unidade. As plantas permitem flexibilidade e fácil adaptabilidade para as unidades de PNE. A implantação do edifício segue o mesmo padrão para os 5 terrenos propostos pelo edital, recebendo pequenos ajustes nas cotas de implantação e acessos. O partido foi pensado para permitir fácil adaptação caso seja necessário reduzir o número de unidades face limitações do número de pavimentos ou vagas de estacionamento, sem comprometimento da sua proposta funcional e volumétrica. SUSTENTABILIDADE Alinhado com os conceitos de responsabilidade ambiental,

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o projeto adota estratégias de aproveitamento dos recursos naturais, eficiência energética e conforto ambiental e caso necessário, poderá receber certificação ambiental como o LEED, AQUA, Selo Azul da Caixa Econômica Federal ou Procel Edifica. 1. Construção e materiais: uso de alvenaria estrutural e lajes pré fabricadas otimizando os processos e evitando o desperdício no canteiro de obras com formas e quebras de material. Uso de elementos modulares, materiais não poluentes, com teor de reciclagem ou recicláveis. 2. Energia: aproveitamento da iluminação natural através do vazio central diminuindo e evitando o uso desnecessário da iluminação artificial. Uso de painéis solares para aquecimento da água, iluminação das áreas comuns em LED, temporizadores, sensores de presença e medidores individualizados. 3. Água: redução do uso de água potável com coleta e tratamento das águas pluviais para reuso em vasos sanitários e irrigação de jardins. 4. Conforto Ambiental: uso de ventilação cruzada em todas as unidades potencializada pela planta em catavento e pelo efeito chaminé do átrio central. Janelas piso-teto para aproveitamento da iluminação natural e a adoção de beirais em laje projetada (60 cm) e venezianas para proteção solar e de chuvas nos ambientes de permanência prolongada. Equipe Antonio Abrão, Andréia Ferrari, Victor Escorsin, Eduardo Cecco, Patrícia Sledz, Manoel Izidro Coelho


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#2 lugar 198


A proposta para um edifício residencial em Samambaia pretende atender as condições formuladas no edital e contribuir com a discussão sobre a questão da habitação em Samambaia e no Distrito Federal. O terreno se insere em um ambiente urbano característico das cidades do entorno de Brasília, caracterizada pela frágil relação entre os espaços públicos e privados. Assim, topografia, apresentam-se com relevância na proposta do edifício, além de ocorrências diversas impostas pelo urbanismo: a ciclovia, o acesso viário e a presença da 2ª Avenida, o adensamento crescente das áreas multifamiliares e seu convívio imposto aos terrenos unifamiliares. A normatização implica em restrições às áreas de convivência no edifício ao serem, estas, computadas na Taxa Máxima de Construção. Assim, as normas do programa Minha Casa Minha Vida somadas à exigência legal de uma vaga para veículos por unidade habitacional resultam possivelmente em uma construção desprovida de áreas de convívio cobertas se consideradas as recomendações de economicidade. Como alternativa, foi proposto a ocupação da cobertura com áreas descobertas destinadas ao uso uso comum dos moradores. O edifício foi subdividido em dois blocos, interligados por uma ponte metálica que atua como junta de dilatação na estrutura. São oito pavimentos com sete apartamentos por laje totalizando 56 unidades. Foram respeitadas as condições de acessibilidade e a possibilidade de unidades adaptáveis para PNE, desta vez não por imposição legal, mas uma questão ético-conceitual. A separação em blocos permite a ventilação e iluminação direta dos apartamentos e espaços de uso comum nas circulações. As aberturas nos ambientes de permanência prolongada foram protegidas com beirais e brises verticais móveis, favorecendo a manutenção e a ventilação cruzada no interior das unidades. A opção pela ocupação do terreno com empenas cegas nas divisas permitiu uma distribuição mais homogênea e econômica das unidades habitacionais, além de um perímetro reduzido do edifício que favorece a ocupação máxima do terreno, mantendo a qualidade espacial para os moradores.

VENTILAÇÃO A organização espacial das unidades propicia ventilação cruzada através de janelas elevadas ao longo das cozinhas e sanitários. O espaço entre os blocos habitacionais propicia apartamentos vazados com ascenção do ar entre os edifícios, propiciando renovação constante e consequente queda na temperatura. PROTEÇÃO SOLAR O isolamento térmico foi feito com paredes de alvenaria de blocos cerâmicos furados entre as unidades e nos fechamentos externos, aliadas ao prolongamento das lajes de cada pavimento, que passam a funcionar como brises horizontais de concreto. Entre as lajes, brises metálicos móveis verticais complementam a máscara de sombra das fachadas. COBERTURA Na cobertura de um dos blocos, uma área descoberta devolve o solo ocupado pelos estacionamentos ao lazer dos moradores. Na cobertura do segundo bloco serão dispostas placas solares e coletores de águas pluviais para reuso em vasos sanitários e limpeza das áreas coletivas. PERMEABILIDADE Quanto à drenagem das águas pluviais, em conformidade com o Código de Obras e Edificações do Distrito Federal, de 2008 e Decreto 35.363- 2014, 10% do terreno será destinado à área verde permeável e outros 10% serão convertidos em caixa de retenção e reinfiltração. A área em solo natural foi destinada à porção frontal do terreno, amenizando o impacto no edifício na paisagem.

Equipe Felipe Sandri, Huber Teixeira, Isabella Brito, Pablo Paulse

Os demais terrenos objeto do concurso não apresentam situações idênticas ao lote da Quadra 503, embora sejam ajustáveis ao projeto com relativa simplicidade.

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#3 lugar 204


Procuramos uma identidade com as heranças da arquitetura habitacional no Brasil, principalmente aquelas que moldaram as propostas inovadoras juntamente com a construção de Brasília, vindas do Rio de Janeiro, São Paulo, e todo o centro, norte, sul e nordeste do país, que hoje reaparecem recicladas na nova geração de arquitetos e arquitetas por todo o território nacional. De concepção simples, modulada, a edificação pousa naturalmente sobre uma base, proporcionando um pilotis suspenso, convidativo, um local para o lazer e recreação das crianças e moradores, ventilada, desfrutando ainda de vistas livres para as faces abertas dos terrenos, uma vez que o controle e fechamento dá-se no nível térreo inferior, nas faces frontais aos lotes. A proposta procurou atender a um maior número de famílias, a partir de estratégias de baixo impacto ambiental, com sistema construtivo racional, de fácil execução e manutenção, procurando as orientações mais favoráveis para as incidências solares nas fachadas. Foram contemplados 42 apartamentos, distribuídos em 07 pavimentos com 06 unidades por andar. As vagas de garagem, na proporção de uma para cada apartamento, foram distribuídas em um subsolo, um pavimento térreo inferior na cota de soleira e de acesso geral, e parte no pavimento térreo superior, funcionando como pilotis elevado. Apesar da implantação proposta referir-se especificamente ao lote QR- 503 CJ 9-A LT 04, a estratégia é perfeitamente replicável aos demais endereços indicados pela Codhab/DF, atingindo todos eles a área máxima de construção de 3.150 m2, nos passando a segurança de estarmos aproveitando totalmente o potencial do investimento público em questão. Procuramos uma identidade com as heranças da arquitetura habitacional no Brasil, principalmente aquelas que moldaram as

propostas inovadoras juntamente com a construção de Brasília, vindas do Rio de Janeiro, São Paulo, e todo o centro, norte, sul e nordeste do país, que hoje reaparecem recicladas na nova geração de arquitetos e arquitetas por todo o território nacional. De concepção simples, modulada, a edificação pousa naturalmente sobre uma base, proporcionando um pilotis suspenso, convidativo, um local para o lazer e recreação das crianças e moradores, ventilada, desfrutando ainda de vistas livres para as faces abertas dos terrenos, uma vez que o controle e fechamento dá-se no nível térreo inferior, nas faces frontais aos lotes. A proposta procurou atender a um maior número de famílias, a partir de estratégias de baixo impacto ambiental, com sistema construtivo racional, de fácil execução e manutenção, procurando as orientações mais favoráveis para as incidências solares nas fachadas. Foram contemplados 42 apartamentos, distribuídos em 07 pavimentos com 06 unidades por andar. As vagas de garagem, na proporção de uma para cada apartamento, foram distribuídas em um subsolo, um pavimento térreo inferior na cota de soleira e de acesso geral, e parte no pavimento térreo superior, funcionando como pilotis elevado. Apesar da implantação proposta referir-se especificamente ao lote QR- 503 CJ 9-A LT 04, a estratégia é perfeitamente replicável aos demais endereços indicados pela Codhab/DF, atingindo todos eles a área máxima de construção de 3.150 m2, nos passando a segurança de estarmos aproveitando totalmente o potencial do investimento público em questão. Equipe Ana Carolina Moreth, Isabella Souza, Maria Eduarda Millington, Rodolfo Marques, Ana Orefice, Hermes Romão, Igor Campos, Nonato Veloso

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#menções honrosas Foram recebidas 116 propostas em formato eletrônico dentro do prazo definido no cronograma do concurso. Após o júri decidir acerca do método de avaliação dos projetos, dentro dos critérios estabelecidos nas Bases do Concurso, foram definidas as etapas e a escolha dos estudos. A Comissão Julgadora deliberou outorgar Menções Honrosas às seguintes propostas: Estudo Preliminar número 459, pela generosidade do térreo e a relação da edificação com o contexto urbano; Estudo Preliminar número 476, pela expressão formal e concisão do pavimento tipo; Estudo Preliminar 506, pelo tratamento das aberturas de fachada e pela escala agradável de acesso de pedestres ao edifício; Estudo Preliminar 512, pela implantação e a sua relação com o espaço urbano; Estudo Preliminar 543, se destaca pela sutileza da relação entre as escalas horizontal e vertical; Estudo Preliminar 547, pela economicidade na solução das garagens e tratamento plástico das fachadas.

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MENÇÃO HONROSA

ESTUDO PRELIMINAR NÚMERO 459 REPUBLICA Arquitetura + MARCOZERO Estúdio: Luciano Margotto, Cristina Tosta [REPUBLICA], Davi Eustachio, Pedro Coltro, Thiago Vita [MARCOZERO] | Colaboradores: Rafael Chung, Pedro Santana | Consultoria de Conforto Ambiental: K2 ATL Projetos e Consultoria: Sofia Luri Kubo e Thomas Forster | Consultoria de Estruturas: Kurkdjian & Fruchtengarten: Jorge Zaven Kurkdjian

MENÇÃO HONROSA

ESTUDO PRELIMINAR NÚMERO 476 Paulo Noguer, Luis Taboada, Carolina Fukumoto, Carolina Freire, Lilian Dal Pian, Renato Dal Pian

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MENÇÃO HONROSA

ESTUDO PRELIMINAR NÚMERO 506 Pedro Amin Tavares, Bernardo Richter, Fernando Caldeira de Lacerda, Helena Engelhardt Wenzel de Carvalho , Priscila Milena Vicentim, Guilherme Figueiredo Teixeira Araújo, Maria Isabel Seibel Reis

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MENÇÃO HONROSA

ESTUDO PRELIMINAR NÚMERO 512 Felipe Taroh Inoue Sanquetta, Astrid Harumi Bueno, Leonardo Venâncio, Mariana Steiner Gusmão, Marcelo Miotto, Martin Kaufer Goic, João Gabriel Rosa, Fabio Henrique Faria, Emerson Vidgal, Eron Costin

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MENÇÃO HONROSA

ESTUDO PRELIMINAR NÚMERO 543 0E1+MASA Ana Cristina Castagna, Gabriel Giambastiani, Anna Carolina Manfroi, Mario Guidoux, Martin Pronczuk, Santiago Saettone, Camila Gomez

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MENÇÃO HONROSA

ESTUDO PRELIMINAR NÚMERO 547 Carolina Baltar, Tiago Tardin, Robertson Souza, Daniel Sousa, Raíssa Rocha, Celio Diniz

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PARTICIPANTES

1 Paolo Ridolfi, Raquel Agostinho Barbosa, Bruno Veiga 2 Regina Aderaldo Rubini Malu Magalhães Sanches Tatiana Yuka Inagaki Shimizu, Eduardo Hideo Suzuki 3 Michella Pereira de Moraes, Ricardo Clayton Borges Teixeira

#1

#2

4 Enga Cristiane Silveira de Lacerda Engo. Paulo Rafael Cadaval Bede Arq Urb. Yasmin Braga Alves e Silva Arq. Urb. Felipe de Paula Campolina, Joel Campolina 5

#3

#4

Carla Gabriely De Oliveira Bessa

6 Republica Arquitetura + MARCOZERO Estúdio: Luciano Margotto, Cristina Tosta [REPUBLICA], Davi Eustachio, Pedro Coltro, Thiago Vita [MARCOZERO] | Colaboradores: Rafael Chung, Pedro Santana | Consultoria de Conforto Ambiental: K2 ATL Projetos e Consultoria: Sofia Luri Kubo e Thomas Forster | Consultoria de Estruturas: Kurkdjian & Fruchtengarten: Jorge Zaven Kurkdjian 7 Letícia Carvalho Ferraz João Paulo Roquete Filipe Freire Pederneiras Barbosa Haiko Cirne Sinnema 8 Felipe Arantes Silva Franklin Roberto Ferreira de Paula Leonardo Maniscalco Teixeira Eduardo Martin Merkel Gabriel Vieira Freitas Michel Goldmacher Rafael Barboza Storch Adriana Loureiro Junquer Collet Tiago Azzi Collet e Silva

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#5

#6

#7

#8


PARTICIPANTES

9 Isabella Bassani, Audrey de Lima, Dalva Marques de Medeiros, Renato Martins Andrade, Erika Mello Minetti, Renato Martins Andrade 10 Felipe Hanna, Georgia Duran, Bruno Godeiro, Verônica Magalhães, Ana Cecilia Santos, Ana Lancellotti, Camilo Pablo de Lannoy

#9

#10

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Rodrigo Velasco

12 Andreia Campos, Paulo Henrique de Assis Campos, Silvio Romero Fonseca Motta, William Ramos Abdalla 13 Paulo Doneux, Carlos Melo, Natasha Campusso, Tiago Fugimoto, Yara Andrade, Cristiano Miranda, Antonio Malicia, Rogerio Batagliesi 14 Rafael Cohen, Patrícia Sturm, Luiz Henrique Lourenço Kamal Yasbek, Caio Ferraz de Almeida Prado, André Mesquita Britto, Marcio Novaes Coelho Jr, Silvio Sguizzardi

#11

#12

15 0E1+MASA Ana Cristina Castagna, Gabriel Giambastiani, Anna Carolina Manfroi, Mario Guidoux, Martin Pronczuk, Santiago Saettone, Camila Gomez, Ana Cristina Castagna 16

#13

#14

#15

#16

Alexandre Luiz Gonçalves

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PARTICIPANTES

17 Sergio Vieira, Rodrigo Maçonilio, Anariá Ladeira, André Di Gregorio De Toledo 18 Beatrice Onofre Amorim, Cátia de Faria Mutton, Maurilio Lobato 19 Marcos Bombonato, Mauricio Lam, Raphael Edo, Ararê Sennes

#17

#18

20 Robson Ricardo Barbosa, Nathalia Tavares, Sarli Ketryn Reusing, Julio Charles Boni, Eduardo Baptista Lopes 21 Luana Pedrosa Priscilla Bernatoviz Beatriz Gabriades Ana Carolina Fernandes Rafael Igayara Cecília Góes Mario Tavares Silvia Stocche, Miguel Lacombe de Góes e Vasconcellos 22 Vinícius Antonelli de Souza, Isabela Dutra Campos 23 Joana Leonara de Brito Vale, Vinícius Luiz Lima Souza, Raimundo Dias Filho

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#19

#20

#21

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#23

#24

24

Fabiana Santos Araújo


PARTICIPANTES

25 Felipe Sandri Huber Teixeira Isabella Brito Pablo Paulse 26 Matheus Gaglietti Candido, Cesar Golin, Marcelo Perini Moojen 27 Tecnorte Projetos e Construções Rogério Sousa, Guilherme Cardoso Pinheiro, Djalma Soares Dutra Filho

#25

#26

28 Marina Moraes, Emily Schaaf, Carolina Fritz, Cristiane Gerhard, Jonathan Collares, Anderson Rafael Spindler, Alan Astor Einsfeldt 29 Danielle Kran Rocha Mariana Pessoa de Mello Cartaxo Emileide Rodrigues Coimbra, Tiago Reges Da Silva 30 Daniela Werneck, Joâo Francisco Walter, Larissa Almeida Martins Pontes, Victor Villar de Queiroz Milani, Felipe Miranda Rodrigues, Rodrigo Mônaco Biavati, Sergio Roberto Parada

#27

#28

#29

#30

#31

#32

31

Luís Henrique Resende Cunha

32 Maria Aparecida Jesus Freitas de Morais, Gerson Elieser Freitas de Morais

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PARTICIPANTES

33 34

Clara Urbano, Pedro Morais Manoel Felipe Barletta Dória Guimarães

35 Marina Pereira, Marina Novaes, Stela da Dalt, Natália Harumi Tanaka, Luís Tavares Guido, Otero Bhakta Krpa, Ricardo Lopes Gusmão

#33

#34

36 Pedro Amin Tavares, Bernardo Richter, Fernando Caldeira de Lacerda, Helena Engelhardt, Wenzel de Carvalho, Priscila Milena Vicentim, Guilherme Figueiredo Teixeira Araújo, Maria Isabel Seibel Reis 37 Aline Machado de Campos Santoro, Elaine Cristina Morales Cabrini 38 Fernanda Sorgi Camilla do Valle, Larissa Couto Fran Jacomé, Rafael Martins, Kelly Espigar, Hildeandro Rocha, Daniel Alvetti, Maria Lidia Ferreira, Mayara Nemetala, Julio Roberto Crosara Testa

#35

#36

39 Thomas de Almeida Ho, Patricia Mieko Sato, Gustavo Madalosso Kerr, Fábio Massami Onuki, Denis Joelsons, Helena Ayoub Silva, Helena Aparecida Ayoub Silva 40 Gleryston Maxwell Marques de Farias, Matheus Gomes Maciel, Igor Vidal De Lucena Dantas, Erick Vinícius Silva da Cunha, Tulio Feitosa Duda Paz, Marcelo de Brito Barros

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#37

#38

#39

#40


PARTICIPANTES

41 Tiago Cesar Soares Maiki, Juliana Klemann, Elisandra Cristina Gonçalves Macedo, Bruno Luiz Gonçalves, Camila Rafaela Chiarelli, Camila Rafaela Chiarelli 42 Wivian Patricia Pinto Diniz, Thiago Guidolin de Oliveira, Carlos Henrique Bianco, Francielle Buss, Felipe Guerra Assumpção

#41

#42

43 Éléonore d’Hauterives, Raquel Drummond, Davide Sacconi Matteo Costanzo, Gianfranco Bombaci Mehdi Allani, Alessandro Scialdone, Marina Beatriz Tello Oliveira 44

Ricardo Antonio Alpoim de Santana

45 Ana Carolina Moreth, Isabella Souza Maria, Eduarda Millington, Rodolfo Marques, Ana Orefice Hermes Romão, Igor Campos, Nonato Veloso 46 Cristian Fagundes, Rosana Alves, André Denardin, William Dal Carobo, Bruno Cassol , Jenifer Vescia, Estevan Barin

#43

#44

47 Sandro Barbosa de Bernardi, Maria Constanza de Freitas Cherulli, Bárbara Fonseca de Souza, Bárbara Fonseca de Souza 48 Licyane Cordeiro, Luiz Henrique Felipe, Olavo Manoel Terron Neto, Luiz Jorge, Pedro Bom, Carlos German Flores, Juliana Lahoz Amir Samad Shafa, Leonardo Hauer, Cleverson Tramujas

#45

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#47

#48 221


PARTICIPANTES

49 Bruno Elias, Pedro de Andrade Kersten Armond, Vinicius Loezer Arruda, Katia Aline Schurhaus, Ana Flávia Montrucchio Ilkiu, Adrielle Ramos Souza, Libia Patrícia Peralta Agudelo, Sergio Auriquio Newton 50 Marcela Goraieb Jamile Nassif, Bernardo Cleto Duarte e Telles

#49

#50

51 Fernanda Carámbula Arteche, Julio Pablo Pereyra Segovia 52 Daniel Robert Camila Régia Lorena Maria Ramos Sidney Warney Chaves, Geraldo Alves Pereira Junior 53 Euclides Cândido de Freitas Júnior Luiz Sávio Barbosa Pereira André Picolo Catelli, João Gilberto de Carvalho Accioly 54 Robinson Cueva Jaire Cagigal, Gabriel Troncoso, Emily Miranda, Claudia Karina Resende, Fabricia Zulin Esteban, Jaramillo Christine Van Sluys, Renata Fragoso Coradin

#51

#52

55 Manuela Oliveira, Natalino Santana dos Santos, Thainá Oliveira, Briam Silva, Lucas Rodrigues, Larissa Kalume, Lucas de Melo Bassalo, Marina Dias Moreira, Anna-Beatriz Bassalo Aflalo, Ana Brotherhood, Brena Tavares Bessa, Flávio Campos do Nascimento, José Maria Coelho Bassalo 56

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#53

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#55

#56

Abner Mesquita de Souza


PARTICIPANTES

57 Günther Kaltmaier Jr., Cristian Burg, Luan Natan, Bruno Zietz, Arthur Rodrigues Seratiuk 58 Rumi Katsumoto Midori Katsumoto, Ricardo Barelli, Daniela Itida, Claudio Aguiar, Claudio Manoel Correa de Paula Aguiar 59

#57

#58

Marcos Teodoro Gomes

60 Aldo Lanzi, Pablo Míguez, Diego Míguez, Emiliano Etchegaray, Alexis Arbelo, Pedro Ichimaru Bedendo 61 Ronaldo Araujo Mario, Marcio Santos, Alber Neto, Fabricio Alvarenga Aristides, Inacio Marquer, Joao Pedro Mota, Julia Regis, Helisa Rangel, Flavia Pereira, Bernardo Barreto, Bianca Escocard, Mário Márcio Santos Queiroz 62 Wagner Moura, Alex Souza, Beatriz Menezes, Bruna Aoki, Giacomo Favilli, Gustavo Hiriart, Michelle Jean De Castro

#59

#60

63 Ismar Tulio Curi, Maíra Fernandes Silva, Sheila Naomi Goto, Fernando Shigueo Nakandakare, Ana Carolina Contaldi F. Andrade, Lilian Pires Staningher 64 Clarissa Machado, Thais Campelo, Renata Ruas, Juliana Cruz, Luana Seixas, Kaline Kalil, Giovanna Portela, Flávia Porto, Carlos Campelo

#61

#62

#63

#64 223


PARTICIPANTES

65 Ketryn Reusing Alessandro VAsconcellos Alano, Charles Boni 66 Felipe de Moraes Madeira, ROBERTO SOUZA GUEDES 67 Karen Martinez Fernanda Querido Luciana Braga Thais Watanabe Daniel Calderón, Ricardo Ferraz Braga

#65

#66

68 Ana P. Soares, Fabiano Silva Santini ,Tsuo Ochi, Loraine de Biasi, Carmem Cardoso, Anna Paula Andriani, Ricardo Hage de Matos, Manolo Perez Vilches 69 Werner Falcão Coelho, Gabriela Duarte Vieira, Graziela Bastos Ribeiro, Osvaldo Luiz Freitas de Souza, Augusto Cesar Oliveira De Castro 70 Paulo Noguer, Luis Taboada, Carolina Fukumoto, Carolina Freire, Lilian Dal Pian, Renato Dal Pian, Renato Dal Pian

#67

#68

71 Dionísio Augusto Americano de Neves e Souza, Camille Marshall Zita Strhc, Vanessa de Souza, Rodrigo Matos, Leticia Mendonça, Jenifer Kinnunen, Émile Frémont, Vera Cantante, Leandro Balbio, Cristian Sigulin, Jorge Mario Jauregui 72 Raniere Souza, Gabriela Lamounier Olivia Nasser, Claudio Sá, Miguel Costa Ramirez

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#69

#70

#71

#72


PARTICIPANTES

73 Davi Valença Reis de Moraes, Carlos Rogério de Campos Brito 74 Izabela Bombo Gonçalves, Gustavo Henrique dos Santos Pereira, Paula Rocha do Amaral Marino, Carlos Henrique Rocha do Amaral Marino 75

#73

#74

Fernando Parreira Guimarães

76 Aline Kochan Diogo Veluza Barros Paulo Catto Gomes Isadora Marchi de Almeida Diogo Cavallari Bella, Victor Berbel Monteiro 77 Andrey Alves Rafael Augusto Rena Romani, David Sergio Salvador Herrig 78 Guilherme Kubaski, Luiz Felipe de Mello Santo Nicola 79 Carolina Baltar, Tiago Tardin, Robertson Souza, Daniel Sousa, Raíssa Rocha, Celio Diniz

#75

#76

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#78

#79

#80

80 Antonio Abrão, Andréia Ferrari, Victor Escorsin, Eduardo Cecco, Patrícia Sledz, Manoel Izidro Coelho

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PARTICIPANTES

81 Samara Braga, Luis Felipe Mantovani, Mayara Coimbra, Ivana Cabral, Gisele Bueno Layane Nunes, Ivana Cabral 82 Lucas Cunha Chayene Cardoso Amanda Domingues Levy Vitorino Camila Reis Camila Paim Eduardo Ferroni Pablo Hereñú

#81

#82

83 Sebastião Mendes, Leticia Cunha Alencar, Dione Alves dos Santos, Diego Tudesco Teixeira Silva, Sylvio Emrich de Podestá 84 Gabriel Sepe, Rafael Urano, José Paulo Gouvêa, Luiz Solano, Gabriel Biselli, Flávio Bragaia, Guilherme Pianca 85 Gabriela de Miranda, Lauria Rodrigo Oliveira Sena, Rodrigo Carvalho Simões de Oliveira Motta, Lucas Paes Ferreira, Augusto Carvalho Simões de Oliveira Motta, Alexandre Prisco Paraíso Barreto, Alberto Rafael Cordiviola Akemi Tahara

#83

#84

86 Luciana de Moura Valim, Pedro Carlos Correia da Silva, Lucas Felliphe Santos de Mello, Marcos Filipe Cándeas Guimarães Berenguer, Mayra Costa de Lima, Catharine Emilia Aguiar de Araujo Lucíola, Nice Queiroz Ferreira, José Euclides Queiroz Ferreira, Tamires Cristine Da Silva Bezerra 87 Luan Poiani, Jonatas Barros, Zula Matias, Maria Do Carmo Vilarino, Marcelo Luiz Ursini Henrique Fina, Luis Mauro Freire 88 Verônica Aparecida Farias Lima, Myrian Souza Ramos Lima, Jhulyan Nayane Silva, Douglas Rabêlo da Silva, Ana Clara Da Costa Nogueira, Pricilla Pereira De Sousa Santos

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#87

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PARTICIPANTES

89 Otaviano Caran, Andrew Switzer de Guimaraes, Marcela Lopes, Juliana Mattos Guarize, Carlos Augusto Calmon Nogueira da Gama, Bernardo Diniz, Gabriela Ladaim, Tassia Soares Hoffmann 90

#89

#90

Luís Eduardo Loiola de Menezes

91 Thomaz Lanna Neves, Marcos Mascarenhas Franchini de Oliveira, Gabriel Nardelli Araújo, Laura Pinto Coelho, Mateus Almeida Nunes, Pedro Haruf Vilarino Espindola 92 Alex Ninomia Rosa, Clara Alves Tadeu Omae, Bianca Guariglia, Karin Kussaba, Mariana Gortan, Ana Carolina de Lima, Mariane Christovam Kathleen Chiang, Guilherme Gambier Ortenblad 93 Luiz Mattoso Cattony, Igor Lima Ribeiro, Bruno Perdigão de Oliveira, Bruno Melo Braga

#91

#92

94 Renan do Nascimento Balzani, Alefe Filipe de Lima, Leandro Silva Cruz, Thales Barnuevo, Leonardo Campos Barreto 95 Daniela Rabello, Pedro Seabra, Natalia Kato Aline Zorzo, Daniela Almeida Rabello 96 João Henrique Lima, Glória Tavares, Renata Carvalho Teixeira, Hamilton Bordalo Junior, Joaquim Augusto Gomes de Souza Meira

#93

#94

#95

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PARTICIPANTES

#97

#98

97 Silva

Samantha Ramos, Anelise Ramos Da

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Arnaldo Silveira Machado

99 Felipe Taroh Inoue Sanquetta, Astrid Harumi Bueno, Leonardo Venâncio, Mariana Steiner Gusmão, Marcelo Miotto, Martin Kaufer Goic, João Gabriel Rosa, Fabio Henrique Faria, Emerson Vidgal Eron Costin 100 Walfrido Dias Cavalcanti de Albuquerque Neto 101

Hiran Raimundo Alencar

102 Vinicius Sordi Libardoni, Thiago de Mello Brito, Juliana de Albuquerque, Gustavo Prado Fontes, Vitor Sadowski, Felipe Cemin Finger, Arthur Eduardo Becker Lins, Caique Gabriel Schatzmann

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#99

#100

#101

#102


PARTICIPANTES

103 Vinícius Miranda de Figueiredo, Vitor de Luca Zanatta, Talita Anelize Broering, Henrique Wosiack Zulian 104

Luiz Paulo Lages Calado Bezerra

105 Hector Gutierrez Luiz Felipe de Farias, Gabriel Velloso da Rocha Pereira

#103

#104

#105

#106

#107

#108

106 Carlla Laiz Ferronato Barros, Bruno Luiz Gomes de Freitas, Renato Pereira Lopes, Lucas de Matos Krasuski 107

Fabio Signorelli Costa

108

Augusto Alvarenga

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PARTICIPANTES

109 Rodolfo Luís Scuiciato, Simone R. N. Born, Aline Proença Train Karin, Luciana Klassen, Suzanna de Geus, Moacir Zancopé Júnior, Luciano Suski, Fábio Domingos Batista, Igor Costa Spanger 110 Eduarda Bacci, Matheus Leite, Sergio Gonzalez, Guilherme Verrone Gonzalez

#109

#111

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#110

#112

111

Claudio Antonio Castro de Orte

112

Joao Pedro Melo, José Ricardo Fois,


PARTICIPANTES

113 Renata Ribeiro, Ingrid Morais, Marcelo Palhares Santiago 114 Daniel Carvalho, Helder Livio Mendes Machado

#113

#114

#115

#116

115

Érika Socorro Novais

116

Marcelo Corte Real, Bruno Campos

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Coordenadora Arquiteta e Urbanista Adélia Margarida Massimo Ribeiro, Titulares Ruben Carlos Otero Márquez, Arquiteto e Urbanista contratado por meio do Edital de Concorrência 01/2016 Nonato Veloso, Arquiteto e Urbanista indicado pelo IAB/DF Roberto Simon, Arquiteto e Urbanista indicado pelo CAU/BR Luiz Eduardo Sarmento Araújo, Arquiteto e Urbanista indicado pela CODHAB/DF Raul Gradim, Arquiteto e Urbanista indicado pela SEGETH/DF Suplentes Ricardo Trevisan, Arquiteto e Urbanista indicado pelo IAB/DF Frederico Barboza, Arquiteto e Urbanista indicado pela CODHAB/DF Paulo Victor Borges Ribeiro, Arquiteto e Urbanista indicado pela SEGETH/DF Obs. De acordo com o informe nº 13, de 29.09.16, tendo em vista a indisponibilidade do Arquiteto e Urbanista Nonato Veloso (indicado pelo IAB/DF como jurado titular) de compor a Comissão Julgadora deste certame, o Arquiteto e Urbanista Ricardo Trevisan (indicado pelo IAB/DF como jurado suplente) passa a integrá-la como membro titular. Obs 2.: De acordo com o informe nº 15, de 06.10.16, tendo em vista a indisponibilidade de compor a Comissão Julgadora, por motivo de força maior, do Arquiteto e Urbanista Ricardo Trevisan (indicado pelo IAB/DF como jurado suplente), que já a integrava como membro titular em função da indisponibilidade do Arquiteto e Urbanista Nonato Veloso (indicado pelo IAB/ DF como jurado titular), o Arquiteto e Urbanista Frederico Barboza (indicado pela CODHAB/DF como jurado suplente) passa a integrá-la como membro titular.

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CONCURSO UNIDADES HABITACIONAIS COLETIVAS

sol nascente

_quadra 700

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#1 lugar 234


A constante busca pelo reconhecimento pessoal é encontrada no coletivo, onde a participação do indivíduo promove a UNIDADE através da UN lÃO. Políticas públicas buscam garantir o acesso a infraestrutura básica para toda a população, colaborando para a diminuição da desigualdade. Neste contexto, a arquitetura tem como desafio criar espaços que promovam a aproximação social, onde cada cidadão exerce ofícios perante a sociedade que contribuem para o aprimoramento pessoal, mas principalmente, intervém em resultados coletivos, essenciais para o desenvolvimento humanitário. O lazer e um dos principais indicadores de desenvolvimento, pois possui caráter revolucionário, já que e no tempo de lazer “que se encontram possibilidades de questionamento dos valores da estrutura social e das relações entre a sociedade e espaço” (Boisier, p.33, 1996). A resposta para a integração social está nos espaços públicos e sua vitalidade é consequência de um planejamento urbano qualificado, revelando a importância do arquiteto e urbanista. A necessidade de transformação das comunidades beneficiadas com projetos de habitação de interesse social revelou a importância do lazer como principal diretriz para a concepção da proposta. Considerando o entorno existente, as normas vigentes para projetos de interesse social e os índices urbanísticos locais, a aplicação do máximo potencial construtivo garantiu a densidade demográfica, otimizando a infraestrutura e oportunizando qualidade de vida para mais famílias, sem comprometer a qualidade das moradias. Por fim, a identidade do conjunto habitacional é reflexo da união entre as unidades, que fortalece a conexão com a cidade através de um eixo integrador que gera espaços de lazer e contribuem para o desenvolvimento social.

EIXO INTEGRADOR A implantação foi concebida através de um amplo eixo central, que articula todas as unidades habitacionais, explorando a peculiaridade natural de cada lote, que conta com espaço de horta comunitária. praça e playground, criando um corredor interativo, que preserva a identidade de cooperação encontrada nas comunidades. INTERCALANDO CHEIOS E VAZIOS Cada lote foi separado em duas partes - edificação e estacionamento - esta organização é intercalada na implantação geral, ampliando o eixo visual e garantindo melhor ventilação e iluminação natural para todos os prédios. VISUAIS E MOVIMENTO A composição arquitetônica foi idealizada atraves de três volumes soltos, com um único eixo de circulação vertical, localizado no centro da edificação, otimizando os acessos e prevendo espaço para instalação de elevador. Os blocos de cada prédio foram implantados de duas maneiras distintas, reforçando os eixos visuais propostos e rompendo a linearidade da implantação gerando movimento ao conjunto. PARTIDO ARQUITETÔNICO A composição arquitetônica foi idealizada através de três volumes soltos, comum único eixo de circulação vertical, localizado no centro da edificação, otimizando os acessos e prevendo espaço para instalação de elevador. Os volumes retangulares & estreitos são reflexo da aplicação dos módulos habitacionais gerando um afastamento central, articulados por passarelas de concreto, que dinamizam a circulação horizontal e potencializam a iluminação e ventilação natural do conjunto, aspecto fundamental considerando o clima quente e seco predominante na região.

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CONCEITUALIZAÇAO DOS MÓDULOS

FONTES RENOVAVEIS

Os ambientes atendem as medidas mínimas exigidas pelo programa de necessidades, sem comprometer a qualidade dos espaços e a acessibilidade. A otimização dos espaços gerou módulos compactos, que garantem a densidade demográfica, fator determinante em projetos de interesse social, que além de beneficiar um maior número de famílias, reduz os custos de implantação do projeto.

A reutilização de água pluvial armazenada em cisternas, garante o abastecimento das áreas comuns do conjunto e a manutenção das hortas comunitárias. A sustentabilidade também é incentivada a partir da conscientização para a reciclagem e utilização de transporte alternativo, através da central de coleta seletiva e do bicicletário.

O conjunto habitacional proposto conta com um total de 22 unidades habitacionais. Todos preveem a acessibilidade, sendo 5% destes, já adaptados para Portadores de Necessidades Especiais. Ambos os módulos seguem o mesmo conceito: os ambientes de longa permanência estão voltados para o exterior da edificação, garantindo maior incidência de iluminação natural e privacidade. Já os ambientes de serviço, com aberturas altas, estão voltados para a parte interna, onde concentram-se todas as instalações hidráulicas. Considerando o clima quente e seco predominante da região, a ventilação foi uma das principais diretrizes de projeto na elaboração dos módulos, garantindo a ventilação natural em todos os ambientes e a circulação cruzada oposta na área social. SISTEMA CONSTRUTIVO O projeto propõe o uso do bloco de concreto estrutural e laje painel com metodo construtivo, logo as dimensões dos módulos habitacionais são reflexo de sua paginação, garantindo a viabilidade econômica, otimização do processo e a uniformidade, essencial considerando que o conjunto da obra tem diferentes etapas de execução. O bloco de concreto natural, combinado com trechos de bloco pintado, esquadrias e guarda-corpo metálico se somam ao movimento dos volumes na fachada e garantem o dinamismo do edifício, o que busca romper a monotonia frequentemente associada a este sistema construtivo e a projetos de interesse social. As cores utilizadas remetem ao amanhecer, conceituando o nome do lugar Sol Nascente” e também auxiliam a identificação dos conjuntos habitacionais. SUSTENTABILIDADE MATERIAIS A utilização de sistemas modulares e pré-fabricados além de otimizar o processo e os custos de obra, reduz os resíduos, além disto toda as áreas molhadas foram concentradas e suas instalações foram distribuídas em uma única parede hidráulica. Deve ser priorizada a utilização de materiais locais, otimizando deslocamentos e valorizando a indústria regional.

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SOCIAL A concepção de um amplo eixo central articulador, gera um corredor interativo, que gera espaços de lazer e integração ao longo do percurso, estimulando as relações de vizinhança e a qualidade de vida das pessoas. MICROCLIMA A área verde existente em conjunto com o paisagismo proposto gera um microclima local, criando espaços de integração sombreado, harmonização, embelezamento, revitalização da área e resultam na redução das temperaturas. A vegetação proposta contempla espécies regionais que reduzem os custos de manutenção e principalmente, fortalecem a fauna e flora nativa. ILUMINAÇÃO E VENTILAÇÃO A implantação intercalada possibilita melhor ventilação e iluminação natural de todos os 14 conjuntos habitacionais. Enquanto a disposição dos blocos de cada prédio e a permeabilidade entre suas passarelas, garante a convecção do ar no edifício. Além disso, a organização dos módulos volta os ambientes de longa permanência para o exterior da edificação, garantindo maior incidência de iluminação natural, além da privacidade e ventilação cruzada oposta na área social. Equipe Jéssica Baringer, Amanda C. Fabeni, Leandro Sasse, Bruno Moreira Custódio


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#2 lugar 242


O projeto parte da premissa de que o conjunto de 14 edifícios deve atuar como agente catalizador fundamental à construção do espaço urbano, devendo ir além da proposição de uma sé¬rie de artefatos ensimesmados em seus próprios lotes. Morfolo¬gicamente, a região é caracterizada pela mistura de tipologias habitacionais individuais horizontais, chácaras produtivas e áreas de preservação permanente. Compõe-se uma paisagem heterogênea, descontinuada e fragmentada por grandes terrenos não edificados, que são características recorrentes de ambientes ur¬banos em pleno processo de desenvolvimento. A requalificação do espaço público da quadra 700 de Sol Nascente abrange não só a construção de habitação coletiva objeto deste concurso, mas também a construção de Equipamentos Públicos Comunitários de grande escala (ligados à educação, cultura, saúde, segurança pública e assistência social) e a implantação de extensos parques urbanos criados para proteger áreas de fragilidade ambiental e prover espaços para lazer e convivência ao ar livre. É evidente que ocorrerá uma transformação profunda deste território e pareceu fundamental que o projeto se comporte como um mediador que equalize a transição entre o tecido urbano existente e aquilo que está por vir. Nos pareceu acertado nos distanciarmos de partidos que fossem resolvidos, como um carimbo que repete lâminas ou pátios inte¬gralmente independentes e voltados para dentro de cada lote. De maneira simples, propusemos que cada edifício fosse um “L”, ou uma das quinas de conjuntos urbanos que se revelam na escala da quadra. Como resultado, foi possível chegar próximo ao limite do coeficiente de aproveitamento sem que fosse comprometida a qualidade urbana do conjunto ao passo que a área verde e permeável é generosa, as vistas dos ambientes de longa permanência são todas desimpedidas e voltadas ou para as vias públicas ou para as áreas de uso comum. Tirando proveito da oportunidade de ir além do desenho de um único lote de forma isolada, o projeto busca a partir da implan¬tação de seus edifícios e da distribuição de seus espaços livres, reverberar e conformar o desenho de toda a quadra e em última instância da cidade que nasce e se transforma. Desta forma, a escolha do partido procurou convergir e equilibrar as diversas escalas de projeto sem uma hierarquia pré-concebi¬da, abrangendo as questões construtivas das edificações e os parâmetros de qualidade urbana de igual para igual.

OS 5 LADOS DO QUADRADO Para cada lote, consideramos as diferentes características dos 5 lados des¬te “quadrado” – os 4 lados externos e o lado de dentro. Voltados para Avenida Silvio Madureira e o prolongamento da Via P5, os dois lados maiores provavelmente desenvolverão ao longo dos anos características de maior intensidade urbana, em decorrência do fluxo gerado pelos futuros equipamentos a serem implantados nas quadras lindeiras, pela entrada e saída de veículos das garagens e pela provável circulação de transporte público nestas vias. Pensando nisto foi proposto um extenso jardim que está plenamente articulado com as atividades cotidianas das calçadas, conformando uma praça linear junto aos edifícios propostos. Ainda no nível térreo, junto às vias de maior movimento, recuamos a projeção da garagem para que fossem criadas sob a projeção dos edifícios, pequenas áreas abertas cobertas - varandas públicas - que reforçadas por uma iluminação de caráter urbano se abre e se revela para o “teatro das ruas” - uma pequena gentileza do edifício junto ao meio urbano, que poderá abrigar os comerciantes de rua no dia-a-dia (pipoqueiros, sorveteiros, engraxates, etc) e em última instância, os encontros cotidianos. Nos andares superiores, munidas de varandas que realizam a transição entre o espaço externo e interno (tanto climática quanto visual), as unidades habitacionais se perfilam voltadas para a rua, criando uma fachada viva e vibrante. Complementarmente, sugerimos a criação de uma transposição junto à Via P5 que possibilite a travessia de pedestres e cicloviária entre a Quadra 700 (Vila Madureira) e a Quadra 500 (Condomínio Novo Horizonte). Já nos lados menores, voltados para as ruas transversais, propomos que, em contraste às vias principais, seja criada uma atmosfera mais pacata de menor intensidade urbana, conformando-se como o local ideal para a criação das entradas dos condomínios (mais próximos às esquinas) e a implantação das unidades adaptadas aos portadores de necessidades voltadas para a rua. No 5º lado, o lado de dentro, dada a ocupação perimetral dos lotes, consti¬tui-se uma ambiência exclusiva de cada quadra, uma espécie de paisagem particular compartilhada. Tendo isto em conta organizamos áreas de uso comum (solário, playground, pomar e horta) numa faixa central à quadra, criando uma tapeçaria coletiva partilhada, seja a partir do térreo ou do

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interior das unidades nos níveis superiores que, mais uma vez, intermediadas pelas varandas, abrem-se para este espaço. De uma forma simples, o fundo dos lotes torna-se uma nova frente – na paisagem não há limites, apenas unidade. Há de se frisar que cada lote foi tratado separadamente do ponto de vista fundiário, suas divisas foram integralmente mantidas e o partido foi pensado para permitir fácil controle de acesso e segurança. A instalação de portões e cercamentos, apesar de não serem necessários, pode ser feita fácil e pontualmente sem que a integridade do conjunto seja comprometida. A CONSTRUÇÃO DO ARTEFATO Visando obter os melhores índices de conforto, eficiência e economia de recursos, o projeto foi concebido considerando o máximo de racionalidade, modulação e empregos de materiais consagrados tanto por sua eficiência construtiva, quanto por seu custo e desempenho ambiental. Por estes motivos optamos por adotar a alvenaria estrutural de bloco de concreto e laje painel treliçada como sistema construtivo principal do edifício, abrindo exceção apenas nos estacionamentos para melhor aproveitamento das vagas. INÉRCIA TÉRMICA Inércia térmica é a solução que garante o desempenho térmico de edifícios para climas como o de Brasília com amplitude térmica alta no dia típico de verão. A inércia térmica atrasa e achata os picos de temperatura diários, deixando a faixa de temperatura

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interna numa zona de conforto para o usuário. A simulação em Energy Plus da temperatura interna da unidade do último pavimento em comparação à temperatura externa (gráfico 1) demonstra o nível “Intermediário” das edificações projetadas se¬gundo a NBR 15575 de desempenho térmico de edificações habitacionais. A inércia é garantida nas unidades com sistemas de estrutura e fechamento com materiais de alta densidade. Ressalta-se que os revestimentos internos propostos não são isolantes térmicos que inibem o efeito da inércia térmica (como gesso e lã de rocha). ISOLAMENTO ACÚSTICO A opção por um material denso de fechamento como o bloco estrutural de concreto, além de proporcionar uma alta inércia térmica, consequentemente garante o isolamento acústico do edifício e dos ambientes. PROTEÇÃO DA RADIAÇÃO SOLAR A cobertura dos edifícios é a superfície que recebe radiação solar direta por mais tempo e com maior intensidade. Por isso segundo a norma de desempenho NBR 15575 a unidade mais crítica que deve ser avaliada por simulação é a do último pavimento. Nos trechos sobre as unidades é utilizada telha em cor branca com alta refletância, isolamento térmico em lã de rocha (material de baixa densidade) e uma barreira de baixa emissividade em foil de alumínio para diminuir as trocas por radiação nas unidades do último pavimento. Nos trechos sobre as galerias de circulação, criamos uma cobertura sobrelevada composta de telhas opacas


e translúcidas apoiadas sobre perfis metálicos tubulares. A carta solar para a latitude de Brasília demonstra que todas as orientações recebem insolação, principalmente durante o verão. Para barrar de forma eficaz a radiação solar direta nas aberturas e fachadas, são utilizadas proteções solares horizontais contínuas com o ângulo limite de sombreamento α: 72°. A proteção solar horizontal é mais eficiente que a vertical pois barra a radiação solar direta nos picos de intensidade e sua forma contínua com o ângulo “α” infinito contribui com o mesmo efeito das aletas verticais. Venezianas em alumínio ajudam no sombreamento e são controladas de acordo com a necessidade do usuário. Portas venezianas de abrir em alumínio pinta¬das externamente de branco e internamente coloridas, permitirão ao prédio diferentes matizes ao longo do dia e ainda controlam a claridade e aumentam a privacidade dos quartos. A superfície externa branca das venezianas possui alta refletância e o alumínio, com baixa emissividade, não re-irradia calor para a unidade. ILUMINAÇÃO NATURAL A iluminação natural sem radiação direta (ofuscamento) foi premissa para o projeto dos ambientes internos. A opção da materialidade de pisos, paredes e forros em cores claras ajuda ao refletir e difundir a radiação solar difusa recebida. O átrio re¬cebe radiação solar difusa pela parte translúcida da sua cobertura e pelas laterais abertas. As superfícies internas do átrio em cores claras refletem a radiação difusa para as unidades. VENTILAÇÃO NATURAL

A ventilação natural, normalmente generalizada como solução de conforto térmico, se mal planejada pode levar as altas temperaturas do exterior para o interior da unidade e desfazer os atrasos dos picos de temperatura da inércia térmica. O projeto propõe a ventilação natural cruzada dentro da unidade com aberturas na altura do usuário. Para proporcionar velocidades do ar mais altas, as unidades opostas foram afastadas de tal forma que um átrio de circulação sombreado e ventilado se conforma, proporcionando trocas térmicas nas unidades. O térreo aberto e livre proporciona a ventilação das galerias de circulação e consequentemente das unidades. UMIDADE RELATIVA DO AR Além de sequestrar carbono e produzir oxigênio, a arborização proporciona sombras e microclimas com maior umidade relativa do ar. As trocas térmicas entre os microclimas criados e os edifícios resulta em uma umidade relativa do ar mais alta que por sua vez, proporciona melhores condições de conforto ambiental para os usuários. O solo com maior umidade também eleva a umidade relativa do ar em decorrência da inércia térmica das gotículas de água. A umidade relativa do ar mais alta proporciona menores amplitudes térmicas. UNIDADES Em cada andar tipo foram dispostos 8 apartamentos de dois quartos (48,6m²) e 2 apartamentos de três quartos (65,1m²), sendo que somados aos 2 apartamentos adaptados no térreo chegamos a um total de 32 unidades por lote. As unidades estão

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de acordo com todas as diretrizes do Programa Minha Casa Minha Vida da Norma de Acessibilidade NBR 9050 e da Norma de Desempenho NBR 15.575. Procurando evitar o efeito enclausurado das circulações fechadas, o projeto propõe o acesso às unidades através de passarelas que se desprendem das paredes laterais, provendo privacidade, ventilação e iluminação natural do trecho das unidades onde se concentram as instalações hidrossanitárias: cozinha, área de serviço e sanitários. Nas varandas, cachepôs fixos para plantas promovem a divisão entre unidades. O partido foi pensado para permitir fácil adaptação caso seja necessário reduzir o número de unidades face limitações do número de pavimentos ou vagas de estacionamento, sem comprometimento da sua proposta funcional e volumétrica. O LAR, A VIZINHANÇA E A CIDADE Com o objetivo de atender a demanda por novas unidades habitacionais e ao mesmo tempo contribuir plenamente para a

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construção do espaço urbano, o projeto dos novos edifícios para a quadra 700 no setor Sol Nascente surge como um mediador de diferentes atividades e escalas de uso da vida cotidiana: Por um lado busca potencializar e facilitar as atividades públicas dos futuros moradores, criando encontros coletivos variados que em última instância, os conectarão e os identificarão com este novo “seu” lugar; por outro, visa criar condições para uma vida condominial salutar e enriquecedora, uma real relação de vizinhança, nos encontros diários nas galerias de circulação e nas áreas comuns intra-lote, seja ao contemplar o jardim, ao cultivar o pomar e a horta, ao descansar no solário e ao brincar no playground; por fim, almeja-se garantir a privacidade, segurança e o conforto necessários para que ao morador seja provida não somente uma unidade habitacional, mas um verdadeiro lar onde seus corações criem suas raízes.

Equipe Anahid Simitian, Jerome Vonk, Mateus Tonelli, Eduardo Saguas Miller, Bruno Nakaguma Gondo, Carlos Eduardo Murgel Miller


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#3 lugar 250


VIZINHANÇA E CONVÍVIO

AMBIENTAÇÃO E SUSTENTABILIDADE

O projeto Sol Nascente tece a união entre duas situações distintas: de um lado, a malha urbana composta por habitações unifamiliares, de outro, terrenos destinados a equipamentos públicos de maior porte territorial. Elas se organizam com o objetivo de atender um programa de forte sentido social, pelas relações que criam com a rua e pelas possibilidade destas abrigarem programas urbanos locais tais como festejos, feiras e outros eventos temporários de pequeno porte, fazendo a transição entre as escalas de uso. Eventualmente, esses espaços poderiam abrigar programas de geração de renda local. Um dos principais objetivos do projeto é a formação de um senso de vizinhança fazendo das novas habitações uma costura silenciosa da situação pré-existente de maneira a fortalecer os percursos urbanos entre os lotes, reforçando a apropriação e manutenção dos edifícios e de suas áreas livres.

Uma forte demanda percebida é que o projeto deve ser ambientalmente responsivo, de modo a priorizar a adequação climática e racionalização de recursos naturais tanto pela fragilidade ambiental da área, inserida em um clima quente e seco, com fortes estiagens, ao mesmo tempo em que é acometida por alagamentos. Algumas estratégias utilizadas foram: captação e retenção de água de chuva; reuso de águas cinzas; uso de painéis de aquecimento solar; proteção solar das fachadas bem como a melhoria da qualidade da iluminação através de bandejas solares e shaft internos. Todas as unidades propostas permitem ventilação cruzada.

IDENTIDADE E LEGIBILIDADE Nesse contexto, as habitações projetadas recebem uma única solução arquitetônica disposta de maneira a se adequar a cada lote, sem formalismos heróicos. Com isto, é concebida uma hierarquização dos espaços que serão compostos por calçadões e vias peatonais internas que funcionam como atalhos urbanos. Assim, os espaços públicos tem condições de disporem suas próprias identidades a partir da leitura dada por seus habitantes. Cada lote abriga um patio interno acessado por um pórtico em cor que tem como estratégia reforçar o senso de pertencimento e referencial dos moradores com cada edifício. As garagens foram semienterradas visando manter a conexão visual entre os espaços garantindo menos custo ao projeto e mais segurança para os usuários, sendo áreas permeáveis, tornam-se ainda agradáveis ao olhar.

Para viabilizar os gestos projetuais, são utilizados sistemas construtivos que visam à economicidade, sendo utilizadas alvenarias de tijolos cerâmicos estruturais apoiados sobre lajes pré-moldadas treliçadas. FORMAÇÃO DE UNIDADES DE VIZINHANÇA Entende-se como grande desafio do projeto a criação de espaços que encorajem senso de comunidade e a noção de pertencimento. Para o desenvolvimento de espaços qualitativos, as composições dos novos edifícios conformam áreas livres dentro de uma hierarquia espacial, gerando atalhos urbanos, de modo a garantir a permeabilidade do conjunto, oferecendo áreas convidativas e seguras. Tais espaços utilizam o conceito de polivalência: possibilitam a inserção de diversas atividades comunitárias não pré-determinadas, mas escolhidas pela população local. Algumas possibilidades de usos são feiras livres, assembleias, festejos culturais e atividades esportivas que podem ser acomodadas nos eixos centrais. Os espaços que faceiam as vias existentes configuram-se como áreas de maior permeabilidade do solo, contando assim com maior densidade

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de vegetação, fornecendo sombreamento adequado ao passeio e contribuindo para a caminhabilidade das faixas de contato com o entorno, caracterizadas com calçadas largas. HIERARQUIA DE ESPAÇOS PÚBLICOS As unidades de apartamentos compoem pequenos blocos que se agrupam em edifícios compactos e bem ventilados, em conjunto com estacionamentos semi enterrados é possível a liberação de área para a conformação de pátios internos e espaços externos de caráter público. Outra característica de implantação dos edifícios no terreno é que sua configuração desestimula a colocação de grades nas áreas externas, destinadas à integração com o bairro. INTEGRAÇÃO COM O ENTORNO A permeabilidade proposta incentiva e acomoda diversas atividades de caráter comunitário que surgirão a partir dos habitantes. Estes espaços possuem elementos temporários como estruturas de feira e outros fixos que funcionarão ao mesmo tempo como microinfraestruturas compartilhadas e elementos apropriáveis como arquibancadas que retém águas de chuva. A diferença de níveis é também aproveitada para garantir a privacidade das unidades: o edifício é elevado 1,50 m enquanto a área de garagem desce 1,50m. Desta forma garante-se também a visibilidade das áreas comuns e a economicidade. IDENTIDADE Com a construção coletiva dos espaços programáticos, facilitada pela conformação espacial das áreas internas, serão criadas as diversas identidades do conjunto. Essas identidades são geradas, portanto, não pela diferenciação de forma entre um bloco e

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outro, mas pelos programas aplicados aos espaços externos que dialogam entre si. ADEQUAÇÃO CLIMÁTICA E SUSTENTABILIDADE Nas suas diversas escalas o projeto é concebido para responder a demandas ambientais do local. Suas unidades contam com ventilação cruzada e sombreamento das fachadas através de molduras e venezianas e iluminação indireta por prateleiras de luz. Os edifícios contam ainda com sistemas prediais de aquecimento solar de água e de reuso de águas cinzas; é feita ainda a coleta da água da chuva nas áreas externas e nos estacionamentos, ambos pavimentados em concregrama, contribuindo assim com a redução sobre a infraestrutura do bairro e com a desaceleração de águas de chuva. MÉTODO CONSTRUTIVO Composto de forma a ter na modulação das fachadas um ritmo que dialoga com a escala existente das habitações unifamiliares do entorno, os edifícios são dispostos sob a forma de blocos que conformam quadras e espaços abertos conectores, formando uma hierarquia urbana de áreas de transição entre espaços públicos e privados. Os blocos foram concebidos a partir de composições que respeitassem os parâmetros legais, sobretudo relativos aos afastamentos de cada lote. A laje nervurada serve como fundação radier para a alvenaria cerâmica estrutural. Essa, por sua vez, serve de apoio a laje fabricada em loco que é içada já pronta sobre a alvenaria.


Equipe Felipe Guimaraes, Bruno Caio de Oliveira , Priscila Coli Rocha, Núbia França de Oliveira Nemezio, Miriam Victoria Fernandez Lins

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#menções honrosas A Comissão Julgadora deliberou outorgar Menções Honrosas às seguintes propostas: Estudo Preliminar número 574, por sequenciar os espaços destinados aos pedestres e interligando os diversos lotes, valorizando os espaços comunitários tanto no andar térreo quanto no último pavimento das edificações, criando variadas alternativas de uso e reforçando a qualidade estética do conjunto; Estudo Preliminar 576, por estruturar a gleba articulando o passe de pedestres com praças que se conectam aos “pátios” das edificações, criando uma sequência espacial para integração da comunidade que, com pilotis, recebem as áreas de lazer cobertas e descobertas, valorizando o espaço coletivo ao mesmo tempo em que preserva a devida privacidade das unidades; Estudo Preliminar 579, por sua implantação racional e qualidade espacial, obtidas pela liberação de parte do andar térreo e do vão de acesso às edificações, valorizando a exploração de tecnologias de pré-fabricação que proporcionam o encurtamento dos prazos de construção e a otimização da qualidade construtiva dos conjuntos; Estudo Preliminar 593, por explorar uma implantação compacta no aproveitamento dos lotes ao mesmo tempo em que promove áreas abertas e permeáveis na configuração formal do conjunto, enriquecido esteticamente pela sucessão de “caixas” alternadas com acess de algumas unidades diretamente pela rua; Estudo Preliminar 625, por valorizar suas fachadas, que a partir de seus planos produzem um rico jogo de luzes e sombras, e por criar praças que valorizam o conjunto por meio do deslocamento de alguns blocos na implantação; Estudo Preliminar 662, por conjugar seus dois blocos - um de quatro andares que abre para a rua e um de dois andares sobre pilotis - proporcionando episódios espaciais de grande interesse, com integração visual entre os conjuntos e o aproveitamento de suas coberturas para uso coletivo, harmonizando uma sofisticada composição visual.

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MENÇÃO HONROSA

ESTUDO PRELIMINAR NÚMERO 574 João Aira

MENÇÃO HONROSA

ESTUDO PRELIMINAR NÚMERO 576 Jessica Pereira, Elizabete Azevedo

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MENÇÃO HONROSA

ESTUDO PRELIMINAR NÚMERO 579 Diego Santana Costa

MENÇÃO HONROSA

ESTUDO PRELIMINAR NÚMERO 593 Rangel Brandão, Manoel Balbino, Jakelyne Martins, Guilherme Andrade, Frederico Rabelo, Bruno Cabral

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MENÇÃO HONROSA

ESTUDO PRELIMINAR NÚMERO 625 Maria João Latas, Jimmy Liendo Téran, Fernando Diaz Soler, Germán Biglia

MENÇÃO HONROSA

ESTUDO PRELIMINAR NÚMERO 662 Giovana Frassão, Paula Lelis Rabelo Albala, Marcus Rosa, Matheus Marques Rodrigues Alves

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PARTICIPANTES

1 Wênya Dantas, Romariz Machado, Igor Magno Cabral, Carlos Ribeiro Dantas 2 Leonardo Hauer, Juliana Lahoz, Cleverson Tramujas, Amir Samad Shafa

#1

#2

3 Kathleen Martini Chiang, Mariane Christovam Takahashi, Bianca Quitério Guariglia , Karin Onuki Kussaba, Ana Carolina Correia de Lima, Mariana Poli Gortan, Rosa Clara Bezerra Alves, Guilherme Gambier Ortenblad 4 Helga Santos da Silva, Rodrigo Silva Imbelloni 5 Isadora Tebaldi Loan Tamella, Barbara Santiago, Mariana Bicalho, Felipe Loureiro, Yuri Amaral Pereira 6 Edgard Medrado, Paula Ruiz, Paulo Paiva, Christopher Felix Schinagl, Antonio Carlos Ogando De Oliveira

#3

#4

7 Adriana Fabre Dias, Luís Augusto Nunes Moraes, Rodrigo Santos Camargo, Giovanni Spessoto Concer, Stephanie Ramos Spuldaro, Gabriela Morais Pereira 8

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#5

#6

#7

#8

Carlos Eduardo R. Duarte


PARTICIPANTES

9 Miriam Escobar, Ricardo Guerra Flores, Natalia Corbett Geretto, Erica Yumi Sakamoto, Luiz Cutait 10 Leonardo Fernandes Dias, Rui Alexandre do Rosário, Iran Luiz Seabra, Lenilson Jonas Miranda Júnior, Lucas de Menezes Pereira, Renata de Oliveira Araujo, Wilivan Pereira da Silva, Wilivan Pereira da Silva

#9

#10

11 Renato Augusto Cacciacarro, Lincoln Otavio, Vitor Gomes, Leonardo Amaral Sturion 12 Giovana Frassão, Paula Lelis Rabelo Albala, Marcus Rosa, Matheus Marques Rodrigues Alves, Ricardo Felipe Gonçalves 13 Débora Sanches, Elisa Felca Glória, Erick Rodrigo da Silva Vicente 14 Leandro Tridapalli Thiago Florez, Leandro Augusto Leonel Correa

#11

#12

15 Gabriela Lidington, Thúlya Albuquerque, Michelle Lima, Aline Nascimento, Rodriggo Ramos, Manoela Oliveira, Luciano Medina, Andréa Câmara, Paulo Raposo Andrade, Monica Raposo, Maria Mônica De Arruda Raposo Andrade 16 Rodolfo Luís Scuiciato, Simone R. N. Born, Aline Proença Train Karin, Luciana Klassen, Suzanna de Geu,s Moacir Zancopé Júnior, Luciano Suski, Igor Costa Spanger, Fábio Domingos Batista, Luciano Suski

#13

#14

#15

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PARTICIPANTES

17 Felipe Amaral Bastos Arêas, Aurino dos Santos Silva, Gustavo Amaral Bastos Arêas 18 Daniel Simaan França, Lucia Kozak Simaan, Gustavo Alexandre Cardoso Cantuária

#17

#18

19 Felipe Guimaraes, Bruno Caio de Oliveira, Priscila Coli Rocha, Núbia França de Olivei iriam, Victoria Fernandez Lins 20 Pedro Abrantes Andrade, Danielle Urbaneja Manzoni, Anne Marie Sumner 21 Cézar Augusto Galvosa d’Almeida Couto, Luis Carlos Arnas Passos, Dieimison Corrêa da Silva, Suelen Conceição de Oliveira, George Alex Cascaes Teixeira, Heldio José Carneiro de Souza, Katricia Milena Almeida Corrêa, Dieimison Corrêa da Silva 22

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#19

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#21

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#24

Nicolau Calil Musse

23 João Ulisses Lopes, Marcos Teodoro Gomes 24 Yuri Mori Thiago Costa, Gabriela Yuri Hassemi Kitawara Mori


PARTICIPANTES

25 Celso Carneiro Junior, Eduardo Rimolo Carneiro 26 Rafael Gil Santos, Bruno Santa Cecília, Alexandre Brasil Garcia 27 Rodrigo Salvati Eri dos Reis, Rafael Basso, Eduardo Amaral da Trindade, Greice Portal, Rodrigo Romanini

#25

#26

28 Tiago Ferreira Campos Neto, Raquel Braz de Lopes J., Marcus Cardoso de Carvalho, Priscila Miti Yajima de Morais 29 Sandy Lara Medeiros, Lucas Rodrigo Nora, Cristhine Beppler, Graziela Bordin, Miguel Felipe Bianchi, Ronaldo de Lima 30 Luís Fernando, Lucas Rodrigues, Daniel Aio, Felipe Vinícius Oliveira de Souza, Augusto Vasconcelos Neto, André Luiz Barbosa Pereira, Ana Luísa Alves Veneziano, Luiz Claudio Lopes Veneziano

#27

#28

31 Herval Souza Filho, Marcelo Flores Maltez Renet, Octavio Dantas Neto, Franklin Barbosa da Silva 32 Gabriela Simões Garcia, Gabriela Affonso dos Santos, Haddad Felipe Bruno Lima da Silva, Alessandra Silva Araujo, Adriana Machado de Oliveira, Daniel Escrítori Mariano, Sergio de Oliveira Coelho de Souza

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#32 263


PARTICIPANTES

33 Helder Machado, Daniel Moraes de Carvalho 34 Ana Jensine Rocha, Leo Antunes Engenheiro, José Mauro Adriana Sarchiolo, José Mauro Moreira da Rocha Filho 35 Stephanie Novaes Beirão, Alberto Robi Garcia, Alberto Robi Garcia

#33

#34

36 Raquel Braz Matheus D`Olival, Marcelo Barreto Ibiapina 37 Henrique Mafra, Luiz Monte, Pedro Jessen, Juan Vinícius, Moisés Ferreira 38 Maria João Latas, Jimmy Liendo Téran, Fernando Diaz Soler Germán Biglia, Danilo da Silva Barbosa 39 Marcos Bombonato, Mauricio Lam Raphael Edo, Ararê Sennes

264

#35

#36

#37

#38

#39

#40

40 Jessica Pereira, Elizabete Azevedo, Adriana Regina Biella Prado Belleza


PARTICIPANTES

41 Karlisson André Nunes da Silva, Jader Petuba Santos, Iris Eduarda Santos Carvalho, Milene Salgueiro Silva, Suelle Flores Carnauba 42

#41

#42

Felipe Ferraz de Miranda

43 Giovanna Gonçalves Federico, Gabriela de Lima Leme, Fernanda Fideles Steinberg, Carina Lima de Oliveira, Leandro Rodolfo Schenk , Claudio Manetti, Luis Alexandre Amaral Pereira Pinto 44

Oliegen leite Moreira

45 Carolina Rietter, Karina Kimura, Nivaldo Pontel Jr, Michel Macedo 46 Anahid Simitian Jerome Vonk, Mateus Tonelli, Eduardo Saguas Miller, Bruno Nakaguma Gondo, Carlos Eduardo Murgel Miller 47

#43

#44

#45

#46

#47

#48

Diego Santana Costa

48 Paula Mendes Maximo, Rodrigo Shiniti Hanayama, Pedro Brito Santana, Camilla Dall’oca, Felipe Xavier Bastos, Murilo Mattiello Gabriele

265


PARTICIPANTES

49 Marco Aurélio Maron, Bruno De Jesus Oliveira 50 Vinicius Vieira, Luiz Henrique Gois, Douglas Correia, Thalles Arzola, Flávia Fernandes Ohoseki, Rafael Bonini Sentanin, Flávia Fernandes Ohoseki

#49

#50

51 Beatrice Amorim, Cátia Faria Mutton, Maurilio Lima Lobato 52 Carlos Alberto Saldanha, Tatielle Pricila Cintra dos Santos, Fernanda Linhares Scholz Albuquerque, Caio Tulio Cavalli, Amanda Cerioni Belniaki 53 Luiz Fernando de Almeida Freitas, Andréa Bogado da Silva Lins, André Luis Barbosa Coutinho, Antonio Jose Pedral Sampaio Lins, Andre Soares Uchino

#51

#52

54 Fabio T. Oyamada, Antonio Carlos Sobral Oscar Bressane, Robert Paulics Ricardo Otolini, Rafael Alves de Andrade, Maria Gabriela Nascimento, Luisa Fecchio, Fernanda Salerno, Daniel Guimarães, Clara Troia Homem de Mello, Marina Mange Grinover, Catherine Otondo 55 Flávia Faria de Sant’Anna, Pedro de Almeida Lofrano, Neilândia Maris Otaviano de Almeida 56 Miguel Ferreira, Ricardo Antônio Alpoim de Santana

266

#53

#54

#55

#56


PARTICIPANTES

57

Joana Do Ale Dourado Wanderley

58 Rangel Brandão, Manoel Balbino, Jakelyne Martins, Guilherme Andrade, Frederico Rabelo, Bruno Cabral 59 Kim Hashimoto, João Ernesto Pessutto, Leandro Agiani Silva, Rafael Kern, Ésio Glacy de Oliveira

#57

#58

60 Jéssica Baringer, Amanda C. Fabeni, Leandro Sasse, Bruno Moreira Custódio, Leandro Sasse 61 Viviane Cardoso Tágide Peres, Frederico Frazão, Rick Hudson Castro Silva 62

Clara Urbano, Pedro Morais

63

João Aira, Vinicius Mazzoni

64 Kaio Stragliotto, Bruna Zambuzi, Renan Gomez Soyani Tardiolli, Pedro Telecki, Luis Espallargas Gimenez, Luis Espallargas Gimenez

#59

#60

#61

#62

#63

#64 267


PARTICIPANTES

65 Antonio Abrão, Andréia Ferrari, Victor Escorsin, Ana Saggin, Manoel Izidro Coelho 66

Henrique Hermeto de Resende e Silva

67 Bruno Tavares Siqueira, Patrícia R. B. Ferreira, Natália S. A. Santos, Renato Leal Remiro

#65

#66

68

Claudio Antonio Castro De Orte

69 Rafael Ferraz, Rodrigo Arruda, Larissa Vitta, Iuri Souza Nascimento 70

Renata Carla de Souza Atilano

71 Michele Dias Turchi, André Gruhn Melo, João Pedro Gomes Corrêa, Rafael Sathler Barbosa Marinho, Arthur de Castro Garcia, Thiago Gonzaga de Lacerda Abreu, Brunno Guilherme Barbosa de Sá, Daniel Correia de Brito, Thiago Pacheco Turchi

268

#67

#68

#69

#70

#71

#72

72 Isadora Marchi de Almeida, Aline Kochan, Diogo Veluza Barros, Victor Berbel Monteiro, Diogo Cavallari Bella, Paulo Catto


PARTICIPANTES

73 Kelly Soline, Alanne Caroline da Rocha Mota, Manoel Alves Carrijo Filho 74 José Luiz Menegueli, Fernando Alencar, Juliano Ovane de Souza, Fabrício Ferreira Lima 75 Guilherme Kubaski, Luiz Felipe de Mello Santo Nicola

#73

#74

76 Frederico de Lucas, Raul Rezende, Fernanda Giacomini, Felipe Guandelini 77 Juliana Brandão, Laura Bezerra, Bianca de Souza Lima, Carla Emanoela Barros Campos

#75

#76

#77

269


Coordenação Graziele Ribeiro Ferreira Coordenação-Adjunta Carla de Rezende Castanheira Titulares Manuel Balbino de Carvalho, Arquiteto e Urbanista contratado por meio do Edital de Concorrência 01/2016 Nonato Veloso, Arquiteto Urbanista indicado pelo IAB/DF Pedro da Luz Moreira, Arquiteto Urbanista indicado pelo CAU/BR Rubens do Amaral, Arquiteto Urbanista indicado pela SEGETH Marcelo Ulisses Pimenta, Arquiteto Urbanista indicado pela CODHAB Suplentes Luiz Eduardo Sarmento Araújo, Arquiteto Urbanista indicado pela CODHAB/DF (suplente IAB/DF) Paulo Victor Borges Ribeiro, Arquiteto Urbanista indicado pela SEGETH (suplente CAU/BR) Clécio Nonato Rezende, Arquiteto Urbanista indicado pela SEGETH Caterina Ferrero, Arquiteta Urbanista indicada pela CODHAB/DF OBS: De acordo com o informe nº 10, por conta de uma indisponibilidade do jurado inicialmente indicado como suplente, Luiz Eduardo Sarmento, da CODHAB/DF, o arquiteto e urbanista Paulo Victor Borges Ribeiro, pertencente ao quadro de funcionários da Secretaria de Estado de Gestão do Território e Habitação (SEGETH), passa a compor este Júri na condição de suplente do jurado indicado pelo IAB/DF.

270


EDIFÍCIOS DE USO MISTO EM

santa maria 271


#1 lugar 272


OS EDIFÍCIOS E O ESPAÇO LIVRE COLETIVO A situação dos lotes para a implantação dos edifícios de uso misto, contíguos e delimitados por vias públicas, oferece a oportunidade de intervenção na unidade da quadra, elemento de parcelamento do tecido urbano. Embora de caráter privado, a quadra constitui a transição essencial entre o edifício e a cidade. A proposta se desenvolve a partir da premissa de que a quadra pode assumir maior integração ao espaço público e expressar a cidade contemporânea através da articulação de múltiplos usos, atores e processos. Para aproveitar ao máximo os terrenos disponíveis, visto o déficit habitacional, as edificações foram implantadas na face oposta a divisa dos lotes, na qual a diretriz urbanística prevê afastamento obrigatório. O potencial construtivo dos terrenos foi aproveitado no limite de seus índices permitidos, o que gerou edificações habitacionais de oito pavimentos com 56 unidades de moradia e unidades comerciais em cada lote. A ocupação perimetral resultante anuncia a relação dos dois edifícios com o centro da quadra. Os acessos de veículos foram definidos na via de menor hierarquia, de trânsito local. As unidades comerciais foram implantadas ao longo da Avenida Alagado, para priorizar a relação com a rua e a calçada, na escala dos que transitam pela cidade. DESENHO DO VAZIO A articulação das edificações e seus usos autônomos ocorre no desenho do vazio no nível do térreo. A permeabilidade do solo possibilita maior integração ao espaço da cidade através das passagens e do miolo de quadra de uso coletivo, com generosa área verde para convívio, fortalecendo a vida urbana, além de promover a segurança e abrir a possibilidade de relações de vizinhança e de confiança.

As passagens e as áreas de permanência no térreo marcam as zonas de transição entre o caráter essencialmente público do uso comercial e o caráter privado das moradias, resolvendo com clareza e de forma gentil ao pedestre, os desníveis do terreno. Os espaços de transição oferecem um sentido de organização, conforto e segurança. O embasamento do conjunto concilia ainda a presença de estacionamento no térreo, os acessos aos níveis em subsolo, e sua relação com a praça interna. Quando se promove o acesso ao pavimento térreo surgem ambientes em que os moradores podem apropriar-se. A apropriação gera sentimento de pertencimento e identidade e a multiplicidade de atividades e usuários demonstra as oportunidades do espaço público de reforçar a sustentabilidade social. As lógicas de intersecção entre as horizontalidades e as verticalidades cruzam a cidade e formam o arranjo territorial. Na escala local, os lugares podem se fortalecer horizontalmente, reconstruindo uma base social coletiva e da vida cotidiana. CONFORTO AMBIENTAL Nas fachadas de orientação leste e oeste, um beiral da laje de projeção em 6ocm permite proteção solar e proteção em dias de vento com chuva para as aberturas junto ao teto. Nesta projeção, elementos vazados de bloco de concreto – cobogós preservam o contato visual, a privacidade e protegem da incidência solar as aberturas dos ambientes de maior permanência. O arranjo das aberturas e dos elementos vazados compõe esteticamente o conjunto com custo reduzido de manutenção. O projeto se baseia no aproveitamento de recursos naturais, visando a redução do consumo de energia e melhorando o desempenho bioenergético. Foram adotadas estratégias passivas

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de conforto ambiental, priorizando a ventilação cruzada em todas as unidades e iluminação natural, aliadas a economicidade, com emprego de materiais e técnicas de baixo custo de manutenção. As áreas verdes do térreo e as jardineiras nas áreas comuns dos edifícios criam um microclima para o conjunto e auxiliam na queda de temperatura. Além disso, a eficiência da edificação e ampliada com o emprego de placas solares para aquecimento da água e sistema de coleta e tratamento das águas pluviais para reuso em bacias sanitárias e irrigação dos jardins e medidores individuais.

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SISTEMA CONSTRUTIVO O térreo sob pilotis, assim como o embasamento, são estruturados por sistema de concreto armado moldado in loco. Já os pavimentos superiores são formados por alvenaria estrutural em bloco de concreto. Essa articulação de processos se mostra eficiente, econômica e de rápida execução, conciliando critérios de modulação e fluidez dos espaços de uso comuns. Equipe Naiene Cardoso, Naiara Menezes, Luisa Zacche, Camila Paris, Camila Celin Paris


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#2 lugar 280


A BUSCA PELA URBANIDADE

ADENSAMENTO CONTROLADO E ECONÔMICO

Nas premissas deste projeto há a convicção de que o ato de projetar não opera somente entre as questões funcionais e estéticas, mas também procura traduzir significado social e ambiental na forma construída, demandando uma abordagem sensível e humana.

No térreo foi proposta a permeabilidade pedonal dispondo a galeria comercial de frente à Avenida Alagado devido à maior visibilidade, se estendendo para o interior da quadra conformando a alameda central que permeia a quadra, promovendo urbanidade. Ao invés da verticalização exacerbada que demanda um excesso de subsolos para garagem, foi proposto um modelo de adensamento controlado e comprometido com a viabilização econômica, gerando uma tipologia compacta que dispensa a construção de elevadores (Térreo + 3 pav.) e se limita a apenas um único nível de garagem.

Quando refletimos sobre o tema da habitação social, naturalmente evoca-se uma discussão sobre conceitos de densidade e ocupação compacta. Uma interpretação consciente acerca do conceito de densidade ideal nos leva a crer que ela precisa ser atingida pela simples redução dos espaços vazios, nem pelo encaixe imponderado e verticalizado do máximo de unidades. São os vazios que dão significado aos volumes edificados. A presente proposta procura explorar a questão da densidade de maneira a transcender essa condição, resgatando a dimensão humana intrínseca à questão habitacional, focando nos valores qualitativos dessa ocupação e sua viabilidade econômica. Diante da solicitação do edital para projetar em dois lotes, entendemos que a escala do objeto deve ser transcendida para desenharmos uma parcela da cidade. No partido urbanístico deste projeto estão reunidos paradigmas de como imaginamos que deva ser uma cidade contemporânea: compacta, inclusiva e humana. Elegemos o térreo urbano como protagonista dessa equação para gerar uma dinâmica voltada para o convívio, priorizando sempre a sua permeabilidade pedonal. Foi proposta uma quadra aberta no nível do térreo para contemplar o uso comercial do conjunto, criando um eixo central para pedestres e bicicletas que transpõe a quadra e interliga as duas vias principais. Essa generosidade urbana pretende resgatar o significado da rua para as pessoas, entidade máxima nas relações sociais e de convivência urbana. A partir desse passeio central é que se dão os acessos sociais às edificações de cada lote, criando-se assim uma oportunidade para o regaste das relações de vizinhança, para o encontro e convívio social entre moradores. Dessa maneira contemplamos todos os elementos necessários para promover a Urbanidade: os espaços públicos dentro da quadra mantêm uma relação simbiótica com o uso misto das edificações privadas, além da conectividade urbana na escala do pedestre.

O corte transversal da quadra revela as principais relações espaciais pretendidas na interação entre as tipologias arquitetônicas e o térreo urbano. As principais decisões do partido priorizaram a qualificação dos espaços coletivos e a construção de uma urbanidade inclusiva que promovesse o sentimento de comunidade e apropriação dos moradores. Apesar do protagonismo do passeio central de pedestres como conector urbano entre os lotes, a ocupação proposta não negligencia os espaços de lazer dos moradores. Estas gentilezas urbanas do térreo estendem-se ao interior das edificações, as quais se organizam em torno de pátios que garantem tanto o convívio quanto a performance sustentável do habitat. A análise de iluminação natural de uma unidade tipo, em termos de Fator de Luz Diurna (% DF) demonstra que os apartamentos receberão insolação anual suficiente. A análise de iluminância, simulada para o caso mais crítico - solstício de inverno - também permite aferir que as unidades possuirão nível Iumínico adequado para a realização das atividades cotidianas. CLIMA E ARQUITETURA A orientação das unidades, nordeste-noroeste, sudeste-sudoeste foi definida a partir da equação entre o melhor aproveitamento do terreno e da insolação nas unidades em cada um dos lotes. Não há unidades com aberturas voltadas para o sul, garantindo a salubridade e conforto das moradias. A disposição periférica das unidades garante a inserção de pátios centrais em cada um dos edifícios, favorecendo a livre circulação de ar. De acordo ao Zoneamento Bioclimático Brasileiro, o município de Ceilândia está classificado na zona 4. O abáco de Givoni diagnostica que, para

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este clima, há conforto em apenas 34,7% do ano. Em outros 52,4% do ano obtêm-se o conforto com a adoção de estratégias de ventilação; em 11,8% do ano, a partir da adoção de massa térmica para aquecimento, e, em 7,3% do ano, aponta-se a necessidade de resfriamento evaporativo. De porte destes dados, o projeto hierarquizou as estratégias bioclimáticas adotadas de acordo a relevância destas na obtenção do conforto térmico para o clima de Ceilândia. Portanto, a estratégia mais explorada nos blocos habitacionais, e na implantação, e a ventilação natural, aproveitando-se os ventos predominantes de leste. No interior das unidades, a ventilação se dá de maneira cruzada entre os cômodos das unidades, sendo potencializada pelo efeito chaminé que se dá a partir dos pátios internos propostos. As portas internas possuem bandeira basculante que contribuem a este efeito, e podem ser deixadas abertas à noite para ventilação noturna. A adoção de alvenaria em bloco estrutural também para as vedações internas contribui ao aumento da massa térmica interna, em comparação a outros sistemas construtivos. As coberturas das edificações também foram tratadas de forma a reduzir a entrada de carga térmica

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nas unidades do último pavimento com a utilização de telhas metálicas com isolamento térmico em poliuretano. MATERIAIS, RECURSOS E RESÍDUOS O sistema construtivo, de alvenaria estrutural em bloco de concreto, confere a viabilidade técnica e econômica exigida neste projeto. Esta solução construtiva se apoia em uma bandeja estrutural de concreto moldado in loco, fazendo-se a transição para o térreo. Assim, permite-se a ocupação do subsolo e maior flexibilidade de layout da implantação. As lajes, em painéis alveolares de concreto, conferem desempenho termo-acústico entre as unidades, priorizando assim o conforto e bem-estar dos moradores. Adicionalmente, sua racionalidade construtiva diminui o prazo de obra e a geração de resíduos no canteiro, e a sua facilidade de execução permite o emprego de mão de obra local, estimulando a economia da região. Os materiais são padrões de mercado e de fácil reposição, facilitando a manutenção da vida útil das unidades. Ainda que de baixo custo, todos os materiais atendem às exigências da Norma de Desempenho - NBR 15.575.


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EFICIÉNCIA HÍDRICA E ENERGÉTICA A proposta prevê o aproveitamento de águas pluviais para fins de irrigação de áreas verdes e limpeza de pátios, suprindo 100% da demanda em quase todos os meses do ano, à exceção dos meses mais secos - junho, julho e agosto, nos quais o índice pluviométrico é bastante reduzido. As unidades dispõem de mecanismos economizadores em chuveiros, torneiras e bacias sanitárias. Com a implementação destas medidas, cada edificação economiza cerca de 46% de água potável ao ano, quando comparados a edifícios convencionais, gerando economia financeira na manutenção mensal dos mesmos. Com relação ao consumo de energia, além da priorização da iluminação natural, considerou-se a adoção de lâmpadas de baixo consumo no interior das unidades, com eficiência mínima de 75 lumens/W ou com selo Procel em todos os ambientes, reduzindo em 30% o consumo de energia com iluminação artificial. Ainda, o projeto prevê aproximadamente 80 m2 de coletores solares para aquecimento da água, para fins de banho. Com a adoção destas medidas, prevê-se uma redução de aproximadamente 25% do consumo energético e emissões de COZ, quando comparado a práticas correntes.

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Analisando-se os critérios do RTQ-R (Regulamento Técnico da Qualidade para o Nível de Eficiência Energética de Edificações Residenciais) da etiquetagem Procel, e dados como a ocupação, materiais adotados, uso de estratégias de ventilação e iluminação naturais, pode-se concluir que o projeto pode atingir nível “A” em todos os apartamentos.

Equipe Matheus Marques Rodrigues Alves, Ricardo Felipe Gonçalves


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#3 lugar 288


Buscando atender a demanda por novas unidades habitacionais integradas ao comércio (edifícios de uso misto) na Região Administrativa de Santa Maria - DF, a proposta se desenvolve em dois lotes de 1.200 m2 cada, em dois edifícios que se destacam por sua relação com o entorno imediato. Ao promover a integração urbana, com o incentivo a fruição de pedestres através da quadra, as unidades comerciais no térreo também são ativadas e estimuladas economicamente. Baseado no conceito de os edifícios proporcionam espaços de convívio entre as famílias, fortalecendo as relações de amizade da comunidade, além de permitir diálogos com a cidade através de vistas e conexões espaciais. O partido arquitetônico é formado por 5 premissas: URBANIDADE O entendimento da cidade como materialidade inserida num determinado espaço e tempo da vida humana, capaz de induzir comportamentos e troca de experiências, encontros e relações diversas, nos leva a uma proposta de edifícios integrados a vida urbana e socialmente ativos em seu interior e exterior. Ao posicionar o acesso de veículos na via de menor movimento, e o acesso a portaria na lateral do prédio, a fachada voltada para a Avenida destaca o comércio e convida os pedestres aos espaços de permanência e circulação na entre os edifícios. A praça com mobiliário urbano, bancos, iluminação, paisagismo, é um local convidativo que também pode ser definido como uma ou um para os transeuntes que atravessam a quadra. DENSIDADE A proposta utiliza o máximo potencial construtivo, considerando a Taxa Máxima de Construção (400%), que resulta em 4.800 m²d de área computável. Atendendo à legislação local, em especial o código de Obras e Edificações do Distrito Federal, foram respeitadas as Taxas de Ocupação (60%) e a Taxa Mínima de Área

Verde (10%), bem como a exigência de uma vaga garagem para cada UH, resolvida em 2 subsolos. Ao aplicar o cone de iluminação e ventilação constante do item referente aos afastamentos obrigatórios, chegamos ao resultado de 8 pavimentos tipo com um total de 64 UH, e térreo com 8 unidades comerciais e portaria com hall de acesso às residencias. ECONOMICIDADE Por se tratar de um edifício de habitação social de baixo custo, os sistemas construtivos adotados seguem padrões de racionalidade e economia de recursos, sem prejuízo à qualidade do empreendimento. O principal sistema é a alvenaria estrutural de blocos de concreto e lajes pré-fabricadas de concreto, usados nos pavimentos tipo. O térreo é um pavimento de transição, onde é adotada a estrutura reticulada de concreto armado moldaldo in loco, cujos pilares seguem com seus eixos até os níveis inferiores de subsolo. O maior uso de sistemas industrializados possibilitada um canteiro de obras mais limpo e eficiente. SOCIABILIDADE A configuração dos pavimentos tipo em blocos separadose deslocados permite a criação de espaços entre as unidades onde os moradores podem se relacionar. É possível colocar cadeiras, mesas, jogos, ou mesmo desfrutar das vistas nas varandas. O incentivo à aproximação dos moradores fortalece os vínculos sociais, o que torna o lugar mais saudável e seguro. Além disso, a “Praça do Eixo” entre os edifícios promove a integração da comunidade com a vida pública. UNIDADES HABITACIONAIS Os pavimentos foram configurados em forma de blocos deslocados que possibilitam o melhor aproveitamento da

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ventilação natural e da insolação, além de proporcionar vistas para os lados do edifício e um espaço interno para o convívio dos moradores. A estratégia de sociabilidade é executada através de espaços avarandados onde se pode colocar cadeiras e mesas para uma conversa, jogos e brincadeiras das crianças, ou simplesmente a contemplação da paisagem urbana. As unidades habitacionais são de dois tipos: 2 quartos com 62,70 m2 (tipo A) e 55,60 m2 (tipo B). Os quartos e a sala de estar são posicionados na face externa para o melhor aproveitamento das vistas, enquanto os núcleos de área molhada como banheiro, cozinha e área de serviço estão centralizados nas faces internas da unidade, 0 que também contribui para maior racionalidade construtiva das prumadas hidraúlicas. Todas as unidades são adaptáveis para Portadores de Necessidades Especiais (PNE), seguindo a Norma de Acessibilidade NBR 9050, assim como as regras do Programa Minha Casa Minha Vida e a Norma de Desempenho NBR 15.575. SUSTENTABILIDADE O projeto foi cuidadosamente pensado com base em estudos de insolação e ventilação. Ao criar blocos deslocados com aberturas livres entre eles, a ventilação cruzada é potencializada. Brises horizontais fazem parte de todas as fachadas, e brises horizontais complementam a proteção nas fachadas de incidência solar mais crítica. Equipamentos de reuso de águas pluviais e coletores solares para aquecimento de água contribuem para a eficiência energética. O edifício estaria apto a receber selos do LEED, Aqua ou Procel Edif1ca.

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ESTRATÉGIAS SUSTENTÁVEIS 1. Coletores solares para aquecimento de água. O uso de energia renovável contribui com a eficiência energética do edifício, diminuindo custos de moradia e preservando o meio ambiente. 2. Coleta de águas pluviais para reuso nos vasos sanitários e irrigação dos jardins. Reservatórios superior e inferior. 3. Água potável: reservatórios superior e inferior 4. Brises horizontais protegem todas as fachadas, e brises verticais complementam a proteção nas fachadas de insolação mais crítica. 5. Sistema construtivo em blocos de concreto com 20 cm de espessura nas paredes externas possibilitam boa inércia térmica para garantir o conforto térmico no interior do edifício. 6. Ar condicionado é usado somente nas lojas, para maior conforto dos espaços comerciais. 7. Ventilação natural cruzada penetra as circulações e áreas internas de convívio.

Equipe Alexandre Luiz Gonçalves


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#menções honrosas Foram recebidas 49 propostas em formato eletrônico dentro do prazo definido no cronograma do concurso. Após o júri decidir acerca do método de avaliação dos projetos, dentro dos critérios estabelecidos nas Bases do Concurso, foram definidas as etapas e a escolha dos estudos. A Comissão Julgadora deliberou outorgar Menções Honrosas às seguintes propostas: Estudo Preliminar número 830, pela originalidade na solução do estacionamento articulado à área comercial; Estudo Preliminar número 835, por otimizar a utilização dos índices urbanísticos, visando a inserção de maior número de unidade habitacionais; Estudo Preliminar número 838, pela urbanidade generosa no nível térreo, integrando a edificação ao contexto urbano; Estudo Preliminar número 839, pelo desenvolvimento plástico e pela variação de escala dos níveis de acesso, determinando um gradiente entre a esfera pública e privada; Estudo Preliminar 841, pela elegância e equilíbrio da solução plástica; Estudo Preliminar número 845, pela capacidade de síntese e a consequente legibilidade do projeto

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MENÇÃO HONROSA

ESTUDO PRELIMINAR NÚMERO 830 Matheus Ribeiro Assunção Vieira Mendes, Danilo Gomes e Fontes, João Augusto Pereira Júnior, Ana Laterza, Alessio Gallizio

MENÇÃO HONROSA

ESTUDO PRELIMINAR NÚMERO 835 Gérman Biglia , Elisa Relva Baso, Jimmy Liendo Terán, Fernando Diaz Soler, Danilo da Silva Barbosa

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MENÇÃO HONROSA

ESTUDO PRELIMINAR NÚMERO 838 Ingrid Schmaedecke, Rodolfo Luís Scuiciato, Simone R. N. Born , Aline Proença Train, Karin Luciana Klassen, Suzanna de Geus, Luciano Suski, Igor Costa Spanger, Fábio Domingos Batista, Moacir Zancopé Junior, Moacir Zancopé Junior

MENÇÃO HONROSA

ESTUDO PRELIMINAR NÚMERO 839 Lucas Valli, Leandro Michelena Moreno, Nicole Almeida, Leandro Almeida, Diogo Erdmann Valls

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MENÇÃO HONROSA

ESTUDO PRELIMINAR NÚMERO 841 Gabriela Maluf, Carlos Alexandre Kolb da Rocha

MENÇÃO HONROSA

ESTUDO PRELIMINAR NÚMERO 845 Marcos Paulo Roque, Isabella Brito, Huber Teixeira, Felipe Sandri, Pablo de Caldas Paulse

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PARTICIPANTES

1

Claudio Antonio Castro de Orte

2 Wilson Marques Silva, Carlos Dantas de Oliveira, Diego V Borges de Souza, Gerson Antonio Arantes, Orlando Lisita Junior, Carlos Vaz Campos, Livia Souza Pereira, Antonio Fernando Banon Simon

#1

#2

3 Luiz Fernando Cirino Zocco, Vânia Canova Silveira, Maria Regina de Oliveira Araujo Crachineski, Victor Henrique Beloti, Rafael Garcia Rezende, Priscíla Furtado de Souza Santana, Júlio César Roque de Oliveira, Henrique Piovezan Salmazi, Ana Laura dos Santos, Jeferson Hernandes Cardoso Pereira 4 William Dal Carobo, Jenifer Vescia Estevan Barin, Bruno Cassol, Estevan Barin 5 Pedro Abrantes Andrade, Danielle Urbaneja Manzoni, Anne Marie Sumner 6

#3

#4

Diego Santana Costa

7 Rogério Sousa Jairo Cordeiro, Guilherme C. Pinheiro, Djalma Soares Dutra Filho 8 Tarcisio Pereira da Pureza, Paula Martins de Hollanda, Morgane Goffin, Lucas Garboggini Melo Andrade, Júlia Borges Prestelo, Endi Marley Ramos Lima, Daniel Passos Paes, Ana Paula, Luiz Ferreira, Diego Viana Gomes, Saul Kaminsky Bernfeld Oliveira

298

#5

#6

#7

#8


PARTICIPANTES

9 10

André dos Santos Ribeiro Alexandre Luiz Gonçalves

11 Victor Ortiz, Bianca de Cillo, Aline DAvola, André A. C. Procópio

#9

#10

12 Evandro da Silva, Marcos Silveira, Paulo Catto, Isadora Marchi, Victor Monteiro, Diogo Cavallari, Aline Kochan, Diogo Veluza Barros 13 Técio Luiz da Silva Martins, Saulo Rodrigues Coelho da Silva, Alberto Torreão Herrera 14 Matheus Ribeiro Assunção Vieira Mendes, Danilo Gomes e Fontes, João Augusto Pereira Júnior, Ana Laterza, Alessio Gallizio 15 Daniel Simaan França, Lucia Kozak Simaan, Gustavo Alexandre Cardoso Cantuária 16 João Antonio Teixeira dos Santos, Aryadne de Albuquerque

#11

#12

#13

#14

#15

#16 299


PARTICIPANTES

#17

#18

17

Fernando Parreira Guimarães

18

Amanda Laurienny Costa Belo

19

Lindiane Cardoso de Oliveira

20

Joice Cristina Lucas Xavier

21 Maísa Marinho, Otávio Cavallini Nathalia Siqueira, Bruno Barbieri, Augusto Monteiro, Priscila Sati, Filipe Merem Pessoa Oliveira 22 Rafaela Franco de Barcelos, Maria Constanza de Freitas Cherrulli, Bárbara Fonseca de Souza 23 João Manoel Caldeira Brino, Erick Mizushima, Carine Namba Beccari, Alexandre Chien, Thiago Nakaji Suzuki, Gihad Abdalla El Khouri

300

#19

#20

#21

#22

#23

#24

24 Ingrid Schmaedecke, Rodolfo Luís Scuiciato, Simone R. N. Born, Aline Proença Train Karin, Luciana Klassen, Suzanna de Geus, Luciano Suski, Igor Costa Spanger, Fábio Domingos Batista, Moacir Zancopé Junior


PARTICIPANTES

25 Michella Pereira de Moraes, Ricardo Clayton Borges Teixeira 26 Naiene Cardoso, Naiara Menezes, Luisa Zacche, Camila Paris 27 Elizabete Maciel Martinho Azevedo, Adriana Belleza

#25

#26

28 Lucas Aguillera e Shinyashiki, João Gabriel Küster Cordeiro, Thiago Augustus Prenholato Alves, Guilherme Figueiredo Teixeira Araújo, Franco Luiz Faust, Arthur Felipe Brizola, Gabriel Zem Schneider 29 Marcos Paulo Roque, Isabella Brito Huber Teixeira, Felipe Sandri, Pablo de Caldas Paulse 30 Juliano Veríssimo Dioni Shinohara, Rosa Beatriz, Dandara Ramos, Rafaela Marinho, Adriana Fialho, Líria Frades, Gabriela Galvão, Walid de Castro Hatem, Gabriela Pereira Galvao

#27

#28

31 Carlos Alexandre Kolb da Rocha, Gabriela Maluf 32 Maria Eduarda Simas Zucki, Carlos Alberto Barbosa de Souza, Carolina Rocha Carvalho, Eduardo Baptista Lopes

#29

#30

#31

#32 301


PARTICIPANTES

33

Marcio Toshio Suzuqui

34 Bruna Farini Milani, Marcio de Amorim Moraes, Alexandre Esteves, André Jost Mafra 35 Stephanie Novaes Beirão, Alberto Robi Garcia

#33

#34

36 Kárita Ressiguier Chagas Viana, Thais Moraes Passos, Gabriel Costa Alves, Rodrigo das Neves Costa, Felipe Massunaga Lacerda 37 Luciano Guimarães Sabine Cabasson, Antônio Luciano de Lima Guimarães 38 Barbara Santiago, Isadora Tebaldi Loan Tammela, Mariana Bicalho, Yuri Amaral Pereira, Felipe Guimarães de Souza Fernandes Loureiro 39 Lucas Valli, Leandro Michelena Moreno, Nicole Almeida, Leandro Almeida, Diogo Erdmann Valls

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#35

#36

#37

#38

#39

#40

40 Gérman Biglia, Elisa Relva Baso, Jimmy Liendo Terán, Fernando Diaz Soler, Danilo da Silva Barbosa


PARTICIPANTES

41 Matheus Marques Rodrigues Alves, Ricardo Felipe Gonçalves 42 Lucas Gomes Maia Mendes, Leonardo Ferreira Guimarães, Luiz Carlos Martins de Lima, Napoleão Ferreira da Silva Neto 43 Vanessa Maria de Paiva Lima, Erika Diniz Araújo dos Santos

#41

#42

44 Ivan Leon Trujillo, Roselane Cassia de Castro Barbosa 45 Guilherme Santoucy, Gabriel Lago J., Marcus Cardoso de Carvalho, Gulherme Silva, Priscila Miti Yajima de Morais, Frederico Flosculo Pinheiro Barrero, Marcelo Aquino Corte Real da Silva 46 Igor Muñoz, Yuri Vital, Roni Ebina, Bruno Santucci, Yuri Vital dos Santos 47 Gabriela Alves Lamounier, Bianca de Almeida Cardoso

#43

#44

48 PJerome Vonk Anahid Simitian, Eduardo Saguas Miller 49 Carolina Santos, André Ferreira, Silvio Manoel do Nascimento

#45

#46

#47

#48

#49 303


Coordenação Arquiteta e Urbanista Ana Renata Rodrigues Figueiredo Moura Coordenação-Adjunta Carla de Rezende Castanheira Titulares Elisa Toschi Martins, Arquiteta e Urbanista contratada por meio do Edital de Concorrência 01/2016 Caterina Ferrero, Arquiteta e Urbanista indicada pela CODHAB/DF Raul Gradim, Arquiteto e Urbanista indicado pela SEGETH Cristiane Guinâncio, Arquiteta e Urbanista indicado pelo IAB/DF Fernando Diniz Moreira, Arquiteto e Urbanista indicado pelo CAU/BR

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EDIFÍCIOS DE USO MISTO NO

sol nascente 305


#1 lugar 306


UMA PROPOSTA DE DIVERSIFICAÇÃO URBANA O conceito para a proposta do Conjunto Habitacional Sol Nascente baseia-se na diversidade urbana. A partir do uso misto, previamente definido para área propõemse uma implantação que reforça a autenticidade, quebrando a monotonia típica da repetição. A proposta, então, se integra ao meio urbano, diluindo os limites privados e incentivando o uso dos espaços públicos, promovendo o encontro e a formação da identidade local. A setorização seguiu as premissas estabelecidas no plano de regularização, voltando o comércio para as vias com estacionamento e o acesso privativo para os núcleos residenciais, aproveitou-se também as áreas destinadas às praças, criando eixos urbanos de animação. Também foram propostos eixos transversais de conexão urbana com calçadões para pedestres que perpassam os conjuntos. Essa conectividade urbana permite melhor circulação peatonal e cicloviáriapor toda a área, tornando conveniente o acesso e o encontro nas áreas comercias e possibilitando atividades culturais, esportivas e de lazer nos espaços livres. Dessa forma, o conjunto, além de atender as necessidades programáticas, concebe um sistema de circulação estruturado e integrado com a malha urbana prevista para o local. Tecnologicamente a proposta foi elaborada visando economicidade, rapidez e facilidade da técnica de execução. Para tanto, a primeira medida foi não utilizar o subsolo para estacionamento. Desta forma, parte das vagas de estacionamento foram posicionadas sob os edifícios em um arranjo facilitado por vãos modulados dos pilares em concreto armado no nível do pavimento térreo. Essa opção estrutural também se enquadra para as unidades comerciais, que necessitam de espaços livres e flexíveis para diversificados usos comerciais. Os pavimentos acima do térreo, compostos apenas por unidades habitacionais, possuem paredes estruturais em blocos de concreto.

Equipe Rodolfo Luís Scuiciato, Simone R. N. Born Hoppe, Aline Proença Train, Suzanna de Geus, Moacir Zancopé Junior, Igor Costa Spanger, Fábio Domingos Batista, Luciano Suski

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#2 lugar 312


CIDADE E HABITAÇÃO Habitar é um verbo que se conjuga em intimidade, vizinhança e cidade. Em outras palavras, entendemos que ao fazer habitação, fazemos cidade. Com efeito, para além de abrigar adequadamente a demanda por habitações na Região Administrativa de Ceilândia, o presente projeto para Sol Nascente procura catalisar urbanidade em uma área de baixa densidade, principalmente através da disposição programática no térreo, da morfologia em blocos e da integração entre exterior/interior. Desse modo, o projeto ambiciona dar suporte a transformações de melhoria urbana mesmo após a sua implementação.

ventilação cruzada em todas as unidades residenciais. As faces mais castigadas pelo sol foram protegidas com quebra-sol de diferentes tipos: venezianas de alumínio, cobogós cerâmicos e recuos formados pela disposição do próprio edifício.

Equipe Felipe Guimarães, Cauê Capillé, Priscila Coli Rocha

TÉRREO E CONVÍVIO Os edifícios propostos funcionam como infraestruturas de articulação urbana. Por um lado, respondem ao movimento das ruas principais através da criação de espaços para comércio, visando intensificar e garantir o florescimento de uma economia local. Por outro, atuam como conexão entre diferentes partes do bairro e, através das praças e pátios semi-públicos, proporcionam integração social e sentimento de pertencimento. Cabe notar o protagonismo do pedestre no projeto de espaços públicos,estimulando o convívio e a troca. Tivemos o cuidado para que a edificação proposta respeitasse a noção de público e privado, que comumente corresponde ao res do chão (público) e pavimentos superiores (privado), mas procuramos diluir essa separação rígida no térreo. Moradores e transeuntes interagem através da fluidez visual e espacial entre pátios semi-públicos, calçadas e praças. Como dissemos, um programa de habitação é capaz de funcionar como mecanismo de reestruturação urbana e social, oferecendo novas maneiras de morar, de se locomover, de estar no espaço público, de ser cidadão. ECONOMIA E AMBIENTE Os edifícios intercalam lâminas de três pavimentos (voltadas para as ruas locais) e quatro pavimentos (ruas principais), de modo a formar uma sequência de quatro blocos perpendiculares uns aos outros. São projetados 140 apartamentos em todo o conjunto (lotes B1 e B2). Os vazios gerados entre os prédios garantem vista desimpedida, atravessamento de ventos predominantes e iluminação natural a todos apartamentos. Os vazios também geram pátios internos por entre os blocos: áreas de convívio dos moradores. Foram adotados diversos dispositivos corretores do excesso de insolação foi assegurada a

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#3 lugar 320


A proposta buscou entender os limites da quadra como potenciais transições entre o espaço público e o privado. Desta forma, ainda que os parcelamentos sejam definidos e delimitados por vias públicas, a continuidade e o estímulo do espaço coletivo são garantidos através de eixos comerciais principiais, que articulam todos os lotes. Sendo assim, a proposta partiu de uma implantação que instiga a associação de todas as quadras para que o caminhar dos residentes possa ser mais natural e acessível, ativando o comércio e criando alternativas de espaços de uso coletivo. A implantação e a morfologia dos edifícios resulta da racionalização aliada à intenção de garantir a permeabilidade da quadra aos pedestres, assim como ventilação e iluminação natural em toda a quadra. Para tanto, os blocos habitacionais foram dispostos de forma que as unidades residenciais configuram dois núcleos principais, permitindo a fluidez no térreo. Cada lote é composto por dois blocos residenciais de três pavimentos e um térreo comercial com habitações para PMR. IMPLANTAÇÃO E MORFOLOGIA DOS EDIFICIOS Devido à necessidade de unidades residenciais acessíveis às pessoas com mobilidade reduzida (PMR), um dos blocos (Bloco 1 - B1) possui acesso restrito no pavimento térreo, configurando um miolo de quadra com maior privacidade aos residentes desses apartamentos.

que poderá ser utilizado como apoio às atividades dos edifícios, como reuniões e confraternizações. O Bloco 2 (B2) possui térreo permeável, porém os acessos aos apartamentos permanecem restritos aos moradores, através de controles nas caixas de escadas. A praça pública configurada no interior do bloco é o principal elemento articulador, junto com a com a praça intersticial prevista, conformando assim um espaço público que permeia e conecta as quadras. O térreo, assim como o subsolo e a fundação dos edifícios, é estruturado por sistema de concreto armado moldado in loco. A associação à alvenaria estrutural em bloco de concreto para os pavimentos superiores é considerada uma solução construtiva de fácil execução, eficiente e econômica.

Equipe Daniela Getlinger, Rafael Chung, Luísa Bernardo Andres, Felipe Figueiredo Fernandes, Daniel Kendi Ishizaka, Ana Luiza Prata Ramos

Nestas unidades, a existência de um fosso é responsável pelo afastamento dos apartamento da calçada, garantindo a privacidade dos moradores, assim como a ventilação do estacionamento proposto, localizado no subsolo do Bloco 1 (B1). No Bloco 1 (B1), aproveitando essa restrição de acesso, foi previsto um Salão Multiuso para servir aos moradores da quadra,

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#menções honrosas Foram recebidas 69 propostas em formato eletrônico dentro do prazo definido no cronograma do concurso. Após o júri decidir acerca do método de avaliação dos projetos, dentro dos critérios estabelecidos nas Bases do Concurso, foram definidas as etapas e a escolha dos estudos. A Comissão Julgadora deliberou outorgar Menções Honrosas às seguintes propostas: Estudo Preliminar número 866, a concepção arquitetônica destaca-se pela qualidade plástica e refinamento com valorização das esquinas, favorecimento da permeabilidade urbana, composição de cheios e vazios e adequado tratamento paisagístico. A solução adotada para a cobertura sugere manutenção onerosa e de difícil execução para a faixa de renda a ser atendida prioritariamente; Estudo Preliminar número 900, a proposta se destaca pela forma diferenciada de ocupação do lote, diversidade de tipologias espaciais, oferta de espaços públicos para convívio e encontro. A adoção do pavimento semienterrado para estacionamento resulta em acréscimo de custos globais do empreendimento, assim como a solução para reaproveitamento de águas pluviais com cobertura verde afigura-se onerosa e de difícil manutenção.

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MENÇÃO HONROSA

ESTUDO PRELIMINAR NÚMERO 900 Kelly Bozzato, Jéssica D’Elias, Carolina Passos, Luiz Marino Kuller, Neli Yumi Shimizu, Ronald Werner Fiedler, Luciene Quel, Hector Ernesto Vigliecca Gani,

MENÇÃO HONROSA

ESTUDO PRELIMINAR NÚMERO 866 Bianca de Cillo, Eduardo Martorelli, Aline D’Avola, André A. C. Procópio

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PARTICIPANTES

1 | Carlos Alexandre Kolb da Rocha,Gabriela Maluf 2 | Amanda Locateli Ott, Nathália Gonçalves Assunção, Maria de Lourdes Carvalho 3 | Luiz Carlos Martins de Lima, Lucas Gomes Maia Mendes, Leonardo Ferreira Guimarães, Napoleão Ferreira da Silva Neto

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4 | Rafael Assunção, Philippe Metropolo, Kátia Vieira, Dayane Gusso Miranda, Pedro Bruna, Paulo Julio Valentino Bruna 5 | Claudio Antonio Castro de Orte 6 | Henrique Piovezan Salmazi, Rafael Garcia Rezende, Ana Laura dos Santos, Priscíla Furtado de Souza Santana, Júlio César Roque de Oliveira, Victor Henrique Beloti, Jeferson Hernandes Cardoso Pereira 7 | Rafael Fleury Ferreira da Silva, Max Resende Bastos, Fábio Imthon Zweifel

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8 | Marconi Peres Rodrigues, Edgard Parrilho, Paola Liebhardt, Cecília Mesquita


PARTICIPANTES

9 | Amanda Laurienny Costa Belo 10 | Charles Bezerra, Débora Desirée Azevedo, Marcella Valadares, Rafael Bastos, João Marcelo de Leão, Thatiana Soares, Maria Rita Dias, Jonas Godinho, Eduardo Bernardes Dias, Maria Isabel Ramos, Celso Hugo Girafa

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11 | Kelly Bozzato, Jéssica D’Elias, Carolina Passos, Luiz Marino Kuller Neli, Yumi Shimizu Ronald Werner Fiedler, ,Luciene Quel, Hector Ernesto Vigliecca Gani 12 | Mariane Delamare, Nathalia Siqueira, Augusto Monteiro, Priscila Sati Bruno Barbieri, Filipe Merem Pessoa Oliveira 13 | Alexandre Luiz Gonçalves 14 | Bianca de Cillo, Eduardo Martorelli, Aline D’Avola, André A. C. Procópio

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15 | Sebastião Bontempo, Ana Rein, Gabriela Oliveira, JoãoLucas Flores, Paulo Vitor Amuy, Helena Daher, Priscila Miti, Maria Eduarda Millington Vizeu, Luciana Sabóia, Bruno Campos, Cláudia Amorim, Nonato Veloso 16 | Rangel Brandão, Manoel Balbino, Jakelyne Martins, Guilherme Andrade, Frederico Rabelo, Bruno Cabral, Frederico André Rabelo

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PARTICIPANTES

17 | Erick Rodrigo da Silva Vicente 18 | Rodrigo Malvim, Manoela Oliveira, Edson Muniz, Aline Nascimento, Ana Amélia Almeida, José Alysson de Albuquerque Alves 19| Letíca da Silva Antunes, Patrícia Wosiack

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20 | Gabriel Kolarovic Agostini, Rodrigo Armacolo Barros, João Henrique Negrão, Rodolfo Almeida Negrão, Aline Echamendi, Felipe dos Santos Dervelam 21 | José H. Albiero José E. Quaresma Lionel Issa, José Nelson Arantes De Souza 22 | Vitor Takahashi, Thallita Souza, Gabriel Tomich, Daniela Moro, Alexandre Kenji Okabaiasse, Vitor Jun Takahashi 23 | Delberg Ponce de Leon, Rodrigo Ponce de Leon

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24 | Thais de Freitas, Marina Nallin Violin, Raissa Gattera Begiato, Djuly Duarte Valdo, Leticia Sitta, Fabio Boretti Netto de Araujo, Bruno Ceccato Rossi


PARTICIPANTES

25 | Juarez Barsh Moacir Inoue Gustavo B. Mayer Paula Ribas Guimarães, Bruno De Franco 26 | Caroline Giacomet Arisi, Eiur Espedito Belani Junior

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27 | Christian Alves da Rocha, Valdir Bandeira Fiorentin, Rafael Tesser, Patrícia de Freitas Nerbas, Felipe Federizzi, Diego Augusto Müller, Adriana Silva da Silva, 28 | Marcelo Miotto, Mariana Steiner Gusmão, Leonardo Venâncio, Felipe Sanquetta, Astrid Harumi Bueno, Martin Kaufer Goic, João Gabriel Rosa, Fabio Henrique Faria, Eron Costin, Emerson Vidgal 29 | Silvia Trindade Bizotto, Sacha Faust Rossetto, Julissa Daniela Burtet Iber, Igor Marcelo Zanchetim, Fabiana Trindade

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30 | Teostene Souza, Ricardo Leite, Gustavo Nogueira, Cinthia Isabelle, Arthur Henrique da Costa e Silva 31 | Thomas de Almeida Ho, 32 | Flavio de Farias Rocha, Lúcia Machado de Carvalho, Manuela Andrade Ribeiro, Daniel Vergne Matos, Joaquim da Silva Nunes Junior

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PARTICIPANTES

33 | Marília Cabral, Marcelo Rios, Márcia Reis, Victor Ricardo Aderne, José Abelardo Freitas, Edson Nascimento, Alessandro Maciel, José Martins de Almeida, Neto Lourenço do Prado Valladares, Victor Serrano e Silva 34 | Luciana Santiago Vivan, Manuela Cardoso de Faria

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35 | Martha Kseib, Ricardo Viana, Thais Monfré, Priscila Segala, Olavo Suniga, Leonardo Kseib, Ivan Portero, Eduardo Longuini, Augusto Paiva, Angelo Bucci, Sérgio Luiz Salles Souza 36 | Aline de Holanda Sattler, Daiany Larissy da Silva Padilha, Renata de Oliveira Araujo, Nicholas Saraiva Martino, Lucas de Menezes Pereira, Sophia Meirelles da Motta Fernandes 37 | Luis Carlos Gomes dos Santos Filho 38 | Tammy Ingléz, João Henrique Dantas, Raíssa Martins, Juliano Ferreira, Rafael Almeida

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39 | Arnon Rodrigues, Renata Hirayama, Luiza Braga, Patricia Zeppini, Sergio Sampaio 40 | Christoph Maria de Holanda Jung, Leonardo Allouchie Gomes Carneiro, Filipe Henriques Ferreira Nascimento, Celso Vinícius Ribeiro Sales

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PARTICIPANTES

41 | Henrique Perrucci, Braz Fabiano Freitas Fonseca 42 | Carlos Rikizo Ogusuku, Cibele Geralda de Rezende Guimarães, João Pedro Volpato 43 | Cecilia Veloso, Wallison Caetano, Fernanda Ghirotto Garcia, Claudio Abreu Arroyo

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44 | Carla Malheiros Soares, Roger Semblano Castro, Ana Paula Moreira, Helder Magalhães Camila Santos, Sheila de Rezende Basilio Giestas 45 | Paulo Hernan Acuña, Fabiana Liberatore, Julio Cesar Zambom, Denise Tuffy, Dailton Duarte Rocha 46 | Alexandre Gregório de Bem 47 | José Mateus Braganholo, Jakeline Crevelari

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48 | Bruno Magno, Gino Melazo, Mylena Delgado, Guto Delgado, Grasiele Pereira, Giovanne Mafra, Sandro Furtado, Adriana Guimarães, Sandoval Ferreira

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PARTICIPANTES

49 | Sydrach Araujo, Frank Caramelo, Bruno Nunes Ivo, Antonio Caramelo Vasques 50 | Rodolfo Luís Scuiciato, Simone R. N. Born Hoppe, Aline Proença Train, Suzanna de Geus Moacir, Zancopé Junior, Igor Costa Spanger, Fábio Domingos Batista, Luciano Suski

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51 | Gabriela Dal Secco, Débora Loturco, David Melo, Paula Lelis, Rabelo Abala, Ricardo Felipe Gonçalves, Matheus Marques Rodrigues Alves 52 | Bárbara Gonçalves Guazzelli, Alexandre Leitão Santos 53 | Danilo Barbosa, Wellington Silva, Artur Rosa, Marcelo Hasimoto, William Machado dos Santos 54 | Daniela Getlinger, Rafael Chung, Luísa Bernardo Andres, Felipe Figueiredo Fernandes, Daniel Kendi Ishizaka, Ana Luiza Prata Ramos

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PARTICIPANTES

55 | Franklin Barbosa da Silva 56 | Fabio Figueiredo Galvão 57 | Lorena Baracho, Gabriel Lordelo, Daniel Ribeiro, Rodrigo da Cruz, Izabela Brettas, Gabriel Solórzano, Eder Alencar, André Velloso, Juliana Andrade

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58 | Frederick Marten, Alberto Nagib, Carina Lima, Fernanda Steinberg, Giovanna Federico Claudio Manetti, Luis Alexandre Amaral Pereira Pinto 59 | Vanessa Scarenzio, Arq. Daniel Sosa Ibarra Ken Sei Fong, Arq. Andrés Milano, Arq. Daniel Arce, Arq. Daniela Mattos Ferraz 60 | Rafaela Gossner, Pablo Correa, Vinicius Zanluti, Alexandre Vinicius, Leonardo Bueno

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PARTICIPANTES

61 | Marcos Paulo Roque, Felipe Sandri, Isabella Brito, Huber Teixeira Costa 62 | Raphael Roncatti Victor Marinho, Múcio Fernando Magalhães Caleiro 63 | Sergio Friso, Yopanan Rebello, Ricardo Froes, Priscila Fernandes, Pedro Giunti, Mariana Guardani, Mariana Andersen

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64 | Kamila Yokoyama, Talita de Giacomo, Ricardo da Silva Dias, André de Giacomo


PARTICIPANTES

65 | Felipe Guimarães, Cauê Capillé, Priscila Coli Rocha 66 | Tiago Tardin, Carolina Baltar, Luís Felipe Vasconcellos, Daniel Sousa, Celio Diniz, Raíssa Rocha

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67 | Lucas Vieira Domingos, Jonatas dos Santos Barros, Raul Ravelle Lobato e Silva, Luan Poiani, Guilherme Euler Pereira Silva, Bruno Souza Figueiroa, Jeorge Victor Ferreira de Sousa, Julio Cesar Olivieri 68 | Graziele Ribeiro Ferreira, Vanessa Mirabeau Eliotério, Kizzy Alves de Moraes 69 | Jessica Baringer, Amanda C. Fabeni, Bruno Moreira Custodio

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Coordenação Hiran Raimundo Alencar Titulares Nivaldo Vieira, Arquiteto e Urbanista contratado por meio do Edital de Concorrência 01/2016 Marcelo Ulisses Pimenta, Arquiteto e Urbanista indicado pela CODHAB/DF Breno Gomes Rodrigues, Arquiteto e Urbanista indicado pela SEGETH/DF Danilo Matoso Macedo, Arquiteto e Urbanista indicado pelo IAB/DF Tony Marcos Malheiros, Arquiteto e Urbanista indicado pelo CAU/DF Suplentes Clécio Nonato Rezende, Arquiteto e Urbanista indicado pela SEGETH/DF Stepan Krawctschuk, Arquiteto e Urbanista indicado pelo IAB/DF Luiz Eduardo Sarmento Araújo, Arquiteto e Urbanista indicado pela CODHAB/DF Lutero Lemeu, Arquiteto e Urbanista indicado pelo CAU/DF

Obs. Conforme informe de nº 11, por conta de uma indisponibilidade, o Arquiteto e Urbanista Éder Alencar, inicialmente indicado como jurado titular, não mais comporá a Comissão Julgadora deste certame. Deste modo, o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Distrito Federal (CAU/ DF), para a sua substituição, indica os seguintes nomes, que passam a compor a Banca de Julgamento deste certame: Jurado titular: Arquiteto e Urbanista Tony Marcos Malheiros; Jurado suplente: Arquiteto e Urbanista Lutero Lemeu

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HABITAÇÃO DE

interesse social 339


#1 lugar 340


GRUPO 1 CASA PÁTIO LINEAR Habitar é um verbo que se conjuga em intimidade, vizinhança e cidade. Em outras palavras, entendemos que fazer habitação implica não somente nas dinâmicas internas de uma casa, mas também em cidade e convívio. Assim, o presente projeto procura atender às demandas por habitação no DF e, ao mesmo tempo, catalisar urbanidade com uma tipologia de baixo gabarito. Esse ‘duplo desempenho’ está presente em todo o projeto – desde o partido formal e distribuição de funções internas, até os detalhes técnico construtivos. Em especial, três estratégias projetuais convergem nesse sentido: a capacidade de expansão incremental, o partido formal linear e os três pátios. A dinâmica incremental age como catalisadora de positivo adensamento urbano e variação tipológica, incluindo moradores como participantes do projeto de habitação. O partido formal linear, além de otimizar os sistemas infraestruturais, facilitar a implementação em diferentes lotes e organizar áreas sociais e íntimas da casa, produziu interessante alinhamento com a rua, contribuindo na formação de uma paisagem urbana viva: economia local também depende de adequada morfologia urbana, que gere oportunidade de convívio. Os pátios trazem iluminação e ventilação e expandem variadas funções da casa: morar não se limita à metragem interna, pois inclui (visual e funcionalmente) toda a área do lote, multiplicando o investimento de implementação do projeto: os moradores utilizam mais que o dobro da área construída.

PARTICIPAÇÃO LOCAL O sistema construtivo proposto, bem como os materiais estruturais e de revestimento escolhidos, facilitam a participação local na mão de obra e fornecimento de materiais. Dessa forma, o projeto contribui para o desenvolvimento social sustentável com o seu entorno, reduzindo gastos de transporte para a obra e fortalecendo a economia local. SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL E SOCIAL O projeto é concebido para responder a demandas ambientais e sociais do local. Considerando o clima predominante da região, a preocupação com ventilação foi uma das principais diretrizes de projeto. As tipologias contam ampla ventilação cruzada e iluminação natural em todos os ambientes. Contam ainda com sistemas de coleta e reuso da água da chuva, contribuindo assim com a redução sobre a infraestrutura do bairro através da desaceleração de águas de chuva. Além disso, a vegetação e arborização contribui inclusive para uma melhoria do micro-clima local. Equipe Almir Antunes Rocha, Felipe Guimarães, Priscila Coli Rocha, Cauê Capillé

MÉTODO CONSTRUTIVO O método construtivo da ‘casa-embrião’ consiste em bloco de concreto estrutural (autoportante). Entre as muitas vantagens desse método, podemos citar: agilidade na obra, redução da quantidade de mão de obra necessária (pois já funciona como parede acabada), redução do desperdício na obra (sem fôrma).

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GRUPO 2 O projeto tem como ponto de partida o estabelecimento de um módulo que atendesse ás necessidades arquitetõnicas - lugar, forma e função - e construtivas - estrutura, materialidade e execução. Sistemas modulares garantem harmonia formal através da proporção entre as partes. compõe conjuntos equilibrados, contribuindo positivamente ao bairro e á urbanidade, e racionalizam todos os processos técnicos envolvidos à construção. A definição deste módulo relaciona dois aspectos fundamentais á habitação social brasileira. que necessita de projetos que conciliem a escassez de recursos financeiros com elevação dos paradigmas relacionados á habitação de baixa renda: sistema estrutural-construtivo e qualidade ambiental dos espaços O sistema estrutural adotado foi alvenaria estrutural com bloco de concreto pré-moldado. Além de exigir um baixo nivel de especialização de mão de obra - um dos fatores que viabiliza a execução em qualquer região do pais, o sistema aumenta a velocidade de execução. seja pelas dimensões do bloco, que são grandes. seja pelo acabamento do bloco, que dispensa reboco. A dimensão do bloco, 14cmx29cmx19cm, portanto, tornou-se o sub-modulo composdivo e deu origem ao módulo 315cmx315cm (10 blocos de 29cm + 1cm argamassa + % bloco de 14cm+lcm argamassa). Essa dimensão garante qualidade ambiental aos ambientes, .uma vez que aprox. 9m’ internos são adequados e confortáveis para as funções de estar. cozinha e dormitórios, e meio-módulo é suficiente para sanitários e lavanderia A definição do módulo resulta na determinação do lote. 5 módulos transversais (com possibilidade de construção em 4 módulos - 1 lateral do lote livre) x 10 módulos longitudinais ( construção em 8 módulos - frente e fundos livre). Esta organização espacial não explora altos índices de ocupação do lote. entretanto. garan-

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te ventilação natural entre as residências e reduz a transmissão de ruidos entre as unidades, elevando a qualidade ambiental das mesmas. Além disso, estes espaços livres do lote podem ser explorados pelos moradores para paisagismo, estético ou funcional, como formas de implementação da alimentação familiar e embelezamento das residências, fortalecendo a idéia de pertencimento ao lugar e identidade entre as moradias. Outra preocupação projetual que busca responder á necessidade de conferir identidade ás moradias de habitação popular é o uso de cor nas fachadas, no plano vertical que reforça o vazio das esquadrias. que podem .ser escolhidas pelos moradores. Em relação á funcionalidade, a organização dos compartimentos entre si estabelece-se a partir de um núcleo, localizado em posição central, onde se concentram as infra-estruturas hidráulicas. Estar e cozinha, à frente, na porção do terreno voltada à rua, conformam um ambiente integrado, com o objetivo de ampliar a per-..cepção espacial da residência e permitir flexibilidade de uso, conforme a dinâmica familiar. A partir destes 3 elementos foros(núcleo + cozinha + estar), a presença dos dormitórios começa a definir as tipologias Na tipologiaklD. o dormitório localiza-se nos fundos. á esquerda. Na tipologia 2D. acrescenta-se o segundo dormitório ao lado do primeiro. E há. ainda. a possibilidade de um terceiro dormitório (tipologia 3D) à frente. ao lado do estar. Esse arranjo espacial. além de cumprir funcionalidade de acessos e circulações, busca con-templet Scrciects ambientes com iluminação e ventilação natural e, sempre que possivel, ventilação cruzada entre os compartimentos


Equipe Gustavo Panciera Abbad, Rogelio Zanini, Daniel Zanini, Ronald Luis da Cruz Jung, Luzia Olivier Brand, Vinicius Farias, Uilian Marconato, Luara Soares Mayer, Luiz Carlos Barbosa Filho, Uilian da Luz Marconato

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GRUPO 3 A cidade possui o seu desenho marcado por histórias, sendo resultado de suas relações de tempo e espaço. A arquitetura neste contexto não se apresenta como imposição, mas sim transformação, adaptando-se conforme as necessidades e oportunidades surgem. Como já disse Koetter, a cidade se apresenta perfeita em sua “imperfeição”, com suas colagens, frutos de intervenções livres em sua forma mais democrática, a ocupação e apropriação do ser humano perante sua morada. A arquitetura é reflexo das relações sociais, transformações temporais, culturais e politicas de cada geração, porém o modelo econômico, dependente e concentrador, que vigorou durante décadas no Brasil foi o fator responsável pelo acelerado processo de urbanização desordenada e teve como consequência a situação caótica das cidades e formação de um cinturão de miséria em sua periferia. O direito à moradia constitui um direito social e humano, é elemento de grande importância para o desenvolvimento dos espaços urbanos, enquanto elemento indispensável ao desenvolvimento dos cidadãos e suas comunidades. Propõe-se uma leitura de morada baseada em senso de comunidade, entendendo que as relações sociais associadas à infra estrutura básica e tipologia digna, devem ser os pilares para a produção da habitação. Oportunizar a apropriação e democratizar as decisões espaciais e espaços de convívio proporcionando ferramentas para sentimento de pertencer. “Habitação não é apenas um refúgio para se proteger do meio ambiente, das intempéries, mas uma ferramenta para superar a pobreza”. (Alejandro Aravena)

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Equipe Anamélia Adriano, Rodrigo Reche, Felipe Kaspary, Paula Rabel Dilli

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GRUPO 1 As tipologias habitacionais desenvolvidas para este concurso se enquadram no GRUPO 01, apresentando um projeto para uma habitação unifamiliar econômica e uma casa sobreposta de um dormitório com possibilidade de expansão de mais um cômodo. SUSTENTABILIDADE URBANA: a partir de uma proposta urbana compacta e uma ocupação de solo consciente. FLEXIBILIDADE ESPACIAL URBANO ARQUITETÔNICA: Com relação aos possíveis arranjos, variedade tipológica e ao crescimento progressivo das unidades. RACIONALIDADE CONSTRUTIVA: baseada em processos construtivos industrializados que permitam a unidade do conjunto sem detrimento da diversidade arquitetônica. ADAPTABILIDADE FUNCIONAL: a partir de distribuições internas de tamanhos homogêneos que permitam a realização de diferentes atividades em qualquer espaço. IDENTIDADE: a partir de arranjos urbano arquitetônicos que consideram a escala humana e favorecem a vida em comunidade A proposta atende às necessidades da CODHAB e dos futuros moradores a partir de 5 critérios principais, oferececendo uma alta qualidade urbano arquitetônica com baixo impacto econômico. UM PROJETO URBANO SUSTENTÁVEL A consciência das consequências dos processos de urbanização e expansão da mancha urbana é essencial para o desenvolvimento das propostas urbanos atuais. A discussão contemporânea advoga, maioritariamente, pela utilização de modelos compactos: com maiores densidades, um consumo de solo mais otimizado e, portanto, menos agressivo com o meio ambiente, maior diversidade e consequentemente maior coesão social. Além disso, o modelo compacto também otimiza a distribuição de infraestrutura pública, serviços, equipamentos e comércio, favorecendo uma vida cotidiana de maior qualidade.

VARIEDADE TIPOLÓGICA UMA GARANTIA PARA A DIVERSIDADE SOCIAL As variações tipológicas, previstas no projeto, buscam romper a homogeneidade e monotonia, resultando em agrupamentos tipológicos com melhores diálogos volumétricos com o entorno e mais harmônicos com a escala humana, favorecendo a vida em comunidade. Ao contrário do que geralmente vem se operando em unidades habitacionais para população de baixa renda, a proposta não busca soluções instantâneas e padronizadas, o que não significou deixar de lado o lógica da produção em massa para viabilizar o atendimento das grandes demandas. Ao longo dos anos, as famílias passam por várias transformações podendo aumentar ou diminuir o número de integrantes. Essas transformações ao longo do tempo. assim como as diferentes formações familiares, precisam ser levadas em consideração na produção habitacional e. por isso. o desenvolvimento de um projeto que oferece a possibilidade de ampliação dos espaços é muito pertinente. Dentro deste entendimento, apresenta-se um projeto suficientemente flexível às possíveis alterações, ampliações e adequações dos futuros usuários. No entanto, o grande desafio no processo de criação de uma arquitetura adaptável e progressiva é assegurar que decisões individuais não impactem negativamente sobre o coletivo, ou seja. sobre os espaços públicos e privados dos vizinhos, afinal, deve haver o respeito às regras e convenções de um grupo maior, neste caso, o bairro e a vizinhança.

Equipe Alfredo Figueiredo, Andrea Acosta, Adriana Granda, Robinson Cueva, Gabriel Fortenbacher, Nicole Andrade, Christine Van Sluys, Esteban Jaramillo , Claudia Karina Resende , Renata Coradin, Fabricia Zulin

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GRUPO 2 Segundo Ferreira, Nogales e Penna (2008)¹ “no Distrito Federal, desde o início da implantação da capital federal, as favelas e as ocupações informais dos pobres foram ‘erradicadas’ da área planejada, e a população deslocada no território e transferida para os novos assentamentos promovidos pelo poder público na periferia. ” Nesses complexos habitacionais concebidos com infraestrutura precária não prosperaram a diversidade de atividades econômicas que sustentassem a geração de emprego e renda da população corroborando para a manutenção da pobreza. Ainda segundo as autoras: “as características da população moradora também configuram um quadro de vulnerabilidades como: 1. A fragilidade dos laços que unem a população ao território devido esses moradores não têm uma história de vida comunitária e às diversas remoções; o trabalho no local de moradia inexiste ou é informal; deslocam-se diariamente para ir trabalhar, o que esvazia o lugar e desagrega o grupo social; não se conhecem e não construíram laços de vizinhança nem organização social, não criaram uma identidade territorial. 2. Condições sociais, econômicas e culturais limitam a capacidade de enfrentamento das adversidades. “ Diante do contexto exposto entendemos que a proposição de uma unidade de habitação de interesse social para abrigar população de baixa renda e elevado risco social deve extrapolar o conceito reducionista e individualista da “máquina de morar” de Le Corbusier, representado por uma casa bonita e confortável, funcional e eficiente e à ideia perfeitamente apta para atender às necessidades dos ocupantes. No projeto de habitação coletiva as configurações morfológicas e os arranjos espaciais devem convergir para a criação de ambientes que atendam aos anseios da comunidade e promovam

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o resgate do senso de lugar e de habitar, a sustentabilidade social e ambiental, a vitalidade urbana, a identidade e a privacidade. Diretrizes Projetuais - As unidades atendem as diretrizes do Programa Minha Casa Minha Vida, da Norma de Desempenho NBR 15.575 e da Norma de Acessibilidade NBR 9050. Os parâmetros adotados na definição do projeto das unidades habitacionais seguem a linha de raciocínio de Barros e Pina (2010) no tocante a inclusão de conceitos humanizadores no processo de projeto de habitação coletiva e dividem-se em duas categorias: senso de urbanidade e senso de habitualidade. Senso de Urbanidade – Escala de implantação - A implantação das residências nos lotes foi pensada de forma que fosse possível a configuração de uma rede de espaços semi-públicos positivos capazes de incentivar encontros e permanências da comunidade, fortalecer os laços afetivos e o sentimento de pertença. As expansões nos térreos têm um enorme potencial para o desenvolvimento de atividades comerciais diversas corroborando para a geração de emprego e renda e a vivacidade urbana. A demarcação dos acessos e os espaços de transição arborizados no afastamento frontal do lote criam gradientes de privacidade entre a rua e a entrada das UHs. A materialidade das UHs despojadas de revestimentos e com discretas reentrâncias no relevo das superfícies oferecem um amplo leque de possibilidades personalizações, customizações do edifício e construção de identidades. Equipe Sizinandes Barros de Lima Neto, Sarah Lima, Rita Gurjão, Diego Montenegro de Lacerda, Liana Correa dos Santos lacerda, Laudelino de Araújo Pedrosa Filho, Thyago Ramon Pereira da Silva, Thálita Zavaski Abreu, Renata Caiaffo, Raphael Albuquerque dos Santos, João Victor de Tatrai Carreiro, Jean Carlo Fechine Tavares, Giuseppe Branquinho, Emmanuel Silva Dantas, Bruna França de Pontes, José Vanildo de Oliveira Júnior


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GRUPO 3 A proposta de habitação consiste na ordenação da textura urbana sem abdicar do caráter espontâneo inerente à expansão. Inverten- do a lógica da arquitetura pré-determinada e imutável e transfor- mando-a em diversaspossibilidades de metamorfose, assegurando a identidade estética e a qualidade espacial projetadas. Verifica-se a oportunidade de expansão tanto na escala do objeto quanto na escala urbana com suas variadas possibilidades de implantação. Lotes geminados de 128m² definem conjuntos habitacionais em fita o que possibilita não só a urbanização de quadras inteiras como a implantação em terrenos ociosos de áreas urbanas já consolidadas. A unidade embrião modulada se expande e se replica de forma di- nâmica com um jogo de cheios e vazios na fachada que quebram a monotonia da repetição, enquanto a dinâmica da planta permite que o acesso ao lote se faça tanto pela frente quanto pelos fundos, possibilitando a criação de vilas internas às quadras e preservando a melhor orientação solar. Com sistema construtivo simples, economicamente viável e de fácil execução, a unidade de 68m² originalmente projetada para 3 quar- tos garante diversas possibilidades de mutação. O perímetro da casa bem como seu núcleo de área molhada se definem pelas pa- redes estruturadas em blocos de concreto aparente enquanto as di- visórias mutáveis dos quartos, varandas e sala são delimitadas por painéis de madeira OSB de fácil manuseio para quaisquer edições desejáveis à planta. O fechamento dos vazios é feito por esquadrias de madeira padronizadas, bem como toda a estrutura pré-moldada da edificação. O baixo custo da construção permitiu o investimento em soluções sustentáveis necessárias à cidade contemporânea e oportunas ao caráter social dessa habitação como a captação de água da chu- va para reuso e a geração de energia fotovoltaica através de um sistema de painéis solares conectados diretamente ao quadro de energia da residência.

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Equipe Fernando Bonini, Luiza Schreier, Olivier Ferreira Bruno Läuppi, Marcos Blanco de Amorim, Rogerio Goldfeld Cardeman


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#menções honrosas Foram recebidas 88 propostas em formato eletrônico dentro do prazo definido no cronograma do concurso. Após o júri decidir acerca do método de avaliação dos projetos, dentro dos critérios estabelecidos nas Bases do Concurso, foram definidas as etapas e a escolha dos estudos. A Comissão Julgadora deliberou outorgar Menções Honrosas às seguintes propostas: Grupo 01: Estudo Preliminar número 1040, pela elegância e simplicidade da solução plástica. Grupo 02: Estudo Preliminar número 993, pela flexibilidade de usos e ocupação; Estudo Preliminar 1011, pela tipologia singular e qualidade da solução do conjunto. Grupo 03: Estudo Preliminar número 1018, pela solução volumétrica e tratamento dos materiais; Estudo Preliminar número 1025, pela qualidade estética e da solução modular.

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MENÇÃO HONROSA | GRUPO 1 ESTUDO PRELIMINAR NÚMERO 1040

Luciana de Andrade Bento, Rangel Brandão, Jakelyne Martins, Guilherme Andrade, Frederico Rabelo, Bruno Cabral,

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MENÇÃO HONROSA | GRUPO 2 ESTUDO PRELIMINAR NÚMERO 1011

Hector Vigliecca Gani, Luciene Quel, Ronald Werner Fiedler, Neli Yumi Shimizu, Pedro Ichimaru Bedendo, Luiz Marino Kuller, Carolina Passos, Fernanda Trotti, Camila Couto Argento, Luiz Felipe Quel Filho, Juliana Yukie Shiraishi, Paulo Eduardo Fonseca de Campos, Paulo Roberto de Oliveira Mattos , Alexandre Lins dos Santos,

MENÇÃO HONROSA | GRUPO 2 ESTUDO PRELIMINAR NÚMERO 993

Lorena Nilzete, Cássio Lopes França Lima, Norberto Barbosa Coelho, Liliano Rodrigo Rezende, Fernanda Lacerda , Ana Luísa Lloyd, Sérgio Ricardo Palhares

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MENÇÃO HONROSA | GRUPO 3 ESTUDO PRELIMINAR NÚMERO 1018 Ingrid Okraska Zimermann

MENÇÃO HONROSA | GRUPO 3 ESTUDO PRELIMINAR NÚMERO 1025

Alex Fernandes, Henrique Balduino, Olívia Nasser, Gabriela Lamounier, Camila Kakazu, Cláudio Sá, Nonato Veloso,

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PARTICIPANTES | GRUPO 2

1 | Peter Flaccus Poulsen, Michael Hyttel Thorø, Lívia Catão Cartaxo Loureiro, Davi De Lima Vaz Xavier, Saul Kaminsky, Diego Viana Gomes 2 | Almir Antunes Rocha, Felipe Guimarães, Priscila Coli Rocha, Cauê Capillé 3 | Amanda Laurienny Costa Belo

#1

#2

4 | Cláudio Scherer Gibran Arnt, Diogo A. S. Ongaratto, Ricardo Delazzeri, Gabriel Nobre de Souza, Rodrigo de Nadal Milani, Raíssa Conceição Acunha, Andressa Becker Giacomazzi 5 | Renato Ferreira de Santana, Aline Lima Tavares 6 | Felipe Araki, Thomas Foster, Levy Vitorino, Eduardo da Mata e Silva, Caio Mingione, Natalia Tanaka, Júlia Risi, Claudia Bresciani, Carlos Eduardo Collet, Camila Guerreiro Reis

#3

#4

7 | Helton F. Oliveira Roberto H. Andrades Marina Cardoso Monroe Amanda de Caires, George Ribeiro Neto 8 | Gustavo Panciera Abbad, Rogelio Zanini, Daniel Zanini, Ronald Luis Da Cruz, Jung Luzia, Olivier Brand, Vinicius Farias, Uilian Marconato, Luara Soares Mayer, Luiz Carlos Barbosa Filho

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#5

#6

#7

#8


PARTICIPANTES | GRUPO 2

#9

#10

9 | Sizinandes Barros de Lima Neto, Sarah Lima, Rita Gurjão, Diego Montenegro de Lacerda, Liana Correa dos Santos lacerda, Laudelino de Araújo Pedrosa Filho, Thyago Ramon Pereira da Silva, Thálita Zavaski Abreu, Renata Caiaffo, Raphael Albuquerque dos Santos, João Victor de Tatrai Carreiro, Jean Carlo Fechine Tavares, Giuseppe Branquinho, Emmanuel Silva Dantas, Bruna França de Pontes, José Vanildo de Oliveira Júnior 10 | Raymundo Konzen, Matheus Frasson, Lúcio Luiz Konzen 11 | Murilo Marques, Isabella Bueno, Raissa Rodrigues Lia Falsin Caio Barbato Maroso Lilia do Carmo Donadon, Ronald Tanimoto Celestino 12 | Isabella Vilar, Arthur Ferradás Chaklian 13 | Lindiane Cardoso de Oliveira 14 | Guilherme Dias de Macedo

#11

#12

15 | Rafael Almeida, Esteves dos Reis, Rharã de Almeida Cardoso, Flávio Magalhães Ulhoa, Carolina de Siqueira Galil, Pâmela Fontes Batalha do Carmo, Ana Paula Ferreira Luz 16 | Mary Hashiguchi, Minoru Yamamoto, Abrão Selen Neto, Wania Edy Ulbricht Poli

#13

#14

#15

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PARTICIPA PARTICIPANTES | GRUPO 2

17 | Rayana Barbosa Vasconcelos, Vitor Carvalho Xavier, Francisco Sheldon, André de Mesquita, Abner Augusto R M A de Souza, Carlos Yuri Nobre 18 | Laure Beringuer, Marcello Marchado, Manoella Monetto Mendes

#17

19 | Ernesto Cruz, Bruna Sato, Diogo Alves Gouveia, Ana Carolina Ferrigatti Mamede

#18

20 | Flávio Hissao Maeda, Jordan Guimarães Campos, Luiz Massami Saito Iwakawa, Dayana Melin de Oliveira, Melina Baruki e Haack, Augusto Guimarães Pedreira de Freitas, Marcelo Salvador, Cauê Martins, Caroline Moro, Paulo Burckas, Vladimir Navazinas, Ana Luiza Chieregati 21 | Raimundo Calixto de Melo Neto, Natália Miranda, Isabel Lemos, Eubert Paixão, Ícaro Castro, Francisco André Martins Pinto, Bruno Raviolo, Bianca Feijão

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#19

#20

#21

#22

22 | Alex Fernandes, Henrique Balduino, Olívia Nasser, Gabriela Lamounier, Camila Kakazu, Cláudio Sá, Nonato Veloso


PARTICIPANTES

23 | Lucas Hidekazu Ogassawara, Thiago Vidal Pelakauskas, Danielle Alves Lessio, Christian Michael Seegerer 24 | Ricardo Aldo Stefoni

#23

#24

25 | Hector Vigliecca Gani, Luciene Quel, Ronald Werner, Fiedler Neli, Yumi Shimizu, Pedro Ichimaru Bedendo, Luiz Marino Kuller, Carolina Passos, Fernanda Trotti, Camila Couto Argento, Luiz Felipe Quel Filho, Juliana Yukie Shiraishi, Paulo Eduardo Fonseca de Campos, Paulo Roberto de Oliveira Mattos, Alexandre Lins dos Santos 26 | Paulo Iglesias, Letiane Benincá

#25

#26

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PARTICIPANTES

27 | Anamélia Adriano, Rodrigo Reche, Felipe Kaspary, Paula Rabel Dilli 28 | Rodrigo Rintzel, Marisabel Scortegagna, Marcele Salles Martins, Anicoli Romanini

#27

#28

29 | Edson José Busko, Frederico Huckembeck Neto, Rodrigo de Pádua Ribeiro, Augusto Pimentel Pereira Ingrid Okraska Zimermann Marcio Dambroski Buzzo 30 | João Marques da Cruz Neto, Ruy D. Barretto Junior, Andre Frederico Barreto Leite, Victor Alexsander Oliveira Silva, Marcelo Baiocchi Villa-Verde Carvalho

#29

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#30


PARTICIPANTES

31 | Raquel Blaia, Juliana Gushi, Miriam Castanho, Kelly Bozzato, Fábio Burgos, Carolina Rocha, Danyelle Frascareli, Amanda de Castro Spadotto 32 | Luciano Alves da Silva, Jaqueline Nunes Schaefer

#31

#32

33 | Lorena Nilzete, Cássio Lopes França Lima, Norberto Barbosa Coelho, Liliano Rodrigo Rezende, Fernanda Lacerda, Ana Luísa Lloyd, Sérgio Ricardo Palhares

#33

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Coordenação Adélia Margarida Massimo Ribeiro Titulares Felipe Lopez Annunziato, Arquiteto e Urbanista contratado por meio do Edital de Concorrência 01/2016 Yara Regina Oliveira, Arquiteta e Urbanista indicada pela Associação Brasileira de Arquitetos Paisagistas (ABAP) Frederico Barboza, Arquiteto e Urbanista indicado pela Associação Brasileira de Ensino de Arquitetura e Urbanismo (ABEA) Ana de Paula Fonseca, Arquiteta e Urbanista indicada pela Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura (AsBEA) Guilherme Pires de Miranda Araújo, Arquiteto e Urbanista indicado pela Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal (CODHAB/DF) Edinardo Lucas, Arquiteto e Urbanista indicado pela Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas (FNA) Claudio Crispim, Arquiteto e Urbanista indicado pelo Instituto de Arquitetos do Brasil, Direção Nacional (IAB/DN) Suplentes Lúcia Helena Ferreira Moura, Arquiteta e Urbanista indicada pela Associação Brasileira de Arquitetos Paisagistas (ABAP) Marcela Zago Vilela, Arquiteta e Urbanista indicada pela Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal (CODHAB/DF) Eleonora Lisboa Mascia, Arquiteta e Urbanista indicado pela Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas (FNA) Obs.: De acordo com o #informe 10, de 03.10.2017, tendo em vista a indisponibilidade do Arquiteto e Urbanista Guilherme Pires de Miranda Araújo (indicado pela Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal – CODHAB/DF como jurado titular) de compor a Comissão Julgadora deste certame, a Arquiteta e Urbanista Marcela Zago Vilela (indicada pela Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal – CODHAB/DF como jurada suplente) passa a integrá-la como membro titular.

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#1 lugar 382


Entender o limite entre a cidade e a natureza, compreender a ideia de fronteira. Construir um bairro como uma frente urbana. Projetar para as pessoas criando modelos e paradigmas que nos façam refletir sobre a vida nas cidades Projetar um bairro é um trabalho que transcende a prática da arquitetura, do urbanismo e do paisagismo. É um exercício de entendimento das pré-existências. dos problemas urbanos e da busca de respostas que lidem com a simplicidade e a complexidade, que sejam fortes e flexíveis ao mesmo tempo Essas respostas dadas aos problemas cotidianos são colocadas num projeto dessa natureza como possibilidades de debate com a sociedade, seja ela representada pelo poder público, pelas instituições, pelas comunidades locais, e em última instância pelos cidadãos em sua representação mais ampla possível É um exercício coletivo e se constrói aos poucos, assim como a casa das pessoas, que mesmo podendo ter o mesmo projeto arquitetônico, se torna diferente ao longo dos anos. O Projeto de Arquitetura e Urbanismo para o Setor Habitacional Pôr-do-Sol configura-se como uma oportunidade para refletir sobre a cidade e sobre como podemos construir espaços para viver, habitar, trabalhar, descansar e ter lazer. Desenhar espaços que sejam lugares de abrigo, de encontro, de contemplação e fruição da vida urbana. Respeitando e gerando diferenças entre as soluções arquitetônicas e urbanísticas que no futuro sejam também parte da identidade de um novo local. O entorno da área destinada ao projeto do Setor Habitacional Pôr-do-Sol em Ceilândia-DF é caracterizado por uma problemática urbana específica. Entre vários aspectos podemos destacar a homogeneidade do traçado urbano, a monotonia da paisagem, a carência de referenciais urbanos simbólicos e a baixa qualidade das edificações. Num contexto como esse, temos uma paisagem na qual os espaços livres das ruas são aprisionados pela continuidade dos muros e das grades. A regularidade de traçado, refletida na geometria rigorosa das quadras existentes reforça esses aspectos. Mesmo nos trechos não planejados, fruto da ocupação desordenada, características como monotonia, carência de desenho urbano e insegurança para os pedestres se refletem na qualidade dos espaços públicos Desenhar a cidade numa situação geográfica como a descrita

acima significa entender a necessidade de lidar com a fronteira do tecido urbano no inexato limite em que ele se encontra com a natureza. É preciso então pensar uma frente urbana, qualificar os espaços públicos, construir a noção de vizinhança e entender as pequenas centralidades Da leitura do contexto descrito acima, a proposta sugere as seguintes considerações: - Entendimento da necessidade de uma identidade própria para o novo bairro, a construção da ideia de lugar dentro da geografia da cidade. - Proposição de espaços livres públicos que reforcem essa noção de identificação e diferenciação do bairro em relação aos espaços vizinhos - Interpretação da continuidade do sistema viário da cidade e do traçado do interceptor de esgoto como oportunidades de projeto. Dessas diretrizes decorrem as seguintes estratégias de projeto: 1 - Proposição de uma rua central de pedestres como elemento estruturador do partido da intervenção Seu traçado se sobrepõe ao interceptor de esgoto e gera conexões entre os espaços livres e os lotes de uso misto contíguos. Trata-se do principal elemento de identificação e diferenciação. 2 - Proposição de ruas transversais à via peatonal — vias de circulação de vizinhança — que conectem o novo setor aos bairros situados à nordeste da intervenção Nessas vias são propostos usos mistos com preferência para térreos comerciais. 3 - Implantação de um parque que faça a transição entre a frente urbana criada pelo novo bairro e a ARIE JK Além da geração de áreas de lazer. esse parque tem a função de recuar a Via Parque da borda do empreendimento, reduzindo assim o risco de ocupações irregulares junto à divisa da área de preservação ambiental. 4 - Adoção de um modelo de quadra que promova a existência de áreas de lazer e brincadeiras infantis no espaço público central

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a um grupo de blocos Além de construir a noção de vizinhança, esses lugares têm a escala adequada para incentivar o convívio entre moradores próximos. 5 - Distribuição de equipamentos e instituições públicas como escolas. centro comunitário e unidade de saúde em posições estratégicas próximas ao transporte coletivo e em distâncias confortáveis ao percurso peatonal dos moradores. HABITAÇÃO Os edifícios cuja destinação principal será a habitação foram pensados de maneira a gerar diversidade na paisagem urbana. A diversidade é entendida aqui sob diversos aspectos O primeiro deles é o morfológico: a variação de escalas e números de pavimentos - além de permitir variação de densidades - promove diferentes leituras do conjunto a partir dos espaços públicos Essa variação também organiza as hierarquias das vias e dos espaços de convívio Edifícios com mais pavimentos estão posicionados nas vias principais e construções mais baixas em vias secundárias. Outro aspecto importante na diversificação da paisagem é a

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proposição dos usos mistos. especialmente no térreo. No sistema viário principal são propostos então comércio, lazer, convívio e habitação A ideia é potencializar fachadas ativas para a via pública, incrementando a vitalidade urbana através da relação espaço público-privado, interior-exterior. Os agrupamentos de edifícios habitacionais de diferentes escalas organizam também a noção de vizinhança. No centro de cada conjunto de edifícios composto por unidades de 4 pavimentos, 3 pavimentos. casas sobrepostas e casas térreas. configura-se um espaço de lazer que pode ser composto de playground, gramado, horta comunitária, estacionamento, entre outros usos Essa área é espaço público e faz parte do sistema viário.

Equipe Matheus Fernandes, Gabriel Tomich, Daniela Moro, Martin Kaufer Goic, João Gabriel Rosa, Fabio Henrique Faria, Eron Costin, Emerson Vidigal


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#2 lugar 388


CONCEITUAÇÃO O Projeto de Urbanismo e Arquitetura para o novo setor habitacional do Pôr-do-Sol pretende consolidar novas lógicas de planejamento e desenho urbano, focadas no elemento humano, onde a mobilidade, as tipologias edilícias, os espaços livres atendam as necessidades básicas dos moradores de uma cidade diversa e acessível. Por se tratar de uma borda urbana ocupada por população de menor renda, o projeto objetiva o desenho de um ambiente urbano que propicie o desenvolvimento transformacional e sustentável. Diante do exposto, o projeto adotou as seguintes diretrizes para elaboração da proposta: a. Atendimento de uma demanda municipal e local por espaços livres de uso público, com boa oferta de equipamentos que promovam a socialização, o lazer e o esporte. b. Consolidação de um sistema de mobilidade que privilegie os deslocamentos de pedestres e de modais não motorizados, assim como a sua conexão com o transporte coletivo e individual. c. Distribuição de espaços coletivos de diferentes tipos e escalas, sejam eles públicos ou privados, que possibilitem uma maior vitalidade urbana. d. Proposição de uma paisagem diversificada através de diferentes tipologias arquitetônicas e suas relações com o espaço público. e. Transformação do novo setor habitacional em urna “frente urbana”, gerando uma área de amortecimento entre o espaço urbano e a ARTE JK. SISTEMA DE ESPAÇOS LIVRES O sistema de espaços livres é composto por vias, praças, largos de pedestres e o parque, gerando uma malha acessível e humanizada, conectando os equipamentos da gleba e do entorno e servindo de base para os deslocamentos diários dos habitantes. A arborização promove o sombreamento dos percursos, tão importante na condição climática do Distrito Federal. A Praça cívica que marca o acesso principal através da via P5 Sul à nova urbanização, de caráter multifuncional, pode se prestar para manifestações políticas, religiosas, artísticas e culturais.

A introdução dos largos de pedestres que possibilitam a convivência e a recreação para atender a demanda de lazer e ócio nas áreas mais adensadas da gleba. Em sua interseção com as vias de vizinhança, conformam-se nós urbanos que concentram fluxos dos diferentes modais, usos e atividades. Estes tornam-se praças intersticiais atendidas por comércios e serviços, gerando assim espaços de convergência das trocas, da celebração, do aprendizado, da vida, o lugar que resume a ideia de cidade. A implantação do parque do Pôr-do-Sol na borda do novo setor habitacional tem como objetivo atender a uma demanda municipal e local por espaços livres de uso público, com boa oferta de equipamentos, que promovem a socialização, o lazer e o esporte. Seu desenho pretende criar uma área de amortecimento entre o espaço urbano e a área de preservação da ARIE JK. Ao longo deste, é criado um circuito de contemplação e de caminhada esportiva que conforma essa transição, onde reentrâncias do parque permitem um maior contato dos habitantes com a área de preservação, e reproduzem uma paisagem típica do cerrado restrito com sua vegetação retorcida e irregular. MOBILIDADE O sistema de espaços livres são projetados de modo a introduzir uma nova lógica de mobilidade não motorizada. O sistema viário objetiva integrar-se da melhor forma possível com o sistema consolidado, dando continuidade às vias de vizinhança com comércio e serviço implantados nas fachadas frontais térreas dos edifícios. Nestas vias existem bolsões de estacionamento, arborização viária e bancos. Estas vias principais delimitam unidades de vizinhança, compostas por um conjunto de quadras habitacionais, onde as vias são locais e compartilhadas pelos diferentes modais. Nes-tas, o canteiro central diminui a velocidade de circulação de veículos e permite o estacionamento de veículos. Além destas, a via parque conforma a borda do Parque Pôr--doSol, e também apresenta o caráter de circulação lenta de veículos, conformando urna via segura para a circulação e travessia dos pedestres.

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Equipe Vitor Jun Takahashi, Marcelo Miotto, Leonardo Venancio, Felipe Sanquetta, Augusto Andrade de Oliveira, Alexandre Kenji Okabaiasse

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#3 lugar 394


O conceito para a proposta do Setor Habitacional Pôr do Sol baseia-se na integração urbana e ecológica. A área da proposta se encontra em uma zona de transição entre a Área de Regularização de Interesse Social Pôr do Sol e a Área de Relevante Interesse Ecológico Juscelino Kubistchek. Baseada nesse caráter dialético do encontro entre o urbano e o natural, desenvolveu-se uma proposta que busca sintetizar em sua concepção a eficiência da articulação do espaço urbano com a preocupação e com o respeito as áreas de relevante interesse ecológico. A proposta primordialmente se conecta com a malha urbana da ocupação consolidada do entorno, reforçando e aprimorando os eixos de circulação estabelecidos pelos parâmetros das Diretrizes para o Sistema Viário. O interceptor de esgoto que atravessa toda extensão da área foi incorporado ao desenho de maneira sutil, estabelecendo que sobre ele não há qualquer tipo de construção não permitido. As vias de circulação de vizinhança são destacadas no traçado urbano da proposta, recebendo tratamento paisagístico mais elaborado, com uma infraestrutura compatível com a promoção de uma maior diversidade de atividades tanto no âmbito privado, de comércio e serviço, quanto público, de esporte e lazer. Essa valorização do desenho urbano se estende a Via Parque, onde neste caso pretende-se estabelecer um cinturão verde como parte da zona de amortecimento da ARIE Parque JK, propiciando em suas margens infraestrutura para o desenvolvimento de atividades de lazer ativo e contemplativo, e demonstrando respeito as unidades de conservação. No centro da proposta também é prevista uma Via de Atividades com uma proposta urbanística mais elaborada, com espaços para prática esportiva, feiras, eventos culturais e lazer. Um conjunto que promove atratividade e o encontro social. A partir destes eixos estruturantes estabelecidos pela proposta, pôde-se definir diretrizes de uso e parcelamento da área, considerando os parâmetros de densidade, articulação dos espaços urbanos e a preocupação com a manutenção das áreas de sensibilidade ambiental. Com isso foi concebido um modelo de parcelamento

de média densidade denominado “Quadra Aberta”, que foi repetido seis vezes para ocupação da Zona A. A “Quadra Aberta” é constituída por 9 quarteirões interligados por Vias Compartilhadas com infraestrutura de menor porte, pavimentada com peças pré-moldadas, incentivando a redução da velocidade do tráfego motorizado e promovendo o trânsito de bicicleta e pedestre de forma compartilhada. A forma de ocupação desse modelo urbano prevê em seu perímetro edifícios de apartamentos baixos com até 4 pavimentos e pequenos espaços de comércio e serviço vicinal com fachadas ativas. No interior da “Quadra Aberta” intercalam-se casas térreas e casas sobrepostas de modo que a medida que se aproxima de seu centro a densidade habitacional vai se reduzindo até chegar num núcleo de lazer e encontro, com uma praça urbana ou equipamento público comunitário, elaborado com um paisagismo que estimula a consolidação a uma nova área com formação vegetal, revelando a integração entre a ocupação urbana e a integração com o meio ambiente natural. O partido adotado busca retomar o cotidiano urbano tradicional propondo ruas vivas e a valorização da esquina como ponto referencial. Na relação entre os edifícios e a rua evitam-se fachadas cegas e becos, mas se ressalta a quebra da monotonia urbana com a diferenciação de tipologias arquitetônicas e a criação de espaços livres de uso público, criando-se aberturas visuais que integram os diversos ambientes urbanos, conferindo aos usuários a qualidade estética, a vitalidade e a segurança do espaço urbano. Mais de 70% da área da proposta é constituída por espaços livres de uso público perpassados por vias de acesso. Ainda foram previstas 5% de área para Equipamentos Públicos Comunitários. A distribuição destes equipamentos na área atendem as exigências constantes nas Diretrizes Urbanísticas para a região do Pôr do Sol. Deste modo cerca de 62% da área da Zona B ficou destinada a implantação de áreas públicas. Na proposta estão considerados os 5% de área para instalação de Equipamentos Públicos Comunitários atendendo ao edital com uma Escola Classe, uma Escola de Ensino Médio, além disso foram previstas

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áreas para uma Unidade Básica de Saúde e um Centro de Ensino Infantil. Com isso, a proposta para a Área de Regularização de Interesse Social do Setor Habitacional Pôr do Sol atende a todas exigências estabelecidas no edital e demais itens especificados nas leis, decretos e diretrizes estabelecidas. Contudo, a proposta vai além das necessidades ao desenhar uma abordagem urbana de caráter integrador, preocupada com as condições ambientais estabelecidas ao mesmo tempo que propõe soluções simples e eficientes que irão melhorar as condições de habitabilidade e urbanidade da região.

Equipe Eduardo Sinegaglia, Janaina Nichele, Rodolfo Luís Scuiciato, Aline Proença Train, Suzanna de Geus, Moacir Zancopé Junior, Luciano Suski, Fábio Domingos Batista, Taco Roorda, Igor Costa Spanger

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#menções honrosas Foram recebidas 24 propostas em formato eletrônico dentro do prazo definido no cronograma do concurso. Após o júri decidir acerca do método de avaliação dos projetos, dentro dos critérios estabelecidos nas Bases do Concurso, foram definidas as etapas e a escolha dos estudos. A Comissão Julgadora deliberou outorgar Menções Honrosas às seguintes propostas: Estudo Preliminar número 1066, por criar ambiências aprazíveis na relação das edificações com a rua e apresentar adequadas soluções nas unidades habitacionais; Estudo preliminar número 1073, por apresentar uma solução de estruturação urbana diferenciada da maioria das outras propostas ao negar o uso da projeção do interceptor de esgoto como condicionante do desenho da malha viária.

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MENÇÃO HONROSA COM DESTAQUE ESTUDO PRELIMINAR NÚMERO 1073

Alexandre Gil, Priscila Kakazu, Ana Carolina Pernambuco Campos, Caio Rodrigues Avila Jacintho, Pedro Meneghel, Fernando Botton,

MENÇÃO HONROSA

ESTUDO PRELIMINAR NÚMERO 1066 Djuly Duarte Valdo, Thais de Freitas, Letícia Sitta

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PARTICIPANTES

1 | Leandro Sasse Bruno M. Custódio 2 | Gustavo Beccari, Hélio Munhoz Buba, Danilo Alberto Menon, Roberto Accioly Melo, Diego Nogossek da Rocha, Rafael Alberto Menon 3 | Patrícia Barcelos, Luis Sérgio Borges, Denise Labrea, Ulysses Santos Silva, Tassiane Salas, Sabrina Cardoso, Marília Oiwane

#1

#2

4 | Mônica Infante de Oliveira de Souza, Vinicius Ferreira Mattos 5 | Matheus Fernandes, Gabriel Tomich, Daniela Moro, Martin Kaufer Goic, João Gabriel Rosa, Fabio Henrique Faria, Eron Costin, Emerson Vidigal 6 | Vitor Jun Takahashi, Marcelo Miotto, Leonardo Venancio, Felipe Sanquetta, Augusto Andrade de Oliveira, Alexandre Kenji Okabaiasse

#3

#4

7 | Thereza Vidigal, Pedro Telecki, Soyani Tardiolli de Figueiredo, Guilherme Quinilato Baldessin, Daniela Uttemberghe, Mainara Prado Araújo, Bruna de Castro Zambuzi, Luis Espallargas Gimenez 8 | Rafhael da Rosa Silva, Kelly Lorenzetti Tiroli, Paula Fragalle Brisolla, Rafael Lopez Pegoraro, Vitor Silva da Costa, Carolina Neuding, Fábio Scalisse

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#5

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#7

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PARTICIPANTES

9 | Osias Baptista Neto, João Carlos Castro e Silva (Joca) Yasmin Braga Alves e Silva, Joel Campolina 10 | Walter Brunialti, Valter Caldana, Renan Peixoto, Igor Miranda Andressa Haddad, Maria Regina Gomes dos Santos

#9

#10

11 | Thaís Ribeiro Kinoshita, Karina Yumi Ieiri Maineri, Felipe de Azevedo, Eric de Freitas Bellonsi, Dimitri Iurassek 12 | Luan da Silva Faustino João Paulo Lourenço Alves Vieira da Cunha Paulo Henrique de Souza, João Paulo Lourenço Alves Vieira da Cunha 13 | Djuly Duarte Valdo Thais de Freitas Letícia Sitta, 14 | Alexandre Gil Priscila Kakazu Ana Carolina Pernambuco Campos Caio Rodrigues Avila Jacintho Pedro Meneghel Fernando Botton, Roberto Zocchio Torresan

#11

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15 | Hiran Raimundo Alencar 16 | Daniel Nardini Marques, Artur da Silva Bignelli

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#14

#15

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PARTICIPANTES

17 | Eduardo Sinegaglia, Janaina Nichele, Rodolfo Luís Scuiciato, Aline Proença Train, Suzanna de Geus, Moacir Zancopé Junior, Luciano Suski, Fábio Domingos Batista,Taco Roorda, Igor Costa Spanger 18 | Clara Soledade, Thomas Kraack, Alexandre Schultz

#17

#18

19| Mariana Amábile Bofete Santana, Thaira Camila Oliveira da Silva, Igor Hideo Hirama, Luciana Fujinami Hirama 20 | Michelle Abreu, Carolina Carniello, Luísa Ellery

#19

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PARTICIPANTES

21 | Rangel Brandão, Manoel Balbino, Jakelyne Martins, Guilherme Andrade, Frederico Rabelo, Bruno Cabral 22 | Daniel Simaan França, Lucia Kozak Simaan, Gustavo Alexandre Cardoso Cantuária

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23 | Maria Rita Flores, Camila Abras Maria, Vinícius Rocha Vieira Machado, Rafael Xavier Almeida, Luiz Mauro do Carmo Passos 24 | Ricardo Rossin de Oliveira, Júlia Scomazzon Correr, Nicolás Sica Palermo

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Coordenação Carla de Rezende Castanheira Titulares Clécio Rezende, Arquiteto e Urbanista indicado pela SEGETH/DF *Débora Andrade Mota, Arquiteta e Urbanista indicada pela SEEDF Danilo Matoso Macedo, Arquiteto e Urbanista indicado pela FNA Maria Cláudia Candeia, Arquiteta e Urbanista indicado pelo IAB/DF Gilberto Belleza, Arquiteto e Urbanista indicado pela CAU/BR Suplentes André Bello, Arquiteto e Urbanista indicado pela SEGETH/DF *Samara Wanderley da Cunha Macedo, Arquiteta e Urbanista indicada pela SEEDF Edinardo Lucas, Arquiteto e Urbanista indicado pela FNA Heloisa Melo Moura, Arquiteta e Urbanista indicado pelo IAB/DF *Por questões internas e organizacionais, a Secretaria de Estado de Educação (SEEDF) procedeu com uma alteração nos nomes dos seus indicados.

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CENTRO EDUCACIONAL

bairro crixá 407


#1 lugar 408


UMA PROPOSTA DE DIVERSIFICAÇÃO URBANA O projeto do Centro Educacional Crixá parte da premissa de que a escola é um equipamento de transformação social. Muito além de um centro de ensino, ela deve ser concebida como um centro de convivência, um espaço aberto à comunidade, vivo e útil por todo o dia. Sua arquitetura, portanto, deve refletir esse ensejo civilizatório, postando-se de forma clara como um marco na construção do novo bairro de São Sebastião, no Distrito Federal. O projeto parte do desenho do chão. Tendo em vista os quase 9m de desnível entre os extremos do terreno, a implantação (1) do edifício foi pensada de modo a favorecer os acessos, sem rupturas bruscas com as calçadas circundantes. O edifício principal, uma fina lâmina modular, repousa suavemente sobre o solo na porção mais alta do lote enquanto, na outra extremidade, apoia-se sobre uma base construída (2). Tal gesto proporciona o escalonamento da topografia natural em 3 níveis distintos: o térreo inferior, voltado para a esquina, o térreo intermediário, voltado para a avenida, e o térreo superior, mais reservado, na parte alta do lote. Assentada no solo de forma cuidadosa, a escola se horizontaliza, gerando uma escala mais receptiva para os visitantes. A partir dos platôs criados, o programa de necessidades da escola foi distribuído conforme os graus de intimidade necessários. Assim, a parte pública da escola é disposta nos níveis inferiores juntamente com as funções administrativas e de apoio. Voltada para um pátio interno, a parte superior fica reservada para as funções pedagógicas, de forma a se obter a intimidade e concentração favoráveis ao processo de ensino-aprendizagem (3). Essa gradação entre público e privado é também expressa nas fachadas, tratadas de modo a garantir (ou evitar) a visibilidade da rua.

bem como ao perfeito dimensionamento dos espaços escolares. Integrado à estrutura metálica, o sistema de vedação em tijolos maciços visa aproximar a produção local de São Sebastião, onde concentram-se as olarias do DF. Pensada de modo a favorecer a leitura do conjunto de forma unitária, a combinação entre as tecnologias do metal e da cerâmica está no cerne da materialidade do projeto. Por fim, o projeto propõe que a entrada da escola seja permeável para o bairro a partir de sua esquina principal, oposta à praça da avenida Crixá. Dali, o edifício se coloca de maneira convidativa, dando acesso às funções de caráter público e lúdico da escola, o restaurante, a quadra e o auditório, sem interromper o seu o funcionamento cotidiano. Uma pequena praça de acesso facilita a recepção da comunidade, transição suave entre a rua e o edifício. A escola se abre, francamente, para a cidade.

Equipe Juliana Andrade, Marcelo Braga, Mateus Reis, Gabriel Lordelo, Danielle Gressler, André Velloso, Eder Alencar

Para abrigar os 6.450m² de área do programa, a estrutura do projeto foi pensada de maneira a favorecer a rápida montagem. O sistema metálico de 6x12m com duplo balanço em perfis I simples, se adequa à modulação requerida à produção industrial,

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#2 lugar 414


O terreno destinado à implantação do Centro Educacional CED do empreendimento Bairro Crixá localiza-se na esquina formada entre Avenida São Sebastião, Avenida Crixá, tendo sua face mais estreita voltada para Rua 1. O equipamento educacional atenderá os anos finais do Ensino Fundamental (6° a 9° ano) e Ensino Médio (1° a 3° ano). A situação colocada, aliada a outras condicionantes, sejam elas referentes à análise da ocupação da futura vizinhança, a orientação solar (menor incidência do sol com maior aproveitamento da iluminação natural – conforto lumínico - e ventilação), melhor aproveitamento da topografia e decorrente possibilidade de acessos qualificados pelas diferentes vias principais orientaram a proposta de implantação que se apresenta no presente estudo. Como estratégia para organização espacial do conjunto considerou-se soluções que pudessem abrigar as diferentes atividades educativas tendo em conta o estudante como protagonista do aprendizado, estimulando maior autonomia, capacidade de reflexão, valorização da diversidade e respeito ao outro, de modo a contribuir definitivamente para esta etapa de construção da cidadania. O programa tem sua distribuição claramente definida, organizandose em dois pavimentos com área total de aproximadamente 6.400,00 m². A área de vivência: pátio coberto / descoberto, quadra, auditório e refeitório / cozinha foram localizados de modo a permitir a utilização pela comunidade sem interferir nas áreas destinadas às atividades pedagógicas. Este é o espaço de acolhimento e acesso principal CED que se faz pela Avenida Crixá. Assim, o pátio coberto se constitui espaço privilegiado a partir do qual consegue a leitura e apreensão geral da distribuição das atividades pelo conjunto edificado. Tendo a área administrativa como um volume que o ampara visualmente e se coloca junto à Avenida São Sebastião; o volume da quadra coberta / auditório se coloca à direita, definindo a esquina; e os quatro blocos pedagógicos, o primeiro abrigando no térreo o refeitório e a cozinha foram implantados no sentido do miolo do lote, perpendicularmente à Avenida Crixá desenhando novos pátios internos onde diferentes atividades poderão ser desenvolvidas.

O eixo de circulação principal articula os diferentes blocos configurando um espaço interno de convívio, organizando de um lado salas de aula e sanitários e do outro as salas especiais e laboratórios. A partir desta circulação, generosa, se abrem as visuais para a Avenida São Sebastião assim como para os pátios internos e Avenida Crixá. Quanto à materialidade, com uma modulação de 7,50 por 10,00 metros respeitando a malha de 1,25 x 1,25 metros com estrutura principal em concreto pré-moldado protendido e lajes alveolares; vedações em alvenaria de blocos de concreto; para a circulação que articula os diferentes espaços, escadas, rampa e onde foi necessária solução estrutural que vencesse grande vão optou-se pelo uso de componentes metálicos. Materiais certificados, com baixo impacto ambiental, custo compatível com o equipamento a que se destinam e de fácil manutenção. Ventilação cruzada nos ambientes de permanência prolongada, proteção das aberturas nas fachadas voltadas para o leste por meio de brises, beirais e varandas evitando a incidência de radiação direta foram algumas das soluções visando o conforto dos usuários. A acessibilidade é garantida em todos os espaços do conjunto edificado. A adoção de placas solares para aquecimento dos chuveiros e torneiras da cozinha e ainda o aproveitamento das águas das chuvas na rede de alimentação dos vasos sanitários e rega dos jardins, além da contribuição na eficiência energética podem ser base para o desenvolvimento de conteúdos de educação ambiental. De forma geral o conjunto cria espaços construídos entremeados por áreas verdes e de fruição, os fechamentos externos redesenham os limites do lote ampliando para a calçada espaços complementares às atividades desenvolvidas internamente que se colocam ligeiramente a cavaleiro das externas. O estacionamento permite a travessia de pedestres por dentro do terreno e, juntamente com o tratamento dado ao passeio público, possui um paisagismo semelhante ao restante da escola, dando uma unidade a todo o projeto e permitindo outras possibilidades de uso para essa área.

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Equipe Alejandro Precioso Cuerda, Fernanda Bianchi Neves Taques Bittencourt, André Desani Ariza, Paula Cerqueira Lemos, Nicolas André Mesquita Cerino Carrillo Le Roux, Luis Guilherme Alves Rossi, Marina Panzoldo Canhadas, Thomas de Almeida Ho, Gustavo Madalosso Kerr, Helena Aparecida Ayoub Silva

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#3 lugar 420


O EQUIPAMENTO SOCIAL URBANO COMO UMA REFERÊNCIA NA PAISAGEM Considerando sua importância social e a inserção na cidade, o projeto parte da ideia de se revelar como uma estrutura extraordinária (no sentido de não ordinário ou habitual), como deve ser necessariamente um edifício destinado à educação, destacando-se do conjunto edificado.

que podem ser adaptados e revertidos conforme eventuais transformações do programa.

CONSTRUÇÃO INDUSTRIALIZADA E MONTAGEM: ECONOMIA DE RECURSOS E TEMPO O conjunto edificado é proposto a partir de um sistema genérico de componentes espaciais e construtivos.

TRÊS PÁTIOS, QUATRO BLOCOS Os planos longitudinais de 127,50 metros de extensão que aparentam estar pairando sobre o território e definem externamente um volume em diálogo com o entorno incipiente marcam o lugar da escola e conformam a sucessão de espaços internos vazios e os outros ocupados por blocos, alternadamente. Desta forma quatro blocos construídos configuram os três pátios: um urbano – como extensão da cidade (o acesso ao conjunto educacional), outro aberto e seco e, finalmente, um jardim com um arvoredo de certa densidade e sombreado.

O bloco de circulação em estrutura metálica que abriga as rampas com declividades de 5% (evitando-se desta forma os indesejáveis patamares intermediários) e os espaços de encontro e eventual permanência. Está envolvido por uma pele metálica que protege os espaços internos da insolação e intempérie, mas que possibilita a visualização da cidade e dos pátios internos, além de permitir uma ventilação permanente. Os blocos programáticos, volumes espaciais, também em estrutura metálica e desenvolvidos em dois pavimentos, admitem todos os ambientes destinados as atividades educacionais, sociais e administrativas. Assim como as rampas, são resguardados por planos metálicos de proteção em relação a insolação. Finalmente, os blocos de serviços, que servem aos blocos principais, como anexos. Contém todas as instalações hidráulicas e espaços de apoio. Estão propostos em concreto aparente, mas poderão perfeitamente serem executados em alvenaria estrutural ou qualquer outro sistema convencional. A obra, baseada em processos de montagem, representa economia de recursos e de tempo. Além de vislumbrar sua reprodução, oferta flexibilidade para a ocupação de seus espaços

A ideia é propor, portanto, um sistema genérico, modular e reprodutível. Por sua flexibilidade é perfeitamente adaptável aos sítios e acaba por gerar uma singularidade que permite uma expressividade múltipla e variável.

O acesso ao conjunto se realiza no pátio aberto a cidade que pode interligar as duas ruas , o que seria desejável (caso seja permitido) . Este espaço de transição se relaciona com a quadra esportiva de um lado (o que permitiria vislumbrar a abertura desta porção do equipamento para a população quando a escola estivesse fechada) e com os espaços internos da escola. O bloco junto ao pátio urbano abriga além da quadra (que pode ser uma extensão deste espaço como um lugar de festas e encontros) os laboratórios que pairam como uma nuvem sobre este espaço. Já o bloco junto ao acesso abriga a administração e refeitório, que se liga ao pátio descoberto e coberto. Finalmente no último bloco – mais resguardado - temos o auditório e espaço de leitura que se relacionam com o jardim. Rampas suaves promovem as ligações dos diferentes níveis a partir da inclinação natural do terreno. Desta forma, se acessa

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inicialmente o conjunto do pátio aberto e recreio coberto, mas as rampas permitem a conexão a todos os blocos e níveis promovendo múltiplos percursos. Apesar de estar organizado em blocos, o projeto permite uma rápida apreensão do conjunto por parte do usuário. As rampas e planos inclinados, por sua vez, proporcionam a criança e ao jovem, a possibilidade de construir livremente os percursos entre diferentes espaços e atividades tal como o comportamento do pedestre nas ruas e praças da cidade. PLANOS LONGITUDINAIS EVANESCENTES A lâmina de circulação que organiza o conjunto é composta por uma trama espacial metálica envolvida por uma pele de tela de aço, que confere uma unidade plástica a estrutura longitudinal. A pele metálica permite tanto a permeabilidade à luz natural, quanto a difusão da luz artificial deixando-a transbordar para o espaço externo gerando um efeito uniforme a partir deste elemento único de fechamento que, apesar da extensão, confere à estrutura um caráter evanescente. Portanto, pode-se afirmar que as lâminas são abertas e permitem que se entreveja mutuamente cidade e atividades escolares. Afinal, o elemento que marca a paisagem urbana, organiza o território e confere caráter ao conjunto, se desfaz pela serenidade que marca a própria existência. SISTEMAS E REDES As redes e feixes de instalações se organizam ao longo das estruturas longitudinais os blocos de serviços e a lamina de circulação - que abrigam na sua coberturamáquinas de ar condicionado, reservatórios superiores e placas coletoras para aquecimento solar a ser empregado na água de banho e na cozinha. É ainda o lugar ideal para implantação de painéis fotovoltáicos que atendem as demandas energéticas da escola suprindo sistemas de iluminação e força. As varandas de circulação são também dutos horizontais que acomodam em diferentes planos calhas de eletricidade, tubulação hidráulica e cabeamento que se distribuem para todos os blocos plugados ao sistema. ECO-EFICIÊNCIA: ALTA QUALIDADE AMBIENTAL Finalmente, o novo Centro Educacional advoga os conceitos mais amplos de eficiência e correção para reduzir ou eliminar significativamente os impactos negativos dos edifícios em seus ocupantes e no meio ambiente. Os blocos didáticos, orientados para N-S, são resguardados por painéis metálicos micro perfurados que velam esta posição indesejada sem impedir a vista dos pátios internos. Quando necessário, os caixilhos situados junto à circulação interna permitem a ventilação cruzada assim como a proveem de iluminação natural. Além das soluções arquitetônicas que visam mitigar os aspectos climáticos de Brasília, a ideia é constituir uma massa arbórea nos limites da escola além dos pátios internos. Afinal, a escola deve ofertar espaços imemoráveis capazes de estimular a imaginação e iluminar horizontes no processo de formação dos jovens e crianças, os estudantes, os principais usuários por determinado período de suas vidas.

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Equipe Otávio Melo, Ingrid Colares, Ana Carolina Mulky, Paola Ornaghi, Mauricio Wood, Guilherme Figueiredo, Alvaro Puntoni, João Sodré


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#menções honrosas Foram recebidas 55 propostas em formato eletrônico dentro do prazo definido no cronograma do concurso. Após o júri decidir acerca do método de avaliação dos projetos, dentro dos critérios estabelecidos nas Bases do Concurso, foram definidas as etapas e a escolha dos estudos. A Comissão Julgadora deliberou outorgar Menções Honrosas às seguintes propostas: Proposta número 1108, pela solução construtiva adotada e pela setorização do programa de necessidades; Proposta 1118, pela criação de um pátio integrado ao espaço urbano e aos ambientes recreativos da escola; Proposta 1148, pela gentileza urbana com a criação de uma praça permeável e de livre circulação.

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MENÇÃO HONROSA

ESTUDO PRELIMINAR NÚMERO 1108 Alexandre Luiz Gonçalves

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MENÇÃO HONROSA

ESTUDO PRELIMINAR NÚMERO 1148 Janaina Nichele, Rodolfo Luís Scuiciato, Aline Proença Train, Suzanna de Geus, Taco Roorda, Moacir Zancopé Junior, Luciano Suski, Igor Costa Spanger, Fábio Domingos Batista,

MENÇÃO HONROSA COM DESTQUE ESTUDO PRELIMINAR NÚMERO 1133

Federico Bresque, Cecilia Taboada, Facundo Castro, Santiago Saettone, Martin Pronczuk, Gabriel Giambastiani, Mario Guidoux, Anna Carolina Manfroi, Ana Cristina Castagna, 0E1+MASA,

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MENÇÃO HONROSA COM DESTAQUE ESTUDO PRELIMINAR NÚMERO 1129

Rangel Brandão, Manoel Balbino, Jakelyne Martins, Guilherme Andrade, Frederico Rabelo, Bruno Cabral

MENÇÃO HONROSA

ESTUDO PRELIMINAR NÚMERO 1118 Luan Poiani, Marcelo Ursini, Henrique Fina, Maria do Carmo Vilarino, Luis Mauro Freire,

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MENÇÃO HONROSA

ESTUDO PRELIMINAR NÚMERO 900 Arnaldo Almeida, Danilo Paiva de Pontes, Felipe Meira do Vale Arnauld, Paulo Roberto De Oliveira Silva, Gefferson Inácio Gomes Filho, Manoel Brito de Farias Segundo, Marco Antonio Suassuna Lima

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MENÇÃO HONROSA

ESTUDO PRELIMINAR NÚMERO 1115 Hugo Aragão, Juliana Jenkins, Izabela Brettas, Gabriel Solórzano, Rodrigo da Cruz, Cláudio Sá, Nonato Veloso

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PARTICIPANTES

1 | Yuri Vital Arquiteto 2 | Thais Saccol, Jenifer Vescia, Bruno Cassol, Estevan Barin 3 | Juan Rarez, Diego Tudesco, Sylvio Emrich de Podestá

#1

#2

4 | Gabriela Giorgi Lourenço, Gabriela Pereira de Almeida, Ariel Steidle Castrezano, José Pedro Palhares, Luane Ribeiro, Beatriz Goulart, Frederico Zanelato 5 | Cesar Shundi Iwamizu 6 | Marcel Gomes Oliveira 7 | Cecilia Sampaio Sá, Gabriella de Andrade Aquino, Paula Sotero de Aquino Pereira, Juliana Muniz Dijck 8 | Tobias Azael Schöninger, Vinícius Brandão Kern Matheus Gabriel Dilly Plinio Souza Schneider

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#3

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PARTICIPANTES

9 | Hugo Aragão, Juliana Jenkins, Izabela Brettas, Gabriel Solórzano, Rodrigo da Cruz, Cláudio Sá, Nonato Veloso 10 | Mary Hashiguchi Minoru, Yamamoto Eleana Patta Flain, Pedro Telecki, Gabriela Cintra, Rafael Afonso Passador, Amanda Ferreira Sarak, Anne Marie Sumner

#9

#10

11 | Beatriz Flores Fonseca, Amanda Laurienny Costa Belo, Taisa Festugato 12 | Pâmela Vall Neitzke Felipe Cassini Felipe Mazzocchi Gabriel Pergher Horbach Juliana Guarnieri, Taisa Festugato 13 | Danilo Piai, Geovanna Septimio, Roger Landivar 14 | Amanda Benevides de Almeida, Camilla Gama da Costa Almeida, Terezinha de Jesus P. da Silva, Marcos Germano dos Santos Silva

#11

#12

#13

#14

#15

#16

15 | Roger Peicho, Rodrigo d’Avila, Priscila Bellas, Thiago Almeida 16 | Maiara Lacerda Paiva, Júlia Brito Mafaldo, Frederico Leite Gongalves, Vitor Silveira Breder Rocha, Luiz Mattoso Cattony, Bruno Perdigão de Oliveira, Bruno Melo Braga, Igor Lima Ribeiro

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PARTICIPANTES

17 | Lucas Caldas Eduardo Gomes De Morais Ramon Gomes Esteves Pablo Paulse Sarah Domingos Batista Talita Vianna De Assis Mayara Da Silva Santos Fernando Canhete Huber Teixeira Costa

#17

#18

18 | Janaina Nichele Rodolfo Luís Scuiciato Aline Proença Train Suzanna de Geus Taco Roorda Moacir Zancopé Junior Luciano Suski Igor Costa Spanger Fábio Domingos Batista 19| Maurício Santos Luísa Konzen Jean Grivot Fernando Balvedi Pedro Dal Molin Diego Saraiva Carol Vasques André Fauri 20 | Daniel Nardini Marques, Artur da Silva Bignelli 21 | Andre Almeida, Luciana Walder 22 | Cynthia dos Guimarães de Carvalho Correa, Manoel Arantes Rodrigues, Roberto Keller de Oliveira, Luiz Cláudio De Moraes Corrêa

#19

#20

23 | Javier Ruiz Cabellod Rosario de Candia, Julia Scopel Fraga, Luisa Cassol Pasqualotto, Elisa T Martins, Cássio Sauer 24 | Sophia Aguiar, Karine Pazemeckas, Gustavo Beccari, Andre Augusto Prevedello

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#21

#22

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PARTICIPANTES

25 | Eng. Luiz Eduardo Guimarães Arq. Leonardo Navarro Arq. Julio Pessoa 26 | Alexandre Luiz Gonçalves

#25

#26

27 | Alejandro Precioso Cuerda, Fernanda Bianchi Neves, Taques Bittencourt, André Desani Ariza, Paula Cerqueira Lemos, Nicolas André Mesquita Cerino, Carrillo Le Roux, Luis Guilherme Alves Rossi, Marina Panzoldo Canhadas, Thomas de Almeida Ho, Gustavo Madalosso Kerr, Helena Aparecida Ayoub Silva 28 | Eleonora Zioni, Ricardo Viana, Priscila Kakazu, Caio Rodrigues, Avila Jacintho, Pedro Meneghel, Ana Paula de Castro, Fernando Botton, Roberto Zocchio Torresan 29 | José Nelson Arantes de Souza 30 | Ruy Lessa de Oliveira 31 | Paula Tanure, Lizandro Fernandes, Saint Clair Cerqueira, Amanda Monteiro

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#29

#30

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#32

32 | Isabella Mendes Mel Martins, Marco Antonio Milazzo de Almeida

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PARTICIPANTES

33 | Arnaldo Almeida, Danilo Paiva de Pontes, Felipe Meira do Vale Arnauld, Paulo Roberto de Oliveira Silva, Gefferson Inácio Gomes Filho, Manoel Brito de Farias Segundo, Marco Antonio Suassuna Lima 34 | Luan Poiani, Marcelo Ursini, Henrique Fina, Maria do Carmo Vilarino, Luis Mauro Freire

#33

#34

35 | Rafael Lemos de Souza, Crisian Burg Leon, Luis Ricardo Mayer, Júlia Olstan Salomão, Vinicius Diegues Fuzessy Colares, Talisom Gustavo Rohde Fritzen 36 | Tatiana Ozzetti, Victor Próspero, Lucas Roca Felipe Barradas, Angelo Bucci 37 | Maria Cecília Miscow Coutinho Dutra, Vanessa Sampaio Neiva Rocha, Tiago Schultz Cortes Freire Ramos, Adalberto Duarte Carneiro Vilela 38 | Adrian Scholze, Marcos Vinicius Timm, Sandy Tolomeotti Mafra, Tiago Tolomeotti

#35

#36

39 | Charles Jaster de Oliveira, Christiana Santos Gonçalves Vieira, Vitor Jun Takahashi, André Bihuna D’Oliveira, Alexandre Kenji Okabaiasse, Mariana Steiner Gusmão 40 | Dailton Duarte Rocha

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#39

#40


PARTICIPANTES

41 | Fernando Andrade Pinto Pessoa Emanoela Mesquita de Brito Helena Pryscila Santos Fraga Delmiro José Mendes Neto 42 | Diego Fonseca Brasil Vianna

#41

43 | Eng. Ricardo Henrique Dias, Arq. Oliver Uszkurat, Arq. Rodrigo Vinci Philippi, Arq. Bruno Bueno Niepsui, Arq. Haraldo Hauer Freudenberg

#42

44 | Jean Carlos Fechine Tavares, Raphael Albuquerque dos Santos, José Giuseppe Pereira Branquinho, Renata Soares Caiaffo de Almeida, Thálita Zavaski Abreu, Thyago Ramon Pereira da Silva, Petrus Fernandes de Oliveira Barboza, Joellington Marinho Batista Silva, Lucas Lindemberg de Abreu Galdino, Alex Costa Fagundes, Jose Vanildo de Oliveira Junior 45 | Matheus Kielek Cinthia Caroline de Souza Álvaro Roberto de Lara Júnior Laila Rotter Schimidt

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#44

46 | Leticia Abreu Escuissato 47 | Renata Lafetá Lourenço Pereira, Marcela Chaves Donato, Camila Abras de Souza, Brenda de Sá Magalhães, Renato Amorim Soares de Melo 48 | Otávio Melo Ingrid Colares Ana Carolina Mulky Paola Ornaghi Mauricio Wood Guilherme Figueiredo Alvaro Puntoni, João Sodré

#45

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PARTICIPANTES

49 | Hector Vigliecca Gani, Luciene Quel, Ronald Werner, Fiedler Neli, Yumi Shimizu, Julia Oguiura Camargo, Carolina Passos, Kevin Alves de Carvalho

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#50

50 | Federico Bresque, Cecilia Taboada Facundo Castro, Santiago Saettone, Martin Pronczuk, Gabriel Giambastiani, Mario Guidoux, Anna Carolina Manfroi, Ana Cristina Castagna 0E1+MASA 51 | Evandro Rodrigues da Silva, Alex Ninomia, Victor Berbel, Isadora Marchi, Diogo Cavallari 52 | Juliana Andrade, Marcelo Braga, Mateus Reis, Gabriel Lordelo, Danielle Gressler, André Velloso Eder Alencar

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PARTICIPANTES

53 | Luiz Felipe Soares Pescara 54 | Roberto Souza Guedes 55 | Rangel Brandão, Manoel Balbino, Jakelyne Martins, Guilherme Andrade, Frederico Rabelo, Bruno Cabral

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Coordenação Danilo Cesar Silveira Costa Titulares André Bello, Arquiteto e Urbanista indicado pela SEGETH/DF *Mariana Pessoa de Mello Cartaxo Manzan, Arquiteta e Urbanista indicado pela SEEDF Sylvia Ficher, Arquiteta e Urbanista indicada pela FNA Heloisa Melo Moura, Arquiteta e Urbanista indicado pelo IAB/DF Aleixo Anderson de Souza Furtado, Arquiteto e Urbanista indicado pelo CAU/BR Suplentes Clécio Rezende, Arquiteto e Urbanista indicado pela SEGETH/DF *Tiago Reges da Silva, Arquiteta e Urbanista indicado pela SEEDF Eleonora Lisboa Masciar, Arquiteta e Urbanista indicada pela FNA Maria Cláudia Candeia, Arquiteta e Urbanista indicado pelo IAB/DF *Por questões internas e organizacionais, a Secretaria de Estado de Educação (SEEDF) procedeu com uma alteração nos nomes dos seus indicados.

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ESCOLA CLASSE

bairro crixá 441


#1 lugar 442


Dentre os diversos edifícios de caráter público que existem em uma cidade, a Escola destaca-se por sua vocação cívica e democrática. Acreditamos que este projeto demanda uma abordagem sensível. proporcionando espaços de qualidade que, além de demandarem uma performance funcional, devem estimular a construção da vida social e intelectual das crianças em fase de formação. O significado da Escola se estende para além de seus portões e, nesse sentido, representa tanto um espaço de educação quanto de valorização e formação da identidade da comunidade que o utiliza. A estratégia de implantação da Escola Classe do Crixá adotou como premissa básica a solução do programa em um único pavimento térreo, com o objetivo de ampliar sua funcionalidade, otimizar a acessibilidade e reduzir custos de construção. Isto exigiu a adoção de uma solução arquitetônica bastante racional, baseada na modularidade e distribuição eficiente dos espaços, implantados em um patamar único que se adequa em equilíbrio com o desnível natural do terreno. O partido adotado baseia-se na organização do projeto ao longo do eixo longitudinal do terreno, aproveitando-se de sua extensão para organizar o programa por meio de um pavilhão central de uso coletivo no qual localizam-se os pátios, auditório, sala de leitura e quadra poliesportiva. Esse pavilhão organiza os fluxos, no qual se conectam os blocos com as diferentes funções exigidas. De um lado estão distribuídos os blocos de salas de aula e na face oposta um bloco linear que condensa as atividades de apoio e funções secundárias do conjunto. A tipologia horizontal é adequada às atividades requeridas e ao lugar urbano em que se insere, além de se aproximar da escala das crianças. Tal qual uma jornada rumo ao universo do conhecimento, a descoberta do espaço da Escola se dá através de uma série de vazios sequenciais, que configuram um percurso que se origina na praça de acesso e culmina no patio central, espaço simbólico de acolhimento. Protegido por uma cobertura única, o eixo central torna-se

tanto um espaço de integração e convívio dos alunos quanto um elemento articulador de todas as funções da Escola Classe, otimizando os deslocamentos e dispensando rampas ou escadas. O acesso dos alunos se dá pela Rua 3 através de uma entrada larga e acolhedora, que oferece também um abrigo para a espera dos pais nos horários de entrada e saída. A relação da Escola com a cidade é intermediada pelo redesenho da porção central do lote, proporcionando pequenas gentilezas urbanas e garantindo a qualificação da esquina e da calçada, beneficiando tanto os usuários da Escola quanto os moradores do bairro Crixá. A proposta segue uma estratégia construtiva modular, alternando cheios e vazios, definindo assim um ritmo ao projeto que garante uma rica experiência espacial e sensitiva aos usuários, além de proporcionar uma performance ambiental otimizada. A solução arquitetônica responde às demandas do edital quanto à importância deste equipamento público, porém com simplicidade construtiva e expressividade baseada em elementos essenciais e econômicos, sem contorcionismos formais ou materialidade extravagante. PERFORMANCE ESTRUTURAL O partido arquitetônico adotado à ‘Escola Classe” elege como elemento estruturador do programa proposto duas galerias de fluxos e distribuições. Uma atende salas de aulas e refeitório, a outra, setor administrativo, pedagógico e serviços. As galerias citadas mediam os espaços de recreação entre elas, indo da maior escala (quadra poliesportiva) a menor (auditório). Ao se tornarem protagonistas, as galerias sugerem uma estrutura leve, delgada e que fosse de fácil execução. Optamos então por um sistema estrutural metálico á sua cobertura apoiando-a em pilares de concreto moldados “in loco”. Adotando a modulação de 1.20m, a edificação apresenta vãos de 7.20m entre pilares. Seguindo a estratégia construtiva da cobertura, mas levando-se em conta a modulação de 1.20m, que otimiza o processo construtivo e reduz o desperdício de materiais. as salas de aula e refeitório bem como adminis-

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tração, setor pedagógico e serviços. também são estruturados por elementos metálicos e lajes de cobertura pré-moldada, com posterior instalação de telhas metálicas zipadas afim de se garantir maior desempenho térmico aos ambientes internos. As vedações extemas dos referidos espaços conjugam caixilharia em aluminio e painéis em argamassa armada. Os ambientes internos são divididos por paredes executadas em gesso acartonado com o intuito de favorecer futuras modificações espaciais.

Equipe Priscila Pasquarelli, Marcus Rosa, Ricardo Felipe Gonçalves, Matheus Marques Rodrigues Alves,

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#2 lugar 448


A escola é um espaço onde passamos boa parte de nossas vidas, e é ali onde adquirimos conhecimento, construímos nossa carga cultural, aprendemos a socializar e nos relacionamos com pessoas diferentes de nós. Alguns psicólogos afirmam que é na fase escolar que revelamos nossa real personalidade, portanto é fundamental o cuidado ã criança e ao adolescente nessa fase. Mas quem diria que o espaço arquitetônico da escola é tão importante para a formaçao saudável dos indivíduos? Se analisarmos nossa time tine - nossa linha do tempo - percebemos que muitas lembranças são relacionadas à escola, alguns pequenos traumas ou saudosas recordações. estão ligadas ás situações cotidianas que experienciamos na nossa vida escolar e que grande pane delas estão vinculadas ao espaço construido, por vezes nos estimulando a estudar e por vezes nos desestimulando. Para a elaboração do projeto da escola Classe. foram considerados três matrizes importantes, o conforto, o estímulo e a execução, a fim de conferir ao usuário espaços de qualidade e ao bairro identidade. A proposta parte da pesquisa básica do terreno e do entorno. considerando suas condicionantes legais e naturais. O bairro é novo e, portanto apresenta um planejamento urbano bem claro, que se beneficia da vegetação, da topografia e dos recursos hídricos locais, o gabarito no geral é definido conforme a função da edificação, entretanto, a cota máxima é 16m para instituições e zonas de uso misto. O terreno destinado a Escola, fica no centro do bairro e é voltado para Avenida Crixá (rua de maior movimento), em contrapartida, ele faz divisa com uma ELUP (Espaço Livre de Uso Público), empregada nesse caso como espaço de preservação do cerrado, bioma nativo da região. Partindo para o estudo de massa, que determina a necessidade de permeabilidade do edifício. O esquema mostra a volumetria maciça para efeitos de cálculo de potencial construtivo. Em seguida a caixa é desmembrada criando pátios internos e blocos isolados, como consequência, percebe-se o alcance dos raios solares e ventos predominantes nas faces e no interior do volume, contribuindo para o equilíbrio térmico do mesmo.

de estudo e auditório se apropriam do desnível do terreno. Com base na hierarquia de ambientes e setorização, distribui-se o fluxo, estruturando o edifício linearmente. A Rua 3 lateral ao terreno é uma rua secundária do bairro que atende principalmente a zona residencial do mesmo, logo, conclui-se que é mais calma e, portanto, apropriada e segura para chegada e desembarque de alunos, estipulando a entrada principal da escola e, por conseguinte as salas administrativas e salas de atividades na sequência. O passo final é enquadrar as visuais e cobrir o edifício com leveza. A criação de mirante voltado à ELUP permite ao usuário conviver com o meio natural, enquanto que a projeção do prédio com relação a esse meio, dá o entendimento intrínseco de respeito pela natureza. Os corredores que fazem a ligação dos blocos revelam essas paisagens ao longo do caminho, revelando o externo conectado ao interno. Para a cobertura desses corredores optou-se por algo leve e desprendido, visando a sensação de liberdade. “Há escolas que são gaiolas e há escolas que são asas.” Rubem Alves

Equipe Bruno Gustavo Klein, Poliana Anzileiro Alves,, Giovano Chinelato

Os blocos são seccionados para criação de pátios e para definir melhor a setorização. Apoiando-se no programa de necessidades, ficam estabelecidos os setores e dimensões, além da hierarquia das salas. A quadra coberta é alocada no terreno dois metros abaixo do nível zero, facilitando a união do pé direito alto com o restante da edificação. Assim como a quadra, áreas como espaço

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#3 lugar 454


O PÁTIO COMO CORAÇÃO DA ESCOLA As memórias mais persistentes relacionadas à escola encontrem seu lugar predileto no pátio escolar. É neste espaço de encontros que a liberdade flui desimpedida. O pátio é local onde o controle diminui em nome da liberdade individual dos pequenos. Uma espécie de réplica da sociedade. Como significado arquitetônico, o pátio representa, em essência, o vazio. Vão existente entre elementos construídos para proteger as crianças, oferecendo ali um campo aberto e desobstruído para a livre apropriação dos alunos. Assim, o coração do projeto proposto é a abordagem do pátio como um espaço multiplicador de possibilidades, repleto de potenciais narrativas a serem vividas. Para atingir este objetivo, o tradicional espaço único e central ao ar livre foi desconstruído. O pátio foi fragmentado em uma variedade de espaços ao longo da escola, para gerar ambiências distintas e, desta forma. maior riqueza de possibilidades espaciais e sensoriais. Várias micro zonas de convívio foram projetadas, entre áreas protegidas do sol e chuva, outras expostas ao céu, tanto no térreo como em pátios entre salas no pavimento superior. Para articular todas estas microzonas, urna alameda arborizada se desenvolve na direção longitudinal. Um eixo que organiza não apenas a interligação dos pátios, mas o próprio partido arquitetônico. Esta alameda, que se inicia no hall e finaliza em uma escadaria-jardim - servindo tanto corno arquibancada como circulação vertical - sugere que até mesmo este eixo deve ser assimilado como um espaço de interações sociais, mais do que apenas uma circulação… IMPLANTAÇÃO E PARTIDO Os limites do lote foram ancorados por edifícios em uma conformação de proteção às atividades internas, mas mantendo, ao mesmo tempo, elevada porosidade visual com o entorno urbano. O acesso principal, através da rua de menor movimento, é conectado ao bloco da administração e funções ligadas ao atendimento para alunos e pais.

A presença de área preservada de Cerradão no confrontante oeste do terreno foi determinante para a localização dos blocos pedagógicos, em busca de maior silêncio em relação às vias adjacentes. O maciço vegetal também justifica as áreas envidraçadas ao longo das salas no térreo, para total permeabilidade visual a partir dos pátios, interior das salas e auditório. A quadra poliesportiva ocupa posição central, voltada para a via arterial como um equipamento de uso compartilhado entre a escola e a comunidade, apto a ativar o espaço esportivo como lugar de interações sociais no bairro. Os acessos principais, marcados através de planos inclinados, expõem os pilares em concreto aparente e criam trajetórias não ortogonais que estimulam a curiosidade na mesma medida em que abrigam uma interface espacial de transição entre o espaço urbano e os limites da escola. Com o objetivo de conectar visualmente a via arterial à mata preservada, dois pátios internos alinhados criam um eixo transversal visualmente desobstruído, permitindo aos pedestres a percepção do bosque ao fundo e assimilação dos espaços internos da escola. A intenção é criar um colégio que seja observado e observe a cidade, em uma relação de maior proximidade e afeto com a comunidade. A MATERIALIDADE DO TIJOLO Por ser um material tão antigo quanto o ato de construir, o tijolo cerâmico carrega em si uma familiaridade ancestral. Mais que um elemento de vedação, o tijolo evoca significados intrínsecos a ele, como a solidez, o acolhimento táctil e visual, o caráter tectônico na expressão construtiva. Neste projeto, o tijolo está ao alcance das mãos, para ser tocado e apreciado como a força elementar que configura todos os espaços. Intenciona-se ser. a arquitetura, objeto de aproximação máxima tanto para os alunos quanto para

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os que caminham externamente. Não há grades ou muros que afastam o sujeito dos panos de vedação em tijolo aparente. A horizontalidade edilicia, inerente ao lote e programa, é intimamente reforçada pelo caráter, peso e postura do bloco cerâmico maciço. Sua familiaridade confere ao conjunto construído uma natureza afetuosa e acolhedora, qualidades importantes em uma escola. Ademais, há um vínculo histórico com o bairro. Dezenas de olarias e pipas já ocuparam a região de São Sebastião, fornecendo material para a construção de Brasília. Esta memória é reativada através da valorização desta matéria prima não mais oculta sob emboço e reboco. O solo seco da região contribui para a poeira avermelhada que mancha o embasamento das construções na região. O tijolo cerâmico tem uma boa resposta a este problema, e ainda exibe um processo de envelhecimento natural que não desvaloriza o aspecto da obra com o passar do tempo. O pavilhão que cobre a quadra e os vestiários recebem chapas de policarbonato alveolar fixados na estrutura metálica. Em tom translúcido branco, oferece uma oposição discreta aos panos em tijolos, em um coroamento levemente assentado sobre um embasamento sólido e estático. A noite, age como uma caixa retroiluminada, sinalizando um ponto público de encontro aos moradores do Crixá.

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Equipe Otávio Melo, Ingrid Colares, Ana Carolina Mulky, Paola Ornaghi, Mauricio Wood, Guilherme Figueiredo, Alvaro Puntoni, João Sodré


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#menções honrosas Foram recebidas 64 propostas, divididas em três grupos, em formato eletrônico dentro do prazo definido no cronograma do concurso. Após o júri decidir acerca do método de avaliação dos projetos, dentro dos critérios estabelecidos nas Bases do Concurso, foram definidas as etapas e a escolha dos estudos. A Comissão Julgadora deliberou outorgar Menções Honrosas às seguintes propostas: Proposta 1153, pela intenção de criar vínculo explícito com a comunidade devido a identidade visual e o franqueamento de acessos ao equipamento; Proposta 1179, pela ousadia volumétrica e alternância de pátios cobertos e descobertos, criando ambientes lúdicos; Proposta 1199, pela solução em planta e a deferência aos pedestres por oferecer acesso próximo à parada de transporte público; Proposta 1201, pelas funções adequadamente setorizados de modo a facilitar a abertura da escola para a comunidade, sem prejuízo às atividades pedagógicas; Proposta 1206, pelas soluções criativas e por incitar reflexões não convencionais, assim eliminando fronteiras.

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MENÇÃO HONROSA

ESTUDO PRELIMINAR NÚMERO 1108 Alexandre Luiz Gonçalves

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MENÇÃO HONROSA

ESTUDO PRELIMINAR NÚMERO 1148 Janaina Nichele, Rodolfo Luís Scuiciato, Aline Proença Train, Suzanna de Geus, Taco Roorda, Moacir Zancopé Junior, Luciano Suski, Igor Costa Spanger, Fábio Domingos Batista,

MENÇÃO HONROSA COM DESTQUE ESTUDO PRELIMINAR NÚMERO 1133

Federico Bresque, Cecilia Taboada, Facundo Castro, Santiago Saettone, Martin Pronczuk, Gabriel Giambastiani, Mario Guidoux, Anna Carolina Manfroi, Ana Cristina Castagna, 0E1+MASA,

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MENÇÃO HONROSA COM DESTAQUE ESTUDO PRELIMINAR NÚMERO 1129

Rangel Brandão, Manoel Balbino, Jakelyne Martins, Guilherme Andrade, Frederico Rabelo, Bruno Cabral

MENÇÃO HONROSA

ESTUDO PRELIMINAR NÚMERO 1118 Luan Poiani, Marcelo Ursini, Henrique Fina, Maria do Carmo Vilarino, Luis Mauro Freire,

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PARTICIPANTES

1 | Alejandro Precioso Cuerda, Fernanda Bianchi Neves, Taques Bittencourt, André Desani Ariza, Paula Cerqueira Lemos, Nicolas André Mesquita Cerino, Carrillo Le Roux, Luis Guilherme Alves Rossi, Marina Panzoldo Canhadas, Thomas de Almeida Ho, Gustavo Madalosso Kerr, Helena Aparecida Ayoub Silva 2 | Erico Cerrone, Luciana Walder

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3 | Gregor Fasching, Rodrigo Bocater 4 | Blecker Ruiz, Filipe Battazza, Gabriela Balieiro Panico, Camila Quindere Caiuby, Raoni Kanashiro Mariano 5 | Mariana Salazar, Thaís Guzzoni, José Aguiar, Gabriela Sotsek, Franciny Polli, Sandro Balsano, Fábio Niro Machado 6 | Thiago Almeida, Priscila Bellas, Rodrigo d’Avila, Roger Peicho

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7 | Maiara Lacerda Paiva, Júlia Brito Mafaldo, Frederico Leite Gonçalves, Vitor Silveira Breder Rocha, Luiz Mattoso Cattony, Bruno Perdigão de Oliveira, Bruno Melo Braga, Igor Lima Ribeiro 8 | Thais Saccol, Gustavo Pessini, Jenifer Vescia, Bruno Cassol, Estevan Barin, Andres Gabriel Dalla Corte

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PARTICIPANTES

9 | Luana Ferreira Cavalcante, Ricardo Henrique Muratori de Menezes 10 | Luiz Alberto Fresl Backheuser 11 | Letícia Mentz, Magnus Corassini, Ane Weber, Alice Gomes, Luísa Pohren, Danielle Martins, Leonardo Fitz

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12 | Priscila Pasquarelli, Marcus Rosa, Ricardo Felipe Gonçalves, Matheus Marques, Rodrigues Alves 13 | Lamarques Adam, Jessica Komori, Carlos Wellichan, Vanessa Damasceno, Maria Patricia Ruivo, Lucas Lorenzi Corato 14 | Givago Miguel Ferentz de Lima, Luiz Geraldo Crespo Arruda, Luiz Otavio Motta de Moraes, Daniella Siewerdt, Diego Francisquini 15 | Matheus Kielek, Cinthia Caroline de Souza, Álvaro Roberto de Lara Júnior, Laila Rotter Schmidt

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16 | Melissa Salik Ramos, Ana Kawazoe, Gabriela Barbosa Amorim, Maria Fernanda Arias Godoy

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PARTICIPANTES

17 | Gabriel von Zuben, Roberto Borges, Thais de Freitas, Aline Espindola Borba, Juliana Leanza, Victor Hugo Buzim Fantini, Nicolas Henrique de Oliveira Meireles, Christian Renato D’Abruzzo, Giuliano Augusto Pelaio, Gustavo dos Santos Corrêa Tenca

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18 | Victor Tonissi de Toledo Piza, Hugo Rossini Costa Longa, Fiona Platt, Caio Camillo Santos, Alexandre Rennhard Biselli, Artur Katchborian, Mario Biselli 19| Alexandre Lima, Nicolas Marques de Oliveira, Lucas Lopes Bochnie, Danilo Akio Hiraoka, Alessandro Yamada, Yuri Vasconcelos Silva 20 | Gabriel Meurer Brandalise, Rodrigo Reche Paula Dilli 21 | Rodrigo Reche, Paula Dilli, Felipe Braibante Kaspary

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22 | Johanne de Medeiros Lourenço, Lílian Yumi Matsuda, Pauli Vinícius Salles Guimarães, João Manoel Caldeira Brino 23 | Daniel Simaan França, Lucia Kozak Simaan, Gustavo Alexandre Cardoso Cantuária 24 | Henrique Veiga

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PARTICIPANTES

25 | Maria Claudia D Leni Pacheco, Pablo Quintela Kowss 26 | Camila Scheuermann, Thaís Gerhardt, Ana Flávia Panzenhagen, Pedro Dal Molin, Mario Guidoux, Gabriel Giambastiani, Carol Vasques, Anna Carolina Manfroi, Ana Cristina Castagna, Mario Guidoux Gonzaga

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27 | Diego Guilherme Pontes de Araújo, Lucas Muller Scuzziato, Luis Felipe Canopa, Luis Gustavo Dombroski, Luis Eduardo Canieri, Leandro Nicoletti Gilioli, Leandro Nicoletti Gilioli 28 | Heloisa Martins Maringoni, Laura d’Andrada de Almeida, Beatriz Rocha, Pedro Duschenes, Gustavo Correia Utrabo 29 | Luiz Eduardo Guimarães Dias, Julio Pessoa, Julio Cezar Bernardes Pinto 30 | Luiz Gustavo Pasini Melek, Ana Lúcia Pasini Branco

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31 | Alex Ninomia, Evandro Rodrigues, Victor Berbel, Isadora Marchi, Diogo Cavallari Bella 32 | Rangel Brandão, Manoel Balbino, Jakelyne Martins, Guilherme Andrade, Frederico Rabelo, Bruno Cabral

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PARTICIPANTES

33 | Héctor Morelli, Mara Regina Kramer Silva 34 | Clarissa Machado, Felipe Santos, Giovanni Pssanu, Eliana Sallenave, Olavo Fonseca Filho, Juan Carlos De la Torre, Maurício José Lima Bastos, Floriano Freaza Amoedo, João Carlos Barbosa, Vitória Daniel Colina, Daniel Colina

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35 | Nathalia Kuipers, Jéssica Bertoli, Mariana Mayumi, Ingrid Okraska Zimermann, Marcio Dambroski Buzzo, Frederico Huckembeck Neto, Augusto Pimentel Pereira 36 | Caudio Cesar Augusto, Sebastião Maria Perez Cubero, Marta Lopez Rubio 37 | Equipe Atelier BAM, Juliana Bertolucci Torres 38 | Martinho Giacomitti Júnior, Alisson Batista, Iuri Trombini Socratte, Cassio Mori Yutani, Rubens Franco MIttag, Ivana Cabral, Cesar Godoy Gomes, Daniel Azevedo Silveira

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39 | Jan Patrick Greven, Hélio Adão Greven Régis Bondan, Thais Escouto Souza 40 | Pedro Gonzalez Rasello, Helena Ribas Begliomini, LÍvia Gushiken Isuru Yamamoto, Marcelo Ribeiro Casarin, Rafael Miranda Nicolosi, Guilherme Yugo Borba Yamamoto, Antonio Fernando Alves de Almeida Prado Filho

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PARTICIPANTES

41 | Ana Paula Polizzo, Danilo dos Santos Galvão, Marina Barcellos de Oliveira Calazães, Gustavo de Oliveira Martins 42 | Ana Saggin Bruna Franzoi, João Victor Sarturi, Victor Escorsin, Andréia Ferrari, Antonio Abrão, Manoel Coelho

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43 | Eng. Rogério Gomes de Carvalho, Matheus Okuyama Nunes, Arq. Ana Paula Beghetto Pacheco, Arq. Alline Lais Nunes, Arq. Paulo Cesar Braga Pacheco, Francis Camargo Iwamura 44 | Gabriela M. Maluf, Carlos Alexandre Kolb da Rocha 45 | Bruno Gustavo Klein Poliana Anzileiro Alves, Giovano Chinelato 46 | Jonas Abreu da Silva, Hegberto Nassar Guimarães, Sergio Ferreira Santana

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47 | Natalie Rachid, Leonardo Oliveira, Ricardo Gusmão Marinho Velloso, Luís Tavares Bhakta Krpa, Guido D Elia Otero 48 | Rodrigo Vieira Martins, Roberto Cociello, Octávio Scapin, Ana Flávia Maru, Mathias Joseph Monios

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PARTICIPANTES

49 | Edgar Gonçalves Dente, Matheus Duarte Pardal, Ricardson Ricardo, Dhiego Torrano, Christiane Costa Ferreira, José Maria De Macedo Filho 50 | Arthur Naressi, Pedro Vaz Esteves, Nubia França de Oliveira Nemezio, Bruno Caio de Oliveira, Filipe Jacopucci dos Reis

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51 | Marco Aurélio de Lima Maron, Paulo Lourenço de Jesus, Deryck Dantom Costa Almeida 52 | Bruno Moreira Custódio, Leandro Sasse 53 | Tiales Teixeira Fritz 54 | Rafael Henrique Neves 55 | Tatyane Pedreira de Souza, Bruna Carollyne P. dos Santos, Cáren Lúcia De A. S. Vasconcelos, Adriana Pereira Barros, Ruber Paulo Nunes Rodrigues, Yasmin Santos Araújo, Manoel Alves Carrijo Filho

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56 | Rafael Sampaio Figueiredo de Carvalho, Rafael Goffinet de Almeida


PARTICIPANTES

49 | Antonio Valiente Airton Oliveira Junior, Roberta Paula Rech 50 | Luiz Felipe Silveira, Vanessa da Rocha Silva 51 | Henrique Correa Coelho, Jose Henrique Rocha Coelho

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52 | Pedro Veloso Rocha Mameluque, Milena Marzagão de Andrade, Guilherme Andrade Chagas 53 | Fabiana Santos Araújo 54 | Camila Schmidt, Luis Felipe Hakin Leal , Morgana Lorusso Voltoline, Kelly Trindade Macieski, Thaline Frade Silveira, Silvane Eclache, Andréia Garbin Langner 55 | Luana Serra Macedo Corrêa, Amanda Carriconde Duquia, Micaela Gallio, Lina Denise de Moraes Aguirre

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Coordenação Marcelo Ulisses Pimenta Titulares Maria Assunção Pereira Rodrigues, Arquiteta e Urbanista indicada pela ABAP Ana Carolina Favilla Coimbra, Arquiteta e Urbanista indicada pela SEGETH Caterina Ferrero, Arquiteta e Urbanista indicada pela CODHAB/DF Carolina Pescatori, Arquiteta e Urbanista indicada pelo IAB/DN Cristina Evelise, Arquiteta e Urbanista indicada pelo CAU/BR Suplentes Delayse Teles, Arquiteta e Urbanista indicada pela ABAP Eliane Pereira Victor Ribeiro Monteiro, Arquiteta e Urbanista indicada pela SEGETH Niele Fernandes Pires, Arquiteta e Urbanista indicada pela CODHAB/DF

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#1 lugar 474


CONTEXTO, DESAFIO E POSSIBILIDADES Com quase 500 mil habitantes, Ceilândia vem se consolidando, cada vez mais, como uma área urbana de alto dinamismo econômico e social. Seu centro é repleto de áreas comerciais e de serviços, sendo marcado pela Feira Central de Ceilândia, maior referência da cultura agrícola e da culinária local. Esse êxito econômico veio acompanhado do desenvolvimento social de sua população, em grande parte promovido por programas sociais de sucesso, tornando a cidade um polo de cultura urbana de originalidade ímpar, que desponta artistas e esportistas para o Brasil e para o mundo. No entanto, seu denso subúrbio ainda apresenta carência de qualidade urbana para absorver e sustentar a demanda habitacional e de emprego oriunda de um processo acelerado de crescimento populacional. Nesse sentido, junto à questão habitacional, entende-se que o principal desafio desse projeto é inaugurar uma nova centralidade, capaz de gerar renda, emprego e novas oportunidades, consolidando o direito à cidade. Assim, são aquelas manifestações culturais urbanas em ascensão na cidade e as práticas de agricultura observadas em seus interstícios e entorno que orientam a atuação nesse local limítrofe entre o rural e o urbano. A PRAÇA CENTRAL O projeto se ordena, então, a partir da criação de um grande espaço central onde se combinam sistemas produtivos de alcance regional (agricultura orgânica – empregando técnicas de sustentabilidade) e espaços cívicos de encontro e convívio ligados à promoção da cultura e do esporte urbano (dança, música, grafite, skate), entre outras atividades que comprovadamente qualificam a juventude local e lhes dá futuro. Dessa maneira, esse espaço promove a convergência das dimensões econômica e social, relação indispensável a um espaço urbano de qualidade. A estratégia de implantação de uma grande praça, concentrando as áreas verdes em uma das bordas da gleba, também possibilita uma econo-

mia em infraestrutura urbana, e o faz garantindo um espaço livre envolvido pela cidade. A CONFIGURAÇÃO DA PRAÇA CENTRAL Os usos habitacionais e comerciais distribuídos à volta da praça são os primeiros elementos a garantir dinâmicas fundamentais para a sua qualidade e segurança em todos os períodos do dia. Com isso, o entorno edificado deste espaço central lhe dá suporte programático e configuração, promovendo usos que dialogam diretamente com suas atividades e potencializam cadeias produtivas importantes. Essa relação é marcada por um Mercado, ancorado em uma de suas esquinas, que nos moldes da Feira Central de Ceilândia poderá promover o desenvolvimento econômico do bairro e de seu entorno. Nele poderão ser comercializados tanto os produtos agrícolas cultivados na própria praça quanto aqueles produzidos nas redondezas, além de abrigar bares e restaurantes voltados à culinária local. Esse equipamento está estreitamente ligado a um complexo prático de qualificação da mão de obra e capacitação gerencial, aqui proposto para intensificar as técnicas de cultivo, de processamento e de comercialização dos produtos orgânicos, buscando aumentar seu valor agregado e alcançar outros mercados potenciais. Tal complexo está situado em um lote autônomo, podendo ser administrado mediante articulação técnica entre agentes públicos e privados. Ao lado do complexo, a Centro de Ensino Fundamental também se volta à praça central, transformando-a num grande espaço de encontro, aumentando as suas formas de apropriação social. A RELAÇÃO COM O ENTORNO EXISTENTE Além dessa relação com a praça central, as quadras edificadas cumprem outro papel importante, o de relacionar o novo bairro com as áreas urbanas adjacentes. Isso se dá por meio da definição de usos para a borda do novo bairro que dialogam com os observados em seu entrono, criando uma espécie de espaço híbrido e de transição, cuja morfologia também procurou dar continuidade à malha urbana principal existente e planejada.

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A proximidade da rodovia (BR-070), por exemplo, oferece a possibilidade de escoamento da produção agrícola para outras áreas, incluindo o Plano Piloto e as cidades vizinhas. Para isso, a implantação de um galpão voltado à logística, armazenamento e reciclagem, conectado ao complexo prático de qualificação e ao Mercado é oportuna. Essa rodovia é também um importante eixo para o posicionamento da UBS, pela facilidade de acesso, bem como para implantação de áreas comerciais de grande porte, edifícios de serviços e centros de distribuição. A via a oeste é marcada hoje pelo uso residencial horizontal, condição que levou à decisão de se concentrar parte das unidades habitacionais nas suas proximidades que contribuíssem para sua qualificação, estabelecendo uma área residencial mais reservada cujo núcleo local passa a ser o novo Centro de Educação Infantil solicitado. A sul foram propostos alguns galpões – previstos para aluguel ou venda – com usos compatíveis com o novo bairro (pequeno porte, baixa incomodidade e não poluente), dialogando com a área industrial adjacente. Sugere-se o incentivo à implantação de usos industriais intensivos de conhecimento e de inovação tecnológica, associados a programas de capacitação digital, de modo a colaborar para a ascensão social dos trabalhadores locais.

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A leste, uma grande faixa de vegetação filtra os ventos predominantes do inverno, mais secos, além de atrair e oferecer refúgio à fauna local, promovendo biodiversidade e saúde ao espaço agrícola adjacente. OS FLUXOS A unidade entre a cidade, o bairro e a praça é promovida pelos fluxos de pessoas e mercadorias que se dão nos grandes largos de acesso, que se configuram como portais para amplos bulevares, cercados por diferentes tipos de uso e atividades. Somam-se a estas dinâmicas os interiores das quadras, concebidos por meio de uma rica diversidade de espaços, programas e possibilidades de apropriação, sempre tratados por meio de graduações entre atividades públicas e as áreas habitacionais.

Equipe Rafael Giorgi Costa, Martina Croso Mazzuco, Pedro Lopes De Faria, Pedro De Padua Salles Domingues, Luiz Fernando Horta O’leary Filho, André Biselli Sauaia, Daniel Corsi Da Silva


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#2 lugar 480


“É precisamente no uso cotidiano que a complexidade inextricável da vida urbana se expressa? Georges Candilis. A construção da urbanidade pode se completar partindo-se da residência como elemento essencial complementada com o uso diário do espaço urbano com diversas outras funções muitas vezes não programadas. Assim, evitar a massificação deste processo consiste em humanizar o mesmo e utilizar uma metodologia que possibilite escolhas e não imposições. Desta forma, o conceito de diversidade se toma essencial ao projeto. Partimos, assim, de alguns conceitos plurais, como diversidade de classes (média, média baixa e baixa), de famílias (casal, 01 filho, 02, 03 e 04 filhos), de implantação (blocos com diferentes posições gerando opções de escolha ao futuro morador), de plantas (01, 02 e 03 quartos posicionados com vista para rua, para miolo de quadra, também em todos os andares para gerar opções de escolha ao futuro morador), de espaço público (áreas para diversas idades e usos). Em função da alta taxa de crescimento de Brasília (mais de 2%/ano) e Ceilán-dia (mais de 4%/ano) e de que próximo de 21% da população de Ceilãndia é composta de crianças (0 a 14 anos), fica clara a necessidade de se preservar áreas públicas, de lazer e verdes acima da quantidade mínima, de forma também a se evitar um processo de privatização da vida (Henri Lefebvre). Assim, foram previstos 270 m’ de área verde por pessoa. Partimos de diretrizes fundamentais para o desenho urbano do bairro, sendo: MOBILIDADE Buscamos estimular o uso peatonal através de calçadões de uso misto, circuito cicloviário e áreas públicas dinâmicas assim como desestimular o uso de veiculo privado. Minimizamos a construção de infraestrutura necessária de ruas, calçadas, elétrica e hidráulica dispondo a ocupação próximas das avenidas e ruas conectadas com o entorno já construido utilizando ao máximo as ruas já existentes. RECURSOS Prevemos sistema de abastecimento de água potável em cada edifIcio, com medidores individualizados (previstos 27.000 L por torre, em média, já com reserva de incêndio). Sistema de captação de água pluvial utilizável para áreas comuns e jardins. Sistema de drenagem/contenção por quadra gerando possib-ilidade de irrigação por gotejamento e por gravidade. Foram ainda previstas duas Miniestações de tratamento para as 6 quadras localizadas uma em cada ponta do Boulevard de agricultura. Ainda, previsto

coberturas para captação de energia solar e fotovoltaica. Em cada quadra serão previstas duas cabines do transformação para se evitar posteamento aparente de alta tensão e dis-tribuição de maciços arbóreos para controle de ruído urbano, sombreamento o recuperação de CO2. SOCIAL Defendemos um mobiliário que deve ser participativo. Sugerimos a criação de um catálogo de possibilidades a ser apresentado à população gerando maior diversidade de opções. Foram previstas áreas para geração de emprego e renda (comércio e serviços) distribuídos em todas as quadras e proposto um ambiente urbano com identidade, evitando a massificação, contribuindo para a autoestima dos moradores. Criamos espaços públicos visíveis, contribuindo ao encontro, áreas sombreadas e com alto grau de segurança. ZONEAMENTO Propomos usos diversificados e mesclados dentro de uma concepção de bairro compacto combinando habitações de 01,02 e 03 quartos em todas as tipologias (todos os tipos de familia poderão escolher perto ou longe da rua, em pavimen-tos altos ou baixos, com vista para rua ou miolo de quadra, etc). Criamos pontos de articulação com o contexto, tanto com arruamentos quanto praças e esquinas definidos a partir da leitura do lugar, conjugando aspectos pro-gramáticos, infraestrutura, socioeconõ micos e paisagistico-ambientais, com uma concepção de cidadeaberta. Integramos atividades comerciais, culturais e de lazer com as residenciais, desde uma concepção generosa do que pode ser pensado hoje como características positivas da urbanidade, e de novos paradigmas de relacionamento público-privado, individualcoletivo.

Equipe Sophia Aguiar, Karine Pazemeckas, Gustavo Beccari, Andre Augusto Prevedello

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#3 lugar 486


Dos 5570 municípios do país, 1234 possuem uma população menor à prevista na área do projeto. O seja, 22% das cidades brasileiras serão menores que o bairro projetado. Nesse entendimento acreditamos que o projeto não deve ser pensado somente como um bairro mais, mas uma nova centralidade que terá identidade própria e que contribuirá à consolidação e valorização dos tecidos urbanos adjacentes. Uma nova geração para o desenho dos espaços livres do cotidiano de Brasilia: a cidade, as pessoas, a natureza se reencontram. Os intentos de organizar a cidade por atividades e faixas de renda mostrou-se um fracasso tanto no que se refere a segurança quanto a mobilidade . A diversidade funcional e a pluralidade social são a chave de uma cidade democrática, mais solidaria e, portanto mais segura. O projeto parte dessa premissa na mistura de atividades e no atendimento a populações com diversas faixas de renda: Conjuntos de 3 andares HIS 1 (até três salários mínimos) Prédios de 10 andares HIS 2 (até seis salários mínimos) Nas bordas da área –e ligadas às ruas de acesso- foram localizadas as atividades produtivas do bairro: No setor Norte os pavilhões de feiras e exposições e a central de triagem de lixo inorgânico; No setor Sul as incubadoras industriais e escola técnica a elas vinculada; No Centro da área a praça central com comércios e equipamentos públicos.

UMA CIDADE AMIGÁVEL O projeto urbano rodoviarista –cada vez mais questionado- cede lugar a ruas compartilhadas, pequenas praças com comércios nas esquinas, áreas de lazer para crianças. O controle da velocidade se da através da descontinuidade das ruas e do tratamento dos pisos. Cuidados que proporcionam uma fluidez natural na mobilidade urbana. As ruas internas são previstas de serem compartilhadas, ou sejam serem de tráfego motorizado amenizado, e terem a ênfase destacada para os pedestres e demais formas de circulação, nos quais os matéria e meios de desenho doso pisos e usos da vegetações e equipamentos vão salientar esse aspecto de praças lineares para as ruas, nos quais a passagem e estacionamentos dos veículos terá seu impacto minimizado. Os espaços públicos estão vinculados a atividades e usos definidos para gerar as necessárias condições de manutenção e segurança: A praça da juventude, vinculada ao CEF, UBS e PCDF A praça central, vinculada ao CRAS, ao CEI, ao Espaço Multiuso e comércios. O parque Norte, vinculado aos pavilhões de feiras e exposições.

Equipe Julia Kodama, Vinicius Cuevas, Nicholas Rottmann, Marise Jacobsen, Graciella Folli, Shaiane Viana, Maiara Motta, Miguel Taiar, Heloisa Oliveira, Ricardo de Almeida, Juliana Pedroso, Newton Becker, Paulo Pellegrino, Monica Drucker, Ruben Otero

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#menções honrosas Foram recebidas 24 propostas, divididas em três grupos, em formato eletrônico dentro do prazo definido no cronograma do concurso. Após o júri decidir acerca do método de avaliação dos projetos, dentro dos critérios estabelecidos nas Bases do Concurso, foram definidas as etapas e a escolha dos estudos. A Comissão Julgadora deliberou outorgar Menções Honrosas à seguinte proposta: Estudo Preliminar de número 1245, a proposta contempla a solução de edifício quarteirão, de modo a definir e configurar bem o espaço público, conjugado à permeabilidade no nível térreo com a utilização de pilotis em trechos do conjunto, qualidades que associadas trazem uma contribuição ao debate do desenho urbano.

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MENÇÃO HONROSA

ESTUDO PRELIMINAR NÚMERO 1245 Aline Franca, Alexandre Abrahão, Cecilia Lourenço de Goes, Flora Maringoni Guimarães, Germán Biglia, Miguel Lacombe de Góes e Vasconcellos

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PARTICIPANTES

1 | Andréa Ramos de Lima Piza, Lucas Balbino Pereira, Giovanna Rodrigues Cardoso, Mayra Cristina Homem de Mello Castanho, Paulo Cássio Moraes Gonçalves, Francine Sakata 2 | Guido Mariana Fujii, Paulo Emilio Ferreira, Felipe Noto, Mariana Souza, Fernando Boari, Jordana Zola

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3 | Alberto Nagib Gonçalves da Silva, Lisa Quintana Freire-Jansen, Fabio Landucci Bonugli, Paulo Roberto Gaia Dizioli, Luis Alexandre Amaral Pereira Pinto, Luís Antônio Jorge, Flávia Zelenovsky Jorge 4 | Julia Fabbrianni Rodrigo Bocater, Juliana Sicuro, André Cavendish 5 | Rafael Ayres Dias, Mayara Yanka Tavares de Araujo, Rodrigo Benitez Salmaso, Gustavo Fernandes Camargo, Laisa Dias Brito Alves, Leandro de Carvalho Vieira, Nícolas Melo Gonçalves Pedroso da Silva, Rafael Bruno de Lima, Rafael Ayres de Carvalho Dias

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6 | Paulo Emilio Soares Pereira, Mirele Milar Moreno Saulo, José Gomes, Nelcimar Cristina Soares Pereira Ferreira 7 | Sophia Aguiar, Karine Pazemeckas, Gustavo Beccari, Andre Augusto Prevedello 8 | Sabrina Sala, Camilla Rozario, Irianna Steck Nogueira, Maria Jocelei Steck

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PARTICIPANTES

9 | Paulo Chiesa, Eduardo Sinegaglia, Janaina Nichele, Rodolfo Luís Scuiciato, Aline Proença Train, Suzanna de Geus, Taco Roorda, Moacir Zancopé Junior, Luciano Suski, Fábio Domingos Batista, Igor Costa Spanger

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10 | Rafael Giorgi Costa, Martina Croso Mazzuco, Pedro Lopes De Faria, Pedro De Padua Salles Domingues, Luiz Fernando Horta O’leary Filho, André Biselli Sauaia, Daniel Corsi Da Silva 11 | Lucia Echavarria, Cecila Taboada Facundo Castro, Santiago Saettone, Martin Pronczuk, Anna Carolina Manfroi, Gabriel Giambastiani, Mario Gidoux, Ana Cristina Castagna 0E1+MASA 12 | Julia Kodama, Vinicius Cuevas, Nicholas Rottmann, Marise Jacobsen, Graciella Folli, Shaiane Viana, Maiara Motta, Miguel Taiar, Heloisa Oliveira, Ricardo de Almeida, Juliana Pedroso, Newton Becker, Paulo Pellegrino, Monica Drucker, Ruben Otero

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13 | Maria Cristina Bittencourt, Julian Piran, Filipe Zumarán, Jose Angelo Casagrande Mincache 14 | Henrique de Carvalho Latorre Fortes 15 | Aline Franca, Alexandre Abrahão, Cecilia Lourenço de Goes, Flora Maringoni Guimarães, Germán Biglia

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16 | Marco Antonio Suassuna Lima, Lucio Ismael Lacerda Jr, Igor Vinícius Mendes de Araújo Neves, Ícaro Fernando Diniz Araújo, Fernanda Ferreira, Eziquiel Felipe Meira do Vale Arnaud, Caroline Gertrudes Neves, Lisboa Vieira, Bárbara Meurer Klump

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PARTICIPANTES

17 | Amanda Carriconde Duquia, Luana Serra Macedo Corrêa, Micaela Gallio, Lina Denise de Moraes Aguirre 18 | Neli Yumi Shimizu, Ronald Werner Fiedler, Hector Vigliecca Gani, Luciene Quel, Luana Kerber, Juliana Ayako, Okada Ahmed, Julia Oguiura Camargo, Kevin Alves de Carvalho, Luiz Felipe Quel Filho, Guilherme K. Kobayashi 19| Larissa Thomaz de Oliveira, Thiago Campo Grande Reis, Ramon Tavares Pereira, Renata Fragoso Coradin, Marina Caraffa, Janaina Krohling Peruzzo, Andressa Celli 20 | Alejandro Precioso Cuerda, Fernanda Bianchi Neves, Taques Bittencourt, André Desani Ariza, Paula Cerqueira Lemos, Nicolas André Mesquita Cerino, Carrillo Le Roux, Luis Guilherme Alves Rossi, Marina Panzoldo Canhadas, Thomas de Almeida Ho, Gustavo Madalosso Kerr, Helena Aparecida Ayoub Silva 21 | Katrin Libert, Aline Rafaela Marafigo da Cruz, Camila de Sousa Esturilho, Luiz Gustavo Grochoski Singeski, Isabela Maria Fiori 22 | Lucas Bandeira Calixto, Brenda Souza Pamplona 23 | Camila Ferreira Guimarães, Arthur Martins Tiveron 24 | Eduarda Fleck Curcio, Bruna Bergamo Andrade

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*em razão da grande quantidade de imagens e de autores envolvidos na realização deste projeto, solicitamos que eventuais erros e/ou desconformidades em relação à atribuição de autoria sejam informados por meio do email: gilson@gilsonparanhos.com.br


GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL Governador - Rodrigo Rollemberg Secretário de Estado de Gestão do Território e Habitação Thiago Teixeira de Andrade Diretor – Presidente da Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal Gilson Paranhos Presidência Secretaria Executiva Arlete de Oliveira Assessoria de Comunicação Yaly Pozza Ouvidoria José Raimundo Felix Procuradoria Jurídica Claudia Brandão Assessoria de Auditoria Interna Sérgio Portela Comissão Permanente de Licitação Clayton Aragão Assessoria de Planejamento Hélio Araújo Ferreira Diretorias Diretoria de Produção Habitacional (DIPRO) Júnia Salomão Federman Diretoria Imobiliária (DIMOB) Carlos Nogueira da Costa Diretoria de Regularização de Interesse Social (DIREG) Flávio de Oliveira Diretoria de Assistência Técnica (DIATE) Haroldo Pinheiro Diretoria de Administração e Gestão (DAGES) - Jorge Gutierrez


A Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal (CODHAB-DF) autoriza a divulgação acadêmica e pública das experiências e programas desenvolvidos de 2015 a 2018, como Assistência Técnica, Concursos Públicos de Projetos, Catálogo de Projetos e CODHAB Uma Experiência, por intermédio de revistas ou livros – em meio físico ou via eletrônica –, pelos responsáveis técnicos devidamente registrados nos respectivos conselhos profissionais, que atuaram nos programas. Tais publicações têm como objetivo fomentar a assistência técnica para habitação de interesse social (ATHIS), os concursos de projetos e outros trabalhos realizados, como atividades a serem desenvolvidas pelos órgãos da administração pública, por tratar-se de benefício assegurado pela Constituição Federal e detalhado na Lei Federal nº 11.888/2008, Lei Distrital nº 5.485/2015, Lei nº 8.666/93 e demais legislações pertinentes. *A edição e reprodução das publicações citadas acima não utilizaram recursos públicos. Gilson Paranhos, Júnia Federman, Haroldo Pinheiro, Flávio de Oliveira, Carlos Nogueira e Jorge Gutierrez 501


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