Crónicas de um Acervo Ecce Homo

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da paixão ao calvário

Crónicas de um Acervo

Museu de Santa Maria de Lamas

“Ecce Homo – Da Paixão ao Calvário” A forma e a “Palavra” – Roteiro de iconografia cristológica do MSML

2015 © Museu de Santa Maria de Lamas


Autoria Museu de Santa Maria de Lamas Texto José Amorim Projecto gráfico Ricardo Matos Fotografia José Amorim e José Mário Cardoso - Arquivo Imagético do Museu de Santa Maria de Lamas Capa “Crucificação simbólica – Drama do Calvário” - Estampa com xilogravura de autoria desconhecida, difundida em extratexto num Missal de 1766 – Ext. Aa. Vv. – Missali Romano. Portu: Ex Typis Antonii Alvares Ribeiro Guimaraens, MDCCLXVI (Trad.: Aa. Vv. – Missal Romano. Porto: António Alvares Ribeiro Guimarães, 1766). 1957. 0554a - MSML: Sala 1 – Sala de Nossa Senhora do O. Março e Abril de 2015 © Museu de Santa Maria de Lamas


A forma e a “Palavra”

Roteiro de iconografia cristológica do MSML

da paixão ao calvário

José Carlos de Castro Amorim / 2015


Abreviaturas e Siglas

Agonia no Getsémani – A oração e agonia de Jesus no Jardim / Horto das Oliveiras (pintura acompanhada pela seguinte legenda em figuração de pergaminho aberto: “1.º Mistério doloroso Posto em agonia orava com mais fervor”) - Original de autoria desconhecida, pintura de óleo sobre madeira, ca. final do séc. XVI e primeiras décadas do séc. XVII. 1957T. 0016 – MSML: Sala 16 – Sala da Capela de Delães (tecto).

Aa. Vv. – Autores variados Act. – Actos dos Apóstolos Ass. – Assinatura/Assinado(a) Ca. – Cerca de Cf. - Confira Cor. – Coríntios Dt. – Deuteronómio Ext. – Extraído de Flp. – Filipenses F.L.U.P. – Faculdade de Letras da Universidade do Porto Gál. – Gálatas Hebr. - Hebreus Is. – Isaías I.N.R.I. – “Iesus Nazarenus Rex Iudaeorum” Jo. – João Lc. – Lucas Lm. – Lamentações Mc. – Marcos MSML – Museu de Santa Maria de Lamas N.º - Número Ob. Cit. – Obra citada p. - página Ref. - Referência S. – São Salm. – Salmo(s) s/d. – Sem data Séc. – Século Sécs. – Séculos Sr. – Senhor Trad. – Tradução/Traduzido(a)


Índice

Abreviaturas e Siglas

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“Ecce Homo – Da Paixão ao Calvário” A forma e a “Palavra” – Roteiro de iconografia cristológica do MSML: Prólogo

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“Ressurreição de Jesus” (pintura acompanhada pela seguinte legenda em figuração de pergaminho aberto: “1.º Mistério glorioso Puseram no Sepulcro”) - Original de autoria desconhecida, pintura de óleo sobre madeira, ca. final do séc. XVI e primeiras décadas do séc. XVII. 1957T. 0016 – MSML: Sala 16 – Sala da Capela de Delães (tecto).

Antecedentes da Paixão

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Paixão

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Morte

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Ressurreição

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Fontes e Bibliografia

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“(…) Et adversum me laetati sunt et convenerunt congregata sunt super me flagella et ignoravi (…)” – Ref. da Vulgata: Salmo 34,15 (Hebr. 35) “(…) Quando tropecei, eles reuniram-se para se alegrar; eles dilaceraram-me sem parar (…)” – Trad.: Segundo a Bíblia: Livro dos Salmos – Contra os perseguidores do Justo – Sal. 34,15 (Hebr. 35)1 “(…) Vidi il suo corpo flagellato e straziato fino alle ossa, tanto che gli scorgevano le costole (…)”2 – (Trad.do italiano para português: “Eu vi o seu corpo flagelado e rasgado até ao osso, tanto que lhe podia ver as costelas”)

“Crucificação Simbólica – Drama do Calvário” - Jesus morto de três cravos; Maria e João Evangelista Esculturas de vulto pleno, oficina erudita, madeira policromada, estofada e carnada (nas figurações de Maria e João Evangelista verifica-se a existência de esgrafitado na extensão das suas alvas/túnicas interiores “drapeadas”), ca. finais do séc. XVII e primeira metade do séc. XVIII. 1957.1164 a – c - MSML: Sala 16 – Sala da Capela de Delães.

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Ext. SILVA, Liliana Pereira da – A igreja do Bom Jesus de Matosinhos: As lendas, a tradição e a realidade. Vila do Conde: Quidnovi, 2013, p. 143. Descrição integrante das revelações de Santa Brígida (“Rivelazioni (…) Raconto della Passioni di Gesù Cristo”), citada por Liliana Silva – cf. SILVA, Liliana Pereira da – Ob. cit., (2013), p. 157.

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“Ecce Homo – Da Paixão ao Calvário” A forma e a “Palavra” – Roteiro de iconografia cristológica do MSML: Prólogo “(…) Hoje o Christo é apenas um symbolo humano (…) o Homem colocado no espaçoso limiar que separa dois mundos, um mundo que desaba em ruínas e um mundo que se forma (…)” Manuel Laranjeira (1877 – 1912) in Serões. N.º 17, Lisboa: Novembro de 1906, p. 350.

Escarnecido, torturado e ressuscitado, Cristo e a sua hagiografia – precedente e integrante da “Via Crucis” (trad.: “Via Sacra”), constituem o epicentro temático da Arte sacra global. Amplamente relatado e figurado, é entre a “Paixão” do sacrifício místico em prol da condição humana e o “Calvário” do flagelo corporal e morte dolorosa de Jesus, que se conceptualiza este “roteiro” de desenhos, pinturas e esculturas existentes no MSML.

Última ceia em mesa circular / ovalada (Instituição da Eucaristia - Comunhão dos Apóstolos) - Estampa com gravura de Joaquim Carneiro da Silva (1727 – 1802) – Ass. “SILVA F.” (“Silva fez”) – possivelmente inspirada em cânones de pintura quinhentista viseense (uso de mesa circular/ovalada), difundida em extratexto num Missal de 1797 – Ext. Aa. Vv. – Missale Romanum. Olisipone: Ex Typographia Regia, MDCCXCVII (Trad.: Aa. Vv. – Missal Romano. Lisboa: Tipografia Régia, 1797.). 1957.0554b - MSML: Sala 1 – Sala de Nossa Senhora do O.

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Iconograficamente, o conhecimento formal do “Homem” e a respectiva figuração do seu percurso existencial para remissão do pecado, processada sob o madeiro da cruz, no “Monte do Gólgota” (trad. do hebraico: “Lugar da Caveira” – suposta montanha sagrada onde Adão fora criado e sepultado, e sob o seu “crânio” a Humanidade renasceu do pecado através da crucificação e sacrifício de Jesus3), têm como fundamentos literários permanentes os escritos da Bíblia. Sobretudo, os relatos canónicos neotestamentários (“Novo Testamento”), perpetuados e registados pelos quatro Evangelistas: Mateus; Marcos; Lucas e João. Assim sendo, o roteiro artístico proposto permite ao observador conhecer o “Cristo – Símbolo”, o seu percurso messiânico e, acima de tudo, sugere ao visitante novas perspectivas acerca do conteúdo e valia do espólio de Arte sacra do MSML4 (sobretudo em termos de iconografia cristológica). Ou seja, nas suas páginas, acompanhando alguns dos excertos bíblicos presentes, exibem-se manifestações artísticas de índole, Vd. SILVA, Liliana Maria Pereira – A fé, a imagem e as formas. A iconografia da talha dourada da igreja do Bom Jesus de Matosinhos. Dissertação de Mestrado em História da Arte Portuguesa apresentada à F.L.U.P.. Porto: Departamento de Ciências e Técnicas do Património / F.L.U.P., 2011, p. 47. 4 Englobando inclusive a integração, após tratamento, de uma “Via Crucis” (trad.: “Via Sacra”), composta pelas suas catorze estações – catorze altos - relevos setecentistas - em reserva neste espaço museológico desde 2004, o ano de início do “Plano de reorganização museológica e museográfica do MSML” (que em 2014 completou a sua primeira década). 3


cronologia e autoria distintas entre si; “ilustrando”, directa ou simbolicamente, cinquenta e seis episódios da vivência de Jesus. Subdivididos em quatro ciclos (“Antecedentes da Paixão”; “Paixão”; “Morte” e “Ressurreição de Jesus”), que relatam grande parte da sua hagiografia (percurso de vida), entre a “Entrada Messiânica em Jerusalém” e a “Ascensão ao céu”, após ressurreição e aparições corpóreas.

Ex-voto “médico” dedicado ao Senhor dos Tormentos pelo milagre da cura de “Jozé Ant.º de Taboza” (registo que integra uma representação da “Crucificação simbólica”) - Pintura de óleo/têmpera sobre madeira, de possível autoria de “Jozé Ant.º de Taboza”, de um familiar seu, ou de um pintor popular de “tábuas votivas”, sob mecenato da família de José António; ca. séc. XVIII (pintura popular votiva setecentista). Origem: “Taboza” (“Lugar de Taboza” - actual Lugar de Tabosa, freguesia do Carregal, concelho de Sernacelhe e distrito de Viseu). 1957.0128 – MSML: Sala 1 – Sala de Nossa Senhora do O.

Em suma, esta “selecta” artística combina pormenores gravados / entalhados em retabulística de talha dourada; esculturas de imaginária; altos / baixos- relevos; pinturas de óleo, ou têmpera, sobre madeira e tela; e gravuras / litografias ilustrativas de missais setecentistas, oitocentistas e novecentistas. Deste modo, abrange registos criativos balizados cronologicamente entre a Idade média e a contemporaneidade; de cariz erudito, ou espontaneidade popular; de autoria desconhecida, ou resultantes do labor de vultos reconhecidos pelas “páginas” da Historiografia artística nacional e internacional. Como Joaquim Carneiro da Silva (1727 – 1802), Francesco (“Francisco”) Bartolozzi (1728 – 1815), ou Francisco Tomás de Almeida (1778 – 1866).

Crucificação simbólica - Pintura de óleo/ têmpera sobre madeira, de possível autoria de “Jozé Ant.º de Taboza”, de um familiar seu, ou de um pintor popular de “tábuas votivas”, sob mecenato da família de José António”.

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“Crucificação simbólica” / “Drama do Calvário” – “Arbor Vitae” / “Lignum Vitae” (Trad.: “Árvore da vida/Árvore da cruz”) – “Fons Vitae” (Trad.: “Fonte da vida”)” – Cristo vivo de três cravos; Cruz (Simbolismo da “Arbor Vitae”/”Lignum Vitae”) Cálice - “Fons Vitae” (colocado aos pés da cruz para recolha do sangue de Jesus): Esculturas de vulto pleno, oficina erudita, madeira policromada, estofada, dourada e carnada, Séc. XVII. Maria e João Evangelista: Original de autoria desconhecida, pintura de óleo sobre tela, ca. séc. XVII/posterior ao séc. XVII. 1957.0174 – MSML: Sala 2 – Sala da Capela.

Ascensão do Senhor – Ascensão de Jesus ressuscitado ao céu - Estampa com gravura de autoria desconhecida, difundida em extratexto num Missal de 1766 – Ext. Aa. Vv. – Missali Romano. Portu: Ex Typis Antonii Alvares Ribeiro Guimaraens, MDCCLXVI (Trad.: Aa. Vv. – Missal Romano. Porto: António Alvares Ribeiro Guimarães, 1766.). 1957.0554a - MSML: Sala 1 – Sala de Nossa Senhora do O.

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“Ecce Homo – Da Paixão ao Calvário” A forma e a “Palavra” – Roteiro de iconografia cristológica do MSML “(…) A Cruz de Jesus é a palavra com que Ele respondeu ao mal do mundo (…) Deus falou (…) e a sua resposta é a Cruz de Cristo: uma palavra que é amor, misericórdia, perdão (…)” Papa Francisco (1936) – Veneri Santo Passione del Signore – Via Crucis 2013.

Antecedentes da Paixão Entrada messiânica de Jesus em Jerusalém – Entrada de Jesus em Jerusalém, com vivas e ramos – Entrada de Jesus como profeta por excelência – Entrada de Jesus como Salvador / Profeta / Rei “(…) Dito isto, Jesus seguiu em frente, subindo para Jerusalém. Quando se aproximou de Betfagé e Betânia, ao pé de um monte conhecido como “das Oliveiras”, enviou dois dos seus Discípulos dizendo-lhes: “Vão em frente para o povoado, onde encontrarão um jumento preso, que jamais foi montado. Desatem-no e tragam-no; Se alguém vos perguntar: “Porque o desamarraram?”, respondam: “O Senhor precisa dele” (…) Logo, levaram o jumento ao encontro de Jesus que, colocando um manto sobre o animal, montou-o e iniciou o seu percurso (…) Enquanto Ele avançava, as pessoas estendiam mantos sobre o caminho (…) Quando se acercaram da encosta do “Monte das Oliveiras”, todos os Discípulos, exultando de alegria, louvaram Deus em voz alta, por todos os milagres que tinham visto. Dizendo: “Bendito o Rei que vem em nome do Senhor” (…) Quando se aproximou e viu a cidade, chorou por ela (…)” – Lc. 19, 28 – 41. Entrada messiânica de Jesus em Jerusalém – Entrada de Jesus em Jerusalém com vivas e ramos – Entrada de Jesus como profeta por excelência – Entrada de Jesus como Salvador / Profeta / Rei - Estampa com gravura/litografia de autoria desconhecida, difundida em extratexto (como cabeçalho gráfico), num Missal de 1924 – Ext. Aa. Vv. – Missale Bracarense. Romae: Typis Polyglottis Vaticanis, MDCCCCXXIV (Trad.: Aa.Vv. – Missal Bracarense. Roma: Tipografia poliglota do Vaticano, 1924.). 1957.0554e - MSML: Sala 1 – Sala de Nossa Senhora do O.

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Antecedentes da Paixão

Antecedentes da Paixão

Seis dias antes da Páscoa, jantar em Betânia e unção de Jesus

Anúncios da Paixão

“(…) Quando Jesus estava em Betânia, comendo em casa de Simão, “o leproso”, chegou uma mulher com um frasco cheio de um perfume valioso (…) quebrando o frasco, derramou-o sobre a cabeça de Jesus (…) Alguns dos que estavam presentes indignaram-se, comentando entre si: “Para quê tanto desperdício de perfume?” (…) Criticavam-na (…) Jesus disse: “Deixem-na, porque se preocupam? Ela tem feito um bom trabalho para comigo (…) ela fez o que podia; ungiu o meu corpo antecipadamente para a minha sepultura” (…)” – Mc. 14, 3 – 9.

“(…) Jesus perguntou aos Discípulos: “O que diz o povo sobre o Filho do Homem? Quem dizem que é? (…) E vocês, quem dizem que sou?” (…) Simão Pedro respondeu: “Tu és o Messias, filho de Deus vivo.” (…) Desde aquele dia, Jesus começou a anunciar aos seus Discípulos que iria a Jerusalém, onde sofreria muito por ordem dos Anciãos, dos Sumos-sacerdotes e dos Escribas; seria condenado à morte e ressuscitaria ao terceiro dia” (…) Pedro (…) repreendeu-o dizendo: “Deus não permitirá, Senhor, isso não acontecerá.” (…) Então Jesus disse aos Discípulos: “O que queira vir atrás de mim, que renuncie a si mesmo, que carregue a sua cruz e me siga” (…)” – Mt. 16, 13 – 24. “(…) Atravessaram a Galileia (…) Jesus (…) ensinou e lhes disse: “O Filho do Homem será entregue às mãos dos homens, morrerá às suas mãos e, três dias depois, ressuscitará.” Contudo, os Discípulos não compreendiam e temiam fazer-lhe perguntas (…)” – Mc. 9, 30 – 32. “(…) Depois, Jesus levou à parte os Doze e lhes disse: “Subiremos a Jerusalém, onde se cumprirá tudo o que os profetas anunciaram sobre o Filho do Homem. Será entregue aos pagãos, escarnecido, insultado, cuspido e, depois de flagelado, será morto. Mas, ressuscitará ao terceiro dia.” (…)” – Lc. 18, 31 – 33.

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Paixão Preparação da Última Ceia – Jesus lava os pés aos seus Discípulos Última Ceia – Instituição da Eucaristia “(…) Antes da festa da Páscoa, sabendo Jesus que tinha chegado a hora de passar deste mundo para o Pai (…) Ele que amara os seus (…) amou-os até ao fim (…) Jesus (…) levantou-se da mesa (…) pegou numa toalha e atou à cintura. Logo, encheu um recipiente com água e começou a lavar os pés aos Discípulos, secando-os com a toalha que tinha sobre a cintura (…) Jesus disse: “Aquele que se banhou necessita apenas de lavar os pés porque está completamente limpo. Vós estais limpos, mas não todos”. Ele sabia quem o iria entregar (…) “Nem todos vocês estão limpos” (…) Depois de lhes lavar os pés (…) voltou à mesa dizendo: ”Compreendeis o que vos fiz? Vocês chamam-me Mestre e Senhor, e têm razão, pois o sou (…) Vocês também devem lavar os pés uns aos outros. Dei-vos o exemplo (…) Dou-vos um mandamento novo: Amem-se uns aos outros. Assim como vos amei” (…)” – Jo. 13, 1 - 34. “(…) O Senhor Jesus, na noite em que foi entregue, tomou o pão, deu graças, partiu e deu aos seus Discípulos dizendo: “Isto é o meu corpo que será entregue por vós. Façam isto em memória de mim.” Do mesmo modo depois de cear, tomou o cálice, dizendo: “Este cálice é da nova Aliança, selada com o meu sangue. Sempre que o bebam façam-no em memória de mim. Assim, sempre que comam o pão e bebam este cálice, proclamarão ao mundo a morte do Senhor até ao seu regresso” (…)” – I Cor. 11, 23 – 26.

“Sacrum Convivium” – Última ceia em mesa circular / ovalada (Instituição da Eucaristia - Comunhão dos Apóstolos) - Original de autoria desconhecida – possível membro/artista popular (?), influenciado pela “Oficina Regional de pintura quinhentista de Viseu” - pintura de óleo sobre madeira, ca. sécs. XVI a XVIII (?). 1957T. 0003 – MSML: Sala 3 – Sala dos Evangelistas (tecto).

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Última Ceia – Instituição da Eucaristia - Estampa com gravura/litografia de autoria desconhecida, difundida em extratexto (como cabeçalho gráfico), num Missal de 1924 – Ext. Aa. Vv. – Missale Bracarense. Romae: Typis Polyglottis Vaticanis, MDCCCCXXIV (Trad.: Aa.Vv. – Missal Bracarense. Roma: Tipografia poliglota do Vaticano, 1924.). 1957.0554e - MSML: Sala 1 – Sala de Nossa Senhora do O.


Paixão

Paixão

Prenúncio da traição de Judas

Prenúncio da Negação de Pedro

“(…) Ele sabia quem o iria entregar, por isso disse: “Nem todos vocês estão limpos.” (…) Jesus estremeceu e manifestou claramente: “Asseguro-vos que um de vocês me vai entregar”. Os Discípulos olhavam-se não sabendo a quem se referia. Um deles – o Discípulo que Jesus amava – estava reclinado sobre Jesus. Simão Pedro fez um sinal e disse-lhe: “Pergunta-lhe a quem se refere?” Ele encostou-se a Jesus e perguntoulhe: “Senhor, quem é?” Jesus respondeu-lhe: “É aquele a quem eu vou dar o bocado que vou molhar no prato.” (…) Deu-o a Judas, filho de Simão Iscariotes (…) Satanás entrou nele. Jesus disse-lhe: “Faz o que tens de fazer.” (…) Como Judas estava encarregue da bolsa/fundo comum, alguns pensavam que Jesus queria dizerlhe: “Compra o que precisamos para a festa.” Ou então que o mandara distribuir algo pelos pobres. Em seguida, depois de receber o bocado, Judas saiu. Era noite (…)” – Jo. 13, 11 – 30.

“(…) Pedro tomando a palavra disse: “Mesmo que todos caiam por tua causa, eu nunca vou cair”. Jesus respondeu: “Em verdade vos digo, esta noite antes que o galo cante, negar-me-ás três vezes.” Ao que Pedro disse: “Nem que tenha que morrer contigo, jamais te negarei” (…)” – Mt. 26, 33 - 34. “(…) “Senhor – disse-lhe Pedro – estou disposto a acompanhar-te na prisão e na morte”. Jesus respondeu: “Asseguro-te Pedro, que hoje, antes que o galo cante, vais negar três vezes que me conheces (…)” – Lc. 22, 33 - 34. “(…) Pedro pergunta: “Porque não posso seguir-te agora? Darei a minha vida por ti”. Jesus respondeu-lhe: “Darás a tua vida por mim? Asseguro-te que hoje, o galo não cantará sem que me tenhas negado três vezes” (…)” – Jo. 13, 37 - 38.

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Última Ceia em mesa rectangular - Estampa com gravura/litografia de autoria desconhecida, representativa da iconografia e estrutura compositiva de uma pintura a fresco, realizada por Leonardo Da Vinci (1452 – 1519), em ca. 1494 – 1498, no refeitório do Convento adjacente à igreja milanesa de Santa Maria delle Grazie, difundida em extratexto (como cabeçalho gráfico), num Missal de 1924 – Ext. Aa. Vv. – Missale Bracarense. Romae: Typis Polyglottis Vaticanis, MDCCCCXXIV (Trad.: Aa.Vv. – Missal Bracarense. Roma: Tipografia poliglota do Vaticano, 1924.). 1957.0554e - MSML: Sala 1 – Sala de Nossa Senhora do O.


Paixão Início efectivo da “Paixão do Senhor”: Oração no Horto – Agonia no Getsémani (Evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas: “Suprema angústia” / Evangelho de João: “Jesus ora ao Pai em favor de si mesmo”) “(…) Quando Jesus chegou com os seus Discípulos a uma propriedade chamada Getsémani disse-lhes: “Sentem-se, enquanto eu vou ali orar”. Levando consigo Pedro e os filhos de Zebedeu (Santiago e João), começou a entristecer-se e a angustiar-se. Foi então que lhes disse: “Sentem-se aqui orando comigo”. Adiantando-se um pouco prostrou-se no chão e suplicou: “Pai, se possível, afasta de mim este cálice, mas não se faça a minha vontade, apenas a tua”. Voltando para junto dos seus Discípulos encontrou-os a dormir. Foi então que Jesus disse a Pedro: “Será possível que não tenham conseguido manter-se despertos junto de mim, nem por uma hora? Estejam prevenidos e orem para não cair em tentação, pois o espírito está preparado, mas a carne é fraca.” Afastou-se pela segunda vez e suplicou: “Se este cálice não pode passar sem que eu o beba, seja feita a tua vontade.” Ao aproximar-se, encontrou de novo os Discípulos dormindo (…) Afastou-se e orou pela terceira vez (…) De seguida, voltou para junto dos Discípulos, dizendo: “Ainda estão a dormir e a descansar? Chegou a hora em que o Filho do Homem será entregue nas mãos dos pecadores. Levantem-se (…) aproxima-se quem me vai trair e entregar”. Enquanto Jesus falava chegou Judas, um dos Doze, acompanhado por uma multidão armada com espadas e paus, enviada pelos Sumos Sacerdotes (…)” – Mt. 26, 36 – 47.

Inicio efectivo da “Paixão do Senhor”: Oração no Horto – Agonia no Getsémani (Evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas: “Suprema angústia” / Evangelho de São João: “Jesus ora ao pai em favor de si mesmo”) - Registo de possível autoria de Mestre de pintura seiscentista/setecentista, pintura de óleo sobre tela, ca. sécs. XVII/XVIII. 1957.0127 – MSML: Sala 1- Sala de Nossa Senhora do O.

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Paixão Entrada de Judas Iscariotes no Getsémani – Beijo de Judas – Prisão de Jesus “(…) Entretanto, Jesus estava a falar quando chegou uma multidão encabeçada por aquele que se chamava Judas, um dos Doze. Este, aproximou-se de Jesus para beijá-lo. Jesus disse-lhe: “Judas, com um beijo trais o Filho do Homem?” (…) Depois Jesus disse aos Sumos-sacerdotes, aos Chefes da Guarda do Templo e aos Anciãos que tinham ido para o prender: “Por acaso sou um ladrão para virem com espadas e paus? Todos os dias estava convosco no Templo e não me prenderam. Porém, esta é a vossa hora e do poder das Trevas.” Depois de o prenderem, conduziramno à casa do Sumo Sacerdote (…)” – Lc. 22,47,54.

Inicio efectivo da “Paixão do Senhor”: Oração no Horto – Agonia no Getsémani (Evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas: “Suprema angústia” / Evangelho de João: “Jesus ora ao pai em favor de si mesmo”): Entrada de Judas Iscariotes no Getsémani - Pormenor de Estampa com gravura/litografia de autoria desconhecida (assinada com a sigla “F.M.S.”), difundida em extratexto (como cabeçalho gráfico), num Missal de 1924 – Ext. Aa. Vv. – Missale Bracarense. Romae: Typis Polyglottis Vaticanis, MDCCCCXXIV (Trad.: Aa.Vv. – Missal Bracarense. Roma: Tipografia poliglota do Vaticano, 1924.). 1957.0554e - MSML: Sala 1 – Sala de Nossa Senhora do O.

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Paixão No Getsémani, Pedro corta a orelha de Malco “(…) Jesus repetiu: “Já lhes disse que sou eu. Se é a mim que procurais deixai partir estes Homens.” Simão Pedro, que trazia uma espada, desembainhou-a e feriu um servo do Sumosacerdote, decepando-lhe a orelha direita. O servo chamava-se Malco. Jesus disse a Simão Pedro: “Embainha a tua espada. Não hei-de beber o cálice que o Pai me deu?” Então, o destacamento de soldados com o Tribuno e os guardas judeus prenderam e ataram Jesus (…)” – Jo. 18,8 – 12.

Inicio efectivo da “Paixão do Senhor”: Oração no Horto – Agonia no Getsémani (Evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas: “Suprema angústia” / Evangelho de João: “Jesus ora ao pai em favor de si mesmo”): Pedro, acompanhado por João e Santiago maior, adormecido e na posse de uma espada (assinalada por rectângulo contornado a preto), com a qual cortará a orelha de Malco durante a presúria de Jesus - Pormenor de Estampa com gravura/ litografia de autoria desconhecida (assinada com a sigla “F.M.S.”), difundida em extratexto (como cabeçalho gráfico), num Missal de 1924 – Ext. Aa. Vv. – Missale Bracarense. Romae: Typis Polyglottis Vaticanis, MDCCCCXXIV (Trad.: Aa.Vv. – Missal Bracarense. Roma: Tipografia poliglota do Vaticano, 1924.). 1957.0554e - MSML: Sala 1 – Sala de Nossa Senhora do O.

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Espada de Pedro, colocada sobre as suas pernas e resguardada/ocultada pelas mãos e membros superiores da figura - Pormenor de Estampa com gravura/litografia de autoria desconhecida, difundida em extratexto (como cabeçalho gráfico), num Missal de 1924 – Ext. Aa. Vv. – Missale Bracarense. Romae: Typis Polyglottis Vaticanis, MDCCCCXXIV (Trad.: Aa.Vv. – Missal Bracarense. Roma: Tipografia poliglota do Vaticano, 1924.). 1957.0554e - MSML: Sala 1 – Sala de Nossa Senhora do O.


Paixão Negação de Pedro “(…) Eles prenderam e levaram Jesus e conduziram-no a casa do Sumo-sacerdote. Pedro seguia Jesus de longe. Acenderam uma fogueira no meio do pátio e sentaram-se ao redor. Pedro juntou-se no meio deles. Ora, uma criada viu Pedro (…) encarou-o bem e disse: “Este aqui também estava com Jesus!” Mas Pedro negou: “Mulher, eu nem o conheço”. Pouco depois, outro viu Pedro e disse: “Tu também és um deles.” Mas Pedro respondeu: “Homem, não sou, não.” (…) Outro insistia: “De facto este aqui também estava com Jesus, porque é galileu.” Mas Pedro respondeu: “Homem, não sei do que estás a falar!” Nesse momento, enquanto Pedro ainda falava, um galo cantou. Então o Senhor voltouse e olhou para Pedro. E Pedro, lembrou-se do que o Senhor lhe havia dito: “Hoje antes do galo cantar, negar-me-ás três vezes” (…) Pedro saiu para fora e chorou amargamente (…)” – Lc. 22, 54 – 63.

Arma Christi: Galo (simbolismo da “Negação de Pedro”) - Alto – relevo entalhado em madeira monocromática, inserido na lateral de uma cúpula quadrilátera, existente na área superior de um oratório em templete, de secção rectangular, de ca. sécs. XVII/XVIII. 1957.0361 – MSML: Sala 5 – Sala dos Oratórios (actualmente em área reservada).

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Paixão

Paixão

Jesus diante de Anás e Caifás – Jesus diante do Conselho e sequente envio à presença de Pilatos

Cena de ultrajes “(…) Então cuspiram no rosto de Jesus e esbofetearam-no. Outros bateram-lhe dizendo: “ Tu que és o Messias, profetiza, adivinha quem foi que te bateu” (…)” – Mt. 26, 67 – 68. “(…) Então alguns começaram a cuspir em Jesus. Cobriram o rosto de Jesus e esbofeteavam-no, dizendo: “Faz uma profecia!” (…)” – Mc. 14, 65. “(…) Os guardas troçavam de Jesus e espancavam-no. Cobriam-lhe o rosto e diziam: “Faz uma profecia! Quem foi que te bateu?” E insultavam-no de muitos outros modos (…)” – Lc. 22, 63 – 65. “(…) E Jesus respondeu: “Eu falei abertamente ao mundo. Eu sempre ensinei nas Sinagogas e no Templo, onde todos os Judeus se reúnem. Não disse nada em segredo. Porque me interrogas? Pergunta aos que me ouviram o que eu lhes disse. Eles sabem o que eu disse.” Quando Jesus disse isto, um dos guardas que ali estava deu-lhe uma bofetada e disse: “É assim que respondes ao Sumo-sacerdote?” Jesus respondeu: “Se falei mal, mostra o que há de mal. Mas se falei bem, porque me bates?” (…)” – Jo. 18, 20 – 23.

“(…) Aqueles que prenderam Jesus conduziram-no à casa do Sumo Sacerdote Caifás, onde os Doutores da Lei e os Anciãos estavam reunidos (…) Ora, os Sumos-sacerdotes e todo o Sinédrio procuravam falsos testemunhos contra Jesus para o condenarem à morte. E nada encontraram, embora se apresentassem muitas falsas testemunhas. Por fim, apresentaram-se duas testemunhas e afirmaram: “Este Homem declarou: “Posso destruir o Templo de Deus e reconstruí-lo de novo em três dias.” (…) Então, o Sumo-sacerdote levantou-se e perguntou a Jesus: “Nada tens a responder ao que estes testemunham contra ti?” Mas Jesus continuou calado. E o Sumo-sacerdote disse: “Eu tesconjuro pelo Deus vivo que nos digas se tu és o Messias, o Filho de Deus”. Jesus respondeu: “É como acabaste de dizer. Além disso, eu digo-vos: “De agora em diante vereis o Filho do Homem sentado à direita do Todo – poderoso e vindo sobre as nuvens do céu.” Então o Sumo-sacerdote rasgou as próprias vestes e disse: “Blasfemou! Que necessidade temos ainda de testemunhas? (…) Que vos parece?” Responderam: “É réu de morte!” (…)” – Mt. 26, 57 – 66.

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Paixão

Paixão

Jesus entregue a Pilatos – Pilatos envia Jesus à presença de Herodes – Pilatos lava as mãos e manda flagelar Jesus

Jesus perante Herodes – Jesus na Corte de Herodes enviado por Pilatos

“(…) Toda a Assembleia se levantou levando Jesus diante de Pilatos. Começaram então a acusá-lo: “(…) Encontramos este Homem incitando à rebelião do nosso povo, impedindo-o de pagar impostos ao Imperador e pretendendo ser o “Rei Messias”. Pilatos interrogou-o: “És tu o “Rei dos Judeus?” “Tu o dizes.” Respondeu Jesus. Pilatos disse aos Sumossacerdotes e à multidão: “Não encontro neste Homem motivos para condenação.” Mas todos insistiam: “Ele agita o povo (…) começou na Galileia, passou por toda a Judeia e agora chegou aqui.” Ao ouvir isto Pilatos perguntou se Jesus era galileu. Certificando-se de que pertencia à jurisdição de Herodes, enviou-o à sua presença (…) Entretanto, os Sumos-sacerdotes e os Escribas acusavam-no com veemência. Herodes e os seus guardas depois de o desprezarem e ridicularizarem cobriram-no com um magnífico manto brilhante e enviaram-no de novo à presença de Pilatos. Nesse mesmo dia Herodes e Pilatos que eram inimigos tornaram-se amigos. Pilatos convocou os Sumos-sacerdotes, os Chefes e o povo dizendo-lhes: “(…) Não encontrei nenhum motivo de condenação (…) nem tão pouco Herodes, que o devolvera a este tribunal. Como vêem este Homem não fez nada para que mereça a morte. Depois de o castigar, vou libertá-lo”. A multidão começou a gritar: ”Que morra este Homem! Solta-nos Barrabás!” Pilatos voltou a dirigir-lhes a palavra com a intenção de libertar Jesus (…) Mas a multidão gritou: “Crucifica-o! Crucifica-o!” (…) Pilatos resolveu aceder ao pedido do povo (…) Soltou Barrabás (…) e a Jesus, entregou-o ao arbítrio da multidão (…)” – Lc. 23, 1 – 25.

“(…) “Ele agita o povo com os seus ensinamentos começou na Galileia, passou por toda a Judeia e agora chegou aqui”. Ao ouvir isto, Pilatos perguntou se Jesus era galileu certificando-se de que pertencia à jurisdição de Herodes, enviou-o à sua presença. Nesses dias também Herodes se encontrava em Jerusalém. Herodes alegrou-se por ver Jesus, pois pelo que ouvira dizer dele, esperava assistir a algum milagre. Herodes interrogou-o com muitas perguntas. Jesus porém, não respondeu a nada. Entretanto os Sumos-sacerdotes e os Escribas estavam presentes e acusavam-no com veemência. Herodes e os seus guardas depois de o desprezarem e ridicularizarem cobriram-no com um magnífico manto brilhante e enviaram-no de novo à presença de Pilatos (…)” – Lc. 23, 6 – 11. Jesus perante Herodes – Jesus na Corte de Herodes - Original de autoria desconhecida – artista popular (?) – pintura de óleo sobre madeira, ca. sécs. XVI a XVIII (?). 1957T. 0003 – MSML: Sala 3 – Sala dos Evangelistas (tecto).

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Paixão Flagelação “(…) Então, Pilatos libertou Barrabás; e a Jesus, depois de ordenar a sua flagelação, entregou-o para que fosse crucificado. Em seguida, os soldados do Governador levaram Jesus para o pretório e reuniram toda a Guarda em seu redor. Entretanto despiram-no (…)” – Mt. 27, 26 – 28. “(…) Pilatos, para agradar a multidão libertou Barrabás; e a Jesus, depois de o mandar flagelar, entregou-o para que fosse crucificado. Os soldados levaram-no para o interior do Palácio, até ao pretório, convocando toda a Guarda (…)” – Mc. 15, 15, 16. “(…) Pilatos mandou flagelar Jesus (…)” – Jo. 19, 1. “(…) Se entre homens se produz um litigio e eles acodem à justiça, deve-se julgar, absolver o inocente e condenar o culpado (…) Se merecer o espancamento, o Juiz obrigá-lo-á a deitar-se no chão para receber um castigo diante de si, composto por um número de golpes proporcionais à sua culpa. Poderão infligir-se até quarenta golpes, mas não mais (…)” – Dt. 25, 1 – 3.

Flagelação (pintura acompanhada pela seguinte legenda em figuração de pergaminho aberto: “2.º Mistério doloroso Prendeu Pilatos a Jesus e o mandou açoutar”) - Original de autoria desconhecida, pintura de óleo sobre madeira, ca. final do séc. XVI e primeiras décadas do séc. XVII. 1957T. 0016 – MSML: Sala 16 – Sala da Capela de Delães (tecto).

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Paixão Mistérios dolorosos: “Imagines Pietatis” (trad.: “Imagens piedosas”) - “Cristo atado à coluna” / “Cristo recolhendo as suas vestes (após flagelação)” / “Senhor da Cana verde” “(…) Sendo Ele de condição divina, não se prevaleceu da sua igualdade com Deus, aniquilou-se a si mesmo (…) assemelhando-se aos Homens (…)” – Flp. 2,6, 7. “(…) Era desprezado (…) Homem das dores, experimentado nos sofrimentos (…) ferido e humilhado (…)” – Is. 53, 3, 4.

“Cristo atado à coluna” Pintura de óleo sobre tela, ca. finais do séc. XVI (posterior a 1543 / 1586) (?). Registo de autoria possivelmente atribuível ao mesmo “Mestre” de uma pintura existente sobre o arcaz da Sacristia da Igreja do Convento de São Gonçalo em Amarante (uma obra de suporte díspar em relação à pintura existente no Museu de Santa Maria de Lamas, madeira e não tela, mas que possui a mesma estrutura, cromia e iconografia). Segundo as fontes e os estudos existentes, a obra amarantina poderá atribuir-se a um Pintor de segunda ou terceira geração Maneirista, de final do séc. XVI, seguidor da estética de Luis de Morales, “El Divino” (ca. 1515 – 1591). Ou a um membro de uma “Escola/ Oficina” de pintura portuense de finais de séc. XVI (?). 1957.0126 – Museu de Santa Maria de Lamas: Sala 1 – Sala de Nossa Senhora do “O”.

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Mistério doloroso: Jesus preso à coluna / Cristo da Coluna / Senhor da Coluna - Escultura de vulto pleno, oficina popular (?), madeira policromada e carnada, primeira metade do séc. XVII. 1957.0291 MSML: Sala 4 - Sala dos Presépios.


Paixão Coroação de espinhos - Cena de opróbrios “(…) Os soldados do Governador levaram Jesus para o pretório e reuniram toda a Guarda em seu redor. Entretanto, despiram-no e colocaramlhe um manto vermelho. De seguida, teceram uma coroa de espinhos, colocaram-na sobre a sua cabeça e puseram na sua mão direita uma cana/vara; ajoelhados, escarneciam-no dizendo: “Salvé, Rei dos Judeus!” Cuspindo-o retiraram-lhe a cana, atingindo-o com ela na cabeça. Depois de o escarnecerem retiraram-lhe o manto (…)” – Mt. 27, 27 – 31.

Coroação de espinhos - Cena de opróbrios (pintura acompanhada pela seguinte legenda em figuração de pergaminho aberto: “3.º Mistério doloroso Saiu Jesus trazendo a corôa de espinhos”) - Original de autoria desconhecida, pintura de óleo sobre madeira, ca. final do séc. XVI e primeiras décadas do séc. XVII. 1957T. 0016 – MSML: Sala 16 – Sala da Capela de Delães (tecto).

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Paixão “Ostentatio Christi”: Exibição pública de Jesus após flagelação (“Ecce Homo” – trad.: “Eis o Homem” – “Homem das dores”) “(…) Os soldados teceram uma coroa de espinhos que lhe puseram sobre a cabeça. Cobriram-no com um manto vermelho e, aproximando-se diziam-lhe: “Salvé, Rei dos Judeus!” Enquanto o esbofetiavam. Pilatos voltou a sair dizendo à multidão: “Vede. Eu vou mandar trazer aqui fora o Homem, para que saibais que não encontro nele nenhum motivo de condenação.” Jesus saiu trazendo a coroa de espinhos e o manto vermelho. Pilatos disse-lhes: “Ecce Homo” (“Eis o Homem/Aqui está o Homem”). Quando os Sumos-sacerdotes e os guardas o viram gritaram: “Crucifica -o! Crucifica-o!” (…)” – Jo. 19, 3 – 6.

“Ostentatio Christi: Ecce Homo” – trad.: “Eis o Homem” (Pilatos exibe publicamente Jesus após flagelação “Homem das dores”) - Original de autoria desconhecida, pintura de óleo sobre madeira, ca. final do séc. XVI a séc. XVIII (?). 1957T. 0016 – MSML: Sala 16 – Sala da Capela de Delães (tecto).

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Paixão Condenação efectiva de Jesus “(…) Pilatos voltou a sair dizendo à multidão: “Vede. Eu vou mandar trazer aqui fora o Homem, para que saibais que não encontro nele nenhum motivo de condenação.” Jesus saiu trazendo a coroa de espinhos e o manto vermelho. Pilatos disse-lhes: “Ecce Homo” (“Eis o Homem/Aqui está o Homem”). Quando os Sumos-sacerdotes e os guardas o viram gritaram: “Crucifica-o! Crucifica-o!” Pilatos disse-lhes: “Tomai-o vós e crucificai-o. Pois não encontro nele crime algum.” Os Judeus responderam: “Nós temos uma lei e, segundo essa lei, ele deve morrer porque pretende ser o Filho de Deus.” Pilatos (…) perguntou a Jesus: “De onde és?” Mas Jesus não respondeu (…) Pilatos tentava libertá-lo. Mas os Judeus gritavam: “Se o soltares não és amigo de César. Todo aquele que pretende ser rei coloca-se contra César.” Ao ouvir isto Pilatos trouxe Jesus novamente para fora e sentou-o no lugar chamado “pavimento” (…) em hebraico “Gábata” (…) Pilatos disse aos Judeus: “Aqui está o vosso Rei!” A multidão vociferava: “Que morra! Que morra!” Pilatos disse-lhes: “Vou crucificar o vosso Rei?” Os Sumos-sacerdotes responderam: “Não temos outro rei senão César”. Então, Pilatos entregou Jesus para que fosse crucificado (…)” – Jo. 19, 4 – 13.

Jesus, com manto vermelho e coroado de espinhos, aguarda condenação sentado no “Gábata” (“pavimento”), exibido por Pilatos (Mistério doloroso: Senhor da Cana verde (?)) - Escultura de vulto pleno, oficina erudita, madeira policromada, estofada e carnada, segunda metade do séc. XVII. 1957.1175 – MSML: Sala 16 – Sala da Capela de Delães.

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Via Crucis – Via Sacra, Estação I: Condenação de Jesus perante Pilatos - Alto-relevo monocromático, artista/oficina de carácter erudito, ca. séc. XVIII. 1957.0475a – MSML: Sala 5 – Sala dos Oratórios.


Paixão Jesus a caminho do Calvário: Jesus carrega a cruz sobre as costas “(…) Pilatos libertou Barrabás; e a Jesus (…) entregou-o para que fosse crucificado (…) Depois de o escarnecerem (…) colocaram-lhe de novo as suas vestes e levaram-no para crucificar (…)” – Mt. 27, 26 – 31. “(…) Pilatos, para contentar a multidão, libertou Barrabás; e a Jesus (…) entregou-o para que fosse crucificado (…) Depois de o escarnecerem (…) colocando-lhe de novo as suas vestes (…) fizeram-no sair para que fosse crucificado (…)” – Mc. 15, 15 – 20. “(…) Pilatos resolveu aceder ao pedido do povo (…) soltou Barrabás (…) e a Jesus, entregou-o ao arbítrio da multidão (…)” – Lc. 23, 20 – 25. “(…) Então, Pilatos entregou Jesus para que o crucificassem (…) Jesus, carregando sobre si a cruz, saiu da cidade em direcção a um lugar chamado “da Caveira”, em hebreu “Gólgota” (…)” – Jo. 19,16, 17.

Jesus a caminho do Calvário: Jesus carrega a cruz sobre as costas/Jesus é carregado com a cruz (pintura acompanhada pela seguinte legenda em figuração de pergaminho aberto: “4.º Mistério doloroso Levando a cruz às costas saiu para o lugar do Calvário”) - Original de autoria desconhecida, pintura de óleo sobre madeira, ca. final do séc. XVI e primeiras décadas do séc. XVII. 1957T. 0016 – MSML: Sala 16 – Sala da Capela de Delães (tecto).

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Via Crucis – Via Sacra, Estação II: Jesus a caminho do Calvário: Jesus carrega a cruz sobre as costas/Jesus é carregado com a cruz - Alto-relevo monocromático, artista/oficina de carácter erudito, ca. séc. XVIII. 1957.0475b – MSML: Sala 5 – Sala dos Oratórios.


Paixão

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Jesus a caminho do Calvário: Jesus cai pela primeira vez

Jesus a caminho do Calvário: Jesus encontra a sua Mãe – Desmaio da Virgem

“(…) Foi ferido por causa dos nossos crimes, esmagado por causa das nossas iniquidades. O castigo que nos salva caiu sobre Ele, fomos curados pelas suas chagas (…)” – Is.53, 5. “(…) Vinde a mim todos os que estão aflitos e sobrecarregados e eu vos aliviarei. Carreguem o meu jugo sobre vós e aprendei (…) porque eu sou paciente e humilde de coração e encontrareis descanso. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve (…)” – Mt. 11, 28 – 30.

“(…) Simeão abençoou-os e disse a Maria, mãe do Menino: “Eis que este Menino vai ser causa de queda e ressurgimento de muitos em Israel. Ele será um sinal de contradição. Quanto a ti, uma espada trespassará a tua alma. Assim hãode revelar-se os pensamentos de muitos corações” (…)” – Lc. 2, 34, 35. “(…) Junto à cruz de Jesus estava a sua mãe (…)” – Jo. 19,25.

Via Crucis – Via Sacra, Estação III: Jesus a caminho do Calvário: Jesus cai pela primeira vez - Alto-relevo monocromático, artista/oficina de carácter erudito, ca. séc. XVIII. 1957.0475c – MSML: Sala 5 – Sala dos Oratórios.

Via Crucis – Via Sacra, Estação IV: Jesus a caminho do Calvário: Jesus encontra a sua mãe – Desmaio da Virgem - Alto-relevo monocromático, artista/oficina de carácter erudito, ca. séc. XVIII. 1957.0475d – MSML: Sala 5 – Sala dos Oratórios.

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Paixão

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Jesus a caminho do Calvário: Jesus ajudado a carregar a cruz por Simão de Cirene

Jesus a caminho do Calvário: Verónica enxuga o rosto de Jesus – Exibição da “Santa Face” (Alegoria da “Santa Face de Cristo”)

“(…) Depois de o escarnecerem (…) colocaramlhe de novo as suas vestes (…) levaram-no para fora, a fim de o crucificarem. Como passava por ali Simão de Cirene, pai de Alexandre e de Rufo, que regressava do campo, logo o obrigaram a levar a cruz de Jesus (…)” – Mc. 15, 20, 21.

“(…) Porque o mesmo Deus que disse: “Brilha a luz no meio da escuridão”, é o que fez brilhar a luz nos nossos corações para que resplandeça o conhecimento da glória (…) reflectida no rosto de Cristo (…)” – II Cor. 4,6. “(…) O meu coração murmura por ti, os meus olhos te procuram; é a tua face que eu procuro, Senhor. Não desvies de mim o teu rosto, nem afastes, com ira, o teu servo. Tu és o meu amparo: não me rejeites nem abandones, ó Deus, meu Salvador! (…)” – Sal. 27, 8, 9.

Via Crucis – Via Sacra, Estação V: Jesus a caminho do Calvário: Jesus ajudado a carregar a cruz por Simão de Cirene - Alto-relevo monocromático, artista/oficina de carácter erudito, ca. séc. XVIII. 1957.0475e – MSML: Sala 5 – Sala dos Oratórios.

Via Crucis – Via Sacra, Estação VI: Jesus a caminho do Calvário: Verónica enxuga o rosto de Jesus – Exibição da “Santa Face” (Alegoria da “Santa Face de Cristo”) - Alto-relevo monocromático, artista/ oficina de carácter erudito, ca. séc. XVIII. 1957.0475f – MSML: Sala 5 – Sala dos Oratórios.

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Paixão

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Jesus a caminho do Calvário: Jesus cai pela segunda vez

Jesus a caminho do Calvário: Jesus encontra as Mulheres de Jerusalém que choram por Ele

“(…) Todos os que me vêem escarnecem de mim; estendem os lábios e meneiam a cabeça (…) Não te afastes de mim, porque estou atribulado e não há quem me ajude (…)” - Sal. 22, 8 – 12. “(…) Ele levou sobre a cruz os nossos pecados, carregando-os no seu corpo de modo a que mortos para o pecado, vivamos para a justiça (…)” – 1.ª Epístola de S. Pedro 2,24.

“(…) Muitos do povo seguiam Jesus. E mulheres batiam no peito e choravam por Ele. Jesus, porém, voltou-se para elas e disse: “Filhas de Jerusalém, não choreis por mim! Chorai por vós e pelos vossos filhos. Pois chegará o tempo em que se dirá: “Felizes as estéreis, os ventres que nunca deram à luz e os seios que nunca amamentaram!” Então, dir – se – á às montanhas: “Caí sobre nós!” E às colinas: “Escondei-nos!” Pois se assim tratam a árvore verde, o que não farão à árvore seca?” (…)” – Lc. 23, 27 – 31.

Via Crucis – Via Sacra, Estação VII: Jesus a caminho do Calvário: Jesus cai pela segunda vez - Alto-relevo monocromático, artista/oficina de carácter erudito, ca. séc. XVIII. 1957.0475g – MSML: Sala 5 – Sala dos Oratórios.

Via Crucis – Via Sacra, Estação VIII: Jesus a caminho do Calvário: Jesus encontra as Mulheres de Jerusalém que choram por Ele - Alto-relevo monocromático, artista/oficina de carácter erudito, ca. séc. XVIII. 1957.0475h – MSML: Sala 5 – Sala dos Oratórios.

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Paixão

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Jesus a caminho do Calvário: Jesus cai pela terceira vez

Jesus a caminho do Calvário: Jesus é despojado das suas vestes

“(…) É bom para o Homem suportar o jugo desde a juventude. Que se recolha em solidão e silêncio, quando cai sobre ele a desgraça; que ponha a sua boca no pó: talvez haja esperança; que entregue a sua face a quem o fere e se sacia de opróbrios (…)” – Lm. 3, 27 – 30.

“(…) Repartem entre si as minhas vestes e sorteiam a minha túnica (…)” – Sal. 22, 19. “(…) Levaram Jesus para o lugar chamado “Gólgota” (…) Crucificaram-no e repartiram as suas vestes (…)” – Mc.15, 22 – 24. “(…) Quando crucificaram Jesus, os soldados repartiram as suas vestes em quatro partes, uma para cada soldado (…)” – Jo. 19, 23.

Via Crucis – Via Sacra, Estação IX: Jesus a caminho do Calvário: Jesus cai pela terceira vez - Alto-relevo monocromático, artista/oficina de carácter erudito, ca. séc. XVIII. 1957.0475i – MSML: Sala 5 – Sala dos Oratórios.

Via Crucis – Via Sacra, Estação X: Jesus a caminho do Calvário: Jesus é despojado das suas vestes - Alto-relevo monocromático, artista/oficina de carácter erudito, ca. séc. XVIII. 1957.0475j – MSML: Sala 5 – Sala dos Oratórios.

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Paixão Jesus é pregado na cruz “(…) Rodeia-me uma matilha de cães, cerca-me um bando de malfeitores (…) trespassaram minhas mãos e meus pés (…)” – Sal. 21, 2, 17 – 19.

Via Crucis – Via Sacra, Estação XI: Jesus é pregado na cruz - Alto-relevo monocromático, artista/oficina de carácter erudito, ca. séc. XVIII. 1957.0475k – MSML: Sala 5 – Sala dos Oratórios.

“Arma Christi”: três cravos (simbolismo da agregação de Jesus à cruz, pregados nos membros superiores e inferiores) - Pormenor de fragmento retabular em talha dourada, madeira entalhada e dourada (revestida com folha de ouro), posterior ao séc. XVII. MSML: Sala 4 – Sala dos Presépios.

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Paixão “Titulus” (versão latina I.N.R.I.: “Iesus Nazarenus Rex Iudaeorum“ – trad.: “Jesus Nazareno Rei dos Judeus”) escrito de condenação colocado sobre a cabeça de Jesus) - Pormenor da Pintura de autoria desconhecida, óleo/têmpera sobre madeira (suporte em formato de cruz latina), ca. finais do séc. XVI / Séc. XVII. 1957.0478 – MSML: Sala 5 – Sala dos Oratórios.

“Titulus” (I.N.R.I.), aplicado na cruz sobre a cabeça de Jesus “(…) Jesus, carregando sobre si a cruz, saiu da cidade em direcção a um lugar chamado “da Caveira”, em hebreu “Gólgota”. Ali o crucificaram (…) Pilatos mandou redigir um letreiro e colocá-lo sobre a cruz. Estava escrito: “JESUS O NAZARENO REI DOS JUDEUS”. Muitos Judeus puderam ler o letreiro, pois estava escrito em hebreu, grego e latim, e o lugar onde Jesus foi crucificado era próximo da cidade. Então, os Sumos-sacerdotes dos Judeus disseram a Pilatos: “Não deixes escrito: “O Rei dos Judeus.” Mas coloca: “Este Homem disse: “Eu sou o Rei dos Judeus!” Pilatos respondeu: “O que está escrito, escrito está.” (…)” – Jo. 19, 17 – 22. “Sr. do Livramento” (Crucificação simbólica – plano inferior: “Stabat Matter Dolorosa” (trad.: “Nossa Senhora das Dores”)) - Pintura de autoria desconhecida, óleo/têmpera sobre madeira (suporte em formato de cruz latina), ca. finais do séc. XVI / Séc. XVII. 1957.0478 – MSML: Sala 5 – Sala dos Oratórios.

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Morte Soldados/Guardas e Algozes tentam ministrar vinho misturado com fel/mirra a Jesus “(…) Ali deram-lhe a beber vinho misturado com fel. Ele provou mas não quis beber (…)” – Mt. 27, 34. “(…) Deram-lhe vinho misturado com mirra, mas Jesus não quis beber (…)” – Mc. 15, 23.

Membro da terceira hierarquia celeste em ordem ao Homem: Anjo servidor de Cristo e mensageiro de Deus junto dos Homens, guardião das “Arma Christi” (Instrumentos da “Paixão do Senhor”) - Pintura de autoria desconhecida, óleo sobre madeira, ca. sécs. XVI a XVIII (?). 1957.0260 – MSML: Sala 3 – Sala dos Evangelistas (Painel encrustado na parede junto ao tecto e sobre a área de acesso à Sala 2 – Sala da Capela).

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“Arma Christi”: Luva dos Algozes (simbolismo recreativo de todos os Soldados, Guardas, Servos e Carrascos que estiveram envolvidos na flagelação, castigo, escárnio, execução da sentença e morte de Jesus) - Pormenor da Pintura de autoria desconhecida, óleo sobre madeira, ca. sécs. XVI a XVIII (?). 1957.0260 – MSML: Sala 3 – Sala dos Evangelistas (Painel encrustado na parede junto ao tecto e sobre a área de acesso à Sala 2 – Sala da Capela).


Morte Elevação da cruz “(…) Aquele que não carrega a sua cruz e me segue não é digno de mim (…)” – Mt. 10, 38. “(…) Jesus (…) junto com os Discípulos disselhes: “Aquele que me quer seguir, que renuncie a si mesmo, carregue a sua cruz e me siga” (…)” – Mc. 8,34. “(…) Disse a todos: “(…) Aquele que queira acompanhar-me, que renuncie a si próprio, carregue a sua cruz e me siga” (…)” – Lc. 9, 23. “(…) Graças às suas chagas fomos curados (…)” 1.ª Epístola de S. Pedro 2,24. “(…) Porque aqueles que pertencem a Cristo Jesus crucificaram a carne com as suas paixões e maus desejos (…)” – Gál. 5, 24. Crucificação simbólica: A elevação da cruz - Registo actual da autoria de Manuel Augusto Fontes, executado a óleo sobre madeira (aglomerado), Séc. XXI – ca. 2004. Composição inspirada numa pintura de autoria desconhecida, posterior ao séc. XVII e encrustada até 2004 no tecto da Sala dos Oratórios do MSML. 1957T.0005 – MSML: Sala 5 – Sala dos Oratórios (tecto).

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Morte Crucificação “(…) Levaram Jesus para o lugar chamado “Gólgota”, que quer dizer “Lugar da Caveira” (…) Eram nove horas da manhã quando crucificaram Jesus (…) com ele crucificaram dois ladrões, um à direita e o outro à esquerda. Deste modo, cumpriu-se a escritura que diz: “Ele foi incluído entre os malfeitores”. As pessoas que passavam por ali insultavam-no (…) Do mesmo modo, os Sumos-sacerdotes com os Doutores da lei zombavam dele (…)” – Mc. 15, 22 – 31. “(…) Jesus levando a cruz às costas saiu para um lugar chamado “Lugar da caveira”, que em hebraico se diz “Gólgota”. E ali, crucificaram Jesus com outros dois homens, um de cada lado, e Jesus ao meio (…) A mãe de Jesus, a irmã de sua mãe, Maria de Cléofas, e Maria Madalena estavam junto da cruz (…)” – Jo. 19, 17 – 26.

“Calvário” - Estampa com gravura/litografia de autoria desconhecida, difundida em extratexto (como cabeçalho gráfico), num Missal de 1924 – Ext. Aa. Vv. – Missale Bracarense. Romae: Typis Polyglottis Vaticanis, MDCCCCXXIV (Trad.: Aa.Vv. – Missal Bracarense. Roma: Tipografia poliglota do Vaticano, 1924.). 1957.0554e - MSML: Sala 1 – Sala de Nossa Senhora do O.

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Tríptico Medieval - “Calvário e Anunciação” (Três caixas de madeira, de formato rectangular, gravadas, douradas, pintadas e articuladas entre si por dobradiças) - Corpo central: “Calvário” (“Crucificação simbólica” – rectângulo vermelho) e “Anunciação” (“Anjo Gabriel e Maria”); Volantes laterais: Figuras Apostólicas estilizadas (Apóstolo imberbe (?)) - Esculturas de alto e baixo-relevo, douramento (?) e pintura a têmpera (?), madeira policromada, séc. XIV. 1957. 0104 - MSML: Sala 1 - Sala de Nossa Senhora do “O”.


Morte

Morte

Crucificação: Os Soldados disputam e “lançam sortes” para posse da túnica de Jesus

Crucificação: Escárnio de Gestas (“O mau ladrão”)

“(…) Quando crucificaram Jesus, os soldados repartiram as suas vestes em quatro partes, uma para cada soldado. Deixaram de lado a túnica. Era uma túnica sem costura, feita de uma peça única, de alto a baixo, então eles combinaram: “Não vamos repartir a túnica, vamos deitar sortes para ver com quem fica”. Isto era para se cumprir a escritura que diz: “Repartiram as minhas vestes e sortearam a minha túnica”. E foi assim que os soldados fizeram (…)” – Jo. 19, 23, 24.

“(…) Um dos criminosos crucificados insultava -o dizendo: “Não és tu o Messias? Salva-te a ti mesmo e a nós também!” (…)” – Lc. 23, 39.

“Crucificação simbólica – Calvário” (ao centro: Jesus; à sua direita: Dimas - “O bom ladrão”; à sua esquerda: Gestas - “O mau ladrão”) - Esculturas de vulto pleno, oficina erudita, madeira policromada, estofada e carnada, Séc. XVIII. 1957. 0464 a 1957. 0466 - MSML: Sala 5 – Sala dos Oratórios.

“Arma Christi”: Dados (simbolismo do sorteio da túnica de Jesus entre os soldados) - Pormenor de fragmento retabular em talha dourada, madeira entalhada e dourada (revestida com folha de ouro), posterior ao séc. XVII. MSML: Sala 5 – Sala dos Oratórios.

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“Crucificação simbólica – Calvário”: Gestas - “O mau ladrão”) - Escultura de vulto pleno, oficina erudita, madeira policromada, estofada e carnada, Séc. XVIII. 1957. 0466 - MSML: Sala 5 – Sala dos Oratórios.


Morte

Morte

Crucificação: Repreensão a Gestas (“O mau ladrão”), súplica e conversão de Dimas (“O bom ladrão”)

Crucificação: Na cruz, Jesus dirige a palavra a sua Mãe, Maria, e ao Discípulo que amava (João Evangelista (?))

“(…) Mas o outro (criminoso crucificado), repreendeu-o, dizendo: “Nem tu temes a Deus, sofrendo a mesma condenação? Quanto a nós, é justo, porque recebemos o que merecemos; mas Ele não fez nada de mal.” Acrescentou: “Jesus, lembra-te de mim quando vieres no teu Reino.” Jesus respondeu: “Eu te garanto; hoje mesmo estarás comigo no Paraíso.” (…)” – Lc. 23, 40 – 43.

“(…) A mãe de Jesus, a irmã de sua mãe, Maria de Cléofas e Maria Madalena estavam junto à cruz. Jesus viu a sua Mãe e ao lado dela, o Discípulo que Ele amava. Então, disse a sua mãe: “Mulher, eis aí o teu Filho!” Depois disse ao Discípulo: “Filho, eis aí a tua Mãe!” E, dessa hora em diante, o Discípulo recebeu-a em sua casa (…)” – Jo. 19, 25 – 27.

“Crucificação simbólica – Calvário” (ao centro: Jesus; à sua direita: Dimas - “O bom ladrão”; à sua esquerda: Gestas - “O mau ladrão”) - Esculturas de vulto pleno, oficina erudita, madeira policromada, estofada e carnada, Séc. XVIII. 1957. 0464 a 1957. 0466 - MSML: Sala 5 – Sala dos Oratórios.

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“Crucificação simbólica – Calvário”: Dimas - “O bom ladrão”) - Escultura de vulto pleno, oficina erudita, madeira policromada, estofada e carnada, Séc. XVIII. 1957. 0465 - MSML: Sala 5 – Sala dos Oratórios.


“Crucificação simbólica – Drama do Calvário” – Jesus crucificado; Maria, sua mãe, Maria de Cléofas, Maria Madalena e João Evangelista (pintura acompanhada pela seguinte legenda em figuração de pergaminho aberto: “5.º Mistério doloroso Era a hora do terço quando o crucificaram”) - Original de autoria desconhecida, pintura de óleo sobre madeira, ca. final do séc. XVI e primeiras décadas do séc. XVII. 1957T. 0016 – MSML: Sala 16 – Sala da Capela de Delães (tecto).

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Morte Crucificação: Perante a sede de Jesus, os soldados ministram-lhe vinagre numa esponja ensopada e colocada na ponta de uma vara “(…) Ao chegar o meio dia e até às três da tarde houve escuridão (…) pelas três horas da tarde Jesus deu um forte grito: “Eli Eli lemá sabactâni?” Que quer dizer: “Meu Deus, meu Deus, porque me abandonaste?” (…) Alguém correu, encheu de vinagre uma esponja, colocou-a na ponta de uma vara e deu-lhe dizendo: “Deixai, vamos ver se Elias vem tirá-lo da cruz” (…)” – Mc. 15, 33 – 36. “(…) Sabendo que tudo está realizado, para que se cumprisse a Escritura, Jesus disse: “Tenho sede.” Havia ali uma jarra cheia de vinagre. Amarraram uma esponja ensopada de vinagre a uma vara e aproximaram a esponja da boca de Jesus. Ele tomou o vinagre (…)” – Jo. 19, 28 – 30.

“Arma Christi”: Vara com esponja ensopada de vinagre na ponta (simbolismo da oferta de vinagre por parte dos soldados perante a agonia e sede de Jesus) - Pormenor de fragmento retabular em talha dourada, madeira entalhada e dourada (revestida com folha de ouro), posterior ao séc. XVII. MSML: Sala 4 – Sala dos Presépios.

Membro da terceira hierarquia celeste em ordem ao Homem: Anjo servidor de Cristo e mensageiro de Deus junto dos Homens, guardião das “Arma Christi” (Instrumentos da “Paixão do Senhor”) - Pintura de autoria desconhecida, óleo sobre madeira, ca. sécs. XVI a XVIII (?). 1957.0260 – MSML: Sala 3 – Sala dos Evangelistas (Painel encrustado na parede junto ao tecto e sobre a área de acesso à Sala 2 – Sala da Capela).

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“Arma Christi”: Vara com esponja ensopada de vinagre na ponta (simbolismo da oferta de vinagre por parte dos soldados perante a agonia e sede de Jesus) - Pormenor da Pintura de autoria desconhecida, óleo sobre madeira, ca. sécs. XVI a XVIII (?). 1957.0260 – MSML: Sala 3 – Sala dos Evangelistas (Painel encrustado na parede junto ao tecto e sobre a área de acesso à Sala 2 – Sala da Capela).


Morte Crucificação: Sete últimas expressões de Jesus na cruz “(…) E Jesus dizia: “Pai, perdoa-lhes pois não sabem o que fazem!” (…)” – Lc. 23, 34. “(…) Jesus respondeu: “Eu te garanto; hoje mesmo estarás comigo no Paraíso” (…)” – Lc. 23, 43. “(…) Então, disse a sua mãe: “Mulher, eis aí o teu filho!” Depois disse ao Discípulo: “Filho, eis aí a tua Mãe!” (…)” – Jo. 19, 26, 27. “(…) Pelas três horas da tarde Jesus deu um forte grito: “Eli, Eli, lemá, sabactâni?” Isto é: “Meu Deus, meu Deus, porque me abandonaste?” (…)” – Mt. 26, 46. “(…) Jesus disse: “Tenho sede.” (…)” – Jo. 19, 28. “(…) Ele tomou o vinagre e disse: “Tudo está consumado.” (…)” – Jo. 19, 30. “(…) Jesus deu um forte grito: “Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito.” (…)” – Lc. 23, 46.

“Crucificação simbólica – Drama do Calvário” – Jesus crucificado, Maria; Maria Madalena e João Evangelista - Estampa com gravura de Joaquim Carneiro da Silva (1727 – 1802) – Ass. “J.C. SILVA F.” (“Joaquim Carneiro da Silva fez”) - difundida em extratexto num Missal de 1797 – Ext. Aa. Vv. – Missale Romanum. Olisipone: Ex Typographia Regia, MDCCXCVII (Trad.: Aa. Vv. – Missal Romano. Lisboa: Tipografia Régia, 1797.). 1957.0554b - MSML: Sala 1 – Sala de Nossa Senhora do O.

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Morte Crucificação: Jesus morre na cruz “(…) Já era mais ou menos meio dia, uma escuridão cobriu toda a região até às três da tarde (…) A cortina do Santuário rasgou-se ao meio. Então, Jesus deu um forte grito: “Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito.” Dizendo isto, expirou. O Oficial do Exército viu o que tinha acontecido e glorificou a Deus dizendo: “De facto, este homem era justo!” E todas as multidões que ali estavam (…) voltaram para casa, batendo no peito (…)” – Lc. 23, 44 – 48.

Via Crucis – Via Sacra, Estação XII: Jesus morre na cruz - Alto-relevo monocromático, artista/oficina de carácter erudito, ca. séc. XVIII. 1957.0475l – MSML: Sala 5-Sala dos Oratórios.

“Crucificação Simbólica – Drama do Calvário” - Jesus morto de três cravos; Maria e João Evangelista - Esculturas de vulto pleno, oficina erudita, madeira policromada, estofada e carnada, Séc. XVIII. 1957.1165 a – c – MSML: Sala 16 – Sala da Capela de Delães.

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“Crucificação Simbólica” em “Arbor Vitae”/”Lignum Vitae” (“Árvore da Vida”/”Árvore da Cruz”) - Jesus morto de quatro cravos – Escultura de vulto pleno, oficina erudita, madeira policromada, estofada e carnada, Séc. XVIII. 1957.0686a – MSML: Sala 9 – Pavilhão da Cortiça.


Morte Crucificação: No momento da morte de Jesus a cortina do Templo/Santuário judaico rasgou-se, a terra tremeu e os soldados reconheceram a divindade de Jesus “(…) Jesus deu outra vez um forte grito e entregou o espírito. Imediatamente a cortina do Santuário rasgou-se em duas partes, de alto a baixo; a terra tremeu e as rochas fenderam-se. Os túmulos abriram-se e muitos Santos falecidos ressuscitaram (…) o Oficial e os soldados (…) ao notarem o terramoto e tudo o que havia acontecido ficaram com muito medo e disseram: “De facto, ele era mesmo Filho de Deus!” (…)” – Mt. 27,50 - 54.

“Drama do Calvário” – Imaginária: “Crucificação simbólica”: Jesus morto de três cravos - Escultura de vulto pleno, oficina erudita, madeira policromada e carnada, ca. primeiro quartel do séc. XVII. 1957.0038 – MSML: Sala 1 – Sala de Nossa Senhora do O. “Drama do Calvário” – Imaginária:”Stabat Matter dolorosa” (Nossa Senhora das Dores) - Escultura de vulto pleno, estrutura corporal: madeira policromada, estofada e esgrafitada; Olhos: Vidro policromado. Oficina erudita, ca. segunda metade do séc. XVIII. 1957.0039 – MSML: Sala 1 – Sala de Nossa Senhora do O. “Drama do Calvário” – Pintura (fundo): Legião/Batalhão de soldados, guardas, servos e algozes - Pintura original de Aires (?) – Ass. “AIRES 58” (“Aires 1958” (?)) - óleo sobre madeira/aglomerado de madeira, ca. 1958. 1957.0038a – MSML: Sala 1 – Sala de Nossa Senhora do O.

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Morte Crucificação: No “Gólgota” parte dos seguidores de Jesus vivenciam, sentem e choram a sua morte “(…) Grande número de mulheres estavam ali a observar de longe. Elas haviam acompanhado Jesus desde a Galileia (…) entre elas estavam Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago e José, e a mãe dos filhos de Zebedeu (…)” – Mt. 27, 55,56. “(…) Estavam também ali algumas mulheres a observar de longe. Entre elas estava Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago, “o menor”, e de José, e Salomé (…) muitas outras mulheres estavam ali pois tinham ido com Jesus a Jerusalém (…)” – Mc. 15, 41. “(…) Todos os conhecidos de Jesus, assim como as mulheres que o acompanhavam desde a Galileia, ficaram à distância observando (…)” – Lc. 23, 49. “(…) A mãe de Jesus, a irmã de sua mãe, Maria de Cléofas e Maria Madalena estavam junto à cruz. Jesus viu a sua mãe e ao lado dela, o Discípulo que ele amava (…)” – Jo. 19,25,26.

“Jesus morto; Maria de Cléofas; Maria, mãe de Jesus; Salomé; Maria Madalena e João Evangelista junto à cruz” - Estampa com pormenor central da composição “Calvário”, uma gravura/litografia de autoria desconhecida, difundida em extratexto (como cabeçalho gráfico), num Missal de 1924 – Ext. Aa. Vv. – Missale Bracarense. Romae: Typis Polyglottis Vaticanis, MDCCCCXXIV (Trad.: Aa.Vv. – Missal Bracarense. Roma: Tipografia poliglota do Vaticano, 1924.). 1957.0554e - MSML: Sala 1 – Sala de Nossa Senhora do O.

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Morte Crucificação: “Longinus”, soldado romano, trespassou o tronco de Jesus morto. “(…) Era o dia de preparativos para a Páscoa. Os Judeus queriam evitar que os corpos ficassem na cruz durante o Sábado (…) Esse Sábado era muito solene para eles. Então, pediram a Pilatos que mandasse quebrar as pernas dos crucificados e os tirasse da cruz. Os soldados foram e quebraram as pernas de um e depois do outro (…) e aproximaram-se de Jesus. Vendo que já estava morto não lhe quebraram as pernas, mas um soldado atravessou-lhe o tronco com uma lança e imediatamente saiu sangue e água. E aquele que viu dá testemunho, e o seu testemunho é verdadeiro (…) Isto aconteceu para se cumprir a escritura que diz: “Não lhe quebraram nenhum osso.” E outra passagem que diz: “Olharão para aquele que trespassaram.” (…)” – Jo. 19, 31 – 35.

“Soldado romano, junto à cruz, na posse de lança – “Longinus” (?)” (simbolismo ao trespasse com lança do tronco de Jesus após a sua morte) - Estampa com pormenor da composição “Calvário”, uma gravura/litografia de autoria desconhecida, difundida em extratexto (como cabeçalho gráfico), num Missal de 1924 – Ext. Aa. Vv. – Missale Bracarense. Romae: Typis Polyglottis Vaticanis, MDCCCCXXIV (Trad.: Aa.Vv. – Missal Bracarense. Roma: Tipografia poliglota do Vaticano, 1924.). 1957.0554e - MSML: Sala 1 – Sala de Nossa Senhora do O.

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“Arma Christi”: Lança de “Longinus” (simbolismo do ferimento infligido com lança, por soldado romano, no tronco de Jesus após a sua morte) - Pormenor de fragmento retabular em talha dourada, madeira entalhada e dourada (revestida com folha de ouro), posterior ao séc. XVII. MSML: Sala 4 – Sala dos Presépios.


Morte

Morte

José de Arimateia, membro do Sinédrio e seguidor de Jesus em segredo, pede o corpo de Jesus morto a Pilatos

Descimento do corpo de Jesus da cruz por José de Arimateia e Nicodemos e posterior entrega a Maria, sua mãe, para lamentação antes do sepultamento

“(…) Ao entardecer, como era o “Dia de Preparação”, isto é, a véspera do Sábado, chegou José de Arimateia (…) encheu-se de coragem, foi ter com Pilatos e pediu-lhe o corpo de Jesus. Pilatos ficou admirado que Jesus já tivesse morrido, chamou o Oficial do Exército e perguntou-lhe se Jesus já estava morto. Depois de informado (…) Pilatos mandou entregar o cadáver a José (…)” – Mc. 15, 42 – 46.

“(…) José de Arimateia era Discípulo de Jesus, mas às escondidas, porque tinha medo das autoridades dos Judeus. Depois disto, ele foi pedir a Pilatos para retirar o corpo de Jesus. Pilatos deu-lhe autorização. Então ele foi e retirou o corpo de Jesus. Nicodemos também foi. Nicodemos era aquele que antes tinha ido de noite encontrar-se com Jesus. Levou mais de trinta quilos de uma mistura de mirra e resina perfumada. Então, tomaram o corpo de Jesus e envolveram-no com panos de linho (…)” – Jo. 19, 38 – 40.

Descimento da cruz por José de Arimateia e Nicodemos (?) – Cruzes com Jesus morto, Dimas e Gestas: Esculturas de vulto pleno, oficina erudita, madeira policromada e carnada, Séc. XVIII. Restantes figuras: Esculturas de vulto pleno, Escola coimbrã de Joaquim Machado de Castro (1731 – 1822), ca. sécs. XVIII – XIX. Maquineta – Estrutura de suporte e fixação dos objectos escultóricos: Cortiça virgem policromada, Séc. XX. Colocação conjunta das esculturas – estrutura actual: Séc. XX. 1957.0183 – MSML: Sala 2 – Sala da Capela.

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Morte Transporte e deposição de Jesus no túmulo

Via Crucis – Via Sacra, Estação XIII: Descimento da cruz por José de Arimateia e Nicodemos e Lamentação sobre Jesus morto - Alto-relevo monocromático, artista/oficina de carácter erudito, ca. séc. XVIII. 1957.0475m – MSML: Sala 5 – Sala dos Oratórios.

“(…) José, tomando o corpo, envolveu-o num lençol limpo e colocou-o num túmulo novo que ele mesmo havia mandado escavar na rocha (…)” – Mt. 25, 59. “(…) José comprou um lençol de linho, desceu o corpo da cruz e envolveu-o no lençol. Em seguida, colocou Jesus num túmulo que tinha sido cavado na rocha (…)” – Mc. 15, 46. “(…) Desceu o corpo da cruz, envolveu-o num lençol e colocou-o num túmulo escavado na rocha onde ninguém tinha sido sepultado (…)” – Lc. 23, 53. “(…) Então, tomaram o corpo de Jesus e envolveram-no com panos de linho e perfumes como os Judeus costumam sepultar. No lugar onde Jesus fora crucificado havia um jardim, onde estava um túmulo, em que ninguém ainda tinha sido sepultado. Então, por causa do dia de preparativos para a Páscoa e porque o túmulo estava perto, colocaram lá Jesus (…)” – Jo. 19, 40 – 42.

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Via Crucis – Via Sacra, Estação XIV: Transporte e deposição de Jesus no túmulo - Alto-relevo monocromático, artista/oficina de carácter erudito, ca. séc. XVIII. 1957.0475n – MSML: Sala 5-Sala dos Oratórios.

“Le Christ porté au tombeau – D´après le tableau original du Titien” (Trad.: “Cristo levado ao túmulo – Da pintura original de Ticiano”) -Litografia da autoria de Leon Noel (1807 – 1884), difundida internacionalmente em 31 de Janeiro de 1845 e representativa da estrutura e iconografia da pintura original a óleo sobre tela, de ca. 1520, da autoria do italiano Tiziano Vecellio, dito “Ticiano” (1488/1490 – 1576), intitulada “Le transport du Christ au tombeau” (Trad.: “O transporte de Cristo ao túmulo”). Um quadro actualmente inserido na “Colecção Louis XIV”, identificado pelo n.º de inventário 749, do Musée du Louvre (França). MSML: Área reservada.


Morte Os seguidores acompanham Jesus ao interior do túmulo. Vive-se a última lamentação sobre o seu corpo morto; e, antes do encerramento do túmulo, Jesus é ungido e sepultado segundo a tradição judaica “(…) As mulheres que tinham ido com Jesus desde a Galileia, foram com José para ver o túmulo e como o corpo de Jesus tinha sido colocado. Depois, voltaram para casa e preparam perfumes e bálsamos (…)” – Lc. 23, 55, 56. “(…) Nicodemos também foi (…) levou mais de trinta quilos de uma mistura de mirra e resina perfumada. Então, tomaram o corpo de Jesus e envolveram-no com panos de linho e perfumes como os Judeus costumam sepultar. No lugar onde Jesus fora crucificado havia um jardim onde estava um túmulo em que ninguém tinha sido sepultado. Então, por causa do dia de preparativos para a Páscoa e porque o túmulo estava perto, colocaram lá Jesus (…)” – Jo. 19, 39 – 42.

No túmulo: Maria Madalena, Maria mãe de Jesus e João Evangelista lamentam-se sobre o corpo de Jesus morto – Estampa com gravura/litografia assinada com o monograma “F.M.M.”(?), difundida em extratexto (como cabeçalho gráfico), num Missal de 1924 – Ext. Aa. Vv. – Missale Bracarense. Romae: Typis Polyglottis Vaticanis, MDCCCCXXIV (Trad.: Aa. Vv. – Missal Bracarense. Roma: Tipografia poliglota do Vaticano, 1924.). MSML: Sala 1 – Sala de Nossa Senhora do O.

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Morte A entrada do túmulo de Jesus foi fechada com uma grande pedra, posteriormente lacrada e vigiada pela Guarda romana concedida por Pilatos aos Fariseus “(…) José, tomando o corpo, envolveu-o num lençol limpo, e colocou-o num túmulo novo, que ele mesmo havia mandado escavar na rocha. Em seguida, rolou uma grande pedra para fechar a entrada do túmulo e retirou-se. Maria Madalena e a outra Maria estavam ali sentadas em frente do sepulcro. No dia seguinte, um dia depois da preparação, os Sumossacerdotes e os Fariseus foram ter com Pilatos e disseram-lhe: “Senhor, lembramo-nos que aquele impostor quando ainda estava vivo disse: ”Depois de três dias eu ressuscitarei.” Portanto, manda guardar o sepulcro até ao terceiro dia para não acontecer que os Discípulos venham roubar o corpo e digam ao povo: “Ele ressuscitou dos mortos!” (…) Pilatos respondeu: “Tendes a Guarda à vossa disposição; ide e guardai o sepulcro o melhor que puderes”. Então, eles foram manter o sepulcro em segurança; lacraram a pedra e montaram a guarda (…)” – Mt. 27, 59 – 66. Túmulo de Jesus selado com pedra (lacrada pelos soldados que guardam a sepultura, cedidos por Pilatos aos Fariseus), contemplado à distância por Maria Madalena, Maria, mãe de Jesus (acompanhadas por uma terceira figura feminina, possivelmente Maria de Cléofas ou Salomé) – Estampa com gravura/litografia assinada com o monograma “F.M.S.”(?),possivelmente executada em 1911 (pois o seu monograma de assinatura surge acompanhado por uma possível referência cronológica: “F.M.S. 1911”), difundida em extratexto (como cabeçalho gráfico), num Missal de 1924 – Ext. Aa. Vv. – Missale Bracarense. Romae: Typis Polyglottis Vaticanis, MDCCCCXXIV (Trad.: Aa. Vv. – Missal Bracarense. Roma: Tipografia poliglota do Vaticano, 1924.). 1957.0554e - MSML: Sala 1 – Sala de Nossa Senhora do O.

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Ressurreição Ao terceiro dia após a sua morte, Jesus ressuscitou dos mortos “(…) Depois do Sábado, ao amanhecer do primeiro dia da semana, Maria Madalena e a outra Maria foram ver a sepultura. De repente houve um grande tremor de terra; o Anjo do Senhor desceu do céu e, aproximandose, retirou a pedra e sentou-se nela (…) os guardas tremeram de medo diante do Anjo e caíram como mortos. Então o Anjo disse às mulheres: “Não tenhais medo. Eu sei que procurais Jesus (…) Ele não está aqui, ressuscitou, como havia dito” (…)” – Mt. 28, 1 – 6.

Ressurreição de Jesus (Anjo abre a entrada do túmulo, Jesus ressuscitado eleva-se e os soldados caem no solo como mortos) – Estampa com gravura de Francisco Tomás de Almeida (1778 – 1866) – Ass. “F.T. DE ALM.DA.” DISCIP. F.BARTOLOZZI” (“Francisco Tomás de Almeida, discípulo de F. Bartolozzi”), possivelmente executada em 1808 (pois o seu registo de assinatura surge acompanhado por uma possível referência cronológica: ““F.T. DE ALM.DA.” DISCIP. F.BARTOLOZZI SCULP. 1808”), difundida em extratexto num Missal de 1867 – Ext. Aa. Vv. – Missale Romanum. Olisipone: Ex Typographia Nationali, MDCCCLXVII (Trad.: Aa.Vv. – Missal Romano. Lisboa: Tipografia Nacional, 1867.). 1957.0554d - MSML: Sala 1 – Sala de Nossa Senhora do O.

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Ressurreição No primeiro dia da semana as mulheres (Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago, Salomé ou Joana (?)), foram ao túmulo de Jesus para ungirem o seu corpo, mas não o encontraram “(…) Quando o Sábado passou, Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago e Salomé, compraram perfumes para ungir o corpo de Jesus. E bem cedo, no primeiro dia da semana, ao nascer do sol, foram ao túmulo (…) Entraram no túmulo e viram um jovem sentado (…) vestido de branco (…) o jovem disse-lhes: “Ressuscitou! Não está aqui!” (…)” – Mc. 16, 1 – 6. “(…) No primeiro dia da semana, bem de madrugada, as mulheres foram ao túmulo de Jesus, levando os perfumes que haviam preparado (…) ao entrar não encontraram o corpo do Senhor Jesus (…) Nisto, dois homens com roupa brilhante pararam perto delas (…) os dois homens disseram: “Porque procurais entre os mortos aquele que está vivo? Ele não está aqui! Ressuscitou!” (…) Voltaram do túmulo e anunciaram tudo isto aos Onze, bem como a todos os outros. Eram Maria Madalena, Joana e Maria, mãe de Tiago. Também as outras mulheres que estavam com elas contaram estas coisas aos Apóstolos (…)” – Lc. 24, 1 – 11. Ressurreição de Jesus (Anjo abre a entrada do túmulo, Jesus ressuscitado eleva-se e os soldados caem no solo como mortos) – Estampa com gravura/litografia de autoria desconhecida, difundida em extratexto (como cabeçalho gráfico), num Missal de 1924 – Ext. Aa. Vv. – Missale Bracarense. Romae: Typis Polyglottis Vaticanis, MDCCCCXXIV (Trad.: Aa. Vv. – Missal Bracarense. Roma: Tipografia poliglota do Vaticano, 1924.). 1957. 0554e - MSML: Sala 1 – Sala de Nossa Senhora do O.

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Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago, Salomé ou Joana (?), junto ao túmulo de Jesus com perfumes para ungirem o seu corpo – Estampa com pormenor da composição “Ressurreição de Jesus”, uma gravura/litografia de autoria desconhecida, difundida em extratexto (como cabeçalho gráfico), num Missal de 1924 – Ext. Aa. Vv. – Missale Bracarense. Romae: Typis Polyglottis Vaticanis, MDCCCCXXIV (Trad.: Aa.Vv. – Missal Bracarense. Roma: Tipografia poliglota do Vaticano, 1924.). 1957.0554e - MSML: Sala 1 – Sala de Nossa Senhora do O.


Ressurreição

Ressurreição

Guardas do túmulo, cedidos por Pilatos aos Sumos-sacerdotes e aos Fariseus, dirigiram-se à cidade para comunicar aos Sumos-sacerdotes o desaparecimento do corpo e possível Ressurreição de Jesus

Com a notícia da Ressurreição de Jesus, os Sumos-sacerdotes e os Anciãos oferecem dinheiro aos soldados para que estes espalhem uma mentira pelos Judeus, tentando ocultar o sucedido

“(…) Quando as mulheres partiram, alguns guardas do túmulo foram à cidade e comunicaram aos Sumos Sacerdotes tudo o que havia acontecido (…)” – Mt. 28, 11.

“(…) Os Sumos-sacerdotes reuniram-se com os Anciãos e deram uma grande soma de dinheiro aos soldados, dizendo-lhes: “Dizei que os seus Discípulos foram durante a noite e roubaram o corpo enquanto vós dormíeis. Se o Governador vier a saber disto, nós convencê-lo-emos e não precisais de vos preocupar”. Os soldados pegaram no dinheiro e agiram de acordo com as instruções (…) Esta mentira espalhou-se entre os Judeus até aos dias de hoje (…)” – Mt. 28, 12 – 15. Guardas junto ao túmulo de Jesus, no momento da sua Ressurreição – Estampa com pormenor da composição “Ressurreição de Jesus”, uma gravura/litografia de autoria desconhecida, difundida em extratexto (como cabeçalho gráfico), num Missal de 1924 – Ext. Aa. Vv. – Missale Bracarense. Romae: Typis Polyglottis Vaticanis, MDCCCCXXIV (Trad.: Aa.Vv. – Missal Bracarense. Roma: Tipografia poliglota do Vaticano, 1924.). 1957.0554e - MSML: Sala 1 – Sala de Nossa Senhora do O.

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Ressurreição Diante do sepulcro, Jesus ressuscitado aparece e dirige-se a Maria Madalena pedindo-lhe que anuncie a sua Ressurreição

Guarda junto ao túmulo de Jesus, no momento da sua Ressurreição – Pormenor da composição “Ressurreição de Jesus” (pintura acompanhada pela seguinte legenda em figuração de pergaminho aberto: “1.º Mistério glorioso Puseram no Sepulcro”), original de autoria desconhecida, pintura de óleo sobre madeira, ca. final do séc. XVI e primeiras décadas do séc. XVII. 1957T. 0016 – MSML: Sala 16 – Sala da Capela de Delães (tecto).

“(…) No primeiro dia da semana Maria Madalena foi ao túmulo de Jesus (…) Maria tinha ficado fora, a chorar junto ao túmulo (…) viu então dois Anjos vestidos de branco, sentados onde o corpo de Jesus havia sido colocado (…) Então os Anjos perguntaram: “Mulher, porque choras?” Ela respondeu: “Porque levaram o meu Senhor e não sei onde o colocaram.” Depois de dizer isto, Maria virou-se e viu Jesus de pé; mas não sabia que era Jesus. E Jesus perguntou: “Mulher, porque choras? Quem procuras?” Maria pensou que fosse o jardineiro e disse: “Se foste tu que o levas-te, diz-me onde o puseste para ir buscá-lo”. Então Jesus disse: “Maria.” Ela virou-se e exclamou em hebraico: “Rabuni!” (que quer dizer: “Mestre”). Jesus disse: “Não me segures, porque ainda não voltei para o Pai. Mas vai dizer aos meus irmãos: ”Subo para junto de meu Pai, que é vosso Pai, de meu Deus, que é vosso Deus”. Então Maria Madalena foi e anunciou aos Discípulos: “Eu vi o Senhor.” (…)” – Jo. 20, 1 – 18.

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“Noli me tangere” (Trad.: “Não me toques”) – Diante do sepulcro, Jesus ressuscitado aparece e dirige-se a Maria Madalena – Composição pictórica de autoria desconhecida, com suporte díspar mas de estrutura e iconografia similar à pintura “Noli me tangere” de ca. 1525, da autoria de Antonio Allegri “Correggio” (1494 – 1534) – actualmente no Museo Nacional del Prado (Espanha). Pintura de óleo sobre madeira, posterior ao séc. XVII (?). 1957T. 0003 – MSML: Sala 3 – Sala dos Evangelistas (tecto).


Ressurreição Maria Madalena anuncia aos Apóstolos a Ressurreição de Jesus “(…) Depois de ressuscitar (…) Jesus apareceu primeiro a Maria Madalena, da qual havia expulsado sete demónios. Ela foi anunciar isto aos seguidores de Jesus (…) quando ouviram não quiseram acreditar (…) Em seguida, Jesus apareceu a dois deles, com outra aparência (…) eles também voltaram e anunciaram isto aos outros, que também não acreditaram neles. Por fim, Jesus apareceu aos Onze Discípulos (…) Jesus repreendeu-os por causa da falta de fé e pela dureza de coração, porque não tinham acreditado naqueles que o tinham visto ressuscitado (…)” – Mc. 16, 9 – 14.

Maria Madalena – Escultura de vulto pleno, oficina erudita, madeira policromada, estofada, esgrafitada e carnada, ca. finais séc. XVII e primeira metade do séc. XVIII. 1957.0070 – MSML: Sala 3 – Sala dos Evangelistas.

Maria Madalena – Escultura de vulto pleno, oficina erudita, madeira policromada, estofada e carnada, ca. primeira metade do séc. XVIII. 1957.0033 – MSML: Sala 1 – Sala de Nossa Senhora do “O”.

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Ressurreição Algumas aparições corpóreas de Jesus após Ressurreição “A Maria Madalena diante do sepulcro” – Jo. 20, 1 – 18. “A Maria, sua mãe e a Salomé” – Mt. 28,8 – 9. “Aos Discípulos em Emaús (“Ceia de Emaús”)” – Lc. 24, 13 – 32. “A Pedro” – I Cor. 15, 5. “A Onze Apóstolos” – Mc. 16, 14. “Aos Apóstolos (“Dúvida de São Tomé”)” – Jo. 20, 26 – 29. “Aparição a alguns Apóstolos no mar de Tiberíades” – Jo. 21, 1 – 23. “A mais de quinhentos irmãos em simultâneo” – I Cor. 15, 16. “A Tiago” – I Cor. 15, 7. “A alguns Apóstolos: Pedro, João e Tiago no Monte Tabor (“Transfiguração”)” – Mt. 28, 16 – 20. “A Estêvão durante o seu martírio (apedrejamento)” – Act. 9, 3 – 8. “A Paulo, na sua Conversão” – Act. 9, 3 – 8. “A Paulo, em Corinto” – Act. 18, 9 – 10. “A Paulo, no Templo” – Act. 22, 17 – 21. “A Paulo, em Jerusalém” – Act. 23, 11. “A Paulo, noutra Visão” – II Cor. 12, 1 – 4. “A João, em Patmos (“Visões do Apocalipse”)” – Apocalipse 1, 9 – 20. “Ceia em Emaús” (Aparição corpórea aos Discípulos em Emaús) – Original de autoria desconhecida, pintura de óleo sobre tela, ca. final do séc. XVI e primeiras décadas do séc. XVII (?). 1957. 0481 – MSML: Sala 5 – Sala dos Oratórios.

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Ressurreição Ascensão do Senhor – Ascensão de Jesus ressuscitado ao céu “(…) Depois de falar com os Discípulos, o Senhor Jesus foi arrebatado ao céu e sentou-se à direita de Deus. Os Discípulos então saíram e pregaram por toda a parte. O Senhor ajudava-os e, por meio de sinais que os acompanhavam, provava que o seu ensinamento era verdadeiro (…)” – Mc. 16, 19, 20. “(…) Então Jesus levou os Discípulos para fora da cidade, até Betânia. Ali, ergueu as mãos e abençoou-os. Enquanto os abençoava afastouse deles e foi levado para o céu. Eles adoraram-no e depois voltaram para Jerusalém com grande alegria. E estavam sempre no Templo, bendizendo a Deus (…)” – Lc. 24, 50 – 53.

Ascensão do Senhor – Ascensão de Jesus ressuscitado ao céu – Estampa com gravura/litografia de autoria desconhecida, difundida em extratexto (como cabeçalho gráfico), num Missal de 1924 – Ext. Aa. Vv. – Missale Bracarense. Romae: Typis Polyglottis Vaticanis, MDCCCCXXIV (Trad.: Aa. Vv. – Missal Bracarense. Roma: Tipografia poliglota do Vaticano, 1924.). 1957.0554e - MSML: Sala 1 – Sala de Nossa Senhora do O.

Ascensão do Senhor – Ascensão de Jesus ressuscitado ao céu – Escultura de vulto pleno, oficina erudita, madeira policromada e carnada, com resplendor colocado sobre a cabeça de Jesus em metal prateado e dourado; ca. segunda metade do séc. XVIII. 1957.0413 – MSML: Sala 5 – Sala dos Oratórios.

Ascensão do Senhor – Ascensão de Jesus ressuscitado ao céu – Estampa com gravura de Francesco (Francisco) Bartolozzi (1728 – 1815) – Ass. “F.BARTOLOZZI SCULP. EM LX.ª.” (“Francesco (Francisco) Bartolozzi, “sculp.” (esculpiu/gravou (?)) em Lisboa”), executada em 1813 (pois o seu registo de assinatura surge acompanhado por uma referência cronológica: “F.BARTOLOZZI SCULP. EM LX.ª. EM 1813, DE IDADE DE 86 ANNOS” – (“Francesco (Francisco) Bartolozzi, “sculp.” (esculpiu/gravou (?)) em Lisboa em 1813, com a idade de 86 anos”), difundida em extratexto num Missal de 1867 – Ext. Aa. Vv. – Missale Romanum. Olisipone: Ex Typographia Nationali, MDCCCLXVII (Trad.: Aa. Vv. – Missal Romano. Lisboa: Tipografia Nacional, 1867.). 1957.0554d - MSML: Sala 1 – Sala de Nossa Senhora do O.

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Fontes e Bibliografia BERGOGLIO, Jorge Mário (Papa Francisco I) – Veneri Santo Passione del Signore – Via Crucis 2013. BIBLIA SAGRADA. – São Paulo: Sociedade Bíblica Católica internacional/ Paulus, 1997. NOVA VULGATA. Bibliorum Sanctorum Editio. – Vaticano: Libreria Editrice Vaticana, 1979. SANTA Brígida di Suezia – Rivelazioni. Milão: Gribaudi, (s/d.). Serões. N.º 17, Lisboa: Novembro de 1906. SILVA, Liliana Maria Pereira – A fé, a imagem e as formas. A iconografia da talha dourada da igreja do Bom Jesus de Matosinhos. Dissertação de Mestrado em História da Arte Portuguesa apresentada à F.L.U.P.. Porto: Departamento de Ciências e Técnicas do Património / F.L.U.P., 2011. SILVA, Liliana Maria Pereira – A igreja do Bom Jesus de Matosinhos: As lendas, a tradição e a realidade. Vila do Conde: Quidnovi, 2013.

“Crucificação Simbólica” (“Ut nos sanctificaret, semetipsum obtulit immaculatum” – Hebr. 9, 13, 14. – Trad.: “Para nos santificar, ofereceu-se a si mesmo sem mácula”) – Estampa com gravura/litografia de autoria desconhecida, difundida em extratexto num Missal de 1924 – Ext. Aa. Vv. – Missale Bracarense. Romae: Typis Polyglottis Vaticanis, MDCCCCXXIV (Trad.: Aa. Vv. – Missal Bracarense. Roma: Tipografia poliglota do Vaticano, 1924.). 1957.0554e - MSML: Sala 1 – Sala de Nossa Senhora do O.

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Crรณnicas de um Acervo

Museu de Santa Maria de Lamas

da paixรฃo ao calvรกrio


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