Revista Necessaire - Edição 36

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Junho/2015 || Edição nº 36 || Distribuição gratuita

Moda

A VOLTA DAS SAIAS JEANS E O TOQUE A MAIS BLAZER NO LOOK

DO

Saúde

GRAVIDEZ APÓS OS 40 ANOS, COLETOR MENSTRUAL E MASTECTOMIA

Beleza Sergio Baia

TENDÊNCIA “BRONDE”, LINHAS FINAS E AUMENTO LABIAL

MARIA HELENA

CHIRA

A atriz, que participou de “Ti ti ti” e “Alto astral”, está no ar na série “Se eu fosse você”, fala sobre sua carreira




Junho/2015 | Ano 4 nº 6 | carletoeditorial.com.br

10 Sempre linda

Tendência “bronde” para os cabelos, como cuidar das linhas finas e aumento labial

20 Decor

Produtos feitos com patchwork para enfeitar o ambiente

22 Garimpo

32 Capa

Maria Helena Chira

A atriz fala sobre o momento atual de sua carreira, trabalhos marcantes e projetos para o futuro

Tons metálicos para dar um toque a mais no look, no make e na casa

24 Carrinho cheio Botas over the knees

26 Moda

Saias jeans e como blazers valorizam o visual

36 Eu me amo

Gravidez após os 40 anos, coletor menstrual e mastectomia

50 Cult

Dicas de cultura e entretenimento

54 Glam

A sensibilidade de Ivone Pontes Mesquita

58 Comportamento

Cuidar da aparência após os 50 anos e como evitar ser uma mãe superprotetora

66 Elas opinam

O aborto deve ou não ser descriminalizado? Por quê?

Foto: Sergio Baia Diretor Responsável: Fábio Carleto (MTb 40.906) || Editora Executiva: Vivian Barbosa (MTb 56.794) redacao@carletoeditorial.com.br || Assistente de Edição: Amauri Eugênio Jr. Redação: Cris Marques, Michele Barbosa e Talita Ramos || Revisão: Simone Carleto || Fotografia: Rafael Almeida || Design Gráfico: Aline Fonseca, Douglas Caetano e Katia Alves Comercial: Laila Inhudes, Maria José Gonzaga, Patrícia Matos, Rose Gedra e Thaís Tucci - comercial@revistaguarulhos.com.br || Administrativo: Viviane Sanson e Saiummy Takei Distribuição: Luiz Aparecido Monteiro || Impressão e acabamento: Grass Indústria Gráfica Tel: (19) 3646-7070 || Tiragem: 8 mil exemplares || Distribuição gratuita em condomínios, clínicas médicas e de estética, salões de beleza, perfumarias, academias e lojas de moda feminina. Carleto Editorial, 34 anos de Jornalismo com Responsabilidade Social. Av. João Bernardo Medeiros, 74, Bom Clima, Guarulhos. Tel.: (11) 2461-9310. carletoeditorial.com.br. facebook.com/necessairerevista





Amar é...

bom demais Por Vivian Barbosa

trauminha, né? - o amor vai perdendo cada vez mais espaço para essas fraquezas e facilidades da vida corrida e sem graça, quase tão cinza quanto o mundo imaginário que descrevi. Credo! Que bom que tudo isso é só imaginação; que bom que podemos refletir sobre o que sentimentos e rever atitudes que acabam afastando os bons sentimentos da nossa vida; melhor ainda é poder fazer essa reflexão e manter quem a gente ama por perto. Com certeza amar é sinônimo de evoluir. Pelo menos é assim que eu me sinto quando estou amando. Quero ficar mais bonita, mais alegre, dar mais risada, trabalhar melhor. E quem diria... tudo isso por causa de um sentimento. Então, leitora, hoje eu te proponho que dedique dez minutos do seu dia de mulher alfa para pensar sobre as pessoas que você ama, inclusive você mesma. E isso inclui qualquer tipo de amor, não só o de casal. Pense e sinta como o sentimento te deixa em paz, e até sua respiração muda. Pois é. Amar é bom. Por isso, eu sugiro que você coloque mais amor nos seus olhos, palavras, sentimentos e atitudes e com certeza o universo vai te responder com ainda mais amor. Beijos, e até a próxima edição. Vivian Barbosa - @revistanecessaire

editorial

Apesar de o Dia dos Namorados já ter passado, junho tem uma energia especial por causa desta data. É um bom mês para celebrar o amor. Por causa disso, acho justo falar sobre o sentimento mais nobre que eu já conheci - e acho que você também -, o amor. Sim! Sou do tipo que ama e gostar de amar. E acho que a mulher é, em geral, a que demonstra o que se passa sem tantos medos como os homens, que às vezes fogem por causa do temido sentimento. Mas, poxa, você já parou para pensar em como seria a vida sem amor? Eu, quando o faço, imagino um mundo bem cinza, como um dia nublado, com garoa fina, em que a vida perde parte da graça; amar e ser amado sempre traz cor ao dia a dia. Além disso, acho que este sentimento funciona como um amplificador de qualidade, já que quando a gente se apaixona, a tendência é melhorar pelo outro, ou tentar fazer com que as coisas boas sejam as mais perceptíveis. Numa dessas, a gente descobre qualidades que nem sabia que tinha, como ser romântica, carinhosa, e até que gosta de cozinhar, só para agradar o parceiro. Em tempos em que a frieza toma conta das relações, muito por causa da banalização do sexo e, principalmente, por causa dos medos de passar por situações traumáticas de novo - é, de novo, porque ninguém amadurece sem um

8 Foto Rafael Almeida



Foto L’Oréal Professionnel

Nem LOIRA nem

MORENA Fotos Divulgação Por Talita Ramos

sempre linda

Se você vive antenada às novidades do universo da beleza, já deve ter ouvido falar sobre o bronde. A nova técnica, que tem feito sucesso entre celebridades, mistura as palavras brown e blonde (marrom e loiro em inglês). “O bronde é uma dualidade de cores que vai do marrom ao loiro, harmonizando os tons para criar um equilíbrio no visual, sem muito contraste com a cor natural dos cabelos”, explica Aloisio Filho, coordenador de educação da Matrix, marca da divisão profissional da L’oréal. Segundo Aloisio, para aplicar o bronde, o

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primeiro passo é criar nos cabelos uma base marrom, puxada para um tom mais quente e em seguida, mechas com um efeito de véu (que não podem ser marcadas), oferecendo um tom caramelo ou bege à base marrom dos cabelos. A grande diferença dessa técnica em relação às demais, além da suavidade das cores, é que não necessita de retoques constantes. “Como o marrom se assemelha e está próximo da altura natural dos cabelos, o bronde cria conforto e naturalidade, deixando o visual sempre bonito, mesmo com a raiz crescida”, afirma o coordenador.”


Cuidados Mesmo não tendo

necessidade de realizar retoques constantes, é importante fazer uma manutenção para manter o brilho e a maciez dos fios. “Em se tratando de coloração e descoloração, hidratações semanais são muito bem-vindas. Para manter o brilho das áreas mais claras e a vivacidade do marrom da base, as ampolas de tratamento de brilho são perfeitas. Eu uso a mega gloss da Matrix. Já em casos de cabelos fragilizados, recomendo um processo de reconstrução a cada 15 dias, alternando com hidratações, para o qual indico a linha Biolage Repairinside da Matrix”, explica Aloisio.

Para todas A princípio o bronde foi desenvolvido para

mulheres com cabelos escuros e castanhos, porém a técnica pode ser feita também em loiras que desejam minimizar o contraste causado pelo efeito ‘superloiro’, que os fios mais claros causam em alguns tons de pele. Devido ao mix suave de cores, a técnica fica bem em qualquer pessoa.

Preço sob consulta. SAC MATRIX: 0800 701 6879

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Por Cris Marques

A BEAUTÉ DA TOLERÂNCIA

Depois de muita segregação e uma ferrenha ditadura no mundo da moda e da beleza, parece que a tolerância começa a achar uma brecha. São selfies ao natural, ensaios sem retoques, modelos plus size e transgêneros em grandes campanhas. Em 2014, a top model e brasileira Lea T. foi convidada pela Redken. Em março desse ano, a adolescente americana Jazz Jennings, que nasceu menino, foi escolhida para ser o rosto da #SeeTheRealMe, da Clean & Clear e, em seguida, foi a vez de Andreja Pejic, que antes era Andrej, assinar com a Make Up Forever. E o movimento não para por aí, não. Após Bruce Jenner, ex-padrasto de Kim Kardashian, se assumir como Caitlyn (foto) na Vanity Fair desse mês, já rolam especulações de que a M.A.C. anda atrás dela. Será?

NATURAL e linda

Se você é daquelas que tem na ponta da língua uma desculpa pronta para não se cuidar, está na hora de repensar o discurso. Muito além dos tratamentos que exigem tempo e, principalmente dinheiro, atitudes simples podem fazer a diferença na autoestima. Para começar, que tal investir em uma boa noite de sono? Dormir bem melhora o humor, rejuvenesce a pele e evita o aparecimento de olheiras. “Mente quieta, espinha ereta e o coração tranquilo” pode ser seu novo lema. Ter postura trabalha a coluna, faz com que os looks caiam melhor e fiquem mais atraentes. Por fim, nunca vá para a cama de make. Pele limpa e hidratada antes de dormir segura a oleosidade e evita acne e cravos.

coisas de mulher

Hidratação

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Ainda não conhece os muitos benefícios de incluir a água termal nos seus cuidados diários? Com certeza após conhecer o produto, você vai mudar de ideia. Por mais que na embalagem venha descrito em sua composição apenas água, na verdade essa substância é enriquecida de compostos minerais como ferro, zinco, selênio e silício, que conseguem penetrar melhor na pele e, por isso mesmo, fazem tão bem. Entre suas vantagens estão a limpeza, hidratação, proteção, cicatrização e até mesmo preparação para receber a maquiagem. Fotos divulgação



O fim da linha FINA

sempre linda

Por Michele Barbosa

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A chegada dos 25 anos traz mais maturidade, segurança, autoconfiança e sensualidade para a mulher. Mas nem só de coisas boas vivemos nós “reles mortais”, já que é a partir daí que as linhas finas também começam a aparecer. Avançar a idade mantendo a aparência jovial é um privilégio de apenas dois grupos de mulheres: as que se cuidam desde sempre e as que têm uma genética fantástica, principalmente as morenas e negras. Para saber como cuidar adequadamente da pele, a dermatologista Angélica Pimenta respondeu algumas das dúvidas mais frequentes sobre o assunto:

Quais tratamentos primários para combater as linhas finas?

É necessário cuidar diariamente da pele, usando sabonete ou gel de limpeza, loção adstringente ou tônico, hidrante e protetor solar. Para saber quais os produtos são mais indicados para o tipo de pele é necessário avaliação de um dermatologista.

É possível evitá-las?

O envelhecimento é inevitável, mas é possível retardá-lo com os cuidados diários, fazendo com que as linhas de expressão e rugas demorem mais para aparecer.

Cremes anti-idade são eficazes?

Sim, desde que se opte por um creme anti-idade indicado para o seu tipo de pele e para sua faixa etária. Normalmente, antes dos 30 anos, a pele não necessita do uso de anti-idade. O filtro solar se torna o principal aliado contra o envelhecimento. Porém, a partir dos 25 anos, a melhor opção são produtos à base de antioxidantes, entre eles a nossa queridinha: a vitamina C. Fotos Banco de imagens


Quais os tratamentos que devem produto que você aplica depois. ser feitos ao longo dos anos para retardar as linhas de expressão? Como escolher o produto para Todos os tratamentos que induzam coláge- cada tipo de pele?

no, diminuam contrações faciais e os radicais livres, como por exemplo: laser, toxina botulínica (em pontos estratégicos), ultrassom microfocado para efeito lifting, microagulhamento facial, entre outros. Para cada tipo de pele há uma solução e temos que entender que nada precisa ser exagerado, e que é possível ficar com uma aparência naturalmente cuidada e mais bonita.

Os produtos a base de vitamina C ajudam a eliminar e evitar as marcas de expressão?

A partir dos 25 anos, há uma queda gradual no processo de produção de colágeno. Isso porque ele vai sendo substituído por outro tecido menos elástico e mais fibroso. Por isso, a vitamina C se torna uma grande aliada, já que ela estimula a produção de colágeno e, quando utilizada topicamente, tem ação antioxidante, combate os radicais livres e diminui as rugas e as linhas de expressão. Atualmente, existem diversos cremes à base do antioxidante, mas a vitamina C nanoencapsulada é formulação mais estáveis.

Sérum antioxidante, como usá-lo? Ele é eficaz?

Primeiramente, é necessário identificar qual o tipo de pele. Feito isso, é possível saber quais os produtos mais indicados. Porém, para identificar o que sua pele necessita, e quais ativos melhores para ela, a consulta com o dermatologista é fundamental. Muitas pessoas apostam em comprar produtos por conta própria e acabam tendo que lidar com irritações, vermelhidão, manchas, poros obstruídos, entre outros problemas.

Considerações finais

O aparecimento das rugas depende de nossa rotina, hábitos e das características individuais de cada um. Ele ocorre com o tempo por causa da somatória de movimentos repetitivos (devido contração muscular facial) e envelhecimento cutâneo (levando em consideração hábitos do dia a dia, como exposição solar, noites mal dormidas, tabagismo e falta de cuidados diários com a pele). “Para prevenir a pele das rugas, além de hábitos saudáveis e tratamentos básicos, indico cremes que inibem as enzimas do envelhecimento e antioxidantes orais. Quando se tem contrações mais visíveis, o ideal é diminuí-los em pontos específicos com toxina botulínica.”

O sérum é um cosmético com textura fluída, mas altamente concentrada, tendo grandes doses de ativos. O ideal é utilizá-lo antes do creme anti-idade. O sérum é muito eficaz, pois além de não ser oleoso, potencializa a ação do

Roteiro de cuidados • Pela manhã

1. Limpe a pele do rosto, pescoço e colo com um sabonete específico ou gel de limpeza; 2. Passe no rosto uma loção hidratante para peles secas e normais, e loção adstringente para peles oleosas ou mistas;

• À noite

3. Aplique protetor solar em gel ou loção para peles oleosas e mistas, e em creme para peles secas. Aplicar em todas as áreas descobertas do corpo (rosto, pescoço, colo, mãos e braços).

2. Aplique um creme nutritivo ou anti-idade no rosto, pescoço e colo;

1. Repita os passos 1 e 2, realizados de manhã;

Uma vez por semana faça uma esfoliação e, mensalmente, agende uma limpeza de pele.

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Beijinho, beijinho e tchau, tchau COMO TER O FAMOSO “BOCÃO” SEM PASSAR “CARÃO”

sempre linda

Por Michele Barbosa

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Ter os lábios da atriz Angelina Jolie é o sonho de muitas mulheres e realizá-lo não é impossível, graças aos diversos procedimentos existentes. Recentemente, a sucção a vácuo dos lábios feita com vasilhames ou copos para aumentar os lábios, se tornou febre entre os adolescentes. Todo esse sacrifício é para alcançar a mesma aparência da modelo Kendal Jenner que realizou preenchimento labial com botóx. “Há o risco de formação de fibrose, de granuloma (caroçinhos), cicatrizes e deformidade dos lábios. Como há ruptura de vasos sanguíneos, os hematomas e sangramentos são comuns”, explica Newton Morais, diretor médico e especialista em dermatologia da Mais Excelência Médica. Uma “brincadeira” que pode causar problemas

sérios e irreversíveis à saúde e para que não ocorram, é importante procurar um especialista para indicar qual procedimento é necessário. Nem todos os procedimentos são permanentes, como o preenchimento com ácido hialurônico - um preenchedor reabsorvível (não permanente). “Adultos de ambos os sexos podem se submeter ao procedimento, desde sejam avaliados por um profissional qualificado, que determinará a quantidade, técnica e se há realmente a indicação e descarte possíveis contraindicações ao procedimento.” De acordo com Newton, esse procedimento dá volume, melhora o contorno, reforça o “arco do cupido” (desenho do lábio superior abaixo do nariz), corrige ou suaviza as imperfeições dos lábios. Fotos Banco de imagens


MAKE DEFINITIVA

Há quem diga que maquiagem definitiva garante um visual de lábios maiores sem riscos à saúde. Errado! Afinal, qualquer procedimento invasivo pode causar problemas quando feito por pessoas que não são especializadas ou em locais inadequados. “A maquiagem definitiva pode causar os mesmos efeitos indesejáveis que a tatuagem: reação alérgica ao produto, infecção local, sangramento, hematomas, mas que são muito minimizados se feitos por profissionais qualificados. Neste caso, não há aumento de volume dos lábios, só o reforço dos contornos labiais, causando um efeito visual de aumento dos mesmos”, pontua Newton Morais.

Agora, para quem busca uma aparência permanente, a cirurgia plástica conhecida como ‘Bardotização’, em referência à atriz Brigitte Bardot, é indicada. Ela aumenta a parte vermelha dos lábios por meio da retirada de uma tira fina de pele, aumentando um pouco os lábios, principalmente naquelas pessoas em que a distância do nariz e dos lábios é curta. “O tempo de cirurgia é de cerca de 40 minutos, com aplicação de anestesia local. No pós-operatório, o paciente precisa ficar sem fazer atividade física e deve ter cuidado com a mastigação. O inconveniente é a cicatriz que fica aparente, o que melhora com o tempo”, explica Roseli Cardinali, médica cirurgiã plástica, membro da ISAPS (Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica e Estética). Outra opção existente é o uso de produtos definitivos que não são absorvidos pelo organismo, como o metacrilato, silicone e PMMA (polimetilmetacrilato). “Eu não os recomendo, pois não tem como prever o comportamento dos compostos utilizados. Eles criam uma reação inflamatória no tecido e com o passar dos

anos eles endurecem e o resultado estético não fica bom. Sem contar que não tem como re m ovê - l o s . É preciso tirar pequenas partes do tecido dos lábios.” Já os transitórios, em sua maioria à base de ácido hialurônico, de acordo com a cirurgiã, são procedimentos seguros que aumentam os lábios de forma natural. “A densidade do produto é parecida com o tecido dos lábios. Ele ainda estimula a produção e a melhora do colágeno local. É preciso ter bom senso para aplicar e respeitar o desenho dos lábios, caso contrário fica artificial. O resultado dura pouco mais de um ano, já que o produto é reabsorvido pelo organismo.” Para esses e outros procedimentos é importante enfatizar a importância de se buscar um profissional adequado para não causar complicações irreversíveis.

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A beleza dos

“RETALHOS” Por Cris Marques

Com certeza você já conhece o patchwork: um trabalho de costura que une retalhos de tecido com padronagens, cores e desenhos diversos, para criar peças como colchas, mantas e capas de almofada. Mas você sabia que essa arte, que tem até um pouco de cara de vovó, pode fazer a diferença na beleza da sua casa? Confira objetos moderninhos de decoração que utilizam a técnica na prática ou como “estampa” e divirta-se!

Moringa Patchwork R$ 114 Planeta Mimos www.planetamimos.com.br

Biombo Provance

R$ 1.299,90

Mobly www.mobly.com.br

Cobre Bolo R$ 24,90

Maria Presenteira www.mariapresenteira.com.br

Bandeja Flowers Azul com Alça (Grande) R$ 169,90

decor

Maria Presenteira www.mariapresenteira.com.br

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Banco/Puff Summerset R$ 567,79

Poltrona Summerset R$ 789 Submarino www.submarino.com.br

Lojas KD www.lojaskd.com.br Fotos Divulgação


LuminĂĄria pendente R$ 799 Merci www.mercidecor.com

Adesivo de Parede Ă rvore

R$ 167 Stick Out www.stickout.com.br

Almofada R$ 28

Michelle de Pano - Elo 7 www.elo7.com.br/michelledepano

Colcha casal R$ 311,40

MMartan www.mmartan.com.br

Futon Rosa R$ 89,90

Leroy Merlin www.leroymerlin.com.br

Banqueta Phorman R$ 617,32

Cadeira Trend R$ 723 Merci www.mercidecor.com

Lojas KD www.lojaskd.com.br

Caixote de Madeira R$ 119

Planeta Mimos www.planetamimos.com.br

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Metalize Por Michele Barbosa

Pendente Madeira Madeira R$ 454, 56

Os tons metálicos nunca saem de moda e tanto podem compor um look fashion quanto deixar a decoração de um ambiente mais elegante. Mas não abuse do tom para não derrubar o seu visual ou o de sua casa.

Espelho Mobly

R$ 1.199,99

Pote cerâmica Abacaxi Collector55 R$ 109

Copo metalizado R$ 59,90

garimpo

Carteira Daibags R$ 59

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Scarpin Schutz R$ 300

Oxford Santa Lolla Dafiti R$ 189,90 Fotos: divulgação


Jaqueta Moschino R$ 1.854

Crânio Elo7 R$ 39,99

Calça legging Centauro R$ 69,99

Saia OQVestir R$ 39

Delineador MAC Sephora R$ 66 Onde encontrar:

Luminária Tok Stok R$ 285 Esmalte “Fashion” Marina Ruy Barbosa Sumirê Carolina Herrera 212 Sexy Nikkey Cosméticos

R$ 4,15

R$ 229

Coca-Cola Shoes Dafiti R$ 149

www.dafiti.com.br www.m.moschino.stylight.com.br www.daibags.com Sumirê - Dom Pedro, 61, Centro. 2440-1404 www.madeiramadeira.com.br www.collector55.com.br www.sephora.com.br www.mobly.com.br www.centauro.com.br www.nikkeycosmeticos.com.br www.tokstok.com.br www.oqvestir.com.br www.elo7.com.br www.schutz.com.br www.starbucks.com.br

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OTK

PARA TODO LADO

Por Talita Ramos

As botas OTK ou ‘over the knee’, expressão que em inglês significa acima do joelho, também conhecidas como cuissarde, apareceram timidamente na última temporada Outono/Inverno, mas dessa vez o modelo ressurge de forma democrática, dominando o mundo da moda com opções para todos os gostos. É possível combinar a peça com calças, saias, vestidos, entre outros, ficando bem tanto para quem tem pernas finas quanto para quem tem pernas grossas. Escolha seu modelo preferido e aproveite para se aquecer com estilo nesta temporada.

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carrinho cheio

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1. Bota marrom, Via Marte, Dafiti R$ 249,99 2. Bota overknee, preta, Wishin R$ 389 3. Bota over knee, preta, Santa Lolla, Dafiti R$ 359,90 4. Bota cano longo em couro, natural, Corello R$ 479 5. Bota over knee, montaria, matelassê, marrom, Crysalis, Dafiti R$ 279,90 6. Bota preta, Capodarte, Dafiti R$ 999,90 7. Bota marrom, Beira Rio, Dafiti R$ 129,90 8. Bota over knee, preta, Cravo e Canela, Vanda Calçados R$ 249,99 9. Bota kaori, café, Wishin R$ 298 10. Bota preta, Mezzo Punto, Dafiti R$ 579,90 11. Bota caramelo, Ramarim, Dafiti R$ 249,90 Fotos Divulgação


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Onde encontrar

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www.dafiti.com.br www.shop.corello.com.br www.wishin.com.br Vanda Calçados Rua Cachoeira, 674, Jardim Rosa de França. Tel.: 2458-7638. Avenida Emílio Ribas, 2061, Jardim Tranquilidade. Tel.: 2422-0827. Rua Treze de Maio, 124, vila Galvão. Tel.: 2455-9487.

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moda

Por Michele Barbosa

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voltaram

Após uma longa pausa, as sais jeans retornaram em looks que vão desde o clássico até o mais descolado. “Acredito que elas nunca deixaram de ser moda e, sim, que houve uma interrupção na produção de novas modelagens por um bom tempo”, explica a consultora de estilo pessoal Juliana Sena. E não precisa ter medo de ficar com visual ultrapassado. É só saber combinar as peças para equilibrar a composição. Segundo a consultora, o modelo que está em alta é o lápis que pode ser encontrado em lavagens

mais claras e escuras. Dependendo, do modelo pode ser usado em ambientes de trabalho mais descontraídos para vestimenta ou no casual day (dia liberado por algumas empresas para usar roupa mais despojada). Simples e democrática, Juliana afirma que a saia jeans fica bem com várias outras peças: camisa social, regata, blazer, camiseta listrada, camisa xadrez, malhas, tricôs, entre outras. “As minissaias são indicadas para um passeio informal e a maioria dos calçados fica bem com elas: sapatilhas, tênis e sapatos de salto.” Fotos Banco de Imagens


Dica da consultora:

•Saia lápis: favorece as pessoas com corpo violão e que gostam de um estilo mais clássico. Pois, normalmente, esse modelo vai até a altura dos joelhos com cintura alta que garante mais elegância. Looks: camisa branca, clutch estampada (por exemplo: oncinha) e scarpin pink. •Evasê: esse modelo é ótimo para quem quer marcar a cintura e disfarçar os quadris, ele também chega a ser um modelo clássico mas, mais jovial pois, vai trazer movimento ao caminhar. Looks: camiseta listrada, bolsa tiracolo e sandália vermelha.

As cantoras Beyoncé e Rihanna aderiram ao estilo e, apesar do comprimento mediano, esbanjam sensualidade. Outro modelo que veio com tudo e ganhou lugar de destaque nas araras de grifes e lojas de departamento é a saia jeans com botões na frente, que dá a liberdade de escolher o tamanho da fenda, ou até mesmo evitá-la. “Um clássico dos anos 1990 que não deixou de ser moderno.” Independente do estilo escolhido, é importante lembrar que o tecido jeans é informal por natureza, mas é considerado um clássico. Portanto, se misturada a peças de alfaiataria, pode render looks bem interessantes e inusitados.

Sem medo

Não há muito segredo para usar a saia jeans se pensarmos que ela equivale a outras peças queridas em nosso armário, como a calça e short jeans. “Mas, para deixá-la mais descolada e cool, é interessante acrescentar truques de styling ao look, como por exemplo: escolher uma saia jeans destroyed (rasgadinha) e usá-la com uma camisa mais social e, ao invés de colocar a camisa por dentro da saia, amarrar com um nozinho. Isso trará mais leveza e deixará o look mais atual. Se o comprimento da saia for midi, que encurta a silhueta, opte por usar sapato na cor da

pele, ou seja, escolha o tom nude”. No escritório, pode-se usar saia lápis e as mais lisas, na altura do joelho, sem rasgos e lavagens elaboradas, contrapondo com peças de alfaiataria. Para quem quer sair do convencional, alguns modelos são mais amplos ou com modelagens alongadas. “Essas são as que seguem as tendências de moda. De qualquer maneira, a saia jeans é um clássico possível de se continuar usando e segue as mesmas regras das outras peças jeans.” www.julianasena.com.br

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Por Talita Ramos

A volta

DA BOMBER A jaqueta bomber ou jaqueta aviador, derivada da roupa dos pilotos de caça americanos durante a 1ª Guerra Mundial, é aquela com abertura frontal de zíper; e cintura, gola e punhos fechados por elásticos. Sucesso no último Inverno, a peça reaparece nessa temporada pegando carona na moda militar. Como é muito versátil, a jaqueta pode ser usada em diversas ocasiões, funcionando como peça curinga, já que permite variar o look do dia a dia. Vale investir na sua para garantir um visual moderno e quentinho.

Por Talita F. Ramos

Botão À VISTA

A década de 1970 praticamente dominou o mundo da moda nas últimas temporadas. Para o Inverno, além das franjas, estampas e chapéus, outro item que aparece em alta são os botões frontais, principalmente em saias e vestidos com formato ‘A’. Sucesso da época, podem ser facilmente lembrados quando se pensa em personalidades como Brigitte Bardot, Jane Birkin e Twiggy. Atualmente as peças com botões na parte da frente aparecem reinventadas com um toque delicado, passando ainda pelo estilo clássico e também militar.

coisas de mulher

Minibag A nova tendência de bolsa, que se tornou sucesso entre celebridades e fashionistas, são as minibags. As pequenas bolsinhas são perfeitas para carregar o essencial sem abrir mão do estilo. A peça é ideal para ir a shows, eventos, festas ou até para um simples passeio no parque ou shopping, por exemplo. A principal dica para arrasar usando sua minibag é usá-la na transversal para frente, dando um charme a mais no visual.

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O REI

Por Talita Ramos

do toque especial

Por Talita F. Ramos

moda

Um dos itens mais clássicos do mundo da moda é o blazer. A peça, que a princípio era apenas masculina, se assemelha a um paletó com gola grande, corte estruturado e caimento elegante, dando um toque especial a qualquer visual. No início do século XX, o blazer acabou por conquistar o guarda-roupa feminino ao aparecer reinventado pela estilista Coco Chanel, adepta da peça que até hoje é um item considerado ‘must-have’ (que todo mundo deve ter). “O blazer conquistou o mundo da moda desde o início e apesar das tendências mudarem constantemente, ele é uma peça atemporal”, explica a personal stylist Juliana Skliutas.

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Fotos Banco de Imagens


PARA TODAS

Atualmente é possível atrelar o uso do blazer a diversos estilos. “Ao longo dos anos, novos modelos, texturas e estampas foram surgindo de acordo com as tendências. Hoje podemos encontrar blazers com estampas florais, que são excelentes para mulheres românticas; feitos em moletom colorido, perfeito para as mais modernas e até em paetês e miçangas, indicado para mulheres criativas e glamourosas”, conta Juliana. Segundo a personal stylist, qualquer pessoa pode usar a peça, contanto que saiba qual é o recorte ideal para cada tipo de corpo. “Para as mulheres com corpo em formato triangular ou oval, o ideal é que o blazer tenha ombreiras mais estruturadas ou apliques que chamem a atenção para a parte de cima. Para aquelas que têm o tipo físico ampulheta, o blazer deve acabar na altura da cintura. Já para quem tem o corpo no formato triângulo invertido, o tecido deve ser mais liso, sem muita textura”, explica.

COMO USAR

Por ser versátil, a peça vai bem em qualquer ocasião. O que muda é apenas a modelagem e os tecidos. No Inverno é possível encontrar blazers feitos com materiais mais pesados como lã, moletom e veludo, enquanto no Verão o item aparece com uma composição mais leve e suave, sendo de algodão ou linho. Para quem quer quebrar o ar sério da peça sem tirar a essência elegante, o segredo é combiná-la com outros itens e acessórios de estilos diferentes. “Usar maxicolar, uma camiseta leve, dobrar as mangas do blazer ou arregaçá-las são algumas ideias para modernizar o look arrumadinho”, revela Juliana. Também é válido investir na

combinação da peça com camisetas, calças jeans destroyed, minissaias coloridas, shorts estampados e vestidos. Já para aquelas que preferem montar um look mais básico, a personal stylist indica combinar a peça com calça de alfaiataria ou saia do mesmo tecido, uma camisa branca e um scarpin. “Hoje em dia o blazer também pode ser usado como terceira peça, para dar um charme em um look moderno, criativo ou contemporâneo, mas para isso é importante sabermos qual é o nosso estilo próprio e qual imagem queremos transmitir”, finaliza Juliana. www.julianaskliutas.com Instagram: @juskliutas

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Aula de

ATUAÇÃO Por Amauri Eugênio Jr.

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aria Helena Chira, 32, pode ser considerada uma estudiosa quando o assunto é interpretação. Vamos aos fatos: além de ter cursado artes cênicas na USP, a atriz deu aulas de teatro antes de chegar à televisão, na minissérie “Som & Fúria” (2009) e firmar-se graças a atuações nas novelas “Ti ti ti” e “Sangue bom”. De quebra, ela ainda consegue transitar bem entre a TV aberta e por assinatura, assim como por diversas linguagens artísticas. Ah, ela ainda é adepta da evolução e do aperfeiçoamento contínuos.

Há pessoas que, mesmo não tendo parentes com histórico em determinada profissão, parecem ter nascido para a coisa. Esse é o caso de Maria Helena, cuja família não era do meio artístico, mas frequentava o ambiente teatral desde pequena como espectadora. “O universo artístico entrou meio por acaso na minha vida. Quando eu tinha 12 anos, foi aberto um curso de teatro na escola onde eu estudava. Eu me matriculei e não parei mais”, pontua. A identificação com o universo teatral foi tão grande, que a atriz escolheu estudar artes cênicas e passou no vestibular do curso na USP (Universidade de São Paulo). Pode-se dizer, sem exageros, que essa experiência foi determinante para a sua formação profissional e pessoal, seja por meio do acesso à informação que teve durante o curso, seja pela troca de experiências com outras pessoas. “O curso me trouxe bagagem cultural e histórica, assim como repertório. Acho que isso foi o mais importante: a parte do desenvolvimento intelectual, as descobertas de autores, o conhecimento amplificado de história da arte, filosofia, e os pensadores do teatro que nos fazem entender o que vivemos hoje.”

33 Fotos Sergio Baia e Otávio Dantas


capa

DAS AULAS ÀS CENAS Maria Helena chegou também a dar aulas de teatro, inclusive para crianças e adolescentes. E ela curtia ensinar ao ponto de fazer de tudo ao mesmo tempo. “Cheguei a ter quatro turmas ao mesmo tempo e adorava isso. Eu me divertia muito e me sentia cumprindo um papel educacional bem importante. Tive de parar porque não conseguia conciliar com os trabalhos como atriz, que são minha prioridade, mas sinto saudades até hoje.” Por causa do trabalho como professora e dos estudos no curso de artes cênicas, trabalhar no universo televisivo não era bem uma das prioridades dela. Pelo contrário: “Eu não tinha muito tempo para pensar em fazer televisão. Eu fazia comerciais, mas a possibilidade de fazer uma novela era bem distante, e eu realmente não tinha tempo”, narra. Contudo, a vida prega algumas peças – bem positivas, quando é o caso. E foi assim com Maria Helena. Após sair da faculdade, ela participou de um grupo teatral em que atuava e produzia os espetáculos simultaneamente. No intervalo entre uma peça e outra, ela participou de um teste para participar da série “Som & Fúria” (2009), coprodução da Globo com a O2 Filmes, que foi protagonizada por Andréa Beltrão e Felipe Camargo. Ah, sim:

ela passou no teste. “Foi meu primeiro trabalho na televisão, mas ainda assim era um universo de série, tudo filmado em São Paulo e era bem diferente de uma novela. Por causa da série, recebi o convite da [escritora e dramaturga] Maria Adelaide Amaral para fazer a novela ‘Tititi’ (2010). E assim comecei, realmente, meu trabalho na televisão”, conta, ao falar como surgiu a oportunidade para interpretar a personagem Camila. “As pessoas ainda se lembram dela mesmo fazendo cinco anos que a novela estreou. Tudo contribuiu para isso, pois a novela foi um sucesso, a equipe e elenco eram deliciosos, leves. A personagem era muito bacana, e acabou ganhando um espaço na trama muito legal”. Na sequência vieram Dália, em “Cheias de charme” (2012) – “a personagem era meio louca [risos] e fanática, bem diferente do que eu tinha feito antes” – e a vilã Lara Keller, em “Sangue bom”, de 2013. “Acredito que era a personagem de mais peso na trama dentre todas que eu já havia feito. A Lara Keller era um parque de diversão para mim, porque ela era falsa e dissimulada, mas ainda apresentava um programa e, na frente das câmeras, era supersimpática. Essa complexidade me atrai e aprendi muito com ela.”


NA VIDA REAL... ... Boa parte dos hobbies de Maria Helena está relacionada ao universo artístico, como ir ao cinema, assistir a peças teatrais e séries. “Mas também aproveito o tempo livre para ler, ir à praça com meu cachorro e meditar.” Isso sem contar que ela descobriu no Pilates a sua atividade favorita desde que começou a praticá-lo, há uns dois anos. “Desde então, pratico duas vezes por semana e quando preciso de um [exercício] aeróbio, corro no parque. O Pilates é muito completo, define o corpo, dá força e coloca a postura no lugar. O desenho do corpo muda e te deixa bem sequinha, como eu gosto.” Por fim, além de ser adepta da filosofia de viver o hoje da melhor maneira que for possível, Maria Helena se mostra como o tipo de pessoa que não se limita ao falar de si própria. “Não gosto muito de definições e acho que o ser humano muda o tempo todo. Busco me conhecer cada dia mais, aceitar tudo que há em mim e entender quem eu sou. Isso é um processo que vai durar enquanto eu estiver viva, tenho certeza disso.”

DO PLIM-PLIM AO CABO Além do universo global, Maria Helena está participando da série “Se eu fosse você”, em exibição no canal por assinatura Fox e baseada no filme homônimo. Na trama, ela interpreta Raíra, irmã do protagonista, Heitor (Heitor Martinez). Além disso, em breve ela estará de novo em ação em uma série sobre o famoso cineasta José Mojica Marins – mais conhecido como Zé do Caixão –, que estará no ar no Canal Space e na qual Zé do Caixão será interpretado por Matheus Nachtergaele. E ela não consegue esconder o entusiasmo ao falar sobre o projeto e sobre o cineasta, que, sejamos francos, não recebe o devido reconhecimento por parte do público, inclusive ao superar barreiras para produção de seus projetos com altas doses de criatividade. “Além disso, a personagem é a protagonista feminina da história, baseada na Nilce, que foi mulher e produtora do Mojica durante 30 anos. A relação deles é muito forte e o trabalho com o Matheus Nachtergaele foi um grande encontro. Estou muito feliz com a série e ansiosa para ver os episódios no ar”, descreve.

JOGO RÁPIDO Livro: “A Desumanização”, Valter Hugo Mãe; Filme: A trilogia de “O Poderoso Chefão”, Francis Ford Coppola.

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Idade e fer tilidade

eu me amo

Por Cris Marques

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Com o novo papel do sexo feminino na sociedade, foco maior na carreira e a vontade de constituir uma família cada vez mais tardia, é comum vermos uma grande diferença na idade das grávidas de hoje. Dira Paes, Carolina Ferraz e Solange Couto, que engravidou aos 54 anos, em 2011, são bons exemplos disso. Mas o que a idade tem a ver com a fertilidade feminina? É essa resposta que fomos buscar com Gilberto da Costa Freitas, doutor em medicina reprodutiva pela faculdade de medicina da USP (Universidade de São Paulo) e diretor da clínica de reprodução humana Sonolayer. De acordo com o profissional, os dois fatores têm relação direta, uma vez que a mulher já nasce com um número definido de óvulos, por volta de 300 mil, que vão se esgotando a cada menstruação. “A fertilidade feminina é limitada e determinada geneticamente. Ela obedece aos ciclos ovulatórios, que vão da menarca à menopausa. [...] Em tese, enquanto a paciente estiver menstruando, ela pode engravidar”. Ele ainda relata que a queda da fecundidade acontece de forma gradual e obedece ao ciclo natural do corpo, se acentuando após os 34, 35 anos.

Gestação e maturidade

Apesar de uma gravidez após os 40 anos ser clinicamente considerada tardia, ela é possível. E o melhor, de uma forma saudável. “A medicina e os métodos disponíveis promovem uma maior assistência e proteção para a gestante e o bebê. No entanto, os riscos inerentes permanecem. Com a idade mais avançada, questões como hipertensão, diabetes e prematuridade merecem atenção, assim como complicações obstétricas”, afirma. Além do acompanhamento do profissional e a realização dos exames de rotina, os hábitos de vida da mãe podem significar uma gestação mais sadia, como boa alimentação, prática de atividades físicas ou estar no peso ideal. Outro fator importante é a questão da maturidade pessoal e profissional. Fotos Arquivo pessoal e Banco de imagens


Mãe aos 20, aos 30 e aos 40

A administradora da Associação Santa Marcelina e mantenedora da Faculdade Santa Marcelina, Valéria Taranto Barbosa, de 42 anos, ficou surpresa ao receber a notícia de sua mais recente gravidez. Além de já ter três filhos (Marina de 23 anos, Letícia de 21, e Luiz Henrique de 13), seu marido tinha feito uma vasectomia recentemente. “Jamais esperávamos que eu engravidasse novamente. No começo foi um susto, mas depois ele foi substituído por amor. Cada filho veio em uma fase bem diferente. [...] Só posso dizer que está sendo mágico, pois além da estabilidade financeira que já temos, o corpo e a mente parecem estar muito mais preparados. Fico um pouco mais cansada, mas nada que me deixe desaminada. Quero ter muita disposição para curtir todos os momentos”. Quando questionada sobre sua saúde e as preocupações que chegam com uma gestação depois dos 40, Valéria ressalta que tem tirado de letra. “Posso dizer que sou privilegiada, não sei o que é ter enjoos, diabetes ou

pressão alta, muito pelo contrário. Por não ter nenhum sintoma, descobrimos que ‘estávamos grávidos’ quando eu já estava de nove semanas”, conta ela, que já passou do sétimo mês e agora aguarda ansiosa a chegada da pequena Manuela.

Inseminação e outros tratamentos

O doutor em medicina reprodutiva explica que o único lado negativo de adiar a maternidade é a dificuldade, em alguns casos, da mulher engravidar. Mas, diante desse tipo de situação é possível lançar mão de tratamentos de fertilidade. “Na inseminação, usada para casais sem grandes problemas, preparamos a paciente para ovular e, no momento da ovulação, introduzimos os espermatozóides preparados em laboratório. As chances de sucesso variam entre 15 e 20%. Já na fertilização in vitro, colhemos os óvulos, que são inseminados. Dos embriões que resultam, escolhemos de um a dois para colocar diretamente no útero. As chances de sucesso chegam a 50%.” Ainda segundo ele, também existe a possibilidade de congelamento dos óvulos, procedimento que deve ser feito cedo, preferencialmente antes dos 30 anos.

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Um brinde ao

“COPINHO”

eu me amo

Por Cris Marques

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Menstruação, felicidade, disposição, conforto ou liberdade não são palavras que se relacionam durante um ciclo menstrual. E as mulheres sabem bem disso! Ao contrário dos vestidos esvoaçantes, das calças brancas, do sorriso no rosto e do líquido azul, quase “angelical”, dos comerciais de absorvente; na vida real não é bem assim, existe TPM, cólica, inchaço e um medo recorrente de vazamentos. De acordo com a ginecologista e obstetra Heloisa Helena Sampaio Ferreira de Castro, por mais que esse período seja incômodo, ele garante um ciclo hormonal saudável. “Ninguém é feliz por menstruar, mas esse é um sinal de que o corpo está funcionando bem.” Mas se o quadro parece não ser muito favorável para o público feminino, a indústria vem trabalhando em produtos que prometem

minimizar o desconforto, e é aí que entra o coletor menstrual. Em formato de “copinho”, ele pode ser feito de silicone ou TPE – material plástico utilizado em implantes e cateteres médicos – é hipoalérgico e antibacteriano. Ao contrário dos absorventes íntimos, que são inseridos no fundo do canal vaginal, ele fica na entrada da vagina, é maleável e pode ser usado por 12 horas seguidas, dependendo do fluxo. O objeto, que não é nenhuma novidade fora do País, mas ganhou popularidade somente agora por aqui, custa em torno R$ 90 e pode ser encontrado em diversos tamanhos, modelos e cores, em grandes farmácias e nos sites das marcas que o produzem. Apesar de parecer caro, seu custo-benefício compensa, afinal ele pode durar de 10 a 15 anos se higienizado da forma correta. Fotos Arquivo pessoal e Divulgação


AVAL MÉDICO

Heloisa explica que o coletor praticamente não possui contraindicações, mas antes de comprar um é necessário procurar um profissional ginecologista para que, além de esclarecer possíveis dúvidas, ele possa ajudar na escolha do melhor modelo e garantir que a paciente não tenha nenhum tipo de infecção causada por fungo ou bactéria, que

certamente se agravaria. Já com relação ao uso por virgens, assim como os absorventes internos, ele também pode romper o hímen – fina membrana mucosa que fica na entrada da vagina e não representa a virgindade em si, mas é seu maior símbolo – e, para evitar qualquer tipo de dor ou frustração futura, o melhor mesmo é esperar.

LIVRE, LEVE E SOLTA

A empresária Michelli Buzogany Eboli do blog tinhaqueser.com descobriu no “copinho” uma forma de se sentir mais livre, mesmo durante seu ciclo menstrual. “Sempre achei bem chatos esses dias, aliás, quem não acha?! Então resolvi que queria encontrar um jeito de me sentir mais segura. Praticava corrida e Pilates, na época, e acabava burlando algumas horas justamente por conta do desconforto. Mas um dia eu tomei coragem, li sobre e achei que seria uma boa. Minha mãe achou a ideia arriscada e me pediu pra consultar minha médica, ainda bem que ela aprovou. [...] Logo na primeira vez que usei, fiquei maravilhada. Mesmo no começo, a adaptação foi tranquila. Nunca havia me sentido tão segura. Podia me pendurar, virar de cabeça pra baixo na prática das minhas atividades, e tudo continuava seguro ali”, conta. Para a higienização, ela faz exatamente como manda no manual: ferve por 5 minutos antes da utilização no primeiro dia do ciclo e novamente ao final dele e lava durante o uso. “Dá pra higienizá-lo em qualquer lugar e é bem simples. Se você está em casa, é só jogar o

fluxo no vaso sanitário, lavá-lo com sabonete neutro e recolocar. Caso esteja na rua, no trabalho, ou até mesmo em uma viagem, basta ir até o banheiro, fazer o descarte do fluxo normalmente, passar água e recolocar, usando sabonete na próxima vez. Sem neuras, sem problemas. Mas como o período de uso contínuo pode ser grande, eu sempre estou em casa nessa hora. Outra coisa boa: você pode dormir com ele.”

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UM ABSORVENTE INCOMODA O MEIO AMBIENTE, 240 INCOMODAM (MUITO) MAIS Você sabia que uma mulher em idade fértil descarta cerca de 20 absorventes por ciclo, 240 por ano? Levando em consideração que esse tipo de material plástico não é reciclável e demora 100 anos para se decompor na natureza, o número assusta, não?! Foi pensando exatamente nesse “lixo todo” que a designer gráfica e dona do blog De Repente Tamy (www.derepentetamy.com), Tamy Yasue, optou pelo uso do coletor. “Sou o tipo de pessoa que separa o lixo para reciclar, usa os resíduos orgânicos em composteira para fazer adubo e sempre está com a ecobag em mãos. Não fazia sentido lidar com um processo natural com tanto plástico.” A designer, que já usa o produto há dois ciclos, conta que comprou pela internet e que, assim que abriu a embalagem, ficou um pouco surpresa com o tamanho. “Dobrei e percebi que ocupava o mesmo espaço de um

eu me amo

A PRIMEIRA VEZ

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absorvente interno. Li as instruções, esterilizei e aguardei a próxima menstruação. Como uso absorvente interno há muito tempo, não tive nenhuma dificuldade em colocar. Passei um pequeno sufoco para tirar no primeiro uso, mas logo peguei o jeito”, ressalta.

Por ser confortável, higiênico, prático, econômico e, ainda por cima, sustentável, o “copinho” é uma ótima alternativa. Além disso, ele traz instruções bem claras sobre seu manuseio, inserção e higienização. A ginecologista e obstetra orienta que, no começo, a mulher que não está acostumada com o volume de fluxo que vai ter ou o número de vezes que precisará esvaziar o coletor, use também um absorvente diário, daqueles mais fininhos, para se proteger de algum eventual vazamento. Mas o mais importante mesmo, segundo ela, é o poder da escolha, o domínio sobre a própria sexualidade e o conhecimento de sua anatomia para optar pelo uso. “Isso tem muito da relação com o corpo, tem paciente, por exemplo, que tem horror ao diafragma por ter que colocá-lo com o dedo. E eu acho isso discrepante, porque há tanta preocupação com outras regiões do corpo e uma parte tão importante quanto a genitália acaba ficando de lado”, conclui Heloisa, que incentiva as mulheres a se conhecerem mais.

SEM TABUS

Gostou da ideia e quer aderir? Ou já aderiu, mas fica aí pensando nos “mimimis” ou preconceitos que vão surgir entre as amigas quando você se abrir sobre a experiência? Então relaxa que a internet te ajuda: Post bem-humorado do BuzzFeed com as 13 situações que as mulheres vivem quando começam a usar os coletores menstruais – migre.me/q9ChL Vídeo, sem papas na língua, da youtuber Jout Jout sobre o uso do “copinho” – youtu. be/33lspg6LQBY



Por Amauri Eugênio Jr.

Por uma vida

sem cefaleia

Sejamos francos: o dia a dia para lá de acelerado e cheio deixa qualquer mulher com a adrenalina lá em cima. Filhos, carreira, casa, relacionamento e cuidados consigo mesma são coisas que ocupam a cabeça de qualquer mulher, ao ponto de ela não conseguir pensar em nada mais. Como consequência, as dores de cabeça tendem a dar as caras. Segundo estudos feitos como parte da campanha global para aliviar a carga de cefaleia, 46% da população adulta sofre com a dita cuja, sendo que 11% apresenta migrânea – a que diminui habilidades de quem a tem –; 42% tem o tipo tensional (CTT); e 3%, a crônica diária (CDD). Não é o bastante? A cefaleia crônica atinge 2,4 vezes mais mulheres do que os homens. Mas, por que elas sofrem bem mais? “Isso está ligado a dois tipos de cefaleia. Uma relacionada aos hormônios femininos e outra ao ciclo menstrual. A dor de cabeça durante o período da menstruação está atrelada ao hormônio estradiol que, quando liberado rapidamente, pode desencadear crises mais intensas”, destaca Deusvenir de

Souza Carvalho, neurologista e membro da SBC (Sociedade Brasileira de Cefaleia). Para ao menos prevenir o problema, vale a pena manter bom ritmo de horários para cada atividade, ao evitar com que o organismo se adapte a excessos. O mesmo vale para a boa alimentação, tomar muita água e procurar estar confortável no ambiente. Mesmo assim, elas ainda podem aparecer e, para saber o que fazer, vale a pena prestar atenção na frequência da dor. Se for esporádica, de uma a duas vezes durante o mês, indica-se o consumo de analgésicos para aliviá-la. “Caso seja algo recorrente e/ou constante, apenas o diagnóstico de um especialista apontará o melhor tratamento”, completa Deusvenir de Souza Carvalho.

saúde

MÃE, afasta de mim este cálice

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Quem nunca ouviu que álcool e gravidez não combinam, que atire a primeira pedra. Pois bem: para quem acha que se trata de um papo de quem quer controlar a vida alheia, a história não é essa. Para quem não sabe, o consumo de bebidas alcoólicas durante a gestação culmina na Síndrome Alcoólica Fetal (SAF), conjunto de efeitos relacionados a aspectos como malformações congênitas faciais (dismorfias), cardíacas, renais e neurológicas; comprometimento do SNC (sistema nervoso central), baixo peso no nascimento do bebê e alterações comportamentais. A síndrome pode atingir a criança de modo completo, quando tem sinais faciais como pálpebras pequenas, lábio superior muito fino, assim como problemas psíquicos e mentais; e incompleta, em que há risco de sequelas como retardo mental, problemas de aprendizagem, entre outros. Apesar do espectro da SAF, ela só pode ser detectada após o nascimento. “O pior de tudo é que para cada criança que tem a síndrome

completa, pelo menos dez têm a incompleta, ou seja, não têm sinais faciais, mas problemas que aparecem anos mais tarde, quando ela vai para a escola”, destaca Conceição de Mattos Segre, coordenadora do Grupo de Estudos sobre os Efeitos do Álcool na Gravidez, no Feto e no Recém-nascido da Sociedade de Pediatria de São Paulo. Vale dizer que adolescentes e adultos demonstram problemas de saúde mental em 95% dos casos, com problemas relacionados ao convívio social e carreira profissional. As demais complicações decorrentes da SAF são: • retardo mental; • problemas motores, de aprendizagem e memória; • TDAH (transtorno do déficit de atenção e hiperatividade). Fotos Banco de Imagens


Responsável Técnico: Dr. Jorge Ricardo Iarossi - CROSP: 45111


Solução radical

eu me amo

Por Amauri Eugênio Jr.

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Falar em câncer de mama e em retirada da glândula mamária é algo desagradável ao extremo. Mas, na mesma proporção, é fundamental falar a respeito. Vamos aos fatos: segundo dados do Inca (Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva), vinculado ao Ministério da Saúde, estima-se que houve 57.120 casos de câncer de mama. Para se ter ideia, esse dado equivale a 56,1 casos entre 100 mil pessoas. Por causa da grande incidência de casos de mulheres com câncer de mama, ou até mesmo com histórico familiar, muitas optam pela mastectomia, ou seja, a retirada da glândula mamária, para erradicar o câncer. Isso tornou-se ainda mais intenso após a atriz Angelina Jolie ter feito, em 2013, a extração profilática das duas mamas, ou seja, em caráter preventivo. À época, a atriz contou que médicos estimaram que ela tinha 87% de risco de desenvolver câncer de mama. Contudo, é necessário pensar no seguinte: o caso da atriz foi pontual e, sendo assim, não deve ser usado como padrão. Pelo contrário. “Sempre que se estiver diante de uma paciente com câncer de mama, procura-se fazer um procedimento de menor porte, cirurgicamente falando, para ela ser tratada em vez de ser mutilada”, explica Sérgio Masili, mastologista do Icesp (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo).

Situações diferentes Quando se trata de mastectomia, entende-se que possa ser a extração total ou parcial. Mas não é bem assim. No caso, o processo consiste na retirada da glândula mamária – ou seja, de toda a mama. “O termo ‘mastectomia parcial’ não é correto. É possível dividir as cirurgias mamárias entre conservadoras e radicais, sendo que as conservadoras preservam parte da mama”, pontua Masili. Fotos Banco de imagens



E a faixa etária? A maior incidência de câncer de mama acontece após os 50 anos e, por consequência, a mastectomia – ou cirurgia mamária conservadora, quando for o caso – acontece com maior frequência nessa mesma faixa etária.

Fator tempo

eu me amo

A recuperação está condicionada à proporção da cirurgia, podendo levar de duas semanas a dois meses, de acordo com o caso. Vale ressaltar que o objetivo é ser o menos “invasivo” possível, de modo que a paciente retome as atividades cotidianas rapidamente. Ou seja, fazer um procedimento oncologicamente seguro, no que diz respeito à extração do tumor, para possibilitar a readaptação breve da mulher à vida que ela levava antes.

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Quando é necessária?

Pós-cirúrgico

Pode-se dizer que a mastectomia só é recomendada quando não há a menor possibilidade de se conservar a mama, mesmo parcialmente. Ou seja, os casos em que pode ser feita são quando o tumor é de grandes proporções, quando o câncer foi descoberto de modo tardio; quando é pequeno, mas com pontos diversos na mama, o que impossibilita a cirurgia para retirada parcial; e quando não chega a ser grande, mas a glândula mamária é muito pequena. Além disso, outro caso diz respeito a fatores estéticos, quando se opta pela retirada radical para reconstruí-la posteriormente. Contudo, hoje vem sendo adotada outra modalidade, que é a mastectomia poupadora da pele, na qual é feita a retirada da parte interna da mama, e a pele, como o próprio nome sugere, é poupada. “Hoje, o princípio de toda cirurgia mamária é retirar o que está afetado. Se a pele não estiver afetada, não tem por que tirá-la”, destaca Masili.

Quando se fala em uma paciente com estilo de vida saudável, as chances de haver complicações por causa da cirurgia são inferiores a 5%. Mas é bom ressaltar que esse percentual está condicionado ao tamanho do tumor quando foi detectado. “A cirurgia pode ter corrido muito bem, mas se o tumor tiver sido detectado em fase avançada, pode progredir para outros órgãos. Por isso, é importante enfatizar que o diagnóstico precoce evita, na maior parte dos casos, a mastectomia”, comenta o mastologista do Icesp. Por fim, há quem pense que, por ter sido feita a extração do tumor, as chances de haver reincidência do câncer são menores. Mas é o contrário nesse caso. Ou seja, uma pessoa que se submeteu ao procedimento tem risco até maior de voltar a ter câncer. “São pacientes que devem passar com frequência, a cada seis meses, no mastologista ou oncologista, e ele vai avaliar como anda, e se houve algum retorno da doença ou não. Toda paciente que teve câncer de mama tem risco aumentado de ter tanto na mama preservada ou, quando teve uma mama totalmente retirada, na outra”, completa Masili.



Por Tamiris Monteiro

LIVRO Floresta Encantada

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Estrelado por Reese Witherspoon, o filme é baseado no livro “Livre - A jornada de uma mulher em busca do recomeço”, que conta a história de Cheryl Strayed, personagem real que fez a trilha “Pacific Crest Trail”, de 4.200 Km, sem experiência alguma no esporte. Os motivos que a levam para essa caminhada são a busca pelo autoconhecimento e a libertação de um passado de drogas e sexo promíscuo. Quase dez anos depois de ganhar o Oscar de melhor atriz por seu papel em “Johnny & June”, Reese Witherspoon ganhou bastante destaque no longa que, inclusive, é produzido por ela.

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A peça retrata, com muito bom humor, um pouco da filosofia e dos desejos de mulheres clássicas e contemporâneas. Além de personagens inéditas, algumas das inesquecíveis personagens femininas criadas ao longo dos 13 anos no espetáculo “Terça Insana” estão na montagem da produção. A peça, que promete muito riso Saraiva online R$ 23 para o público, é estrelada pelas atrizes Agnes Zuliani, Mila Ribeiro e Grace Gianoukas, que também assina a direção. Teatro Augusta Rua Augusta, 943 Consolação, São Paulo. Informações: 3151-4141 Ingresso: R$ 60. Quintas, às 21h; sábados, às 23h30. Até 27 de junho.

EXPOSIÇÃO Arte Moderna na Pinacoteca

cult

Portinari, Di Cavalcanti e Lasar Segal são apenas alguns dos nomes que compõem a exposição da Coleção da Fundação Edson Queiroz, exibida na Pinacoteca até 30 de setembro. Ao longo dos últimos 30 anos, a Fundação Edson Queiroz, sediada em Fortaleza, vem constituindo uma importante coleção de arte que percorre a história cultural artística desde seus primórdios até a atualidade, do século XVII ao XXI. Reunido pelo chanceler Airton Queiroz, o acervo está, segundo especialistas, entre os 10 mais relevantes do País. Vale a pena conferir.

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Pinacoteca Praça da luz, 66, Bom Retiro, São Paulo. Informações: 3335-4990 Ingresso: R$ 6. Entrada gratuita aos sábados. Terças, quartas, quintas, sextas, sábados e domingos, das 10h às 18h.



A sensibilidade de

Ivone Pontes Moraes Mesquita Por Valdir Carleto

“ glam 54

Não é ser elegante apenas no vestir: é no falar, nas atitudes, no caráter, no tratamento com as pessoas

Fotos Rafael Almeida


Natural de Uberaba (MG), Ivone Pontes Moraes cogitava estudar direito. Mas, cursou contabilidade e, em meados da década de 1960, preferiu ir morar nos EUA, para estudar inglês e trabalhar em escritório. Porém, por três meses foi baby sitter. Ter assumido a tarefa de levar uma carta de uma família brasileira a um parente levou-a a conhecer o jovem com quem viria a se casar. Antes, por intermédio dele, soube que a seguradora John Hancock precisava de uma datilógrafa. Obteve a vaga e atuou 15 anos na empresa, na área de serviços de saúde, ocupando várias funções, até voltar para o Brasil, onde estudou administração de empresas. Em 2003, ficou viúva. Em 2009, casou-se com o advogado Mylton Mesquita, que também ficara viúvo. Ivone dá aulas particulares de inglês, em sua casa, cujas paredes ostentam diversos quadros que ela mesma pintou.

O QUE É SER ELEGANTE, EM SUA OPINIÃO?

Não é ser elegante apenas no vestir: é no falar, nas atitudes, no caráter, no tratamento com as pessoas. QUAIS SUAS MARCAS PREDILETAS?

De roupas, não tenho. Provei, gostei, é o que importa. Creme, eu uso só Clinic, que conheci quando morei nos Estados Unidos. Aliás, como vou muito para lá, gosto de comprar roupas em Rehoboth, estado de Delaware, onde são bem em conta, porque não tem o adicional de imposto. Há dias em que há descontos para a terceira idade (risos). COMO VÊ HOJE SUA ATITUDE DE IR MORAR LÁ?

Acho que fui muito independente, corajosa. Os amigos de papai admiravam essa ousadia e as amigas de mamãe sentiam inveja, porque era

algo inusitado na época; não era tão fácil como hoje. O QUE NÃO PODE FALTAR EM SUA NÉCESSAIRE? OU QUAL SEU RITUAL ANTES DE SAIR?

Batom. Aliás, também meus cremes e brincos. E contorno nos olhos. Não saio na rua nem isso. Parece que me sinto nua sem isso. PEÇAS OBRIGATÓRIAS NO SEU GUARDA-ROUPA:

Gosto de longo, vestido de tamanho normal, pantalona, capa de frio e também blazer, porque a gente sai e não sabe se vai esfriar. É bom estar protegida. Acostumei-me a agir assim em Nova York. PERFUME PREFERIDO:

Coco Chanel; único, pois não gosto de variar. FILME QUE MARCOU:

Gosto de “Ghost”, filmes espiritualizados como o “Nosso

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Lar” e romances em geral. CONSIDERA-SE ROMÂNTICA?

Até certo ponto, sou sim. Gosto de agradar meu marido... UMA VIAGEM INESQUECÍVEL:

Alasca, sem dúvida. E também o deserto de Atacama. São viagens para se fazer uma só vez, mas maravilhosas. LIVRO QUE RECOMENDA:

Estou lendo “Alaska”, de James Michener. Entre os brasileiros, aprecio Paulo Coelho e livros que falam de Francisco de Assis. Gosto também dessa série, que tem o “1808”, de Laurentino Gomes. Fala da fase do Brasil Colonial, é bem interessante. HOBBY:

Tenho vários. Pintar é um deles, amo fazer crochê e cozinhar. Divirto-me na cozinha, com meus cookies, pães de mel e, mineira que sou, pão de queijo, lógico! PRATO PREDILETO:

Gosto de comida adocicada, que tenha um contraponto, como carne suína com purê de maçã, ou uma cenoura caramelada. Prefiro temperos suaves, mas não dispenso uma boa feijoada.

glam

UM SONHO REALIZADO:

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Ir morar nos Estados Unidos. Não queria ir como turista, mas para viver com eles, conhecer os hábitos das pessoas. Voltei para o Brasil para ter mais contato com a família, irmãs que se casaram na mesma época que eu; tenho sobrinhos, sobrinhos-netos, que amo de paixão, pois não tive filhos. Meu

marido também tinha os pais aqui e queria vir para vê-los. COGITA VOLTAR A RESIDIR NOS ESTADOS UNIDOS?

Não penso nisso. Tenho muitos amigos lá, que sempre me convidam e eu os adoro; viajo pelo menos uma vez por ano,

mas não para morar. O QUE É GLAMOUR EM SEU CONCEITO?

Ter glamour é se fazer bonita. Não só pela elegância, mas pela simpatia, pela forma de ser, de comportar-se. Sou uma pessoa simples e gosto de ser assim.



Perdendo

A INSPIRAÇÃO

comportamento

Por Talita Ramos

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Algumas mulheres, com o passar do tempo, perdem quase que por completo o prazer em se cuidar e se arrumar, alegando ter idade avançada ou ainda culpando as tarefas do dia a dia para justificar a falta de vaidade. Mas, a verdade é que quando uma pessoa deixa de se importar consigo mesma, isso pode ser um sinal de que o amor próprio acabou. “Falta de vaidade é um indicativo de falta de amor próprio, mas claro que temos que considerar o histórico de vida da pessoa e o quanto se cuidar é importante para ela. Alguém que se gosta, se respeita e se prioriza, acaba normalmente tendo mais prazer em se cuidar e também se sentindo mais bonita. É importante saber que beleza tem mais a ver com a forma como a gente se sente do que com a aparência física”, explica a psicóloga comportamental Leticia de Oliveira.

Relação com a idade Embora hoje em dia a ideia de velhice tenha evoluído bastante, já que atualmente é possível envelhecer com um pouco mais de qualidade de vida, sua chegada ainda diminui a motivação de muita gente. “Já ouvi muitas mulheres dizendo que deixaram de lutar contra o tempo, o que implica em deixar de se cuidar, mas também já ouvi muitas batalhando para se verem sempre de uma maneira melhor. Essas pessoas precisam entender o que mudou em suas vidas e que essa falta de motivação atinge seu estado de espírito e autoestima. Se nada mudou e se a pessoa fica bem não se cuidando, tudo bem. Mas acredito que isso não é o mais comum. Entendo que se temos pouco cuidado conosco é porque provavelmente estamos passando por alguma fase de sentimento de menos valia em nossas vidas”, afirma a psicóloga. Fotos Banco de imagens


Amor próprio Para evitar esse tipo de situação é importante ter em mente o sentido do amor próprio, além do fato de que é preciso se valorizar. “Isso nos ajuda em nossa relação com o mundo; ou seja, ajuda nas relações amorosas, sociais, no trabalho. Quando temos uma boa autoestima ensinamos ao mundo que merecemos respeito e admiração. A vaidade é consequência dessa boa autoestima”, explica Letícia.

O que fazer? Para quem vive essa realidade na família (com a mãe, irmã, esposa) é possível ajudar na recuperação da autoestima dessas mulheres, incentivando-as a buscar reforços em sua vida, seja desenvolvendo um hobby, traçando metas pessoais ou apenas passando a ter uma vida mais sociável. “É preciso conversar e tentar entender o que há de errado com o comportamento e cotidiano de quem perde a autoestima. Não adianta criticar e nem cobrar. Quando

a pessoa se sente pressionada ela recua ainda mais”, finaliza a psicóloga. Em casos em que nem a família ou amigos próximos conseguem ajudar, o mais indicado é procurar a ajuda de um profissional para o problema não evoluir para algo mais grave, como uma depressão, por exemplo. Para quem precisa apenas de um empurrãozinho, lembre-se de que a idade não importa, pois você continua linda, basta valorizar a si mesma.

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Não basta ser mãe:

tem de deixar o filho vıver

comportamento

Por Amauri Eugênio Jr.

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Mães e pais preocupam-se com os filhos ao ponto de viver mais as vidas deles do que as próprias. Se o filho lesiona o joelho durante uma brincadeira na rua, a preocupação com ele é tamanha que parece que os pais sentem as dores do machucado em vez dele. Se o filho ou a filha vão a uma festa e só irão voltar na manhã seguinte, a dúvida sobre o que ele ou ela irão fazer ou o que poderá acontecer é tão grande, mas tão grande, que a noite será passada em claro. E se eles decidem viajar em um feriado com amigos ou parceiras, aí é que a vida parece parar de vez. OK, preocupar-se com os filhos é necessário, mas é tão ou mais importante lembrar-se de que eles não serão crianças ou adolescentes para sempre. Ou seja, em algum momento da vida eles irão ter opiniões próprias, vontade cada vez maior de ser livres e irão querer morar sozinhos ou com quem eles querem viver juntos. É duro, mas esse é um fato da vida: eles serão adultos e, em questão de anos, eles estarão no mesmo lugar dos pais. Por isso, é fundamental para o desenvolvimento deles – e para os próprios pais, por mais difícil que seja

para aceitar e entender isso – que os pais não queiram protegê-los de tudo, como pássaros que mantêm os filhotes sob suas asas. Vamos a um exemplo aparentemente bobo, mas que ilustra bem esse quadro. Na animação “Procurando Nemo” (2003), o peixe-palhaço Marlin sofreu um trauma enorme e, para evitar que tudo viesse de novo à tona, ele superprotege Nemo, seu filho, ao ponto de sequer deixá-lo ir para longe. O resultado disso é que, pela falta de autoconfiança de Nemo, ele não consegue se livrar de uma enrascada. Ou seja, é importante demais proteger os filhos, mas sem excessos e sem sufocá-los. “A preocupação começa a ser um problema quando interfere na qualidade da relação entre todos, excesso de checagem do bem-estar e pensamentos repetitivos sobre a segurança, quando o único assunto a ser discutido é a criança e, ao longo do tempo, o casal não retoma a rotina pessoal com qualidade e independência para todos”, explica o psicólogo clínico e escritor Frederico Mattos, autor do site www. filhoadolescente.com.br. Fotos Banco de imagens



Parece bom, mas

não é

Sabe aquela velha história de o inferno estar cheio de boas intenções? Então, essa máxima cai como uma luva quando o assunto é superproteção. Com o passar do tempo, a mãe passa a ver a si própria como mãe e, com isso, os filhos se tornam a maior prioridade da vida dela. Até aí, tudo bem. O problema é quando traços comportamentais relacionados à necessidade de controlar tudo o que acontece ao redor, a ansiedade, aflição e apego excessivo a alguém vêm à tona. Isso pode, inclusive, interferir nas demais atividades sociais – trabalho e vida afetiva, por exemplo. “Quando isso acontece é quase um convite para o isolamento em torno do filho ou quando os assuntos e eventos sejam ligados à criança. O problema é que filhos crescem e essa mãe precisa crescer com eles”, pontua Frederico.

Anatomia da superproteção Confira quais fatores podem contribuir para que mães e pais possam desenvolver comportamento superprotetor.

comportamento

 Os que têm personalidade dominadora;

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 Pessoas com problemas conjugais;  Aqueles que perderam seu senso de importância pessoal;  Quem tem pouca capacidade de criar vínculos mais nutritivos no âmbito extrafamiliar.

Além disso, é necessário ter em mente que educar é uma coisa, superproteger é outra bem diferente. Dar educação ao filho é permitir que ele desenvolva o seu jeito de apropriação do mundo e é necessário respeitar esse ponto para ele desenvolver suas potencialidades e, assim, aprender a tomar decisões. Quando esse fato é ignorado e passa-se a tomar decisões pela criança, esse processo é interrompido. Daí, já viu: ele não terá autonomia para agir e, assim, terá tudo para tornar-se um adulto inseguro. “O filho cresce como uma criança insegura, fechada, socialmente tímida, com dificuldades de fazer escolhas próprias e, normalmente, com baixo senso de responsabilidade e autonomia. Ou seja, é uma presa fácil para o bullying ou isolamento social”, ressalta Frederico Mattos.

Virando a página A primeira coisa a se pensar é que o filho pode agir como qualquer outra criança, mesmo que tenha alguma complicação de saúde – isso não significa que ele precise ser protegido 24 horas por dia sendo incapaz de, por exemplo, amarrar o cadarço do próprio tênis. Vá lá, se a preocupação com a criança ainda for muito grande, é importante tomar cuidados em relação a ela, mas com limites, de modo que ela tenha liberdade para tomar decisões e agir por si própria. Ele vai errar? Vai. Ele irá se machucar em algum momento? Por mais que doa pensar nisso, sim. Vai ter amigos? O problema é não ter nenhum – isso é sinal de que há algo errado, não? Deixe-o falar o que pensa e sente em vez de colocá-lo em uma redoma. “Elas precisam entender que deverão fazer escolhas difíceis. Não adiantará pressionar na reta final para fazer uma escolha profissional se eles nunca escolheram nem a roupa que vão vestir”, completa Frederico.



Por Michele Barbosa

EXISTE ALGUÉM

mais bela

DO QUE EU?

A insatisfação com a aparência é uma constante que faz parte do universo feminino. Além disso, as mulheres ficam mais preocupadas com a opinião alheia sobre o que julgam ser seus defeitos. De 3.385 mulheres que foram entrevistadas, 92% acreditam que as pessoas reparam em seus defeitos físicos – ou o que imaginam ser um defeito. As insatisfeitas com a aparência chegam a 21%, enquanto 71% das entrevistadas estão satisfeitas apenas em partes. E, para 40%, isso atrapalha em algum momento do dia, quase sempre nos relacionamentos pessoais, sociais e profissionais. Cada mulher tem sua beleza e luz próprias, não se incomodar com o que os outros pensam sobre o estereótipo perfeito é o início do caminho para autoaceitação. Pense nisso.

Complicadas

coisas de mulher

e perfeitinhas

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Uma pesquisa publicada pela Associação de Psicologia dos EUA mostra que a capacidade das pessoas de analisar se o amado está feliz ou não depende da própria satisfação com o relacionamento. E essa percepção varia de gênero para gênero. É complicado entender: o estudo analisou 156 casais heterossexuais, pedindo para que cada um contasse como seu parceiro se sentiria em situações hipotéticas. Depois eles deveriam preencher um relatório sobre a situação atual de seus relacionamentos. Comparando os dados, os pesquisadores perceberam que as moças são muito mais felizes quando seus namorados acreditam que elas estão insatisfeitas. Já os homens não são tão complexos – quando eles estão felizes, eles deixam isso claro para as parceiras. É, vai entender a cabeça das mulheres.

Aonde vai Fifi? Há muito tempo as mulheres carregam uma má fama de fofoqueiras. Mas na verdade são os homens os merecedores de tal título, é o que afirma um estudo feito na Grã-Bretanha. O resultado explica que eles passam mais tempo fofocando. Em média, os homens gastam 1h17 min por dia, enquanto que as mulheres fofocam por 52 min. Está faltando o que fazer não é rapaziada? Fotos Banco de imagens



DESCRIMINALIZAÇÃO

DO ABORTO

Por Cris Marques e Talita Ramos

elas opinam

No Brasil, ao contrário de outros países no mundo, praticar um aborto é crime. Mas isso não quer dizer que ele não seja realizado. Pelo contrário. Muitas mulheres se submetem a procedimentos clandestinos, feitos em “clínicas de fundo de quintal”, o tempo todo, o que acaba colocando suas vidas em risco. Mais importante do que falar do ato em si, dos seus motivos ou de todas as questões humanas, morais, éticas e religiosas que o rondam, a Necessaire quis saber de suas entrevistadas o que elas pensam sobre uma bandeira levantada pelo direito sexual e reprodutivo da mulher, além do poder sobre o próprio corpo: a descriminalização.

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Mônica Mendonça

Silvana Guedes

Regina Yabu

“Sou a favor da descriminalização do aborto, pois vejo a situação como um grave problema de saúde pública. Não sou a favor do aborto em si, não faria, nem recomendaria, mas não posso julgar quem faz essa escolha. Sou a favor do cuidado com a saúde da mulher. Precisaríamos rever e melhorar vários aspectos dos cuidados com a nossa saúde; e é isso que eu prezo como cidadã. Países que seguem esse protocolo, por obrigação, tem uma equipe multidisciplinar que acompanha a mulher com médicos, psicólogos, assistente social, etc”, opina a doula Mônica Mendonça.

“Sou contra a descriminalização do aborto, porém, infelizmente o fato do aborto ser considerado crime não muda os índices altíssimos de realização do procedimento, que chega a cerca de um milhão por ano. Acho que a mulher moderna tem conhecimento suficiente sobre métodos contraceptivos e acesso a eles, independente da classe social, pois o governo disponibiliza esses métodos. Na minha opinião, se uma pessoa não quer ter filhos tenha isso como opção de vida e evite”, afirma a esteticista Silvana Guedes.

“Já existem milhares de abortos clandestinos acontecendo todos os dias, em clínicas sem estrutura nenhuma, resultando em mortes e complicações sérias para a saúde da mulher. Cientificamente e racionalmente falando, não tem sentido descriminar o procedimento, pois uma gravidez indesejada, gerada por um estupro, de risco ou com problemas de má formação no feto podem causar traumas que perdurariam uma vida inteira”, enfatiza a proprietária da Vital Odontologia e diretora financeira do CME (Conselho da Mulher Empreendedora), Regina Yabu Pavanello. Fotos Arquivo pessoal




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