Projeto Mestre Mottini 2015

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O Saci - Calendรกrio Ipiranga, Porto Alegre, 1976

MESTRE

Mottini


No tempo dos Farroupilhas - Relat贸rio da Samrig, Porto Alegre, 1983

proponentes


Ipirela - Ipiranga, Porto Alegre, anos 70

apresentação

A importância do trabalho do artista gaúcho João Baptista Mottini, nascido em 1923 em Santana do Livramento e falecido em 1990, em Porto Alegre, é desconhecida para a grande maioria de nós, brasileiros. Mottini começou sua carreira muito cedo, integrando a mítica equipe de arte da antiga Editora Globo, nos anos 40. Nesses anos de aprendizado, ilustrou grandes clássicos como Dom Quixote e Os Três Mosqueteiros. Em 1948, partiu para a Argentina e lá, especializando-se na arte dos quadrinhos, tornou-se um artista reconhecido, publicando em revistas e livros que circularam por todo o mundo, com destaque para suas páginas do famoso cowboy Buck Jones. Seus desenhos chegaram às paredes do Louvre e influenciaram grandes artistas nacionais e estrangeiros. De volta ao Brasil, nos anos 60, dedicou-se principalmente à pintura e à publicidade, tornando-se referência por seus trabalhos ligados à cultura regional. Na publicidade, atuando como artista gráfico na mítica agência MPM, desenhou um dos personagens mais emblemáticos nos anos 70, a garota Ipirella, símbolo da Ipiranga, inspirada na figura sexy da heroína Barbella, vivida por Jane Fonda no cinema. Também ficaram célebres suas ilustrações para relatórios de empresas, como os da Samrig, entre outras. Reconhecido por destacados artistas de todo mundo como um dos grandes mestres das artes gráficas e dos quadrinhos, como avaliza o maior ilustrador vivo argentino, Carlos Nine: “O resgate da obra de João Mottini, além de um ato de estrita justiça, será uma mostra de fina percepção sobre a importância estratégica que têm ainda estes autênticos protagonistas da cultura popular”. O premiado ilustrador Rodrigo Rosa, editor da Figura Editora, estudioso da obra e discípulo de João Mottini, uniu-se à Quati Produções Editoriais para homenagear este grande artista com a produção de um livro de arte, uma exposição, um site e um mini-documentário que resgatam a trajetória e o talento do Mestre Mottini, com a anuência de suas herdeiras, detentoras dos direitos de uso do seu trabalho.


Garanhões - acrílica, Porto Alegre, anos 80

PROPOSTA

Um livro de arte 2 mil exemplares, bilingue (espanhol). 26,5cm x 26,5 cm, 256 páginas, capa flexível, guardas, papel couche 150g/m2, 4 cores Exposição Em centro cultural de Porto Alegre, cerca de 100 obras de João Mottini, entre desenhos originais e reproduções Site Informações sobre o artista e reproduções de suas obras Mini-documentário Resgate da trajetória do artista, com locações em Porto Alegre e Buenos Aires DISTRIBUIÇÃO (% sobre 2000 exemplares)

Patrocinador 200 exemplares (10% ) Divulgação 100 exemplares (5%) MinC e Sistema Nacional de Bibliotecas 200 exemplares (10%) Beneficiário (Família Mottini) 30 exemplares Acervos públicos 200 exemplares (10%) Livrarias (o restante)


Profissões, passos e pregões perdidos - Relatório da Samrig, Porto Alegre, 1979

Investimento

R$ 280.000,00 reais O patrocinador receberá isenção de 100% do valor investido em Imposto de Renda (Artigo 18*). Sua marca constará no livro (contracapa e folhas de crédito), na exposição (parede de abertura), no site (tela de entrada) e nos materiais de divulgação do projeto (2 banners, convites - 500 em papel e eletrônico -, 2 mil catálogos e nos materiais de assessoria de imprensa além de citação em entrevistas). O patrocinador receberá também uma cota de 10% da tiragem (200 exemplares). (*) A empresa pode abater até 4% na Lei Rouanet do seu IR. Artigo 18 quer dizer que ela pode abater a totalidade do valor do Projeto. (**) O projeto também pode ser inscrito na Lei do Incentivo à Cultura, da Secretaria Estadual da Cultura, assim que as inscrições forem reabertas.


Dom Quixote de la Mancha - Editora Globo, Porto Alegre, 1953

Mottini por Ziraldo (*) “Como fui – desde a mais tenra idade, como diria meu pai – fissurado por História em Quadrinhos, sou dos poucos da minha geração que ouviu falar de Mottini. E que teve a oportunidade de tomar conhecimento de algumas de suas obras junto a dos geniais artistas argentinos do gênero, naqueles tempos. Acreditava até que Mottini fosse também argentino, pois tínhamos poucos desenhistas do seu nível entre nós (só me lembro do Flávio Collin, outro craque de saudosa memória). Nos anos 40, eram muitas as publicações argentinas que chegavam ao Brasil, até mesmo na pequena banca de jornais de Caratinga, minha pequena terra natal. Não me recordo em que revistas tomei conhecimento do seu trabalho. O Rodrigo Rosa, que desenha como um argentino e trabalha e produz como um gaúcho, achou tempo para redescobrir para nós – e para as novas gerações – o talento de um raro artista brasileiro, tão bom quanto seus parceiros argentinos. Foi ele que me fez parar de sentir inveja dos argentinos. Grande Mottini!” (*) Cartunista, chargista e humorista, fundador do jornal O Pasquim e criador da Turma do Pereê e os personagem de O Menino Maluquinho. É autor da peça infantil Flicts.


Al Capone, el Rey del Hampa - Revista Sucesos, Argentina, anos 50.

Mottini por Carlos Nine (*) “Nos anos 50 e 60, a Argentina se transformou em meca mundial na produção e publicação de histórias em quadrinhos, as HQs. A indústria editorial argentina que se dedicava ao gênero foi beneficiada com a chegada em Buenos Aires de criadores estrangeiros, que se juntaram aos talentos locais. E entre tantos nomes ilustre que viveram por anos na Argentina – de nacionalidades italiana, francesa, espanhola, uruguaia, chilena e brasileira –, basta lembrar três deles: como o italiano Hugo Pratt, que aqui viveu por mais de 12 anos até se transformar no ícone criador de “Corto Maltês”; o francês Goscinny, autor de “Asterix”; e o genial desenhista brasileiro João Mottini. João foi um artista gráfico que sempre me impressionou de forma marcante. Foi simplesmente um gênio do desenho e da ilustração, que contribuiu de maneira definitiva a fixar normas estilísticas que vigoram até os dias de hoje. João fez escola! Em muitas viagens que fiz a Porto Alegre, sempre tratei de verificar coisas sobre a vida do mestre ou então conseguir um livro que tratasse de sua obra. Minha busca foi infrutífera. O resgate da obra de João Mottini, além de um ato de estrita justiça, será uma mostra de fina percepção sobre a importância estratégica que têm ainda estes autênticos protagonistas da cultura popular.” (*) maior ilustrador vivo da Argentina, com trabalhos, inclusive HQs, publicados na França, Itália, Espanha, China, Estados Unidos e Brasil, além de outros países.


Mottini por Mauricio de Sousa (*) “O João Mottini era um desenhista espetacular. Uma pena que não tenha o reconhecimento merecido. Para mim, ele estará sempre imortalizado pelos lindos cavalos que desenhava. Mesmo com ele já ausente, seus cavalos continuam galopando pelos campos do Senhor. Sempre lindos, majestosos. (*) um dos mais bem-sucedidos desenhista e autor de HQ no Brasil, conhecido como o “pai” da Mônica e de sua turma, além de outros personagens populares como o Pelezinho.

Mottini por Santiago (*) O Brasil, e principalmente o sul do Brasil, não se deu conta que pode se orgulhar de ter tido um dos maiores desenhistas de histórias em quadrinhos do mundo. Essa classificação para o artista gráfico João Mottini, não sou eu quem faz, é Hugo Pratt, um dos gigantes da narrativa desenhada sequencial, que trabalhou (e divertiuse) com Mottini em Buenos Aires, na década de 50, quando lá, era a pátria da história em quadrinhos na América Latina. Todos os desenhistas que Gineteadas - série de desenhos para exposição, Porto Alegre, 1973. encontrei ao longo de minha vida ressaltam sempre a correção anatômica, a espontaneidade e o movimento da sua linha elegante do mestre Mottini, especial em figuras humanas e em cavalos. Na verdade, ele dominava todos os ângulos e posturas das figuras, e quando não dominava intuía de maneira mágica. (*) um dos mais conhecidos ilustradores e cartunistas gaúchos, com diversas premiações de nível internacional.


Mottini por Edgar Vasques (*) “João Mottini é, talvez, o maior ilustrador realista da história das HQs mundiais. Neste ambiente saturado de imagens mais ou menos convencionais ou estilizadas caricaturalmente, representa como ninguém, antes ou depois, a naturalidade da figura, do movimento e do cenário. A recuperação de sua obra é um vigoroso sopro de originalidade para inspirar as novas gerações de desenhistas.” (*) ilustrador e cartunista gaúcho, com diversos livros publicados, e conhecido nacionalmente como o criador do personagem de HQ Rango.

Buck Jones - França, anos 60.

Mottini por Laerte (*) “Todo esforço na direção de redescoberta da história gráfica do Brasil deve ser especialmente valorizado, porque temos uma tendência permanente a relegar ao esquecimento nossos maiores artistas – dessa forma prejudicando a compreensão de nossa linha evolutiva e a formação de novas gerações. Mottini é um dos talentos mais vigorosos e, ao mesmo tempo, mais injustiçados por essa tendência.” (*) Ilustrador, quadrinista e humorista, autor da tira Piratas do Tietê, criador da revista Circo, roteirista de programas como TV Colosso e TV Pirata.


Rodrigo Rosa ilustrou livros infantis como Os Meninos da Rua da Praia (de Sérgio Caparelli), O Negrinho do Pastoreio e Outras Lendas Gaúchas e Piá Farroupilha (Carlos Urbim), As Aventuras de Tibicuera (Erico Verissimo), e desenhou adaptações para quadrinhos de O Cortiço (Aluísio Azevedo), Grande Sertão:Veredas (Guimarães Rosa), Os Sertões (Euclides da Cunha) e a graphic novel Kardec (com Carlos Ferreira). Recebeu mais de 20 prêmios em salões de humor no Brasil e no exterior. Em 2011, fez pós-graduação em Edição Literária pela Universidade Autônoma de Barcelona, Espanha. Pedro Haase Filho dedicase à produção de livros desde 2000, quando assumiu a coordenação da RBS Publicações. Antes, por 20 anos desenvolveu carreira como jornalista. Em 1998, ganhou o Prêmio Ari de Jornalismo. Na RBS Publicações, coordenou a edição de mais de 90 títulos, muitos dedicados à cultura regional, como Os Farrapos, Piá Farroupilha, Guia doVinho Gaúcho, Almanaque Gaúcho e Negrinho do Pastoreio e Outras Lendas. É graduado em História e Jornalismo pela UFRGS. Em 2010, criou a Quati Produções Editoriais, com obras editadas para clientes como RBS, Zero Hora, Hospital Ernesto Dornelles, Unicred, Grupo Paquetá, Souza Cruz, Sicredi e CDL Porto Alegre.

Cartão de fim de ano do artista, Porto Alegre, 1987.

FICHA TÉCNICA

Curadoria e organização: Rodrigo Rosa Coordenação Editorial: Pedro Haase Filho Figura Editoçoes e Produções Rua Saudável, 202, 90880-140 Porto Alegre/RS 51.3028.2877 rodrigorosailustrador@gmail.com Rodrigo Rosa Quati Produções Editoriais Av. Vicente Monteggia, 2212/04, 90270-940 Porto Alegre/RS 51.3307.1954/9918.6815 quatipe@gmail.com Pedro Haase Filho


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