Revista M&T - Ed. 104 - Julho 2007

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Revista M&T - Manutenção & Tecnologia Nº104 - Julho - 2007 - www.sobratema.org.br

TRANSPORTADOR DE CORREIAS COMO OTIMIZAR SUA INSTALAÇÃO CINTAS TRANSPORTADORAS COMO OPTIMIZAR SU INSTALACIÓN

EXPOSIBRAM 2007 As novidades em tecnologia de equipamentos Las novedades en tecnología de equipos

nº 104 - Julho - 2007

EXCLUSIVO Entrevista com Paulo Camillo Penna, presidente do Ibram Entrevista con Paulo Camillo Penna, presidente del Ibram



EDITORIAL

Un refrán muy popular entre los profesionales que trabajan en minería dice que “no se encuentra petróleo bajo la Quinta Avenida de Nueva York, y no hay reservas de oro en el subsuelo de la plaza Trafalgar de Londres”. Su objetivo es poner de relieve los riesgos inherentes a este tipo de actividad, dado que las reservas económicamente interesantes pueden encontrarse en países políticamente inestables. Con su solidez institucional y su democracia consolidada, el Brasil ciertamente no se ajusta a esa definición. Sin embargo, el presidente del Instituto Brasileño de Minería (Ibram), Paulo Camillo Penna, aprovecha el clima de debate que propiciará la Exposibram 2007 para exigir reglas de juego más claras y previsibles. Las indefiniciones relacionadas con la obtención de licencias de explotación minera, con las atribuciones definidas en la legislación sobre el medio ambiente y la falta de reglamentación de algunos artículos de la Constitución de 1988, promulgada hace casi 20 años (como los que se refieren a la minería en tierras indígenas), forman parte de su lista de problemas que esperan una solución. Este número de la revista M&T incluye una entrevista con Camillo Penna, que señala las potencialidades del sector, que, a pesar de las indefiniciones mencionadas, debe recibir hasta el 2011 inversiones por 28.000 millones de dólares en nuevos proyectos y ampliación de proyectos en curso. Con la producción comprometida para satisfacer los pedidos de las compañías mineras, los fabricantes de maquinaria no tienen motivos de queja. En este número anticipan los principales lanzamientos que presentarán en la Exposibram 2007 y, como la minería da la tónica a toda esta edición de la M&T, el principal reportaje es sobre el mantenimiento de cintas transportadoras. Buena lectura.

O cenário pode

melhorar Um provérbio popular entre os profissionais de mineração diz que “não se encontra petróleo sob a Quinta Avenida, em Nova York, e não existem reservas de ouro no subsolo de Trafalgar Square, em Londres”. A máxima serve para apontar os riscos inerentes a esse tipo de atividade, já que reservas economicamente atrativas podem ocorrer em países politicamente instáveis. Com instituições sólidas e uma democracia consolidada, o Brasil seguramente não se enquadra nessa definição. Mas o presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Paulo Camillo Penna, aproveita o clima de debates a ser instaurado com a Exposibram 2007 para cobrar maior previsibilidade e clareza nas regras do jogo. Indefinições quanto à obtenção de licenças minerais, quanto à esfera de atribuições na legislação ambiental e a falta de regulamentação de alguns artigos da Constituição de 1988, promulgada há quase 20 anos (como é o caso da mineração em terras indígenas), figuram em sua lista de problemas à espera de solução. Essa edição de M&T traz uma entrevista com Camillo Penna, apontando as potencialidades de um setor, que, apesar das indefinições acima, deve atrair investimentos de US$ 28 bilhões em novos projetos e expansões até 2011. Em resumo, sua avaliação é que se o cenário mostra-se positivo para o setor, devido à forte demanda mundial por commodities minerais, a situação poderia ser ainda melhor. Com a produção tomada para atendimento aos pedidos das mineradoras, os fabricantes de equipamentos não têm o que reclamar. Nessa edição da revista, eles também antecipam os principais lançamentos a serem apresentados na Exposibram 2007 e, como a mineração norteia todo o enfoque desta M&T, a principal reportagem trata de manutenção de correias transportadoras. Boa leitura.

Foto: CVRD

La situación puede mejorar


SUMÁRIO

Revista M&T - Manutençã o & Tecnologia

EXPEDIENTE

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Capa: Transportador de correias da Metso operando em mineradora de Minas Gerais (Foto: Metso Minerals)

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Associação Brasileira de Tecnologia para Equipamentos e Manutenção

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As novid equipam ades em

tecnologi Las noved entos a de ades en tecnol ogía de equipo s Entrev Entre vista ista com Paulo Entrev

Camil ista con lo Penna Paulo EXCLUSIVO , Camill o Penna presidente do , presid ente del Ibram Ibram

Diretoria Executiva e Endereço para correspondência: Av. Francisco Matarazzo, 404 – cj. 401 – Água Branca São Paulo (SP) – CEP 05001-000 Tel.: (55 11) 3662-4159 – Fax: (55 11) 3662-2192 Comitê Executivo Presidente: Afonso Celso Legaspe Mamede Vice-Presidente: Benito Francisco Bottino Vice-Presidente: Carlos Fugazzola Pimenta Vice-Presidente: Ivan Montenegro de Menezes Vice-Presidente: Jader Fraga dos Santos Vice-Presidente: Jonny Altstadt Vice-Presidente: Lédio Augusto Vidotti Vice-Presidente: Luiz Carlos de Andrade Furtado Vice-Presidente: Mário Sussumu Hamaoka Vice-Presidente: Múcio Aurélio Pereira de Mattos Vice-Presidente: Octávio Carvalho Lacombe

Transportador de Correias Cintas Transportadoras Como otimizar a instalação existente Como optimizar la instalación existente

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Minería Mercado continua aquecido Mercado continúa mostrando síntomas de robustez

Exposibram 2007

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Entrevista - Paulo Camillo Penna Entrevista - Paulo Camillo Penna O setor mineral merece melhor tratamento El sector mineral merece un tratamiento primordial

Diretor Regional Petrônio de Freitas Fenelon (MG) VPS Engenharia e Estudos Wilson de A. Meister (PR) Ivaí Engenharia de Obras S/A Jose Luis P. Vicentini (BA) Terrabrás Terraplanagem do Brasil S/A Laércio de F. Aguiar (PR) Construtora Queiroz Galvão S/A Antonio Almeida Pinto (CE) Construtora Queiroz Galvão S/A

Eletrônica Embarcada - I

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Electrónicos Incorporados - I Produtividade monitorada à distância Productividad monitorizada a distancia

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Eletrônica Embarcada - II Electrónicos Incorporados - II A tecnologia se antecipa à falha La tecnología se anticipa a la falla

Revista M&T - Conselho Editorial Comitê Executivo: Cláudio Schmidt (presidente), Paulo Oscar Auler Neto, Silvimar F. Reis, Permínio A. M. de Amorim Neto e Norwil Veloso. Membros: Adriana Paesman, Agnaldo Lopes, Benito F. Bottino, César A. C. Schmidt, Eduardo M. Oliveira, Gino R. Cucchiari, Lédio Augusto Vidotti, Leonilson Rossi, Luiz C. de A. Furtado, Mário H. Marques e Pedro Luiz Giavina Bianchi. Diretor Executivo: Hugo José Ribas Branco Editor: Haroldo Aguiar Revisão Técnica: Norwil Veloso Traduções: Maria Del Carmen Galindez Publicidade: Sylvio Vazzoler, Roberto Prado e Giovana Marques Di Petta Produção Gráfica: DSGE A Revista M&T - Manutenção & Tecnologia é uma publicação dedicada à tecnologia, gerenciamento, manutenção e custos de equipamentos. As opiniões e comentários de seus colaboradores não refletem, necessariamente, as posições da diretoria da SOBRATEMA. Tiragem: 12.000 exemplares. Circulação: Brasil e América Latina. Periodicidade: mensal. Impressão: Parma Auditado por:

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Exposibram 2007 Evento traz inovações em equipamentos para mineração Evento presenta las innovaciones tecnológicas en maquinaria para la industria minera

Diretoria Técnica Augusto Paes de Azevedo (Caterpillar) - Carlos Arasanz Loeches (Eurobrás / ALEC) - César Schmidt (Liebherr) - Emanuel P. Queiroz (Scania) - Edson R. Del Moro (Engepar) - Eduardo M. Oliveira (Santiago e Cintra) Egberto Rosa Campos (Sersil) - Eurimilson João Daniel (Escad) - Franz Treu (Atlas Copco) - Gilberto Leal Costa - Gino Raniero Cucchiari (CNH) - João Lazaro Maldi Jr. (CCCC) - João Ney P. Colagrossi (Metso) - Luis Afonso Pasquotto (Cummins) - Luis Gustavo Pereira (Tracbel) - Marcos Bardella (Brasif) - Mario Humberto Marques (Andrade Gutierrez) - Nathanael P. Ribeiro Jr (Multieixo) - Nelson Costábile Barros (Constran) - Paulo Gama (Goodyear) - Paulo Lancerotti (Sotreq) - Permínio A. Maia de Amorim Neto (Getefer) - Ramon Nunes Vasquez (Mills) - Silvimar Fernandes Reis (Galvão Engenharia) - Valdemar Shinhiti Suguri (Komatsu) - Vicente Bernardes - Vicente Cracasso (Equisul) - Yoshio Kawakami (Volvo)

Mineração

Gestão de estoque

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Inventario Entre o impacto nos custos e a eficiência nos prazos Entre el impacto en los costos y la eficiencia en los plazos

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Perfil

- Luiz Henrique Diniz Costa

Quiénes somos - Luiz Henrique Diniz Costa Administrando a frota no coração da floresta Administración de la flota en el corazón de la selva

78 SEÇÕES SECCIONES

06 Notas Notas ................................................................................................................... Filiado à:

68 Tabela de Custos Tabla de Costos ............................................................................ 69 Manutenção Mantenimiento ......................................................................................

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NOTAS

Metso investe em suporte a projetos Com investimentos de R$ 1 milhão, a Metso Minerals instalou um Centro de Tecnologia de Processos (CTP), em Sorocaba (SP), para oferecer serviços de suporte a projetos em usinas de beneficiamento mineral. Seguindo os padrões do CTP mantido pela empresa na Austrália, ele está habilitado a atender novos empreendimentos (Greenfield) ou aqueles em operação, com dimensionamentos e otimizações voltadas à maior vida útil da planta e sua produtividade, fatores fundamentais à lucratividade da operação. Segundo João Ney Colagrossi Filho, presidente da empresa na América do Sul, os serviços envolvem a avaliação de aplicação dos equipamentos, modelagens matemáticas e simulações para as áreas de britagem, flotação, moagem fina e ultrafina. “Por meio de nossa experiência em integração e otimização de processos, já concluímos projetos para importantes

mineradoras que proporcionaram aumentos de até 20% na produção, sem acréscimo de equipamentos”, diz ele. Entre essas empresas, o executivo cita a Xstrata, no Peru, e a BHP Billiton e Freeport, no Chile. Muitos dos instrumentos instalados no CTP de Sorocaba são exclusivos da empresa na América do Sul. Com 500 m² de área, ele dispõe de um banco de dados com os testes realizados e de profissionais capacitados a interpretar as informações coletadas. “Nosso foco vai além do mero fornecimento de equipamentos e peças, envolvendo soluções voltadas ao melhor desempenho no processo”, complementa Colagrossi. Nesse sentido, a empresa está firmando

Concessão de rodovias marcada para outubro

Com quase uma década de atraso, o governo programou para outubro o leilão da segunda etapa de concessão de rodovias federais, que estava previsto para o ano passado e foi abortado às vésperas de sua realização. A versão final dos editais foi divulgada em agosto e prevê a abertura simultânea das propostas para os sete lotes de estradas, entre elas a Fernão Dias (São Paulo-Belo Horizonte) e a Régis Bittencourt (São Paulo-Curitiba). Ganha a concessão quem oferecer o maior desconto sobre a tarifa-teto estipulada pelo governo (pedágio), que foi revista no novo modelo e apresenta reduções de 17% a 22% em relação ao leilão não ocorrido. As empresas deverão assumir um leque de obras de recuperação que demandarão investimentos totais de R$ 19 bilhões nos 25 anos de concessão. As propostas deverão ser entregues entre 1 e 4 de outubro e o leilão está marcado para o dia 9 do mesmo mês, na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa).

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convênio com universidades e centros de pesquisa, tanto no Brasil como no exterior, e desenvolvendo sistemas para rastrear a operação, como os dispositivos destinados a detectar danos em moinhos e rasgos em correias transportadoras, entre outros.

Consumo de cimento motiva expansão da Votorantim Impulsionada pelos projetos de infraestrutura previstos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), além da expansão do mercado imobiliário brasileiro, a Votorantim Cimentos anunciou que planeja ampliar sua produção em 30%. Com investimentos de R$ 1 bilhão, ela pretende construir três novas fábricas, em Santa Catarina, Rio Grande do Norte e Tocantins, além de reativar uma unidade em Goiás e ampliar outras instalações. A companhia detém cerca de 40% do mercado brasileiro de cimento e opera com 24 fábricas no País, além de outras sete na América do Norte e uma na Bolívia. Com a recuperação do setor de construção, em 2006 ela aumentou as vendas em 8,2% e atingiu a marca de 39,5 milhões de t produzidas. Cálculos do Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (Snic) apontam que a demanda deve continuar crescendo. A expectativa do setor é de encerrar 2007 com expansão de 5% a 6% em relação ao ano anterior.


Qualidade e Confiabilidade

A QUALIDADE E DURABILIDADE DA KOMATSU COM A MAIS MODERNA TECNOLOGIA DE MONITORAMENTO DE EQUIPAMENTOS VIA SATÉLITE.

A inovação e alta tecnologia da Komatsu já permitem que seus equipamentos possam vir equipados com o KOMTRAX instalado de fábrica. Esse sistema de monitoramento via satélite proporciona ao usuário acesso remoto a várias informações do equipamento como: localização, horas trabalhadas (produtividade), nível de combustível, temperaturas, pressões, “cerca eletrônica”, datas das próximas manutenções preventivas, diagnósticos, relatórios mensais ou anuais, tudo acessado pela internet.

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NOTAS

Doosan compra Bobcat e firma-se entre os grandes no setor A sul-coreana Doosan Infracore anunciou um acordo com o grupo Ingersoll-Rand (IR) para a aquisição da Bobcat e de outras duas unidades da empresa, em uma operação de US$ 4,9 bilhões. Com isso, a maior fabricante de equipamentos para construção da Coréia do Sul se consolida entre os sete grandes players globais do setor, seguindo sua estratégia de ingressar, até 2010, no time do cinco maiores. O avanço é significativo em se considerando que transcorreram apenas dois anos desde a sua separação da Daewoo Heavy Industries. Segundo comunicado divulgado pela Doosan, essa expansão se deve, em grande parte, à forte demanda do mercado chinês, onde a empresa já detém 20% do fornecimento de escavadeiras. Com 3.700 distribuidores no mundo e 20 fábricas, como as dos Estados Unidos, China, Bélgica, França e República Checa, ela prevê um faturamento anual de US$ 7,4 bilhões com as novas aquisições. No Brasil, seus equipamentos são distribuídos pela Comingersoll e pela Renco. Essa última, aliás, inaugurou em março suas novas instalações, em Camaçari (BA), para melhor atendimento aos clientes da marca. Com atuação no Norte e Nordeste do País, além do Distrito Federal e estados de Minas Gerais, Mato Grosso, Goiás e Tocantins, a Renco conta agora com uma sede de 10.000 m² para vendas e assistência técnica aos equipamentos da Doosan e das demais marcas distribuídas pela empresa. Além de adquirir a Bobcat, que produz equipamentos compactos como minicarregadeiras e miniescavadeiras, a empresa sul-coreana arrematou as unidades da IR voltadas aos setores de máquinas utilitárias (compressores de ar e geradores) e de implementos (rompedores hidráulicos). Segundo a Doosan, suas operações continuarão separadas das empresas adquiridas, que manterão estruturas distintas de produção, vendas e distribuição.

Instalações da Renco, em Camaçari (BA)

ERRATA Na reportagem “Máxima produtividade no transporte de materiais”, que circulou na M&T de maio/2007 (edição 102), a redação incorreu em falha ao publicar que Daniel Rossetti recomenda as caçambas basculantes Heavy-Duty para operações de alto impacto. Ela não é mais fabricada e também não poderia contar com “revestimento com granalha de aço jateado”, já que esse processo de jateamento prepara a chapa para melhor adesão da tinta.

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Dynapac caminha para a ISO 14001 Após uma auditoria em seu sistema de gestão ambiental, realizada em julho último, a Dynapac Brasil recebeu recomendação para certificação pela norma ISO 14001. A auditoria foi realizada pelo órgão certificador ABS, verificando os processos adotados pela empresa para atendimento à legislação ambiental, ao correto descarte dos resíduos e aos controles de prevenção à poluição, entre outros requisitos. “Foi uma satisfação receber essa notícia, principalmente pelo fato de a empresa pautar suas operações na sustentabilidade, com ações fundamentadas na simplicidade e ética nos negócios”, disse o presidente da companhia, Paulo de Almeida Barros. Aspectos como a redução no uso de recursos naturais, em especial o consumo de água e energia, também foram analisados, bem como os investimentos realizados pela empresa na captação de efluentes industriais, central de resíduos e sistema de contenção para reservatórios de combustível e óleo hidráulico. A Dynapac Brasil, que produz equipamentos para pavimentação, compactação e concreto, possui certificação de gestão da qualidade ISO 9001:2000 desde março de 2005 e, este ano, passou a fazer parte do grupo Atlas Copco.


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TRANSPORTADORES DE CORREIAS

COMO OTIMIZAR A INSTALAÇÃO EXISTENTE Cuidados com a operação e manutenção ampliam a vida útil dos transportadores de correias e reduzem índices de paradas corretivas

I

Foto: Metso

mbatíveis em termos de custo nas tarefas de transporte, principalmente quando comparados ao uso de caminhões, os transportadores de correias se multiplicam no País em função dos investimentos em atividades de mineração. Mas sua instalação exige um cuidadoso estudo de dimensionamento, de forma a atender a produção programada para a planta sem ociosidades ou desajustes entre capacidade e demanda. Sua manutenção também deve ser tratada com atenção, já que sistemas de longa distância não costumam dispor de linhas auxiliares e eventuais falhas podem implicar paradas de produção – ou custos inesperados para se evitar a interrupção no transporte. De acordo com Raul Soares de Camargo Neto, da área de Suporte ao Produto da Metso Minerals, os transportadores de correias se caracterizam pela distância percorrida entre os pontos de carregamento e de descarga de materiais e pela capacidade de transporte. “Essa última característica, relacionada à largura da correias, à velocidade de operação do sistema e ao ângulo de inclinação dos rolos laterais, impõe uma série de requisitos a serem analisados na hora de projetar um novo transportador de correias”, diz ele

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A análise do material transportado figura entre as principais informações para definição do projeto. Ela deve considerar a granulometria do minério, seu ângulo de repouso, abrasividade, temperatura e umidade, que gerarão informações úteis para a seleção do tipo de borracha a ser utilizada, assim como a adequada aplicação de todos os componentes de desgaste do equipamento – como raspadores e roletes, por exemplo. Já o volume de material a ser transportado é definido em função da capacidade de produção dos estágios anterior e posterior à correia, estabelecendo parâmetros para sua largura e velocidade de operação. “As informações topográficas também são importantes, pois determinam a escolha do melhor layout para o sistema e sua otimização em função das condições de terreno.” Dados sobre as variações de cota no trajeto do sistema ajudam a dimensionar sua motorização, item diretamente relacionado à capacidade de transporte. Parâmetros como esses foram considerados na instalação de um transportador de 3,4 km de extensão, que a Metso Minerals forneceu para a mina de Sossego, da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), que produz cobre em Canaã dos Carajás (PA). Usado na ligação entre a britagem primária e a usina de beneficiamento da mina, ele tem 48" (1.220 mm) de largura e opera a uma velocidade de 4,7 m/s. Segundo Camargo Neto, o sistema usou roletes ESI, dimensionados para proporcionar menor consumo de energia, que no caso desse projeto resultou numa redução de 19%. De olho nos riscos Além dos parâmetros ligados ao dimensionamento e características operacionais, outros critérios devem ser observados na hora de projetar um transportador de correias e planejar sua manutenção, conforme explica Ricardo Mellara, da área de Engenharia da Sandvik MGS. Ele ressalta a importância relacionada a fatores como segurança, disponibilidade e confiabi-

Foto: CVRD

MANUTENÇÃO TECNOLOGIA

Aspersão de água: cuidados com os componentes sujeitos a lubrificação

lidade, bem como a facilidade de operação e manutenção do equipamento. Para isso, Mellara diz que o sistema transportador deve ser classificado de acordo com a combinação entre a severidade da operação a qual ele ficará submetido e a probabilidade de ocorrência de danos. A severidade pode variar de um problema pequeno – que exija a troca rápida de um componente e cause paradas inferiores a uma hora – a danos fatais – cujo problema pode se estender para todo o equipamento e demandar mais de uma semana para as ações corretivas. Já a probabilidade de falhas varia desde o nível “raro” (de ocorrência circunstancial) até o “provável” (que acontece regularmente por conta de características da operação ou do material transportado). O cruzamento dessas duas escalas gera uma tabela que indica o grau de risco ao qual o equipamento fica submetido (veja quadros na pág. 14). Com

base nessas informações, os fabricantes projetam os sistemas de segurança do equipamento e os usuários desenvolvem suas políticas de manutenção, baseadas em inspeções visuais, verificações de desgaste dos componentes, análises de ruídos e temperatura, entre outros parâmetros. “Os danos decorrentes de falhas na operação ocorrem, na maioria das vezes, por negligência, imprudência ou falta de preparo do pessoal”, diz ele. O engenheiro explica que, por ser o item mais pesado no custo do sistema transportador, a correia exige maior atenção quanto ao seu estado de conservação. “É necessário observar regularmente o desgaste no revestimento e nas bordas, a tensão de esticamento, eventuais desalinhamentos, a eficiência dos raspadores e limpadores.” Os cuidados envolvem ainda a remoção de material incrustado nos tambores – ou outras partes do equipamento – que possa danificar a correia.

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Cuidados com manutenção Mellara ressalta que o transportador de correia é um equipamento robusto e, executando-se as manutenções recomendadas, atinge uma vida útil acima de 25 anos. As substituições mais freqüentes ocorrem nos itens de desgaste, tais como os pontos de transferência de minério – revestimentos de chutes, guias de material e roletes – as borrachas de limpadores e as lâminas de raspadores. As borrachas das guias evitam que o minério despejado nas proximidades desses pontos provoque desgastes ou o travamento dos roletes de retorno, assim como o desgaste nos revestimentos dos tambores, o travamento dos tambores e danos na correia, além da contaminação do meio ambiente. Reparos periódicos na correia também são necessários e podem usar adesivos químicos na recuperação de pequenos rasgos ou demais agressões a sua superfície. Os cortes podem ocorrer devido ao desprendimento de chapas da parede dos chutes de transferência, ao destravamento de rolos ou à queda de corpos estranhos à correia (como pontas de caçamba de car-

Foto: MRN

TRANSPORTADORES DE CORREIAS

Transportador em operação na mina de bauxita da MRN

Correia de aço enfrenta operações severas em Casa de Pedra Usar uma correia com estrutura de cabo de aço foi a opção da Tecnometal Engenharia e Construções Mecânicas para a implantação de um transportador na Mineração Casa de Pedra, pertencente à Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). Especializada em projeto de instalações para mineração e siderurgia, a empresa atua na expansão daquela mina de ferro, localizada em Congonhas (MG), e adquiriu 900 m desse tipo de cinta, indicada para a movimentação de materiais por longas distâncias. Batizado de Mercúrio ST, o produto é fabricado pela Correias Mercúrio e se destina a aplicações que exigem máxima resistência contra impactos. Segundo o fabricante, ele suporta altas tensões e atinge baixo índice de

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alongamento, permitindo menor tempo de resposta e velocidade mais uniforme de operação do sistema, mesmo em planos inclinados. Seus cabos longitudinais de aço possibilitam maior capacidade de tração e transmissão de potência. A correia também pode operar com tambores menores, o que se traduz em menores custos com o equipamento. Ela permite o uso de diversos revestimentos, de acordo com a necessidade e o tipo de trabalho, sendo comercializada em várias configurações, com larguras de até 2.400 mm. “Com esse modelo, lançado há poucos meses, somos a única empresa totalmente brasileira a produzir correias de aço no País”, diz Ronaldo Chiesi, presidente da Correias Mercúrio.

Como optimizar la instalación existente Insuperables en las tareas de acarreo en lo atinente al costo, especialmente en comparación con el uso de camiones, los sistemas de cintas transportadoras se multiplican en el Brasil en función de la inversión en proyectos mineros. Sin embargo, su instalación exige un cuidadoso estudio de dimensionamiento de forma de responder al programa de producción de la planta sin tiempo ocioso ni desajustes entre la capacidad y la demanda. De acuerdo con Raul Soares de Camargo Neto, del área de apoyo al producto de la empresa Metso Minerals, las cintas transportadoras se caracterizan por la distancia recorrida entre los puntos de carga y descarga de los materiales y por la capacidad de acarreo. “Esta última característica, relacionada con el ancho de la cinta, la velocidad de operación del sistema y el ángulo de inclinación de los rodillos laterales, exige el análisis de diversos factores al diseñar una nueva cinta transportadora”, dice. La evaluación del tipo del material transportado es una información fundamental para la definición del proyecto. Debe tener en cuenta la granulometría, el ángulo de reposo, el grado de abrasividad, la temperatura y el contenido de humedad, y generar información útil para la selección del tipo de caucho a ser usado y la aplicación adecuada de todos los componentes de desgaste, tales como rascadores y rodillos, por ejemplo. Los datos topográficos también son importantes, dado que determinan el mejor diseño del sistema y su optimización en función de las condiciones del terreno. Además de los parámetros relacionados con el dimensionamiento y de las características de la operación, se deben tener en cuenta otros criterios al desarrollar un proyecto de sistema de cintas transportadoras, tal como explica Ricardo Mellara, del área de ingeniería de la empresa Sandvik MGS. Mellara destaca la importancia de la seguridad, la disponibilidad y la confiabilidad del sistema, además de la facilidad de operación y mantenimiento.



TRANSPORTADORES DE CORREIAS A ESCALA DE RISCOS E SEU IMPACTO NA PREVENÇÃO PROBABILIDADE SEVERIDADE 1 2 3 1 1 2 4 2 3 5 8 3 6 9 13 4 10 14 18 5 15 19 22

4 7 12 17 21 24

5 11 16 20 23 25

Nível de alta criticidade, que deve ser evitado e demanda precauções em termos de projeto, de dispositivos de segurança e de planos de manutenção. Nível de baixa criticidade, mas que não dispensa mecanismos de precaução.

Grau 1 2 3 4 5

NÍVEL DE SEVERIDADE Tipo de dano Em todo o equipamento. Nos principais sistemas. Significativos em alguns sistemas. Menores em alguns sistemas. Troca de algum componente.

Grau 1 2 3 4 5

Conserto Mais de 7 dias De 1 a 7 dias De 8 a 24 h De 1 a 8 h Menos de 1 h

NÍVEL DE PROBABILIDADE Definição Provável e esperado na maioria das vezes. Pode ocorrer na maioria das circunstâncias. Moderado, deve ocorrer algumas vezes. Não provável, pode ocorrer algumas vezes. Raro, ocorre em circunstâncias excepcionais.

Foto: Sandvik

Fonte: Sandvik

regadeiras, por exemplo), entre outros fatores. Por esse motivo, sensores instalados na cinta ajudam a indicar que ela está sendo rasgada, possibilitando a rápida paralisação do sistema antes que o dano torne-se ainda maior. Os cuidados com alinhamento devem ser observados freqüentemente, pois mesmo nos sistemas em implantação é comum surgirem problemas dessa natureza. A causa de sua ocorrência pode ser estrutural ou relacionada a emendas. Desalinhamentos decorrentes da estrutura podem ocasionar sérios danos ao equipamento e causar sua degradação precoce. Neste caso, sugere-se uma avaliação topográfica de todo o transportador, para a correção de sua parte estrutural. Já as emendas devem ser executadas de forma a se evitar a contaminação de materiais e o desalinhamento na união entre as “pontas” da correia. Caso ela seja realizada fora dos parâmetros adequados, há uma tendência de desalinhamento da cinta quando esta região corre por todo o comprimento do transportador. Carregamentos descentralizados de materiais também provocam desalinhamento, o que pode ser evitado com o uso de caixa de pedras e chapas defletoras no interior do chute de carregamento, de forma a orientar e centralizar essa operação. Falhas na operação

Largura e velocidade determinam a capacidade do sistema

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Outra ocorrência comum durante a operação é o travamento dos rolos, causado pela contaminação de seus rolamentos. Como os transportadores operam geralmente em ambiente com grande quantidade de pó em dispersão, seus rolos devem possuir um sistema de vedação eficiente. O excesso de material expelido para fora da correia, principalmente nos pontos de carregamento, pode fazer com que os rolos “trabalhem enterrados” no minério, uma situação irregular e que certamente causará danos ao sistema. Nesse caso, o ideal é projetar dispositivos de vedação lateral, para se evitar o transbordamento de materiais, além de usar rolos com vedação adequada para cada aplicação.

CUIDADOS QUE PROLONGAM A VIDA ÚTIL Evite o enchimento excessivo do transportador e o direcionamento de jatos d´água diretamente sobre componentes sujeitos a lubrificação; Inspecione os rolos e substitua os que estiverem danificados para evitar rasgos na correia. Eles são identificados quando estão “cantando” – emitindo ruído devido ao atrito metálico causado pela contaminação de material nos rolamentos; Monitore a temperatura dos motores e redutores, que geralmente operam em torno de 40ºC acima da temperatura ambiente, dependendo do fabricante; Verifique a limpeza dos raspadores e ajuste a tensão da correia. A boa conservação dos raspadores influencia na vida útil da maioria dos componentes do transportador; Observe periodicamente a temperatura dos mancais de todos os tambores e o alinhamento da correia. Fonte: Metso Minerals

Carregamentos acima da capacidade do transportador também podem comprometer a durabilidade de seus roletes e do sistema como um todo, incluído os acionamentos (motor) e a parte estrutural. Alguns processos de beneficiamento mineral também exigem a lavagem do material transportado. Nesses casos, deve-se evitar que os jatos d´agua sejam direcionados sobre componentes que possuam rolamentos ou áreas sujeitas a lubrificação, tais como mancais de tambores, roletes, redutores e contra-recuos, entre outros. Alguns cuidados no projeto dos pontos de transferência também ajudam a reduzir os vazamentos de material e o desgaste prematuro da correia. Nesse sentido, o layout dos chutes deve ser criteriosamente estudado para permitir uma transferência segura de materiais, evitando quedas de alturas não recomendáveis e diferenças de velocidade entre um segmento e outro do transportador. As guias laterais evitam o derramamento de material durante as transferências, mas não devem ser construídas com sobras de correias antigas, pois isso pode ocasionar o desgaste da cinta em operação.

Correias Mercúrio: www.correiasmercurio.com.br Metso Minerals: www.metsominerals.com.br Sandvik MGS: www.sandvikmgs.com.br



Foto: CVRD

MINERAÇÃO

MERCADO CONTINUA

AQUECIDO Após quatro anos de crescimento contínuo, setor permanece aquecido e mineradoras prosseguem em seus planos de expansão, com demanda por infra-estrutura e equipamentos Impulsionada pela expansão da economia mundial, a mineração brasileira não pára de dar mostras de vitalidade. Com a valorização das commodities minerais, devido à pressão gerada pela demanda, as empresas do setor investem em projetos de expansão e posicionam o País entre os maiores fornecedores globais nessa área. Segundo um estudo do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), até 2011 elas devem aportar US$ 28 bilhões em pesquisa, lavra, beneficiamento e logística para escoamento da produção. “Vivemos um cenário sem precedentes e que deve se manter nesse ritmo de crescimento pelos próximos quatro anos”, comemora Paulo Camillo Penna, presidente do Ibram.

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Foto: CSN

MANUTENÇÃO TECNOLOGIA

Mina Casa de Pedra: R$ 3,7 bilhões em expansão até 2010

Ele explica que para cada posto de trabalho criado no setor, outros 13 empregos indiretos são gerados, dos quais um na etapa anterior à mineração – infra-estrutura e produção de equipamentos – e 12 na cadeia subseqüente – siderurgia, metalurgia etc. Na área de equipamentos, por exemplo, o aquecimento se reflete na escassez de alguns insumos básicos, como pneus de grande diâmetro, muito usados em caminhões forade-estrada, e até mesmo de determinados modelos de máquinas, cujos prazos de entrega dos fabricantes já começam a se estender. Com um orçamento de US$ 6,3 bilhões para investimentos em 2007, a Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) desponta como principal indutor desse movimento de expansão. Após a aquisição da canadense Inco, ela se consolidou como segunda maior mineradora do mundo e diversificou seu portfolio de produtos, antes muito concentrado em minério

de ferro. Nessa área, aliás, a empresa também aumentou sua participação ao adquirir a Caemi e concluir três projetos que aumentaram sua produção. Informações divulgadas pelo presidente da empresa, Roger Agnelli, indicam que os 300 milhões t/ ano de minério de ferro produzidos atualmente devem saltar para 450 milhões t em 2010. Novos players A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), detentora da mina Casa de Pedra, localizada em Congonhas (MG), quer se tornar a quarta maior mineradora de ferro do mundo, atrás apenas da CVRD, Rio Tinto e BHP Billiton. Para isso, ela vai investir R$ 3,7 bilhões, até 2010, para ampliar a produção dessa mina de 16 milhões para 53 milhões t/ano. Isso sem contar os recursos necessários à expansão da siderurgia. Vale ressaltar que, em julho, a CSN anunciou a compra da Companhia de Fomento Mineral (CFM), próxima a

Mercado continúa mostrando síntomas de robustez Estimulada por la expansión de la economía mundial, la actividad minera brasileña sigue mostrando signos de gran vitalidad. Gracias a mejores precios de las materias primas minerales, debido a la presión generada por la demanda, las empresas del sector invierten en proyectos de expansión y sitúan al país entre los principales proveedores mundiales del área. Un estudio del Instituto Brasileño de Minería (Ibram) destaca que en el 2011 las empresas invertirán 28.000 millones de dólares en investigación, extracción, tratamiento y logística de transporte de la producción. “Vivimos un momento sin precedentes, que deberá mantener este ritmo de crecimiento durante los próximos cuatro años”, celebra Paulo Camillo Penna, presidente del Ibram. Explica que cada puesto de trabajo creado en el sector genera trece empleos indirectos, uno en la etapa anterior a la explotación – infraestructura y producción de equipos – y doce en la cadena subsiguiente – siderurgia, metalurgia etc. En esta coyuntura de crecimiento se reunirán los ejecutivos del sector minero en la ciudad de Belo Horizonte, entre el 24 y el 27 de setiembre, para debatir su futuro en el Decimosegundo Congreso Brasileño de Minería. Paralelamente a este evento, la Exposibram 2007 (Exposición Internacional de Minería) exhibirá las últimas innovaciones tecnológicas introducidas por los fabricantes de equipos.

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Casa de Pedra, por US$ 440 milhões. A meta é que a sua produção anual salte de 3,6 milhões t para 12 milhões t também nos próximos três anos. Outro projeto de grande porte na área de minério de ferro vem sendo tocado pela MMX Mineração e Metálicos, do empresário Eike Batista. O grupo anunciou investimentos de US$ 3,9 bilhões em três projetos integrados de mineração, produção de ferro gusa e logística de transporte: os complexos do Amapá, Corumbá (MS) e Minas-Rio. Esse último inclui a construção do maior mineroduto do mundo, com 525 km de extensão, entre a mina de Conceição do Mato Dentro (MG) e um terminal marítimo em São João da Barra (RJ). O projeto inicial prevê a produção de 38 milhões t/ano de minério de ferro a partir de 2011. Recentemente, a MMX desembolsou US$ 275 milhões para a compra da AVG, mineradora localizada na Serra Azul, na parte Oeste do Quadrilátero Ferrífero de Minas Gerais. Essa região, aliás, que concentra muitas empresas de pequeno porte, reflete a expansão da mineração de ferro, impulsionada pelo forte consumo das siderúrgicas chinesas. Essas mineradoras seriam alvos de interesse de grupos internacionais, dos quais a primeira a fincar sua bandeira foi a britânica London Mining, com a aquisição da Minas Itatiaiuçu. O mercado especula que as demais estariam vendidas, apesar de os negócios ainda não terem sido oficializados. A intenção dos investidores seria a de potencializar a produção destes ativos, cujas reservas chegam perto de 2 bilhões de t. Outras vocações Apesar da atratividade no segmento de minério de ferro, o presidente do Ibram ressalta o potencial para investimentos em mineração de níquel, cobre e rochas ornamentais. “A cotação do níquel saltou de US$ 8 mil por tonelada, em 2002, para o nível atual de US$ 35 mil e, a partir de 2008, nossa produção desse mineral

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Foto: CVRD

MINERAÇÃO

Mineração de ferro atrai maior parcela dos investimentos em expansão

deve triplicar”, diz ele. Penna se refere aos projetos de expansão da Votorantim Metais em Niquelândia (GO) e ao megaempreendimento da Anglo American, que está investindo US$ 1,2 bilhão na instalação da mina de Barro Alto (GO). “Além disso, a aquisição da canadense Inco pela CVRD certamente vai proporcionar transferência de tecnologia em mineração de níquel para o Brasil.” No segmento de rochas ornamentais, ele cita o avanço dos produtores ao comercializar chapas beneficiadas em lugar dos blocos de granito, de menor valor agregado. “Com isso, nossas exportações nessa área saltaram de US$ 300 milhões, em 2001, para US$ 1,15 bilhão, no ano passado”, diz ele. Camillo Pena estima que a participação da indústria mineral no Produto Interno Bruto (PIB) do País seja em torno de 5,9%, podendo superar a faixa de 6,5% este ano. O

faturamento do setor deve saltar de R$ 100 bilhões, em 2006, para uma estimativa entre R$ 106 bilhões e R$ 108 bilhões, até o final de 2007. Nesse cenário, os executivos de mineração se reúnem em Belo Horizonte, entre 24 e 27 de setembro, para discutir o futuro do setor no 12º Congresso Brasileiro de Mineração. Paralelamente ao evento, a Exposibram 2007 (Exposição Internacional de Mineração) apresentará as inovações tecnológicas desenvolvidas pelos fabricantes de equipamentos para a maior eficiência e produtividade nos processos de pesquisa, lavra e beneficiamento mineral. As próximas páginas de M&T trazem uma coletânea dos principais lançamentos previstos na feira. Veja a seguir.

Ibram: www.ibram.org.br



EXPOSIBRAM 2007

EVENTO TRAZ INOVAÇÕES EM EQUIPAMENTOS PARA MINERAÇÃO Entre 24 e 27 de setembro, os principais fabricantes de equipamentos para mineração reúnem-se no centro de exposições Expominas, em Belo Horizonte (MG), para apresentar ao setor a última palavra em tecnologia para pesquisa, lavra e beneficiamento mineral. Veja, a seguir, as principais novidades reservadas pela indústria.

HAVER & BOECKER LATINOAMERICANA Seguindo a diretriz adotada pelo seu grupo em âmbito mundial, a Haver & Boecker Latinoamericana (HBL) lança na Exposibram 2007 o conceito Haver Screening Group: fornecedor com tecnologia global. Essa filosofia resulta da combinação da HBL, que atua no Brasil, com a WS Tyler Canadá (Tycan) e a Haver & Boecker Engineering Works, da Alemanha. “Esta parceria consolida nosso esforço em desenvolver soluções para as necessidades específicas de cada cliente”, diz um comunicado divulgado pela empresa. A Haver fornece tecnologia para todas as etapas do chamado “screening circle” (circuito de peneiramento), mas o produto de destaque é o Hydro Clean, que será apresentado durante o evento. Segundo a empresa, trata-se de um sistema de lavagem sob alta pressão, com taxa média de alimentação de 5 t/h e que oferece vantagens como um processo de limpeza efetivo, baixo consumo de energia, custo competitivo e respeito ao meio ambiente.

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A empresa também vai expor uma esteira vibratória de três níveis, com diferentes tipos de molas, entre elas a “Rosta”, que substituem as tradicionais molas helicoidais nos equipamentos vibratórios e absorvem 98% de vibração. Sua linha de produtos é ampla, incluindo pratos pelotizadores (para concentração de finos), sistemas de classificação (peneiras e alimentadores vibratórios) e silos, entre outros. Instalada em Monte Mor (SP), a HBL fornece seus produtos para o mercado internacional de mineração e é única fabricante nacional de equipamentos de ensacamento de cimento de alta capacidade (mais de 3,6 mil sacos/hora).

www.haverbrasil.com.br

GRANEÍSA EQUIPAMENTOS A empresa apresenta durante o evento suas soluções para movimentação e processamento de granéis sólidos, voltadas especialmente para os mercados de mineração, siderurgia e metalurgia, bem como as indústrias de celulose e papel, cimento, fertilizantes e agroindústria. Os produtos de destaque serão os transportadores de correia, alimentadores vibratórios e peneiras vibratórias lineares. “O diferencial dos nossos transportadores está na estrutura de sustentação tubular mais resistente e leve, desenvolvida numa parceria entre nossa empresa e a V&M (Vallourec & Mannesmann), com analise de chutes”, ex-

plica o diretor Técnico Comercial da Graneísa, Ítalo Silvestri. Ele destaca ainda que o alimentador vibratório sub-ressonante, dotado de acionamento externo por meio de eixo cardan, é o único do gênero no mercado nacional. Já a peneira vibratória linear da empresa se caracteriza por contar com excitadores compactos, possibilitando maiores áreas de peneiramento e grande diversidade de formatos. A Graneísa tem cinco anos de atuação no mercado e é a única detentora da tecnologia Filsan no Brasil. “A demanda está bastante aquecida e nos permite manter expectativas muito positivas para o biênio 2007/2008, com um aumento de cerca de 20 % em nossa participação no mercado”, avalia Silvestri. A empresa produz ainda sistemas para manuseio de granéis sólidos, elevadores de canecas, casas de transferência, mesas de rolos, lançadores centrífugos, moegas, hoppers, roscas transportadoras, alimentadores, cavaletes e tambores, entre outros equipamentos. www.graneisa.com.br



EXPOSIBRAM 2007

ROSSETTI EQUIPAMENTOS RODOVIÁRIOS

Maior fabricante de caçambas basculantes do País, a Rossetti comparece ao evento com um novo modelo para uso em mineração, além dos seus acessórios e opcionais voltados para a maior produtividade e segurança no transporte de materiais. Segundo Daniel Rossetti, gerente de Marketing da empresa, a nova caçamba incorpora design inovador, de forma a reduzir o tempo de descarga e o ciclo de transporte. “Além do design, outras mudanças conceituais certamente vão impactar os ganhos de produtividade, assim como ocorreu com o lançamento da caçamba meia-cana”, ele prevê. A empresa apresenta ainda o Sistema de Segurança Rossetti Para Basculamento (SSRB), também conhecido como “inclinômetro”, um dispositivo dotado de sensor de báscula. Outro destaque será o revestimento antiaderente Quicksilver, importado dos Estados Unidos, que elimina a “carga morta” e confere maior capacidade de transporte às caçambas. A diferença em relação aos revestimentos nacionais, segundo Rossetti, está na tecnologia superior desse sistema. “Enquanto os outros demoram alguns dias, nosso parceiro consegue aplicar esse revestimento em cinco horas”, diz ele. Outra vantagem é que a empresa é a primeira do Brasil a oferecer esse revestimento diretamente de fábrica. Com isso, os

22 | Julho | 2007

METSO APRESENTA BOMBAS DE POLPA A Mesto Minerals marca presença no evento com a família de britadores móveis Lokotrack e sua linha de bombas de polpa. Essa última é composta pelas bombas verticais e Orion, indicadas para aplicações severas e extremamente severas em mineração. As soluções empregadas nesses produtos resultam da experiência adquirida com a tecnologia da Denver, Sala e Tomas, que no Brasil foram introduzidas sob as marcas Faço, Allis Chalmers e Svedala. “Desta forma, a Metso volta a ocupar um lugar de destaque no mercado de bombas de polpa com soluções exclusivas como o sistemas Duplo Ajuste, que permite corrigir folgas entre o rotor e a carcaça”, diz um comunicado divulgado pela empresa. Entre outras funcionalidades, elas permitem total intercâmbio entre carcaças metálicas e revestidas em borracha e seu projeto “Back Pull Out” confere maior facilidade às manutenções. Além disso, possibilitam combinar o uso de rotores metálicos ou de borracha com os dois tipos de carcaça. Já os conjuntos móveis Lokotrack são plantas autopropelidas, instaladas sobre chassi com esteiras, que realizam a britagem e classificação de minérios e agregados para construção civil. Equipados com motor diesel – ou elétrico, como opcional – eles vencem rampas de até 20% e podem se movimentar sobre terrenos sem grande preparação. A linha de equipamentos da empresa inclui ainda os britadores estacionários, sistemas de peneiramento, correias transportadoras, moinhos e revestimentos, entre outros produtos. www.metsominerals.com.br



EXPOSIBRAM 2007 custos do serviço podem se incorporar à aquisição do implemento, que é passível de financiamentos. www.rossetti.com.br

MACHBERT EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS

LIEBHERR

A VOCAÇÃO DA EQUIPAMENTOS PESADOS

A pá-carregadeira L580 2plus2 será um dos destaques da Liebherr na Exposibram 2007. Indicada para aplicação em grandes volumes de carregamento, ela tem 24,6 t de peso operacional e atinge 18 t de carga de tombamento, sendo equipada com motor de 200 kw (a 2.000 rpm), que apresenta um consumo médio de combustível de 20 l/h. A carregadeira é dotada de sistema de transmissão hidrostática que, segundo João Bosco da Silva Bastos, engenheiro de Vendas da empresa, reduz o peso operacional da máquina sem comprometer sua capacidade de carga. “Isso se reflete no baixo consumo de combustível em comparação às carregadeiras com o sistema convencional, tipo Powershift, e na maior vida útil dos pneus, que apresentam menos desgastes devido à redução do peso da máquina”, ele afirma. Além desse modelo de carregadeira, a empresa fabrica em sua unidade de Guaratinguetá (SP) as escavadeiras hidráulicas R944, R954, R964 e A924, esta última sobre pneus e indicada para a movimentação de sucatas e de madeiras. A vocação do grupo para a produção de equipamentos de grande porte se revela na escavadeira R9250, recém-lançada pela matriz alemã. Com 250 t de peso operacional, o modelo opera com caçamba de 15 m 3 (do tipo retro ou de despejo de fundo), permitindo encher um caminhão de 120 t em quatro passes. www.liebherr.com.br

Os rompedores hidráulicos da francesa Montabert marcam presença no evento por meio da Machbert, distribuidora dessa linha no Brasil. Indicados para aplicação em escavadeiras, eles são rompedores de golpes variáveis, conforme explica José Alberto Moreira, diretor geral da empresa. “De forma automática, eles variam a freqüência dos golpes e a energia em cada um deles, de forma a proporcionar maior eficiência e produtividade ao serviço”, diz ele. O enfoque será nos modelos V55 e V65, de elevada capacidade e indicados para serviços de desmonte em mineração. Mas o diretor sublinha que a maior parte da frota brasileira de equipamentos é composta por retro-

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PARA


MANUTENÇÃO TECNOLOGIA

escavadeiras e, na classe de equipamentos portadores de 6 t, os rompedores Silver Clip 28 e 36 são os campeões de vendas da marca. “Seu principal diferencial está no acumulador de gás separado do ambiente do pistão por diafragma, além da boa relação peso/potência proporcionada pelo seu projeto de pistões progressivos.” A Machbert apresenta ainda as caçambas britadoras da marca MB, para aplicação em escavadeiras, que reduzem a granulometria de pedras e materiais demolidos no próprio local, eliminando custos com transporte. Outro destaque da empresa será um britador móvel sobre esteiras. “Ele pode ser comandado por rádio-controle, o que garante maior flexibilidade”, conclui Moreira.

A empresa comparece ao evento com sua linha de telas para classificação de minérios e agregados em geral, composta por modelos fabricados em aço carbono, em poliuretano e borracha, além de apresentar as placas para revestimentos de chutes e calhas condutoras de minérios, bem como acessórios e peças de desgaste. Integrante da Wear Media Alliance, que reúne os fabricantes mundiais para padronização em tecnologias de peneiramento e processamento de mineral, a Vimax pauta o desenvolvimento de seus produtos nas exigências de processo de cada cliente. Dessa forma, a construção das telas e as matérias-primas usadas levam em conta as características do equipamento no qual elas serão instaladas, no caso a peneira, bem como o tipo de material a ser pro-

cessado, a faixa granulométrica desejada na separação e a taxa de alimentação do equipamento. “Essas são apenas algumas das variáveis a serem equacionadas para se atingir os resultados esperados”, explica a empresa. A Vimax tem mais de 15 anos de atuação no mercado e foi a primeira empresa a oferecer telas para peneiras vibratórias com especificações adequadas às necessidades de cada processo. Ainda hoje, é a única que

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EXPOSIBRAM 2007 dispõe de telas para peneiramento nas três tecnologias de fabricação (metálica, de poliuretano e de borracha). A adequação dos produtos inclui ainda o desenvolvimento de sistemas de fixação que permitem a troca rápida dos módulos.

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CIBER EQUIPAMENTOS RODOVIÁRIOS A mineradora de superfície 2200 SM, produzida pela alemã Wirtgen, será o destaque no estande da empresa durante a Exposibram 2007. Seguindo o princípio de funcionamento das fresadoras de asfalto usadas em obras rodoviárias, o equipamento remove camadas de afloramento mineral com até 80 MPa de resistência à compressão (o equivalente a 815 kg/cm2). Ele pode ser usado em mineração de ferro, calcário, bauxita, carvão, sal e

gesso, entre outras substâncias, eliminando perfurações e explosões. Assim como no processo de fresagem, ele remove o material e realiza o carregamento para transporte. Dessa forma, além de eliminar custos ambientais (com detonações), também otimiza a operação de carga. A mineradora de superfície é oferecida pela Ciber, subsidiária brasileira do grupo alemão, em cinco modelos (2200 SM, 2500 SM,

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Um ganho de produtividade de 18%, associado a uma economia de 46% no consumo de combustível, é a promessa da Volvo com o uso da pá-carregadeira L350F, da classe de 50 t de peso operacional. Lançado recentemente, como o modelo top de linha da sua família de carregadeiras F, o equipamento chega para substituir o L330E. Ele pode operar com caçamba de 6,2 a 12,7 m 3 e é equipado com motor de 540 hp de potência bruta (1.700 a 1.800 rpm), projetado para atender as normas internacionais de emissões Tier III/Stage IIIA. O equipamento traz novo sistema de transmissão Powershift, do tipo HTE400, que permite ao operador selecionar apenas o sentido de deslocamento: o sistema faz o restante, acionando automaticamente as marchas, de acordo com a velocidade da máquina e a rotação do motor, evitando perdas no conversor de torque. Segundo a fabricante, além da economia de combustível, isso se reverte em respostas mais rápidas e ciclos menores.A L350F conta com eixos reforçados e seu sistema hidráulico também recebeu melhorias, para oferecer a pressão e o fluxo exatos, de acordo com a necessidade da operação. Seu freio, dotado de discos banhados em óleo, pode ser monitorado por indicadores do desgaste em cada cubo, permitindo a realização de testes por meio de um cabo. Caso sua pressão caia abaixo de parâmetros pré-estabelecidos, ou no caso de desligamento do motor, o freio de estacionamento é acionado automaticamente. www.volvo.com/constructionequipment



EXPOSIBRAM 2007 3700 SM, 4200 SM e SF 2600), que operam com larguras de corte entre 2,2 m e 4,2 m. O equipamento também pode ser usado em minerações subterrâneas e correções das vias de acesso, produzindo superfícies limpas e bancadas estáveis, sem acúmulo de água. Isto porque ele retira as camadas de material na espessura e inclinação desejadas. Segundo a Ciber, um modelo 2200 SM já opera na mina de calcário da Cimpor, em João Pessoa (PB), extraindo cerca de 400 t/h de minério, o equivalente a 70% de sua produção.

www.ciber.com.br

COPEX IMPORTAÇÃO E COMÉRCIO Especializada em equipamentos e ferramentas para demolição, para desmonte de rochas, logística de movimentação de materiais e a produção de concreto, a empresa leva ao evento toda a sua linha de produtos. O destaque fica com os rompedores hidráulicos da italiana Indeco, que a empresa representa no Brasil, para uso em equipamentos portadores de 0,2 a 70 t de peso operacional. “São rompedores inteligentes, dotados de sistema de golpes variáveis e recuperação de energia”, explica Antônio Carlos Grisci, diretor da Copex. Os rompedores contam com duplo sistema de amortecimento – hidráulico e mecânico – e com bocais de desgaste intercambiáveis, que possibilitam sua troca rápida. São equipados com proteção contra ruídos e carcaça Slim-Sline, mais delgada e que facilita o acesso em locais confinados. Além desses equipamentos, a empresa mostra a caçamba britadora hidráulica da VTN, para acoplamento em escavadeiras, bem como os escarificadores da Simex, também usados como implemento desse tipo de máquina. Na linha da Fiori, ela expõe as au-

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KOMATSU

ESCAVADEIRA AMPLIA PRODUÇÃO COM ECONOMIA NO CONSUMO A escavadeira hidráulica PC350LC-7E0, que a Komatsu traz para o Brasil desde o início do ano passado, incorpora um série de inovações tecnológicas que tornam esse equipamento um dos mais eficientes em sua classe para aplicações severas em mineração. Com 34,3 t de peso operacional, ela opera com caçamba para rocha de 2,1 m 3 e conta com motor de 260 hp (a 1950 rpm), adequado às exigências de emissões Tier III. Além do apelo ecológico, sua eficiência se traduz em ciclos mais rápidos e uma economia de 10% no consumo de combustível em relação aos equipamentos da mesma classe. A elevada capacidade de ataque é proporcionada pela função de potência máxima, que gera uma força de fechamento do braço de 171 kN e uma força de escavação de 228 kN. O equipamento possui mudança automática de velocidade de deslocamento em três faixas e opera em quatro modos pré-selecionados de trabalho, de forma a oferecer a melhor pressão hidráulica diante de cada necessidade de aplicação: P (potência máxima), E (econômico), L (elevação) e B (implementos hidráulicos – ajuste de vazão). Além disso, proporciona economia na manutenção ao facilitar o acesso aos vários sistemas da máquina e ampliar os intervalos para lubrificação e trocas de óleos. Segundo a Komatsu, a escavadeira atinge uma produtividade 17% maior por litro de combustível (em serviços de carregamento) e 35% superior nas escavações, quando comparada aos equipamentos similares. Ela vem equipada com o sistema de monitoramento remoto via satélite Komtrax, que permite acompanhar todos os dados relativos a manutenção, operação, localização e “cerca eletrônica”, entre outras funções. www.komatsu.com.br


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EXPOSIBRAM 2007

NEW HOLLAND APRESENTA ESCAVADEIRAS PARA MINERAÇÃO DE GRANITO A New Holland apresenta seus modelos de escavadeiras hidráulicas largamente utilizadas em mineração, com destaque para os equipamentos entre 22 t a 38 t de peso operacional. Nesta faixa, o modelo mais comercializado é o E215, disponível nas versões LC, ME e ME Granito. A E215ME conta com braços reforçados para os trabalhos mais pesados e ainda é ofertada na versão E215ME Granito, saindo de fábrica equipada com braços monobloco e de escavação reforçados, contrapeso maior e cabine com grade de proteção. Com essa configuração, os trabalhos de movimentação de grandes blocos de granito são realizados com mais segurança e produtividade. A E215LC é ofertada com três opções de alcance de trabalho: braço monobloco de 5.650 mm e braços de penetração de 2.400, 2.940 e 3.500 mm. Também é oferecido um conjunto de longo alcance, com braços monobloco, e de escavação, que somam 15,8 m. Além da versão alcance e longo alcance, a New Holland oferece a versão Mass Excavator. Ela vem com braço monobloco de 5.156 mm e braço de penetração de 2.400 mm, hiper-reforçados, contando ainda com cilindros da caçamba de maior diâmetro e contrapeso mais pesado. Essa configuração oferece maiores forças de desagregação e penetração para aplicações mais severas. www.newholland.com.br

tobetoneiras, que são unidades autônomas para produção de concreto em ambiente off-road, assim como dumpers com capacidades de carga de até 10 t. A Copex atua como distribuidora de produtos importados, principalmente de origem italiana, com cobertura em todo o território nacional. Possui unidades estratégicas em Belo Horizonte (MG), Porto Alegre (RS) e Guarulhos (SP), além de distribuidores e representantes em todos os estados brasileiros.

www.copex.com.br

DEDINI S/A INDÚSTRIAS DE BASE A empresa foca sua atuação no evento com a linha de equipamentos para manuseio de materiais em pátios de minérios e

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EXPOSIBRAM 2007

SISTEMAS QUE GARANTEM A ROBUSTEZ DOS CAMINHÕES

terminais portuários. Eles são produzidos com tecnologia da empresa alemã FAM, especializada em projetos turnkey de sistemas de transporte, extração, armazenagem, trituração e homogeneização de minérios. Os equipamentos apresentados são stackers e retomadoras de rodas de caçambas (reclaimers), projetados para a movimentação de cobre, carvão, níquel e minério de ferro, entre outras substâncias. Eles são projetados de acordo com a necessidade de cada operação, de forma a otimizar o equipamento e proporcionar máxima eficiência ao processo. Além desse segmento, a Dedini produz peças, componentes, equipamentos e plantas completas para diversos tipos de indústrias, incluindo hidrelétricas, cervejarias, fábricas de papel e celulose, petróleo e siderurgia, entre outros. O destaque fica para o setor sucroalcooleiro, no qual a empresa figura como líder mundial em equipamentos. Com sede em Piracicaba (SP) e 10 fábricas instaladas no Brasil, o grupo tem 86 anos de existência e sua tecnologia está presente em usinas que respondem por 80% da produção nacional de álcool e cerca de 25% da produção mundial.

Pioneira no fornecimento de caminhões 8x4 para mineração, a Scania apresenta as soluções tecnológicas que proporcionam robustez e confiabilidade aos seus veículos, mesmo em severas aplicações de transporte de minério. Entre eles figura o sistema automático de troca de marchas, o Opticruise, que realiza essa função sem a interferência do motorista, proporcionando maior vida útil aos componentes do caminhão. Isto porque as mudanças ocorrem sempre no ponto ideal de torque do motor. Outro diferencial de seus caminhões pesados é o freio auxiliar Retarder, integrado à caixa de mudança de marchas, que fornece uma potência bruta de frenagem de até 872 hp. O sistema atua no eixo de saída da caixa de câmbio e não expõe o motor a forças de frenagem desnecessárias, o que proporciona maior desempenho e economia de combustível. Ele permite manter uma velocidade de descida de 30 km/h com o veículo a plena carga, em aclives de até 9%. A linha de caminhões da marca para esse tipo de aplicação é composta pelo P 310 6x4 e pelo P 420, disponível nos modelos 6x4 e 8x4, com capacidades de carga (PBT) de 38,5 t (versão 6x4) e 47 t (8x4). Por meio de sua rede de concessionárias, composta por 96 pontos de atendimento no território nacional, a montadora também oferece aos usuários de mineração um contrato de desempenho para os veículos, envolvendo suporte de manutenção e oficinas para reparos na própria mina do cliente. www.scania.com.br

www.dedini.com.br

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SCANIA


MANUTENÇÃO TECNOLOGIA

DEMAG CRANES & COMPONENTS A empresa leva à Exposibram 2007 alguns de seus equipamentos que têm conquistado sucesso entre as mineradoras, como os sistemas de elevação e pontes rolantes. “Uma de nossas melhores experiências nesse setor foi o fornecimento de um pacote de pontes

rolantes e talhas elétricas com nossa padronização para a mina de cobre da CVRD em Serra do Sossego, no Pará, que até hoje opera de forma eficiente”, ressalta Luigi Perrone Filho, administrador nacional de Vendas e Marketing da Demag Cranes. Segundo ele, a vantagem no uso de soluções standard em lugar de projetos customizados está “na redução de custos, tanto de aquisição como de manutenção, sem perda da confiabilidade, como foi o caso do projeto da Vale”. A empresa produz três modelos de talhas elétricas de correntes (DC, DK e Manulift DCM), sendo um de talha de correntes Demag DSC-Pro e dois de talhas elétricas de cabo de aço (Tipos P e DR). Ela também fornece pontes rolantes padronizadas (até 63 t e vãos de 30 m) ou customizadas, além de guindastes giratórios e monovias. A Demag Cranes atua no Brasil há mais de 30 anos, contando com fábrica

em Cotia (SP) e filiais nos estados do Rio Grande do Sul, Paraná, Minas Gerais e Rio de Janeiro, bem como representantes nos demais estados. “Além disso, temos um centro de pesquisas em Wetter, na Alemanha, que desenvolve tecnologia de ponta para proporcionarmos confiabilidade aos projetos dos clientes”, destaca Perrone Filho.

www.demagcranes.com.br

METALÚRGICA ECOPLAN Uma nova linha de pontas para escavadeiras hidráulicas e carregadeiras será lançada pela empresa durante o evento, ampliando sua família de ferramentas de penetração do solo (FPS). “São ferramentas com design inovador, nos quais se destacam as pontas com maior capacidade de penetração

A excelência na movimentação e processamento de granéis ao seu dispor Necessidades específicas exigem projetos customizados. A Graneísa Equipamentos é especializada em soluções completas para movimentação e processamento de materiais. Aliando uma completa linha de equipamentos e serviços a profissionais altamente qualificados, a Graneísa destaca-se no setor de bens de capital sob encomenda, atendendo renomadas empresas de Mineração, Siderurgia, Metalurgia, Celulose e Papel, Instalações Portuárias, Cimento, Agroindústria e Fertilizantes. Portanto, se a sua empresa procura soluções certificada para processamento, movimentação e beneficiamento de materiais, a Graneísa oferece o melhor custo/ benefício do mercado. Consulte-nos e surpreenda-se com tudo o que podemos lhe oferecer. Graneísa Equipamentos Ltda. Av. Nova Cantareira, 1984 17o andar 02330-003 São Paulo SP Brasil Tel.: +55 11 6997-3200 Fax: +55 11 6997-3202 graneisa@graneisa.com.br www.graneisa.com.br


EXPOSIBRAM 2007

SANDVIK

SONDA DA DE PROFUNDIDADE

e desagregação dos mais diversos tipos de minérios e rochas”, informa Roberto Cardia de Oliveira, gerente de Vendas da Ecoplan. Entre as vantagens dessa nova FPS, ele cita a rapidez na penetração, o que resulta em ganhos de produtividade ao acelerar o ciclo de carregamento, além de diminuir gastos com combustível e exigir menos esforço do sistema hidráulico do equipamento. As propriedades mecânicas das FPS desenvolvidas pela Ecoplan incluem uma resistência à tração de 160 kgf/ mm2, limite de escoamento de 130 kgf/mm2 e dureza de 400/450 HB (Brinell). As peças são produzidas dentro de rigorosos processos tecnológicos, em ligas metálicas de aço carbono, manganês e ferro branco cromo. Os tratamentos térmicos utilizados são normalização, têmpera e revenimento, o que resulta, segundo a empresa, num produto de elevada qualidade, resistência e durabilidade. A Ecoplan fornece ainda peças especiais sob desenho para as principais indústrias do País. Ela atua há 20 anos no mercado de reposição de peças para máquinas rodoviárias, para mineração e britagem, contando com certificação ISO 9001/2000 há mais de seis anos. www.metalurgicaecoplan.com.br

34 | Julho | 2007

ATINGE 1.000 M

A sonda de exploração UDR200DLS é a aposta da Sandvik para a execução de furos de sondagem em locais que exigem um equipamento leve, com elevada mobilidade e capacidade de perfuração. Ela opera com bit de diamante e mastros telescópicos, executando furos em ângulos entre 90º e 45º. Montada sobre esteiras, chassi de caminhão 6x4 ou skid, atinge uma profundidade de 1.000 m (diâmetro NQ), recolhendo amostras testemunhais para análise em laboratório. Segundo a empresa, a sonda foi projetada como alternativa aos equipamentos de múltiplas aplicações, configurando uma solução integrada e pronta para uso no campo. Ela já vem com bomba d’água, mangueiras, cabeçote rotativo e demais componentes inclusos. Foi projetada para possibilitar segurança e facilidade nas operações, permitindo sondagens em altitudes elevadas e qualquer temperatura ambiente, seja em regiões quentes ou extremamente frias. Entre as fábricas da Sandvik, a filial de Santiago, no Chile, responde pela produção de 6 unidades/mês desse tipo de equipamento. Para atender a crescente demanda da América Latina por pesquisa de novas reservas minerais, a empresa já projeta ampliar essa capacidade da fábrica chilena para 10 unidades/mês. A companhia produz outros modelos de sondas de perfuração, como a UDR250D, que atinge mais de 2.000 m de profundidade (dependendo do diâmetro) e uma força de avanço de 67 kN. www.sandvik.com


MANUTENÇÃO TECNOLOGIA

SSAB SWEDISH STEEL A subsidiária brasileira da siderúrgica sueca, maior fabricante mundial de chapas de desgaste, comparece ao evento com sua tradicional linha de chapas de aço Hardox, indicada para aplicações severas e que exigem revestimentos de alto desempenho. Segundo a empresa, esse material pode ser fornecido em diversas faixas de dureza, desde 400 HB até 600 HB (Brinell). Outra característica importante das

chapas de aço Hardox, segundo a SSAB, é a sua elevada resistência ao impacto. “Apesar de ser um material extremamente duro, ele suporta muito bem aplicações de alto impacto, sem apresentar trincas, devido a sua alta tenacidade”, afirma o gerente de Vendas da empresa no Brasil, Marcelo Boragini. Ele explica que esse aço é extremamente fácil de ser trabalhado já que, apesar de sua alta resistência mecânica, proporciona excelente soldabilidade e usinabilidade, mesmo na conformação de materiais de maior dureza. O Hardox pode ser usado como revestimento em diversos tipos de equipamentos sujeitos ao desgaste excessivo, como chutes, calhas, revestimentos de moinhos e britadores, caçambas de escavadeiras, pás-carregadeiras e caminhões, entre outras aplicações. Presente no Brasil há quatro anos, a SSAB opera com uma unidade em São Paulo, responsável

pela comercialização dos produtos importados da matriz.

www.ssab.com.br

SEW EURODRIVE Líder mundial em acionamentos para os mais variados segmentos, como petróleo, mineração, usinas de açúcar e álcool e indústrias em geral, a SEW-Eurodrive lança na Exposibram 2007 sua série X de redutores industriais. Ela é composta por redutores inteligentes e de elevada abrangência, pois estão disponíveis em vários tamanhos. Com isso, permitem diversas possibilidades de instalação, também devido ao grande número de acessórios modulares, tais como adaptadores de motor, contra-recuos, sistemas de vedação, bombas de eixo


EXPOSIBRAM 2007

MICHELIN

INAUGURA FÁBRICA BRASILEIRA

DE PNEUS OTR

e flanges de montagem, entre outros. De acordo com a empresa, a linha apresenta graduações finas de torque, de 58 até 175 kNm. O grande número de acessórios pré-definidos oferece alto nível de flexibilidade para aplicações específicas com um mínimo de componentes. Eles permitem ainda uma ampla faixa de reduções para engrenagens helicoidais e engrenagens cônicas (de 6-400). Os novos redutores possuem carcaças adequadas a múltiplas posições de trabalho, conferindo variações à montagem ou disposição dos eixos. Isto significa um número menor de tipos de redutores, simplificando o projeto dos fabricantes de equipamentos e a manutenção por parte dos usuários. A segurança operacional e a facilidade de manutenção também foram levadas em conta, especialmente no projeto da carcaça robusta. Além disso, o dispositivo produz baixo nível de ruído e possui sistemas de refrigeração. Desenhos em 2D e 3D, além de conjuntos pré-definidos para sistemas de transportadores e elevadores de canecas completam a série. Seu projeto possibilita a customização do redutor para a aplicação de cada cliente.

www.sew.com.br

VERDÉS S/A MÁQUINAS E INSTALAÇÕES A empresa expõe em seu estande um moinho pendular apropriado para a moagem de uma ampla gama

36 | Julho | 2007

O destaque da Michelin na Exposibram será o pneu 12.00R24 XZH, indicado para uso em caminhões basculantes 8x4 quando aplicados em serviços fora-de-estrada, como transportes em minerações, pedreiras, cimenteiras e obras de construção pesada. Concebido para suportar condições severas de desgaste e agressão, esse pneu tem banda de rodagem e flancos reforçados, contando com escultura profunda (30 mm). Tais características, segundo o fabricante, proporcionam elevada resistência a cortes e perfurações, resultando em maior vida útil da carcaça e redução de paradas para reparos. “O desenho do XZH permite alto nível de aderência e tração. Em relação à linha de pneus rodoviários, ele proporciona maior capacidade de carga, resistência a agressões, durabilidade e recapabilidade superiores, garantindo maior produtividade da frota e menor custo operacional”, afirma o gerente Nacional de Vendas para Pneus de Mineração e Terraplenagem da Michelin, Paulo Sérgio França. Segundo ele, seu desenvolvimento foi uma resposta da empresa ao mercado, que passou a mobilizar mais intensivamente caminhões rodoviários do tipo 8X4 em mineração e demais operações onde a agressividade é a maior característica. A empresa também apresenta na Exposibram outros modelos de pneus para terraplenagem e mineração, como o X MINED2, o XQuarry e XHD1A. Num cenário marcado pela forte demanda por pneus fora-de-estrada, a empresa prepara-se para inaugurar, a partir de novembro, uma fábrica destinada a essa linha de produtos no Brasil. Localizada no Rio de Janeiro, onde ela já dispõe de uma unidade para fabricação de pneus de carga, essa planta recebeu investimentos de US$ 200 milhões. www.michelin.com.br


MANUTENÇÃO TECNOLOGIA

e stand e o e Visit ichelin na 7 da M ram 200 b i s Expo

de minerais não ferrosos e outros materiais, com dureza de até 5 na escala Mohs. Ele é indicado para processamento de argila, bauxita, barita, bentonita, calcários calcítico e dolomítico, rocha fosfática, carvão mineral e vegetal, coque de petróleo, talco e gipsita, entre outras substâncias. Segundo a Verdés, o moinho pendular possui acionamento com redução independente, o que proporciona menor nível de vibração à máquina. Ele vem equipado com sistema de lubrificação automática do redutor e dos rolamentos do eixo vertical, dispensando a necessidade de paradas diárias para sua lubrificação. Conta ainda com câmara de moagem seccionada, o que reduz o tempo de troca dos elementos moedores ao máximo de seis horas, e com pêndulos montados com rolamentos. “Esse equipamento foi desenvolvido há muito tempo, quando se buscava uma solução para moagem fina, ou seja, para a geração de produtos com granulometrias pequenas”, diz um comunicado divulgado pela empresa. Fundada no Brasil em 1975, na cidade de Itu (SP), a Verdés incorpora os conceitos tecnológicos da sua matriz, a espanhola Talleres Felipe Verdés S/A, que desde 1908 produz equipamentos em Igualada, próxima a Barcelona. A empresa dispõe de uma rede de mais de 20 representantes no Brasil e América Latina, além de oferecer assistência técnica aos seus clientes.

Michelin

XTLA

pneus para

motoniveladoras

pequenas e médias carregadeiras

www.verdes.com.br

TBM Especializada na produção de materiais de desgaste e ferramenta de penetração do solo (FPS), a empresa mostra o aço de alta dureza XS-400, que atinge a faixa de 450 a 500 HB (Brinell). Aliando um cuidadoso processo de produção a sua composição química, ele resiste muito mais ao desgaste e à abrasão, com uma dureza homogênea em toda a sua superfície, o que resulta na maior vida útil das

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www.michelin.com.br


EXPOSIBRAM 2007

PUTZMEISTER OPERAM COM

BOMBAS DA BAIXA MANUTENÇÃO

peças que o utilizam. Indicado para o setor de mineração, o XS-400 encontra aplicação em chapas de desgaste e peças para caçambas de carregadeiras e escavadeiras de médio e grande portes, bem como lâminas de tratores e motoniveladoras. “Para o seu desenvolvimento, realizamos diversos testes em solos altamente abrasivos, cujos resultados apontaram uma vida útil similar à de produtos como o Usi AR e Hardox, porém com uma relação custo/benefício muito melhor”, afirma Cláudia Sabino Procópio, vice-presidente da empresa. O XS-400 também é indicado para uso em materiais conformados, como cantos forjados e bordas para motoniveladoras. A TBM tem 30 anos de atuação no mercado e também traz materiais importados da Suécia, como o Hardox, que apresenta dureza até 600 HB. A empresa dedica-se ainda à produção de caçambas para carregamento de rochas e serviços de adequação desses implementos (redução ou aumento de capacidade) para as mais diversas aplicações do mercado. Além da mineração, seus produtos destinam-se aos setores de construção, pedreiras, cimenteiras e usinas sucroalcooleiras. www.tbm.com.br

Indicadas para uso em mineração, como bombeamento de lama, recalque de água e sistemas backfilling (reenchimento da mina com rejeitos do beneficiamento), as bombas de pistão da Putzmeister operam sob condições severas e regimes de trabalho em tempo integral. O modelo HSP, apresentado durante o evento, atinge 130 bar de pressão de descarga e capacidade de fluxo de 285 m3/h. Trata-se de uma bomba de pistão com válvula atuada hidraulicamente, indicada para bombeamento de polpa com finos de alta densidade e sistemas de circuito fechado, entre outras aplicações. Apresenta elevada vida útil e permite fácil acesso à válvula, sem a desmontagem das tubulações. A empresa também produz a bomba KOS, para pressões de descarga de até 120 bar e com capacidade de fluxo de 500 m3/h. Ela encontra aplicação no bombeamento de polpa com alto teor de sólidos e apresenta baixos índices de manutenção dos componentes móveis, já que seu circuito hidráulico é separado do material abrasivo bombeado. Segundo a fabricante, em operações agressivas esse modelo atinge 160.000 h de trabalho sem apresentar qualquer tipo de problema. Além dessa linha de produtos, a empresa fornece para o setor seus tradicionais equipamentos para lançamento de argamassa e concreto, bem como veículos para mineração subterrânea – desenvolvidos pela Putzmeister Lorenzana. Entre seus clientes na América Latina se incluem a Cimento Rio Branco (Brasil), Codelco (Chile), Holcim (México) e Cerro Lindo (Peru). www.putzmeister.de

38 | Julho | 2007



EXPOSIBRAM 2007

ATLAS COPCO

BORPAC COMÉRCIO, IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO As correias transportadoras Extrabelt-TSH serão o destaque da empresa durante a Exposibram 2007. Resistentes a elevadas temperaturas, elas são indicadas para usinas de pelotização, siderúrgicas e cimenteiras, pois operam com temperaturas de até 210ºC, suportando picos de 400ºC. Segundo o diretor Técnico e Comercial da empresa, Celso Soares, a Extrabelt-TSH emprega compostos nobres, responsáveis por sua vida útil e confiabilidade operacional superiores. “Suas características de excelente assimilação às tensões e baixo alongamento permanente, associadas à elevada durabilidade, fazem dessas correias a melhor opção para aplicações pesadas”, diz ele. Com sede em Contagem (MG), a Borpac tem mais de 15 anos de experiência no mercado de borrachas industriais, produzindo ainda outros modelos de correias transportadoras e elevadoras, correias industriais em “V”, mangueiras industriais e hidráu-

40 | Julho | 2007

MOSTRA SONDA COMPACTA

Dotada de acionamento e comandos hidráulicos, a sonda de exploração CS 14 será um dos destaques apresentados pela Atlas Copco durante o evento. O equipamento e demais acessórios são montados sobre um trailer com rodas e eixo duplo, o que facilita sua locomoção entre as áreas de sondagem. Além disso, vem equipado com sapatas hidráulicas para posicionamento no local do serviço, medidor de fluxo de água e tacômetro digital. Segundo a empresa, trata-se de um equipamento robusto, porém bastante compacto para serviços que exigem rápidos deslocamentos entre as frentes de sondagem. Sua operação é realizada a partir de um painel e ele conta ainda com freio/morsa hidráulica, que evita a exposição dos operadores a potenciais riscos no manuseio de hastes. A Atlas Copco também vai apresentar o compressor XRXS566, indicado para uso em perfurações de grande profundidade e demais serviços que exigem alta pressão. Com uma capacidade de vazão de 1200 pcm e pressão de 30 bar, ele conta com o sistema Oiltronix, que gerencia a temperatura de admissão do óleo no elemento compressor e evita condensação e quebras. Além desse sistema, o compressor possui o FuelXpert para gestão da admissão do combustível no motor diesel, proporcionando economia de até 15% em relação aos modelos similares. O equipamento conta também com o Cosmos, sistema de monitoramento remoto via satélite para compressores portáteis, e o Cover Care, plano de manutenção da fabricante que estende a garantia aos equipamentos em até três anos. www.atlascopco.com.br


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EXPOSIBRAM 2007 licas, mangotes e curvas de borracha, raspadores, alinhadores de correias e acessórios, entre outros produtos. www.borpac.com.br

SIMPLEX EQUIPAMENTOS

GOODYEAR

PNEU DA AUTOLIMPANTE

Única empresa do setor a produzir pneus fora-de-estrada no Brasil em modelos diagonais e radiais de aço, a Goodyear apresenta na Exposibram seus lançamentos para aplicação em mineração. A novidade é o pneu 23,5R25 RL 2+ (u.m.s.), indicado para uso em minas subterrâneas. Com uma banda de rodagem 25% maior em relação aos modelos standard, ele possui desenho autolimpante e elevada resistência a cortes. O outro destaque da empresa será o pneu industrial 14.00-24 NHS ELV 3A, com 32 lonas, indicado para uso em áreas portuárias. Dotado de alta capacidade de carga, ele foi desenvolvido para aplicação em equipamentos reach stackers, empregados na movimentação de contêineres em terminais marítimos. “Por ter a linha mais completa de pneus fora-de-estrada, muitos deles fabricados no Brasil, a Goodyear atende a todas as necessidades dos mercados de mineração, construção civil, movimentação portuária e aplicações especiais, inclusive com o desenvolvimento de compostos específicos para atender a necessidade de cada um deles”, ressalta Rubens Rodrigues Campos, gerente de Produto Pneus Forade-Estrada da empresa. Ela também fabrica pneus para automóveis, caminhões rodoviários, veículos utilitários e equipamentos agrícolas. A empresa conta ainda com uma rede de 160 revendedores no País, totalizando mais de 650 pontos de vendas, e 140 distribuidores de produtos técnicos de borracha, como correias transportadoras, mangueiras e molas pneumáticas. www.goodyear.com.br

Um britador cônico, indicado para os estágios primário e secundário de britagem, será o destaque da empresa. Ele possui sistema de travamento mecânico, buchas de bronze, dispositivo de alívio por molas, revestimento em aço manganês e sistema de lubrificação integrado. Sua câmara de britagem é composta pelo anel de revestimento da carcaça superior e a camisa do cone em aço manganês austenítico, o que proporciona fácil substituição dos componentes. O conjunto do excêntrico, com movimento giratório montado no eixo vertical, proporciona movimento oscilatório do cone. Já o sistema antigiro funciona como freio, eliminando o efeito de giro contrário ao da britagem e reduzindo o desgaste prematuro dos revestimentos. O eixo

42 | Julho | 2007

TEM DESENHO


e 40 de experiência.

A Rossetti surgiu a partir da experiência acumulada de seus idealizadores, que em 1967 criaram uma companhia que obteve grande destaque no ramo de implementos rodoviários. Com base nesse know-how, desenvolveram novos conceitos e projetaram a empresa Rossetti, que comemora 10 anos de sucesso. Sempre em sintonia com as necessidades e tendências do mercado, utiliza rígido controle técnico, para proporcionar, além de qualidade, durabilidade e segurança, uma forte relação de parceria com o mercado de transportes. Para isso, investem em máquinas, sistemas e, também, em constante reciclagem profissional e treinamento, por considerar que este conjunto de ações é a base de um desenvolvimento consciente e bem planejado. O resultado é o respeito obtido e demonstrado pela sua expressiva e crescente participação no mercado. Isso é história de vida. E isso a Rossetti tem, como poucas!

Fundada com 30 anos de experiência.

Matriz: Guarulhos • SP • Tel.:11 2191 0900 • Fábrica: Betim • MG • Tel.:31 2191 1200 rossetti@rossetti.com.br • www.rossetti.com.br

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A Rossetti comemora 10 anos de vida,


EXPOSIBRAM 2007 de acionamento horizontal, montado em carcaça independente, sobre rolamentos cônicos invertidos, permite o ajuste da folga axial. O acionamento entre o eixo e o motor é feito por meio de correias em “V”. Outra vantagem do equipamento é sua carcaça superior revestida, presa ao anel de regulagem por parafusos que passam por um conjunto de molas helicoidais e uma placa de apoio com pressão regulável. Segundo a empresa, isso possibilita o alívio do equipamento contra a entrada de corpos não britáveis. Destaca-se ainda a operação em circuito fechado da unidade hidráulica, que proporciona lubrificação de todos os elementos internos do britador. Seu trocador de calor, que faz a refrigeração por circulação de água, constitui outro diferencial. Ele faz o resfriamento do óleo de lubrificação, que tem a temperatura monitorada por um painel de controle, desligando automaticamente o motor do equipamento. www.simplex.ind.br

CESTARI INDUSTRIAL E COMERCIAL Uma das principais fabricantes nacionais de redutores e motorredutores de velocidade, a empresa comparece ao evento com sua tradicional linha de produtos, além dos acoplamentos série C, para aplicações severas. Um dos destaques será a linha Helimax de redutores de médio e grande porte (até 650.000 Nm de torque), com configurações de eixos paralelos ou ortogonais, caixa em ferro fundido nodular ou de chapa de aço, engrenagens retificadas e rolamentos autocompensadores de rolos.

A empresa também apresenta uma nova linha de motorredutores, composta por quatro famílias: Coaxial, Vertimax, Conimax e Magmax. “Eles vêm para substituir a linha atual, lançada em 1994, com mais opções de tamanhos e reduções”, afirma o coordenador de Marketing da Cestari, Silvio Martins. Ele diz que os motorredutores receberam acréscimo de até 50% nas capacidades e estão disponíveis em várias configurações para atender as mais variadas necessidades do mercado. Segundo Martins, tanto os redutores Helimax quanto os da nova linha têm como principal característica o tamanho reduzido em relação aos modelos convencionais, além de atingirem alto rendimento. “Isto se deve a uma otimização dos materiais utilizados, incluindo-se rolamentos, o material dos eixos e das engrenagens, além de um estudo aprofundado da geometria das peças, o que resulta em uma excelente relação peso/torque transmitido. A principal vantagem é a redução do peso final do equipamento, facilitando o seu transporte e manuseio, bem como a redução do consumo de energia, devido à otimização do rendimento”, ele explica. www.cestari.com.br

DEVEX TECNOLOGIA E SISTEMAS A provedora de sistemas integrados para planejamento e gestão das operações em lavra apresenta suas novas soluções tecnológicas para a mineração. Entre elas se incluem o sistema de monitoramento da qualidade das

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vias na mina e o de alarme de proximidade, além de inovações funcionais do SmartMine, um dos programas de gerenciamento mais utilizado pelas mineradoras no Brasil. “O SmartMine é um sistema totalmente concebido no Brasil, com tecnologia e especialistas do País, para atendimento às necessidades das mineradoras locais, embora a Devex seja uma empresa de tecnologia global”, explica Giorgio de Tomi, diretor de Operações da companhia. Segundo ele, os investimentos em novos produtos e soluções foram superiores a 200 horas/homens/ano de programação e desenvolvimento. Com isso, a companhia espera se tornar o principal provedor internacional de soluções para gerenciamento da operação em minas. O otimismo já se traduz em números. O faturamento da empresa, em comparação aos anos anteriores, subiu 80% em 2005, 177% em 2006 e a previsão é de um crescimento de pelo menos 100% em 2007, conforme explica Tomi. Com sede em Belo Horizonte (MG) e uma filial em Lavras (MG), a Devex atua há 10 anos no País. www.smartmine.com.br

LAVRITA ENGENHARIA, CONSULTORIA E EQUIPAMENTOS Recém-lançados no mercado, os lavadores de pneus compactos e os raspadores de correias da empresa serão apresentados aos visitantes entre suas demais soluções tecnológicas. Os raspadores em questão destinam-se a transportadores de correias de alto desempenho, para operações com materiais extremamente abrasivos, como minério de ferro, por exemplo, e velocidade de 6 m/s. Outros produtos apresentados serão os sistemas de umectação de pilhas e estradas, de aspersão, o dispositivo antipoluente Water-Air Jets, chute telescópico redutor de velocidade, canhões desobstruidores, mesa de im-


MANUTENÇÃO TECNOLOGIA

Haver

Screening Group Tecnologia global em soluções completas para classificação, separação e serviços para mineração. pacto, vedação e placas de desgastes, entre outros. Na área de serviços, a Lavrita destaca o Hipervac (caminhão a vácuo), para limpeza mecanizada de silos, e os aparelhos desenvolvidos para varrição mecânica em estradas, pátios e vias de acessos. Segundo a empresa, o fornecimento inclui toda a engenharia dos equipamentos, sua instalação e manutenção, de forma a instalar dispositivos na mineradora que permitam uma operação limpa, com o recolhimento e reciclagem dos resíduos gerados no processo. A Lavrita tem 33 anos de atuação no mercado, com unidades no Espírito Santo, Maranhão, Rio de Janeiro e Minas Gerais, além de São Paulo, onde fica sua sede. Ela detém 26 patentes, além de uma frota de 170 equipamentos, caminhões e veículos de apoio. www.lavrita.com.br

RANDON VEÍCULOS A empresa destaca seu caminhão fora-de-estrada RK 430B, indicado para transporte de materiais em mineração, construção pesada e pedreiras. Com 30 t de capacidade de carga, ele conta com motor de 5 cilindros e 11,02 l, modelo Scania DC9 60A, com turbo intercooler e potência de 311 hp (1.343 a 1.400 rpm). Ele vem equipado com pneus específicos para operação off-road e pode ser fornecido com diversas opções de caçambas, cumprindo um

ciclo de basculamento de 8 s. O caminhão possui cabine fabricada em chapa de aço especial e emite baixo nível de ruído (menor que 85 dB). Ele é equipado com unidade hidrostática acionada por uma bomba ligada diretamente ao motor e chassi em aço estrutural de alta resistência. Outro produto apresentado pela empresa será o carrega-tudo pescoço desmontável, um reboque com dois eixos e capacidade para 25 t de carga. Com uma plataforma útil de 5,6 m, comprimento total de 13,23 m e largura de 3 m, ele pode ser fabricado em modelos com dois, três ou quatro eixos, atingindo uma capacidade de carga de até 70 t. Seu carregamento se faz pela frente, devido à possibilidade de desmontar o pescoço, que fica acoplado ao caminhão. O equipamento funciona por meio de cilindros hidráulicos, permitindo que a plataforma de carga fique apoiada no solo e reduzindo o ângulo de inclinação nas operações de carga e descarga. www.randon-veiculos.com.br r

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EXPOSIBRAM 2007

SCHENCK PROCESS EQUIPAMENTOS INDUSTRIAIS Os controladores estáticos Intecont Satus e Disomat Opus poderão ser observados no estande da empresa como uma solução de controle em sistemas de pesagem e dosagem de usinas de beneficiamento mineral. Eles permitem o monitoramento da operação em tempo real, por meio de portal na internet, acompanhando todas as etapas do processo (configuração, calibração, diagnose e operação).

A empresa também expõe sua linha de peneiras banana para classificação de minérios. Dotadas de uma superfície de peneiramento com vários planos de diferentes ângulos de inclinação, elas realizam movimentos lineares, o que se reflete na alta eficiência da classificação. “Isso aumenta sua capacidade de alimentação, quando comparada às peneiras tradicionais, e, dependendo da aplicação, permite usar menos linhas de produção para a mesma capacidade instalada de peneiramento”, destaca um comunicado divulgado pela empresa. Especializada em soluções de engenharia para operações de pesagem, dosagem e peneiramento, a Schenck tem 125 anos de atuação no mercado mundial e 30 anos no Brasil. www.schenckprocess.com.br

ESCO SOLDERING A empresa, que surgiu de uma recente joint-venture entre a tradicional fabricante brasileira e a norte-ameri-

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cana Esco, apresenta sua nova linha de ferramentas de penetração do solo (FPS). Com atuação voltada para o segmento de materiais antidesgaste para mineração, construção, siderurgia, cimenteiras e usinas de açúcar e álcool, entre outros setores, ela traz para o mercado nacional uma completa linha de GET (Ground Engaging Tools), composta por pontas, adaptadores e lábios para caçambas de carregadeiras e escavadeiras, bem como lâminas de tratores de todas as marcas e modelos. Segundo o presidente da companhia, Romeu Scarioli Júnior, todos os produtos são fabricados em ligas fundidas especiais com características que permitem uma boa penetração, elevada durabilidade e rapidez na troca das peças. “Nossa experiência em projetos e fabricação de materiais antidesgaste, associada a uma assistência técnica eficiente, asseguram ao cliente o recebimento de produtos de alta qualidade e valor agregado. Tudo isso no intuito de reduzir os custos finais, com aumento da produtividade e disponibilidade das máquinas”, diz ele. www.escosoldering.com.br

CARAJÁS MAXXI A Carajás Comércio de Peças e Equipamentos (Carajás Maxxi) traz para a Exposibram 2007 suas linhas de peças de reposição para equipamentos Caterpillar, Komatsu e Liebherr. Entre elas se incluem os materiais rodantes da Italtractor, as colméias e trocadores da Fortractor Gold e cilindros hidráulicos da Topco. Com um estoque de

mais de 30 mil itens para pronta entrega, a empresa ressalta que, além da qualidade desses produtos, o usuário ganha com a flexibilidade e assistência técnica de uma companhia com mais de 23 anos de experiência no setor. Com a franca expansão das atividades de mineração, ela espera atingir um crescimento de 35% nesse mercado. Para isso, a empresa aposta na logística para pronto atendimento aos clientes e na especialização técnica da equipe de profissionais para serviços de suporte em peças de reposição das principais marcas de equipamentos. A Carajás Maxxi é uma empresa do grupo paulista Hidrau Torque.

www.carajasmaxxi.com.br

ELECTRO AÇO ALTONA Fabricante de peças sobressalentes para bombas de polpa, como carcaças, rotores e placas, a empresa foca sua participação no evento com os componentes para bombeamento de lama de minério. “Elas são produzidas em aços e ligas especiais, que proporcionam alta resistência ao desgaste”, afirma a companhia.


MANUTENÇÃO TECNOLOGIA

Os materiais apresentam características de elevada dureza, geralmente acima de 550 HB, para utilização em pequenas bombas (de baixa pressão) ou peças fundidas de até 10 t. Segundo a empresa, os atuais projetos vêm sendo desenvolvidos dentro das próprias fundições, o que contribui para um ótimo rendimento desses equipamentos. A aposta nos sobressalentes para bombas de polpa é alta, devido aos inúmeros projetos previstos no setor de mineração. Com instalações em Blumenau (SC), a Altona tem capacidade instalada para 1.200 t/mês de peças fundidas brutas, usinadas e acabadas. Ela dispõe de engenharia para produzir peças com até 10 t de peso unitário, dentro de uma vasta possibilidade de ligas, e possui flexibilidade para o fornecimento de grandes e pequenos lotes, além de oferecer serviços de suporte pré e pós-vendas aos clientes.

de material (CFMTS). “Com a utilização do CFMTS, reduzimos o desgaste das correias transportadoras e sua vida útil aumenta em até cinco vezes, além de se tornarem desnecessárias as camas de impactos, guias laterais e alinhadores; com isso, a vida útil dos limpadores dobra”, ele afirma. www.flexco.com

TECNO MOAGEIRA essa aplicação. Com o tempo, deram origem a outras famílias de limpadores para aplicações mais especificas: Rockline, Mineline e Pro-V. Segundo Daltro-Santos, esses dispositivos contam com soluções tecnológicas inovadoras, como a transferência de carga com controle de fluxo

Com nova identidade visual, a Tecno Moageira S/A Equipamentos Agro-Industriais destaca na Exposibram 2007 sua linha de produtos para mineração. Fundada há 41 anos, em Porto Alegre (RS), ela dedicou-se inicialmente à produção de equipamentos para moinhos e silos de cereais. Na

www.altona.com.br

FLEXCO Desenvolvidos inicialmente na Austrália, em parceria com a empresa Belle Banne, os acessórios para correias transportadoras da Flexible Steel Lacing Company (Flexco) também serão apresentados durante o evento. A linha é composta por limpadores de correias e grampos especiais para emendas mecânicas, entre outros produtos, conforme explica Andre Daltro-Santos, gerente da empresa para o Mercosul. “Suas principais características são a eficiência de até 98% na limpeza e o fato de trabalharem juntos, o que é único no mercado”, diz ele. Inventora do conceito de emendas mecânicas, a empresa identificou essa necessidade do mercado e buscou parcerias, nos anos 1970, para desenvolver o conceito de limpeza sem danos às correias. Desenvolvidos pelo grupo Flexco Belle Banne, os limpadores da linha “Eliminator” representam ainda hoje sistemas avançados para

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EXPOSIBRAM 2007

última década, entretanto, ampliou o seu foco de atuação para o setor de mineração, em especial os produtores de fertilizantes e cimento. Nessa área, ela desenvolve elevadores de caçamba de até 2.000 t/h de capacidade e transportadores de correia, entre outros sistemas. A empresa projeta equipamentos em regime turnkey, atendendo todo o território nacional, além dos países do Mercosul e outros. Em 2006, ela forneceu o maior carregador móvel de navios para commodities agrícolas do mundo, com capacidade para 3.000 t/h, e esse ano atendeu um pedido para carregadores de quatro torres fixas, totalizando 6.000 t/h de carga. Ainda esse ano, a fabricante trabalha no desenvolvimento de um carregador de navios para minério de ferro. Acompanhando a tendência internacional, ela possui uma divisão de eletroeletrônica independente, atuando nas áreas de instalação de subestações de força e iluminação, além de sistemas de controle, supervisão e automação industrial dos seus equipamentos. www.tecnomoageira.com.br

ção para equipamentos, já que a produção ficava em São Paulo. Entre os destaques reservados para a Exposibram 2007 estão as caçambas desenvolvidas para carregadeiras e escavadeiras em geral, além de peças como braços, elos, alavancas, barras equalizadoras, shanks, pinos, buchas e eixos. Segundo a empresa, os produtos são projetados para serviços pesados e fabricados com aço de liga especial, o que proporciona sua maior durabilidade. “Nossa filosofia é a de desenvolver produtos de alto desempenho para aplicações severas, de forma a oferecer uma boa relação custo/benefício e de material aplicado sobre o peso final desses componentes”, afirma o gerente Comercial Carlos Alberto do Nascimento. Com isso, além da elevada durabilidade dos produtos, ele ressalta a possibilidade de reparos periódicos a um custo menor, sem a paralisação dos equipamentos por longos períodos.

www.pticorp.com.br

RASPER

www.copermape.com.br

COPERMAPE

PTI-FALK

Durante o evento, a Copermape apresenta seu trabalho de desenvolvimento de peças customizadas para equipamentos pesados e anuncia a expansão das instalações em Belo Horizonte (MG). A empresa vai construir uma área de 3.400 m2, anexa à instalação existente, para abrigar os setores de produção e prestação de serviços de recuperação. Atuando há 13 anos na capital mineira, ela concentrava nesse local as atividades de comercialização de peças de reposi-

A empresa lança durante o evento sua nova linha de acoplamentos Ecotork, do tipo torsionalmente flexível, o que permite a absorção de choques e vibrações provenientes das máquinas acionadas e acionadoras. Segundo a PTI – Power Transmission Industries do Brasil, os dispositivos foram projetados em 3D, de forma a se obter a melhor relação de capacidade por peso do mercado. Eles estão disponíveis em 13 tamanhos, com capacidade de furação de

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até 500 mm (20”). São desenvolvidos em três formatos construtivios: TTC, TTM e TTF. O primeiro se caracteriza pelo seu menor comprimento total, contando com cubo e porta-elementos em peça única. Já o TTF tem porta-elementos flangeado ao cubo, facilitando seu desacoplamento das máquinas. O modelo TTM é uma solução mista, no qual uma metade do acoplamento usa a forma flangeada e a outra é mais compacta.

O sistema de abatimento de pó e os raspadores de correias figuram entre os destaques a serem apresentados pela Rasper Indústria e Comércio de Equipamentos Industriais, juntamente com os demais produtos de sua linha para mineração. Segundo Marcos Visentim Ortiz, engenheiro da empresa, o sistema de aspersão por bicos spray, usado para controle de emissão de pó em britagens e pontos de transferência em transportadores de correias, não necessita de compressores nem da adição de produtos químicos. “Por isso, ele apresenta baixo custo inicial e operacional, além de exigir menor consumo de água.” Já os raspadores primários de correia, com lâmina em poliuretano de alta durabilidade, removem o material aderido à cinta no tambor de descarga, depositando os resíduos removidos dentro do chute. “Devido ao formato de suas lâminas, elas mesmas se autoafiam com o desgaste, o que mantém a eficiência da limpeza e protege a correia”, ressalta Ortiz. A empresa também possui sistema de tensão em poliuretano, que é compac-



EXPOSIBRAM 2007

to e dispensa regulagens constantes. Segundo o engenheiro, os raspadores secundários têm lâminas em carbeto de tungstênio, proporcionando um grau elevado de limpeza e maior vida útil da lâmina. Eles contam ainda com sistema de amortecimento de lâminas e do conjunto, de forma a evitar danos à correia. Estão disponíveis para transporte de materiais com temperaturas elevadas, acima de 200 ºC, e para transportadores de correias reversíveis. www.rasper.com.br

PLANAR EQUIPAMENTOS E LOGÍSTICA Com 13 anos de atuação no mercado de locação de equipamentos, a empresa apresenta sua frota para serviços de movimentação de carga (caminhões guindautos e guindastes sobre chassi comercial), movimentação de materiais e concretagem. Com enfoque na logística e suporte aos clientes, Severo Amâncio Barcelos, do departamento Comercial da locadora, ressalta as vantagens ao se alugar um equipamento. “A empresa não precisa fazer investimentos, incorrendo em capital imobilizado, além de eliminar custos com manutenção, operadores, peças de reposição e treinamento de pessoal; tudo isso sem contar o risco de ficar com o equipamento parado e a vantagem de dispor sempre do modelo mais adequado para a necessidade imediata”, diz ele. Entre os equipamentos para içamento de cargas disponíveis para locação, a empresa dispõe de modelos da Madal

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Palfinger, como o MD 8.504 (lança de 8,5 m sem jib, capacidade de carga de 2,9 t com 3 m de lança aberta e carroceria de 6 m), o MD 11.504 (lança de 11,5m sem jib, capacidade de 3,8 t com 3 m de lança aberta e 6,5 m ou 7,2 m de carroceria) e o MD 40.507/43.607 (lança de 17 m sem jib, capacidade de 10,3 t com 3,5 m de lança aberta e 7 m de carroceria). Ela também dispõe de PK 38.502 (lança de 23 m sem jib, capacidade de 10,4 t com 4 m de lança aberta e 7 m de carroceria). www.planarequipamentos.com.br

MARTIN ENGINEERING Durante o evento, a empresa expõe suas soluções para os cuidados com transportadores de correia, como filtros inseríveis, pontos de transferência com controle passivo de fluxo e transportador sustentado por ar. Seu dispositivo de captura de pó emprega filtro de manga em formato de envelope, o que resulta num sistema de menor tamanho e maior eficiência em área de captação. Outra vantagem é o ventilador de sucção, que permite maiores vazões no despoeiramento. O tecido dos filtros de mangas possui uma tecnologia de forma a prolongar a sua vida útil, com tratamento superficial que diminui a impregnação da poeira sobre o mesmo. Após a aplicação de jatos pulsantes, todo o pó capturado é lançado ao mesmo ponto de geração, o que simplifica as instalações, pois se dispensa o uso de dutos de captura e centrais de despoeiramento. Já o transportador de correia sustentado por ar dispensa compressor de ar, roletes transportadores laterais, lubrificação de rolete e ajuste das ve-

dações, evitando derramamentos de material em seu entorno. Com isso, o sistema evita a geração de poeira e elimina ruídos dos rolamentos. Segundo a empresa, os pontos de transferência com controle passivo de fluxo são especialmente projetados para cada tipo de aplicação. Eles conduzem o fluxo do material, com seu direcionamento e despejo na correia de carga em velocidades e direções apropriadas, além reduzirem a indução de ar. Dessa forma, o sistema minimiza o impacto do material sobre a correia, reduz o desgaste dos componentes e a geração de poeira. www.martin-eng.com.br

BRITANITE Uma nova unidade móvel de bombeamento (UMB), com capacidade de 1 t de explosivos, será lançada pela empresa durante o evento. Desenvolvida para atender as necessidades de desmonte em mina subterrânea, onde o terreno exige veículos preparados para operar em condições extremas, como pouca aderência e elevada inclinação, ela apresenta dimensões compactas. Com isso, a altura do teto da mina também deixa de ser um problema. O equipamento foi adaptado sobre chassi de utilitário Ford F-4000, que recebeu um eixo de tração dianteira e se converteu em 4x4. Os implementos incorporados foram desenvolvidos pela empresa, como as linhas de unidades móveis de bombeamento do tipo Repump (de 1 a 12 t) e do tipo 3T (de 6 a 18 t), que já atuam em diversas operações no Brasil e exterior. “Nosso propósito é o de oferecer um equipamento que proporcione segurança e rapidez à operação”, afirma o gerente de Equipamentos da empresa, Everlando Burkoth. Ele ressalta que a Britanite foi a pioneira no lançamento de unidades móveis de bombeamento no Brasil, em 1984. Outra novidade reservada pela empresa será o HotShot, um sistema de detonação eletrônico de explosivos, autoprogramável e de



EXPOSIBRAM 2007 alta precisão, que começa a ser comercializado a partir de setembro. Segundo a fabricante, sua eficiência possibilita maior aproveitamento da energia do explosivo, resultando numa melhor fragmentação da rocha e na otimização dos processos subseqüentes de carregamento, transporte e britagem. www.britanite.com.br

WEATHERHAVEN As barracas em PVC especial da canadense Weatherhaven já estão disponíveis no Brasil com fabricação local desde 2005 e poderão ser observadas no estande da empresa na Exposibram 2007. Desenvolvidas para abrigar os pesquisadores durante a exploração do Ártico, onde os alojamentos precisam suportar temperaturas de 50 o negativos e ven-

tos de 100 km/h, elas são indicadas para uso em serviços de levantamento geológico e construção em áreas inóspitas, bem como em aplicações militares. São indicadas para uso como alojamentos, refeitórios, espaços para lazer, instalações sanitárias, unidades de pronto-socorro médico, escritórios, oficinas e depósitos. Fáceis de transportar, elas possibilitam a montagem de um acampamento de 400 pessoas no prazo de duas semanas e, segundo a empresa, atingem uma vida útil de 10 anos, permitindo sua reutilização em vários projetos. Devido a essa característica, a empresa fornece essa solução para a mineradora BHP Billiton desde meados dos anos 1990 e, no Brasil, atendeu a Techint na obra de implantação do mineroduto da Samarco, bem como as construtoras envolvidas na instalação do gasoduto Urucu-Manaus (Andrade

Gutierrez, Skanska, Camargo Corrêa e Carioca Engenharia). As barracas dispõem de uma estrutura metálica pré-tensionada, coberturas de lona com proteção UV, portas e janelas, bem como uma instalação elétrica tipo “plug and play”, que exige apenas uma fonte externa de energia. Podem contar ainda com ar condicionado. www.weatherhaven.com



ENTREVISTA

Paulo Camillo Penna

O SETOR MINERAL MERECE

MELHOR TRATAMENTO Previsibilidade para a realização de negócios e transparência nas regras do jogo são as bandeiras escolhidas pelo advogado Paulo Camillo Penna, presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), na defesa dessa atividade econômica. No momento em que o País se consolida entre os principais fornecedores mundiais de commodities minerais, indispensáveis para a sustentação do crescimento econômico global, ele aponta os hiatos legais que ainda emperram o desenvolvimento do setor, como a falta de regulamentação para mineração em terras indígenas, por exemplo. “A mineração responde por quase 6% do Produto Interno Bruto (PIB) do País e por mais de 21% do saldo positivo em nossas exportações, mas para uma atividade que gera 13 empregos indiretos diante de cada posto de trabalho criado, ainda não recebemos por parte do governo o merecido tratamento em termos de arcabouço legal e investimentos em pesquisa”, diz ele. Camillo Penna cedeu entrevista a M&T às vésperas do 12º Congresso Brasileiro de Mineração – Exposibram 2007, quando os profissionais do setor se reúnem para debater o futuro e as perspectivas para a atividade minerária no País. Veja suas opiniões a seguir: M&T – Qual a situação da mineração no Brasil e o papel que o País desempenha em termos globais nesse setor? Penna – Pelo potencial de suas reservas, o Brasil figura como “vedete” na mineração mundial e é um dos principais fornecedores globais de commodities. A participação do setor no Produto Interno Bruto (PIB) cresceu de 4,88%, em 2003, para 5,95% no ano passado e esperamos encerrar 2007 com algo em torno de 6,5%. As exportações minerais também aumentam vertiginosamente e já representam mais de US$ 40 bilhões,

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ou 21,3% do saldo positivo em nosso comércio exterior. Em função dessa realidade e da perspectiva de crescimento sustentado da economia global, revimos nossas projeções de investimento no setor e avaliamos que o País deve atrair o aporte de US$ 28 bilhões em novos projetos até 2011. M&T – Muito desse resultado se deve à demanda por minério de ferro e às boas negociações de preço empreendidas pela CVRD, mas existem outros minerais... Penna – Exatamente. É inegável a importância do minério de ferro, que apenas no primeiro semestre desse ano

somou US$ 6,37 bilhões em exportações, um valor 21,5% maior que no mesmo período de 2006. Mas o Brasil produz cerca de 100 substâncias minerais relevantes, das quais podemos citar o cobre, segmento no qual caminhamos para a autosuficiência, e o níquel, um minério estratégico devido a sua aplicação em alta tecnologia. Temos fortes investimentos nessa área com os grupos Votorantim e Anglo American. Além disso, a aquisição da canadense Inco pela CVRD certamente vai proporcionar transferência de tecnologia em mineração de níquel para o Brasil. M&T – O que as empresas do setor


MANUTENÇÃO TECNOLOGIA

têm feito para agregar valor à exportação de minérios? Penna – Evoluímos em vários segmentos, como no caso das rochas ornamentais, onde a venda de blocos cedeu espaço à de chapas beneficiadas, que têm maior valor agregado. Com isso, nossas exportações nessa área saltaram de US$ 300 milhões, em 2001, para US$ 1,15 bilhão, no ano passado. O design brasileiro também está ajudando a impulsionar o setor de pedras preciosas e não podemos nos esquecer do minério de ferro, onde há tempos os produtores beneficiam o minério para exportação como pelota. Essa verticalização também pode se estender à bauxita, com sua exportação como alumina, mas nesse ponto esbarramos na deficiência de infra-estrutura de energia para a geração do produto. M&T – Nesse cenário, podemos dizer que o Brasil é atrativo para investimentos em mineração?

El sector mineral merece un tratamiento primordial La previsibilidad para la realización de negocios y la transparencia en las reglas de juego son las banderas que ha elegido el abogado Paulo Camillo Penna, presidente del Instituto Brasileño de Minería (Ibram), para defender esta actividad económica. En la medida que el País se consolida entre los principales proveedores mundiales de materias primas minerales, indis pensables para la consolidación del crecimiento económico mundial, Penna habla sobre los obstáculos legales que todavía limitan el de sarrollo del sector, como, por ejemplo, la falta de una reglamentación que regule la actividad minera en las tierras indígenas. “ L a m i n e r í a re p re s e n t a a p ro x i -

m a d a m e n t e e l 6 % d e l Pro d u c t o Interno Bruto (PIB) del Brasil y m á s d e l 2 1 % d e l s a l d o c o m e rc i a l p o s i t i v o d e l a s e x p o r t a c i o n e s , p e ro para una actividad que genera 13 e m p l e o s i n d i re c t o s p o r c a d a p u e s t o d e t r a b a j o c re a d o , t o d a v í a n o h e m o s re c i b i d o , p o r p a r t e d e l g o b i e rn o , e l t r a t a m i e n t o p re f e re n c i a l e n lo concerniente a la normativa le gal y la inversión en investigación q u e m e re c e m o s ” , e x p l i c a . C a m i l l o Pe n n a c o n c e d i ó u n a e n t re v i s t a a M&T en vísperas del Decimose g u n d o C o n g re s o B r a s i l e ñ o d e M i nería –Exposibram 2007, cuando l o s p ro f e s i o n a l e s d e l s e c t o r s e re ú n e n p a r a d e b a t i r e l f u t u ro y l a s perspectivas para la actividad minera en el Brasil.


ENTREVISTA zou concurso para contratar 300 profissionais, isto 29 anos depois das últimas contratações. M&T – A questão ambiental está bem resolvida no âmbito das grandes mineradoras, mas as pequenas ainda deixam a desejar nesse quesito, não é mesmo? Penna – Nas questões ambientais não podemos classificar as empresas entre grandes e pequenas, mas entre as que seguem a legislação e as que não seguem; entre as companhias legalmente constituídas e as empresas informais. Para essas últimas, só a fiscalização funciona como instrumento de combate. A preocupação ambiental adquiriu tamanha importância que vem sendo considerada até mesmo na liberação de financiamentos ou nos juros cobrados, mesmo por parte de agentes financeiros nacionais, como é o caso da linha Finame.

"Com todo o desempenho da mineração, apenas 20% do nosso território conta com levantamento geológico..." Penna – Sem dúvida, mas existem certos entraves na legislação e no ambiente econômico que impedem o aporte de mais recursos em mineração. O investidor quer previsibilidade e clareza nas regras, o que não temos em alguns setores. Falta previsibilidade na questão das licenças minerais, por exemplo, cujos prazos para obtenção não seguem de forma linear. Também falta uma definição de atribuições na legislação ambiental e a regulamentação de alguns dispositivos estabelecidos pela Constituição de 1988, como é o caso da mineração em terras indígenas. M&T – Quais são os entraves econômicos? Penna – O assunto não chega a representar um entrave econômico, mas o projeto de lei em análise pelo governo para criar recursos destinados às unidades de conservação constitui uma bitributação. O projeto estabelece um recolhimento destinado a essa conservação, mas as empresas já arcam com todos os custos relativos às com-

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pensações estabelecidas pelos estudos de impacto ambiental (EIA/Rima). M&T – Como é a proposta desse projeto? Penna – Ele cria um piso de 0,5% dos investimentos para recolhimento e não estabelece um teto, ou seja, o investidor arca com os custos de todas as compensações ambientais do EIA/Rima e ainda surge mais esse tributo. Nosso setor gera 13 empregos indiretos para cada posto de trabalho criado e, com todas as divisas que traz para o País, ressente de uma atenção do governo em termos de políticas públicas e investimentos em pesquisa. Essa falta de atenção é perceptível na estrutura do Ministério de Minas e Energia, onde a Secretaria de Minas dispõe de uma pequena estrutura. Em relação à pesquisa, basta dizer que, com todo esse desempenho da mineração brasileira, apenas 20% do nosso território conta com levantamento geológico. Outro exemplo é o desaparelhamento do Departamento Nacional de Pesquisa Mineral (DNPM), que em junho reali-

M&T – Mas os grandes investimentos no setor passam por essa linha de empréstimos? Afinal, geralmente são aportes ancorados em contratos de fornecimento no exterior... Penna – Essa questão vem em boa hora, pois sempre que se fala dos investimentos no setor, as pessoas imaginam os megaprojetos das grandes mineradoras. Mas o setor é constituído por uma quantidade enorme de empresas de pequeno e médio porte. Para elas, podemos dizer que a disponibilidade de crédito e os juros praticados no mercado brasileiro têm viabilizado os financiamentos em projetos minerais. O problema é a necessidade de garantia nessas operações de crédito, que sempre inviabiliza o negócio devido ao fato de o tomador estar descapitalizado. Nesse sentido, o governo está elaborando um projeto destinado e viabilizar essa garantia por meio do título de direito minerário. O Ibram apóia essa iniciativa e colaborou na sua formatação, pois acreditamos que dessa forma é possível criar um mercado forte o suficiente para alavancar recursos para o setor, a exemplo de como a bolsa de valores canadense fez com as junior companies daquele país.


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ELETRÔNICA EMBARCADA Mina da CVRD: sistema gerencia despacho e operação dos equipamentos

Foto: CVRD

PRODUTIVIDADE MONITORADA

À DISTÂNCIA

Sistemas geram centenas de informações e cabe aos usuários identificar os dados necessários à melhor gestão de sua frota, de forma a otimizar os custos e a produtividade com os recursos embarcados disponíveis Por Rodrigo Conceição Santos

Excesso de informação também pode se transformar em problema. Os usuários de máquinas pesadas já enfrentam essa situação diante dos avanços que os equipamentos forade-estrada incorporaram em termos de eletrônica embarcada. Recursos de telemática e novas tecnologias para a transmissão de dados por rede sem fio já permitem monitorar a frota remotamente com centenas de informações sobre sua operação, desempenho e o comportamento de peças e subconjuntos. Nesse cenário, em que pese a falta de interoperabilidade entre os sistemas de diferentes fabricantes, mais importante que gerar informações

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é selecionar aquelas realmente importantes para a gestão do parque de máquinas. Na opinião de Luso Ventura, diretor da Netz Automotiva, as soluções de monitoramento remoto da frota tendem a evoluir do estágio atual, baseado apenas na conectividade e sem foco na gestão, para uma fase em que a tecnologia se prestará a oferecer um fluxo de informações úteis à tomada de decisões. “Para isso, é preciso que os dados gerados sejam organizados por empresas especializadas em gestão da informação e atendam as necessidades gerenciais de cada companhia”, diz ele.

A lógica vale para construtoras, mineradoras, companhias agrícolas, usinas de açúcar e álcool, locadoras ou qualquer outra empresa usuária de equipamentos pesados, guardadas as peculiaridades de cada operação e a estrutura organizacional da empresa em questão. Como exemplo, Ventura cita que sensores instalados no circuito hidráulico das máquinas permitem monitorar via GPS (Sistema de Posicionamento Global) os teores de partículas no fluído, a presença de água e sua acidez, identificando os tempos de troca de óleo e antecipando as paradas para manutenção.


MANUTENÇÃO TECNOLOGIA

Ganhos na operação Os ganhos de produtividade obtidos com a maior disponibilidade das máquinas compensam os investimentos na instalação do sistema e os custos com a transmissão dos dados, seja por satélite – mais oneroso e de ampla cobertura – ou por rede de telefonia celular GPRS – com cobertura restrita, porém mais barata. Pelo menos, essa é a opinião das empresas que já usam a tecnologia. Sua popularização, aliás, levou a Komatsu a instalar seu sistema de monitoramento remoto, o Komtrax, como item de série para os equipamentos da marca. Além das funções de localização e criação de “cerca eletrônica”, ele acompanha as horas trabalhadas, o consumo de combustível (em alguns modelos), as pressões e temperaturas dos diversos sistemas da máquina, entre outros parâmetros, fornecendo relatórios e programando as paradas

para manutenção. Entre os benefícios proporcionados pelo monitoramento remoto, aliás, os usuários citam a maior assertividade na manutenção e as melhorias na operação. Como o sistema detecta as falhas do operador, é possível planejar cursos de treinamento adequados às necessidades de campo e estabelecer políticas de bonificação aos melhores profissionais. O assunto foi tema do último workshop realizado pela Sobratema, em julho, reunindo depoimentos de usuários de equipamentos pesados dos mais diferentes segmentos (veja box na página 65). No caso da Sotreq Rental, por exemplo, o uso dessa tecnologia está contribuindo para a melhor gestão das máquinas locadas pela empresa. “Identificamos os itens mais críticos em nossa operação e construímos soluções de telemática que informam as ocorrências geradas pelas máquinas”,

Productividad monitorizada a distancia El exceso de información también puede convertirse en un problema: los usuarios de maquinaria pesada están enfrentando esta situación debido a los adelantos tecnológicos incorporados a los equipos fuera de carretera en lo concerniente a sistemas electrónicos incorporados. Los recursos telemáticos y los nuevos sistemas de transmisión de datos por redes inalámbricas permiten monitorizar la flota a distancia y acompañar cientos de datos sobre la operación, el desempeño y el comportamiento de componentes y sistemas. En esta situación, más importante que la generación de datos, es la selección de la información realmente importante en el contexto de la gestión de la flota. Según la opinión de Luso Ventura, di-


ELETRÔNICA EMBARCADA

Usina Santa Cruz Sistema acompanha desempenho dos operadores

Foto: Unica

Uma redução de 18% nos custos no pedal de embreagem.” com combustível e com a manutenPor meio da rede de telefonia ceção dos caminhões foi a economia lular GPRS, o sistema monitora esses obtida pela Usina Santa Cruz ao parâmetros em tempo real, além de implantar o monitoramento remoto informar o posicionamento geográda sua frota de transporte entre as fico dos caminhões e criar cerca áreas plantadas e o processamento eletrônica. “Dessa forma, criamos para produção de açúcar e álcool. um ranking dos operadores para boLocalizada na região de Ribeirão nificar os melhores e treinar os que Preto (SP), a empresa opera com incorrem em falhas.” 84 caminhões e, nos períodos de As informações estão integradas safra, mobiliza mais de 300 moto- ao sistema de gestão da companhia ristas, conforme explica Francisco (ERP) e as estatísticas de eficiência Antonio Cabeça, coordenador de e desempenho resultam de uma anámanutenção e colheita. “Do nosso lise contratada junto a uma empresa custo com matéria-prima, 32% cor- terceirizada, a Netz Automotiva. Com responde ao corte, carregamento e esse trabalho, Francisco Cabeça afirtransporte da cana”, diz ele. ma que a produtividade no transporte Devido à relevância dessas ativi- aumentou em 9% e a disponibilidade dades para o negócio da empresa, mecânica dos caminhões saltou de o especialista diz que o objetivo era 80% para mais de 85%. estabelecer um sistema de gestão da frota baseado na medição de desempenho dos operadores. “Com os recursos empregados, monitoramos os ciclos e diversos parâmetros, incluindo a velocidade, a rotação do motor, o consumo de combustível e até mesmo falhas como dirigir com o motor desengatado ou com o pé apoiado Tecnologia aumenta disponibilidade da frota em 9%

diz Rodrigo Pautilho, da área de locação da empresa. Entre os parâmetros monitorados, ele cita a apuração do horímetro e sua contribuição para a melhoria nas ações preventivas. O sistema gera históricos sobre as manutenções realizadas e programa as paradas das máquinas. Ele também acompanha o consumo diário de combustível, os códigos de falhas de cada unidade e emite sinal de alerta diante de um erro de opera-


Foto: New Holland

MANUTENÇÃO TECNOLOGIA

Agricultura de precisão: maior produtividade com economia nos insumos

ção. “As máquinas são equipadas com quatro canais digitais que permitem verificar a pressão de óleo do motor, a tensão da esteira, o acionamento de implementos e as operações realizadas com o motor ligado.” Como os equipamentos são mobilizados numa ampla região do País, Pautilho explica que a transmissão dos dados é feita via satélite, possibilitando sua localização e a criação de cercas eletrônicas. Agricultura de precisão A busca de maior produtividade na lavoura está impulsionando não apenas o monitoramento remoto das máquinas, mas também o uso de vários recursos de telemática aos quais se convencionou chamar de “agricultura de precisão”. Segundo Gregory Brian Riordan, especialista de marketing da fabricante de equipamentos agrícolas AGCO, essa tecnologia permite aplicar as quantidades certas de fertilizantes e

rector de Netz Automotiva, la tendencia de las soluciones de monitorización remota de la flota es que evolucionen del estado actual, en que se basan solo en la conectividad sin centrarse en la gestión, a una fase en que la tecnología podrá ofrecer un flujo de información útil a la toma de decisiones. “Para conseguirlo, es necesario que las empresas especializadas en la gestión de la información organicen los datos generados en función de las necesidades gerenciales de cada empresa”, dice. La lógica se aplica a las empresas mineras, constructoras, compañías agrícolas, ingenios productores de azúcar y alcohol, arrendadores y a cualquier otro tipo de empresa que use maquinaria pesada, teniendo en cuenta las peculiaridades de cada operación y la estructura organizativa específica de la empresa. A modo de ejemplo, Ventura cita que sensores instalados en el circuito hidráulico de las máquinas permiten monitorear, vía Sistema de Posicionamiento

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ELETRÔNICA EMBARCADA

Além da segurança, com rastreamento e "cerca eletrônica", sistema monitora componentes das máquinas

CVRD Tecnologia melhora aproveitamento das reservas minerais Com a experiência de quem realiza o gerenciamento remoto da frota há uma década, a Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) talvez represente o caso mais consolidado de uso da eletrônica embarcada em equipamentos fora-deestrada no Brasil. Operando nas minas de Itabira, Alegria, Brucutu e Fábrica – todas em Minas Gerais – além dos complexos de Carajás e Sossego, no estado do Pará, o sistema realiza o despacho dos caminhões de forma a proporcionar sempre uma alocação ótima de recursos para as tarefas de carregamento e transporte. Como o processamento do minério exige a mistura de materiais escavados em várias frentes, para se atingir os teores exigidos pelo mercado, os caminhões precisam se deslocar entre diferentes áreas de lavra – em geral distantes umas das outras. O sistema também melhora o aproveitamento das reservas minerais disponíveis e, segundo informações já divulgadas pela CVRD, seria responsável por um aumento de 15% na produção da mina de Itabira desde sua implantação.

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Apenas nessa mina, o monitoramento remoto abrange uma frota de 150 equipamentos de carregamento e transporte de minério, bem como a planta de britagem, perfuratrizes, tratores e motoniveladoras. Segundo Flávio Coimbra, técnico de produção da CVRD, o sistema gera informações gerenciais sobre todas as Sistema acompanha desempenho dos operadores máquinas, identificando ocorrências e otimizando sua operação Ele gera análises de desempenho, por e manutenção. “Ele informa a velocidade turno de trabalho e individualmente de percurso dos caminhões, vazios ou para cada operador, indicando suas carregados, identificando tempos de ma- metas de produção e os resultados nobra, basculamento e quantas unidades obtidos. Segundo Coimbra, essa visão serão necessárias para atender a produ- detalhada permite otimizações mesmo em situações que se julgavam ideais. ção de uma escavadeira ou do britador.” “Podemos identificar que determinaDesenvolvido pela Modular Mining do operador está cumprindo os ciclos System, o sistema emprega antenas dentro do prazo determinado, mas exe repetidoras para a transmissão dos cede a velocidade de transporte para dados, por radiofreqüência e GPS, en- compensar uma perda de tempo no tre o computador de bordo dos equipa- carregamento ou na fila de espera, o mentos e a central de monitoramento. que não é o correto.”

Foto: CVRD

sementes em cada ponto do terreno, de acordo com suas características de solo. “Em agricultura sempre se planejou tudo pela média, tanto na produção como na demanda de insumos, mas as condições variam dentro de uma mesma lavoura e as máquinas já estão preparadas para essa realidade”, diz ele. Com um mapeamento do solo e o gerenciamento das máquinas via satélite, ele explica que é possível corrigir o fator de PH e aplicar a taxa correta de defensivos em cada ponto da lavoura, atingindo alto rendimento em toda a área plantada. O monitoramento remoto da frota permite ainda a operação automática dos equipamentos, proporcionando maior regularidade geométrica dos talhões. “Isso elimina falhas e sobreposições na apli-


Construtora Norberto Odebrecht Monitoramento da frota chega aos canteiros de obras “Do ponto de vista dos usuários de equipamentos, podemos dizer que existem muitas alternativas para o monitoramento remoto das frotas; o problema é que a maioria das soluções desenvolvidas pelos fabricantes tem foco nas máquinas e não na gestão do negócio.” Com essa afirmação, o diretor de Equipamentos da Construtora Norberto Odebrecht, Afonso Mamede, explica os parâmetros que nortearam a empresa na implantação desse sistema. Desde junho, a construtora vem implantando o monitoramento remoto da frota de caminhões com uma tecnologia híbrida, que permite o envio de dados via satélite ou GPRS. “Ele prioriza a rede de telefonia celular, que implica menores custos de transmissão, mas quando deparamos com problemas de cobertura em determinada região, o sistema via satélite entra em operação”, explica Mamede. Segundo ele, a gestão remota dos veículos não fica comprometida nem em operações subterrâneas, como obras de túneis, por exemplo, onde somente uma tecnologia es-

pecial poderia proporcionar essa cobertura. Como o equipamento armazena os dados por longos períodos, eles são transmitidos na primeira oportunidade em que se restabelecer a conexão. O monitoramento remoto em implantação pela Odebrecht emprega a tecnologia Íris, desenvolvida pela Scania, e está sendo aplicado em todos os caminhões da construtora. “Nosso objetivo é criar um banco de dados que permita visualizar o desem- Ao entrar no caminhão, operador se penho dos equipamentos por loga ao sistema para possibilitar o obra, por região e por país”, monitoramento afirma Mamede. Ele espera do pessoal. Com a transmissão dos dispor de informações que permitam otimizar a produção, a sinais vitais dos equipamentos em tempo real, incluindo consumo de manutenção e segurança da frota. Os ganhos na produção devem combustível, rotação do motor e vir com o melhor controle do ciclo outros parâmetros, o sistema tamde operação e com a correta alo- bém pode proporcionar economia cação da frota para a necessida- na manutenção. Já os ganhos de de de cada canteiro. Além disso, segurança se associam ao rastreo monitoramento permitirá acom- amento, criação de cercas eletrôpanhar o desempenho de cada nicas e acompanhamento de falhas operador, estabelecendo políticas na operação, como excessos de para a premiação ou treinamento velocidade, por exemplo.

Foto: Scania

MANUTENÇÃO TECNOLOGIA


Foto: Case

ELETRÔNICA EMBARCADA

Informações geradas permitem adequar o treinamento dos operadores e bonificar os melhores

cação das sementes, por exemplo, o que também resulta em economia de insumos e maior produtividade”, afirma Riordan. Para Bruno Hostalácio, diretor geral da Syndeo Technologies, uma boa solução de monitoramento remoto da frota deve ser flexível e permitir o uso de softwares embarcados disponíveis no mercado. Aproveitando a boa cobertura da rede celular na Finlândia, a empresa desenvolveu um sistema para acompanhamento, via GPRS, de um parque de equipamentos florestais em operação naquele país, em serviços de colheita de toras para a produção de papel e celulose. “Além da redução nos custos operacionais, obtivemos um melhor controle sobre o desempenho de cada operador com o acompanhamento em tempo real das tarefas realizadas em relação às planejadas.”

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Global (GPS), la concentración de partículas, el contenido de agua y el grado de acidez del líquido hidráulico, a fin de determinar el momento del cambio de aceite y anticipar las paradas para mantenimiento. El aumento de la productividad resultante de la mayor disponibilidad de las máquinas compensa la inversión en la instalación de los sistemas y los gastos de transmisión de los datos, ya sea por satélite –sistema más caro y de cobertura más amplia— o por la red de telefonía móvil GPRS —sistema de cobertura limitada, pero más barato—. Por lo menos es lo que opinan las empresas que están usando esa tecnología. Fue la popularización de la tecnología que llevó a Komatsu a ins talar, como componente de fábricas, su sistema de monitorización a distancia, Komtrax, en los equipos que produce. Además de las funciones de localización y creación de

una «valla electrónica», el sistema monitoriza las horas trabajadas, la presión y la temperatura de los diversos sistemas da máquina, entre otros parámetros, genera informes y programa las paradas para mantenimiento. Entre las ventajas de la monitorización a distancia, los usuarios mencionan el elevado grado de acierto del mantenimiento y las mejoras en la operación. Como el sistema detecta las fallas del operador, es posible planificar cursos de capacitación adecuados a las necesidades de campo y establecer políticas de bonificación a los mejores profesionales.

AGCO: www.agco.com.br Construtora Norberto Odebrecht: www.odebrecht.com CVRD: www.cvrd.com.br Netz Automotiva: www.netz.com.br Syndeo Technologies: www.syndeo.com.br Sotreq: www.sotreq.com.br Usina Santa Cruz: www.usinasantacruz.com.br


MANUTENÇÃO TECNOLOGIA

Evento debate benefícios e aplicações para a tecnologia

Fotos: Marcelo Vigneron

Com o tema “A Eletrônica a Serviço da Produtividade”, o segundo workshop promovido pela Sobratema em 2007 reuniu mais de 150 profissionais de equipamentos, fabricantes e distribuidores para um debate sobre os benefícios do monitoramento remoto na gestão da frota. O evento, que teve o patrocínio da Atlas Copco, Caterpillar, Cummins, Komatsu, Sandvik, Scania e Volvo, aconteceu em São Paulo, em julho último, apresentando a experiência de empresas das áreas de construção pesada, mineração, agricultura, açúcar e álcool, operação florestal e locação de equipamentos.

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ELETRÔNICA EMBARCADA

A TECNOLOGIA SE ANTECIPA À FALHA

Foto: Marcelo Vigneron

Proporcionar maior disponibilidade aos equipamentos, com previsibilidade das paradas para consertos e menores índices de ações corretivas, constitui um dos fatores que norteiam a evolução da eletrônica embarcada no segmento de máquinas fora-de-estrada. Nessa área, os sistemas de diagnose de falhas surgem como aliados da manutenção e até mesmo do pessoal de produção no canteiro de obras. Os principais fabricantes de equipamentos desenvolvem sistemas embarcados para facilitar a identificação de problemas na máquina. Dessa forma, ao acessar o código de falhas, o mecânico ou até mesmo o operador sabem o que está ocasionando o problema e qual o procedimento para sua solução. No caso da Volvo Construction Equipment, a tecnologia VCADS Pro opera com até cinco computadores instalados no equipamento, conforme explica Rodrigo Santos, engenheiro de marketing e vendas da empresa. Os computadores armazenam os códigos de falhas e as informações podem ser extraídas por meio de um laptop plugado ao sistema. “É possível diagnosticar centenas de tipos de falhas, até mesmo nos sensores do equipamento, além de uma infinidade de possibilidades”, diz Santos. Entre elas, o engenheiro cita que o sistema permite testar a taxa de compressão de qualquer cilindro do motor em apenas 30 segundos. Segundo ele, se o diagnóstico fosse feito manualmente por um mecânico, esse tempo seria de no mínimo duas horas. Ao conectar o laptop ao sistema, por cabo USB ou rede local sem fio, é possível isolar

Foto: Caterpillar

Sistemas embarcados nos equipamentos identificam a ocorrência de falhas e evitam que um pequeno reparo se transforme numa extensa parada de manutenção corretiva

Com um laptop, técnico testa o motor e cria senha para sua ignição

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de forma instantânea e automática qualquer cilindro do motor para verificar a taxa de injeção de combustível e outros parâmetros. “Sem contar a possibilidade de se configurar uma senha para autorizar sua ignição, o que confere maior segurança e rastreabilidade à operação”, diz Santos. Atualmente, o diagnóstico de falhas é realizado por uma equipe de técnicos da Volvo, mas com a tecnologia Care Track, prevista para chegar ao mercado a partir de 2008, o próprio usuário poderá acompanhar esses parâmetros de forma on-line. No caso da Komatsu, o módulo de diagnóstico de falhas das máquinas acompanha o sistema de monitoramento remoto via satélite desenvolvido pela empresa, o Komtrax. A novidade é que a tecnologia Komtrax já está sendo incorporada aos equipamentos da marca como item de série. Para atender à demanda dos clientes, a distribuidora Bauko se prepara para inaugurar uma central destinada à gestão dos equipamentos Komatsu em sua área de atuação. Segundo Carlos Eduardo Mendonça, engenheiro de vendas da fabricante, o módulo de diagnóstico de falhas emite quatro tipos diferentes de alarmes, permitindo que o usuário identifique a natureza do problema e o nível de prioridade sob o qual ele deve ser tratado. “O primeiro estágio indica uma falha passível de correção pelo próprio operador”, diz ele. Nessa categoria se incluem a falta de combustível e os

excessos de carga, entre outros parâmetros. No segundo nível de alarmes, o sistema intervém diretamente sobre a máquina até a chegada de um mecânico, de forma a evitar danos maiores. “No caso de superaquecimento em um sistema, por exemplo, ele diminui automaticamente sua potência em até 30%.” Já o terceiro estágio se relaciona às falhas que exigem a parada do equipamento. “Com as ferramentas disponibilizadas pelo Komtrax, cruzamos o nível do alarme de falhas com o monitoramento dos componentes da máquina e, dessa forma, o mecânico tem a informação necessária para fazer a intervenção de forma mais ágil”. Como o sistema de diagnóstico de falhas disponibiliza os dados para o operador, ele fica informado sobre as ocorrências e pode adotar medidas de segurança diante de um problema inesperado. “Na ocorrência de um alarme de nível quatro, o operador recebe a informação para paralisar o equipamento e a central de controle do distribuidor identifica o problema, através do Komtrax. Neste momento, são identificadas as falhas e programamos a visita do mecânico até o local, já preparado para realizar o reparo, com as ferramentas e peças necessárias ao serviço”, complementa Mendonça. O módulo de diagnose de falhas das máquinas da Caterpillar também integra a o sistema de monitoramento remoto via satélite


MANUTENÇÃO TECNOLOGIA

La tecnología se anticipa a la falla

Central de monitoramento do Komtrax: sistema já sai como item de série

desenvolvido pela empresa, o Product Link. “Temos duas versões do produto, sendo que a PL321SR informa as falhas e seu nível de gravidade”, diz Laércio Soares Junior, consultor de marketing do departamento de portfólio de produtos da fabricante. Além de informar sobre a localização e horímetro do equipamento, a tecnologia monitora o consumo de combustível e fornece dados sobre a manutenção e as condições da

máquina, identificando problemas antes que se transformem em danos mais onerosos. “O sistema também permite escolher quais pessoas deverão receber o aviso de alarme em relação às falhas”, finaliza Soares.

Caterpillar: www.cat.com.br Komatsu: www.komatsu.com.br Volvo: www.volvo.com/constructionequipment

Aumentar la disponibilidad de la maquinaria, con paradas para mantenimiento programado e índices más bajos de acciones correctivas, es una de las metas que guían el desarrollo de los sistemas electrónicos incorporados en el sector de la maquinaria fuera de carretera. En esta área, los sistemas de diagnóstico de fallas son importantes aliados del mantenimiento e, incluso, del personal a cargo de la producción en las obras. Los principales fabricantes del ramo han desarrollado sistemas electrónicos incorporados para facilitar la identificación de problemas en las máquinas. De forma tal, que al acceder al código de fallas, el mecánico o el operador recibe información sobre la causa del problema y el procedimiento para solucionarlo. La información se obtiene a través del tablero de la máquina, por medio de una computadora portátil conectada al sistema o por satélite.


TABELA DE CUSTOS

CUSTO HORÁRIO DE EQUIPAMENTOS COSTO POR HORA DE EQUIPOS Propriedade

Manutenção

Mat. Rodante

Comb./ Lubr.

Caminhão basculante articulado 6x6

R$ 64,46

R$ 47,42

R$ 11,19

R$ 30,66

R$ 153,72

Caminhão basculante fora de estrada 30 t

R$ 39,89

R$ 23,95

R$ 11,19

R$ 22,23

R$ 97,26

Caminhão basculante rodoviário 6x4 (26 a 30 t)

R$ 20,48

R$ 14,40

R$ 6,79

R$ 7,67

R$ 49,33

Caminhão basculante rodoviário 6x4 (36 a 40 t)

R$ 30,94

R$ 23,21

R$ 7,04

R$ 15,33

R$ 76,52

Caminhão comboio misto 4x2

R$ 17,44

R$ 11,92

R$ 3,24

R$ 5,21

R$ 37,82

Caminhão guindauto 4x2

R$ 18,67

R$ 12,80

R$ 3,24

R$ 5,21

R$ 39,92

Carregadeira de pneus (1,5 a 2,0 m³)

R$ 29,40

R$ 15,40

R$ 3,13

R$ 13,03

R$ 60,97

Carregadeira de pneus (2,5 a 3,5 m³)

R$ 44,20

R$ 22,73

R$ 10,49

R$ 18,40

R$ 95,82

Compressor de ar portátil (250 pcm)

R$ 7,68

R$ 6,96

R$ 0,04

R$ 21,77

R$ 36,45

Compressor de ar portátil (750 pcm)

R$ 15,87

R$ 13,55

R$ 0,11

R$ 52,43

R$ 81,95

Escavadeira hidráulica (15 a 17 t)

R$ 41,50

R$ 26,75

R$ 1,61

R$ 13,80

R$ 83,65

Escavadeira hidráulica (20 a 22 t)

R$ 44,20

R$ 27,67

R$ 2,17

R$ 32,19

R$ 106,23

Escavadeira hidráulica (30 a 34 t)

R$ 81,25

R$ 50,07

R$ 4,01

R$ 45,99

R$ 181,32

Motoniveladora (140 a 180 hp)

R$ 49,98

R$ 29,40

R$ 3,74

R$ 26,06

R$ 109,18

Motoniveladora (190 a 210 hp)

R$ 49,00

R$ 29,00

R$ 3,49

R$ 30,66

R$ 112,15

Retroescavadeira

R$ 22,31

R$ 12,46

R$ 1,73

R$ 12,26

R$ 48,77

Trator agrícola

R$ 14,80

R$ 7,35

R$ 1,30

R$ 15,33

R$ 38,78

Trator de esteiras (100 a 120 hp)

R$ 57,09

R$ 29,55

R$ 2,87

R$ 19,93

R$ 109,44

Trator de esteiras (160 a 180 hp)

R$ 56,00

R$ 29,13

R$ 6,18

R$ 32,19

R$ 123,50

Trator de esteiras (300 a 350 hp)

R$ 138,13

R$ 71,07

R$ 19,60

R$ 56,72

R$ 285,52

Equipamento

Total

Os valores acima, sugeridos como padrão pela Sobratema, correspondem à experiência prática de vários profissionais associados, mas não devem ser tomados como única possibilidade de combinação, uma vez que todos os fatores podem ser influenciados pela marca escolhida, local de utilização, condições do terreno ou jazida, ano de fabricação, necessidade do mercado e oportunidades de execução dos serviços. Valores referentes a preço FOB em São Paulo (SP). Maiores informações no site: www.sobratema.org.br.

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LUBRIFICAÇÃO CENTRALIZADA Economia e produtividade para os equipamentos

Fundamental em qualquer máquina ou veículo automotor, a lubrificação exerce um papel ainda mais crítico nos equipamentos fora-de-estrada, sempre submetidos a severas condições de trabalho. Atuando como agente de preservação dos componentes, ao evitar seu desgaste por atrito e aquecimento, ela pode ser realizada de forma automatizada, com sistemas que centralizam e coordenam a aplicação de óleos e graxas em todos os pontos da máquina, nas quantidades, pressões e momentos ideais, a partir de um reservatório central. O sistema emprega uma rede interconectada de bombas, distribuidores e controladores, eliminando a interferência humana nesse processo. Com isso, ele evita desperdícios e a possível contaminação do lubrificante. Os ganhos também se refletem na economia de mão-de-obra, já que um único funcionário pode lubrificar todos os pontos da máquina e até mesmo de uma com-

plexa planta estacionária. Como o serviço ocorre com o equipamento trabalhando, seus custos de operação reduzem significativamente com a maior disponibilidade para produção. Além disso, o consumo de lubrificante pode diminuir em até 80% em comparação aos sistemas manuais, já que a quantidade de fluido aplicada é sempre a ideal para cada componente. Esse fator também contribui para a maior durabilidade das peças. No caso dos mancais, por exemplo, a vida útil pode aumentar de 400% até 1.000%, desde que sejam respeitados os ajustes e as tolerâncias para folgas indicados pelos fabricantes, bem como a correta dosagem do lubrificante. Para se obter todas as vantagens proporcionadas pelo sistema centralizado, alguns cuidados devem ser adotados na operação, inclusive para evitar contaminações de óleos e graxas. Uma inspeção freqüente de todos os pontos de lubrificação ajuda a identificar

eventuais falhas. Para isso, basta acionar o sistema com o equipamento parado e observar se o lubrificante está sendo direcionado para cada ponto nas dosagens e pressões especificadas. Caso não esteja, a primeira providência é verificar se o distribuidor encontra-se travado. Se o problema persistir, recomenda-se sua desmontagem e limpeza e, em situações extremas, até mesmo a substituição desse componente. Qualquer intervenção no sistema centralizado ou troca de alguma de suas peças deve ser acompanhada de uma verificação de todos os pontos de conexão. Vazamentos também podem comprometer a eficiência do sistema, o que exige uma inspeção constante das tubulações em busca de eventuais furos ou pontos amassados. Como as conexões podem afrouxar em função das vibrações às quais o equipamento fica submetido, entre outros fatores, recomenda-se que todos esses pontos sejam verificados regularmente. Em relação aos equipamentos fora-deestrada, duas tecnologias de lubrificação centralizada disputam a preferência dos usuários, sendo que o mais difundido no mercado é o sistema de linha simples paralelo, devido ao seu menor custo de aquisição (veja página 70). Ele opera com válvulas de pistão que avançam hidraulicamente e retornam ao ponto de partida pela ação de uma mola. Nessa arquitetura, todos os pontos de lubrificação recebem uma válvula e elas são agrupadas em barras de fixação de tamanhos variáveis. Foto: Volvo

Foto:Caterpillar

MANUTENÇÃO


MANUTENÇÃO

SISTEMA DE LINHA SIMPLES PARALELO Nesse sistema, o acionamento da bomba gera uma pressão na linha principal, que é transmitida para todas as válvulas e provoca a movimentação dos pistões em direção aos mancais, de forma a injetar o volume necessário de óleo ou graxa. A bomba conta com um mecanismo de alívio, dimensionado para vencer a pressão vinda dos pontos de lubrificação. Após o alívio da bomba e a conseqüente despressurização da linha, as molas se distendem, forçando os pistões no sentido oposto. E assim se dá a recarga e o novo ciclo de lubrificação, aproveitando a folga existente na parte superior de cada pistão.

O sistema opera numa pressão de 800 PSI e, embora os fabricantes homologuem sua aplicação com qualquer tipo de lubrificante, o uso de óleos pesados e de graxas pode comprometer seu funcionamento, uma vez que o fluxo de fluídos mais viscosos acaba reduzindo a flexibilidade da mola. A vantagem dessa tecnologia é a de permitir que um ponto de lubrificação não dependa de outro para funcionar. Mas isso não diminui a necessidade de cuidados com a manutenção do sistema centralizado, uma vez que cada ponto de lubrificação deve trabalhar corretamente, garantindo a proteção de todos os componentes da máquina contra desgastes. Vantagens Projeto simples, de instalação fácil e econômica. Os dosadores se ajustam individualmente. Projeto comprovadamente confiável.

Desvantagens Não é o mais adequado para uso de lubrificantes viscosos e em baixas temperaturas. Não recomendável para linhas de abastecimento longas entre a bomba e dosadores.

SISTEMA DE LINHA SIMPLES PROGRESSIVO Apesar de relativamente mais caro, o sistema de lubrificação de linha simples progressivo permite operar com qualquer especificação de óleo ou graxa sem comprometimento ao seu desempenho. Essa solução centraliza a pressão sobre o fluído em uma única bomba e pode ter um número variável de distribuidores interligados e dispostos para atender todos os pontos de lubrificação do equipamento. Os distribuidores são modulares, formados por seções sobrepostas, sendo que cada uma contém um pistão, orifícios e canais para o fluxo interno do lubrificante. Embora fisicamente idênticas, as seções contêm pistões de diâmetros variáveis, de acordo com as necessidades de cada ponto a ser lubrificado. No sistema progressivo, os pistões encontram-se sempre na linha principal, sendo que cada um deve forçar uma quantidade dosada de lubrificante para o mancal correspondente. E isso deve acontecer antes que o fluxo proveniente da bomba acione o próximo ciclo de lubrificação. Ao contrário do que ocorre com o sistema paralelo, qualquer dano em um pistão ocasiona a parada dos demais. Essa particularidade gerou um desenvolvimento extra para esse tipo de sistema, chamado de chave limite. Ela é montada em qualquer seção e comandada por um indicador de ciclo, de forma que o timer do painel de controle movimente a bomba injetora de lubrificante até a abertura de um pino e o contato da chave.

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Quando esse procedimento se realiza, significa que todo o sistema de lubrificação centralizada efetuou um ciclo completo. Vantagens Desvantagens Conecta-se a uma ampla Um ponto bloqueado gama de sistemas de modesabilita todo o sistema. nitoramento e de controle. Pode identificar bloqueios Em sistemas grandes, de linha ou o dosador de as linhas e tubulações um ponto específico. tornam-se complexas.

Silubrin: www.silubrin.com.br



ENTRE O IMPACTO NOS CUSTOS E A EFICIÊNCIA NOS

PRAZOS

Em busca de rapidez na manutenção e redução de custos, usuários transferem o estoque de peças para os fornecedores. E os sistemas de gestão eletrônicos despontam como ferramentas indispensáveis nesse processo Numa época em que as empresas procuram operar com baixos níveis de estoques, em nome do melhor resultado financeiro e da sua competitividade no mercado, manter um equipamento parado por falta de peças para conserto pode comprometer toda a eficácia dessa estratégia. Nesse cenário, no qual as duas exigências acima – aparentemente antagônicas – se impõem com o mesmo peso de importância, a gestão de estoques assume um papel importante no cotidiano das oficinas de manutenção e dos profissionais de equipamentos. Construtoras, mineradoras e demais empresas usuárias de equipamentos pesados procuram se equilibrar entre a alternativa de manter estoque próprio e a de transferir essa responsabilidade para o fornecedor das máquinas ou seu distribuidor. Apoiadas nos novos recursos de informática, que oferecem sistemas

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integrados de gestão da frota e permitem até mesmo a realização de compras on-line, elas otimizam o planejamento da manutenção e centram foco nas ações pró-ativas e preditivas, evitando as inesperadas intervenções corretivas e suas demandas não programadas por peças sobressalentes. Os resultados já são auferidos pela Galvão Engenharia, que eliminou o estoque de peças e de subconjuntos das máquinas em suas operações nos grandes centros urbanos. “Sempre que precisamos de algum componente recorremos ao distribuidor local e só estocamos peças de manutenção em locais onde a logística é complicada e não permite o rápido atendimento por parte do fornecedor mais próximo”, diz Silvimar Fernandes Reis, diretor de Suprimentos da construtora. Nas obras de maior porte, mesmo localizadas fora dos grandes centros

Entre el impacto en los costos y la eficiencia en los plazos En esta época, en que las empresas se empeñan en funcionar con el nivel de existencias más bajo posible, a fin de obtener mejores resultados financieros y aumentar su competitividad en el mercado, un equipo parado por falta de repuestos para arreglarlo puede afectar la eficacia de toda la estrategia. En esta situación, en la cual las dos exigencias mencionadas – aparentemente antagónicas— se imponen con el mismo grado de importancia, la gestión de inventarios asume un papel fundamental en las actividades cotidianas de los talleres de mantenimiento y de los profesionales a cargo de la maquinaria. Empresas constructoras, mineras y de otro tipo, que usan maquinaria pesada,

Foto: Brasif

GESTÃO DE ESTOQUES


buscan un equilibrio entre la alternativa de mantener un inventario propio y la de transferir esa responsabilidad al proveedor de las máquinas o a su distribuidor. Usando los nuevos recursos informáticos, que ofrecen sistemas integrados de gestión de la flota y permiten, además, la compra de repuestos en línea, las empresas optimizan la planificación del mantenimiento y se concentran en las acciones proactivas y preventivas, de modo de evitar intervenciones correctivas inesperadas y la demanda no programada de repuestos. La empresa Galvão Engenharia ya obtiene resultados de esta práctica: eliminó las existencias de repuestos (partes y subconjuntos) de la maquinaria en sus operaciones en los grandes centros urbanos. “Siempre que necesitamos algún componente recurrimos al distribuidor local y solo mantenemos repuestos en existencia en el taller en los lugares en que la logística es complicada e impide una atención rápida por parte del proveedor más cercano”, dice Silvimar Fernándes Reis, director de suministro de la empresa constructora. En las obras de mayor envergadura, aún cuando estuvieran ubicadas fuera de los grandes centros urbanos, Reis destaca a posibilidad de trabajar con existencias en consignación. Además del ahorro de gastos en activo fijo, pone de relieve las ventajas derivadas de trabajar con una estructura más ligera y la eliminación de pérdidas por la obsolescencia de los componentes. Usar el inventario de los proveedores, sin embargo, requiere un programa cuidadoso de las paradas para mantenimiento y una planificación minuciosa de la adquisición de repuestos.

Foto: Sotreq

MANUTENÇÃO TECNOLOGIA

Na Sotreq, sistema permite compras pela internet, com acesso 24h/dia e sete dias por semana

urbanos, ele destaca a possibilidade de se operar com estoques consignados. “Dessa forma, o armazenamento das peças dentro do canteiro fica sob inteira responsabilidade dos fornecedores, livrando-nos dos custos de transporte, de administração desses ativos e de pessoal.” Além de evitar custos com ativo fixo, o executivo ressalta os ganhos obtidos com uma estrutura mais enxuta e a eliminação de perdas por obsolescência dos produtos. Gestão on-line Usar o estoque dos fornecedores, entretanto, requer uma programação cuidadosa das paradas de manutenção e um criterioso planejamento das aquisições de peças, conforme adverte Silvimar. “Por esse motivo, usamos um sistema integrado de gestão empresarial (ERP) para realizar as compras de insumos e coordenar as ações preditivas e preventivas.”

A construtora adquiriu o software ERP da Microsiga, no qual as peças de todos os equipamentos estão cadastradas com uma codificação. Quando determinado componente precisa ser trocado, o sistema envia um pedido de cotação por e-mail aos fornecedores cadastrados com o código em questão. O que responder com a melhor proposta ganha a concorrência para fornecimento do produto. Segundo Silvimar, a idéia é migrar a programação da manutenção, atualmente realizada por um sistema desenvolvido internamente, para a tecnologia da Microsiga. “Assim poderemos cruzar as informações sobre as preventivas, por exemplo, com as do sistema de compras, fazendo toda a operação de forma on-line.” Quando a implantação do sistema estiver completa, as paradas para manutenção serão identificadas antecipadamente e o próprio software vai gerar leilões, em tempo real, pela internet.


GESTÃO DE ESTOQUES Nesse processo, tão importante quanto a estrutura de gestão é o comprometimento do fornecedor em relação aos prazos de entrega e atendimento. Por esse motivo, o executivo explica que a Galvão Engenharia considera a qualidade de pós-venda como item na definição dos fornecedores de equipamentos, de peças e demais insumos. Ele também salienta que, na maioria das empresas, o departamento de suprimentos não é o mesmo responsável pelos equipamentos, o que isenta o comprador de responsabilidades em relação à qualidade da aquisição. “Isso não acontece em nossa empresa, onde as duas áreas encontram-se sob a mesma direção.”

Foto: Tracbel

Relação transparente O envolvimento dos fabricantes e de seus distribuidores na gestão do estoque de peças também é um fator importante para a Companhia Vale do Rio Doce (CVRD). “Eles precisam conhecer nossa demanda e demonstrar comprometimento, pois lidamos com itens caros e de alta taxa de substituição, o que nos impede de mantê-los em estoque nas proporções

com o equipamento – a CVRD combina uma alternativa baseada nas reformas internas com outra que envolve a substituição das peças à base de troca. No primeiro caso, os custos com o serviço são menores, mas a empresa precisa arcar com maior capital imobilizado, gastos com pessoal e a possível obsolescência do componente armazenado. “Não existe uma solução pronta, pois lidamos com cada caso de forma isolada, de acordo com as necessidades imediatas, a localização da mina e o regime de operação do equipamento”, diz Luiz Felipe Rocha, gerente de Engenharia de Manutenção da Vale.

ideais”, diz Frederico Guimarães, engenheiro sênior da CVRD. Por esse motivo, Guimarães explica que a mineradora procura planejar a manutenção dos equipamentos – preditivas e preventivas – de forma integrada com os fabricantes e seus distribuidores. “A comunicação com os fornecedores deve ser contínua e transparente, viabilizando uma programação de pedidos de peças eficiente e que evite ao máximo as demandas inesperadas”, diz ele. Devido a peculiaridades de suas operações, que em muitas minas ocorrem de forma ininterrupta durante 24 horas por dia, a CVRD não pode transferir para os fornecedores a total responsabilidade pelo estoque de peças sobressalentes. “Procuramos manter em estoque os itens críticos em termos de disponibilidade, como é o caso do trem de força dos caminhões fora-de-estrada, e os de alta rotatividade, como lubrificantes e filtros.” Como a reforma do trem de força dos caminhões pesados representa o maior custo de manutenção da mineradora – até 35% dos gastos totais

Estoque da Tracbel: sistema integra itens disponíveis e horímetro das máquinas atendidas

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Consumo sob controle O alto consumo de pneus e sua escassez no mercado, em especial dos modelos de maior diâmetro, impõe a necessidade de um acompanhamento mais rigoroso nos estoques desse componente. Segundo Frederico Guimarães, essa situação está contribuindo para a decisão da CVRD em ampliar o uso de caminhões rodoviários em detrimento dos tradicionais modelos off-road. “Além do menor investimento inicial nesse tipo de equipamento, da sua elevada flexibilidade para deslocamentos na mina e do baixo custo de operação, trata-se de uma alternativa para não ficaremos parados por falta de pneus”, ele explica. Guimarães explica que o sistema ERP usado pela empresa para o controle de manutenção e de peças permite total visibilidade dos itens e volumes consumidos. “Sabemos quais componentes foram para reforma, se eles já voltaram e para quais equipamentos foram destinados.” Ele ressalta que dessa forma é possível acompanhar a vida útil de cada peça ou subconjunto e quantas reformas ele sofreu, permitindo uma decisão sobre o momento exato de substituir o equipamento em questão. Nos casos de manutenção preventiva, os pedidos de novas peças são programados junto aos dealers com



Foto: Marcelo Vigneron

GESTÃO DE ESTOQUES

Estoque dos usuários: tendência para os itens de maior giro

52 semanas de antecedência. “Nas intervenções que exigem um prazo mais curto para o fornecimento, atuamos de acordo com o período de horas trabalhadas pelos equipamentos, conforme o estipulado em nosso plano de operação”, diz ele. Suporte dos dealers Para atender a necessidade de redução nos níveis de estoque por parte dos usuários de equipamentos, os distribuidores das principais marcas procuram desenvolver soluções voltadas para a rapidez na entrega e o controle dos itens disponíveis. No caso da Tracbel, por exemplo, o planejamento se baseia no acompanhamento do estoque e do horímetro das máquinas dos clientes – esse último atualizado de acordo com o regime de operação de cada unidade. “Dessa forma conseguimos atender as manutenções preventivas de nossos clientes em tempo hábil”, explica Reinaldo Inácio, diretor de Customer Supply Team da empresa. Quando o assunto é a manutenção corretiva, a distribuidora utiliza um sistema interno de gestão para acompanhar os registros de consultas e as demanda dos clientes. “O programa

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leva em consideração a população de máquinas a ser atendida em cada região e traça o perfil de giro de cada peça, de acordo com o histórico de pedidos”, diz Inácio. Distribuidora dos equipamentos da Volvo, das máquinas de pavimentação da Dynapac, das empilhadeiras Clark e tratores agrícolas Massey Ferguson, a empresa dispõe de um estoque de 44.700 itens para pronta entrega e atua com 15 filiais espalhadas no Sudeste do País, bem como nos estados do Pará e Amazonas. A Sotreq, distribuidora da Caterpillar, também utiliza a tecnologia para controlar automaticamente os cerca de 112 mil itens disponíveis em toda sua área de atuação. O sistema faz a gestão do estoque, identificando a geração de demanda e a movimentação de peças em cada filial e para cada cliente. “Nosso diferencial é o sistema de compra pela internet, o PartStore, que disponibiliza o catálogo eletrônico dos componentes e seus respectivos preços”, diz Paulo Lancerotti, diretor da empresa na região Sudeste. Segundo ele, essa tecnologia permite que os clientes acessem o estoque da distribuidora 24 horas por dia e sete dias por

semana. Ao terminar a compra, o sistema emite o pedido e a nota fiscal automaticamente. A empresa também está desenvolvendo um sistema baseado em tecnologia de código de barras. “A solução será implantada em todos os nossos centros de distribuição, aumentando a velocidade no recebimento dos pedidos, na conferencia e no armazenamento das peças, o que se resume em menor tempo de entrega para o cliente final”, diz Lancerotti. No caso da Brasif, que distribui equipamentos da Case, Terex e Hyster, a disponibilidade de estoque atinge a faixa de mais de 20 mil itens para pronta entrega nas filiais do Sudeste, bem como no Distrito Federal e Goiás. Mesmo assim, a empresa aconselha que os usuários de equipamentos em operações afastadas dos grandes centros urbanos mantenham em estoque alguns itens de maior giro, como lubrificantes, filtros e correias, principalmente no caso das máquinas que trabalham sob regime mais severo. Quando a demanda do cliente se relaciona a um componente muito específico ou a um item de equipamento cuja frota é pequena no Brasil, a distribuidora recorre a um escritório em Miami, nos Estados Unidos. Rapidez no atendimento, aliás, é a palavra de ordem nesse mercado. No caso da Tracbel, o sistema de gestão informa o vendedor sobre a disponibilidade do componente, onde ele se encontra e a data de entrega. “Quando não temos a peça para pronta entrega nas nossas filiais, consultamos os fabricantes e fornecedores registrados junto à empresa e retornamos aos clientes com a cotação, prazo de entrega, preços e condições de pagamento”, conclui Reinaldo Inácio.

Brasif: www.brasifmaquinas.com.br CVRD: www.cvrd.com.br Galvão Engenharia: www.galvao.com Sotreq: www.sotreq.com.br Tracbel: www.tracbel.com.br



PERFIL

LUIZ HENRIQUE DINIZ COSTA

ADMINISTRANDO A FROTA NO

CORAÇÃO DA FLORESTA Encravada em Porto Trombetas (PA), a 880 km de Belém e no coração da Floresta Amazônica, a Mineração Rio do Norte (MRN) pode ser considerada um exemplo de operação sustentável na lavra de bauxita, minério base para a produção de alumínio. Para acomodar seus funcionários, um núcleo urbano conta com completa infra-estrutura de saneamento básico, além de escola para seus filhos, hospital, clube, cine-teatro, aeroporto e sistemas de comunicação. Tamanha organização também se reproduz na manutenção dos mais de 100 equipamentos que operam nas minas. A empresa prepara-se para instalar sistemas de climatização em suas oficinas, de forma a eliminar a presença de poeira nos reparos dos componentes. O acesso a Porto Trombetas é feito apenas por avião ou navio, mas nenhuma máquina fica parada por falta de peça de reposição. Além da cuidadosa gestão da frota, a mineradora investe no planejamento da manutenção e dos estoques. “Para atender o parque de equipamentos Caterpillar, a distribuidora Sotreq mantém um almoxarifado com peças sobressalentes e dispõe também de uma oficina em nossas instalações, para reparos em conjuntos maiores e até mesmo o atendimento aos nossos prestadores

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de serviços”, diz Luiz Henrique Diniz Costa, gerente de Mineração da MRN. Veja, a seguir, a experiência dele na gestão de uma frota de mais de 100 equipamentos pesados. M&T – Descreva a operação da MRN e como ela determina a seleção dos equipamentos usados. Luiz Henrique – Operamos com as minas de Saracá, Almeidas e Aviso, localizadas a distâncias médias de 10 km uma da outra e dotadas de planta de britagem. Elas têm uma configuração horizontal e sua lavra deve ser antecedida pela remoção de uma camada de 8 m de espessura, composta pela capa de solo vegetal e estéril. Para gerar 17,8 milhões t/ano de produto final, que é o minério embarcado no porto, movimentamos cerca de 75 milhões t de materiais, entre estéril e a produção básica dessas minas, o ROM (run of mine). Com base nessa estimativa de produção e no conhecimento das reservas lavráveis, das suas condições topográficas e geológicas, selecionamos os tipos de equipamentos necessários, considerando também os custos de capital e de operação na sua mobilização. As questões ambientais também são analisadas, devido ao nosso compromisso com a sustentabilidade da operação.



PERFIL M&T – Quais os principais equipamentos usados nas minas? Luiz Henrique – Basicamente, mobilizamos cinco escavadeiras de 230 t e três de 70 t, fornecidas pela Liebherr, além de 20 tratores de grande porte, da Caterpillar, e de uma dragline elétrica, da Bucyrus. Essa máquina atua nas tarefas de decapagem e os tratores fazem a remoção de argila e a exposição do minério, por meio de escarificação, para que as escavadeiras realizem o carregamento. O transporte emprega 15 caminhões fora-de-estrada e 20 modelos rodoviários 8x4, mas alguns trechos das minas usam correias transportadoras, que somam um sistema de 36 km, incluindo as movimentações na usina de beneficiamento e no porto. Com a exaustão da mina de Almeidas, planejamos a abertura de novas frentes, nas quais outras alternativas de transporte podem ser contempladas, como um teleférico ou mineroduto. Ao todo, operamos com mais de 100 equipamentos pesados nessas minas, incluindo pás-carregadeiras, motoniveladoras, caminhões-pipa e outros. M&T – Como evitar que essas máquinas parem por falta de peças

numa operação em região tão distante dos grandes centros? Luiz Henrique – Não enfrentamos esse tipo de situação, pois nossa manutenção é focada nas ações preventivas e preditivas, baseadas na análise de óleo dos equipamentos, nas verificações termográficas, com ultrassom e outros procedimentos que ajudam a planejar as paradas e reduzir custos com reparos. Além disso, temos uma

Nossa manutenção é focada nas ações preventivas e preditivas, que ajudam a planejar as paradas e reduzem custos com reparos..." política de gestão de estoques afinada com os fornecedores. Para atender o parque de equipamentos Caterpillar, a distribuidora Sotreq mantém um almoxarifado com peças sobressalentes e dispõe também de uma oficina em nossas instalações, para reparos em conjuntos maiores e até mesmo o atendimento aos nossos prestado-

Administración de la flota en el corazón de la selva Porto Trombetas, donde está situada la empresa minera Rio do Norte (MRN) en el estado de Pará, a 880 km de la ciudad de Belém, en el corazón de la selva amazónica brasileña, puede ser considerada un ejemplo de operación sostenible en el proceso de extracción de bauxita, principal mineral utilizado para la producción de aluminio. Para albergar a los empleados y sus familias MRN construyó un núcleo urbano que cuenta con una completa infraestructura de saneamiento básico, además de escuela para los niños, hospital, club, cine-teatro, aeropuerto y sistemas de comunicación. Esta excelente forma de organización también se aplica al mantenimiento de los más de 100 equipos que trabajan en las minas. La empresa se prepara para instalar sistemas de climatización en

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los talleres, a fin de eliminar el polvo atmosférico en los ambientes donde se reparan los sistemas, los componentes, los mecanismos etc. Se llega a Porto Trombetas apenas en avión o en barco, pero ninguna máquina está detenida por falta de repuestos. Además de la gestión minuciosa de la flota, la empresa minera invierte en la planificación del mantenimiento y de las existencias. “Para atender el parque de equipos Caterpillar, el distribuidor Sotreq mantiene un depósito con repuestos y accesorios y dispone además de un taller en nuestras instalaciones para reparaciones de los sistemas mayores e, incluso, la atención a nuestros prestadores de servicios”, dice Luiz Henrique Diniz Costa, gerente de la división minería de MRN.

res de serviços. Já a Liebherr tem um depósito especial alfandegado (DEA) dentro da empresa, com estoques consignados para atender nossa demanda por subconjuntos das escavadeiras. M&T – Como é a estrutura de manutenção da empresa? Luiz Henrique – Nosso organograma contempla apenas três áreas produtivas, que são as de mineração, beneficiamento e operação portuária. Cada uma delas tem uma estrutura de manutenção e seus gerentes se reúnem semanalmente, dentro do nosso Plano Diretor de Manutenção (PND), para discutir os procedimentos adotados, questões ambientais e auditorias. No nosso caso, mobilizamos cerca de 150 profissionais nessa atividade, alocados em serviços de borracharia, lubrificação e reparos de subconjuntos maiores, como motores e trem de força. Na mina de Saracá, que opera com a maior frota, contamos ainda com uma oficina para serviços de menor duração. M&T – Fale sobre o sistema de monitoramento remoto da frota e seus benefícios para a manutenção. Luiz Henrique – Nosso sistema não opera com telemetria e é usado basicamente na gestão da operação e no despacho dos equipamentos. Mas contamos com três analistas de frotas que seguem uma programação de visitas em campo e a coleta dos dados registrados em cada equipamento. Com base nessas informações sobre os sinais vitais das máquinas, associadas aos laudos de análises de óleo e outras ações preditivas, temos um radiografia do estado dessas máquinas e conseguimos operar com altos níveis de disponibilidade e vida útil. M&T – Quais são esses níveis? Luiz Henrique – Em torno de 85% de disponibilidade mecânica e uma vida útil acima de 50.000 h, no caso das escavadeiras de grande porte. Há de se considerar que essas máquinas operam cerca de 6.000 h/ano, em regime de trabalho ininterrupto.



Anuårio Brasileiro de Equipamentos para Construção 2VFN PQFSB DPN GSPUBT EF FTDBWBmkP DBSSFHBNFOUP F USBOTQPSUF WBJ VTBS FTTB GFSSBNFOUB EF DPOTVMUB Em outubro, a Sobratema e a revista M&T lançam o Anuårio Brasileiro de Equipamentos para Construção, reunindo num único espaço editorial as especificaçþes de todos os modelos de måquinas comercializadas no Brasil, de fabricação local ou importadas, para atividades de movimentação de solos e terraplenagem.

&RVJQBNFOUPT QFTRVJTBEPT Escavadeiras PĂĄs-carregadeiras Retroescavadeiras Tratores de esteiras Motoniveladoras

Caminhþes traçados 6x4 Caminhþes traçados 8x4 Caminhþes fora-de-estrada Caminhþes articulados

ANUNCIE E MANTENHA SUA MARCA EM EVIDÂŻNCIA O ANO TODO *OGPSNBm{FT Sylvio Vazzoler - svazzoler@sobratema.org.br Roberto Prado - robertoprado@sobratema.org.br Giovana Marques Di Petta - giovana@sobratema.org.br




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