Catálogo - Fayga Ostrower

Page 1

00

00


Fayga em seu atelier, 1958

Quem foi Fayga Ostrower? Fayga Ostrower foi uma importante artista nascida na cidade de Lodz, na Polônia, em 1920. Chegou no Rio de Janeiro nos anos 1934, e naturalizou-se brasileira. Em 1946 ingressou na Fundação Getúlio Vargas, estudou xilogravura com Axl Leskoschek, gravura em metal com Carlos Oswald e com Stanley William Hayter. Ela trabalhou como gravadora, pintora, teórica da arte e educadora. Atuou como professora no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro de 1956 a 1972; no Spellman College, em Atlanta; da Slade School, na Universidade de Londres e em diversos cursos de pós-graduação no Brasil. Fayga foi uma grande defensora da divulgação e democratização da arte. Desenvolveu cursos e proferiu palestras no Brasil e no exterior.

Como artista foi várias vezes premiada. Em 1972 foi agraciada com a Ordem do Rio Branco. Em 1998, recebeu o Prêmio de Mérito Cultural e, no ano de 1999, o Grande Prêmio de Artes Plásticas do Ministério da Cultura. Seu legado artístico é composto também por ilustrações que habitaram páginas de livros de autores importantes, como “O cortiço”, de Aluízio de Azevedo; “Histórias incompletas”, de Graciliano Ramos; “Deus lhe pague”, de Joracy Camargo; e “Pontamara”, de Ignazio Silone. Como teórica, Fayga também foi autora de livros, relacionados à arte e à educação: “Criatividade e processos de criação”, “Universos da arte”, “Acasos e criação artística”, “A sensibilidade do intelecto”, “A grandeza humana - cinco séculos, cinco gênios da arte”. Suas obras são reconhecidas como patrimônio artístico-cultural.


Sobre a artista:

Serigrafia a Cores sobre Papel, 1974, 45 x 30,7 cm


"Manhรฃ", รกlbum Caminho, Serigrafia a Cores sobre Papel, 1974, 51 x 36,5 cm


SerigrafĂ­a a Cores sobre Papel, 1974, 45 x 30,5 cm


"Noite", Ă lbum Caminho, serigrafia, 1974, 51 x 36,5 cm


Fayga em seu atelier, 1958

~

Contribuicoes de Fayga Ostrower: , Durante sua trajetória, Fayga Ostrower trouxe diversas contribuições significativas para os campos da arte e da arte/educação, em especial no Brasil, onde viveu a maior parte de sua vida. Dentre estas contribuições, podemos destacar o fato de que Fayga preocupava-se com a democratização da arte, e atuava de forma a torná-la acessível para mais pessoas, não apenas sob a forma de aquisição de obras, mas sim como formação pessoal, no sentido do desenvolvimento da capacidade de ler e entender a linguagem artística e expressar-se através das capacidades criativas inerentes ao ser humano. Como professora, atuou constantemente nessa direção,

dando cursos não somente em instituições especializadas, mas também em ambientes de trabalho como fábricas, experiência sobre a qual é possível ler a respeito em seu livro “Universos da Arte”, por exemplo. Isso nos leva ao fato de que a obra de Fayga não é composta apenas por suas inúmeras gravuras, pinturas, desenhos. Fayga nos legou 6 livros que tratam dos temas ligados à criatividade e o ensino da arte de maneira bastante profunda e minuciosa, além de inúmeros artigos. Seus escritos continuam importantíssimos para a formação de professores, estudantes e artistas.


Serigrafia a cores sobre papel, 2001. 70 x 52 cm


Serigrafia a cores sobre papel, 2001. 90,5 x 58 cm


Serigrafia a cores sobre papel Rives, 1984, 42,1 x 58,1 cm

^

~

Voceêsabe como funciona a producao da Serigrafia? , A matriz da serigrafia é uma tela, normalmente de nylon ou poliéster. No processo de gravação, a tela é esticada em um bastidor, geralmente de madeira, depois a matriz é pintada com uma emulsão de fotossensível. O fotolito (a imagem que pretende-se imprimir) é posicionada sobre a matriz, para essa, então, ser posta em uma mesa de luz. Como a tela está pintada com uma solução fotossensível, a luz faz com que as partes claras da imagem - por onde a luz passará - seja impermeabilizada pelo endurecimento da solução, enquanto as partes escuras não receberão a luz. Essas partes da matriz ficarão livres para a passagem da tinta. Depois de pronta a matriz, a impressão é realizada com a ajuda de uma espécie de espátula/rodo. A tinta é distribuída pela matriz, imprimindo o seu conteúdo no material desejado. Essa técnica possibilita a impressão em uma grande variedade de materiais, como papel, plástico, tecido, etc.


Serigrafia a cores sobre papel Rives, 1984, 42,1 x 58,1 cm


Fayga em seu atelier, Flamengo, Rio de Janeiro, 1982

Trabalhos de Fayga Ostrower: Os primeiros trabalhos de Fayga eram figurativos e de marcado cunho social. Com os anos a artista voltou-se para o abstracionismo, na busca de maior liberdade da ação expressiva, equilibrando razão e sensibilidade. O crítico de arte e poeta Ferreira Gullar comenta em seu livro “Arte Contemporânea” que o caminho percorrido por Fayga é parte fundamental da moderna gravura brasileira, sendo suas obras umas das mais significativas da gravura contemporânea. Gullar completa: “De fato a importância da obra e Fayga reside no caráter radical de sua indagação poética, que rompendo com a linguagem

figurativa mergulha na alquimia dos materiais e das técnicas para despertar neles uma voz nova. Assiste-se assim, no curso de seu trabalho, a criação de uma linguagem essencial que pela tensão das linhas e das formas, do espaço e da cor, quer nos revelar sua própria origem.”


"Dia” - Álbum Caminho, serigrafia, 1974, 51 x 36,5 cm

"O homem cria, não apenas porque quer, ou porque gosta, e sim porque precisa; ele só pode crescer, enquanto ser humano, coerentemente, ordenando, dando forma, criando.” - Fayga Ostrower, no livro Criatividade e Processos de Criação.


“Tarde” - Álbum Caminho, serigrafia, 1974, 51 x 36,5 cm


Sem título - Serigrafia a cores sobre papel, 2001, 45 x 31 cm

A criação se articula principalmente através da sensibilidade. Inata ou até mesmo inerente à constituição do homem, a sensibilidade não é peculiar somente a artistas ou alguns poucos privilegiados. Em si, ela é patrimônio de todos os seres humanos. Ainda que, em diferentes graus ou talvez em áreas sensíveis diferentes, todo ser humano que nasce, nasce com um potencial de sensibilidade." Fayga Ostrower, no livro Criatividade e Processos de Criação.


A criação se articula principalmente através da sensibilidade. Inata ou até mesmo inerente à constituição do homem, a sensibilidade não é peculiar somente a artistas ou alguns poucos privilegiados. Em si, ela é patrimônio de todos os seres humanos. Ainda que, em diferentes graus ou talvez em áreas sensíveis diferentes, todo ser humano que nasce, nasce com um potencial de sensibilidade." Fayga Ostrower, no livro Criatividade e Processos de Criação.

"Aurora" - Álbum Caminho, serigrafia, 1974, 51 x 37 cm

"Seja qual for a área de atuação, a criatividade se elabora em nossa capacidade de selecionar, relacionar e integrar os dados do mundo externo e interno, de transformá-los com o propósito de encaminhá-los para um sentido mais completo. Dentro de nossas possibilidades procuramos alcançar a forma mais ampla e mais precisa, a mais expressiva. Ao transformarmos as matérias, agimos, fazemos. São experiências existenciais - processos de criação - que nos envolvem na globalidade, em nosso ser sensível, no ser pensante, no ser atuante." Fayga Ostrower no livro Criatividade e Processos de Criação


O que e o projeto Fayga Ostrower: Interfaces? O projeto de ensino, pesquisa e extensão “Fayga Ostrower: Interfaces” teve início em 2019, quando o Departamento de Artes, da Universidade Federal de Pernambuco, iniciou as tratativas para recebimento de quarenta gravuras e cinco matrizes da artista Fayga Ostrower, em comemoração ao centenário de seu nascimento. Desde então, o grupo docente dos cursos de Graduação e Pós-Graduação em Artes Visuais elaborou propostas para a democratização do acesso a este patrimônio artístico-cultural, que iniciariam em 2020. Diante das ações de enfrentamento à pandemia provocada pela COVID-19, todos os objetivos, metas e atividades previstas foram repensadas e readequadas ao âmbito virtual. Por isso, o projeto “Fayga Ostrower: Interfaces” apresenta caráter estritamente virtual e foi desenvolvido entre agosto e novembro de 2020. É um projeto com três ações específicas: 1) qualificação profissional e formação pedagógica de um grupo de oito estudantes de Graduação em Artes Visuais da UFPE; 2) proposição de um curso de extensão virtual para 50 participantes oriundos da comunidade acadêmica da UFPE e; 3) exposição virtual das obras doadas de Fayga Ostrower, por meio das redes sociais.

O principal objetivo do projeto é ampliar e democratizar o acesso ao patrimônio artístico-cultural de Fayga Ostrower. Os objetivos específicos foram: - Qualificar um grupo de oito estudantes da graduação em artes visuais para questões relacionadas aos processos de criação em artes visuais; - Contribuir para a formação pedagógica de um grupo de oito estudantes em relação às práticas artístico-pedagógicas em âmbitos educativos; - Planejar, elaborar e executar um curso de extensão virtual, de 20 horas, para 50 participantes oriundos da comunidade acadêmica da UFPE, versando sobre Arte/Educação; - Conhecer e ler a obra “Criatividade e Processos de Criação”, de Fayga Ostrower; - Expor virtualmente, o acervo da UFPE de “Fayga Ostrower”, por meio das redes sociais Instagram e Facebook.


A criação se articula principalmente através da sensibilidade. Inata ou até mesmo inerente à constituição do homem, a sensibilidade não é peculiar somente a artistas ou alguns poucos privilegiados. Em si, ela é patrimônio de todos os seres humanos. Ainda que, em diferentes graus ou talvez em áreas sensíveis diferentes, todo ser humano que nasce, nasce com um potencial de sensibilidade." Fayga Ostrower, no livro Criatividade e Processos de Criação.

Sem título - Serigrafia a cores sobre papel, 1984, 58 x 42 cm


A criação se articula principalmente através da sensibilidade. Inata ou até mesmo inerente à constituição do homem, a sensibilidade não é peculiar somente a artistas ou alguns poucos privilegiados. Em si, ela é patrimônio de todos os seres humanos. Ainda que, em diferentes graus ou talvez em áreas sensíveis diferentes, todo ser humano que nasce, nasce com um potencial de sensibilidade." Fayga Ostrower, no livro Criatividade e Processos de Criação.

Sem título - serigrafia a cores sobre papel, 2001, 45,5 x 31 cm

"Pensar na inspiração como instante aleatório que venha a desencadear um processo criativo, é uma noção romântica. Não há como a inspiração possa ocorrer desvinculada de uma elaboração já em curso, de um engajamento constante e total, embora talvez não consciente." Fayga Ostrower no livro Criatividade e Processos de Criação


Menino sentado. Água-forte em preto e azul sobre papel, 1950, 14,5 x 14,7 cm

Voce sabia que calcogravura e a gravacao sobre uma matriz de metal? Os processos para esse tipo de expressão são diversos e Fayga utilizou vários deles. Aqui temos um exemplo de água-forte. Na técnica de água-forte, a chapa metálica é coberta por um verniz protetor e a gravação é feita com uma ponta metálica que, ao mesmo tempo que desenha, retira o verniz. Em seguida, a chapa é mergulhada em uma solução para que o desenho fique gravado na placa. Isso ocorre porque a parte do verniz que foi retirada, então exposta ao ácido, é corroída, “mordida” pela solução. Depois de feito esse processo, o verniz é retirado com querosene e, após esse processo de gravação, é feita a entintagem e a impressão em uma folha úmida.


A criação se articula principalmente através da sensibilidade. Inata ou até mesmo inerente à constituição do homem, a sensibilidade não é peculiar somente a artistas ou alguns poucos privilegiados. Em si, ela é patrimônio de todos os seres humanos. Ainda que, em diferentes graus ou talvez em áreas sensíveis diferentes, todo ser humano que nasce, nasce com um potencial de sensibilidade." Fayga Ostrower, no livro Criatividade e Processos de Criação.

Duas Figuras. Água-forte e água-tinta sobre papel, 1950, 46 x 28,5 cm

Antes de se dedicar ao abstracionismo e se tornar uma das pioneiras do movimento no Brasil, Fayga Ostrower era reconhecida como uma artista figurativa. Dois anos antes da finalização deste trabalho (uma calcogravura que une água-forte e água-tinta), em 1948, Fayga realizou sua primeira exposição no pilotis do Ministério de Educação e Cultura (no Rio de Janeiro, então capital do Brasil), uma das únicas da fase figurativa.


Qual o contexto de doacao das 45 obras de Fayga Ostrower para a UFPE? Em fevereiro de 2020, o Departamento de Artes, da Universidade Federal de Pernambuco, recebeu a doação de 40 (quarenta) gravuras, 5 (cinco) matrizes, cartazes de divulgação e publicações diversas da reconhecida artista e arte/educadora Fayga Ostrower. As obras foram doadas por seus herdeiros, Anna Leonor Ostrower e Carl Robert Ostrower, fundadores do Instituto Fayga Ostrower. Todas as obras foram acomodadas no Memorial Denis Bernardes, localizado no primeiro piso da Biblioteca Central da Universidade Federal de Pernambuco. A doação fez parte das comemorações do centenário de nascimento de Fayga Ostrower, onde também foram doadas centenas de obras para instituições culturais e universidade públicas de várias regiões do Brasil e para alguns países. Ainda em 2019, o grupo de professoras/es dos

Cursos de Graduação e Pós-Graduação em Artes Visuais, entusiasmados com o recebimento desse importante patrimônio artístico, planejou uma exposição para celebrar o centenário de nascimento da artista. A referida exposição aconteceria em meados de 2020 na galeria Capibaribe, localizada no Centro de Artes e Comunicação, da Universidade Federal de Pernambuco. Diante das ações de enfrentamento a Pandemia Covid19, as estratégias de planejamento, execução, curadoria e mediação cultural da exposição foram readequadas para o âmbito virtual. Sendo assim, em agosto de 2020, uma equipe composta pela Profª Luciana Borre, Profª Ana Lisboa, Profº Wilson Chiarelli, Talles Colatino, Wanton Ribeiro, Letícia de Melo Andrade, Mariana de Albuquerque, Daniel Nogueira, Alexandra Jarocki, Rafaela Elizabeth, Thais Arruda e Joana Mariz, iniciou uma série de proposições de extensão intitulada “Fayga Ostrower: Interfaces”.


Água-forte, água-tinta ao lavis e ponta seca em cores sobre papel, 1995, 59,5 x 39,5 cm

A ponta seca e um processo simples da calcogravura, ja ouviu sobre? A técnica de ponta seca é a incisão direta a partir da utilização de um instrumento de ponta afiada, utilizado para riscar diretamente a chapa. Criando rebarbas e produzindo na impressão efeitos aveludados nas linhas. Nesta obra, além da ponta seca, Fayga usou ainda a água-tinta e a água-forte.


Água-forte e água-tinta em cores sobre papel Arches, 1956, 28,7 x 45,5 cm

Vamos falar agora sobre a tecnica da agua-tinta, outra tecnica da calcogravura A água-tinta é um processo no qual a superfície da placa é coberta com uma resina em pó e depois é aquecida. Formando uma rede de pequenos pontos que impedem a corrosão do ácido, permitindo que a substância atue nos espaços entre as partículas. Essa técnica possibilita a obtenção de meios tons e sombreados. Na obra em questão, Fayga Ostrower uniu as técnicas de água-tinta e água-forte.


Água-tinta e buril em cores sobre papel Van Gelders Zonen, 1966, 24,5 x 47,5 cm

Voce ja ouviu falar em buril? Trata-se uma ferramenta de aço com ponta cortante usada na gravação para abrir traços bem finos. Foi com ela que Fayga conseguiu esses efeitos de linhas fininhas que vemos nesta calcogravura. Além do buril, ela usou a técnica de água-tinta para alcançar o resultado final da obra.


Água-tinta, buril e ponta seca em cores sobre papel Arches, 1955, 45,5 x 62,5 cm

Mais um belo exemplo de calcogravura de Fayga Ostrower. Aqui, a artista uniu as técnicas de água-tinta e ponta seca. Ah, e fato curioso: no mesmo ano de realização desse trabalho, 1955, Fayga ganharia o Prêmio Nacional de Gravura na IV Bienal de São Paulo.


Onde as obras estao acomodadas? Todas as 40 obras e 5 matrizes de Fayga Ostrower estão acomodadas no Memorial Denis Bernardes, localizado na Biblioteca Central da UFPE. O Memorial conta com onze fundos documentais, dentre os quais podem ser encontradas bibliotecas pessoais de ex professores ligados a UFPE, como o Fundo Documental Ruy Antunes e o Fundo Documental Methodio Maranhão, cada um contendo cerca de 10 mil títulos. Além disso, o Memorial também abriga os fundos documentais da Escola de Medicina e da Escola de Belas Artes. Nestes fundos podemos encontrar uma gama de documentos anteriores à junção dessas instituições para a criação da Universidade do Recife, criada em 1946. Posteriormente, no ano de 1967, a Universidade foi integrada ao novo grupo de instituições federais do país e sendo então denominada Universidade Federal de Pernambuco.

O espaço abriga também o importante acervo da Oficina Guaianases de Gravura (1974 - 1995), acervo em papel de alto valor artístico e inegável valor documental (cerca de duas mil gravuras, em sua maioria, litografias) consolidado ao longo de mais de duas décadas de produção artística que foi doado, em 1995, à Universidade Federal de Pernambuco, após a dissolução da Oficina Guaianases. Coleção contém matrizes e trabalhos de produção desse importante movimento artístico iniciado em Pernambuco, em 1974, pelos artistas João Câmara e Delano. O acervo de Fayga Ostrower está disponível para consulta de qualquer interessado mediante agendamento junto ao Memorial Denis Bernardes.


Estudo, gravura em metal, 1992, 32 x 24,7 cm

Encerramos o ciclo da gravuras em metal da nossa coleção com esse Estudo, datado de 1992. Esse ano foi marcado por diversas perdas pessoais na vida de Fayga: faleceram seu marido, o historiador e filósofo Heinz Ostrower, e seu mestre e amigo, o gravador Livio Abramo. Apesar dos momentos difícil na sua vida pessoal, a obra de Fayga expandia seus horizontes de alcance. Uma exposição que fazia uma retrospectiva da sua obra chegaria a Moscou. Fayga foi a primeira artista latino-americana a mostrar seu trabalho na Rússia desde a revolução bolchevique, em 1917.


Cantata, aquarela sobre papel Arches, 1999, 75,8 x 56,5 cm

A aquarela é uma técnica de pintura que consiste em pigmentos dissolvidos em água. E nossa múltipla Fayga usou também essa técnica nos seus trabalhos! A intensidade e transparência das cores permitem possibilidades cromáticas e resultados diversos. Há duas formas de execução: aquarela úmida e aquarela seca. Falaremos mais sobre as duas no próximo post!


Composição abstrata. Aquarela sobre papel Arches, 2000. 76,5 x 57cm

A aquarela úmida surge na interação do pigmento com o papel previamente úmido, gerando um efeito visivelmente fluido da mistura entre a tinta e a água presente no papel. Já a técnica de aquarela seca consiste em trazer a umidade do próprio pincel com o pigmento (a forma de pintura que conhecemos mais comumente) gerando traços mais definidos. Ao observar esta obra, você acha que Fayga utilizou qual técnica de aquarela? Seca ou úmida? Comenta aqui para a gente, adoraríamos saber!

00

00


exposição virtual

Fayga Ostrower interfaces

Litografia em preto sobre papel, 1980, 37,5 x 55 cm

Voce sabia que litografia e a gravacao com lapis gorduroso sobre uma matriz? O nome Litografia vem do grego, lithos que significa “pedra” e graféin, “escrita”. Nesta técnica, o artista faz desenhos com o lápis a base de materiais gordurosos em cima de uma pedra calcária ou placa de metal. Após o desenho finalizado, a matriz passa por diversos processos químicos, conhecidos como “acidulações”, fixando a gordura na matriz. Depois desse processo, a imagem estará pronta para impressão. A pedra de calcário gravada pode ser reutilizada para a produção de uma nova obra, esse processo chama-se “granitagem”. Para apagar o desenho anterior, esfrega-se carborundo sobre a pedra úmida e depois lixa com outra pedra calcária.


Qual a Importancia de Fayga Ostrower para os Campos da Arte e da Educacao? Durante sua trajetória, Fayga trouxe diversas contribuições significativas para os campos da arte e da educação, em especial no Brasil, onde viveu a maior parte de sua vida. Fayga preocupava-se com a democratização a arte, e atuava de forma a torná-la acessível para mais pessoas, não apenas sob a forma de aquisição de obras, mas sim como formação pessoal, no sentido do desenvolvimento da capacidade de ler e entender a linguagem artística e expressar-se através delas. Como professora, atuou constantemente nessa direção, dando cursos não somente em instituições especializadas, mas também em espaços como fábricas, experiência sobre a qual é possível ler a respeito em seu livro “Universos da Arte”. Isso nos leva ao fato de que a obra de Fayga não é composta apenas por suas inúmeras gravuras, pinturas, desenhos. Fayga nos legou 6 livros que tratam os temas ligados à criatividade de maneira bastante profunda e minuciosa, além de inúmeros artigos. Seus escritos são importantíssimos para a formação de professores e artistas. A importância de Fayga como artista se dá principalmente no campo da gravura, apesar de ela também ter produzido diversas obras em outros suportes. Isto por que a gravura se conecta com sua preocupação em levar a arte para além dos sistemas “oficiais”. A característica

de reprodutibilidade da gravura, que permite a produção de diversas “cópias originais” de uma obra, torna estes trabalhos, de certa forma, mais acessíveis do que as obras produzidas sobre um suporte não-reprodutível. Também se fez notável a importância da presença de Fayga na história da arte brasileira, ao lado de suas e de seus colegas contemporâneos no movimento modernista brasileiro. Fayga Ostrower levou em consideração, questões relacionadas às problemáticas sociais, e isso foi bem decisivo no início da sua poética. Passou a ver a arte em termos de linguagem e espaço a partir da compreensão que teve do cubismo, sentiu que através da arte não poderia esclarecer e fazer uma crítica aos problemas sociais. Lentamente a partir de 1950 foi mudando de estilo, do figurativo para o abstrato. Dedicou-se aos estudos da percepção e da estrutura para compreender o problema da arte. A artista e educadora acreditava que a criatividade é uma faculdade inerente ao ser humano e a arte é uma potencialidade que todas e todos podem acessar. Fayga contribui com ações no campo da educação utilizando a arte como instrumento de transformação e auxiliando na formação da sensibilidade. Além de socializar o ensino da arte, Fayga deixa um legado com métodos e princípios no processo educativo e criativo.


Litografia a cores sobre papel, 1981, 40,5 x 60 cm

Entre os anos de 1980 e 1990 Fayga produziu muitos trabalhos em litogravura e aquarela. Sempre buscando a harmonia entre as formas, cores, transparências e ritmo em suas composições abstratas, sem perder o caráter lírico. Trabalhando ao mesmo tempo o potencial consciente e sensível.


Litografia a cores sobre papel, 1983, 42 x 67,5 cm

Voce sabe o que significa esses numeros na ficha tecnica das obras? A litrografia em questão está numerada como: 8309. Os dois primeiros números representam o ano em que ela foi produzida, em 1983. E os dois últimos, neste caso 09, significa que este é o nono trabalho do ano de 1983. A pesquisadora Maria Luisa Tavora explica que os primeiros trabalhos abstratos de Fayga eram intitulados, buscando realizar pontes poéticas. Porém quando a artista percebeu que essa nomeação conduzia o olhar dos observadores, limitando a apreciação da obra, deixou então de nomear e começou a numerar.


Litografia e cores sobre papel Fabriano, 1990, 51,5 x 71,5 cm

Aqui temos mais uma obra de litogravura feita por Fayga. Nesta mesma década, no ano de 1987, a Editora Record lança o livro de Carlos Drummond de Andrade, “De notícias & não notícias faz-se a crônica”, cuja a capa e o projeto gráfico foram feitos pela artista.


Litografia a cores sobre papel Arches, 1980, 40 x 60 cm

Vocês podem estar se perguntando sobre o tipo de papel que Fayga utiliza nos seus trabalhos de gravura e aquarela. E quem foi atento, deve ter percebido nas legendas da maioria das obras a referência ao papel Arches, como esta litogravura. Arches é um papel 100% algodão com alta resistência a arranhões e apagamentos. Foi utilizado por diversos artistas importantes da história da arte, como Monet, Picasso e, claro, a nossa Fayga. No próximo post, contamos mais sobre como ele é feito.


Qual a Importancia do Novo Acervo de Fayga Ostrower para a Comunidade da UFPE? A doação recebida pela UFPE faz parte das ações realizadas pelo instituto Fayga Ostrower, com o objetivo de comemorar o centenário de nascimento da artista. As doações à diversas instituições integram estas ações, pensadas e direcionadas de acordo com as ideias de Fayga. Nas palavras de sua filha, um de seus pensamentos era o de que a arte é um patrimônio da humanidade. A chegada destas obras representa uma imensa colaboração não apenas para o acervo que a universidade já possui, mas também configura-se como um material de estudo para os professores e estudantes de Artes, chamando nossa atenção não apenas para as obras recebidas, mas também para todo o legado artístico e intelectual de

Fayga. Este presente possibilitará aos estudantes e professores especial contribuição em sua formação, reflexão e aprendizado, além da elaboração de estudos e textos sobre Fayga e suas ideias. O acervo de Fayga vem para dinamizar e contribuir com a construção do sensível da comunidade acadêmica e arredores, criando um espaço onde as pessoas podem se reunir para explorar, interagir, aprender e ensinar. Um acervo que é de responsabilidade da universidade, possui um papel muito importante que é a difusão e na democratização do conhecimento. O acervo é uma excelente porta de entrada para o universo da arte na comunidade.


Litografia a cores sobre papel Arches, 1981, 60 x 40 cm

O papel Arches é colado na massa, por isso, não absorve a água rapidamente garantindo cores vivas nos trabalhos a base de água e gelatinado, o que permite correções (raspagens) sem danificar a obra de arte com sua secagem feita ao ar livre. O pH do papel é neutro (ou seja, igual a 7), o que impede que ele fique amarelado. Não à toa ele é tão procurado pelos artistas, né?


Litografia a cores sobre papel Arches, 1980, 60 x 40 cm

“Eu só posso dizer que considero a maior felicidade poder ter um trabalho artístico. Francamente, eu sinto como uma grande felicidade, um caminho de realização, de reconhecimento, que me permite ver tanta coisa nos outros. Foi uma grande sorte”. (Fayga Ostrower, 1980)


Xilogravura sobre papel de arroz, 1958, 29,7 x 84,5 cm

Voce sabe como funciona a Xilogravura? - parte 1/2 Popularizada por diversos artistas nordestinos, a técnica de xilogravura é a gravação em relevo sobre uma matriz de madeira. Depois de lixada e preparada pelo gravador, a matriz recebe imagem transferida por decalque ou o artista desenha sobre a própria madeira. Depois, o processo de gravação do desenho na placa é geralmente feito com um utensílio chamado goiva, objeto cortante que permite a retirada das partes “indesejadas” da matriz. Neste processo o artista realiza uma espécie de entalhe. A remoção dessas porções de madeira permite que se forme um relevo. Essa será a parte da matriz que receberá tinta e será impressa. Após finalizado o entalhe, a superfície da madeira é então coberta de tinta e a impressão é feita em papel ou tecido. A partir de uma matriz é possível realizar um grande número de impressões. Entretanto, dependendo da madeira e de seu manuseio, por conta da própria organicidade do material, este tipo de matriz pode sofrer pequenas modificações, decorrentes do uso. O contraste e a formação do desenho se dão no processo de retirada: a tinta cobre as partes salientes da matriz enquanto as partes removidas não aparecem na impressão. Podemos visualizar melhor a xilogravura na seguinte obra de Fayga: as partes brancas foram retiradas com a goiva e as pretas formam o relevo que foi impresso.


Matriz de xilogravura, Catalogação IFO n° 2646-2

Voce sabe como funciona a Xilogravura? - parte 2/2 Nesta postagem, trazemos a imagem de uma matriz de xilogravura de Fayga Ostrower. Dentre as obras recebidas pela UFPE, fomos agraciados com três matrizes de sua autoria. Este material é de grande importância por carregar um pouco mais de Fayga, no sentido de que, olhando a matriz, é possível perceber melhor a forma como ela trabalhava. Um diferencial do trabalho da artista é que, ao contrário do que acontece normalmente na xilogravura no qual o artista remove partes da matriz, Fayga fazia o contrário: adicionava relevo, colando pedacinhos de compensado na matriz, o que permitiu a ela criar matrizes com um feito único. Ao analisar as gravuras podemos deduzir como ela trabalhou para criar aquela imagem. Ao olhar a matriz, é possível ter um olhar mais preciso, e saber exatamente o que ela fez. Entretanto, associar a matriz à sua impressão, no caso de Fayga, é um grande desafio. Isso porque Fayga realizava impressões sobrepostas de diferentes matrizes, criando variadas composições.


Quais foram as Atividades de Mediacao Cultural Desenvolvidas nesse projeto? O projeto “Fayga Ostrower: Interfaces” foi desenvolvido em três etapas: formação artístico-pedagógica, minicurso para comunidade acadêmica e exposição virtual das obras nos perfis do Instagram da Galeria Capibaribe (@galeria capibaribe) e do Instituto de Arte Contemporânea (@iacbenfica). 1ª ETAPA: FORMAÇÃO ARTÍSTICO-PEDAGÓGICA

Nesta etapa, ocorrida entre agosto e setembro de 2020, um grupo de oito estudantes do curso de Graduação em Artes Visuais da UFPE participou de atividades específicas de formação para conhecer o legado da artista e suas principais obras. Foi nesta oportunidade que exploramos as obras, fotografando-as e organizando o acervo no Memorial Denis Bernardes. Lemos o livro “Criatividade e Processos de Criação”, de Fayga Ostrower e conhecemos as ações e acervo do Instituto Fayga Ostrower (https://faygaostrower.org.br/). Assistimos o programa sobre o centenário de Fayga, na Estação Sabiá, TV 247, programa em homenagem ao centenário de Fayga Ostrower com Regina Zappa, Noni Ostrower, o curador Fernando Cocchiarale e o físico Luiz Alberto Oliveira, pelo link: https://www.youtube.com/watch?v=RmkIDK7Yz90&feature=youtu.be. E ainda, assistimos os vídeos “Intuição e Criação” (Link: https://www.youtube.com/watch?v=M4p0ORnWI2E) e “Paixão pela Arte” (Link: https://www.youtube.com/watch?v=-3wlEuPgcKw).

2ª ETAPA: MINICURSO SOBRE FAYGA OSTROWER

Nos meses de outubro e novembro, as professoras Luciana Borre, Ana Lisboa e o professor Wilson Chiarelli, junto aos estudantes participantes da primeira etapa do projeto, ministraram um minicurso sobre a artista e o acervo recebido pela UFPE, para 50 participantes da comunidade. Os objetivos do minicurso foram: ler o livro “Criatividade e Processos de Criação”, de Fayga Ostrower; conhecer o contexto histórico e artístico de Fayga Ostrower e; conhecer os processos de criação em gravura e serigrafia de Fayga Ostrower, interpretando imagens e ampliando repertório visual. 3ª ETAPA: EXPOSIÇÃO VIRTUAL

A terceira etapa aconteceu concomitantemente ao minicurso, onde as quarenta obras e cinco matrizes de Fayga Ostrower foram apresentadas virtualmente ao público, pelos perfis da Galeria Capibaribe e do Instituto de Arte Contemporânea, no Instagram. As obras foram apresentadas em blocos relacionados às técnicas utilizadas pela artista junto a descrição das mesmas e com postagens explicativas. Estes itens podem ser conferidos a seguir.


Xilogravura a cores sobre papel de arroz, 1994, 47,3 x 85,1 cm


Xilogravura a cores sobre papel de arroz, 1970, 25,5 x 36 cm

Fayga Ostrower desenvolveu ao longo de sua carreira diversas atividades, podendo ser apresentada como gravadora, pintora, ilustradora, professora e teórica da arte. Mas, como bem apontou Ferreira Gullar, Fayga foi sobretudo gravadora. E para a gravura, dedicou quase 30 anos de sua vida. Nos anos de 1950, Fayga passa a se dedicar ao abstracionismo e envia, em 1958, 12 xilogravuras para a XXIX Bienal de Veneza, sendo agraciada com o com o Grande Prêmio Internacional de Gravura. Sobre as xilogravuras produzidas por Fayga, a gravadora Anna Letycia comentou em 1989: “Se ela foi precursora na gravura em metal, ela foi muito mais na xilogravura pois ela conseguiu um rendimento que não se conseguia aqui, não era usado aqui.” Fayga buscava a harmonia das formas em suas obras, suas xilogravuras possuem leveza, transparência, fluidez e ritmo.


Ă lbum 10 gravuras, xilogravura, 1956, 21,6 x 20 cm


Xilogravura a cores sobre papel de arroz, 1971, 40,3 x 85,1 cm

Acreditamos que a leitura de uma obra é feita a partir dos elementos que ela oferece e da bagagem sensível que o espectador projeta quando observa. As cores, como falamos no post anterior, surgem como um potencial elemento de leitura e amplia nossa imaginação. No que você pensa quando vê essa obra? Ao longo do percurso da exposição, podemos perceber que as gravuras abstratas de Fayga Ostrower não se limitam apenas à composição dimensional e o trabalho com as formas. As cores, vivas, imprimem uma outra camada de sentido e sensibilidade em suas produções, como no caso desta que destacamos neste post duplo.


Matriz de xilogravura Catalogação IFO n° 2637

O interesse de Fayga em trabalhar, sobretudo, com a gravura se dava pelo entendimento dessa linguagem como mecanismo multiplicador e democrático da arte. “Eu trabalho há anos e anos com esta linguagem justamente porque acho que o caráter multiplicador é que lhe dá sentido e torna a arte da gravura acessível a um grande número de pessoas”, declarou a artista em para o livro “Gravura brasileira hoje: depoimentos”, publicado pelo SESC Tijuca. . Convidamos você a observar essa bela matriz, que gerou diversas impressões, como um dos símbolos dessa crença de Fayga na democracia do fazer e do fruir artístico.


Xilogravura a cores sobre papel de arroz, 1971, 86,5 x 44,8 cm


Ă lbum 10 gravuras, xilogravura, 1956, 21,5 x 19 cm


Xilogravura sobre papel de arroz, 1970, 94,5 x 40,5 cm


Glossario CALCOGRAVURA – Gravura realizada em metal, utilizando qualquer das técnicas diretas ou indiretas de gravura de incisão. A imagem impressa é a sulcada, depois entintada e passada na prensa. Há vários procedimentos para gravar o metal: água forte, água tinta, ponta seca e buril. ÁGUA FORTE – Técnica indireta da gravura calcográfica que corroem a superfície de uma placa de metal mediante a ação de algum tipo de mordente. A imagem que será desenhada é realizada com uma ponta seca, que descobre o verniz protetor da placa. A chapa é colocada no ácido que corrói as partes descobertas formando as incisões que receberão a tinta para a impressão. ÁGUA TINTA – Técnica indireta da gravura calcográfica que se obtêm efeitos tonais parecidos com aguadas de nanquim. A resina em pó como breu, aquecida e aderida na placa permite consegui graduações tonais. A resina atua como verniz, impermeabilizando a placa da ação do mordente e forma uma retícula de pequenos vazios, estes vazios são corroídos pelo ácido. Tendo um resultado na impressão de característica granulada. PONTA SECA – Técnica direta de incisão da gravura calcográfica utilizando uma ferramenta de ponta afiada, serve para sulcar o metal a seco e os traços que se obtém são bem característicos por serem aveludados pelo fato de reter a tinta ao redor das rebarbas.

BURIL - Ferramenta utilizada na técnica direta da gravura em metal e na xilogravura. É uma ferramenta de aço temperado, de seção quadrada, afiada em forma de V. XILOGRAVURA - Técnica de impressão em relevo realizada sobre madeira, as partes retiradas pelas ferramentas, produz a imagem que receberá a tinta por meio do rolo de impressão que será impressa sobre papel. LITOGRAFIA – Técnica de impressão plana tem como princípio a incompatibilidade da água com a gordura. Sobre uma pedra calcária se elabora a imagem a partir de lápis gorduroso ou pincel com tinta litográfica. Por meio de uma mistura de goma arábica e ácido nítrico se prepara a pedra, com a finalidade de tornar as áreas não trabalhadas mais sensíveis à água. Para entintar se umedece a superfície, a água penetra nos poros da pedra e é repelida nas partes gordurosas, em seguida a matriz é entintada com o rolo e tinta oleosa, depositando-se só na área a ser impressa. Coloca-se uma folha de papel em cima da pedra calcária e passa na prensa litográfica. SERIGRAFIA – Técnica de impressão que tem como matriz um tecido de nylon ou seda esticada em um bastidor. O tecido é obstruída nas partes que não há desenho por meio de uma emulsão fotossensível ou manual. A matriz é posta no papel e a tinta é puxada por meio de uma rodo de borracha, que espalha a tinta no interior do bastidor, passando a imagem, não invertida, para o papel.


PROJETO FAYGA OSTROWER REITOR: Prof. Dr. Alfredo Macedo Gomes VICE-REITOR: Prof. Dr. Moacyr Cunha de Araújo Filho DIRETOR DO CENTRO DE ARTES E COMUNICAÇÃO: Prof. Dr. Murilo Artur Araújo da Silveira CHEFE DO DEPARTAMENTO DE ARTES: Profª. Dra. Roberta Ramos COORDENADOR DOS CURSOS DE ARTES VISUAIS: Prof. Dr. Eduardo Romero PROPONENTES DO PROJETO: Profª. Dra. Luciana Borre; Profª. Dra. Ana Lisboa e Talles Colatino ELABORAÇÃO DO CATÁLOGO: Profª. Dra. Luciana Borre; Profª. Dra. Ana Lisboa; Thais Arruda e Alexandra Jarocki Raduy. REVISÃO FINAL: Talles Colatino DIAGRAMAÇÃO: Walton Ribeiro FOTOGRAFIAS: Walton Ribeiro EQUIPE PROPONENTE: Luciana Borre; Ana Lisboa; Wilson Chiarelli; Talles Colatino; Walton Ribeiro; Leticia de Melo Andrade; Mariana de Albuquerque Penha; Daniel Nogueira; Alexandra Jarocki Raduy, Rafaela Elizabeth; Thais Arruda e Joana Mariz.

Apoio

Realização


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.