Por Alfeu
Gilvan Samico foi um dos representantes das artes plásticas no Movimento Armorial idealizado por Ariano Suassuna, com as suas xilogravuras que tiveram reconhecimento no Brasil e por todo esse mundo.
Anteriormente, Samico já havia participado de um outro movimento artístico no Recife, a Sociedade de Arte Moderna do Recife – SAMR, fundado por Abelardo da Hora. Nessa época o artista se dedicava principalmente ao desenho e a pintura, mas já havia o interesse pela gravura.
Vai a São Paulo e estuda com Lívio Abramo na Escola de Artesanato do Museu de Arte Moderna de São Paulo, mais tarde desembarca no Rio e trabalha com Oswaldo Goeldi na Escola Nacional de Belas Artes. Se interessa pela xilogravura e nas escolas desenvolve os conceitos e as tecnicas, mas Samico não fica contente com o resultado de seus trabalhos, são sombrios e noturnos. Samico se sente distante, faltava alguma conexão dele com a sua obra.
Uma luz vem ao encontro de Samico trazida por Ariano Suassuna, que o sugere a mergulhar na cultura popular em todas as suas formas de expressão. Desse modo, o artista se embrenha nesse território do sertão: místico, de muita religiosidade, povoado de lendas e que paralelamente teve como fonte de estudo a Literatura de Cordel.
Suas obras começam a ficar mais claras, com linhas mais finas, aparecem as cores e as figuras aos poucos tornam-se planas.
Nesse momento, Gilvan Samico se encontra com a sua arte; a luz trazida por Suassuna era na verdade vinda de dentro dele mesmo.
A partir daí, a complexidade de seu trabalho vai aumentando, assim como o tempo dedicado, aos estudos preliminares, aos testes de cores até a feitura de uma matriz da xilogravura, que chegava a levar 1 ano nos últimos tempos. Longe de ser um obsessivo, Samico sabia muito bem que fazer arte, e bem, era um trabalho árduo, principalmente para um artista completo como ele.
Gilvan Samico faleceu em novembro de 2013 e deixou alguns desenhos de estudos que se tornariam novas xilogravuras.
Quase um ano depois de sua morte uma exposição em homenagem a Samico chamada “Linhas, trançados e cores: No reino de Gilvan Samico”, com vários trabalhos seus.
https://vimeo.com/91750409 align:center]
O álbum “Aralume”, é um encontro no Movimento Armorial, da música, com o Quinteto Armorial, e das artes plásticas com a obra de Gilvan Samico, na capa.
Quinteto Armorial – Lacinante
[video:https://www.youtube.com/watch?v=OidPt7KBXsk align:center
Fontes e Fotos:
http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa10514/gilvan-samico
http://artepopularbrasil.blogspot.com.br/2011/09/samico.html
http://www.vermelho.org.br/noticia/153557-285
https://danbrazil.wordpress.com/2013/12/
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