Mais de Oito Mil Interview

Mais de Oito Mil Interview – Mara entrevista Fabio Sakuda

“Porra, maaaaaais uma entrevista, Mara?”. É sim, minna! É por causa da relevância dos entrevistados? Nem, é porque se eu postar eu consigo mostrar credibilidade e aí posso pedir uma entrevista com a Petra Leão. Já imaginou que SUGOI que ia ser? Deixando as velhices de lado, hoje no Mais de Oito Mil Interview temos uma entrevista com Fabio Sakuda! Ah, você não sabe quem é ele? Ele é roteirista do mangá Rapsódia, que está na revista Ação Magazine, daquele sucinto Lancaster. “Porra, maaaaaais uma postagem relacionada a esse projeto, Mara?”. Ele nos concedeu essa divertida entrevista enquanto passeávamos de pedalinho em forma de cisne negro na Lagoa Rodrigo de Freitas, tomando um suco de sapoti enquanto líamos trechos de O Guarani. IKIMASU ler a entrevista com o Fabio?

 

Mara: Obrigada pela entrevista e parabéns pelo projeto. A pergunta mais interessante da noite é… ser autor de quadrinhos no Burajiru atrai mulher? Ou só otaka mesmo?

Fabio: No Japão atraia até, aqui eu ainda não consegui usar isso de forma positiva. Titanic, mulherada, ninguém mais tem esse tipo de fantasia? Um Sketchbook, uma poltrona bacana…

Mara: Todo mundo sabe que você desenha, faz tradução, faz roteiro, escreve matérias… já pensou em ser dublador também?

Fabio: Dublador não é minha praia. Eu escrevo. Sei traduzir, se me pagam eu faço. Sei fazer matérias, se me pagam eu faço. Pagando bem, que mal tem, né? (Mara comenta: ui) Também fotografo, leio pra caramba, escrevo um blog, assisto filmes. (Mara comenta: faz aulas de “etc”?) Quem quiser me pagar pra ter meus hobbies, eu aceito e agradeço do fundo do coração $2 !!

Mara: A criação de Rapsódia é do Carlos, mas o roteiro é teu. Você se sente como a Nazaré Tedesco, pegando o filho da Maria do Carmo e criando como se fosse seu?

Fabio: Isso é interessante, que Rapsódia é como um filho adotado. E eu tô ajudando a criar. Não peguei a referência, mas eu tô criando mesmo como se fosse um filho meu. (Mara comenta: sua raposa felpuda!) Acho que é questão de postura também. No Brasil, todo mundo quer ser criador, quer fazer o que gosta do jeito que vier à cabeça. Mas ser o desenvolvedor tem seus méritos. Saber explorar o potencial de uma boa idéia é ainda mais difícil do que ter uma. E acho que é por isso que todo mundo se acomoda em criar só o que quer.

Mara: Fazer roteiro de mangá de ação é mais fácil pela falta de diálogo?

Fabio: Ah, muito mais fácil! Só fazer palitinhos e onomatopéias, depois o Carlos dá um jeito, não é? Mas falando sério, pensar em ação é complicado em outro sentido, porque você tem que ter ritmo, manter sua diagramação de página e narrativa visual… Tem que ter impacto, e isso é muito difícil de fazer. Diálogos são relativamente fáceis de se fazer nesse sentido.

Pra alguns roteiristas pode ser mais fácil, mas eu faço o name, que é o rascunho do roteiro, já diagramado, pensando em tudo aquilo que eu falei, e depois, eu e o Carlos discutimos pra acertar a montagem da página.

Mara: Quais os limites dos autores? Se vocês quiserem colocar muito sangue, muita mulher peituda e muitas calcinhas é autorizado numa boa?

Fabio: Não achei que você pediria, mas não se preocupe! (Mara comenta: Tenho que parar de deixar meu namorado sugerir perguntas) Teremos uma boa dose de mulheres peitudas, seremos generosos com as calcinhas e já estamos dando o nosso próprio sangue! Vai ter muita coisa, mas respeitando o fato de que é uma revista de abrangência popular, não podemos exagerar. Particularmente, eu prefiro peitos mais anatômicos.

Mara: Se você visse alguma cosplayer lateralmente avantajada fazendo cosplay de algum personagem de Rapsódia, você ia gostar ou ficar ofendido com a homenagem mal feita?

Fabio: Eu ia achar legal, de verdade. Acho divertido, a pessoa já tá lá só pra se divertir, se for com um personagem que eu ajudei a criar, eu ficaria muito lisonjeado. Estando bem feito, eu acho muito bom (Mara comenta: detalhe no “estando bem feito”… ouviu Fat Hatsune Miku?). Não tenho conhecidos que façam cosplay (não que eu saiba) mas adoraria conhecer, principalmente uma menina que tava de Naruto no último AF. Aquilo é um pecado, felizmente eu sou um pecador!

Mara: Você tem algum problema referente à “bunda gorda”? Porque no preview isso apareceu bastante. Será o indicativo de uma futura saga?

Fabio: A Saga do Cofrinho Secreto. Apresentando a Mulher Melancia gigante. Meu, isso iria vender MUITO aqui! Não tenho problemas com bunda gorda, muito pelo contrário! Mas de homem, e gigante, a coisa muda de figura. Bunda peluda é kiwi, e dessa fruta eu não como não!

Mara: Muito obrigada pela entrevista. Deixe uma mensagem para os leitores do Mais de Oito Mil e se quiser deixar contato para nossas leitoras Maria-Nanquim está liberado também.

Fabio: Obrigado a todo o apoio que o pessoal tem dado, todos da Ação estão muito felizes e confiantes e vamos fazer de tudo pra corresponder à todos, e aos poucos, poder chegar ao tamanho e tradição que as antologias japonesas têm. Quem quiser nos acompanhar no Orkut, no Twitter e no FaceBook, siga pelos links. E o site estará no ar em breve. Quem quiser me seguir em particular, meu Twitter é o @XILFX . Para Maria-Nanquim, se souber lavar, passar, cozinhar, me mande DM! Se for rica, me mande DM!

Abraços! E Obrigado pelo espaço, Mara!

(OBS: Quatro horas após a entrevista, Fabio lembra que não passou os links e manda um email)

Depois que eu vi, esqueci os links! A revista, o facebook, o Orkut e o meu blog!

***

(@maisdeoitomil)

11 comentários em “Mais de Oito Mil Interview – Mara entrevista Fabio Sakuda

  1. Melhor que o entrevistado anterior, de longe. Mas ainda assim, faltou seriedade. Afinal, vai ter mesmo abundância de bundas, peitos e calcinhas? Ou o que vale é “não podemos exagerar porque a revista é de abrangência popular”? Isso é controverso.
    Enfim, dane-se, que não vai passar do primeiro número mesmo por incompetência do Lancaster.

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  2. “Todo mundo sabe que você desenha, faz tradução, faz roteiro, escreve matérias… já pensou em ser dublador também?”

    Que mulher maldosa!(rrss)

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  3. Sim, também achei essa entrevista melhor e mais descontraida. Mas como disse o colega acima, poderia ter perguntas mais sérias, fiquei na dúvida sobre isso ai do fanservice em Mendaka…Mandoka…sei la como se fala. Foi o mangá que mais gostei e acho que poderia ter entrado mais no tema do mangá ^_^

    Parabéns Mara, morri rindo com a entrevista.

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  4. Tenho certeza que ele também vai querer uma maria-nanquim que ande pela casa descalça e gravida. Que bom que ainda existem homens oportunistas.

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  5. MaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaRA
    Sou seu fã *.*
    kkkkkkk
    Ri a lot dessa entrevista xD
    Pelo q eu entendi esse cara é um tio de Silverinha Quebra Galho, cara crachá²
    Mara comenta sobre cisne negro, sei lá uma resenha XD
    Valeu por salvar meu domingo
    bjo de sua trava, mas hétera u.u

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  6. Mara comenta: detalhe no “estando bem feito”… ouviu Fat Hatsune Miku?
    .
    morri xD

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  7. Oi, Roberta!

    Brigado pela campanha antecipada! Já te encontrei noutro site falando bem do Madenka! :P

    Té!

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  8. pois fique sabendo, DONA MARA:
    agora entrei na academia soh pra dar nos teus dedus e cara. sua GORDA!

    vo te prosessar!

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  9. Uhul, se vai ter peitão e calcinha é um passo pra ter Yuri!
    *——*
    Gostei do Fábio, ele é mais solto no papo. Parece-me uma boa pessoa.
    Parabéns Mara!
    S2

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  10. Só resta saber uma coisa: essa revista VENDEU BEM?
    E como fica aquele lance da expulsão do Marcio E. Goncalves que fazia a HQ Arcabuz, para colocar no lugar a nefasta Petra Leão?

    Leia esta mensagem publicada na comunidade da Ação Magazine:

    “Marcio E. Goncalves
    Fabio, olha a situacao que vc me coloca:

    Eu estava unica e exclusivamente falando sobre o Arcabuz sem entrar no merito dos problemas e decisoes editoriais que levaram a serie a sair da revista. Como combinado, eu nao toquei nesse assunto ou qualquer outro que posso afetar a imagem da revista. Estava apenas trocando ideias com duas pessoas que gostaram de minha historia. Quem atacou a revista foi Makoto, nao eu.

    Mas a partir do momento que voce escreve mentiras (porque sao mentiras, voce sabe disso.) me atacando, o que eu devo fazer?

    Eu poderia fazer um post gigante falando do amadorismo de vocês, contratos malucos, falta de consideração por eu estar no meu ultimo semestre do mestrado, a falta de respeito com roteiristas em geral, *****como vocês me desligaram do projeto SEM NEM ME AVISAREM*****, etc…

    Mas nao o fiz, nem pretendo fazer. Mas também espero que nao fiquem tentando me queimar em publico como você esta fazendo agora.

    Deixo a criterio dos leitores daqui quem soa mais profissional entre nos dois.

    P.S. Vou abrir uma excecao ao que disse acima e comentar sobre sua afirmação de que eu acho a Roberta “nao talentosa o suficiente”. Preferia nao falar nada, mas nesse caso você colocou uma terceira pessoa no meio. Nao quero que a Roberta leia isso e ache que em algum momento ataquei o talento dela.

    Sua afirmação e particularmente ridicula considerando-se que no momento que eu fui desligado da revista eu estava rescrevendo uma outra historia minha e do Lancaster PARA A ROBERTA desenhar.

    Quanto ao Arcabuz, a principal critica quanto ao preview foi que as cenas de luta estavam fracas. Eu concordo, pois acho que o estilo dela e fantástico para comedia e outros géneros, porem Arcabuz pede acao no estilo Rurouni Kenshin e/ou Blade of Immortal.

    Para nao atrapalhar o lançamento, sugeri escrever outra Historia p/ a Roberta desenhar, enquanto eu procuraria um desenhista p/ o Arcabuz (eu tinha dois otimos desenhistas aqui da Academy of Art interessados). Detalhe que o Lancaster CONCORDOU com a proposta, conversamos alguns dias sobre hipóteses e resolvemos que eu reescreveria rapidamente uma parodia que criamos juntos alguns anos atras.

    Comecei a rescrever tal historia. Uma semana depois fui comentar sobre a nova versão da historia no MSN com o Lancaster e, contrariando o que tínhamos combinado, ele do nada me disse “a fila anda” e que eu nao estava mais na revista (nao me falou sobre o Assombrado, so fiquei sabendo pela internet). Desejei boa sorte a revista e ficamos nisso.

    Foi isso o que aconteceu e qualquer viagem sua sobre eu nao achar a Roberta “talentosa o suficiente” ou eu ser egoista (0_o?) e apenas sua interpretação da historia.”

    Esse é o verdadeiro Fabio Sakuda, nas palavras de seu antigo colaborador.

    Fanzineiro é isso.

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