Cartunista Paulo Caruso morre aos 73 anos e é velado neste domingo

Velório foi aberto ao público das 11h às 17h; enterro está marcado apenas para amigos e familiares nesta segunda (6)

O cartunista Paulo Caruso, faleceu no sábado (4), aos 73 anos, no Hospital Nove de Julho, em São Paulo, em decorrência de um câncer. O artista foi velado neste domingo (5) na mesma cidade.

O cerimonial de despedida foi aberto ao público das 11h às 17h, na Funeral Home (rua São Carlos do Pinhal, 376, São Paulo).

Cartunista morreu neste sábado em São Paulo – Foto: Reprodução/@caruso.paulo/NDCartunista morreu neste sábado em São Paulo – Foto: Reprodução/@caruso.paulo/ND

Segundo Anderson Delmondes, consultor da funerária Ossel, responsável pela organização do cerimonial, a família pediu duas horas para as homenagens finais — das 10h às 11h e das 17h às 18h deste domingo.

O sepultamento está marcado para às 11h da segunda-feira (6), no Cemitério São Paulo, e será reservado a familiares e amigos.

Homenagem em Santa Catarina

O CAU/SC (Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Santa Catarina) publicou uma homenagem ao artista. Segundo o Conselho, o cartunista era “consagrado pelas charges e quadrinhos, sempre honrou com sua arte a formação original como arquiteto”.

São dele as ilustrações do Manual do Arquiteto e Urbanista, lançado em 2015, pelo CAU/BR, para difundir a prática legal da profissão.

Paulo era irmão gêmeo do também cartunista Chico Caruso

Nascido em 6 de dezembro de 1949, o caricaturista, ilustrador, chargista e músico Paulo José Hespanha Caruso cursou arquitetura na Universidade de São Paulo (USP) no início dos anos 1970, mas não exerceu a profissão.

Paulo Caruso era irmão gêmeo do também cartunista Chico Caruso. Paulo era o irmão mais velho, nascido cinco minutos antes de Chico.

Os gêmeos cartunistas Paulo e Chico Caruso – Foto: Facebook/Chico Caruso/NDOs gêmeos cartunistas Paulo e Chico Caruso – Foto: Facebook/Chico Caruso/ND

Paulo Caruso colaborou em O Pasquim ao lado de nomes consagrados, como os cartunistas Jaguar (1932), Millôr Fernandes (1923-2012), Ziraldo (1932) e Henfil (1944-1988).

Também atuou em várias publicações especializadas em humor e quadrinhos, como Chiclete com Banana, Geraldão e Pasquim 21, reedição do jornal, fechado no início da década de 1990. Também se dedicou à produção de espetáculos musicais e teatrais.

Em 1985, no Salão de Humor de Piracicaba, no interior de São Paulo, uniu a paixão pela música ao amor pelos cartuns e montou uma banda só com cartunistas.

Vida profissional

Segundo o portal R7, o cartunista atualmente publicava charges na revista Época e no programa de entrevistas Roda Viva, da TV Cultura. Tinha também um trabalho com histórias em quadrinhos e tocava na banda Conjunto Nacional.

Ao longo da carreira, trabalhou para as principais revistas de São Paulo, entre elas Veja, IstoÉ e Senhor, e para os jornais Diário Popular e Folha de S.Paulo.

Em 2004, lançou o livro São Paulo por Paulo Caruso — Um Olhar Bem-Humorado sobre Esta Cidade, em homenagem aos 450 anos da metrópole, no qual tratava do cotidiano paulistano, caricaturando tipos humanos e representando edifícios e vistas panorâmicas da cidade.

O artista recebeu vários prêmios, entre eles o de melhor desenhista, pela APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte), em 1994.

+

Cultura

Loading...