Desenvolvimento da fala

 

Um dos momentos mais esperados pelas mamães e papais é quando o bebê emite suas primeiras palavras. O início da fala depende muito do desenvolvimento de cada criança. É sempre importante reforçar que não existe um momento certo para falar, mas, sim, apenas estimativas de quando isso é mais comum. 

Também vale reforçar que, nessa época, o bebê está atento a tudo em sua volta, assimilando tudo o que é possível, principalmente os sons e os recursos visuais. Assim, criam um repertório que irá se desenvolver ao longo dos meses ou anos. Além disso, desde o nascimento, é possível perceber que o bebê emite sons para se comunicar com os pais ou pessoas em seu entorno. Isso se dá com maior frequência a partir dos nove meses, quando a criança já consegue juntar os sons. Assim, ela começa a emiti-los à sua maneira, como os famosos “ba ba ba”, "da da da" ou “ma ma ma”. 

Geralmente, até os quatro anos, a criança passa a produzir sons mais difíceis, por exemplo palavras com as letras “l”, “s”, “lh”, e os temidos “r” e “rr”. E entre os primeiros anos, ela também começa a assimilar gestos à falas, como “manda beijo”, “tchau” e “bate aqui”. Resumidamente, apesar das datas não serem sempre as mesmas, é possível separar as fases de fala da criança, como no quadro abaixo:

 

Novamente, é fundamental lembrar que, em alguns casos, o bebê pode demorar mais tempo para desenvolver a fala. Principalmente naqueles relacionados à falta de estímulo dos pais, ou quando se percebe certas condições, como a surdez (em seus diferentes níveis). Dessa forma, é imprescindível que os responsáveis sejam presentes e analisem o comportamento do filho. Em determinadas situações, será preciso levá-lo ao pediatra; em outras, mais complexas, poderá ser necessária a realização de atividades relacionadas à linguagem e evolução.

 

O desenvolvimento da fala detalhado por idade da criança

 

Como dito anteriormente, é importante ressaltar que, antes mesmo de ver datas e possíveis idades para a fala ser desenvolvida, é muito comum crianças fugirem aos períodos mais ou menos esperados para cada etapa. Esse é um momento extremamente particular, e também varia em consonância com o ambiente do bebê. Além disso, é um processo lento e gradual. A fala vai se aperfeiçoando e apresentando complexidade de acordo com o crescimento e desenvolvimento dela. 

 

Três meses

Esse é o período em que o choro ainda é o principal meio de comunicação do bebê. Por meio desse som, ele demonstra que está com fome, irritado, sujo, incomodado, ou até mesmo que está chamando alguém. No entanto, embora as pessoas não deem tanta atenção a tal etapa, é nela em que o pequeno começa a prestar mais atenção aos sons. 

 

Seis meses

Ao balbuciar alguns sons além do choro, o bebê responde às pessoas que estão interagindo com ele ou falam seu nome, como forma de resposta ou reação ao momento.

 

Nove meses

Tentando imitar o som das pessoas à sua volta, o bebê começa a juntar as sílabas, como “ba ba ba” e “ma ma ma”. Também já é capaz de entender a palavra “não”. 

 

Doze meses

Nesse estágio, a criança já compreende ordens mais simples como “dá”, “pega”, entre outras. Os sons repetidos tornam-se mais parecidos com as palavras originais. É nessa época que chega o tão esperado momento de pronunciar “papa” ou “mama”, além de reações exclamativas. 

 

Dezoito meses

Entre esses meses, o bebê passa a evoluir com a linguagem, utilizando palavras simples, mas melhorando nitidamente sua comunicação. Também é capaz de dizer “não”, que vem junto com gestos negativos, como balançar a cabeça. Quando ainda não consegue falar o que quer, a criança passa a se utilizar de gestos, apontando para objetos. 

 

Dois anos

Aqui, a criança já consegue dizer seu primeiro nome, bem como juntar palavras simples para a construção de frases menos complexas. Esse é o momento em que a repetição de palavras que ouve são muito comuns, assim como falar sozinho. 

 

Três anos

Aos três anos, as frases ganham maior nível de complexidade. A criança também torna-se apta a dar informações mais precisas, como nome, sexo, idade e o nome de objetos mais comuns. Uma conversa já pode ser construída e estimulada nesse momento, inclusive com crianças de idades similares. 

 

Como estimular a fala dos bebês?

 

A partir dos sons escutados, as crianças criam seu próprio repertório. Por isso, é muito importante que os pais incentivem a fala dos pequenos, inclusive com palavras corretas. 

Sim, é bastante tentador falar de um jeito carinhoso e fofo com a criança, mas saiba dosar! Demonstre afeto através de frases bem formuladas; assim, você ajuda a construir uma fala mais correta no futuro. Além disso, como a idade do desenvolvimento da oralidade pode variar, os pais não devem exortar ou brigar com crianças que falam errado, ou demoram para falar. Isso pode se tornar um processo traumático, o que atrasa ainda mais uma pronúncia correta. 

No lugar disso, devem mostrar o modelo de fala correta, estimulando a repetição e o entendimento. Outras dicas também podem ajudar nesse estímulo. Confira abaixo. 

 

Leia e cante para a criança

O estímulo da fala deve partir de ações que despertem o interesse da criança. A leitura de histórias infantis, assim como a música, são formas muito eficientes para capturar a atenção do pequeno. Mesmo que ele não entenda muito o que está sendo dito ou cantado, você fará com que a criança fique curiosa a partir dos diferentes sons, aumentando seu repertório.

 

Utilize tecnologias de forma saudável

É comum perceber a resposta rápida de crianças e bebês para estímulos que partiram de equipamentos tecnológicos, como tablets, celulares e televisões. Esses recursos são realmente interessantes, mas é fundamental estabelecer o tipo de conteúdo e o tempo adequado para os pequenos. 

Intercale esses momentos com a interação com pessoas e brincadeiras ao ar livre. 

 

Incentive a fala

Como explicado acima, em situações nas quais a criança não sabe a palavra, é comum que ela aponte para objetos e faça sinais para ser compreendida. Nessas ocasiões, não fale a palavra imediatamente. Estimule sua memória e repertório, para que ela se recorde do nome. Caso isso não aconteça, mostre para ela o objeto, e peça que ela repita mais de uma vez, incentivando, assim, uma fala correta e mais complexa.