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Novela 'Passione' chega ao final: entre as revelações, Saulo envenenou o próprio pai

O Globo
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Mortes, armações e segredos deram o tom do último capítulo de "Passione", que marcou 52 pontos de audiência, com 75% de share, segundo o Ibope. A novela de Silvio de Abreu chegou ao fim nesta sexta-feira depois de muitas especulações e algumas reviravoltas. As grandes questões deixadas para o fim da trama - quem matou Eugênio (Mauro Mendonça) e Saulo (Werner Schunemann) - foram respondidas. Foi Saulo, com a ajuda de Clara (Mariana Ximenes), quem envenenou o próprio pai. E foi a vilã, que contou com parte da torcida do público durante a novela, quem esfaqueou até a morte o empresário que abusou dela durante a infância. Na última cena, Clara foi vista em uma praia, como enfermeira de um idoso, mais uma vez. Outro golpe à vista?

Alguns finais felizes já estavam garantidos. Sinval (Kayky Brito), ao lado de Fátima (Bianca Bin) e com o apoio do já reabilitado irmão Danilo, se sagra campeão de ciclismo. Stela (Maitê Proença) finalmente ganha a aprovação de Sinval - um tanto contrariado - para seu romance com Agnello (Daniel Oliveira), que a pede em casamento. Os criados também tiveram seus desfechos românticos: o mordomo Arturzinho (Júlio de Andrade) ganhou um discreto affair, insinuado através de uma troca de telefones com um rapaz. Já Olga (Débora Duboc) cedeu aos encantos de Talarico (Luiz Serra), dono da pizzaria onde Clara chegou a trabalhar.

É Bete Gouveia (Fernanda Montenegro) quem dá a Fred (Reynaldo Giannecchini), na cadeia, a notícia da suposta morte de Clara. O que ela foi fazer lá? Propor um acordo: se ele lhe responder por que ele e Clara mataram Eugênio, se Clara e Eugênio eram amantes e por que Eugênio foi morto, a empresária lhe contrataria um bom advogado. O vilão diz que nada sabe e, depois, chora mais uma vez com sua mãe, Candê (Vera Holtz), negando que tenha matado Saulo. Em seu julgamento, Fred é condenado e... chora.

Na Toscana, por telefone, Totó também recebe a notícia da morte da ex-mulher por Gemma (Aracy Balabanian), e sente o baque. Mas dura pouco: a viúva Juliana (Patrícia Pillar), a compradora do sítio, acaba despertando seu interesse. Enquanto isso, Agostina (Leandra Leal) e Jéssica (Gabriela Duarte), que chegaram a dividir o mesmo marido, Berilo (Bruno Gagliasso), têm seus bebês ao mesmo tempo e lado a lado. Deprimido, o "fragolone" acaba fazendo com que Jéssica proponha um trato à rival, que está prestes a se casar com Mimi (Marcelo Médici): as duas voltariam a repartir o italiano. "Três dias caprichados pra mim tá ótimo. No domingo ele descansa", diz a patricinha, que acaba convencendo a italiana. Tudo bem: Mimi também foi "raptado" por uma agora falante Lurdinha (Simone Gutierrez).

E Melina (Mayana Moura)? Nem parece que passou metade da trama sendo louca e descontrolada. A jovem estilista e seu novo corte de cabelo apresentam sua coleção para convidados. Nesse meio tempo, Mauro (Rodrigo Lombardi) visita a falecida Diana (Carolina Dieckmann) no cemitério.

No núcleo da terceira idade, Brígida (Cleyde Yáconis) termina a trama assanhada como começou. "Teremos noites inesquecíveis", diz a Benedetto (Emiliano Queiroz) para, logo em seguida, aceitar o pedido de casamento de Diógenes (Elias Gleiser). Na cadeia, Valentina (Daisy Lúcidi) fica sabendo da morte da neta Clara na cadeia e diz que "Deus é justo. Cuidei desde que nasceu, levei pra casa onde eu trabalhava. O filho do patrão adorava ela".

E aí vêm duas revelações de uma vez: levada pela avó, Clara era abusada por Saulo na infância. E, em mais um flashback, Danilo se lembra do que aconteceu na noite em que acreditava ter matado o pai. Depois de pedir dinheiro a Fred, no auge do vício em crack, o ex-ciclista apanha do vilão. Ao sacar uma faca para revidar, Danilo acaba atingindo o próprio pai, que tentava apartar a briga. O rapaz refaz seus passos e consegue lembrar com clareza: na verdade, a vítima foi um segurança de um dos prédios da região, que acabou sobrevivendo. Livre da culpa, Danilo se refaz.

Gérson (Marcello Anthony), recuperado de seus traumas sexuais, volta às pistas de corrida e aos pódios e se casa com Felícia (Larissa Maciel). Clô (Irene Ravache), com um vestido que parecia até um pavão, ganha das mãos de Grazi Massafera em pessoa, com Taís Araújo ao seu lado, o tão sonhado prêmio de celebridade do ano. Em seu discurso, pede desculpas ao seu "mimoso" Olavo (Francisco Cuoco), com quem se reconcilia - com direito a beijo e dancinha no palco.

No aniversário de Bete, Totó apresenta Juliana como sua nova mulher, enquanto Mauro e Melina se mostram até mais que amiguinhos. Mauro tem memória curta, pelo visto. O clima de felicidade e "passione" entre os casais é cortado por uma cena em que Fred recebe uma correspondência vinda das ilhas do Pacífico. "Gostou do presentinho que deixei atrás da sua geladeira?", pergunta Clara, se referindo à faca que usou para matar Saulo.

Como? Em mais um dos muitos flashbacks do capítulo, Clara e Saulo discutem num carro e a vilã revela que quem envenenou Eugênio foi seu próprio filho - foi Saulo quem contratou Clara para cuidar do pai. Depois de seguirem para um motel, em cenas cheias de expressões que mostravam que Saulo era mesmo um pedófilo - algumas beirando o mau gosto, como "vem pro colinho do titio, como nos velhos tempos" e até "meu neném, você sempre foi uma vadiazinha". Revoltada, Clara finalmente se vinga e apunhala o empresário. "Pedófilo desgraçado, vai pro inferno!", grita.