De Prada a chapéu Saturno: O estilo do Papa Bento XVI Pontífice resgatou vários itens tradicionais do Vaticano em seu guarda-roupa O Globo 11/02/2013 - 15:59 / Atualizado em 24/07/2015 - 17:09 Compartilhe por Facebook Twitter WhatsApp Newsletters Ver todas as galerias Foto Anterior Próxima Foto A estola estreita branca de pele decorada com cinco cruzes vermelhas se chama pallium e simboliza o papel do Papa como o pastor que cuida de suas ovelhas. O item evoca o estilo do século XI, quando a Igreja Ortodoxa se separou da Católica. O gesto de Bento XVI ao resgatar o elemento, incorporando com frequência às cerimônias que presidiu, foi compreendida por especialistas como um sinal de busca de aproximação com os Ortodoxos. Foto: Reportagem: Melina Dalboni / AFP PHOTO / Vincenzo PINTO Na temporada do Natal de 2005, Bento XVI resgatou mais um dos acessórios em desuso do guarda-roupa papal: o gorro de veludo vermelho e pele branca, igualzinho ao do Papai Noel. O gorro Camauro, nome em italiano, faz parte do guarda-roupa papal desde o século XII e passou a ser popular entre os pontífices no século XVII. O acessório tinha caído em desuso depois da morte do Papa João XXIII, em 1963. Foto: Alessandra Tarantino / AP Photo/Alessandra Tarantino Para se proteger do sol, Bento XVI usava com frequência o chapéu de feltro vermelho de aba circular e detalhes em dourado, chamado Cappello Romano e popularmente conhecido como chapéu Saturno. O acessório, que também era muito usado por João Paulo II, chegou a ter a forma triangular no século XVIII, mas voltou ao formato redondo em meados do século XIX. A cor vermelha é de uso exclusivo do papa e dos cardeais. Foto: GIAMPIERO SPOSITO / REUTERS/Giampiero Sposito/Files O rosa claro é usado duas vezes ao ano, logo depois da Quaresma. Representa o período em que termina a temporada de penitências, quando o papa usa roxo. Estes e muitos outros itens da vestimenta litúrgica estão compilados num documento datado de 1907 que traz 100 regras "dress code", dos padres aos papas. As cores mais comuns no guarda-roupa litúrgico do papa são vermelho, preto, roxo, branco e rosa. Foto: FILIPPO MONTEFORTE / AFP PHOTO/ FILES / Filippo MONTEFORTE A polêmica em torno do par de sapatos vermelho da Prada já levou o papa Bento XVI a entrar na lista dos homens de vestuário "controvertido ou significativo", feito pela "Esquire", em 2007. A revista elegeu os calçados como os melhores acessórios daquele ano. Quando os fashionistas começaram a especular que Bento XVI usava a marca de luxo italiana, a Prada informou que não sabia que ele tinha seus sapatos, mas estava feliz com a notícia. Em 2008, o jornal oficial do Vaticano desmentiu a notícia, dizendo que a conversa era "frívola" e afirmou que "o Papa não veste Prada, mas sim Cristo". No entanto, o Vaticano não informou a marca do acessório. Foto: Marino Azevedo / Marino Azevedo Pular PUBLICIDADE O anel de ouro chamado Pescador é um dos símbolos da autoridade papal. O acessório traz em alto relevo São Pedro pescando em um barco e indica que o papa é o sucessor do apóstolo Pedro, o pescador. Até 1842, era usado também para carimbar com cera vermelha documentos oficiais assinados por papas. A cada nova eleição, o anel era derretido e confeccionado novamente com a inclusão do nome do novo papa. Foto: L'Osservatore Romano / AP Photo/L'Osservatore Romano Numa visita ao México, em março de 2012, Bento XVI quebrou o protocolo e posou com um sombrero, presentado por uma fiel católica na cidade de León Foto: OSSERVATORE ROMANO / AFP PHOTO / OSSERVATORE ROMANO
A estola estreita branca de pele decorada com cinco cruzes vermelhas se chama pallium e simboliza o papel do Papa como o pastor que cuida de suas ovelhas. O item evoca o estilo do século XI, quando a Igreja Ortodoxa se separou da Católica. O gesto de Bento XVI ao resgatar o elemento, incorporando com frequência às cerimônias que presidiu, foi compreendida por especialistas como um sinal de busca de aproximação com os Ortodoxos. Foto: Reportagem: Melina Dalboni / AFP PHOTO / Vincenzo PINTO
Na temporada do Natal de 2005, Bento XVI resgatou mais um dos acessórios em desuso do guarda-roupa papal: o gorro de veludo vermelho e pele branca, igualzinho ao do Papai Noel. O gorro Camauro, nome em italiano, faz parte do guarda-roupa papal desde o século XII e passou a ser popular entre os pontífices no século XVII. O acessório tinha caído em desuso depois da morte do Papa João XXIII, em 1963. Foto: Alessandra Tarantino / AP Photo/Alessandra Tarantino
Para se proteger do sol, Bento XVI usava com frequência o chapéu de feltro vermelho de aba circular e detalhes em dourado, chamado Cappello Romano e popularmente conhecido como chapéu Saturno. O acessório, que também era muito usado por João Paulo II, chegou a ter a forma triangular no século XVIII, mas voltou ao formato redondo em meados do século XIX. A cor vermelha é de uso exclusivo do papa e dos cardeais. Foto: GIAMPIERO SPOSITO / REUTERS/Giampiero Sposito/Files
O rosa claro é usado duas vezes ao ano, logo depois da Quaresma. Representa o período em que termina a temporada de penitências, quando o papa usa roxo. Estes e muitos outros itens da vestimenta litúrgica estão compilados num documento datado de 1907 que traz 100 regras "dress code", dos padres aos papas. As cores mais comuns no guarda-roupa litúrgico do papa são vermelho, preto, roxo, branco e rosa. Foto: FILIPPO MONTEFORTE / AFP PHOTO/ FILES / Filippo MONTEFORTE
A polêmica em torno do par de sapatos vermelho da Prada já levou o papa Bento XVI a entrar na lista dos homens de vestuário "controvertido ou significativo", feito pela "Esquire", em 2007. A revista elegeu os calçados como os melhores acessórios daquele ano. Quando os fashionistas começaram a especular que Bento XVI usava a marca de luxo italiana, a Prada informou que não sabia que ele tinha seus sapatos, mas estava feliz com a notícia. Em 2008, o jornal oficial do Vaticano desmentiu a notícia, dizendo que a conversa era "frívola" e afirmou que "o Papa não veste Prada, mas sim Cristo". No entanto, o Vaticano não informou a marca do acessório. Foto: Marino Azevedo / Marino Azevedo
O anel de ouro chamado Pescador é um dos símbolos da autoridade papal. O acessório traz em alto relevo São Pedro pescando em um barco e indica que o papa é o sucessor do apóstolo Pedro, o pescador. Até 1842, era usado também para carimbar com cera vermelha documentos oficiais assinados por papas. A cada nova eleição, o anel era derretido e confeccionado novamente com a inclusão do nome do novo papa. Foto: L'Osservatore Romano / AP Photo/L'Osservatore Romano
Numa visita ao México, em março de 2012, Bento XVI quebrou o protocolo e posou com um sombrero, presentado por uma fiel católica na cidade de León Foto: OSSERVATORE ROMANO / AFP PHOTO / OSSERVATORE ROMANO