ILHAS FAROE — Caçadores de golfinhos promoveram uma matança no último domingo, nas Ilhas Faroe, um território da Dinamarca localizado no Atlântico Norte. A morte de 1428 animais deixou vermelha a água da praia de Skálabotnur, na ilha de Eysturoy.
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Imagens registradas pelo grupo Sea Shepherd, que tem feito campanha para impedir a tradicional caça de golfinhos e baleias, mostram homens segurando os animais e dando facadas enquanto os bichos se debatem até a morte.
De acordo com o Sea Shepherd, trata-se da "maior matança individual de golfinhos ou baleias-piloto na história das ilhas". Os animais foram levados para as águas rasas da praia e abatidos por caçadores. A prática é considerada tradicional nas Ilhas Faroe.
No entanto, a matança desse ano foi tão brutal que gerou repulsa até mesmo nos moradores mais tradicionais das ilhas, segundo o The Guardian.
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Heri Petersen, presidente da associação de caça no local onde ocorreu a matança, disse que muitos golfinhos foram conduzidos para a baía de uma distância muito longa, com poucas pessoas esperando na praia para matá-los, prolongando a agonia dos bichos.
- Estou chocado com o que aconteceu - disse Petersen, segundo The Guardian. - Os golfinhos ficaram na praia se contorcendo por muito tempo antes de serem mortos” - acrescentou.
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O presidente da Associação Faroese de Caça, Hans Jacob Hermansen, disse à emissora local que ficou chocado com o evento. E declarou que a matança vai ajudar a “destruir todo o trabalho que fizemos para preservar a caça tradicional".
O capitão Alex Cornelissen, executivo-chefe global da Sea Shepherd, disse que no meio de uma pandemia global foi “absolutamente terrível ver um ataque à natureza dessa escala nas Ilhas Faroe”.
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A Sea Shepherd é uma organização internacional sem fins lucrativos de conservação marinha que promove campanhas para defender a vida selvagem e conservar e proteger os oceanos da exploração ilegal e destruição ambiental.