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Por Natália Portinari — Brasília

O deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ), aliado de Roberto Jefferson, disse que o presidente afastado de seu partido errou em atirar contra policiais neste domingo. Ele afirma, porém, que a reação não teria acontecido se Jefferson não fosse alvo de um "inquérito ilegal" no Supremo Tribunal Federal.

— Primeiro, o Roberto Jefferson errou em reagir à polícia. O segundo ponto, não menos importante. Isso não aconteceria se o ministro Alexandre de Moraes não estivesse protelando um inquérito inconstitucional e torturando psicologicamente prisioneiros políticos há muito tempo — disse ao GLOBO.

Jefferson perdeu o direito à prisão domiciliar após compartilhar um vídeo ofendendo a ministra Carmen Lúcia, do STF, na última sexta-feira. Ele estava proibido de se comunicar, por ordem do ministro Alexandre de Moraes. Após disparar contra a polícia no domingo, ele foi alvo de um novo pedido de prisão, por tentativa de homicídio.

Desde junho, Roberto Jefferson é réu por calúnia, incitação ao crime de dano contra o patrimônio público e homofobia por suas falas extremistas em redes sociais. Silveira critica o fato de Alexandre de Moraes continuar dando decisões no processo mesmo após a decisão do STF de que o caso deve ser julgado na primeira instância.

— Roberto errou em atirar contra os policiais, mas como estava a situação psicológica dele, alguém relativizou isso? Ele está preso há dois anos. Ilegalmente. Agora estão querendo demonizar um fato cometido, mas tem um fato gerador que veio do Supremo. Isso poderia ocorrer com qualquer um.

O deputado disse que estava se dirigindo à casa de Jefferson — que, por conta das condições da prisão domiciliar, estava proibido de receber visitas — quando soube do ocorrido, e se manifestou contra a atitude do bolsonarista.

— (Quando soube) falei pô, era para ele ter se trancado dentro de casa e chamado a imprensa. Nesse quesito eu não posso mais ir, porque eu não tenho como defender lançar granada em cima de policiais, mas a questão foi o que levou ele a fazer isso foi um fato muito mais grave.

Sobre o vídeo gravado por Jefferson que ensejou o primeiro pedido de prisão, Silveira diz que "as palavras não foram corretas", mas apoia o mérito da crítica feita pelo aliado à decisão da ministra no caso da decisão contra a Jovem Pan.

Jefferson chegou ao presídio de Benfica, na Zona Norte do Rio, no início da madrugada desta segunda-feira. De lá, ele será transferido para Bangu 8, no Complexo Penitenciário de Gericinó. Foram cerca de 14 horas de cerco em sua casa até a prisão.

Silveira recebeu um indulto do presidente Jair Bolsonaro que o livrou de uma condenação do STF. Em fevereiro de 2021, o deputado chegou a ser preso por ordem do ministro Alexandre de Moraes após publicação de um vídeo em que defendia o AI-5, ato institucional que interferiu na composição do Supremo durante a ditadura.

Neste ano, Daniel Silveira foi candidato ao Senado pelo PTB, mas teve a candidatura indeferida pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE - RJ) e não teve acesso ao fundo partidário e tempo de campanha durante a eleição. Ele foi considerado inelegível.

Silveira diz que o "brasileiro não é bobo" de vincular o ocorrido a Jair Bolsonaro, de quem Jefferson é apoiador. Apesar de condenar a atitude de Jefferson de atirar contra a polícia, Silveira diz que não pensa em sair do PTB depois do ocorrido neste domingo.

— No Brasil eu preciso de um partido, não vou me vincular a um partido comunista ou socialista. Mas eu não "sou" do PTB. Minha posição é defender a política conservadora.

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