RIO - Nem mesmo o projeto de manutenção periódica dos Arcos da Lapa, ao custo de R$ 200 mil anuais, é capaz de coibir a ação de vândalos. Desde a primeira etapa de restauração, concluída em março deste ano - com orçamento de R$ 1,2 milhão - as paredes com tinta branca têm sido alvo de pichações e daqueles que fazem fogueiras junto às paredes, como mostra o leitor Luiz Fernando Castro. Antes mesmo de os trabalhos de reforma serem concluídos pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em maio, o desrespeito ao aqueduto mais famoso da cidade foi mostrado pelo Eu-Repórter.
"Constantemente o monumento está pichado e marcado por fogueiras. Sem falar no limo, que mostra que a qualidade da obra, orçada na época em R$ 1,2 milhão, não é boa", observou o leitor.
RELEMBRE: Arcos da Lapa são pichados a menos de um mês de finalização de pintura
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A Secretaria municipal de Conservação informou nesta terça-feira que o trabalho de limpeza dos arcos terá início na quinta-feira (8). O Iphan esclarece que realizou um acordo com a secretaria para a manutenção dos Arcos, por meio de caiação, sempre que houver necessidade. O instituto admitiu que falta fiscalização no monumento, embora haja vistoria sistemática.
A Polícia Militar diz que reforçou o policiamento na região, a cargo do 5º BPM. Já a Secretaria Especial de Ordem Pública (Seop) disse que pretende intensificar a fiscalização na área. Caso os agentes flagrem alguém pichando ou depredando o patrimônio público, o infrator será levado para a delegacia da região.
A Guarda Municipal esclareceu, ainda, que a pichação de espaços públicos é crime, e que os guardas têm poder de prisão. O patrulhamento na área é feito 24h por dia.
Os Arcos foram construídos em 1726 com o objetivo de levarem água ao bairro de Santa Teresa. Em 1750, devido a erros do projeto inicial, tiveram algumas partes refeitas. Este texto foi escrito com a ajuda de um leitor do Globo. Quer participar também e enviar sua notícia? Clique aqui