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INSTALAÇÕES COMPLEMENTARES

A condução das animais para o interior do curral, é uma tarefa que pode tornar-se bastante difícil e mesmo inviável, quando não se dispõe de instalações apropriadas para esse fim.
Instalações complementares ao curral devem ser construídas para facilitar o manejo dos animais:

 
Corredores
Depósitos (curralão)
Manga de recolhida (callejon)
Pátio do curral.

Várias alternativas surgem em função da localização da sede, curral e invernadas. Uma situação desejável é aquela em que o curral será construído próximo á sede, ambos posicionados no centro da propriedade, onde todas as cercas poderão ser instaladas, convergindo para o local. (Fig. 28). Neste caso o manejo para recolher ou soltar os animais ficará extremamente facilitado. O curral deverá ser circundado por uma cerca, que delimitará uma área, em forma de coroa, onde os animais serão depositados. Subdivisões nessa área, possibilitarão abrigar separadamente lotes de animais, além de servir de encosto para o acesso ao interior do curral. Porteiras bem posicionadas, facilitarão a movimentação dos animais. 

Fig. 28 - Instalações complementares para manejo e acesso ao curral (Versão 1)

A situação mais comum, entretanto, é aquela em que o curral será instalado próximo a uma sede já existente, localizada em qualquer ponto da propriedade. Nesta situação, a condução dos animais para o curral deverá ser feita através de corredores e outras instalações, como depósitos, manga de recolhida e pátios (Fig. 29).


Fig. 29 - Instalações complementares para manejo e acesso ao curral

8.1 Corredores

Poderão ser construídos com aramadas de 4-5 fios de arame liso (Fig. 30), postes ou lascas de madeira com 8-10 cm de diâmetro no topo e 2,20 m de comprimento e moirões ou palanques de madeira, com 18-20 cm de diâmetro no topo e 2,50 m de comprimento. Os postes, cravados a 0,70 m de profundidade, podem ser distanciados entre si de 8-10 m, intercalados com 3-4  balancins de madeira serrada, medindo 3x4x100 cm, instalados nos vãos. Os moirões serão cravados a 1,00 m de profundidade, a cada 100 m de distância como esticadores e no início e final das cercas.


Fig. 30 - Cerca para corredores e pátio do curral

8.2 Depósitos

Trata-se de áreas destinadas ao depósito de animais, permitindo separá-los em lotes, visando facilitar o manejo. As cercas destas instalações poderão ser semelhantes as dos corredores, entretanto, como pelo menos 5 fios de arame, distância de 6,00 m entre postes e 3 balancins (3x4x120 cm) nos vãos. (Fig.31). Um dos depósitos sugerido é opcional. 


Fig. 31 - Cerca para depósito (curralão)

8.3 Manga de recolhida

Este componente, construído também com cercas de arame liso, na forma de cunha, é realmente aquele que garante a entrada dos animais no interior do curral. As cercas (Fig. 32) devem ser reforçadas, com materiais semelhantes aos mencionados anteriormente, entretanto, posicionados a menor distância e sem balancins. Os postes devem manter 2,00 m de distância entre si. Utilizar-se-á 7 fios de arame liso e a chegada das cercas ao curral, deverá ter, de cada lado, dois lances de 3,00 m de comprimento, construídos em madeira, semelhante as do curral.
 Opcionalmente os 2-3 fios inferiores das cercas das laterais da manga de recolhida, poderão ser removíveis, para facilitar o manejo de bezerros nas ocasiões de aparte de gado de cria, possibilitando o reencontro de vacas apartadas em lotes e respectivas crias.  


Fig. 32 - Cerca para manga de recolhida (callejon)

8.4 Pátio do curral

É um componente opcional, podendo ser construído também com cercas de arame, semelhante as dos depósitos. Facilita o manejo do gado, servindo como área auxiliar de espera e para montarias, devendo ser mantida gramada.

8.5 Recomendações

Recomenda-se que, os arames das cercas, sejam instalados e mantidos sempre com boa tensão, para garantir a contenção de animais de diferentes portes. As porteiras utilizadas nos diversos componentes, devem ser de madeira (tábuas), para aberturas de 3,50 m de comprimento (Fig. 33).
Na instalação do curral e complementos, atentar para a direção dos ventos dominantes e a distância entre a sede e o curral, para evitar a condução da poeira formada durante o serviço, para as moradias, nos períodos secos do ano.

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