O verão do 42⁰ Salão Internacional de Pintura Naïf do Estoril

* Por Duda Tawil, texto e fotos
A prestigiosa Galeria de Arte do Cas(s)ino Estoril, em Portugal, fez vernissagem, no sábado passado, do 42º Salão Internacional de Pintura Naïf. Trata-se do mais antigo salão do mundo dessa corrente das artes visuais. É “o” evento das artes plásticas do verão português, há mais de quatro décadas, e hoje tem a curadoria de Pedro Lima de Carvalho, dire(c)tor da galeria.
                    A bela e ampla galeria, das mais respeitadas de todo do país, fica dentro do Cas(s)ino Estoril
O evento é uma criação do seu saudoso pai, Nuno Lima de Carvalho, fundador da galeria, a sua “menina dos olhos”, também à época dire(c)tor-geral do cas(s)ino. Dr. Nuno, como era carinhosamente chamado, queridíssimo ao lado de D. Clarinda, sua saudosa mulher, era apaixonado pelo Brasil, sobretudo a Bahia do casal Zélia Gattai e Jorge Amado, seus amicíssimos. Mui justamente recebeu em 1994 o título de Cidadão de Salvador, na Câmara de Vereadores, na presença do então presidente de Portugal, Mário Soares, outro muito saudoso.
Pedro Lima de Carvalho (à direita) com a produtora e agitadora cultural baiana, Marcinha Damasceno, e o responsável pelo gabinete de imprensa do Grupo Estoril-Sol, Luís Paralta.
São 20 artistas participantes: A. Barbosa, A. Réu, António Poteiro, Arménio Ferreira, Bento Sargento, Conceição Lopes, Dulce Ventura, Elza Filipa, Emil Pavelescu, Estrela Santos, Evaristo Navarrete, Feliciana, Fernanda Azevedo, Gutemberg Coelho, J.B.Durão, Manuel Carvalho, Manuel Castro, Maria Tereza, Marisa Norniella e Orlando Fuzinelli.
Existem brasileiros nessa grande e significativa coletiva, como o baiano Gutemberg Coelho (@artegutembergcoelho), que esteve na vernissagem. Natural de Mar Grande, no município de Vera Cruz, na ilha de Itaparica,  o artista visual vive há 22 anos em Portugal. Ele apresenta três obras belíssimas que remetem ao mundo rural, e muito verde.
O baiano Gutemberg Coelho com suas verdejantes e “inocentes” pinturas no Estoril
O termo “naïf” é uma palavra francesa que significa ingênuo ou inocente. É escrita no masculino porque “arte” em francês é no masculino, portanto “art naïf” que resulta em pintura naïf, em português. Dr. Nuno dizia que a pintura naïf  “é a arte popular da pintura”, pela qual tinha enorme respeito. Essa pintura é caracterizada pela ingenuidade e muitos detalhes, o pormenor.
A mostra, imperdível, fica aberta à visitação, que é gratuita, até 11 de setembro.
Mais informações: www.casino-estoril.pt.

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