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Você conhece as principais abordagens da psicologia?

Existe uma grande quantidade de abordagens disponíveis dentro da psicologia para cuidar da nossa saúde mental, descubra qual pode ser mais adequada pra você!

Quem está em sofrimento mental/emocional pode ter pela frente um longo caminho procurando pela terapia que mais adequa à sua realidade e por isso é muito importante entender pelo menos um pouco das técnicas mais conhecidas e disponíveis no mercado, porque dessa forma você poderá começar seu tratamento de maneira mais consistente e acelerar sua recuperação.

Dentro da psicologia mesmo são muitas as abordagens disponíveis, e cada uma delas tem um direcionamento, um conjunto de técnicas e resultados diferentes. Tire um tempinho para ler e conhecer melhor cada uma delas!

Terapia Cognitivo-Comportamental

A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) é uma das abordagens mais populares (e cientificamente testadas) da psicologia. Tenho aqui no site um artigo inteiro dedicado a essa abordagem, mas em termos gerais, podemos definir a TCC como

Uma vertente da psicologia que foca na relação entre as crenças de uma pessoa com seus sentimentos e comportamentos.

Ou seja, para tratar a sua saúde mental, essa abordagem tem atenção voltada a três fatores básicos: as coisas que você acredita sobre você mesmo e sobre os outros; como você se sente por causa dessas crenças; como você se comporta por causa disso tudo.

O psicólogo que trabalha com essas técnicas obtém resultados junto ao paciente principalmente por meio de entrevistas, onde o ajuda identificar e

liminar crenças irreais (chamadas pela abordagem crenças disfuncionais), como por exemplo “eu sou burro”, “todo mundo consegue, menos eu”, “eu sou feia demais” ou “ninguém gosta de mim”.

Chamam-se crenças disfuncionais porque elas frequentemente representam uma realidade exagerada ou distorcida, de maneira que o próprio paciente consegue superá-las ao analisar a realidade a fundo.

Superadas essas crenças (que são capazes de afetar não só sua saúde mental, mas sua experiência social, afetiva e até econômica), o paciente poderá experimentar uma vida muito mais equilibrada e de acordo com seus potenciais reais.

Psicologia humanista

Combinando conceitos e técnicas de várias outras abordagens, a psicologia humanista parte do pressuposto de que cada indivíduo é único, e que todos tendem a buscar ativamente o seu próprio desenvolvimento e felicidade.

Dentro dessa percepção, as disfunções mentais surgem quando fatores externos impedem um indivíduo de realizar suas aspirações. Essa escola teórica é muitas vezes categorizada como “centrada no indivíduo” ou “centrada no cliente”

A Psicologia Humanista considera como parte fundamental da saúde de uma pessoa aspectos como senso comunitário, criatividade, força de vontade, potencial humano e espiritualidade.

O trabalho de um psicólogo humanista ocorre auxiliando o paciente a encontrar nas sessões um ambiente de aceitação e de não-julgamento, onde ele poderá desenvolver a chamada autorrealização, que é, segundo esta corrente, o fenômeno que ocorre quando um indivíduo muda a percepção que tem de si mesmo, e a partir daí pode ser mais feliz.

Partindo da autorrealizaçãoauto-ajuda (o processo de um indivíduo trabalhar e recuperar a si mesmo) também é um conceito fundamental para esta escola teórica.

Psicologia analítica de Jung

Esta corrente da psicologia considera que a mente do ser humano é composta de uma parte consciente e outra inconsciente. Na parte consciente estaria tudo o que nós somos de mais visível, mas é na parte inconsciente (parte essa que geralmente está fora do nosso alcance direto) que estaria a maior “fatia” da nossa dimensão psicológica, onde surgiriam as características positivas e negativas mais profundas do nosso ser.

O inconsciente então seria dividido em dois: o inconsciente individual, onde estão guardadas experiências e emoções experimentadas pelo indivíduo, e o inconsciente coletivo, onde estão armazenadas a história, as experiências, emoções e visões da humanidade como um todo, herdadas por todo ser humano como se fossem um “programa” que vem de fábrica num computador.

No inconsciente, inclusive, estariam guardados os aspectos obscuros da nossa personalidade, aqueles que apagamos ou reprimimos porque não são socialmente aceitáveis, ou não condizem com o queremos ser.

A psicologia analítica de Jung trabalha o equilíbrio entre os aspectos conscientes e inconscientes do indivíduo.

A terapia feita com esta abordagem tem participação ativa do psicólogo, que além de ouvir o paciente também intervém para ajudá-lo a refletir sobre certos aspectos da sua condição.

Comportamentalismo / Behaviorismo

Este ramo da psicologia está focado basicamente no comportamento humano observável, não se dedicando tão profundamente a analisar processos mentais e emoções. Por isso, o psicólogo comportamentalista se debruça basicamente sobre duas questões: o que o indivíduo está fazendo, e por que ele está fazendo aquilo.

Segundo a teoria comportamentalista, todo comportamento humano é gerado por um condicionamento anterior. Ou seja, o ambiente e as situações em que um indivíduo se desenvolveu são capazes de determinar boa parte de como ele irá se comportar no resto da sua vida, tanto nos aspectos positivos quanto nos negativos.

O trabalho do psicólogo behaviorista é observar “comportamentos problemáticos” no paciente, encontrar a sua origem, ajudá-lo a substituí-los por comportamentos saudáveis.

Com esta abordagem, o psicólogo irá analisar a história do paciente para encontrar no seu passado a origem de um comportamento nocivo que ele apresenta hoje, auxiliando no autoconhecimento e na superação do seu problema.

Algumas ferramentas que poderão ser utilizadas são o reforço de comportamentos positivos já existentes (por meio de recompensas e outros artifícios), exposição controlada (em casos de fobias ou aversão patológica) e a modelagem (em que o comportamento positivo é criado a partir de recompensas).

Gestalt-terapia

Diferente da psicologia behaviorista, a gestalt-terapia é um abordagem holística (que vê o paciente como um todo), focada mais no presente. Para esta escola teórica o ser humano experimenta plenamente algo quando ele pensa, sente e age sobre este algo.

Nas sessões, o psicólogo ouvirá o paciente e terá seu foco não apenas no que ele diz, mas na maneira como ele diz, observando como ele gesticula, como se posiciona enquanto fala, as expressões faciais que apresenta e até como sua voz soa.

Ao contrário de outras abordagens, a gestalt-terapia não está interessada em extrair as origens ou causas de um problema psicológico, buscando em lugar disso que o paciente crie cada vez mais compreensão sobre si mesmo e suas próprias emoções, desenvolvendo ele mesmo uma maneira mais positiva de experimentar o momento presente.

A Gestalt-Terapia tem como foco principal o presente. O terapeuta conduzirá as sessões a partir da maneira como o paciente se apresenta no momento, conduzindo a conversa de volta ao presente sempre que ela for demais ao passado ou ao futuro.

Alguma técnicas clássicas da gestalt-terapia são a cadeira vazia (onde o paciente usará sua imaginação para projetar na cadeira uma pessoa ou emoção que pretende confrontar), a encenação (o paciente interpreta um papel para externar partes diferentes do seu eu e reconhecer seus próprios conflitos) e localização da emoção (técnica onde o paciente tenta explicar onde sente suas emoções, “materializando” elas para entendê-las melhor).

Ainda não sabe se uma abordagem é boa para você?

Se você está à procura de tratamento psicológico e mesmo lendo este artigo ainda não conseguiu se decidir pela abordagem mais adequada para você, eu posso ajudar.

Conhece alguém que pode ser beneficiar de com um acompanhamento especializado ou se identificou com o texto? Eu posso ajudar. Podemos fazer uma teleconsulta (vídeo chamada), ou podemos agendar um atendimento presencial.

Cuide bem de você! =D

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