Iriny Lopes foi a convidada do projeto “Vamos conhecer nossas (os) candidatas (os)”, no dia 31 de julho/2022 (por Wilson Coêlho)

A Militância do PT de Vila Velha, no projeto “Vamos conhecer nossas (os) candidatas (os)”, contou, no  domingo, 31 de julho de 2022, com a presença da companheira Iriny Lopes, como pré-candidata a deputada estadual pelo PT-ES.

O encontro presencial aconteceu no “Centro de Formação Martina Topelone”, na Prainha, e foi transmitido pelo canal youtube.com/VilaPT, prestigiado por outras dezenas de companheiros e companheiras militantes e simpatizantes.

Nascida em Minas Gerais, Iriny Lopes está no Espírito Santo há mais de 40 anos. Sempre foi militante da luta social, antes da criação do PT, ainda na ditadura militar. No município de Vila Velha, com diversos companheiros, participou da fundação da associação de moradores de Paul, o primeiro bairro em que morou. Integrou a movimentação contra o pó preto e, depois, foi para os trabalhos dos comitês de anistia, participando do CBA – Comitê Brasileiro de Anistia, até concluir o processo de anistia. Ainda contribuindo nos trabalhos de base dos movimentos sociais, tem um destaque no trabalho com diversos companheiros, como Paulo Vinha que, através da luta do transporte pela qualidade e pela redução das tarifas foi criado o Codevit – Conselho de Desenvolvimento de Vitória, ou seja, sempre esteve comprometida com os movimentos de transportes, moradia e direitos humanos.

Fundadora do Partido dos Trabalhadores, foi três vezes presidente do PT no estado, três vezes deputada federal, ministra no primeiro mandato da Dilma e, atualmente, está no exercício do primeiro mandato de deputada estadual. A sua trajetória, tanto de vida quanto sua ação no parlamento, é pautada no combate à violência doméstica, de raça, de gênero, mas também o direito de moradia, do trabalho, questões de água e ambientais, contra o fascismo, o machismo e sempre por melhores condições de vida da classe trabalhadora.

Na Assembleia Legislativa do Espirito Santo, Iriny Lopes é a única deputada do campo popular e de esquerda e, apesar de todo o seu empenho pelas causas populares, entende o quanto seu mandato atual foi prejudicado pela pandemia. Assim, sendo reeleita pretende aprofundar seus projetos e suas bandeiras de luta como a igualdade de gênero, superação do racismo e atitudes fascistas, além da proteção do estado brasileiro que está sendo dilapidado por uma série de privatizações. Tem o compromisso de trabalhar para a agricultura familiar, em defesa da vida, propondo políticas públicas, financiamentos, acompanhamento técnico para os pequenos agricultores, garantindo alimentos sem agrotóxicos e uma produção maior e cada vez mais valorizadas.

Numa análise da conjuntura, entende que o cenário está complexo, tendo em vista que o governo atual é irresponsável com o patrimônio público e com meio ambiente, ultraliberal e autoritário, desenvolvendo políticas agressivas e projetos escravocratas e homofóbicos. Recordou os avanços do governo do PT nas conquistas de direitos dos trabalhadores, nos investimentos na produção de alimentos. Lembrou de Lula dizendo da responsabilidade dos países ricos para com a fome, inclusive, que o ex-presidente começou sua vida internacional no combate à pobreza e a miséria.

Ressalta a complexidade de uma disputa eleitoral num clima de medo entre as pessoas, em virtude da fase histórica que estamos vivendo e que devemos ter como centro de nossa tática política a derrota do fascismo em nosso país, devastado diante da perda de praticamente todos os direitos dos trabalhadores, direitos esses que nós conquistamos há mais de um século e que foram destruídos nos processos das contrarreformas recentes,  como a mudança na previdência, a terceirização, a reforma trabalhista, a fatídica PEC 95 que praticamente destrói o estado brasileiro e que impede investimentos principalmente em saúde e educação, investimentos esses que são tratados equivocadamente como gastos.

Ressalta a diferença entre investimento e gasto, colocando como prioridade a implementação de políticas públicas para retomar as conquistas da classe trabalhadora e reparar os danos sofridos nos últimos anos. Assim, reafirma que é na pessoa do Lula que nós colocaremos a responsabilidade para recuperar a esperança da população, para que possamos reconstruir o país, buscando a igualdade de oportunidades, fraternidade, enfim, a busca por uma vida digna. Entende a dificuldade para estabelecer esse novo projeto para romper com a fantasia que a burguesia criou, como a imagem do povo alegre e cordial, que supostamente não é racista.

Faz uma reflexão sobre o golpe de 2016 e entende que o PT fez um bom governo, mas que não conseguiu alterar a estrutura do estado, embora as políticas públicas que foram ali colocadas elevaram o patamar de vida do povo brasileiro, como o acesso à educação, interiorização da educação, etc. Tem a consciência de que muita coisa mudou para melhor e, mesmo com diferenças na maneira da construção da tática eleitoral de 2022, tem a certeza de uma coisa é necessária: interromper o crescimento desse processo desumano com a população brasileira.

Analisa a postura da direção nacional frente às candidaturas estaduais, tanto ao cargo de governador quanto ao do senado e ressalta a importância dos comitês de luta, que cumprem o papel de discutir com a população a realidade que estamos vivendo e a importância do processo eleitoral que, inclusive, deverão ser transformados em comitês eleitorais e, posteriormente, em espaços de resistência e sustentação de um futuro governo do PT. Ainda sobre os comitês entende que os mesmos vão se tornar em comitês populares novamente, porque nós temos uma necessidade imperiosa de elegermos um grande número de senadores, deputados para sustentarem o governo Lula no campo institucional. Destaca a necessidade imperiosa de conseguir apoio e sustentação no meio popular, coisa que não aconteceu nos governos anteriores.

Ao mesmo tempo, está consciente do perigo de se acreditar que Lula ganhe no primeiro turno, principalmente quando são veiculados pela imprensa corporativa, como Folha de São Paulo, Globo e outras que, historicamente têm sido adversários da classe trabalhadora e da democracia brasileira, além de terem apoiado as ditaduras no país. Assim, referenda a ideia de que nossa felicidade em acreditar que Lula vai ganhar no primeiro turno tem que ser transformada em energia e luta e que nosso discurso tem que ser de esperança, dignidade, de fraternidade porque essas coisas só podem ser feitas num país sem desigualdade. Avalia que havia uma ilusão de que o bom resultado de nossas políticas públicas por si só organizariam o povo se tivesse um momento, e como o tivemos. Destaca a capacidade de resistência do PT durante todos os bombardeios e não apenas de resistir, mas de propor e organizar. Mas pelo fato de estarmos um momento difícil, e que sempre vivemos, desde que começamos, ainda temos a luta do capital e do trabalho muito mais presente. No que diz respeito ao Espírito Santo, lembra da privatização do porto que, exceto os portuários e algumas organizações, quase ninguém percebeu. Seu mandato era uma voz isolada na Assembleia Legislativa contra as privatizações, contra o fatiamento da Petrobrás e a defesa de seu poder econômico, suas tecnologias e a sua capacidade de gerar emprego, renda e autonomia para o Brasil.

A análise da deputada e pré-candidata à reeleição é sempre lúcida, comprometida e indicadora de caminhos. Adverte sobre a crise alimentar, energética e hídrica, entendendo que o PT é um espaço privilegiado de militância. Defende e convoca a participação popular, mas também de um parlamento que dê sustentação a esse governo, como uma grande combinação.

Enfim, coloca-se à disposição para dar continuidade à sua luta, com ou sem mandato, referendando a necessidade que temos de eleger senadores, deputados federais, estaduais, pois a importância de mudanças tanto de pessoas quanto as mudanças geracionais, são as mudanças que o partido acumulou na formação de alguns quadros e essa experiência não pode ser esquecida no nosso país e no nosso estado.

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