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MEMÓRIAS HISTÓRICAS

DA

FACULDADE DE MEDICINA
DA BAHIA

1916 – 1923

1925 – 1941

ANEXO 2

Cristina Maria Mascarenhas Fortuna

Salvador – Bahia – Brasil


INDICE

 Agradecimentos.

 Notas Referentes a História da Educação no Brasil.

 O Início do Ensino da Medicina no Brasil.

 As Primeiras Graduações do “Colégio Médico Cirúrgico da Bahia”.

 Legislação Concernente à Graduação em Cirurgia e Medicina.

 Primeiro Documento Referente à Doutoramento Existente no Arquivo da FMB.

 Legislações sobre – a Colação de Grau.

– a Instituição do “Orador da Turma”.

– a Instituição do “Paraninfo da Turma”.

 Oradores da Colação de Grau da Faculdade de Medicina da Bahia.

– Oradores do Curso de Medicina de 1856 a 1941.

– Oradores do Curso de Farmácia de 1872 a 1951.

– Oradores do Curso de Odontologia de 1926 a 1951.

 Paraninfos da Colação de Grau do Curso de Medicina da Bahia da FMB 1884 a


1941.

 Primeiro Discurso de Paraninfo da FMB.

 Paraninfos do Curso de Farmácia da FMB.

 Paraninfos do Curso de Odontologia da FMB.

 Oradores da Abertura dos Cursos da FMB 1920 a 1941.

 Referências

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AGRADECIMENTOS

 À Bacharel em Letras Creusa Taeko Hashizume de Araujo, bolsista do Projeto


Interdisciplinar Ética e Bioética (FAPESB), pela amizade e auxílio fundamental no
levantamento da legislação referente ao Ensino Superior no Brasil, compilação que
resultou em 4 volumes, pesquisas pela internet, localização e aquisição de obras
complementares de importância ao estudo e infinita disponibilidade.

 À Bacharel em Direito Sonia Maria Mascarenhas Fortuna pela paciência e


auxílio nas buscas, via internet.

 Às Professoras da Faculdade de Medicina da Bahia (FMB) Dra. Claudia Bacelar


Batista e Dra. Liliane Elze Falcão Lins pela generosa concessão dos préstimos da
Sra. Creusa Taeko Hashizume de Araujo, bolsista de projeto de ambas.

 À Administradora Heloisa Carvalho Faria que gentilmente disponibilizou e


autorizou a utilização do discurso, fotos, etc. de sua genitora – primeira mulher a
receber o “Prêmio Manoel Victorino” – Dra. Dulce Sampaio Tavares (por
casamento Dra. Dulce Sampaio Tavares Carvalho).

 À Professora Dra. Florentina Santos Diez Del Corral pelas informações de


Diretores da Faculdade de Farmácia e a gentileza com que atendeu nossos pedidos.

 Ao Professor Dr. Benedicto Alves de Castro Silva pelas informações sobre


Oradores do Curso de Odontologia.

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NOTAS REFERENTES À HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO NO BRASIL

Ao ter início a colonização da “Terra de Santa Cruz”, o governo português


não estabeleceu nenhum projeto de Educação para a nova colônia e posteriormente
impediu, por séculos, as tentativas de criação de uma universidade no Brasil.

O descaso com o ensino era de tal ordem que qualquer um estava autorizado
a “ensinar” como demonstra um decreto do final do período colonial, o Decreto de 30
de Junho de 1821, onde está: “Permitte a qualquer cidadão o ensino e abertura de
escola de primeiras lettras independentemente de exame ou licença.” tendo as rubricas
de membros da Regência do Reino de Portugal, assinado no “Paço das Córtes” em 28
de Junho de 1821 pelo Presidente Jozé Joaquim Ferreira de Moura e pelos
Secretários e Deputados João Baptista Filgueiras e Antonio Ribeiro da Costa.

Assim os processos formais de educação, o ensino de ofícios, as primeiras


bibliotecas, etc. no Brasil foram de iniciativa de religiosos católicos apostólicos
romanos das diversas Ordens, que estiveram presentes desde a expedição de Pedro
Álvares Cabral, aos quais o país deve um monumental processo civilizatório.

A primeira “escola” do Brasil foi fundada em Mbyaça, Laguna dos Patos,


Santa Catarina, em 1538 pelos franciscanos Frei Bernardo de Armenta ( - 1546)
e Frei Alonso Lebrón ( - ) (Sangenis, 2005).

Na Bahia, na atual Salvador, a primeira escola foi fundada por jesuítas.

A “Companhia de Jesus” foi criada por Inigo Yanez de Loyola (Inácio de


Loyola 1491-1556) em 1534, sendo aprovada pela Bula “Regimini Militantis
Ecclesiae” de 27 de Setembro de 1540 e extinta por “Breve” de 21.07.1773 do Papa
Clemente XIV (Lorenzo Ganganelli, 31.10.1705 – 22.09.1774) só sendo restabelecida
em 1814 pelo Papa Pio VII (Luigi Barnaba Chiaramonti 1742 – 20.08.1823).

A referida escola ficava na “Povoação do Pereira” (existente desde antes da


chegada de Thomé de Souza) sendo implantada em abril de 1549, depois funcionando
“nas Casas da Ajuda” de onde foi para o “Colégio dos Meninos de Jesus” situado onde
antes havia uma aldeia tupinambá, cujas índios foram expulsos pelo 1º. Governador, no

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“Terreiro da Casa da Companhia de Jesus” cuja licença foi requerida em 1568. (Silva,
1956, Amaral, 1922).

A metodologia de ensino era baseada no “Ratio Studiorum (Ratio Atqve


Institvtio Stvdiorum) finalizado em 1599, dividido o ensino em dois níveis, os “estudos
inferiores” (compreendia cinco classes – três de gramática latina, uma de humanidades
compreendendo história e poesia, uma de retórica) e os “estudos superiores”
(abrangendo sete classes – três de artes que correspondiam aos ramos da filosofia,
física, lógica e matemáticas e a filosofia moral e quatro de teologia que eram,
escolástica, o estudo das Escrituras Sagradas, hebraico e teologia moral). O objetivo era
uniformizar o ensino jesuíta em qualquer parte do planeta Terra em que fosse
ministrado, catequizar as populações do Novo Mundo tendo três cursos principais:
Humanidades (Letras), Artes (Filosofia e Ciências) e Ciências Sagradas (Teologia).

Deve-se, no Brasil, aos religiosos católicos, o início do estudo das línguas


indígenas, da religião dos mesmos, do conhecimento de botânica e aplicação
farmacêutica acumulada pelos índios, como ainda foram os religiosos os iniciadores da
educação musical ao perceberem o interesse dos índios por Música e que isto poderia
ser utilizado como ferramenta educacional, assim como foram os fundadores do Teatro,
no Brasil, o empregando também como instrumento de ensino e catequese.

O “Colégio dos Meninos de Jesus” de Salvador alcançou tamanho sucesso


que teve 4 Escolas Superiores, concedendo graus acadêmicos em imponentes
solenidades similares às das universidades européias como descrito em cartas de
religiosos, como na Carta Anua que “ninguém tinha ai subido no Brasil desde todos os
séculos”, tendo sido as primeiras colações de grau do Brasil (Teixeira, 1989).

Em 1573, o “Colégio dos Meninos de Jesus” de Salvador graduou os


primeiros “Bacharéis de Artes” da colônia, numa cerimônia realizada na Igreja do
colégio, com a presença do Governador Geral do Brasil D. Luiz de Britto e Almeida
(_______- ______) que governou de 1572 a 1578, do Bispo D. Pedro Leitão (1519-
1573) bispo de 1558 a 1573, autoridades civis e eclesiásticas, a população, sendo o
ritual adotado o mesmo seguido pela Universidade de Évora, de Portugal (Silva, 1956).

O “Colégio dos Meninos de Jesus” de Salvador, então, não ministrava


nenhum curso da área de saúde.

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Na colônia sul-americana portuguesa eram raros os “cirurgiões” e “físicos”
(em Portugal, o ensino de medicina era, na época, ministrado numa única cadeira, a
Física de onde a denominação “físico” dada aos médicos (Salles, 2004) exercendo a
profissão com certificados legais, no Brasil onde imperava o curandeirismo.

O aprendizado de profissões relacionadas à saúde era informal, aprendizes


de Barbeiros, Cirurgiões Barbeiros, de Boticários (boticário termo empregado
inicialmente no século VI pelo Papa Pelágio II para monges, só sendo empregado para
não religiosos a partir do século XIII) que recebiam a formação atuando junto aos
mesmos (Pourchet-Campos, 1966).

Posteriormente, em 1614, foi implantado nos colégios a “Companhia dos


Ofícios Mecânicos” (que eram Caçador, Cirurgião, Ferreiro, Lavrador, Marinheiro,
Soldado e Tecelão) nas unidades da Bahia e Pernambuco (Herson, 1996).

Os religiosos também atuavam como médicos, enfermeiros e boticários,


tendo incorporado os conhecimentos e práticas indígenas da arte de curar, em especial
das plantas medicinais nativas, tendo fundado as primeiras Boticas e Hospitais do
Brasil, intensificando-se suas atuações no campo da saúde especialmente depois da
instalação da “ Irmandade da Misericórdia” e fundação das “Santa Casa de
Misericórdia” que serviram por séculos ao acolhimento e tratamento de enfermos e ao
ensino da cirurgia e medicina do país.

Foi de Portugal, onde Frei Miguel de Contreras (29.09.1431- ) que com


o apoio de D. Leonor de Portugal, surgiu a 1ª Misericórdia portuguesa, a de Lisboa
fundada em 1498. Há dúvidas de qual teria sido a 1ª Misericórdia, do Brasil, por
tradição diz-se que a da Bahia foi fundada em 1540, mas toda documentação que
poderia existir foi queimada na invasão holandesa, só se sabendo que no início era uma
casa de taipa. No “Livro de Tombo da Freguesia de N.S. da Luz”, também data de 1540
a de Olinda e Frei Gaspar de Madre Deus disse ter sido a 1ª a de Santos fundada por
Brás Cuba em 1543.

Os que desejassem diplomas de medicina tinham que viajar para a Europa


para obtê-los.

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A Grécia, que foi o berço da Medicina Ocidental, que tem como fundador
Esculápio (Asclépio) e onde existiram primitivamente 4 escolas onde eram ensinados
conhecimentos de Medicina, a “Pitagórica” (que teve como membro destacado
Alcmeon de Cróton), a “Siciliana” (de que participou Empédocles de Acragas), a
“Jônica” (onde atuou Demócrito) e a de “Abdera” posteriormente substituídas pelas
escolas de “Cnido” e a de “Cós” onde imperou Hipócrates (Ronan, 1987).

A primeira escola de Medicina no Ocidente na Idade Média tem uma


origem lendária que diz que teria sido fundada no século VIII por Helino, judeu, Ponto,
grego, Adela, árabe e Salernus, latino, mitológicos mestres da arte de curar, que para
alguns autores representariam na verdade as culturas que se entrelaçaram em Salerno.

A “Schola Medica Salernitana” ou Escola Médica de Salerno teria se


originado na verdade num mosteiro em Salerno, Campania, Itália, granjeando grande
fama principalmente dos séculos X ao XIII.

Seu ensino foi revolucionado por Constantino, o Africano (1017 ou 1020


ou 1022-1087) o Mestre do Oriente e Ocidente, nascido em Cartago, que foi mercador
viajando por Bagda, Egito, India, Persia tendo adquirido grande fluência em idiomas
orientais e aprendido medicina com Ibn Masvia Al-Marandi ( ), Ibn Sarabi
( ), Musué, o Moço ( ), Serapião, o Jovem ( ) e ao ser acusado de
praticante de magia saiu de Cartago ficando a serviço do Imperador Constantino.
Com a dominação normanda, se dirigiu em 1046 para Salermo, onde foi secretário de
Roberto Guiscardo (Robert Hauteville 1059 – 1085) e introduziu no ensino do
Salermo seus conhecimentos de medicina árabe, traduzindo diversas obras, sob
pseudônimo, Liber Pantegni (Arte total) o livro de Ali Ibn- al – Abbas, Khitaab El
Maleki (Livro Real) sem revelar o autor original devido aos conflitos de então entre
cristãos e mulçumanos. Traduziu ainda outras obras árabes e de outros autores com
Alexandre de Tralles ( ), Galeno(129 ou 130 - ) etc.

A Escola de Salerno tornou-se referência em Medicina, recebendo a cidade


de Salerno o título de “Hippocratica Civitas” ou “Hippocratica Urbis “ (Cidade de
Hipocrates).

Em 1140 o Rei Rogerio II (1095 – 1154) da Sicília tornou obrigatório a


realização de exame para ser possível o exercício da profissão de médico e o Rei

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Frederico II (Friedrich Roger Hohenstaufen, 1194-1250) Rei da Sicilia, Imperador
do Sacro Império Romano pela “Édito de Melfi” (1240) separou o exercício da
Medicina do da Farmacia, estabeleceu ser obrigatório ter cursado Medicina em
Salerno para exercer a profissão e que o preparo de medicamentos fosse feito conforme
as normas e fórmulas da Escola de Salerno, sendo célebre e de uso por toda Idade
Média o “Antidotarium” de Nicolau Salertiano (1110 – 1150). Apesar da perda do
predomínio e prestígio no ensino médico a escola manteve-se em funcionamento até ser
fechada em 29 de novembro de 1811 pelo General Joaquim Murat (25.03.1767-18....)
por ordem de Napoleão Bonaparte. Seu edifício foi bombardeado e destruído pelos
Aliados em 1943 durante a II Guerra Mundial.

Assumiram a predominância em Medicina a seguir as novas escolas de


Medicina de Bolonha (de 1088), Itália e na França, as escolas de Montpellier (fundada
em 1120) e a de Paris (surgida em 1253).

Em Portugal a Universidade de Coimbra nasceu em 1288 e centenas de


anos depois, em 1675, foi nela que se graduou em Medicina o primeiro brasileiro, o ex
Padre Bernardino Pessoa de Almeida (1608 - ), pernambucano (Rocha 1960,
Salles 2004).

O primeiro baiano formado em Medicina obteve o título em 1696 Manuel


Nunes Leal (16.... – 17....) também na Universidade de Coimbra (Salles 2004).

O INÍCIO DO ENSINO DE MEDICINA NO BRASIL

Nos primórdios da colonização, os conhecimentos relativos à cirurgia


englobando a extração de dentes, os de farmácia e os de obstetrícia eram transmitidos
sem reconhecimento legal, pela formação de aprendizes junto a Cirurgiões, Barbeiros,
Boticários e Parteiras e ainda a Religiosos.

A fiscalização do exercício das profissões da área de saúde era precária. Em


Portugal a fiscalização era atribuição, desde 1392, da Fisicatura através da atuação do
Físico Mor e do Cirurgião Mor do Reino que emitiam as Cartas de Licenciamento para
os profissionais da saúde.

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Após a descoberta do Brasil, foram criados para a nova colônia os cargos de
Delegados do Físico Mor e do Cirurgião Mor para fiscalizar e emitir licenças até 1782,
quando foram substituídos pelos Delegados da Junta do Proto Medicato que tinham as
mesmas atribuições até 1809 quando foram reinstituídos o Cirurgião Mor e o Físico
Mor, que deviam examinar e licenciar cirurgiões, boticários, parteiras, etc. Uma lei de
30 de agosto de 1828 extinguiu os cargos de Provedor Mor de Saúde, de Físico Mor e
Cirurgião Mor do Império, passando às Câmaras Municipais e Justiça ordinária as
atribuições dos mesmos.

O começo oficial do ensino no campo da saúde no Brasil foi pelo


estabelecimento de “Aula Regia”.

No final do século XVIII, em 1798, Na Bahia, o Cirurgião Mor do 4º


Regimento de Milícias, composto por homens pardos (assim como êle) Jozé Xavier de
Oliveira Dantas (17? - ) requereu o reconhecimento como “Aula Regia” do ensino
de Cirurgia que ministrava, tendo seu pedido negado (Amaral, 1922).

Tal privilégio foi concedido, poucos anos depois, em 1801, ao Cirurgião


Mor do Regimento de Cavalaria Regular da Capitania de Minas Gerais, Jozé Vieira
de Carvalho (17 – 18) e dois anos depois foi reconhecida a “Aula de Cirurgia”
ensinada pelo Físico Mor Mariano Jozé do Amaral (17... – 18... ) na Capitania de São
Paulo, cuja 1ª turma foi composta por 6 alunos (Salles 2004).

Mas só com a transmigração da Família Real portuguesa, devido à invasão


napoleônica, para o Brasil, nasceria oficialmente um Curso de Cirurgia, por influência
e sugestão do Dr. Jozé Correa Picanço (10.11.1747 – 10.10.1823), Doutor em
Medicina por Montpellier, Lente jubilado da Universidade de Coimbra, 1º Cirurgião
da Câmara Real.

Surgiu assim a “Escola de Cirurgia da Bahia “ em 18 de fevereiro de 1808


tendo funcionado na “Real Hospital Militar” situado no “Terreiro da Casa da
Companhia de Jesus” de 1808 a 1815 sendo seus dois primeiros e únicos Professores o
Cirurgião Mor Jozé Soares de Castro (1722-1849), cirurgião do Real Hospital Militar
na Cidade e Capitania da Bahia e o Cirurgião Mor Manuel Jozé Estrella (1760 –
1840), cirurgião do Real Hospital Militar,Juiz Delegado do Proto Medicato, sendo
ambos graduados pelo “Colégio São José” de Lisboa, Portugal.

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Atualmente é quase inexistente a documentação histórica relativa à “Escola
de Cirurgia da Bahia” e não se tem assim conhecimento de quando ocorreu a 1ª
cerimônia de graduação, em que local, quantos e quais foram os primeiros graduados
em Cirurgia.

Nas Instruções do Dr. Jozé Correa Picanço, orientando o ensino da Escola


de Cirurgia da Bahia consta que ao término do curso, que durava 4 anos, o Praticante
(aluno) que obtivesse a certidão, submetia-se ao exame final perante o Físico Mor e se
fosse aprovado e habilitado ao exercício da Cirurgia prestava juramento com os
“Santos Evangelhos” (Albuquerque 1917).

AS PRIMEIRAS GRADUAÇÕES DO

“COLÉGIO MÉDICO CIRÚRGICO DA BAHIA”

Com a 1ª Reforma de Ensino (1815) a denominação de “Escola de Cirurgia


da Bahia” passou a ser “Academia” ou “Colégio Médico Cirúrgico da Bahia” sendo
acrescentadas novas matérias ao curso que podia se estender até 6 anos e a depender do
número de anos cursados formava”Cirurgião Aprovado” (5 anos ) Cirurgião Formado
(6 anos).

A primeira graduação de “Cirurgião Aprovado” ocorreu em 11 de janeiro


de 1820, no Palácio do Governo da Capitania da Bahia, na presença do Governador e
Capitão General D. Francisco de Assis Mascarenhas (30.09.1779- 06.03.1843), Conde
de Palma, Marquês de São João de Palma que governou de 1818 a 1821 e de todos os
Lentes do “Colégio Médico Cirúrgico da Bahia”.

Os primeiros graduados foram:

 Antonio Torquato Pires de Figueredo (1797 - 1829)

Doutor em Medicina por Montpellier (1823) Delegado do Comissário


do Físico Mor na Bahia e Outras Capitanias – Pleiteou a cadeira de
Química mas o “Colégio Médico Cirúrgico da Bahia” não o considerou
suficientemente qualificado (1825). Nomeado por Carta Imperial de

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24.05.1826 Lente da Cadeira de I. Cirúrgicas, Operações e Partos do
Colégio Médico Cirúrgico da Bahia.

Fortunato Cândido da Costa Dormund (1790-1845)

Tornou-se Lente Proprietário na Cadeira de Matéria Médica e


Farmácia do “Colégio Médico Cirúrgico da Bahia” (1829 – 1832).
Lente de Farmácia, Matéria Médica Especialmente Brasileira,
Terapêutica e Arte de Formular ). (1833 – 1845).

 Francisco de Paula Araujo e Almeida (1799 – 1844)

Doutor em Medicina por Bolonha – Também seguiu carreira acadêmica


sendo: Lente Substituto das Cadeiras Cirúrgicas do Colégio Médico
Cirúrgico da Bahia (1824), Lente Interino a Cadeira de Matéria
Médica e Farmácia (1829), Lente Proprietário da Cadeira de Fisiologia
(1830), Secretário Interino do Colégio Médico Cirúrgico da Bahia,
07.07.1825 – 1826, Diretor da Faculdade de Medicina da Bahia (1836 –
1844), Membro do 1º Conselho Superior de Ensino (criado por Lei nº
172 de 1842).

 Francisco Marcellino Gesteira (1796 – 1875)

Igualmente foi professor da FMB, Lente Proprietário da Cadeira de I.


Cirúrgicas, Operações e Partos do “Colégio Médico Cirúrgico da
Bahia” (1829 – 1832), Lente Proprietário da Cadeira de Partos,
Moléstias de Mulheres Pejadas e de Meninos Recém Nascidos (1833 –
1855), Secretário Interino do Colégio Médico Cirúrgico da Bahia
(24.05.1826 – 03.09.1829).

A primeira vez em que alunos foram graduados como “Cirurgião Formado”


se deu em 30 de dezembro de 1820, no Palácio do Governo da Capitania da Bahia, na
presença do Governador e de Lentes do Colégio Médico Cirúrgico da Bahia sendo êles
3 dos 4 primeiros “Cirurgiões Aprovados”:

 Fortunato Cândido da Costa Dormund

 Francisco de Paula Araujo e Almeida

 Francisco Marcellino Gesteira , (Albuquerque, 1918).

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LEGISLAÇÃO CONCERNENTE

GRADUAÇÃO EM CIRURGIA E MEDICINA

Em 1822 e 1823, devido à guerra pela Independência do Brasil o “Colégio


Médico Cirúrgico da Bahia” não realizou nenhuma graduação assim como em 1824,
por não terem havido cadáveres disponíveis para a realização dos exames práticos.

Por “Lei de 09 de setembro de 1826” surgiram as “Cartas de Cirurgião


Aprovado” e de “Cirurgião Formado”.

“Art. 1 – Haverão Cartas de Cirurgião, ou Cirurgião Formado todos


aquelles que nas escolas de cirurgia do Rio de Janeiro e Bahia já tem concluido, com
aprovação, ou concluirem em diante, o curso de cinco ou seis annos na conformidade
dos seus estatutos.

Art. 2 – As cartas serão passadas pelos Directores das escolas ou pelos


Lentes, que suas vezes fizerem, escriptas em linguagem vulgar, assignadas pelo Lente
de Prática Médico Cirúrgica subscripta pelo Secretário, impressa em pergaminho, e
selladas com sello pendente de fita amarella.”

O selo então era “O bordão de Esculápio com duas serpentes,guarnecido


por um lado de um ramo de café e por outro de um semelhante de tabaco tendo ao
redor de tudo a legenda Eschola Médico Cirúrgica da Bahia”.

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A Carta era assim:

“Eu, _______________________Director (ou Vice Director) da Eschola


Cirúrgica______________ _Faço saber que _______________, natural de
_________, filho de ________________ havendo freqüentado o quinto anno do curso
cirúrgico, e sendo competentemente examinado, foi approvado Nemine Discrepante (
ou Simpliciter), e ficou por isso – approvado em cirurgia – e habilitado unicamente
para poder curar neste ramo da sciência médica em todas as partes do Império. Pelo
que lhe mandei passar a presente que vai por mim assignada, e pelo Lente de Prática
Médico Cirúrgica, sellada com o sello da Eschola, na
Cidade__________________________ aos ___de _______ do anno de __________.

E eu_______________________Secretário a subscrevi.

_________________________________

Director ou Vice Director

_________________________________

Lente de Prática

A de “Cirurgião Formado” era de formato similar com as seguintes


alterações: “havendo freqüentado o sexto anno do curso, repetiu nelle as matérias do
quarto e quinto” e – “formado em Cirurgia e habilitado para poder curar de Cirurgia
e de Medicina...” ( Albuquerque, 1918).

No ano de 1832 houve nova reforma de ensino, a 2ª pela Lei de 03 de


outubro de 1832, sendo a denominação do Colégio alterada para Faculdade, o curso
tendo a duração de seis anos e caso fosse defendida tese, graduando “Doutor em
Medicina” e ainda sendo criados os cursos anexos de Farmácia e o de Obstetrícia.

Os rituais e a simbologia das graduações foram se tornando cada vez mais


solenes.

Em 1838 o Prof. Thomaz Gomes dos Santos (17.04.1803-09.07.1874)


Doutor em Medicina por Montpellier, Lente Proprietário da Cadeira de Clínica
Externa da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro de 1834 a 1837 transferindo-se
para cadeira de Higiene em 1837,1º médico de D. Pedro II, nomeado em 13.12.1834,

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Diretor da Academia Imperial de Belas Artes de 1858 a 1874, propôs num projeto de
“Estatutos” para a Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro que o anel de formatura
de “Doutor em Medicina” tivesse esculpida a efígie de Hipócrates (Passos, 1961).

Primeiro Documento Referente ao Doutoramento Existente no Arquivo da FBM.

A 1ª descrição localizada, até o momento, de um ato de Doutoramento


solene da Faculdade de Medicina a Bahia foi encontrada no “1º Livro de Actas de
Doutoramento” um manuscrito de 80 folhas que foi aberto em 09 de dezembro de
1848, assinado pelo então Diretor Prof. João Francisco de Almeida (1796-1855
graduado pela U.de Pavia) 1º Professor da Cadeira de Medicina Legal da FMB de
1833 a 1855.

A colação de grau ocorreu em 12 de dezembro de 1848 sendo assim


descrita:

“Aos 12 dias do mês de dezembro de 1848, reunida a Faculdade de


Medicina da Bahia, em sessão pública, no Salão dos Doutoramentos a fim de conferir
o Grao de Doutor em Medicina aos candidatos que se achavão habilitados para
recebel-o, o Dr. Director João Francisco d’Almeida occupando a Cadeira deo
principio ao acto por um breve discurso, findo o qual foi feita a chamada dos
Doutorandos: _______________, _____________, e observadas as formulas
prescriptas pela Faculdade, o Dr. Director a cada um delles, pela mesma ordem com
que foram chamados individualmente e singularmente conferio o referido Grao de
Doutor em Medicina e lhe entregou seo Diploma”. "

Legislação Sobre:

 a Colação de Grau:

 a Instituição do “Orador da Turma”

 a Instituição do “Paraninfo da Turma”

No Decreto n. 1169 de 07 de maio de 1853 (novos Estatutos das Escolas de


Medicina) foi estabelecido no artigo 90 que entre os componentes do traje de
formatura, a “borla” e o “Capello” teriam a cor amarelo ouro.

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Segundo Bella Herson (página 79) citando Nelson Omegena, autor do livro
“Diabolização dos Judeus – Martírio e Presença dos Safaradins no Brasil Colonial –
1965 – São Paulo – Distribuidora Record, “curioso é que em Minas e Goiás ficou o
apelido de ‘Capelo Amarelo’ para designar os médicos. O apelido define a origem
marrã das pessoas assim discriminadas, pois o ‘Capelo’ era distintivo dos
reconciliados” (marrano era a designação empregada, na Península Ibérica, para
judeus ou mouros que embora publicamente professassem o cristianismo, privadamente
cultivavam sua própria religião).

Seguiram-se o Decreto n. 1387 de 28 de abril de 1854 (Estatutos das


Escolas de Medicina) e o Decreto n. 1764, de 14 de maio de 1856, sendo neste último
estabelecida a obrigatoriedade de a partir de então haver um “Orador da Turma”
escolhido pelos colegas, a “borla” e o “capelo” serem de veludo na cor verde e
orientação de como seria o ritual de formatura no capítulo V.

Ao ser concedida voz aos Estudantes, através do Orador escolhido por eles,
nos discursos começaram a serem mostradas as deficiências e também emitidas críticas
ao ensino, sendo que algumas causaram tal incômodo que como veremos
posteriormente, por Lei, foi instituída a censura prévia ao discurso do Orador, pelo
Diretor da Faculdade.

Estes discursos, dos quais alguns foram impressos, podem ser extraídos de
um volume, contendo diversos discursos, existente no acervo do “Arquivo da FMB”,
sendo importantes testemunhos do pensamento estudantil, dos quais reproduziremos
pequenos trechos na apresentação dos oradores em capítulo específico.

Legislações:

 Decreto n. 1764 de 14 de maio de 1856.

 Capítulo V “Do Formulário para a Collação do Grao de Doutor.

 Art. 63 – Os distinctivos do grão de Doutor são o annel, a borla e o


Capello.

 Art. 64 – O annel será de ouro, com huma pedra verde no centro


como até agora.

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Nota:
Foi em 1856 que Dr. Francisco Menezes Dias da Cruz (10.01.1826 –
26.01.1878) Professor de cadeira de Patologia da Faculdade de Medicina do Rio de
Janeiro, Memorialista da referida Faculdade do ano de 1862, sugeriu que fosse adotada
uma pedra de cor verde para o anel de médico. (Passos, 1961).

A proposta do Dr. Dias da Cruz foi aceita pela Congregação da Faculdade


de Medicina do Rio de Janeiro e já nos Estatutos de 25 de outubro de 1884, no artigo
483, a pedra verde foi especificada tendo de ser uma esmeralda.

Continuação do Art. 64 – A borla será de velludo verde, guarnecido de


arminho e terá a mesma forma que as das Faculdades de Direito.

O Capello será também de velludo verde e o seu feitio constará do figurino


que será expedido por “Aviso” da Secretaria d’Estado dos Negócios do Império.

Art. 65 – Na collação do grão de Doutor observa-se-hão as seguintes


formalidades:

Art.66 – Designado o dia pelo Director, avisar-se-há a Congregação e aos


Doutorandos, e se for possível se convidarão os Doutores que constar existirem na
Capital, os Chefes de Repartições e pessoas gradas para que compareção a esta
solenidade.

Art. 67 – Ao chegar cada Doutorando à porta principal do Edifício da


Faculdade será recebido pelo Porteiro, Bedéis e Contínuos que o acompanharão até
huma salla onde esperará com os outros Doutorandos pela hora marcada para
collação de grao.

Art. 68 – À hora designada dirigir-se-hão para esta salla o Director e todos


os Lentes e Oppositores precedidos do Porteiro, Bedéis, Contínuos, Secretário e mais
empregados. Os Doutorandos os virão receber à porta e ahi encorporados seguirão
para a Sala de Graos. Esta salla deverá estar decentemente ornada. Nella haverá no
logar que for mais conveniente, uma mesa com um assento de espaldar para o Director
e lugares reservados para os Doutorandos.

Os Doutores de qualquer das Faculdades do Império, das Academias e


Universidades estrangeiras que comparecerem com suas insígnias, tomarão assento

16
promiscuamente logo abaixo do Oppositor mais moderno, se entre elles não houver
algum ou alguns que sejam Lentes de qualquer das Faculdades estes os precederão.

Na mesma salla, além dos bancos ou cadeiras geraes para os estudantes e


espectadores, haverá assentos especiaes para os altos funcionários públicos e mais
convidados.

Art. 69 – Tendo tomado assento fará o Secretário a leitura dos nomes dos
Doutorandos e das respectivas approvações.

Em seguida será chamado cada hum pela ordem dos dias da defesa das
theses e approximando-se ao Director, prestará de joelhos juramento pela fórmula já
seguida nas Faculdades de Medicina e levantando-se tomará sobre as obras de
Hypocrates o compromisso até agora usado na Faculdade de Medicina da Corte.

Art. 70 – Prestado o juramento o Director lhe entregará hum volume das


obras de Hypocrates usando das palavras que actualmente se costumam empregar na
dita Faculdade.

Depois ornará o dedo do Doutorando com o annel empregando as palavras


de costume, e por fim collocando-lhe a borla sobre a cabeça e revestindo-o do Capello
dirá – Podeis praticar a Medicina.

Art. 71 – Os novos Doutores à proporção que forem recebendo o grao


abraçarão o Director e cada um dos Lentes e Oppositores e irão sentar-=se
conservando suas insígnias, no lugar destinado à Congregação que immediatamente
seguir-se ao do Lente ou Oppositor mais moderno.

Art. 72 – Preenchidas estas formalidades recitará o Director hum discurso


allusivo à solenidade do dia congratulando-se com os que acabarão de receber o grao
pelo feliz resultado de seus esforços e mostrando-lhes a importância do mesmo grao e
o uso que na Sociedade devem fazer de suas lettras e habilitação scientifica.

A este discurso seguir-se-há outro de um dos novos Doutores para este fim
escolhido por seus companheiros e dar-se-há por terminada a solemnidade, retirando-
se os referidos Doutores com o mesmo préstito com que forão na sala de espera dos
graos.

17
Nesta época “os juramentos” e as “cartas” eram assim:

 Juramento de Farmacêutico ou Parteira:

“Juro que no exercício de minha profissão serei fiel às Leis da honra e da


probidade, que jamais della me servirei para corromper os costumes ou
favorecer o crime. Assim Deus me Ajude.”

Diploma de Farmacêutico ou Parteira

“A Faculdade de Medicina da Cidade de ________________________ considerando


que o Sr.(a) _____________________ natural de ___________________nascido (a)
no dia ____________examinado (a) e approvado (a) em todas as doutrinas do Curso
(Pharmaceutico ou Obstetricia) lhe conferio o titulo de (Pharmaceutico ou Parteira)
mandou passar este diploma com o qual gozara de todas as perogativas que as Leis do
Imperio outorgao aos de sua profissão. E eu ___________________Secretario da
mesma Faculdade subscrevi.

Assignatura do Presidente do Exame__________________________________

Assignatura do Director ____________________________________________

Assignatura do Secretario__________________________________________

Sello da Faculdade

18
Carta de Doutor em Medicina

“ Em nome e sob os Auspicios do Muito Alto e Muito Poderoso Principe o Sr. D. Pedro
II, Imperador Constitucional e Defensor Perpetuo do Brazil.

Faculdade de Medicina da Cidade ________________

Eu ______________________ Director da Faculdade, tendo presente o Termo de


aptidão ao grao de Doutor, obtido pelo Sr ___________________ filho de
_________________________________________nascido em _______________e de
lhe haver sido conferido o dito grao no dia ____de ____ de _______depois de ter
defendido theses e sido approvado unanimemente ou por maioria de votos (nas costas
da carta o numero de votos que aprovarão e se em 1 ou 2 escrutínio).

E em consequencia da Autoridade que me he dada pelos Estatutos que regem esta


Faculdade e do que nelles me he ordenado mandei passar ao Senhor……………..esta
carta de Doutor em Medicina para que com ella goze de todos os direitos e
prerogativas attribuidas pelas leis do Império.

__________ , _____de __________ de _____

Cidade

_______________________ __________________________

Presidente do Acto Director da Faculdade

________________________________

Secretario

19
A importância e o valor simbólico desta solenidade era de tal ordem que no
século XIX era realizada até por para um ou dois alunos, mas só se revestia dessa
imponência para os alunos do Curso de Medicina .

As colações de grau de Farmacêutico de início ocorriam na Secretaria da


FMB e só a partir de 1868, um “Aviso” Ministerial ordenou que houvesse juramento
solene, expedido em resposta a uma petição dos alunos do 3º ano do Curso de
Farmácia da FMB.

Em todo decorrer do século XIX apenas 2 Parteiras concluíram o Curso de


Obstetrícia e se graduaram pela FMB sendo os atos realizados na Secretaria.

O Curso de Odontologia, o último a ser implantado na FMB realizou as


primeiras graduações em 1894, sem solenidades, na Secretaria.

Só nos meados dos primeiros 50 anos do século XX os Odontólogos e


posteriormente as Parteiras tiveram atos solenes e Oradoras.

As formaturas dos Doutores em Medicina normalmente se davam em sessão


pública, com a presença da Congregação, tendo sido na “Sala da Biblioteca” (1855),
na “Sala dos Retratos” (1856) “Sala do Doutoramento” (1858) e até mesmo fora do
prédio da Faculdade como ocorreu em 1884, que por estar em reforma o edifício da
Faculdade foi realizada no “Salão Nobre do Paço da Câmara Municipal”.

Com os novos Estatutos, estabelecidos pelo Decreto 9311 de 25 de outubro


de 1884, no Capítulo V, Seção II “Da Collação de Grao”, surgiram a censura prévia,
pelo Diretor, ao discurso a ser proferido pelo “ Orador da Turma” e criou, no artigo
475 o “Paraninfo” da Turma”.

Antes pelo Corpo Docente da Faculdade discursava o Diretor ou o


Presidente do Ato; existem alguns poucos destes discursos impressos como o de 1878
do Diretor Antonio Januário de Faria (20 páginas Bahia Imprensa Econômica 1878,
existente no Arquivo da FMB) e o de 1881 do Diretor Francisco Rodrigues da Silva
(18 páginas Bahia Imprensa Econômica 1881, existente no Arquivo da FMB).

A determinação, por lei, da escolha do Paraninfo nem sempre foi serena,


havendo até na Memória Histórica da FMB do ano de 1905, páginas 6 e 7 proposta por
seu autor Prof. José Carneiro de Campos que fosse supresso o Paraninfo com a
seguinte argumentação: “A eleição de um professor para servir de paranympho tem

20
sido de alguns annos para cá um campo de batalha em que tem digladiado as paixões do
momento e tem dado lugar a divisão dos doutorandos em grupos inimigos e
irreconciliáveis, tendo cada um seu paranympho”.

Nos Estatutos de 1884 encontramos:

Capítulo V Do Grao e dos Títulos Conferidos pelas Faculdades.

Art. 451 – Aos que tiverem sido approvados em todas as matérias do curso
de sciências médicas e cirúrgicas e na defesa de theses será conferido, em dia
designado pelo Director e em sessão solemne da Faculdade, o grao de Doutor em
Medicina.

Art. 452 – Os que tiverem sido approvados em todas as matérias do Curso


de Pharmácia receberão o título de Pharmacêuticos; os que o tiverem sido em todos os
exames do curso de Cirurgia Dentária receberão o de Dentista e a alumna que tiver
sido approvada em todos os exames do Curso de Obstetrícia receberá o de Parteira.

Art. 474 – O dia para a collação de grao de Doutor será annunciado por
editaes e nas folhas de maior circulação.

Designado o dia pelo Director, serão avisados os membros da


congregação, os Lentes jubilados e os Doutorandos, e convidadas pessoas distinctas
por títulos scientíficos ou litterários ou por sua posição social para assistirem a
solemnidade.

No mesmo dia será deferido juramento aos que tiverem terminado o Curso
de Pharmácia, de Cirurgia Dentária e de Obstetrícia.

Art. 475 – Os Doutorandos escolherão um Lente para lhes servir de


Padrinho, o qual os acompanhará em todos os actos da solemnidade.

At. 476 - Será permitido dos Doutorandos, a expensas suas, ornar a Sala de
Grao e collocar banda de música na mesma sala e em suas imediações.

Art. 477 – Cada candidato deve ter suas vestes doutoraes e ao chegar à
porta principal do edifício da Faculdade será recebido pelo Porteiro e pelos Bedéis e
Contínuos, que o acompanharão até a sala onde deverá esperar com os outros
doutorandos pela hora marcada para a collação do grao.

21
Art. 478 – À hora designada dirigir-se-hão para aquella sala o Director e
todos os Lentes, precedidos do Porteiro, Bedéis, Continuos, do Secretário e mais
empregados da Faculdade.

Art. 479 – Nesta sala haverá no logar mais conveniente, uma mesa com
uma cadeira de espaldar para o Director, ao seu lado direito estarão duas cadeiras,
sendo uma para o Padrinho e outra para o Orador escolhido pelos Doutorandos.

Art. 480 – Os Doutores ou Bacharéis de qualquer das Faculdades do


Império ou de Instituições estrangeiras que comparecerem com suas insignias, terão
assento promiuscamente logo abaixo dos Adjuntos e Preparadores mais modernos, si
entre elles não houver algum ou alguns que sejam Lentes de qualquer das Faculdades
estes o precederão sempre guardando entre si a ordem de antiguidade.

Na mesma sala, além dos bancos ou cadeiras para os estudantes e


espectadores haverá assentos especiais para os Lentes, os altos Funcionários Públicos
e mais convidados.

Art. 481 – Tendo todos tomado assento fará o Secretário a leitura do termo
de approvação e em seguida serão chamados um a um todos os Doutorandos para
prestarem o juramento. O primeiro a quem este for deferido o prestará por extenso,
dizendo os outros somente – Assim o juro.

O grao de Doutor será deferido a cada um pela ordem do dia da defesa de


theses.

Art. 482 - Durante o juramento e a collação do grao, os Lentes e


Espectadores conservar-se-hão de pé e guardarão silêncio.

Art. 483 – Os distinctivos do grao de Doutor são o annel de ouro com uma
pedra de esmeralda, a borla e o capello.

O distinctivo de Pharmacêutico será um annel de topázio.

Art. 484 – Prestado juramento segundo o Formulário, o Director entregará


ao Doutorando um exemplar dos Aphorismos de Hippocrates usando das palavras que
actualmente se costumam empregar e ornando-lhe o dedo com o annel dirá: Podeis
praticar e ensinar a Medicina.

22
Art. 485 – Preenchidas as formalidades do juramento e collação de grao
lerá um discurso a solemnidade do dia, terminando por agradecer a seus mestres os
esforços que empregarão para sua instrucção.

Este discurso será previamente apresentado ao Director e só poderá ser


lido si for julgado conveniente.

Art. 486 – Em seguida o Doutorando cumprimentará o Director e todos os


Lentes.

O Padrinho terá então a palavra e fará um discurso congratulando-se com


os novos doutores pelo resultado de seus esforços e mostrando-lhes a importância do
grao que receberam e os graves deveres de sua profissão.

Art. 487 – Terminado este discurso o Director dará por finda a cerimônia e
os novos Doutores serão acompanhados até a porta do Edifício da Faculdade pelo
mesmo prestito com que tiveram ido da sala de espera para a do grao.

Art. 488 – De todos os actos da solemnidade se lavrará um termo, que será


assignado pelo Director e pelo Padrinho dos Doutores e subscripto pelo Secretário.

Art. 489 – No caso de ser deferido no mesmo dia o juramento aos que
tiverem terminado o curso de Pharmacia, será dada a palavra a um delles, escolhido
por seus companheiros para recitar um discurso, o qual deverá ser previamente
apresentado ao Director que só consentirá na sua leitura si nada contiver
inconveniente.

A este discurso responderá um Lente previamente escolhido pelos


Pharmacêuticos.

Art. 490 – Os diplomas serão assignados pelo Director e pelo Lente


Effectivo mais antigo da Comissão Examinadora, na defesa das theses, pelo Secretário
e por aquelles a quem os títulos pertencerem.

23
Juramento de Pharmacêutico ou Parteira

Juro que no exercício da minha profissão serei fiel às leis de honra e da


proibidade, que nunca me servirei della para corromper os costumes ou favorecer o
crime. Assim Deus me ajude.

Juramento de Doutor em Medicina

O Doutorando, de joelhos, põe a mão sobre um Livro dos Santos


Evangelhos e profere o seguinte juramento:

Juro aos Santos Evangelhos que no exercício da medicina serei sempre fiel
aos deveres da honra, da sciência e da caridade.

O Doutorando levanta-se e pondo a mão sobre as obras de Hippocrates


continua: Prometto sobre as obras de Hippocrates que penetrando no interior das
famílias os meus olhos serão cegos e minha língua calará os segredos que me forem
confiados, nunca da minha profissão me servirei para corromper os costumes, nem
favorecer o crime.

O Director entrega ao candidato um exemplar das obras de Hippocrates


dizendo: Lede e meditai as obras do Pai da Medicina. Regula-se a vossa vida pela
delle e os homens cobrirão de bênçãos o vosso nome.

Pondo o annel no dedo do Doutorando diz-lhe: Recebei este annel como


symbolo do grao que vos confiro.

Podeis praticar e ensinar Medicina.

24
Diploma de Doutor em Medicina

Em nome de Sua Magestade o Sr. D. Pedo II Imperador Constitucional e Defensor


Perpétuo do Brazil.

Faculdade de Medicina da Cidade de _____________

Eu ______________________ Director da Faculdade, tendo presente o


termo de aptidão ao grao de Doutor que obteve o Sr. _____________ natural de
_________ filho de ____________________ nascido a ________ , e o de collação de
grao que recebeu no dia _______de_____ depois de ter sido approvado (declarando a
nota de approvação) em defesa de theses e usando da autoridade que me conferem os
Estatutos desta Faculdade mandei passar ao dito Sr ________________ a presente
Carta de Doutor em Medicina para que possa exercer a respectiva profissão com todas
as prerogativas concedidas pelas ditas Leis do Império.

Bahia, _______de ______--- de ______

_____________________________________ ____________________________

Assignatura do Presidente do Acto do Doutorado Director da Faculdade

__________________________

Assignatura do Secretário

Grande sello da Faculdade

25
Carta de Farmacêutico, Dentista ou Parteira

A Faculdade de Medicina da Cidade _______________, considerando que


o Sr._______________, natural de _______________, filho de
_______________nascido a _______________, já examinado e approvado em todas
as matérias do curso de _______________lhe conferiu o título de _______________
em virtude do que lhe foi passado o presente diploma com o qual gozará de todas as
prerogativas que as leis do Império outorgam aos de sua profissão.

E eu ________________________, Secretário da mesma Faculdade o


subscrevi.

Bahia, ___de _____________de_____

Assignatura do Presidente do Exame

_______________________________.

___________________________________

Assignatura do Diretor

___________________________________

Assignatura do Secretário

26
Após a proclamação da República as primeiras legislações referentes ao
ensino superior continuaram a dispor sobre a colação de grau.

No Decreto 1270 de 10 de janeiro de 1891 que reorganizaram as


Faculdades de Medicina encontramos os novos modelos do diplomas:

Diploma de Médico

Estados Unidos do Brazil

Em nome do Governo da República eu_______________________ Director


da Faculdade de Medicina de _______________ usando da autoridade que me
conferem os Estatutos e tendo presente o Termo de Collação do grao de Doutor em
Sciencias Médico Cirurgicas conferido ao cidadão_______________________ natural
de _______________ filho de ________________________nascido a
_______________ mandei passar este diploma que lhe dá direito de exercer qualquer
ramo da arte de curar nos Estados Unidos do Brazil, com os privilégios constantes dos
Estatutos das Faculdades de Medicina da República.

Local e data

______________________________ __________________________________
Assignatura do Doutorado Assignatura do Director da Faculdade

___________________________________

Assignatura do Secretário da Faculdade

Sello da Faculdade

27
Diploma de Farmacêutico

Estados Unidos do Brazil

Em nome do Governo da República eu ________________________


Director da Faculdade de Medicina e Pharmácia de _______________usando da
autoridade que me conferem os Estatutos tendo presente os termos de exames
prestados pelo cidadão________________________natural de _______________filho
de _______________________________________nascido a _______________mandei
passar este diploma de Pharmacêutico que lhe dá direito de exercer a Pharmacia e de
ter commercio de drogas e medicinaes com os privilégios constantes dos Estatutos das
Faculdades de Medicina e Pharmacia da República.

Local e data

____________________________

Assignatura do Director da Escola

____________________________ ___________________________________

Assignatura do Pharmacêutico Assignatura do Secretário da Escola

28
Certificado de Habilitação de Parteira

Estados Unidos do Brazil

Em nome do Governo da República eu ________________________


Director da Faculdade de Medicina de _______________usando da autoridade que
me conferem os Estatutos e tendo presente os termos de exames prestados pela
Senhora________________________ natural de _______________ filha de
________________________ nascida a ____________mandei passar este Certificado
de Habilitação que lhe confere o direito de exercer o ofício de Parteira na forma dos
Estatutos das Faculdades de Medicina

Local e data

________________________ _______________________________

Assignatura da Parteira Assignatura do Director da Faculdade

________________________________

Assignatura do Secretário da Faculdade

29
Modelo de Título de Dentista

A Faculdade de Medicina da cidade de ____________________


considerando que o Sr _______________________________ nascido a
_____________( naturalidade e nacionalidade a que pertence) foi examinado e
approvado em todas as matérias do Curso de Odontologia lhe conferiu o título de
Cirurgião Dentista, em virtude do que lhe foi passado o presente diploma, com o qual
gozará de todos os direitos inerentes ao referido diploma. E eu
______________________________ Secretário da mesma Faculdade o subscrevi.

_______________, em ______ de _______________ de _____

___________________________________

Assignatura do Presidente do último exame

___________________________________

Assignatura do Diretor

____________________________________

Assignatura do Secretário

30
No Decreto 1159 de 03 de dezembro de 1892:

Capítulo XVIII – Disposições Geraes

Art. 296 – Os diplomas serão passados segundo os modelos juntos a este


regulamento e impressos em pergaminho, a expensas daquelles a quem pertencerem.

Art. 298 – As formulas para a collação dos graos e os modelos dos


diplomas e titulos serão determinados nos regulamentos especiaes a cada
estabelecimento.

Art. 300 – Haverá em cada estabelecimento um sello grande que servirá


para os diplomas academicos e somente podera ser empregado de Director e outro
pequeno para os papeis que forem expedidos pela secretaria. A forma dos sellos
continua a mesma.

Art. 301 – A borla e as fitas das cartas para o sello pendente terão a mesma
forma e cor até agora seguidas.

O capello sera da cor adoptada nos estabelecimentos e do feitio usado


actualmente.

Art. 302 – No edifício do estabelecimento, alem das salas para as aulas,


para as sessões de Congregação, para a Secretaria, para a Biblioteca, para o Director
e para os Lentes haverá um Salão Especial para a collação dos graos e mais actos
solemnes.

O ritual para a collação de grao estava no Decreto 1482 de 24 de julho de


1893 que aprovou o Regulamento para as Faculdades de Medicina:

Capitulo XIV Da Collação do Grao

Art.183 – O dia para a collação do grao de Doutor em Medicina sera


designado pelo Director e annunciado por edital e nas folhas de maior circulação.

Art. 184 – No mesmo dia sera conferido o título de Pharmacêutico aos que
tiverem terminado o curso de Pharmacia.

Art. 185 – Para esta sessão solemne da Faculdade serão avisados os


Lentes, Cathedráticos, Substitutos e Jubilados e convidadas pessoas distinctas por
títulos scientíficos ou litterários, ou por sua posição social.

31
Art. 186 – Sera permittido aos Doutorandos e aos Pharmacêuticos
promover para a collação do grao o que é do estylo neste acto para que seja elle feito
com toda solemnidade.

Art. 187 – Dará começo a sessão solemne da collação dos graos a leitura
feita pelo Secretario das notas de approvação, nas defesas de theses e em seguida
serão chamados, um a um, todos os Doutorandos para receberem a respectiva
investidura.

O primeiro a quem for esta conferida fara na integra a promessa constante


do annexo 2, dizendo os outros somente “Assim o prometto”.

Art. 188 - O grao de Doutor sera conferido a cada um pela ordem dos dias
da defesa de theses.

Art. 189 - Durante a collação do grao os Lentes e os espectadores


conservar-se-hão de pé.

Art. 190 – Os distinctivos de Doutor em Medicina são as vestes doutoraes


conforme o modelo em uso, e o annel de esmeralda.

O disctintivo de Pharmacêutico sera um annel de topazio

Art. 191 – Ao conferir o grao a cada Doutorando o Director lhe entregara o


annel pronunciando as palavras constantes do annexo sob n. 2.

Art. 192 – Os Doutorandos que não quizerem receber o grao em acto


solemne o Director o conferira no dia que julgar conveniente mediante requerimento
dos pretendentes.

Art. 193 – De todos os actos da solemnidade se lavrara um termo que sera


assignado pelo Director e subscripto pelo Secretário.

Art. 194 – Todos os diplomas serão passados segundo os modelos do


annexo sob n. 1 e assignados pelo Director, pelo Secretário e por quelles a quem os
títulos pertencerem.

32
Diploma de Doutor em Medicina

República dos Estados Unidos do Brazil

Faculdade de Medicina e de Pharmacia de_______________

Em nome do Governo da República dos Estados Unidos do Brazil

Eu __________________________________ Director da Faculdade de


Medicina e de Pharmacia de ___________________ tendo o termo de collação do
grao de Doutor em Medicina conferido no dia____ de ___________ de 189__ ao Sr.
__________________ natural de _____________ filho de ______________________
nascido a ____ de ____________ de 18__ depois de ter sido approvado (nota de
approvação) em defesa de theses mandei passar-lhe, em virtude da autoridade que me
confere o Regulamento este diploma de Doutor em Medicina, afim de que possa
exercer a sua profissão nos Estados Unidos do Brazil, com os privilégios concedidos
pelo Regulamento das Faculdades de Medicina e de Pharmacia da República.

Bahia em ___ de____________ de 189__

__________________________________

O Director a Faculdade

_________________________________

Assignatura do Doutorado

__________________________________

O Secretário da Faculdade

Sello

33
Diploma de Pharmaceutico

República dos Estados Unidos do Brazil. Faculdade de Medicina e de Pharmacia.

Em nome do Governo da República dos Estados Unidos do Brazil eu


_______________ Director da Faculdade de Medicina e de Pharmacia de
__________________ tendo presentes os termos de approvação nos exames das
materias do curso de pharmacêutico prestados pelo Sr, __________________ natural
de_____________ filho de _____________________________ nascido em
__________ de18__ ao qual foi conferido o título de Pharmacêutico no dia ___ de
________ de 189__ mandei passar-lhe, em virtude da autoridade que me confere o
Regulamento, o presente diploma, afim de poder exercer a sua profissão nos Estados
Unidos do Brazil com os privilégios concedidos pelo Regulamento das Faculdades de
Medicina e de Pharmacia da República.

Bahia em ____de ________ de 189__

_____________________________ ____________________________

O Director da Faculdade Secretário da Faculdade

____________________________

Assignatura do Pharmacêutico

Sello

34
Diploma de Parteira

Faculdade de Medicina e Pharmacia de _____________________

Em nome do Governo da República dos Estados Unidos do Brazil eu


________________________Director da Faculdade de Medicina e Pharmacia de
__________________ em virtude da autoridade conferida pelo Regulamento tendo
presentes os termos de approvação nos exames das materias do curso de obstetricia
prestados pela Sra. _________________________ natural de _________________
filha de ________________________ nascida em ____ de _________ de 18__ mandei
passar-lhe o presente diploma afim de poder exercer a profissão de Parteira nos
Estados Unidos do Brazil de conformidade com o Regulamento desta Faculdade e as
Leis vigentes.

Bahia em ____ de _____________de 189__

_____________________________ ___________________________

O Director da Faculdade O Secretário

_____________________________

Assignatura da Parteira

Sello

35
Diploma de Cirurgião Dentista

É o mesmo da parteira, mutatis mutandis.

Promessa para collação do Graos

De Doutor em Medicina

Prometo que no exercício da Medicina, serei sempre fiel aos deveres da


honra, da sciência e da caridade.

Penetrando no interior das famílias os meus olhos serão cegos, minha


língua calara os segredos que me forem confiados, nunca me servirei da minha
profissão para corromper os costumes, nem favorecer o crime.

O Director ao terminar o Doutorando sua promessa, conferir-lhe-há o grao


com as seguintes palavras:

“Lede e meditai as obras do Pae da Medicina, regule-se a vossa vida pela


delle e os homens cobrirão de benção o vosso nome.

Recebei o annel como symbolo do grao que vos confiro.

Podeis praticar e ensinar medicina.

36
De Pharmacêutico, Dentista e Parteira

Prometto que no exercício da profissão de ___________ serei sempre fiel


aos deveres da honra, da sciencia e da caridade.

Nunca me servirei da minha profissão para corromper os costumes nem


favorecer o crime.

O Anel de Odontologo

Antonio Gonçalves Pereira da Silva (30.05.1851) dentista habilitado pela


Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro em 17 de dezembro de 1870, um dos
fundadores do “Instituto dos Cirurgiões Dentistas do Rio de Janeiro” (criado em
14.05.1889), Professor de Prótese Dentária da Faculdade de Medicina do Rio de
Janeiro (1896) propôs o uso de anel com uma pedra granada como distintivo legal “
do Instituto, o qual já era adotado, por grande número de profissionais, por uma
simples convenção”.

Assim foi oficializado por Decreto nº 2061 de 29 de julho de 1895 o anel do


Cirurgião Dentista sendo determinado ser em ouro com uma pedra granada (Cunha
Salles 1952).

Decreto No.3890, de 01 de Janeiro de 1901

Nova reforma do ensino foi produzida pelo Decreto nº 3890 de 01 de janeiro


de 1901 (Código para os Institutos Oficiais de Ensino Superior e Secundário) onde
também orientava as solenidades de formatura:

Capítulo XII

37
“Art. 189 – A collação do grao se fara em sessão solemne.

Art. 190 - O dia para collação do grao será designado pelo Diretor do
estabelecimento e annunciado por edital nas folhas publicas.

Art. 191 – Para esta sessão serão convocados os Lentes, Substitutos e


Professores, em exercício ou jubilados e convidadas pessoas distinctas por títulos
scientificos ou litterarios ou por sua posição social.

Art. 192 – Será permittido aos alumnos que vão receber o grao dar todo o
realce a solemnidade.

Art. 193 - Terá começo a sessão com a leitura, feita pelo Secretário, das
notas de approvação nos exames finais para os bachareis e na defesa de theses para os
doutores em medicina; em seguida serão chamados os graduandos, cada um por sua
vez, para receberem a investidura. O primeiro a quem esta for conferida fará na
íntegra a promessa constante dos Regulamentos Especiaes; os seguintes ratificarão a
promessa, pelas palavras dos mesmos regulamentos.

Art. 194 – O grao será conferido a cada alumno pela ordem dos dias dos
exames finaes ou de defesa de theses.

Parágrafo único – No momento da collação do grao os Membros do


Magistério se conservarão de pé.

Art. 195 – O distinctivo de cada grao é o declarado nos regulamentos


especiaes.

Art. 196 – Ao conferir o grao a cada alumno, o Director pronunciará as


palavras consignadas nos Regulamentos Especiaes.

Art. 197 – Feita a collação de grao, aquelle dos novos Doutores ou


Bachareis que houver sido escolhido por seus companheiros recitará um discurso
congratulatório, o qual será previamente apresentado ao Director, que eliminará o que
nelle houver inconveniente. A este discurso responderá o Paranynpho que será um
lente eleito pelos referidos doutores ou bachareis.

Art. 198 – Aos alumnos que não puderem, por motivos justificados, a juizo
do Director, receber o grao em acto solemne só depois deste o receberão no dia que o
Director julgar conveniente e em presença de três Lentes.

38
Art. 200 – Os graos que não forem de Doutor ou Bacharel serão conferidos
pelo Director, na Secretaria, em presença de três Lentes.

Art. 201 – De todos os actos da collação do grao se lavrará um termo que


será assignado pelo Director e subscripto pelo Secretário.

O Decreto n. 3.902 de 12 de janeiro de 1901, no capítulo XIV “Disposições


Geraes”:

Art. 86 – O distinctivo de Doutor em Medicina consiste na beca e na borla,


conforme o modello approvado pelo Governo e no annel em forma de serpente com
uma esmeralda ladeada de dous brilhantes.

Art. 87 – A beca dos Lentes e Substitutos trará sobre o braço direito,


bordados a ouro, duas palmas em semi círculo e ligadas inferiormente. Sobre a beca e
cobrindo o hombro esquerdo usarão os Lentes e Substitutos uma murça verde, a dos
Lentes orlada de arminho. A murça do Director será vermelha e no mais como a dos
Lentes.

Os Lentes e Substitutos terão o annel mencionado no artigo precedente


sendo porém cercada de brilhantes a esmeralda.

Art. 88 – O distinctivo do pharmacêutico é o annel em forma de serpente


com um topázio.

39
Diploma de Doutor em Medicina

Em nome do Governo da República dos Estados Unidos do Brazil

Eu _____________________________ Director da Faculdade de Medicina


da ______________ tendo presente o termo de collação do grao de Doutor em
Medicina conferido no dia ____ de __________ de _____ ao
Sr.______________________ natural de ____________________ filho de
_________________ nascido em ______ de_____________ de _______ depois de ter
sido approvado (nota da approvação) em defesa de theses mandei passar-lhe, em
virtude da autoridade que me confere o Regulamento da Faculdade este diploma de
Doutor em Medicina afim de que possa exercer a sua profissão nos Estados Unidos do
Brazil, com os direitos e prerogativas concedidos pelas Leis da República.

Bahia ________em _____de ____________de _______

_____________________________________

O Director

____________________________________

Assignatura do doutorado

_____________________________________

Secretário

Sello

40
Diploma de Pharmacêutico

República dos Estados Unidos do Brazil

Eu _____________________________ Director da Faculdade de Medicina


de _________________ tendo presente os termos de approvação nos exames das
materias do curso de pharmacêutico prestados pelo Sr. ______________________
natural de _________________ filho de_____________________ nascido em ____ de
_____ de _____ ao qual foi conferido o título de pharmacêutico no dia ____ de
_________ de_____ mandei passar-lhe em virtude da autoridade que me confere o
regulamento da Faculdade, este diploma afim de que possa exercer a sua profissão nos
Estados Unidos do Brazil com os direitos e as prerogativas concedidos pelas Leis da
República.

Bahia _______em ____ de _______ de _____

_____________________________________

Director

_____________________________________

Assignatura do Formado

_____________________________________

Secretário

Sello

41
Diploma de Parteira e Dentista

República dos Estados Unidos do Brazil

Faculdade de Medicina

Em nome do Governo da República dos Estados Unidos do Brazil

Eu ____________________________ Director da Faculdade de Medicina


____________ tendo presentes os termos de approvação nos exames das matérias do
curso de (Obstetrícia ou Odontologia) prestados pelo (a) Sr. (a)
______________________ natural de _______________________ filho (a) de
________________________ nascido (a) em ______ de _________ de _______ e em
virtude da autoridade que me confere o Regulamento da Faculdade mandei passar-lhe
este diploma, afim de que possa exercer a profissão de (parteira ou dentista) nos
Estados Unidos do Brazil, de conformidade com as leis vigentes.

Bahia, em ______ de _______de _______________

____________________________

Director

_____________________________

Assignatura do Formado (a)

____________________________

Secretário

Sello

42
Formula da Promessa para Colação de grau em Medicina:

“Ego ( N. N. ) promitto me in exercenda medendi arte, fidelem semper


exhibiturum honestatis, scientiae que praeceptis, Lares ingressus, oculi mei tamquam
ececi erunt, metumque os ad comissa secreta rite servanda, quod pro munere honoris
praecipuo habelo: nun quam etiam disciplina médica ad mores corrumpendos,
fovedave crimina utar.

Os outros alumnos dirão: Idem spondeo

Palavras proferidas pelo Director (art 196)

Hippocratica opera legito ae meditator, tueque nomini benedicent homines,


si exempla quoque in vitae ratione referas Accipe anulum hunc, symbolum gradus
quem tibi conferimus. Esto igitur, medicam artem tum exercere tum docere liceat.

Formula de Promessa para o grau de Farmacêutico e Parteira

Prometto, no exercício da profissão de _______________ ser sempre fiel


aos deveres da honra da sciência e da caridade.

Nunca me servirei da minha profissão para corromper os costumes nem


favorecer o crime.

Formula para o grau de Cirurgião Dentista

Prometto, no exercício da profissão de Dentista ser sempre fiel aos deveres


da honra, da sciência e da caridade.

Outra reforma de ensino ocorreu em 1911 pelo Decreto nº 8659 de 05 de


abril (Lei Orgânica do Ensino Superior e Fundamental da República) extremamente
polêmica sendo apelidada por alguns de “Lei Desorganizadora do Ensino”, onde nada
foi legislado quanto à colação de grau.

43
Durante a vigência deste decreto, Laura Leonor Gonzaga, aluna do Curso
de Obstetrícia (posteriormente tornou-se Parteira da Maternidade Climério de
Oliveira, nomeada em 1916) e outras colegas dirigiram à Congregação da FMB um
pedido para a concessão de um anel simbólico.

Foi nomeada uma comissão para dar parecer sobre o pedido, composta pelo
Prof. Augusto de Couto Maia (1876 – 1944 Professor Catedrático de Microbiologia -
1933 a 1937) Prof. Oscar Freire de Carvalho (1882 – 1923 Professor Catedrático de
Medicina Legal 1915 – 1918) e do Prof. José Carneiro de Campos (1854 ou 1855 –
1919 Professor Catedrático de Anatomia Descritiva 1895 a 1919), cujo parecer foi lido
em sessão da Congregação da FMB ocorrida em 11.10.1912 negando o pedido.

O argumento utilizado para a negativa foi que o anel simbólico era privativo
dos graduados das antigas universidades e que, por ignorância deste velho costume
universitário, se concedeu o anel simbólico a farmacêuticos e dentistas diplomados,
mas não graduados pelas Faculdades de Medicina e que a Lei de 05 de abril (Decreto
8659) extinguiu este uso arcaico, até para os que terminam os estudos médicos.

Assim as alunas do Curso de Obstetrícia foram as únicas a não terem direito


ao anel e permaneceram sem acesso aos ritos solenes, a graduação ocorrendo na
Secretaria e até o momento só foi localizado, no ano de 1944, ter havido uma Oradora
na colação de grau - Edilde Fonseca Menezes, sendo o paraninfo Prof. João Dias
Tavares e, em 1945, outra Oradora Argentina Regis Mateolli, sendo o Paraninfo
Prof. Eladio Lassere.

44
ORADORES DA COLAÇÃO DE GRAU

DA

FACULDADE DE MEDICINA DA BAHIA

1856 – 1941

45
ORADORES DA COLAÇÃO DE GRAU

DA

FACULDADE DE MEDICINA DA BAHIA

ORADORES DO CURSO DE MEDICINA

 1856 – Antonio Joaquim Rodrigues da Costa em 12.12

(07.07.1832 – 1873)

Alagoas

O 1º Orador de Turma da FMB, quando acadêmico,


prestou serviços durante a epidemia de “Cholera
morbus” de 1855 na cidade de Santo Amaro.

Poucos anos após a formatura pretendeu tornar-se


Professor da FMB se inscrevendo nos concursos abertos
para Opositor da Seção de Ciências Médicas em 1860 e
1862.

Foi escritor, sendo autor dos dramas: - Pedro I

- 2 de Julho

- Calabar

Vide “Anexo 1” “Academicos do Curso de Medicina da


FMB e a Epidemia de Cholera morbus de 1855”.

 1857 – Luiz Carlos Lins Wanderley em 05.12.

(30.08.1831 – 10.02.1890)

Rio Grande do Norte

46
Como acadêmico atuou durante a epidemia de “Cholera
Morbus” de 1855 na cidade de Cachoeira.

Deputado Provincial.

Escritor. Autor do drama “Os Anjos do Amor”

Vide “Anexo 1” “Acadêmicos do Curso de Medicina da


FMB e a Epidemia de Cholera morbus de 1855”.

 1858 – Manuel Nunes Affonso de Britto em 18.12

(27.08.1834 - __ .08.1860)

Bahia

Teve o discurso impresso (12 páginas)

Faleceu poucos anos após a formatura.

 1859 – Luiz Garcêz da Silva Lobo em 12.12

(04.11.1835 - )

Santo Amaro

Suplente da “Parochia do Paty do Alferes” – Rio de


Janeiro

 1860 – Possidonio Vieira dos Santos em 28.11

(13.04.1833 - )

Bahia

1º Orador de Turma Afrodescendente

Genitor de Américo Alvaro dos Santos, incentivador do


Teatro Amador em São João del Rei no início do século
XX. (Rezende, 2011)

47
 1861 – José Bernardino de Souza Leão, em 29.11

(30.07.1836 )

Bahia

Interno do Hospital da Santa Casa da Misericórdia da


Bahia.

Foi o primeiro médico a atuar no Município de


Paramirim.

 1862 – Odorico Octavio Odillon, em 27.11

(21.08.1834 - )

Bahia

Sócio do Instituto Histórico da Bahia (fundado em 1856)

Membro fundador do Instituto Geográfico e Histórico da


Bahia (fundado em 13.05.1894)

Professor de Geografia.

Autor do livro: “Elementos de Geographia Moderna”.

 1863 – Antonio Pereira da Silva Guimarães em 30.11

(28.03.1838 - )

Bahia

Coronel Médico.

Diretor do Hospital Central do Exército, 1890.

 1864 – Ignácio Luiz de Verçosa Pimentel, em 30.11

(1841 – 1868)

Vila do Porto Calvo – Alagoas

Teve o discurso impresso (10 páginas)

48
Falecido 4 anos após a formatura (Sacramento Blake,
1970)

 1865 – José Gomes Moncorvo de Carvalho, em 29.11

(08.02.1840 - )

Cachoeira - Bahia

 1866 – José Felix da Cunha Menezes, em 29.11

(04.11.1844 – 04.10.1911)

Bahia

Bacharel em Ciências Sociais e Jurídicas – Recife

Diretor do Jardim Botânico do Rio de Janeiro

Intendente de Higiene do Rio de Janeiro

Vide Anexo 1 “Alunos do Curso de Medicina da FMB e a


Guerra de Paraguai.”

 1867 – Ulysses Leonesio Pontes, em 12.04

1841 - )

Pernambuco

Vide Anexo 1 “Alunos do Curso de Medicina da FMB e a


Guerra do Paraguai”.

- Antonio Pacífico Pereira, em 30.11

(05.06.1846 – 18.11.1922)

Bahia

49
A ”Gazeta Médica da Bahia” nº 36 de 31 de dezembro de 1867, página
144, no tópico “Noticiário”, na nota “Discurso Acadêmico” informou que o discurso
foi impresso e comentou sobre êle:

“O jovem orador em expressões felizes, e eloquentes, e em estylo elevado e


digno do lugar e do assumpto, faz a apologia da missão do médico na sociedade, dirige
sincero agradecimentos aos seus mestres, e por fim stygmatisa os charlatães que se
ostentam entre nós mais ruidosos e ousados do que nunca, e que – “ávidos de lucros e
audazes por ignorância, illudem impunemente a boa fé e a credulidade pública”-

É justa e nobre a indignação do nosso collega contra as – “vis especulações


que se acobertam com falsos títulos, com pregôes pomposos, machinados,
calculadamente para abusar, pela novidade e pelo arrojo, da ignorância dos incautos,
e da impunidade do crime” – e é salutar o conselho que dá aos seus collegas de
despresarem estes impostores, e fugir da ciladas que lhes arma o charlatanismo, e que,
desgraçadamente, tem fascinado alguns irmãos nossos que pela ambição do lucro e
pela commodidade do systema, abjuram os princípios da sciência, da moral e da
religião”.

Discurso até o momento não localizado no acervo da FMB.

Professor Catedrático de Anatomia Geral e Patológica


1882.

Professor Catedrático de Histologia.

Diretor da FMB 1885 a 1898.

Preceptor Brasilae (I Congresso dos Práticos 1922).

Inspetor Geral de Higiene 1901.

Diretor da “Gazeta Médica da Bahia”.

Patrono da cadeira nº 10 da “Academia de Medicina a


Bahia”.

Patrono da cadeira nº 24 do “Instituto Bahiano de


História da Medicina e Ciências Afins”.

50
Vide “Anexo 1: “ Professores da Faculdade de Medicina
e Pharmacia da Bahia que atuaram nos
Hospitais Provisórios de Salvador.”

 1868 - Joaquim Manoel d’Almeida Vieira, em 28.11

(11.08.1846 – 10.06.1882)

Sergipe

1ª Colação de grau conjunta com Farmacolandos.

Aluno destacado no ano de 1863. Laureado.

Vide Anexo: “Alunos do Curso de Medicina da FMB e a


Guerra do Paraguai”.

 1869 – Eugenio Marcollino Guimarães Rebello, em 29.11

(21.01.1848 – 22.10.1922)

Sergipe

Discurso impresso.

Jornalista. Escritor.

Fundador da “Revista de Higiene” – Rio de Janeiro –


1886. (6 números)

Professor da “Escola Normal”.

Professor Adjunto do Curso Preparatório da Escola


Naval.

Vide Anexo 1 – “Alunos do Curso de Medicina da FMB


e a Guerra do Paraguai” e
“Abolicionistas do Curso de Cirurgia e
Medicina”.

 1870 – Arthur Cezar Rios, em 14.05

51
(16.07.1845 – 1906)

Bahia

(Graduaram-se 2 Doutorandos)

Aluno destacado em 1863.

Deputado Provincial.

Presidente da Câmara dos Deputados.

Senador.

Vide Anexo 1 “Alunos do Curso de Medicina da FMB e a


Guerra do Paraguai”.

- Izidoro Antonino Nery, em 17.09 (somente êle).

(24.03.1841 – 1898)

Bahia

Professor da FMB.

Vide Anexo 1 – “Alunos do Curso de Medicina da FMB


e a Guerra do Paraguai”.

”Canudos- Professores da Faculdade de


Medicina e Pharmacia da Bahia que
atuaram nos Hospitais Provisórios de
Salvador”.

- Satyro de Oliveira Dias, em 17.12

(01.09.1844 – 1913)

Bahia

Na sua gestão como Presidente da Província do Ceará,


tornou esta Província a 1ª. do Império do Brasil a libertar
os escravos.

52
Secretário do Interior, Justiça e Instrução Pública
01.06.1896.

Vide “Anexo 1”. “Alunos do Curso de Medicina da FMB


e a Guerra do Paraguai”.

“Abolicionistas nos Cursos de


Medicina e Cirurgia”.

“Graduados em Medicina da FMB e a


Guerra de Canudos “.

 1871 – Eutychio Soledade, em 16.12

(15.04.1813 - )

Bahia

Pronunciou um discurso com críticas ao Decreto nº 4675 de 14 de janeiro de


1871 (que estabeleceu a prova escrita como eliminatória), que antes de ser impresso
havia sido levado à Secretaria da FMB e apresentado ao “Sr. Conselheiro Vice
Diretor, o qual nenhuma observação fez, recusando até a lê-lo”.

O protesto de Dr. Soledade tinha consistência, pois o decreto motivador do


mesmo foi modificado pelo Governo, por pressão dos estudantes, através do Decreto
4806 de 22 de outubro de 1871, fato ainda desconhecido por Dr. Soledade na ocasião
em que proferiu o polemico discurso.

Em sessão da Congregação da FMB de 18 de dezembro de 1871 o discurso


foi condenado por unanimidade.

Na sua defesa, Dr. Soledade, publicou, na íntegra, sua oração no jornal


“Diário da Bahia” de 31 de dezembro de 1871.

Por ocasião da formatura foram oferecidas à FMB as pinturas a óleo dos


Professores: Dr. Antonio Januário de Faria de autoria de J. A. Da Cunha Couto.

Dr. Domingos Rodrigues Seixas de autoria de J.A. da Cunha Couto


quando discursaram o acadêmico Pedro Borges Leitão e os homenageados, (Britto,
2002).

53
Dr. Eutychio Soledade foi redator do “Instituto
Acadêmico” (1871) Jornal científico e literário quinzenal.

Preparador de Toxicologia da FMB.

Autor da obra “Do Methodo Científico” 1883.

Vide Anexo 1 “Alunos do Curso de Medicina da FMB e a


Guerra do Paraguai.”

 1872 – Joaquim Onofre Pereira da Silva, em 30.11

(11.06.1845 – 1890)

Distrito de Breio das Almas

Discurso impresso – 16 páginas.

Bahia Typographia de J.C. Tourinho

Final do discurso: “E eu, a quem immerecidamente deste a honrosa e difficil


incumbência de representar-vos n’esta tribuna, eu vos dando aqui público testemunho
de meu eterno reconhecimento, sinto que meu coração quasi nem tem forças para
vibrar a lyra da saudade, a derradeira nota de despedida. Adeus! Collegas, mestres
Adeus!

Discurso existente no acervo do “Arquivo da FMB”.

Deputado da Assembléia Provincial.

Vide anexo 1: “Abolicionistas nos Cursos de Cirurgia e


Medicina”

 1873 – Pedro Ribeiro Moreira, em 06.12

(03.09.1848 – 30.01.1914)

Sergipe

Cirurgião do Exercito

Inspetor de Higiene – Pará

Delegado de Higiene – SãoPaulo 1890 – 1894

54
Diretor de Instrução Pública – Paraná

Consul Brasileiro em: Frankfurt

Odessa

Paraguai

Último Presidente da Província de Alagoas – 1889

Jornalista. Poeta. Escritor.

Autor de “Estudos Sobre as Questões de Immigração e


Colonização do Estado do Pará – 1897”

 1874 – João Carlos Balthasar da Silveira, em 05.12

(Batizado em 03.02.1848, com 10 meses)

Maragogipe

 1875 – Antonio Rodrigues Lima, em 18.12

(1854 – 1923)

Bahia

Professor da Cadeira de Partos – FMB

Submeteu-se a concurso na FMB para a cátedra de Obstetrícia em 1885,


sendo aprovado e classificado em 1º lugar, mas o governo imperial preferiu nomear
outro dos candidatos aprovados com menores notas – Dr. Climério Cardoso de
Oliveira.

Transferiu-se para a Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro onde foi


professor da cadeira de Patologia Geral – 1896, Fisiologia (1906 – 1910)

Fundador e Diretor da Maternidade do Bairro das


Laranjeiras (1904 – 1914).

 1876 – João Ferreira de Campos, em 16.12

(12.01.1855 - )

55
Bahia

 1877 – Francisco Martins Mendes em 15.12

(14.08.1854 - )

Bahia

 1878 – Frederico de Castro Rebello em 21.12

(15.01.1855 – 01.06.1928)

Bahia

Discurso impresso – 12 páginas

Tese de Doutorado recebeu “Menção Honrosa”.

Presidente da “Sociedade de Beneficência Acadêmica”

Professor Assistente da 1ª cadeira Clínica Interna, 1882.

Professor Adjunto de Clínica Médica, 1883.

Professor Voluntário da cadeira de Clínica Médica e


Cirúrgica de Crianças, 1884.

Professor da cadeira de Clínica Médica e Cirúrgica de


Crianças, 1887.

Professor Ordinário da cadeira de Clínica Pediátrica


Médica e Higiene Infantil, 1911 – 1914.

Membro fundador da “Academia de Letras da Bahia”

Em 1878, na Bahia e no Brasil, pela 1ª vez uma mulher foi habilitada ao


exercício da “Arte Dentária”.

O Decreto 1764 de 14.05.1856 nos seus artigos 79,80 e 81 determinava


as normas para habilitar “dentistas aprovados” que deveriam ser examinados por banca
de Professores das Faculdades de Medicina em anatomia, fisiologia, patologia e
anomalia dos dentes,gengivas e arcadas alveolares, higiene e terapêutica dos dentes,

56
descrição dos instrumentos do arsenal do dentista, teoria e prática de sua aplicação,
confecção de peças de prótese dentária e ortopedia dentária. Por este decreto, após
submeter-se aos exames na Faculdade de Medicina da Bahia, foi habilitada ao
exercício da “Arte Dentária” – Leonor Henriqueta Alvares dos Santos (15.03. 1855
- ___________) em 13 de julho de 1878 ( II Livro de Registro de Diplomas de
Doutores e Farmacêuticos da FMB 1875 -1880, verso da página 66 manuscrito,
Monteiro, Ramiro Affonso “Memória Histórica do anno de 1878 (da FMB) página
10, impressa).

Na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro a 1ª mulher a ser


habilitada ao exercício da “Arte Dentária” foi Elisa Elvira Bernand em 22 de agosto
de 1879, e foi também na Faculdade da Corte que foi habilitada a baiana Izabel de
Souza Mattos em 14 de maio de 1883.

 1879 – Ananias de Assis Baptista, em 20.12

(25.01.1855 - )

Bahia.

Capitão Cirurgião (Diário Oficial de 01.09.1899)

Neste ano de 1879, concluiu o Curso de Medicina, nos USA, a primeira


mulher brasileira, Maria Augusta Generoso Estrella (10.14.1860 – 18.04.1946)
vencendo diversos obstáculos.

Um artigo publicado no “Gazeta Médica da Bahia” no. 54, 31 de


outubro de 1868, páginas 70 a 72, exemplifica a mentalidade da época em relação ao
ingresso de mulheres em Faculdade de Medicina:

Pagina 70 – “Nada há tão materialmente inaceitável como uma doutora


medicina.”

Pagina 71 – “Fez Deos a mulher para ser a companheira do homem,


deo-lhe o lugar mais santo da família, incumbio-lhe as funções instinctivas da
maternidade.”

57
Página 72 – “Emancipação da mulher pela medicina! A que preço?
Porque sacrifício? Privam-a dos melhores sentimentos, roubam-lhe os mais santos
affectos, empanam-lhe a sua mais brilhante auréola, compram-lhe o coração, a alma,
os sorrisos, as lágrimas, o amor, a poesia só para lhe deixarem....o quê? A cabeça? A
cabeça! A única cousa má da mulher (Escholiaste Medico).”

Estudar a participação das mulheres no campo da saúde é difícil porque


a “História das Mulheres” é uma parte relegada da “História da Humanidade”
justificando as ligeiras notas a seguir, posto que também a atuação feminina na área da
saúde é pouco conhecida, pois há milênios , na maioria das sociedades, estaria
determinado para as mulheres o confinamento no ambiente doméstico e os cuidados
para com o lar e os familiares.

Desde tempos imemoriais, mulheres, cujos nomes se perderam,


prestaram cuidados a enfermos, mas em muitas regiões e em diversas épocas, não
tinham permissão de aprender e praticar a arte de curar, com raras exceções.

Na Mesopotâmia, onde se desenvolveram várias civilizações, milênios


antes de Cristo, tem-se conhecimento de que mulheres praticavam cirurgias,
manipulavam medicamentos, etc. na Suméria. Na tumba da Rainha Shubad de Ur, os
instrumentos cirúrgicos de pedra e de bronze sugerem que foram colocados na intenção
dela praticar cirurgia na outra vida.

No Egito (Kemet) da Antiguidade, como comprovam estelas, etc. e onde


existiram importantes centros de ensino médico como a “Escola de Heliópolis”,
mulheres podiam estudar e exercer a Medicina.

Existe comprovação histórica que era possível as mulheres alcançarem o


topo da hierarquia médica egípcia. Uma estela de 3100 – 2100 a. C., localizada em Gizé
em 1930, pelo egiptólogo Selim Hassan (1887-1961) registrou que uma mulher
Peseshet foi a “Chefe dos Médicos”, assim como numa tumba, localizada no “Vale dos
Reis”, em Saggara tem uma representação de Merit Ptah (2700 a.C) que foi alta
sacerdotisa e “Chefe dos Médicos”.Ainda uma das rainhas egípcias – Hatshepsut (
) também foi médica. (Howard, 2008).

Os Hebreus tem no “Êxodo”, capítulo 1:15:22, citação de 2 mulheres


que exerceram a obstetrícia – Sifra e Fua – e milênios depois, em 1368 d.C., uma
mulher judia sobressaiu-se no campo médico – Cet Valencia. A eficiência de mulheres

58
no exercício da Medicina, no Oriente, teve testemunho gravado numa placa, um
monumento da cidade de Tlós, na Ásia Menor, de gratidão da população pelos bons
serviços que lhe prestou a médica Antiochis.

Já a Grécia, berço da Medicina Ocidental, embora na Antiguidade, na


sociedade grega, as mulheres tivessem situação de inferioridade, algumas tiveram seus
nomes preservados, por sua atuação no campo médico.

Agande (século IV a.C.) tem citação por Homero de ter sido


conhecedora de ervas e plantas medicinais. Como médicas são referidas Laís e Sotira,
assim como as Parteiras Salpe e Olympias de Tebas.

Um dos mais antigos textos sobre doenças de mulheres, existente em


Florença é de uma grega – Metrodora.

Um julgamento envolveu uma mulher, Agnodice, que praticou medicina


disfarçada de homem e ao ser descoberta foi conduzida a “Acrópolis”, onde ficava o
“Areopago” para ser julgada por este “crime”., sendo então defendida por mulheres de
que fizera os partos, pelas esposas de senadores, etc. o que levou à sua absolvição e
mudança nas leis, ficando as mulheres com o direito ao exercício da Obstetrícia, que
teve sua pratica proibida aos homens.

Também na Antiguidade, uma rainha – Artemísia II ( - 634.a.C.)


Rainha de Caria destacou-se como botânica e investigadora de problemas médicos.

Na Roma da Antiguidade, mulheres atuaram na Medicina além da


tradicional função de parteiras, “obstetrix”, e entre elas estão Acca Laurentia ( - ),
notável por suas curas e conhecimento de ginecologia, Victoria ( - )e
Leoparda ( - ) (Howard, 2008).

Foi uma mulher, Fabíola ( Santa Fabíola 3... – 27.12.399 ou 400) que
fundou em Roma, em torno do ano 380, o 1º.Hospital da Europa onde ministrou
cuidados aos doentes o que foi registrado nas “Cartas de São Jerônimo” (Sellected
Letters of St Jerome, Loeb Classical Library. V. 262 London, Heineman, New York,
Putnam 1933, apud Nathaniel W. Faxon “ A History of Hospitals” in Arthur C.
Bachmeyer & Gerhard Hartman (ed) “The Hospital in Modern Society”, New York,
The Commom Wealth Fund, E.L. Hildred & Company Inc. 1943).

59
Na Galia, a Rainha Radegund (518-587) teve interesse por medicina e
acreditou na importância da necessidade da limpeza para os pacientes. A Idade Média,
período de forte influência da “Igreja Católica Apostólica Romana”,que foi
parcialmente responsável por medidas de repressão e exclusão de mulheres de várias
funções sociais e que no período de maior atuação da “Inquisição” condenou centenas
de mulheres à fogueira, entre as quais: herbárias, curandeiras, etc., rotuladas de
“bruxas”, como Allison Peyrón, especialista em ungüentos,que conseguiu cicatrizar
um ferimento do Arcebispo Patrick Adamson (15.03.1537-19.02.1592), arcebispo de
St. Andrews e que morreu na fogueira (França, 2001).

Mas algumas mulheres, por serem filhas ou pertencerem a famílias de


médicos, por terem nascido em privilegiada situação social, tiveram a oportunidade de
obter educação médica, em sociedades misóginas. Na 1ª. escola de Medicina do
Ocidente, neste período histórico, a “Scholae Salernitanae”,na Itália, mulheres
graduaram-se ensinaram e escreveram textos de Medicina entre os séculos XI e XV.

Das denominadas “Damas de Salerno”, a que alcançou a maior fama foi


Trótula Platearius ou Trotulla di Roggiero (1050-1097), filha de um médico e esposa
de um Professor de Medicina, que alguns autores consideram a 1ª. Ginecologista da
História da Medicina. Ela foi ainda Professora da Escola de Salerno e autora de textos
médicos, dos quais o mais conhecido e que foi utilizado por centenas de anos em
Escolas de Medicina é o “De Passionibus Mulierum Curandorum Ante, In Et Post
Partum” que foi editado pela 1ª. Vez em 1554 (Strassburg), com 60 capítulos,
conhecido como “Trotula Maior”.

Ainda da “Escola de Salerno” foram médicas de destaque, nos séculos


XIV e XV:

 Abella de Salerno (Abella Salernitana), autora de “De Atrabile” e


de “De Natura Seminis Humani”.

 Rebecca de Guarna ( Sec.XIV), (membro da família do médico,


historiador e religioso Romualdo), que escreveu sobre o embrião, a
febre e a urina.

60
 Constance Calenda (Sec.XV), filha do então Decano da Escola de
Medicina de Salerno (1415) Salvador Calenda, que foi
especializada em doenças oculares.

 Mercuriade ( ).

 Margarita ( ).

 Calrice di Durisio ( ), cirurgiã especializada em


doenças oculares.

Também são deste período histórico Thomasia de Mattio e Maria


Icarnata,ambas cirurgiãs.

Outra instituição de ensino italiana, a Universidade de Bolonha, desde


1088 admitia o ingresso de mulheres.

Um dos Professores da Universidade de Bolonha, Mondino de Luizzi


(Remondino de Luizzi 1270-1326) teve entre seus Assistentes uma mulher que foi
hábil prosectora, falecida precocemente, de nome Alessandra Giliani (1307-
26.03.1326), que foi homenageada por seus amigos, com a colocação de uma placa na
Igreja de San Pietro e Marcellino em Roma, e é considerada a 1ª. Mulher Anatomista
do Ocidente de que se tem comprovação histórica.

Ainda na Universidade de Bolonha, Dorotea Bucca ( ou Dorotea Bochi


1360-1436) foi Professora de Medicina e Filosofia por mais de 10 anos, desde 1390,
ocupando a cátedra que pertencera a seu genitor.

Centenas de anos depois Laura Maria Caterina Bassi (31.10.1711-


20.02.1778), em 1731, foi nomeada para ensinar na cadeira de Anatomia na
Universidade de Bolonha, tendo sido membro da “Academia do Instituto de Ciências”,
em 1732, Professora de Filosofia (1733), de Física (1776), ela e o marido Giuseppe
Veriatti criaram o 1º. Laboratório de física experimental do século XVIII da Europa.
Laura Bassi é autora de 28 trabalhos sobre temas de física e hidráulica. Alguns anos
depois, em 1760, outra mulher, Anna Morandi Mazzolini de (21.01.1714-09.07.1774),
foi Professora de Anatomia na Universidade de Bolonha e escultora de peças
anatômicas.

61
Além da Itália, em outros países europeus, mulheres atuaram no campo
médico.

Na Alemanha, na Idade Média, foi personalidade proeminente


Hildegard Von Bingen (Santa Hildegarda de Bingen 1098 – 17.09.1179), a “Sibila
do Reno”, a “Profetisa dos Teutões” , nascida numa família da nobreza germânica, teve
sua educação dirigida por Jutta ( -1136) Mestra do Mosteiro Disdodenberg, que
a encaminhou ao ingresso na Ordem Beneditina, que então tinha importantes centros de
educação e cultura. Hildegard Von Bingen ingressou na Ordem Beneditina em 1114,
tornou-se escritora, compositora ( do auto sacro “Ordo Virtutum”, de Symphonia
Armonie Celestium Revelatiorum”,coleção de 77 canções litúrgicas), naturalista, autora
do 1º. Livro sobre Ciências Naturais do “Sacro Império Romano Germânico”, o “Líber
Subtilitatum Diversarum Naturarum Creaturaram” (Livro das Propriedades de várias
Criaturas da Natureza dividido em “Physica – Líber Símplices Medicine” ou Física –
Livro de Medicina Simples e “Causae et Curae – Líber Compositae Medicinae” ou
Causas e Curas – Livro de Medicina Completa), poetisa, teóloga ( escreveu a trilogia
“Líber Scivias Domini”, “Líber Vitae Meritorum”, “Líber Divinorum Operum”). Tinha
conhecimentos da medicina de Hipócrates, Galeno, dos Árabes, de plantas medicinais,
anotando-as em tratado. Escreveu textos sobre ginecologia, sexualidade, tratamento de
doenças e atendia a doentes no seu mosteiro. Foi inscrita como Santa da Igreja Católica
Apostólica Romana no “Martirologio Romano” de 1584, aprovado pelo Papa Gregório
XIII (Ugo Boncompagni 01.01.1502 – 10.04.1585 reformador do calendário Juliano
papado 1572-1585) e tornou-se “Doutora da Igreja”, em 2012.

É Patrona de “Medalha Hildegard Von Bingen” concedida a pessoas


que fizeram contribuições notáveis no campo da educação sanitária. Centenas de anos
depois Dorothea Christian Leporin Erxleben (13.11.1715 – 13.06.1762) tornou-se a
1ª. Mulher alemã a conseguir o título de “Doutora em Medicina” em 1754 pela
Universidade de Halle.

Na França, a princípio, a Universidade de Paris permitia a mulheres o


aprendizado de cirurgia e um “Édito” de 1311 autorizava mulheres a praticar cirurgia,
além de atuarem na tradicional função de Parteira, como a Parteira da corte francesa
Louyse Bourgeois Bousier (1563 – 1636).

62
Mas no século XIV a monarquia francesa e a “Igreja Católica
Apostólica Romana” promoveram uma série de medidas repressivas referentes ao sexo
feminino.

Uma italiana, Jacobina Felicie (Jacqueline Felice de Almania) que


praticou Medicina em Paris, em época que havia registros de 8 mulheres estarem
atuando como médicas (século XV) na cidade, teve sucesso em curar pacientes onde
outros médicos haviam falhado e teria sido vítima do Decano da Faculdade de
Medicina de Paris, sendo proibida de exercer Medicina e multada em 70 libras. Este
episódio, que excluiu Jacobina Felice da atividade médica na França é considerado
um dos fatores da exclusão de mulheres francesas das universidades de seu país até o
século XIX, quando graduou-se na Faculdade de Medicina de Paris – Madeleine Brés
(1839 – 1925), em 1874.

O afastamento das mulheres do aprendizado e exercício da medicina era


às vezes relevado em períodos de crise, de epidemias como a “peste bubônica”
(principalmente dos séculos XIV ao XVII) ou de guerras como a “Guerra dos Cem
anos” (entre França e Inglaterra de 1337 e 1453), a “Guerra Russo-Turca” (1877-
1878) etc em que a necessidade forçava a presença de mulheres na prática de Medicina,
mas superada a emergência novamente era vedado o acesso de mulheres ao
aprendizado e exercício da profissão médica.

Na Inglaterra, nas suas regiões rurais do século XVI, Grace Mildmay


(1552 – 1620) teve atuação no atendimento de doentes e deixou um texto médico de
250 folhas. Ainda na Inglaterra, Elionor Sneshell ( - ) no século XV
destacou-se como cirurgiã.

E uma mulher conseguiu até a morte passar por homem e assim


diplomar-se em Medicina e exercer a profissão. Margareth Bulkley (1790 – 1865)
utilizando o nome de James Miranda Stuart Barry tornou-se “Doutor em Medicina”
em 1812 pela Universidade de Edimburgo e foi “médico militar” e só após sua morte
foi revelada sua condição feminina.

Já no século XIX, Elizabeth Ganet Anderson (Garret Smith 1836-


1917) graduou-se na Universidade de Londres e foi co-fundadora da “London School
Medicine for Woman”, em 1874.

No ano de 1885, 70 mulheres médicas atuavam em Londres.

63
A Suíça, no século XIX, foi o 1º. País europeu a abrir as portas das
universidades para as mulheres, a primeira mulher suíça a tornar-se médica foi Marie
Heim Vögtlin (07.10.1845 – 07.11.1916), mas antes dela, a 1ª. Mulher a obter
graduação em Medicina, na Universidade de Zurique,em 1867, foi a russa Nadezhda
Prokfyevna Suslov (01.09.1843 – 20.04.1918).

A primeira mulher sueca diplomada em Medicina foi Louise Arteberg


(1801 – 1881).

Na Holanda, a primeira mulher a graduar-se em medicina foi Alleta


Jacobs (1854 – 1929).

A 1ª. Médica da Romênia obteve seu diploma em Zurique, sendo ela


Maria Cutarida Cratunescu (1857 – 1919).

Na Península Ibérica, na Espanha, foi Martina Castello e Bellast (


- ) a 1ª. Médica graduada em 14.de dezembro de 1882.

Já em Portugal, há divergências sobre quem seria a 1ª. médica.

Alguns autores citam Elisa Augusta da Conceição Andrade (18... -


) como a 1ª. mulher médica portuguesa que teria ingressado em 1880 na “Escola
Politécnica” (fundada em 1837 e onde eram feitos os cursos preparatórios)
freqüentando o curso ate 1884, não havendo certeza se o concluiu, para uns graduou-se
em 1889, mas outros pesquisadores alegam a não existência de tese como indício de
que não teria obtido a graduação médica.

Amélia Cárdia dos Santos Costa ( - ) iniciou os estudos


em 1883, ficando até 1887 na “Escola Politécnica” donde transferiu-se para a “Escola
Médico - Cirúrgica de Lisboa” (criada em 1836 pela transformação da “Real Escola de
Cirurgia do Hospital São José” aberta em 1825), onde diplomou-se em 20 de julho de
1891.

No final do ano de 1891 graduaram-se Aurélia de Morais Sarmento


(por casamento, Romanoff 04.06.1869 – 19....), Laurinda de Morais Sarmento 1867
- ) diplomada em 09 de novembro de 1891 pela “Escola Médico Cirúrgica do
Porto” ( antiga “Real Escola de Cirurgia do Hospital Santo Antonio, criada em 1825
passando em 1836 a denominar-se “Escola Médico - Cirúrgica do Porto”) e pouco

64
depois Guilhermina de Morais Sarmento ( 1870 - ) também graduou-se em
Medicina pela mesma escola (Vaz, 2010).

Na região do encontro geográfico entre Ocidente e Oriente, em


Constantinopla no reinado do imperador Aracadius atuou a médica Nicerata (século
III).

Centenas de anos depois notabilizou-se Anna Komñeñe (Ana Comnena


- 1153) nascida na realeza bizantina, tendo sido Imperatriz Consorte e historiadora, que
é considerada uma das mais importantes da História Bizantina por ser autora de “A
Alexiada” escrita em grego ,composta por 15 volumes, discorrendo sobre o reinado de
seu pai, o Imperador Aleixo I Komñeñe (1081 – 1118).

Anna Komñeñe foi encarregada pelo Imperador de dirigir um grande


hospital e orfanato em Constantinopla onde fundou uma Escola de Medicina e ensinou
por muitos anos, sendo na época autoridade em “gota” (hiperuricemia).

Nas Américas, Elizabeth Blackwell (03.02.1821 – 31.05.1910), após ter


recusada sua matrícula por 10 escolas de Medicina, conseguiu ser admitida, graças à
sua condição de “quacre”, no “Geneva Medical College” (New York) que recebia
grandes doações da comunidade “quacre” e tornou-se a 1ª. mulher americana a obter
um diploma oficial de uma instituição de ensino médico da América do Norte em 1849.

Pioneirismo seguido por muitas norte-americanas pois a “Gazeta Médica


da Bahia” no. 24, de 25 de junho de 1867, página 288, menciona que um Professor de
Colégio de New York afirmou existirem então nos USA, na década de 60, do século
XIX, trezentas mulheres atuando como médicas.

Na América do Sul, em instituição do seu país, a 1ª. mulher a graduar-


se em Medicina foi a chilena Eloíza Dias Inzunza (25.06.1866 – 01.11.1950)
diplomada pela “Faculdade de Biologia e Ciências Médicas de Santiago do Chile”, em
27 de novembro de 1886.

No exterior, poucos anos antes de Maria Augusta Generoso Estrella,


outra sul-americana, a colombiana Ana Galvis Holtz (1855 - 1934) tornou-se médica
obtendo seu título na Universidade de Berna, Suíça, em 26 de julho de 1877.

Por só ter sido permitido no Brasil o ingresso de mulheres no curso de


Medicina pela “Reforma Leôncio Carvalho” Decreto 7247 de 19 de abril de 1879,

65
artigo 24 § 20, Maria Augusta Generoso Estrella teve que viajar para o exterior para
tornar-se médica. Matriculou-se em 23 de abril de 1875 na “Saint Louis Academy”, de
onde solicitou transferência para o “New York Medical College and Hospital for
Woman” por ter conseguido convencer e obter a aprovação da Congregação da mesma
a aceitá-la, apesar da pouca idade. Maria Augusta Generoso Estrella foi também a 1ª.
estudante do Brasil a ter concessão de bolsa de estudos no exterior dada por D. Pedro
II, Imperador do Brasil.

Ela concluiu o curso em 1879, como melhor aluna, mas devido à sua
idade só pode ser diplomada em 1881, quando foi Oradora da solenidade e recebeu
uma Medalha De Ouro por seu excelente desempenho acadêmico.

Seu diploma de “Doutora em Medicina” tem a data de 29 de março de


1881.

Retornando ao Brasil, submeteu-se a exames de verificação do título na


Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro sendo aprovada para o exercício da Medicina
no Brasil (Silva,1956).

Dra. Maria Augusta Generoso Estrella é a Patrona da cadeira no. 64


da “Academia de Medicina de São Paulo”.

 1879 - Dermeval José da Fonseca em 24.01.1880

(23.03.1852 - )

Rezende

Membro da Equipe da “Fortaleza São João“ (Diário


Oficial de 14.04.1892)

 1880 – Fernando Napoleão Augusto de Alencar em 18.12.

(31.03.1854 – 13.01.1910)

Ceará

Discurso impresso – 15 páginas

Bahia Imprensa Econômica, 1880.

66
Páginas 11 e 12: “Antes de terminar esta humilde e fastidiosa
elocução aproveito o feliz ensejo para fazer um apello a illustrada Congregação que
me ouve.

Senhores que constitues o corpo docente d’esta Faculdade, urge


que, junto ao governo, tomeis a iniciativa de um melhoramento radical no ensino
superior de nossas Escolas! Urge que realize-se entre nós esta grande Idea, esta
immensa utopia: a liberdade do ensino.”

Página 15 – final: “No demais, crystallisai as lagrimas que


apanhardes, constituirão ellas os diamantes de vossa coroa de glórias o termo de vossa
missão!....”

(Discurso existente no acervo do “Arquivo da FMB”)

Médico da Estrada de Ferro D.Pedro II

Escritor. Poeta. Teatrólogo. Maçon. Republicano

Vide Anexo 1 “Abolicionistas nos Cursos de Cirurgia e


Medicina”

 1880 – Camerindo Teixeira de Freitas, em 18.12.

(28.02.1850 - )

Bahia

Cirurgião da 4ª. classe, reformado em 28.12.1900.

Secretário do “Grande Oriente do Brasil” – 1895

 1881 – Deocleciano Ramos, em 14.12.

(1859 – 1924)

Bahia

Discurso impresso – 12 páginas

67
Bahia Imprensa Econômica 1881.

(Discurso existente no acervo do “Arquivo da FMB”)

Páginas 11 e 12 – Final: “Agora, meus companheiros, se


momento houve em nossa peregrinação acadêmica em
que resvalássemos no caminho do dever, podemos com os
exemplos práticos da vida de médicos levantar uma
prova sublime contra o mau conceito que sobre nós por
ventura, se houvesse formado.

Ide, leaes batalhadores da sciencia, Deus vos abra as


portas da felicidade, que o porvir vos cobrira de glórias.
Adeus “.

Professor Adjunto de Clinica Cirúrgica, 1883.

Professor Interino da Cadeira de Patologia Externa, 1886.

Professor Interino da cadeira de Clinica Cirúrgica, 1889.

Professor Substituto da 8ª. seção, 1891.

Professor Interino da Cadeira de Obstetrícia, 1891.

Professor Catedrático de Obstetrícia, 1897 – 1911.

Diretor da FMB, 1913 – 1914.

Republicano.

Vide Anexo 1 “Canudos: Professores da Faculdade de


Medicina e Pharmacia da Bahia que atuaram nos
Hospitais Provisórios de Salvador.”

 1882 – Antonio da Cruz Cordeiro Junior, em 16.12.

(1859 – 1893)

Paraíba do Norte

68
Sócio honorário correspondente do “Club Litterario e
Recreativo Parahybano”

Autor do “Bosquejo Litterario a propósito do Decennário


de Castro Alves”, 1881.

Um dos redatores da “Gazeta da Parahyba”, 1888 –


1890.

Tradutor. Escritor. Jornalista.

 1883 – José Alexandre de Moura Costa, em 08.04.

(08.01.1860 – )

Bahia

Discurso impresso – 12 páginas

Bahia – Typographia dos Dois Mundos, 1883 (existente


no “Arquivo da FMB”).

 Página 11: “Diz-se por ahi que a grande reforma


do ensino veio quebrar as relações que, na communhão
da Sciência, união mestres e discípulos, a vossa presença
n’esta festa e a satisfação e saudade que experimentamos
ao abraçar-vos, provão que se officialmente estreitou-se
o circulo d’estas relações no grande banquete da
Sciência nada valem velhas usanças de formulas
anachronicas: que vós sois sempre os mesmos, como
sempre é a mesma mocidade.”

 Página 12 - ....., a Medicina nos guiará, para lá é


que nós vamos; deixai pois que, de envolto com o adeus
do companheiro, passem em meus lábios as palavras
sublimes do Evangelho, a senha gloriosa do heroísmo:
Erguei-vos e Caminhae!

69
Sócio efetivo e orador da “Sociedade Beneficência
Acadêmica”. (fundada em 15.09.1872).

 Octaviano Moniz Barreto, em 15.12.

(21.06.1861) - )

Bahia

Solenidade de formatura realizada no Salão Nobre da


Faculdade cujo soalho foi escorado “pois ameaçado
de ruína. (Carvalho, 1884).

Secretário do Interior, Justiça e Instrução Publica,


1897 – 1900.

Instrutor Geral de ensino – 1896 – 1897

– 1900 – 1904

– 1904 – 1906

– 1906 – 1912

– 1912 – 1916

– 1920 – 1924

 1884 – Pedro Celestino Ferreira da Silva, em 13.12.

(19.05.1867 – 31.05.1911)

Sant’Ana do Catu Bahia

Solenidade de formatura, onde houve pela 1ª. vez um


Paraninfo, realizada no “Salão Nobre do Paço da
Camara Municipal” devido a estar em obras o edifício da
FMB (Carvalho, 1840).

70
Discurso do Orador da Turma impresso Bahia,
Typographia dos Dois Mundos, 1884 (existente no
“Arquivo da FMB”).

 Página 6: “A política continuou a ser, como ainda


hoje é, a magna questão que absorve todas as
attenções. Consistindo sobretudo na lucta dos
partidos, que procuram mais dissolver ou demolir um
ao outro do que corrigir-se em benefício do paiz, sem
orientação productiva e definida, na indolência
tropical que nos opprime, Ella manteve e desenvolveu
os defeitos do caráter nacional.”

 Página 20: “Somos médicos; em um paiz novo, livre,


rico, fadado a extensas luzimentos, falta-lhe, porem,
uma educação dirigida pela sciência. Eis o que
explica o abatimento da pátria; nós podemos –
crede!- levantemol – a.”

Deputado a Assembleia Legislativa Estadual de Santa


Catarina – 1894 – 1895

– 1896 – 1897

– 1907 – 1909

– 1910 – 1911

Deputado (Câmara) - 1897 – 1899

Membro do 1º. Conselho Municipal da Intendência.

Presidente do Conselho.

Intendente Municipal de Itajaí – 1895 -1907

 1911.

71
Sócio fundador do Instituto Geográfico e Histórico de
Santa Catarina.

 1885 – Constancio Antonio Alves Junior, em 23.12.

(16.07.1862 – 13.02.1933)

Bahia

Jornalista.

Redator do “Jornal do Brazil” – Rio de Janeiro 1891 –


1892.

“Jornal do Comércio”.

Diretor da Seção de Manuscritos da Biblioteca Nacional


1903-1913.

Poeta. Escritor.

Membro da Academia Brasileira de Letras (cadeira 26).

Tesoureiro da Academia Brasileira de Letras (1924 –


1929).

Bibliotecário Academia Brasileira de Letras (1923 –


1926).

Redator da Revista da Academia Brasileira de Letras


1927.

 1886 – Braz Hermenegildo do Amaral, em 18.12.

(02.11.1861 - 1949)

Bahia.

Discurso impresso – 22 paginas.

72
Bahia Typographia dos Dois Mundos.. (Arquivo da
FMB).

 Páginas 7, 8, 9, 10 – “O povo que ides votar o


vosso trabalho, a vossa inteligencia e o vosso saber, que
segue mau grado, seu grande e activissimo movimento
moderno, e que atravessa um destes períodos de
decomposição, de recomposição e de crise de que
depende por muito pouco a salvação ou a perdição,
compõem-se de três elementos fundamentaes como todos
os povos americanos de origem latina: em cima, a
família oriunda da raça branca conquistadora,
assumindo a posição de classe dirigente, senhora do
governo, da magistratura, da lei, da justiça, uma espécie
de patriciado Venesiano; educada na admiração da dura
administração romana, , desviada por todas as
abstrações da pandecta e por todas as dilações do direito
convencional, esta educação, arguciosa por princípio,
incapaz ainda de bem corresponder as suas pretenções
de raça superior, pensa, governa e dirige mal: na
orientação do movimento social, no ensino superior, na
administração, na imprensa mesmo gladiando exaltada
com o seu partidarismo levado ao extremo combatendo
sob os seus princípios convencionaes, faz d’esta
poderosa força motora de prosperidade, como em todos
os paizes em que ella não é desapaixonada e livre, mas
um instrumento de tyrania e despotismo do que um
elemento de grandeza e vigor.

Em baixo esta o povo, o verdadeiro povo, ignorante, um


tanto livre, mas não compreendendo nem bem usando a
liberdade, possuindo a trágica nobresa de todas as
massas, com as baixezas e vícios de todas as plebes, povo

73
formado pelos descendentes de três raças diversas e que
o acaso, o mar e a guerra, trouxeram a terra da América

A 1ª., aquella família occidental e ibérica, que o


prosador realista figura nos seus estudos ercarnada na
estátua do grande poeta, o soldado forte, de largos
hombros, busto erecto e espada rija, representante de
uma grandesa passada; de uma glória que não voltará: a
2ª, formada pelos raros sobreviventes de outra raça
trágica, cuja origem se perdeu na escura noite da
história, cujo berço ignato asiático ou oceânico
perseguem as pherenologos e os antropologistas;cujo
sangue não conhecem os sábios, se semita ou mongol;
família Vermelha heróica e soberba que não soube entrar
no progresso pela escravidão e que preferiu aos pesares
da vida de servo, a morte obscura na selvagem
independência dos seus desertos; e a 3ª a raça dos duros
trabalhadores da África, a descendência chuschita infeliz
e maldicta que derrama resignada o seu sangue o campo
dos seus senhores, mas que não teve a heróica grandesa
de derramal-o nos seus areaes, em nome da liberdade, a
que passeia sob a vergasta o seu oppobrio pela América,
mas que castiga aos seus algozes ensinando-lhes os seus
ritos grosseiros, inoculando-lhes na descendência a sua
inferioridade e a sua degradação.

Sobre a vida dos homens, como sobre a das nações


influem muito a raça, o sangue, a sua religião, os seus
vícios e o seu clima, os seus mestres e os seus estadistas,
é assim que Albion deve a sua liberdade as guildes
saxônicas e as suas façanhas marítimas, ao seu fera
sangue normando, ao amor pelas aventuras e pelas
revoltas ondas do Mar do Norte, o primitivo campo de

74
batalhas dos piratas scandinavos; é assim que o álcool
absorvido pela ascendência, os stygmas das longas
misérias do povo, revelam-se nas vísceras da
descendência, explicam a sua aphatia ou a sua
bestialidade e constituem a biographia pathológica do
proletário.

Foi a mistura de três raças que este povo deveu suas


aptidões e o seu caracter, foi a isso que se deveu a
existência de uma nação formalista por exellência, que
allia as suas idéias religiosas e a sua proverbial
hospitalidade para os estrangeiros a sua proverbial
crueldade ara os seus filhos escravos!”

Páginas 21, 22 – “A escolha nem sempre feliz dos


elevados funcionários que aconselham a coroa aos quaes
nem sempre sobra a indispensável capacidade para
legislar sobre o ensino médico, a tendência fatal a
absorpção que é o erro gravíssimo dos homens de estado
dos paizes latinos, a hostilidade insensata que resulta do
desejo pernicioso de localisar a producção do ensino
superior na capital, a decretação irreflectiva de reformas
que não são exigidas pelo magistério e que tem feito dos
regulamentos de ensino a victima de todas as
administrações e a monstruosidade que desloca a
Faculdade do caminho que lhe compete seguir, que é
altamente reclamada por professores e discípulos, que só
desconhece e que só recusa o governo central, não se
sabe porque influência nefasta.

Aquella série de incongruências, o oscillar entre o desejo


de ceder e o de recusar, que provocava de um dos
primeiros professores, de um d’aquelles a quem ella mais
deve, que é hoje uma de suas glórias, depois de ter sido a
sua cabeça e poderosa força diretriz, a phrase que

75
exprime no seu eloqüente desespero a revolta de uma
nobre consciência e um protesto altivo contra os longos
sofrimentos da Faculdade e que em respeito com o
direito que a isso dão-me a minha educação scientífica
adquirida aqui e a elevação e a honra de uma profissão
que é hoje também a minha “Senhores do governo,
fechae a Faculdade de Medicina da Bahia se não quereis
dar-lhe os meios de viver”....

Discurso disponível no acervo do “Arquivo da FMB”.

Professor Substituto da 6ª, 7ª e 8aSeções da FMB

(Existe no “Arquivo da FMB” o discurso da posse como


professor).

Redator Gerente da “Gazeta Médica da Bahia”.

Membro e Presidente da “Academia de Letras da Bahia”.

Patrono da cadeira no. 30 do “Instituto Bahiano de


História da Medicina e Ciências Afins”.

Vide “Anexo “1. “Canudos. Professores da Faculdade de


Medicina e Pharamacia da Bahia que atuaram nos
Hospitais Provisórios de Salvador”

Eminente historiador, localizou na Biblioteca Nacional as


“Cartas de Luis dos Santos Vilhena”, que publicou
enriquecendo com notas e comentários. Autor de diversos
trabalhos de História da Bahia e do Brasil.

Um dos seus muitos estudos históricos é de relevante


importância para a FMB pois contem a descrição de
como era a célebre “Capela dos Jesuitas”
lamentavelmente destruída pelo incêndio que atingiu a
FMB em 1905.

76
Esta “Memória” sobre a capela foi apresentada na sessão
de 03 de maio de 1902, no Instituto Geográfico e
Histórico da Bahia (Casa da Bahia) e felizmente
sobreviveu ao incêndio que atingiu o referido instituto,
que devido ao mesmo, funcionou provisoriamente no
prédio da FMB em 1913.

Sendo tão importante documento histórico para a


Faculdade de Medicina da Bahia o transcrevemos aqui:

A Antiga Capella dos Jesuítas a Bahia.

Memória lida a Sessão de 03 de maio de 1902.

Pelo Sócio Dr. Braz do Amaral

A descripção dos nossos monumentos, a exhumação da


vida do nosso passado estão neste caso.

Um delles é o Collegio dos Jesuítas, fundado e edificado


nesta mesma praça onde estamos, há 351 annos, isto é,
desde o primeiro século da colônia, 49 annos depois da
descoberta do Brasil, ao mesmo tempo que se fundou a
cidade da Bahia, para capital da nova terra,
estabelecendo-se nella 1º. Governo Geral instituído pelos
portugueses aqui.

Com o inicio da vida administrativa no Brasil regularisa-


se também a catechese; e a Ordem dos Jesuitas, cujos
serviços á civilisação da nossa pátria não se podem
negar, iniciava também os seus grandes e penosos
trabalhos.

Os primeiros padres construíram uma Capella de taipa


coberta de palha e nesta obra trabalharam com as suas
mãos, amassando barro, conduzindo materiaes, o grande
Manoel da Nóbrega, assim como os seus companheiros,

77
com aquellas mesmas mãos gloriosas que levantaram o
crucifixo aos olhos dos indigenas e que prepararam
assim os elementos de paz, de ordem, de moralidade, de
liberdade, pelos quaes tanto combateram muitos dos seus
irmãos da Companhia e que tanto deviam servir para a
constituição de uma nacionalidade três séculos depois. . .

Foi em 1551 que começaram os Padres a obra do seu


magestoso templo, o chamado Collegio de Jesus, que ali
se vê com as suas dependências, e que forma hoje a
Cathedral com a sua bella sachristia e accessorios, os
commodos da antiga Bibliotheca Publica e todo o
edifício onde funccionou n’outro tempo o Hospital da
Misericórdia, até 1889, quando foi transferido para
Nazareth, assim como a Faculdade de Medicina, que do
velho Collegio dos Jesuitas já quasi nada tem, por haver
sido inteiramente reformada a construcção no fundo e na
forma.

Só aqui e ali se encontrara, no meio dos materiaes,


alguma pedra, uma porta entalhada á antiga, um azulejo
esquecido, que indicarão ao entendido o Collegio dos
Padres dos tempos da Colónia.

A grande peça subterrânea abobadada que servia ainda


há poucos annos de deposito d'agua, num dos pateos
centraes, e que a tradição popular assevera ter sido o
ponto de partida de um dos grandes caminhos
subterrâneos construidos pelos Padres, foi entulhada
ultimamente.

O saguão antigo com as suas lages quadradas foi


inteiramente transformado, e só algumas dellas
aproveitadas na architectura dos arcos romanos que hoje
ostentam o 1o. andar.

78
Ainda não ha muito se descobriu casualmente a antiga
fossa que servia para o Convento e que communicava
provavelmente com o grande conductor de alvenaria que
pelo dorso da montanha ia vasar os detrictos e aguas
servidas no mar, pouco mais ou menos no logar chamado
ainda Guindaste dos Padres.

Foi um mestre de obras quem encontrou esta fossa, sob


um assoalho que tinha recebido uma camada de cimento,
e ella se acha actualmente por baixo de uma parte do
Gabinete de Chimica Analytica.

A velha cripta dos Jesuitas está ainda lá muito ignorada


e abafada no meio de uma multidão de entulhos ignóbeis;
os seus sepulchros rasos, os carneiros, como leitos feitos
no muro, e o seu tecto de estuque já muito maltratado,
mas onde num canto se percebem ainda vestígios de uma
pintura, lá existe em baixo da antiga bibliotheca, logo ao
nível da terra, em frente do moderno Pavilhão de
Anatomia da Faculdade e por detras da Sala de Direcção
que fica a cavalleiro da montanha da Faculdade e por
detrás da sala e das obras do Plano Gonçalves.

Lá descemos, Munhoz Góes e eu, quando procuramos um


dos subterrâneos que a tradição diz existirem na
Cathedral, trabalho em que perdemos infructiferamente
até agora tempo e esforços.

E' a Bahia histórica, do tempo dos Vice-Reis, com as


suas intrigas de que se queixam tantas Cartas ao Rei e os
seus cuidados pelo desbravamento e pela defesa da terra.

A Cella de Vieira também alli se vê ainda ao lado do


grande corredor que leva á sachristia e por cima da
crypta destas peças é a mais conhecida pela vulgarisação

79
que este Instituto deu ao celebre Padre quando promoveu
as festas commemorativas do seu centenário.

Pretendemos hoje, o nosso consócio Munhoz Góes e eu,


nos occupar da Capella, que é uma jóia architectonica
internamente.

Era a capella particular dos Padres e parece que foi


construída com o Collegio de 1551 em diante.

Eu ainda conheci o primitivo corredor e penso que a


soleira de pedra escura, tirada daqui, da costa, cavada
pelo attrito dos pés, é a primitiva e a mesma que foi
pisada pelos luminares da Ordem no Brasil.

Ainda há pouco tempo alli se achava a grande c


esplendida cadeira de jacarandá, a cadeira do Padre
Vieira, que se encontra hoje no Seminário de Santa
Thereza para onde foi transferida.

A Capella está encravada nas construcções da


Faculdade, e quem sobe a escada de mármore em curva,
que hoje dá accesso ao 1º. andar passa ao lado della.

Uma porta antiga de almofadas com 3 metros e 30


centímetros de altura e 1 metro e 90 centímetros de
largura oferece ingresso ao visitante.

A peça toda tem da soleira até a maior reintrancia do


Altar que lhe fica em frente 18 metros e na largura mede
8 metros e 2 centímetros.

As paredes têm, tanto de um lado como de outro, 2


metros de espessura.

Deve-se addicionar ao cumprimento mais 2 metros e 95


centimetros que é o que corresponde ao altar.

80
Toda a peça é assoalhada.

A Capella tem cm torno, desde o rodapé até 1 metro e 25


centímetros de altura, uma faixa de azulejos
representando uma série de escudos, todos de assumptos
religiosos, cxtrahidos do Evangelho.

O1o. à esquerda do altar representa o Agnus Occisus;

O 2º. Quasi Plantalia Rosae;

O 3o. Puteus Aquarum;

0 4. Turris David;

O 5º. Speculum Sine Macula;

O 6o. Stella Maris;

O 7º. Electa Ut Sol;

O 8º. Pulcha Ut Luna;

O 9º. Quasi Palma;

O 10º. Quasi Oliva;

O 11º. Fons Signatus;

O12o. Teplum Dei;

O 13º. Ortus Conclusus;

O 14º. Aperti Sunt Oculi.

Entre os escudos, os desenhos dos azulejos representam o


seguinte:

O 1º. restos de um arco romano;

81
O 2º. um viajante apoiado em um bordão, tendo diante
de si um poço ;

O 3º. um homem andrajoso com um cão;

O 4º. uma mulher numa estrada também apoiada em um


cajado;

O 5º. um velho sentado em uma pedra;

O 6º. um moço seguido por um cão enorme;

O 7º. representa o Lazaro;

O 8º. um homem com um púcaro;

O 9º. representa um mutilado ;

O 1 0° uma torre diante da qual passam navios;

O 11º. é um menino acompanhado por um homem com


um volume nas costas subindo uma ladeira;

12º. um rio, no qual passam escaleres e ao fundo veem-se


edifícios grandiosos.

Acima da faixa de azulejos entre estes e a cornija


dourada segue-se um espaço de parede caiada que mede
2 metros e 40 centimetros de alto; no meio desta parede
abrem-se 3 janellas de cada lado, todas eguaes, tendo 2
metros e i decimetro de altura e de largura i metro e 94
centimetros.

De cada lado da porta acham-se duas pias de pedra


vermelha, arredondadas e muito elegantes, tendo 45
centímetros no maior diâmetro e 30, no menor.

Foram feitas com a mesma pedra vermelha das pias da


Cathedral, sendo para notar que esta pedra vermelha que

82
se encontra em alguns edifícios dos séculos 16 e 17 aqui,
parecem ter sido tiradas de Valença e proximidades onde
affirma pessoa de credito haver quantidade d'ella, que
era extrahida e trabalhada nos tempos coloniaes.

N\o alto da parede corre uma larga cornija dourada em


alto relevo, formando arabescos, sustentada por 10
cabeças de anjos, cinco de cada lado. Faltam ainda as
duas da Cornijas do Altar.

O tecto é uma belleza ; grandes quadrados pintados de


cores fínas em que predominam o castanho, o preto sobre
um fundo branco dão-lhe muita riqueza e valor; é pena
que este tecto ja esteja estragado, é mesmo a parte mais
estragada da Capella.

A viveza porém das tintas, a sobriedade e perfeição do


desenho, a boa qualidade do óleo empregado, talvez o de
nozes, tornam muito interessante este trabalho de arte,
não só pelo que foi esculpido na madeira propriamente
dita, e que é provavelmente cedro, como pelo valor da
pintura.

Estes quadrados estão dispostos em 3 filas; o


revestimento de madeira que os separa é todo esculpido
em baixos relevos representando cachos de uvas, volutas
entrelaçadas, etc. ; nas pontas de juncção dos quadrados,
ha maçanetas pintadas e douradas, entre elles correm
linhas dentadas esculpidas na madeira, pintadas de
branco, ladeadas por frisos dourados.

Nos intervallos deixados entre os quadrados e as duas


cornijas formaram-se grandes triângulos, em que se
levantam florões em alto relevo dourados, sobre fundo
branco, alternando com outros triângulos em que se
levantam também em relevo, ainda mais elevado, grandes

83
ornamentos dourados, á semelhança de capiteis, sendo
dito de cada lado e quatro no fundo.

Abaixo desta cornija ha uma outra também toda


dourada. Alguns podem consideral-as como uma só peça
architectonica.

Nós as consideramos separadas para facilitar o trabalho


e tornal-o mais methodico.

Ha ainda outro motivo. Entre as duas fizeram uma serie


de telas, ao lodo 20: 8 de cada lado e 4 no alto da parede
da entrada, onde foi praticada a porta; os painéis que
são todos bons, se bem que não tão finos como os que
adornam a magnifica Sachristia da Cathedral, estão
entre estas duas faixas de altos relevos de magníficos
arabescos dourados em que a pintura foi combinada com
muito gosto, porque tanto as telas como os arabescos,
apezar do seu excesso de ouro, destacam-se sobre o
fundo branco.

No fundo esta o altar; altar mór, não sei se deva chamar


porque é o único da Capella.

Elie é constituído por duas fileiras de columnas lisas


cobertas de arabescos com relevos altos, dourados cujos
pedestaes têm de largura 7 decimetros e de altura 8.

São 6 columnas, 3 de cada lado, que avançam formando


o espaço onde se acha o altar com a largura de 67
centímetros.

As bases destas columnas avançam sobre a plataforma


do altar 60 centímetros. Ellas medem 2 metros e 7
decímetros de altura e são todas de cedro dourado.

84
No meio, sobre a plataforma do altar, mais levantado,
fizeram um nicho com 2 metros e 4 decímetros de altura,
e por sobre este um outro menor sustentado por 4
columnatas terminadas por maçanetas grandes
douradas.

Destas 4 columnatas duas são mais salientes e duas mais


reintrantes; entre ellas quatro cabeças de anjos
esculpidas na madeira e pintadas.

Por cima das columnas grandes que ladeiam os nichos


há dous anjos de cada lado sustentando arabescos.

O vértice do altar, no alto, sobre o nicho menor há


grande ornamento todo dourado ao qual entretece e de
onde escapa uma grande fita de ouro.

No nicho superior encontra-se ainda uma imagem de


cerca de 1 metro e 60 centímetros de altura, talvez S.
Ignacio de Loyola com os paramentos sagrados, tendo na
mão um livro aberto onde se lê escripta em grandes
caracteres a divisa da ordem — « AD MAJOREM DEI
GLORIAM » . Este livro repousa sobre um capitel
formado pela cabeça de um anjo e terminado
inferiormente por um plano inclinado de escamas
douradas.

O nicho grande, que fica por baixo do de S. Ignacio, é


dedicado á Virgem.

Na cornija que separa os dois nichos, no ponto


correspondente ao alto do nicho da Virgem, ha um
escudo azul e ouro com a seguinte inscripção — «MARIA
ASSUMPTA EST IN COELUM».

85
Mais abaixo no retábulo que forma a base do altar há
dous escudos pintados de escuro sobre fundo branco com
a incripção - « RELIQUIAE SANCTORUM».

Aqui ha poucos arabescos.

Sobre elle, porém, o Sacrário é todo de ouro e


ornamento; elle tem 1 metro e 35 centímetros de altura.

O crucifixo de madeira tem i metro e 4 decímetros

O nicho em que está a imagem da Virgem, todo de cedro


dourado, tem 90 centímetros de fundo.

O Santo Ignácio tem 1 metro e 45 centímetros e o nicho


em que elle se acha 1 metro e 70.

Nos outros dois nichos contíguos ha também duas


imagens de santos; o da esquerda com 75 centímetros de
altura; e o da direita com 95 centimetros ; os dois outros
nichos externos ( pois são 5 ao todo ) estão vasios.

Suppõe-se que nesta Capella existem os ossos do grande


Anchieta, pois se sabe que tendo o illustre Jesuíta
fallecido no Espirito-Santo foram os seus restos
transladados para a Bahia, não se sabendo ao certo onde
pararam.

Parece que em Roma mesmo, os que dirigem a Ordem


acreditaram até há bem pouco tempo que na Capella do
Collegio estivessem os ossos de José de Anchieta, pois o
Padre Tadei recebeu ordem do Geral da Companhia
para vir explorar as paredes da Capella do lado do
Evangelho.

86
Entendeu-se aquelle Padre com o Director da Faculdade
e foram levantados alguns dos azulejos da parede do
lado esquerdo sem resultado algum.

Quando andamos estudando a Capella, Munhoz e eu


sondamos todas as paredes sem que o som revelasse
haver n'algum ponto o esconderijo procurado, porque,
sendo muito antiga a ligação dos azulejos ao muro, a
argamassa muito secca dá por toda a parte a mesma
sonoridade de parede oca sem que o esteja realmente.

E' crívei que aquelles preciosos restos se achem em uma


das Capellas da Cathcdral, talvez na parede ao lado
esquerdo da própria Capella mór.

Dr. Braz do Amaral.

87
 1887 – Coriolano Barreto de Burgos, em 10.12.

(24.12.1860 – 08.10.1941)

Camara de Lavras Diamantinas - Bahia

Presidente da “Sociedade Beneficência Acadêmica”


(fundada em 15.09.1872)

Médico do Serviço Sanitário – Salvador

Inspetor Sanitário – São Paulo

1º. Diretor do “Hospital de Isolamento de São Paulo” (até


1895)

Diretor do “Hospital Ana Cintra” – Amparo – SP (1895-


1941)

Membro e Presidente da Camara

Denomina rua do Bairro de São Lourenço, Amparo, São


Paulo.

Nesta data, pela 1ª. vez no Brasil, na Faculdade de Medicina da Bahia, se


graduou em Medicina, uma mulher – Rita Lobato Velho Lopes (09.06.1866 –
06.01.1954), 3ª. mulher graduada pela FMB.

A 1ª. mulher graduada por Faculdade de Medicina do Brasil, a Faculdade


de Medicina do Rio de Janeiro, foi uma Parteira – Marie Josephine Mathilde
Durocher (06.01.1809 – 25.12.1893) francesa que recebeu a “Carta de Parteira”, em
1834 e foi também a 1ª. mulher membro da “Academia Imperial de Medicina”.

Na FMB, igualmente, as duas primeiras mulheres diplomadas foram


Parteiras, então o único curso dado pela FMB acessível às mulheres.

88
A 1ª. foi Joanna Maria Vieira (1821 - ), em 11 de novembro de
1843, a 2ª., Maria Leopoldina de Souza Pitanga (16.08.1823 - ),que concluiu o
curso em 09 de Novembro de 1847, mas cujo registro de diploma na FMB é datado de
12 de dezembro de 1856. (Livro 1 de Registro de Diploma,verso da página 203).

Uma 3ª. mulher, Amélia Marques Silva, matriculou-se em 1861 no curso


de obstetrícia, mas não graduou-se (Fortuna “Curso de Obstetrícia da FMB”, dados
não publicados).

Ao ser permitido o ingresso no curso médico, as primeiras mulheres a se


matricularem nele o fizeram em 1881 na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro e
foram elas Ambrosina de Magalhães (18 - ) e Augusta Castelões Fernandes (
18 - ), que não se graduaram.

A seguir, matricularam-se também na Faculdade do Rio de Janeiro no curso


de Medicina, Antonieta Cezar Dias (12.01.1868 - ) graduada em 21.12.1889,
Ermelinda Lopes de Vasconcellos (23.09.1866 – ), graduada em 26.12.1888 e Rita
Lobato Velho Lopes.

A última, Rita Lobato, posteriormente transferiu-se para a FMB, onde


adiantou-se cursando várias matérias, concluindo o curso em menos tempo e obtendo o
titulo de Doutora em Medicina, em 1887.

Foram suas contemporâneas na Faculdade da Corte, Amelherga Trindade,


Catarina Carlota Cremer Walter, Elisa Borges Ribeiro, Ernestina Emília da
Fonseca, Judith Santos, Maria Amélia Cavalcanti Albuquerque e Maria Torrezão
Sue Surville, que diplomou-se em Farmácia (Silva, 1954).

Na FMB, Rita Lobo foi contemporânea de Anna Tourão Machado (Ana


Machado Marinho Falcão, primeira mulher a realizar exames de verificação de título
em Medicina na FMB, em 1890, e 1ª verificação de título encontrada a obter o conceito
“distinção”), de Amélia Pedroso Benebien que graduou-se em 28 de março de 1890,
da injustiçada Ephigenia Veiga, graduada em 04 de dezembro de 1890, de Francisca
Barretto Praguer ( Francisca Praguer Froes) 1ª parteira da FMB, 1ª Mulher
Docente da FMB , como Auxiliar de Ensino, de Glafira Corina de Araujo graduada
em 1892, tanto em Medicina como em Farmácia, sendo a 1ª mulher a obter o título de

89
Farmacêutica na FMB, 2ª. mulher Docente da FMB, sendo a 1ª. Professora de
Pediatria (Interina) em 1895 (Fortuna “Verificação de Títulos na FMB” “Professores
da FMB”, “Curso de Farmácia da FMB”, “Curso de Obstetrícia da FMB”, dados não
publicados).

 1888 – Guarino Aloysio Ferreira Freire, em 15.12.

(06.02.1886 - )

Bahia

Delegado de Higiene de São Carlos do Pinhal – 1892

 1889 – Antonino Baptista dos Anjos, em 07.12.

(23.04.1866 - 01.04.1920)

Bahia

Primeiro Professor contratado do Curso Anexo de


Odontologia da Faculdade de Medicina da Bahia, na
função de Preparador e Diretor do Instituto
Odontológico nomeado em 21 de Fevereiro de 1891, com
posse em 08 de março.

Professor Substituto Interino da 5ª. Seção, nomeado em


28.10.1903, posse em 11.11.

Professor Substituto da 5ª. Seção, nomeado em


06.06.1907, posse em 16.07.

Professor da Cadeira de Patologia Cirúrgica, nomeado em


28.01.1909, posse em 22.04.

Professor Ordinário da 1ª. Cadeira de Clinica Cirúrgica,


12.11.1913.

90
Professor Catedrático da 1ª. Cadeira de Clinica Cirúrgica,
1915.

Lente Catedrático de Higiene do Ginásio da Bahia, 1915.

(Albuquerque, 1920)

 1890 – José Garcia Albernaz, em 04.12.

(10.04.1865 – 1915)

Iguape – Cachoeira - Bahia

Interno de Clinica e Policlínica Médico Cirúrgica de


Crianças.

Tenente Médico do Exército.

Médico da “Comissão Telegráfica General Bormann”.

Diretor do Hospital Militar da Bahia 1913 – 1915.

Ano de graduação em Medicina, pela FMB, da primeira mulher baiana -


Ephigenia Veiga (batizada em 30.07.1869, com 2 meses), que foi interna da cadeira de
Clinica Obstetrícia e Ginecológica.

Vide Capítulo VI, 1930 – 2º. Volume.

 1891 – Não existe registro, em ata, de Doutorando Orador.

 1892 – Luiz Barretto Correa de Menezes, em 03.12.

(21.05.1868 – 10.10.1961)

Bahia

Ajudante de Preparador da Cadeira de Fisiologia

Interno da Cadeira de Clinica Obstétrica e Ginecológica.

Co- Assistente da Cadeira de Clinica Obstétrica.

91
Ano em que colou grau em Farmácia, na Bahia, a primeira mulher na
Secretaria da FMB, em 25 de outubro de 1892 – Glafira Corina de Araujo com o
colega Alfredo Aurélio de Castro, tendo como Paraninfo o Prof. Dr. José Eduardo
Freire de Carvalho Filho.

Neste mesmo ano Dra. Glafira Corina de Araujo graduou-se em Medicina


e, em 1895, tornou-se a 2ª. mulher docente da FMB e a 1ª. Professora da Cadeira de
Pediatria, ao ser contratada como Assistente Interina da referida Cadeira, em
05.03.1895 (data da portaria e da posse), devido ao afastamento do efetivo, por licença.

 1893 – Elias da Rocha Barros, em 09.12.

(28.09.1871 – )

S. Miguel de Campos - Alagoas

Interno da Cadeira de Clinica de Moléstias Nervosas e


Mentais.

Deputado que criou o Distrito da Paz de Pirangi, pela Lei


1402, em 23.12.1913.

Neste ano graduou-se em Medicina, Francisca Barretto Praguer


(Francisca Praguer Froes), 1ª. mulher Docente da FMB como Auxiliar de Ensino
(Moura, 1914).

 1894 – Antonio Mendes Martins Valverde, em 10.12.

(08.08.1869 – 1952)

Purificação dos Campos - Bahia

Interno da Cadeira de Clinica Pediátrica.

Vereador da Câmara da cidade de Matão, São Paulo

92
Por iniciativa do Vereador Romeu Santini, seu nome foi dado a uma rua da
cidade de Campinas, São Paulo, pelo Projeto de Lei no. 110/99, com a justificativa:
“Pretendemos com este projeto reconhecer o valor e a importância de alguém que
durante sua existência demonstrou grande senso de dever social. Através de atos que
denotavam solidariedade e respeito ao próximo, Dr. Antonio Mendes Martins Valverde
empenhava-se apara servir aqueles que dele necessitavam. Tendo em vista o acima
exposto gostaríamos de prestar uma homenagem póstuma a quem consideramos digno
de nosso reconhecimento” (29.01.1999).

 1895 – Pedro Americano Correia Filho, em 14.12.

(09.10.1877 – )

Bahia

Discurso impresso – 15 páginas

Bahia – Imprensa Popular, 1895 (Arquivo da FMB)

Página 15 “Companheiros da longa jornada que me elevastes aos cimos perigosos


d’esta tribuna de onde venho de fazer a minha profissão de fé refreados os lances do
sentimentalismo estéril, voluptuoso e subtil como uma essência oriental que por tanto
tempo destillou d’este lugar as emoções da despedida acadêmica, permitti vos repita
aquelas palavras sublimes do philosopho grego e que interpretareis a luz das
concepções modernas: Tornae-vos deuses, isto é fortificae-vos pela sciência,
aperfeiçoae-vos pela pureza, pela justiça, pela bondade; e assim preparados
subjugareis a natureza descobrindo as suas leis e tereis feito da terra um lugar de
delicias.”

Ex adjunto do Diretor do Hospital Santa Izabel da Santa


Casa de Misericórdia da Bahia, 1895.

Diretor de “O livro: hebdomadário” 1895-1898.

93
 1896 – Leocádio Rodrigues Chaves, em 19.12.

(09.10.1877 – )

Estância – Sergipe

Discurso impresso – 15 páginas

Bahia – Litto-Typo e Enc a Vapor de V. Oliveira, 1896.

(“Arquivo da FMB”)

Final: “Sejamos fortes na luta, crentes na sciência e levaremos a termo essa


perigrinação de caridade santa como a religião sublime de Christo.”

Inspetor Sanitário da Diretoria Geral de Saúde Pública –


Rio de Janeiro.

Delegado interino de Saúde. (1917)

Secretário do Instituto Oswaldo Cruz 28.03.1919.

Integrou a equipe de Dr. Oswaldo Cruz de combate à


febre amarela em Belém do Pará.

 1897 – Não houve colação de grau solene em respeito aos


colegas falecidos de doenças adquiridas durante o
atendimento no front ou nos “Hospitais de Sangue de
Salvador” às vitimas de Canudos.

Vide Anexo 1. “Canudos”

 1898 – Francisco Monteiro Alves, em 17.12.

(03.12.1874 – )

94
Rio Grande do Sul

Auxiliar Gratuito do Corpo de Saúde da “Expedição


Moreira Cezar”.

Sócio efetivo da “Sociedade Beneficência Acadêmica”.

(fundada em 15.09.1872)

Sócio benemérito da “Sociedade Protetora dos


Desvalidos”

Responsável pelo Setor Higiene – Bagé.

Major Cirurgião da 111 Brigada de Cavalaria da Câmara


de Bagé.

Vide Anexo 1. “Canudos: Academicos da Faculdade de


Medicina e Pharmacia da Bahia que atuaram nos
Hospitais de Sangue de Salvador” e “Acadêmicos da
FMB que atuaram na zona de guerra”.

 1899 – Não existe registro de colação de grau solene, nem de


Orador.

 1900 – Antonio Ribeiro do Couto, em 15.12.

(29.09.1872 – )

Minas Gerais

Interno da 2ª. Cadeira de Clínica Médica.

 1901 – Ulysses de Freitas Paranhos, em 12.04.

(15.04.1880 – )

95
São Paulo

Escritor

Membro da “Academia Paulistana de Letras”

Nesta colação de grau foi inaugurado o “Panteon” para as fotografias dos


alunos laureados da FMB, com a colocação da foto do 1º. aluno da FMB a receber este
premio – Antonio do Prado Valladares (1882 – 1938), também merecedor do
“Premio Viagem” e que seria posteriormente Professor Catedrático de Clinica Médica e
de Clínica Propedêutica Médica da FMB.

Compõem o Panteon da FMB fotografias de 25 alunos laureados, algumas


sem ter identificação do fotógrafo e outras de renomados fotógrafos que atuaram na
Bahia o final do século XIX e início do século XX, constituindo um acervo precioso de
imagens.

A foto de Dr. Antonio do Prado Valladares é de autoria de um


conceituado fotógrafo francês François Rodolpho Lindermann (1855 – após 1916),
que começou a atuar na Bahia em 1876, tendo recebido vários prêmios como “Premio
da Academia de Belas Artes da Bahia” dos anos 1880, 1883, 1885; “Premio da
Exposição Universal de Paris” 1889, tendo equipamentos fotográficos dos mais
avançados da época, sendo ainda autor de importantes registros fotográficos históricos,
como 21 clichês das “Lavras Diamantinas Baianas” (Santana, 2013).

Esta foi a única colação de grau, solene de 1901, pois 2 meses depois a FMB
foi fechada por ordem ministerial devido a um forte movimento estudantil, com greve
dos estudantes, crise que resultou no pedido de demissão do então Diretor da FMB,
Prof. José Olympio de Azevedo.

A Faculdade de Medicina da Bahia só foi reaberta no ano seguinte, 1902,


pelo Decreto de 19 de janeiro de 1902.

(Britto, 2010)

 1902 – Antonio Ribeiro Gonçalves, em 29.12.

(14.06.1887 – )

96
Piauí

Deputado Federal - Piauí

Intendente.

 1903 – Alvim Martins Horcades, em 15. 12.

(19.04.1880 – 1940)

Porto Seguro - Bahia

Líder estudantil.

Jornalista.

Vide Anexo 1 “Canudos: Acadêmicos da Faculdade de


Medicina e Pharmacia da Bahia que atuaram na Zona de
Guerra”.

 1903 – Clementino Rocha Fraga, em 19.12.

(15.09.1880 – 08.01.1971)

Muritiba - Bahia

Professor Assistente.

Professor Substituto.

Professor Catedrático de Clínica Médica da FMB, 1914.

Redator de “Gazeta Médica da Bahia” 1915 – 1934.

Transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde foi Professor da


2ª. Cadeira de Clinica Médica da Faculdade de Medicina
do Rio de Janeiro – 1925.

97
Diretor do Departamento Nacional de Saúde Pública.

Deputado Federal, 1921.

Fundador do 1º.Curso de Tisiologia do Brasil.

Membro da “Academia Brasileira de Letras”.

Vide Anexo 1 “Canudos: Acadêmicos da Faculdade de


Medicina e Pharmacia da Bahia, que
atuaram nos Hospitais de Sangue de
Salvador”.

 1904 – Diocleciano Alves de Oliveira, em 16.12.

(12.02.1884 – )

Bahia

Interno da 2ª. cadeira de Clínica Médica.

Membro da “Comissão de Medicina e Sciência


Acessórias do Grêmio dos Internos ”

Nome de rua em Cajuru - São Paulo

Neste ano, pela 1ª. vez, foi graduada uma mulher pela Escola de Odontologia anexa à
Faculdade de Medicina da Bahia – Alice Sampaio (28.03.1886 – 19....).

No Ocidente, a 1ª. mulher a obter graduação em Odontologia foi Lucy


Beaman Hobbs (Lucy Hobbs Taylor – 14.03.1833 – 03.10.1910), que após ter sido
recusada sua tentativa inicial de matricular-se em Faculdade de Medicina, realizou
estudos privados, após os quais, abriu um consultório odontológico, em 1861. Após 4
anos de atuação profissional, foi aceita como membro pelo “Iowa College of Dental
Surgery” em 1865, ano em que também foi admitida pelo “Ohio College of Dental
Surgery”, onde diplomou-se “Doutora em Medicina Dentária”, em fevereiro de 1866.

98
A 1ª mulher brasileira graduada em instituição do Brasil de ensino de
Odontologia foi Isabella Von Sydow (13.06.1875 – 15.06.1947) na Faculdade de
Medicina do Rio de Janeiro, em 18 de fevereiro de 1899. (Cunha Salles, 1952.).

Trinta e oito anos após Dra. Lucy Hobbs diplomar-se e cinco anos após a
diplomação da Dra. Isabella Von Sydow, a FMB graduou como Cirurgiã Dentista a
1ª. mulher baiana – Alice Sampaio. (Fortuna, “Curso de Odontologia da FMB”, dados
não publicados).

 1905 – Ano em que ocorreu o 1º.incêndio sofrido pela FMB. Não há


registro de ata de colação de grau solene.

 1906 – Diógenes d’Almeida Sampaio, em 22.12.

(17.03.1885 – 19...)

Bahia

Tornou-se Professor Substituto da cadeira de Química da Faculdade de


Medicina do Rio de Janeiro.

Foi um dos auxiliares do Prof. Julio Afrânio Peixoto na organização, em


1917, de um Curso de Especialização em Medicina Pública, que devido à forte
oposição desencadeada pelos Legistas da Policia só sobreviveu um ano.

 1907 – Thomé Izidoro Dias da Silva, em 21.11.

(04.04.1882 - )

Pernambuco

Membro da Diretoria Provisória, na função de Secretário, criada pela


“Congregação da Escola de Farmácia de Pernambuco”, em 05.10.1914 para elaborar
os Estatutos da futura Faculdade de Medicina.

Obteve doações para a criação da Faculdade de Medicina de Recife da qual


foi o 1º. Professor da cadeira de Clinica Ginecológica.

99
 1908 – Aristides Pereira Maltez, em 19.12.

(31.08.1882 – 05.01.1943)

Cachoeira – Bahia

Preparador interno da cadeira de Fisiologia, 1910.

Professor Assistente da cadeira de Clinica Ginecologia, 1911.

1º. Livre Docente da cadeira de Clinica Ginecológica, 1914.

Professor Substituto da 14ª. Seção, 1919.

Professor Catedrático de Clinica Ginecológica, 1925.

Professor Catedrático do Ginásio da Bahia

Idealizador e Fundador da “Liga Bahiana Contra o Câncer”

(fundada em 13 de dezembro de 1936)

 1909– Eutychio Leal, em 18.12.

(04.03.1886 – 19...)

Bahia

Interno do Hospital de Isolamento de Mont Serrat

Interno da 1ª. Cadeira de Clinica Cirúrgica

Primeiro Livre Docente da cadeira de Clinica Psiquiátrica e


Moléstias Nervosas da FMB, em 17.03.1913.

Professor Assistente Interino da cadeira de Clinica Psiquiátrica e


Moléstias Nervosas da FMB 1912-1913

100
Diretor do “Asilo São João de Deus”

Co-redator de “Labor” – revista cientifica, política, literária e de


belas artes, que circulou de abril a setembro de 1905.

Neste ano, graduou-se em Medicina na FMB, a primeira mulher


afrodescendente – Maria Odília Teixeira. (Silva, 2011),

A primeira mulher negra a diplomar-se em Medicina em faculdade ocidental


foi Rebecca Davis Lee (Rebecca Lee Crumpler 08.02.1831 – 09.03.1895), que atuara
como Enfermeira (1852-1860) tendo tal conceito dos médicos com quem trabalhou que
lhe deram cartas de recomendação para seu ingresso no “New England Female Medical
College”, em 1860, onde se graduou em 1864, exercendo a Medicina voltada
principalmente para mulheres e crianças pobres, apesar das enormes dificuldades que
enfrentou pela postura racista do meio médico e da sociedade americana.

Dra. Rebecca Crumpler é autora de “A Book of Medical


Discourses” (1883), a 1ª. publicação de uma médica negra no Ocidente.

Também 2 outras mulheres afrodescendentes formaram-se em


Medicina nos USA pouco depois, em 1867, graduou-se Rebecca J. Cole (16.03.1846 –
14.08.1922) e a seguir Susan Mckinney Steward (1847 -17.03.1918) e somente na
segunda década do século XX, a primeira mulher negra, nos USA, dirigiu uma Escola
de Medicina – Dra. Barbara Roos Lee (1942 - ).

A 1ª. dentista afrodescendente a diplomar-se nos USA foi a Dra. Ida


Gray (1867 – 1953) pela Universidade de Michigan.

A sétima mulher diplomada em Medicina pela FMB e a 1ª. graduada


no curso médico do século XX, na FMB, foi uma neta de escravos Maria Odília
Teixeira (05.03.1884 – 1964), posteriormente de sobrenome Lavigne por casamento,
que se tornaria em 1914 a 1ª. mulher médica negra Docente da FMB na função de
Parteira da Maternidade Climério de Oliveira, na época, por lei, Auxiliar de Ensino.

No Decreto 8659, de 05 de Abril de 1911 está: “Constituição dos


Corpos Docentes, Professores Ordinários, Extraordinários, Effectivos e Honorários,
Mestres, Livres Docentes e Auxiliares de Ensino são os Preparadores, os Assistentes,

101
as Parteiras e os Internos da clinicas cujas nomeações e deveres serão definidos em
regulamentos especiais.”

Dra. Maria Odília Teixeira foi nomeada Parteira da Maternidade


em 28 de Novembro de 1914 exercendo a função até 17 de agosto de 1917, quando
solicitou exoneração. (Fortuna, “Professores da FMB, dados não publicados.”)

 1910 – Não há registro de ata de colação de grau solene, nem


de Orador de Turma.

 1911 – Ano de reforma do ensino promovida pelo Decreto


8659, de 05 de abril de 1911.

Não há registro de ata de colação de grau solene, nem


de Orador de Turma.

 1912 – Idem

 1913 – Anthero de Lucena Ruas, em 27.12.

(20.11.1884 - )

Minas Gerais

Tem o nome em rua (avenida) na cidade de Pedra Azul


(Minas Gerais).

Prefeito de Pedra Azul de 01.01.1919 a 31.12.1920

de 17.05.1927 a 03.10.1930

de 15.12.1930 a 10.07.1936

 1914 – Silio Boccanera Netto, em 24.12.

(31.03.1892 - )

Bahia

Bacharel em “Sciências e Letras”

102
Interno do Gabinete de Hidro-Eletro-Terapia do
Hospital Santa Izabel da Santa Casa de Misericórdia
da Bahia.

Professor Assistente Extranumerário da 3ª. Cadeira de


Clinica Médica – 11.06.1917.

Médico do Hospital São João Baptista da Lagoa – Rio


de Janeiro.

Quando acadêmico de Medicina atuou na opereta “Viúva Alegre”,


no papel de Lolo, encenada por estudantes dos cursos superiores de Salvador, em
29.07.1912, com a finalidade de angariar recursos para a estátua do Barão do Rio
Branco.

(Boccanera Junior, 2008)

 1915 – Eduardo Pimentel Maia Bittencourt, em 24.12.

(05.04.1890 - )

Bahia

Médico legista da Policia do Distrito Federal

Chefe do laboratório de Toxicologia.

 1916 – Elysio Gomes de Figueiredo, em 26.12.

(02.02.1892 – 17.10.1975)

Crato – Ceará

Médico do Hospital São Francisco – Crato – Ceará

Professor de Física e Química

Inspetor Escolar Federal

103
Denomina rua na cidade de Crato e uma ala do
“Hospital Manuel de Abreu.

Este ano de 1916 foi o ano de graduação do 1º. Agraciado com o


Premio Alfredo Britto – Dr. Afrânio Pompilio Bastos Amaral ( também merecedor dos
prêmios “Pantheon” e “Viagem”), futuro Diretor do Instituto Butantan, São Paulo.

Vide 1º. Volume – 1916 – 1923 e 2º. Volume – 1925 - 1941

 1917 – Edgard Rego Santos, em 20.12.

(09.01.1894 – 03.06.1962)

Salvador - Bahia

Membro da Diretoria Central da “Legião dos Médicos


para a Vitória”.

Professor Catedrático de Clínica Cirúrgica

Diretor da FMB

Fundador e 1º. Reitor da UFBA

Ministro da Educação

Patrono da cadeira no. 17 da “Academia de


Odontologia da Bahia”.

 1918 – Ano da “Lei Jeronymo Monteiro” ou “Lei das


Promoções” (Lei 3454, de 06.01.1918).

A graduação obedeceu ao Artigo 8º. Letra F da Lei


3454, de 06.01.1918, combinado com a Resolução do
“Conselho Superior de Ensino” no Parecer no. 13,
aprovado em 16.02.1918.

Não há registro em ata de graduação solene.

104
 1919 – Waldemar Luiz da Rocha, em 15.01.

(13.09.1896 - )

Bahia

Auxiliar de Secretaria da FMB,13.06.1919.

Professor Assistente da 2ª. cadeira de Clinica Médica,


1920.

José Leite Maranhão, em 20.12.

(10.08.1894 - )

Ceará

Prefeito de Fortaleza, 1947-1948

Um dos fundadores da “Fundação da Sociedade de


Assistência aos Cegos ” de Fortaleza – Ceará – 1942.

Membro do Conselho Deliberativo da “Fundação da


Sociedade de Assistência aos Cegos”.

 1920 – Cézar Augusto de Araujo, em 22.12.

(17.05.1898 – 04.12.1969)

Bahia

Professor Assistente Interino da 1ª. cadeira de Clínica


Médica, 1921.

Livre Docente, 1927.

Professor Catedrático da 3ª. cadeira de Clinica Médica,


1949.

105
Integrante da “Comissão de Ação Junto aos Poderes
Públicos” da “Legião dos Médicos para a Vitoria”

Fundador da “Sociedade de Tisiologia da Bahia”, 1939.

Editor da Revista “Revista de Tisiologia da Bahia”

Diretor Geral do Departamento de Saúde da Secretaria


de Saúde e Assistência.

Diretor do Hospital Sanatório Santa Terezinha, 1942 –


1946.

 1921 – Alexandre de Moura Castilho, 23.12.

(Livro de Registro de Diplomas)

Alexandre Moura de Castilho (Tese –“Da Etio –


Pathogenia do Syndromo de Little” Bahia – Imprensa
Official do Estado – 1921)

(25.07.1898 - )

Bahia

Interno do Hospital da Brigada Policial

Auxiliar da cadeira de Clinica Ortopédica Pediátrica e


Cirúrgica

Médico Sanitarista – São Paulo

Inspetor de Leite – Sorocaba

Capitão Médico do Exército (aposentado em


23.02.1944).

106
 1922 – Eduardo de Sá Oliveira, em 20.12.

(26.06.1897 – 08.11.1982)

Salvador - Bahia

Professor Assistente da cadeira de Anatomia, 1927.

Livre Docente da cadeira de Clínica Cirúrgica, 1931.

Professor Catedrático de Clínica Cirúrgica, 1942.

Professor Catedrático de Escola Normal.

Membro fundador do Instituto Bahiano de História da


Medicina e Ciências Afins.

Membro da “Academia de Medicina da Bahia”.

Memorialista da FMB, 1942.

 1923 – Herbert Parente Fortes, em 19.12.

(09.11.1897 – 04.09.1953)

Piauí

Interno da 1ª. cadeira de Clínica Médica.

(Deixou o exercício da medicina após amputar um


braço)

Professor do Colégio Pedro II.

Eminente Filólogo, Lingüista.

Jornalista.

107
Autor de:

 Transformismo, Lingüística e Léxico


Estudo e Reflexões Sobre a Língua
Portuguesa.

Bahia, 1924

 Filosofia da Linguagem – 1956

Denomina rua na cidade de Teresina.

Teve participação na Ação Integralista Brasileira.

Observação: Manuel da Silva Lima Pereira foi Orador


Resignatório

(10.06.1899 - )

Rio de Janeiro.

Informação existente na sua tese doutoral de titulo “A Margem de um


Caso Cirúrgico” – Bahia – Estabelecimento dos Dois Mundos, 1923.

Foi interno da 3ª. cadeira de Clínica Cirúrgica.

Interno Auxiliar da “Maternidade Climério de


Oliveira”.

Vice Presidente da “Sociedade Acadêmica Alfredo


Britto”.

Dr. Manuel da Silva Lima Pereira foi o criador do


“Premio Manoel Victorino”, que traz o nome do seu
genitor Prof. Dr. Manoel Victorino Pereira, que na sua
1ª. fase foi concedido de 1945 a 1970 (Cruz, 2008).

Foram seus ganhadores:

 1945 – Antonio Pereira Campos, em 02.12.

108
(22.04.1922 - )

Paracatuba – Ceará

(Cruz, 2008).

 1946

 1947 – Dulce Sampaio Tavares

(21.09.1921 - )

Bahia

1ª. Mulher a obter o “ Premio Manoel Victorino”

Na ocasião pronunciou o seguinte discurso:

“A todos nós ocorrem situações as quais não podemos nos esquivar e


como diz Maranon “ às vezes é necessário que as circunstancias nos
impulsionem para fazer coisas de que de outra maneira não faríamos”.
E é por cincunstancias tais, meus senhores, que me vejo compelida a vos
dizer algumas palavras neste momento em que acabo de receber o
Prêmio Manoel Victorino.

Manoel Victorino é o nome de um dos mais ilustres professores desta


Casa, cuja personalidade marcante não poderá ser esquecida. Fez-se
por esforço próprio. Tornou-se grande na Ciência e na Política, não
desempenhou uma função menos relevante. Nome que se impôs por tão
elevadas qualidades de certo não se apagará do espírito da nossa
Escola com renovar de gerações.

E numa homenagem especial o seu nome será constantemente


relembrado como um nobre exemplo a imitar e um elevado incentivo aos
moços. Bem sei que se não fora o critério adotado para a escolha do
premio alguns dos meus colegas poderiam com vantagem me substituir.

A matemática não consegue resolver certos problemas. Portanto quero


patentear a minha admiração por esses colegas que não se acham aqui,

109
mas que vem se destacando no curso da vida acadêmica por seus
trabalhos científicos, omitindo nomes por não me sentir capaz de tal
julgamento.”.....

Dra. Dulce Sampaio Tavares foi médica do atual Hospital Prof. Edgard
Santos, onde por muitos anos foi chefe do arquivo. Realizou Curso de
Especialização em Psiquiatria, tendo trabalhado no Departamento em
que esta inclusa esta disciplina na FMB.

 1948 – Mário Augusto Jorge de Castro Lima.

O discurso de agradecimento que pronunciou quando recebeu o prêmio


existe publicado em “Discursos, Diretrizes Ministeriais, Sátiras e
Preces de Acadêmico ...Uma vida..” .(Obra Barroca)

Edição Limitada.

 1949 – Luiz Fernando Seixas de Macedo Costa

 1950 – Geraldo Rocha

(Comunicação Verbal – Cruz, 2012)

 1951 – Raul de Aguiar Ribeiro

(Comunicação Verbal – Cruz, 2012)

 1952 – Carlos Lopes Bastos

(Comunicação Verbal – Cruz, 2012)

 1953 – Mary Reis Laranjeira

(Comunicação Verbal – Cruz, 2012)

 1954 – Heonir de Jesus Pereira da Rocha

 1955 – Carlos Correa de Menezes Sant’Anna

110
 1956 – Daudete Gonçalves Pastor

 1957 – Luciano Pedreira de Cerqueira

(Comunicação Verbal – Cruz, 2012)

 1958 – Wanilda Lucia Carneiro Amaral

(Comunicação Verbal – Cruz, 2012)

 1959 – José Duarte de Araujo

 1960 – Euler de Medeiros Azaro

 1961 – Annibal Magalhães Bittencourt

 1962 – Marilda Menezes Silva

 1963 – Edilberto Olivalves

 1964 – Thomaz Rodrigues Porto da Cruz

 1965 – Myriam de Oliveira Athayde

 1966 – Lucio Freitas Soares de Azevedo

 1967 – Luiz Carlos Senna Carvalho dos Santos

 1968 – Severino Pereira Cortizo Bouzas


(comunicação verbal obtida com o
historiador Prof. Dr. Lamartine Lima)

 1969 – Manoel Caetano Costa Ferreira


Rodomilans

 1970 – Mário Sérgio de Carvalho Bacellar

111
 1924 – José de Faria Góes Sobrinho, em 27.12.

(03.10.1901 – )

Bahia

Diretor da “Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras”


– Rio de Janeiro - 1949-1955

Membro da “Comissão de Planejamento e


Programação das Atividades do Instituto de Estudos
Avançados em Educação”

 1925 – Álvaro de Mello Doria, em 26.12.

(07.04.1903 - )

Alagoas

Interno da cadeira de Clinica Neuriátrica

Um dos fundadores do “Partido Popular Progressista”,


em 22.08.1947.

Professor da FMB – 1942

Professor de Medicina e Odontologia Legal da


Faculdade Nacional de Medicina do Rio de Janeiro.

Capitão Médico do Exército

 1926 – João Ignácio de Mendonça, em 28.12.

(08.02.1903 - )

Bahia

112
Auxiliar da 3ª. cadeira de Clínica Médica, 1923-1925

Auxiliar da cadeira de Clínica Propedêutica Médica,


1925

Auxiliar Acadêmico do Hospital São João de Deus,


1926

Orador da “Sociedade Acadêmica Alfredo Britto”

Livre Docente

Fundador do Curso de Psicologia da FFCH – UFBA

Professor da Faculdade de Filosofia – UFBA

Professor da Faculdade Ciências Econômicas UFBA

Professor da Escola de Belas Artes

 1927 – Hosannah de Oliveira, em 27.12.

(22.09.1902 - 29.04.1997)

Belmonte - Bahia

Livre Docente de Clínica Pediátrica Médica e Higiene


Infantil, 1935.

Professor Assistente em Comissão, 1938-1940

Professor Assistente Extraordinário, 1943

Chefe de Clínica, 1944

Professor Catedrático Interino de Pediatria, 1945-1946

Professor Catedrático de Pediatria, 1947

Diretor Interino da FMB, 1953-1955

113
Professor Emérito, 1972

Integrante da “Comissão Para Angariar Donativos” da


“Legião dos Médicos para a Vitória”

Medalha de Ouro UFBA

 1928 – Herman de Castro Lima, em 27.12.

(11.05.1897 - 21.07.1981)

Ceará

Auxiliar da Presidência da República do Brasil, 1933-


1937

Delegado do Tesouro do Brasil na Inglaterra

Escritor

Autor do livro: “Tigipó”, que recebeu “menção


honrosa” da Academia Brasileira de Letras.

 1928 – Cleto de Almeida Seabra Velloso, em 28.12.

(28.02.1095 - )

Bahia

Suplente de Vereador – Rio de Janeiro, 1958

Escritor

 1929 – Ruy de Lima Maltez, em 26.12.

(01.12.1905 - )

114
Arraial do Rio Fundo – Nazaré

Professor Assistente Extraordinário da cadeira de


Clínica Ginecológica, 1932.

Membro Fundador da “Academia de Medicina da


Bahia” e o 2º. Secretário da 1ª. Diretoria da mesma.

Co-fundador da “Liga Bahiana contra o Cancer” (13 de


dezembro de 1936).

Presidente do “Núcleo Pró Hospital das Clinicas”


fundado por alunos da 5ª. série médica da FMB, em
fevereiro de 1936.

(Torres, 1946)

 1930 – Francisco Elysio Pinheiro Guimarães, em 20.12.

(14.04.1907 - )

São Paulo

Médico particular do Governador do Rio de Janeiro,


nos anos 70, do século XX.

 1931 – Walmiki Ramayana Paula e Souza de Chevalier, em


24.10.

(27.09.1909 – 03.08.1972 )

Manaus – Amazonas

Oficial do Exército na Revolução de 1932.

Membro da “Academia Amazonense de Letras”

115
1º. Professor da cadeira de Lógica da Faculdade de
Filosofia do Amazonas (criada pelo Decreto no. 50046,
de 24 de Janeiro de 1961)

Diretor de Educação, Saúde, Higiene e Assistência


Pública do Território do Acre

Secretário de Administração do Amazonas, 1961

Jornalista “Diário da Bahia”, “Imparcial”, “Diário de


Noticias” – Bahia; “A Nação”, “O Globo”, “Correio do
Brasil” – Rio de Janeiro

Patrono da cadeira no. 20, da “Academia de Letras de


Rondônia”.

1932 – Ano da invasão da FMB, com prisão Professores e


Estudantes, por ordem do Interventor Tenente Juracy Magalhães, não havendo
solenidade de formatura.

Ano do centenário da Lei de 03 de Outubro de 1832.

 1933 – Ademar Almeida Vasconcellos, em 07.12.

(08.01.1910 – 09. 03.1945 )

Alagoas

Professor de Clínica Odontológica.

Prêmio Getúlio Vargas (II Congresso Odontológico


Brasileiro).

Patrono da cadeira no. 50 do Instituto Bahiano de


História de Medicina e Ciências Afins.

Patrono da cadeira no. 14 da “Academia de Odontologia


da Bahia”.

116
 1934 – Antonio Nascimento Kilkerry, em 14.12.

(18.12.1904 – )

Bahia

 1935 – Fernando Marques dos Reis, em 05.12.

(07.12.1913 – )

Bahia

Médico do Banco do Brasil – Rio de janeiro

 1936 – Raymundo Quixadá Felicio, em 05.12.

(25.02.1913 – 26.11.1971 )

Ceará

Vice Orador do “Núcleo Pro Hospital das Clínicas”


criado por alunos do 5º. Ano do curso de Medicina da
FMB, em fevereiro de 1936.

(Torres, 1946)

 1937 – Adherbal Medeiros de Almeida, em 15.12.

(24.11.1912 – )

Bahia

Discurso impresso.

117
Número Especial em Comemoração aos 150 anos da
Faculdade de Medicina da Bahia – 1832-1982 - Ano IV
– Volume IV, outubro de 1982. páginas 237-256.

Páginas 237 – 238:

... “E então, se por falta me não accusardes, por excesso não vos
molestarei, focalizando tão só o sempre actualissimo thema da nacionalização da
medicina, em homenagem ao esforço extraordinário que se vem de há muito
empregando entre nós no sentido de estudarmos a doença no Brasil como ella aqui se
tem revelado, modificada e subordinada ao império de factores vários e decisivos,
ligados, de um lado às suas condições climáticas, ao “cosmopolitismo
physiográphico” do seu território, e doutro, as condições de alimentação e hygiene de
suas populações ruraes, condições ainda de raça, de economia, de instrução, do
saneamento hydrographico, factores que se vão dia a dia evidenciando, ao influxo de
investigações cada vez mais fecundas e à luz mesmo do progresso da medicina no
mundo inteiro.

Vale porem referido o curso desse grandioso movimento que, iniciado


na Bahia, e consolidado na realização formidável de Manguinhos, nacionalizou a
medicina experimental, permittindo a creação da chamada escola brasileira de
medicina.”

Página 243-244:

...”Sentimos, sim, é a inadaptação do ensino médico brasileiro a


pratica da medicina no Brasil, sobretudo aquella que se fará no seio inhospito de
nossas populações ruraes, minadas pela doença, desamparadas da hygiene,
carenciadas pela alimentação, angustiadas pela fome e pela miséria.

Lá se não farão curvas leucocitárias , desvios de complemento, índices


opsonicos, reações de Abderalden roentgenographicas, eletrocardiogrammas,
radioscopias, radiumtherapia profunda. Lá, tão cedo não entrarão a lâmpada cialytica
e o bisturi electrico. Lá se não pedirão curvas glycemicas dosagens de uréa, de
creatina e creatinina no sangue. Não se farão provas de Gaultier, de Katsh e Kalk, de
Sahli e de Schmidt, intubações duodenaes. Lá não se fala em reações de

118
Wassermannm, de Bruck, de Noguchi, de Bercovitz, de Farhaus-Linsenmeir, de Dorn e
de Sugarman.

O que lá se encontra é uma resistência orgânica poderosa, é um


organismo viegem da mithridatização de todos os remédios, onde o chenopodio opera
milagres, o ferro e o cobre resssucitam mascaras de phantasmas na lividez de rostos
anemiados, onde a quinina mui raro encontra resistência a sua acção parasiticida e o
azul de methyleno é medicamento poderoso.

Lá os raios X serão os dedos e os ouvidos; as queixas do paciente,a


capacidade do seu chimismo digestivo, o ácido azótico revelara a existência de
albumina na excreção renal, e no cérebro do pobre clínico se passarão as mais
complicadas reações para elucidação do metabolismo azotado. O velho candieiro a
kerosene substituirá muito bem, quando faltar a luz do sol, a lâmpada maravilhosa de
Verain.

Senhores, não maldizemos os grandes progressos da propedêutica


moderna. Elles representam o supremo objectivo da clínica, permittindo o diagnóstico
precoce, aclarando, cada dia, o obscuro limite entre a saúde e a doença,
surpreendendo os desvios incipientes do metabolismo quando grandiosa se faz a acção
da therapêutica. Que se pratiquem todas manobras propredêuticas, todos os méthodos
de exame. Que para o médico tudo se complique, quando para o doente dahi resulte a
simplificação de sua cura e para a humanidade a diminuição de suas dores.

O que queremos ainda, é que, ao lado da medicina brasileira se façam


médicos para o Brasil. Que as nossas Faculdade ministrem aos seus alumnos, alem do
cabedal scientifico indispensável ao proveito de quaesquer estudos ou investigações
que venham a empreender, conhecimento exacto das verdadeiras necessidades médicas
nacionaes ao lado de seguro discernimento e exacta orientação profissional no que
respeita a pratica médica de todos os dias.

Páginas 246-247:

E no memorial apresentado em 1930, ao Ministro Francisco de


Campos, após estabelecer o parallelismo material dos nossos serviços médicos com os
que observara na Europa, em 10 annos de permanência nos seus grandes centros

119
scientificos, e o desnivel entre o pouco que aqui se fazia e o muito que lá se praticava,
conclue por exclamar:

....” Em Paris existiam hospitaes, e citava como exemplo Broca e St.


Louis, que possuíam installações iguaes as peiores da nossa Santa Casa e
que,entretanto, eram escolas excelentes de ensino, capazes por vezes de exceder em
valor as mais perfeitas e luxuosamente montadas.”

Qual o mysterio dessa efficiência, qual a razão dessas differenças?

Questão de fácil solução. Era o mysterio do trabalho organisado, do


trabalho intenso, do trabalho contínuo. E ahi vinha a explicação máxima de todos os
nossos defeitos hospitalares, de toda nossa deficiência de ensino clinico, de todas as
falhas na nossa aprendizagem médica. E acrescentava: as salas dos nossos hospitaes
andam abandonadas, os seus chefes e internos as desertam, os estudantes não as
freqüentam, os doentes não são devidamente examinados, as suas doenças são pouco
tratadas, quase não se diagnostica, quase não se médica.

Os hospitaes são verdadeiros depósitos de doentes, onde as doenças


evoluem enigmaticamente sob o olhar carinhoso da irmã e a indiferença burocrática
do médico assistente.”

“Lendo estas linhas,lembrei-me daquella exclamação, ouvida por


todos que lá se achavam, ao lançar-se a “primeira pedra” do nosso Hospital das
Clínicas, antecipando-se a visão de sumptuoso enprehendimento em chocante contraste
com a real singeleza deste templo, de que “aquillo que lá estava, e apontava-se para
esta Escola,não merecia o nome de Faculdade.”

Página 250:

“Esta Escola é Faculdade, senhores, porque tem dado ao Brasil


médicos de valor inconfundível.”

Página 251:

“Esta Escola viverá sempre porque foi grande o seu passado.”

Página 255-256:

120
“E entre flores e luzes que já vivem a esperança e a saudade que
despontam. Despontam, abraçam-se e se despedem. Sentimentos nascidos à mesma
hora, nem por isso seguirão o mesmo destino – a saudade seguirá a estrada do
passado: a esperança, o caminho do futuro. É que a saudade é a flor do coração, e o
coração é que recorda. É que a esperança é a luz do espírito, e o espírito é que sonha.
Sonhemos, collegas, com a grandeza de nossa medicina! Sonhemos com a glória do
Brasil”.

Professor Assistente da cadeira de OtoRinoLaringologia,


1950.

Professor do 1º. Curso de Aperfeiçoamento em


Tisiologia, 1951.

Tem seu nome em rua de Ipiaú, Bairro da Conceição,


Bahia.

 1938 – Olavo das Neves de Oliveira Mello, em 05.12.

(16.11.1917 – )

Amazonas

Prefeito de Manaus, 1959-1960.

Tem seu nome em uma escola municipal e em um centro


de saúde de Manaus.

 1938 – Virgilio Lima de Oliveira, em 09.12.

(02.12.1908 – )

Bahia

Secretário Geral do “Núcleo Acadêmico Pro Hospital das


Clínicas ” fundado por alunos da 5ª. série do curso de
medicina da FMB, em fevereiro de 1936.

121
Professor Assistente da cadeira de Física Médica.

(Torres, 1946)

 1939 – Djalma da Cunha Baptista, em 09.12.

(20.02.1916 – 20.08.1979 )

Território do Acre

Escritor

Membro e Presidente da “Academia Amazonense de


Letras”

Membro do “Instituto Geográfico e Histórico do


Amazonas”

Vice Presidente do “Conselho Estadual de Cultura”,


1968-1972.

Diretor do “Instituto Nacional de Pesquisas da


Amazônia” (INPA), 1959-1968.

Foi homenageado pelo Dr. Ernest Josef Fitkau


(pesquisador alemão do Instituto Max Planck), que deu o
nome de Djalmabatista a um novo gênero de
Chironomidae (família de mosquitos da ordem Díptera
que vivem em ambientes aquáticos).

 1940 – Milton Cayres Britto, em 14.12.

(21.01.1915 – )

Bahia

Colaborador de “O Continental” importante publicação


marxista que existiu no final do “Estado Novo”.

122
Deputado pelo PCB, eleito pelo Estado de São Paulo.

 1941 – José Almachio Ribeiro Guimarães, em 13.12.

(18.02.1918 – 27.09.2009)

Bsahia

Livre Docente de Histologia e Embriologia Geral.

Doutor em Medicina, em 06.08.1853 – “Diário Official


do Estado”.

Professor Assistente da FMB.

123
ORADORES DO CURSO DE FARMÁCIA

DA

FACULDADE DE MEDICINA DA BAHIA

1872 – 1951

124
O Curso de Farmácia da Faculdade de Medicina da Bahia foi criado
pela Lei de 03 de outubro de 1832, tendo seu 1º. e único aluno matriculado em 1834,
que concluiu o curso e graduou-se em 1836, sendo ele Jozé Firmino de Araujo (1815
- ) o 1º. Farmacêutico diplomado pela FMB.

As colações de grau de Farmacêutico ocorriam sem solenidades, o que


levou estudantes do 3º.ano do curso de Farmácia da FMB, em 1868, a fazerem uma
representação encaminhada pelo Diretor da FMB ao Ministério.

O Ministério dos Negócios do Império, 3ª. Secção, em 13 de agosto de


1868, respondeu por um “Aviso” (vide anexo, no final do capítulo) com o seguinte:”Sua
Magestade, o Imperador, attendendo a representação feita pelos estudantes do 3º.anno
de Pharmacia da Faculdade de Medicina da Bahia, o requerimento que V.Sa. remetteo
com o seu officio de 11 do mês passado, há por bem que os alumnos d’aquelle curso
prestem em acto solemne, como já se pratica na Faculdade de Medicina da Corte, o
juramento constante do formulário anexo ao regulamento complementar dos estatutos
vigentes, na mesma occasião em que o prestão, e recebem o grão os que terminam o
curso médico’”. (Ministério do Império – Avizos de 1868 – 1869 – Faculdade de
Medicina da Bahia).

Começando assim a ter caráter solene as graduações de Farmacêuticos


na FMB.

Até o momento só foram localizados dois Oradores de Turma


Farmacolandos no século XIX, 1 nos primeiros anos do século XX e apenas a partir de
1943 há registros de ter havido anualmente um formando Orador da Faculdade de
Farmácia Anexa à FMB ( a denominação de Faculdade foi dada o Decreto no. 16782
A, de 13.01.1925) até o ano de 1951, quando foi realizada a ultima colação de grau
solene de Farmacêuticos da FMB.

Em 02 de abril de 1947 foi instalado o “Conselho da Escola de


Farmácia Anexa à FMB” constituído pelos Professores Privativos Elsior Joelviro
Coutinho, Galeno Egydio José de Magalhães, José Carlos Teixeira Gomes, Jose
Tobias Netto, Mauro Barreira de Alencar, Trípoli Francisco Gaudenzi e pelos

125
Professores de disciplinas não privativas do Curso de Farmácia Dr. Eduardo Lins
Ferreira de Araujo e Dr. Francisco Peixoto Magalhães Netto.

Em 1949, o Deputado e Professor Ruy Santos (15.02.1906 –


25.05.1985), apresentou à Câmara, proposta de autonomia para o Curso de Farmácia e
finalmente, pela Lei no. 1021,sancionada em 28 de dezembro de 1949, a Faculdade de
Farmácia Anexa à FMB tornou-se unidade autônoma integrando à Universidade da
Bahia (posteriormente Universidade Federal da Bahia).

(Fortuna “Curso de farmácia da FMB”, dados não publicados)

As informações sobre os Diretores da Faculdade de Farmácia foram


obtidas com a Historiadora da Faculdade de Farmácia da Bahia Profa. Dra. Florentina
Santos Diez Del Corral, 3ª. mulher Diretora da Faculdade de Farmácia da Bahia, 1988-
1992.

126
FARMACOLANDOS ORADORES DA COLAÇÃO DE GRAU

DA

FACULDADE DE MEDICINA DA BAHIA

 1872 – Carlos Alberto Tourinho, em 30.11.

(10.12.1849 – )

Bahia

 1876 – Tiburcio Suzano de Araujo, em 16.12.

(02.08.1856 – )

Bahia

Aluno Mestre pela “Escola Normal”.

Comendador pela Santa Sé.

(Querino, 2009)

 1902 – Alvim Martins Horcades, em 10.05.

(19.04.1880 – 1940)

Vide Anexo 1 “Canudos”, “Acadêmicos da FMB,que


atuaram na zona de Guerra”.

 1943 – Trípoli Francisco Gaudenzi, em 09.12.

(14.01.1912 – 12.11.2003)

Livre docente de Bioquímica Clinica, 1940.

Assistente Estrangeiro da Faculdade de Medicina da


Universidade de Paris.

127
Professor de Química Mineral do Curso Complementar
da FMB, 1938.

Professor da Faculdade de Medicina da Bahia.

Professor da Escola de Enfermagem da Universidade da


Bahia, 1946.

Professor da Faculdade de Farmácia (UFBA).

Professor da Faculdade de Filosofia (UFBA).

Professor da “Escola Bahiana de Medicina e Saúde


Pública”.

Professor do “Instituto de Ciências da Saúde”.

Professor Emérito, 1983 (UFBA).

 1944 – Galeno Egydio José de Magalhães, em 16.12.

(13.03.1908 – )

Professor da cadeira de Botânica Aplicada à Farmácia


(FMB).

Professor da cadeira de Higiene e Legislação


Farmacêutica (FMB).

Professor da cadeira de Higiene, Legislação


Farmacêutica, Deontologia e História da Farmácia
(FMB).

Professor do “Instituto de Biologia” (UFBA).

Professor Emérito, 1980 (UFBA).

 1945 – Synval da Costa Lima, em 14.12.

(12.05.1922 – )

 1946 – Newton Alves Guimarães, em 18.12.

128
(17.10.1920 – )

Professor Titular de Dermatologia

Diretor da FMB 1980-1984.

Diretor do Hospital Edgard Santos.

 1947 – Dirce Franco de Araujo, em 12.12.

(28.10.1923 – 26.09.2005)

Professora da cadeira de Farmacognosia.

Professora da cadeira de Microbiologia.

1ª. mulher Diretora da Faculdade de Farmácia

– 1963 a 1970

– 1975 a 1979

Professora do “Instituto de Ciências da Saúde”.

Professora Emérita, 2000 (UFBA).

 1948 – Maria de Lourdes Rocha, em 17.12.

(30.05.1926 – )

 1949 – Nilmar Vicente Pereira da Rocha, em 12.12.

(12.05.1927 – )

Professor da cadeira de Química Orgânica.

Diretor da Faculdade de Farmácia, 1980 – 1984.

Um dos fundadores do “Instituto de Química” da UFBA

Diretor do “Instituto de Química ” 1963-1966

1985 – 1988

129
Professor Emérito, 1999 (UFBA).

 1950 – Irineu Simões Freitas, em 18.12.

(16.11.1925 – )

 1951 – Roisler Alaor Metzker Coutinho, em 27.12.

(22.05.1928 – )

Professor da cadeira de Química Farmacêutica.

130
ORADORES

DO

CURSO DE ODONTOLOGIA

DA

FACULDADE DE MEDICINA DA BAHIA

1926 - 1951

131
O Curso de Odontologia da Faculdade de Medicina da Bahia foi
dos 4 cursos que nela existiram no século XIX, o último a ser implantado.

A oficialização do ensino de Odontologia no Brasil foi iniciada pelo


Decreto no. 7247, de 19 de abril de 1879, no artigo 24 e consolidado no Decreto no.
9311, de 25 de outubro de 1884, tendo o 1º. do Brasil começado na Faculdade de
Medicina do Rio de Janeiro.

Na Faculdade de Medicina da Bahia, o funcionamento do Curso de


Odontologia foi mais tardio, os dois primeiros Professores contratados foram Dr.
Antonino Baptista dos Anjos (23.4.1866 – 01.04.1920) nomeado Preparador do
Instituto Odontológico por Decreto de 21 de fevereiro de 1891, tendo tomado posse no
mês seguinte, 08 de março e como Professor da cadeira de Clínica Odontológica Dr.
Manoel Bonifácio da Costa (graduado doutor em Medicina pela FMB, tendo se
matriculado no Curso de Medicina em 1874, matrícula no.70, com o nome de Manoel
José da Costa, filho de Victorio Jose da Costa, nascido em 07.10.1848, diplomado
em 20 de dezembro de 1879 – Livro de Registro de Doutores e Farmacêuticos 1875 -
1880 verso da página 180 e página 181.) nomeação definida em sessão da Congregação
da FMB de 01 de Abril de 1891, com posse em 03 de abril.

As primeiras colações de grau da Escola anexa de Odontologia da


Faculdade de Medicina da Bahia ocorreram no ano de 1894. Neste ano diplomaram-se
4 Cirurgiões Dentistas:

 Amaro Martins Ribeiro (22.04.1867 - ) natural do Rio


Grande do Sul, que posteriormente alterou o nome para Amaro
Ribeiro por comunicado feito no “Diário da Bahia”, de
24.01.1894, diplomado em 01 de fevereiro de 1894.

 Jovino José Lopes (19.07.1868 - ) natural da Bahia, filho


de Balbina Rosa de Souza (segunda mulher a obter habilitação
para o exercício da “Arte Dentária” pela FMB, em 04.06.1879),
também diplomado em 01 de fevereiro de 1894, 1º. Baiano
diplomado pela FMB como Cirurgião Dentista.

132
 Deoclécio Maurício Godinho (24.05.1871 - ) natural do
Rio Grande do Sul , graduado em 24 de novembro de 1894
(Fortuna,”Curso de Odontologia da FMB”, dados não
publicados).

 Luiz Antonio de Aguiar (06.10.1872 - ), natural do Pará,


também graduado em 24 de novembro de 1894, que se tornaria o
1º. Cirurgião Dentista a obter a Livre Docência pela FMB,
tornando-se Livre Docente de Clínica Odontológica, em 18 de
março de 1914. (Fortuna e Azevedo, dados não publicados). E
que foi Professor Privativo da Escola Anexa de Odontologia da
FMB.

 Durante muitos anos os alunos do Curso de Odontologia da


FMB receberam, sem solenidades, seus diplomas a Secretaria ou
Sala da Diretoria da FMB.

Até o presente, na documentação existente no acervo da FMB, só se


localizou no ano de 1926, o possível 1º. Odotolando Orador e também Oradores em
1927, 1928, 1929, seguindo-se um hiato, e só, a partir do ano de 1943, tiveram caráter
contínuo os Odotolandos Oradores até o ano de 1951, tendo ocorrido a última
graduação de Cirurgiões Dentistas pela FMB em 13 de março de 1952, quando se
diplomaram 3 alunos.

A denominação “Faculdade de Odontologia” foi criada pelo Decreto no.


16782, de 13 de janeiro de 1925.

Em agosto de 1946, ano da fundação da “Universidade da Bahia”


(posteriormente Universidade Federal da Bahia) o “Grêmio Pro Mudança” conduzido
pelo estudante Jayme Bandeira dos Santos (graduado em 1947, membro fundador da
“Academia de Odontologia da Bahia”, cadeira 16) encaminhou ao recém criado
Conselho Universitário um “Memorial” assinado pelos Professores da Faculdade de
Odontologia Anexa à FMB, Prof. Arnaldo Rodrigues da Silveira, Prof. Elias de
Andrade Passo, Prof. João Pinheiro Brasil (Livre Docente de Clínica Odontológica,
Livre Docente de Técnica Odontológica, Livre Docente de Patologia e Terapêutica

133
Aplicadas, Catedrático Interino de Técnica Odontológica), Prof. Mario Peixoto e todos
os alunos matriculados no Curso de Odontologia pleiteando autonomia, sem sucesso.

Em 24 de março de 1947, o Deputado Federal Eloy José da Rocha


(03.06.1907 – 29.04.1999) de mandato de 1946 a 1951 apresentou “Projeto de Lei”
transformando as Faculdades de Odontologia Anexa à Faculdade de Medicina da
Bahia e do Rio Grande do Sul em instituições autônomas.

O Projeto foi aprovado e assinado pelo Presidente Eurico Gaspar


Dutra, em dezembro de 1949.

O Curso de Odontologia continuou a funcionar no edifício da FMB até


obter sede própria, tendo sua Congregação sido instalada em 11 de julho de 1952 e
nomeado o 1º. Diretor da Faculdade de Odontologia da Bahia, Prof. José Vicente
Torres Homem.

A sede própria da “Faculdade de Odontologia” foi inaugurada em 29 de


setembro de 1958.

(Fortuna, “Curso de Odontologia da FMB”, dados não publicados)

134
ORADORES

DO

CURSO DE ODONTOLOGIA

1926 - 1951

135
 1926 – Aurelino Santos Reis

(29.04.1903 – )

 1927 – Durval Miranda Matta

(19.12.1901 – )

 1928 – Florêncio Alberto dos Santos

(17.10.1901 – )

 1929 – Nelson Amancio Cunha

(15.12.1905 – )

 1943 – Moacyr da Costa Marinho

(13.09.1917 – )

Livre Docente de Clinica Odontológica

Hemilton Martins Drummond

(03.12.1917 - )

 1944 – Francisco Afranio Peixoto

(12.02.1922 – 26.01.2011)

Professor Catedrático

Poeta

 1945 – Jesse Ferreira Trindade

(02.05.1922 – )

 1946 – Antonio Lomanto Junior

(29.10.1927 – )

Vereador de Jequié, 1947 – 1950

Deputado Estadual da Bahia, 1955-1959

Deputado Federal da Bahia, 1971 – 1975

1975 – 1978

136
Senador da Bahia, 1975 – 1987

Prefeito de Jequié, - 1951 – 1955

1959 – 1963

1993 – 1997

Governador do Estado da Bahia, 07.04.1963 –


15.03.1967

 1947 – Antonio Dias Trindade

(13.04.1923 – )

 1948 – Antonio Guimarães

(16.07.1923 - )

 1949 – Antonio Azevedo

(16.05.1924 - )

 1950 – Manoel da Cunha Pacheco

(22.04.1913 - )

Secretário da Faculdade de Odontologia

 1951 – Romildo Andrade de Souza

(22.01.1928 - )

137
PARANINFOS DA COLAÇÃO DE GRAU

DO

CURSO DE MEDICINA

DA

FACULDADE DE MEDICINA DA BAHIA

1884 – 1941

138
 1884 – Prof. Manoel Victorino Pereira, em 13.12.

 Catedrático da Clínica Cirúrgica, 1883.

 Patrono da cadeira no. 34, da “Academia de Medicina da


Bahia”.

 Patrono da cadeira no. 19, da “Academia Nacional de


Medicina”.

 Patrono da cadeira no.25, do “Instituto Bahiano de História


da Medicina e Ciências Afins”.

 Memorialista da FMB 1890.

Vide Anexo 1 – “Abolicionistas nos Cursos de Cirurgia e


Medicina e Pharmacia da Bahia, que atuaram nos
Hospitais Provisórios de Salvador.”

Vide 1º. Discurso de Paraninfo

da

Faculdade de Medicina da Bahia

Reproduzido da “Gazeta Médica da Bahia”

139
1885 – Prof. Ramiro Affonso Monteiro, em 23.12.

Opositor da Seção de Ciências Médicas, 1871.

Lente de Clínica Médica, 1876.

Diretor da FMB, 1886 - 1891.

Memorialista da FMB – 1878.

Deputado Provincial.

Patrono da Cadeira no. 20 do “Instituto Bahiano de


História da Medicina e Ciências Afins”.

 1886 – Prof. Adriano Alves de Lima Gordilho, em 18.12.

Lente de Obstetrícia, 1875.

Memorialista da FMB, 1868.

2º. Barão de Itapuã.

Discurso impresso – 21 páginas

Bahia Typographica dos Dous Mundos – 1886

Final Página 20, 21 – “E agora, no momento de despedida, agora que cada um de vós
vai procurar o seu destino, permitti que d’aqui vos dirija, de evolto com o último e
saudoso abraço do mestre e amigo, três únicas palavras que traduzem os meus
sentimentos e os meus sinceros desejos: Adeus Sedes Felizes.”

(existente no “Arquivo da FMB”)

140
 1887 – Prof. Manoel José de Araujo, em 10.12.

Substituto da Seção de Ciências Médicas, 1882.

Catedrático de Fisiologia, 1885

Vice-Diretor da FMB, 1905.

Memorialista da FMB, 1893.

Vide Anexo 1: “Canudos: Professores da Faculdade


de Medicina e Pharmacia da Bahia que atuaram nos
Hospitais Provisórios de Salvador.”

 1888 – Prof. Virgilio Clímaco Damazio, em 15.12.

Lente de Medicina Legal, 1882.

Memorialista da FMB, 1880.

Diretor de “Gazeta Médica da Bhia” – 1866-1867.

1º. Governador (interino) da Bahia do período


republicano.

Patrono da cadeira no. 18 do “Instituto Bahiano de


História da Medicina e Ciências Afins”.

Discurso impresso -18 páginas

Bahia – Imprensa Econômica

Final pagina 18 – “Ide Mancebos! Ide irmãos! Ide filhos! Em nome da sciência, em
nome da caridade, em nome da pátria ide evangelisar pela fraternidade!”

(existente no “Arquivo da FMB”)

Vide Anexo 1 “Abolicionistas nos Cursos de


Cirurgia e Medicina”

 1890 – Prof. João Tillemont Fontes, em 04.12.

Adjunto da cadeira de Clínica Médica, 1886.

141
Catedrático de Psiquiatria e Moléstias Nervosas,
1890.

Memorialista da FMB, 1903.

Vide Anexo 1: “Canudos: Professores da Faculdade


de Medicina e Pharmacia da Bahia que atuaram nos
Hospitais Provisórios de Salvador.”

 1891 – Prof. Frederico de Castro Rebello, em 17.01.

Assistente da 1ª. cadeira de Clínica Médica, 1882.

Adjunto, 1883.

Lente de Clínica Pediátrica Médica e Cirúrgica de


Crianças, 1887.

Memorialista da FMB, 1892.

Patrono da cadeira no. 23 “Academia de Medicina da


Bahia”

Patrono da cadeira no. 26 do “Instituto Bahiano de


História da Medicina e Ciências Afins”

 Prof. Virgilio Clímaco Damazio, em 02.05 – Salão


Nobre Sessão Pública.

 Prof. Deocleciano Ramos, em 10.06. – Sessão Solene


e Pública.

Lente Substituto da 8ª. Seção, 1891.

Catedrático de Clinica Obstétrica, 1897.

Memorialista da FMB, 1901.

Diretor da FMB, 1913 – 1914

142
Vide Anexo 1: “Canudos: Professores da Faculdade
de Medicina e Pharmacia da Bahia que atuaram nos
Hospitais Provisórios de Salvador.”

 Prof. Jozé Luiz de Almeida Couto, em 17.08.com a


Congregação reunida.

Lente da 2ª. cadeira de Clinica Médica, 1883.

Memorialista da FMB, 1889.

Deputado Provincial. Deputado Geral. Senador


Estadual. Intendente Municipal.

Presidente da Província de São Paulo.

Presidente da Província da Bahia.

Patrono da cadeira no. 15 do “Instituto Bahiano de


História da Medicina e Ciências Afins”

Vide Anexo 1: “Acadêmicos do Curso de Medicina


da FMB e a Epidemia de Cholera
Morbus de 1855”.

“Graduados em Medicina da FMB e a Guerra do


Paraguai ”.

“Abolicionistas nos Cursos de Cirurgia e Medicina”.

 Prof. Climério Cardoso de Oliveira, em 01.09. com


a Congregação reunida.

Catedrático de Clinica Obstétrica e Ginecológica,


1885.

Memorialista da FMB, 1887.

Patrono da cadeira no. 17 da “Academia de Medicina


da Bahia”.

143
Patrono da cadeira no. 24 do “Instituto Bahiano de
História da Medicina e Ciências Afins”

Vide Anexo 1: “Canudos: Professores da Faculdade


de Medicina e Pharmacia da Bahia que atuaram nos
Hospitais Provisórios de Salvador.”

 Prof. José Pedro de Souza Braga, em 05.09. Sala


das Congregações.

Opositor

Seção de Ciências Cirúrgicas, 1873.

Lente de Patologia Cirúrgica, 1887.

Memorialista da FMB, 1886.

 Prof. Ramiro Affonso Monteiro, em 30.11. Sala de


Doutoramento Sessão Pública.

 1892 – Prof. Anizio Circundes de Carvalho, em 03.12.

Lente de Patologia Médica, 1889.

Catedrático da 1ª. cadeira de Clinica Médica, 1902.

Memorialista da FMB, 1902.

Diretor do Asilo São João de Deus

 interino 1879

 efetivo – 1880 - 1882

Patrono da cadeira no. 06 da “Academia de Medicina


da Bahia”.

Patrono da cadeira no. 28 do “Instituto Bahiano de


História da Medicina e Ciências Afins”

Discurso impresso – 25 páginas.

144
Bahia Typographia e Encadernação do “Diário da
Bahia”, 1892.

Finais páginas 24 e 25 – “Senhores, é preciso que demonstremos as nações cultas da


Europa que o povo brazileiro não é o ultimo dos povos. Oh! Não dissipemos a herança
grandiosa de nossas avós, esse patrimônio que é a honra e a glória de toda nossa vida.

Por isso, meus jovens collegas é que vosso obscuro


paranympho entre os esmaecimentos ternos de saudade immorreidoira e a perspectiva
doirada do porvir que vos aguarda, colloca de permeio a imagem querida da pátria
brazileira, d’este fragmento de solo onde vertemos a primeira lágrima d’este pedaço de
ceo estrellado d’onde bebemos a primeira luz.”

(existente no acervo do “Arquivo da FMB”)

Vide Anexo 1: “Canudos: Professores da Faculdade


de Medicina e Pharmacia da Bahia que atuaram nos
Hospitais Provisórios de Salvador.”

 Prof. Francisco Bráulio Pereira, em 11.12.


Secretaria

Adjunto da cadeira de Clínica Médica, 1883.

Substituto da 7ª. Seção, 1893.

Catedrático da 2ª. cadeira de Clínica Médica, 1895.

Memorialista da FMB, 1899.

Vide Anexo 1: “Canudos: Professores da Faculdade


de Medicina e Pharmacia da Bahia que atuaram nos
Hospitais Provisórios de Salvador.”

 Prof. Antonio Pacifico Pereira,

em 12.12. Secretaria.

em 14.12. Salão Nobre


Sessão Pública.

145
Lente Catedrático de Anatomia Geral e Patologia,
1882

Lente de Histologia

Diretor da FMB, 1898.

Diretor da “Gazeta Médica da Bahia”: 1868-1870;


1876-1921.

Memorialista da FMB, 1882.

Patrono da cadeira no. 10 da “Academia de Medicina


da Bahia”.

Patrono da cadeira no. 24 do “Instituto Bahiano de


História da Medicina e Ciências Afins”

Discurso impresso – 17 páginas

Litho e Typ e Encadernação Wilcke Picard g C.

Final página 17 – “A sciencia, a pátria e a humanidade, este triunvirato poderoso e


invencível, só elle poderá extinguir todos os ódios, firmar a paz universal, sob o
império da luz, e realisar o ideal da civilisação suprema que foi mera aspiração n’este
século mas que talvez vos ou os vossos filhos possais a gozar no século vindouro.”

(existente no acervo do “Arquivo da FMB”)

Vide Anexo 1: “Canudos: Professores da Faculdade


de Medicina e Pharmacia da Bahia que atuaram nos
Hospitais Provisórios de Salvador.”

 1896 – Prof. Climério Cardoso de Oliveira, em 11.12.


Secretaria

 Prof. Gonçalo Moniz Sodré de Aragão , em 14.12.


Secretaria

Lente Substituto da 4ª. Seção, 1895; da 2ª.Seção,


1901.

Professor Ordinário de Patologia Geral, 1911.

146
Catedrátido de Patologia Geral, 1915.

Memorialista da FMB, 1924.

Redator da “Gazeta Médica da Bahia”, 1906 –


1914.

Patrono da cadeira no. 24 da “Academia de Medicina


da Bahia”.

Patrono da cadeira no. 33 do “Instituto Bahiano de


História da Medicina e Ciências Afins”

 Prof. Climério Cardoso de Oliveira, em 19.12.


Sessão Solene Pública.

 1897 – Prof. Fortunato Augusto da Silva Junior, em 10.12.


Secretaria

 Prof. José Eduardo Freire de Carvalho Filho, em


10.12. Secretaria

Lente de Matéria Médica e Terapêutica, 1886.

Professor Ordinário de Terapêutica Clínica e


Experimental, 1911.

Catedrático de Terapêutica Clinica e Experimental e


a Arte de formular, 1915.

Memorialista da FMB, 1909

Vide Anexo 1: “Canudos: Professores da


Faculdade de Medicina e Pharmacia da Bahia que
atuaram nos Hospitais Provisórios de Salvador.”

 Prof. Alfredo Thomé de Britto, em 10.12.


Secretaria.

Catedrático de Clinica Propedêutica, 1893.

147
Diretor da FMB, 1901 – 1908.

Memorialista da FMB, 1900.

Patrono da cadeira no. 02 da “Academia de


Medicina da Bahia”.

Patrono da cadeira no. 32 do “Instituto Bahiano de


História da Medicina e Ciências Afins”

Vide Anexo 1: “Canudos: Professores da


Faculdade de Medicina e Pharmacia da Bahia que
atuaram nos Hospitais Provisórios de Salvador.”

 Prof. José Eduardo Freire de Carvalho Filho,

em 11.12. Secretaria

em 13.12. Secretaria

 Prof. Augusto Cezar Vianna,

em 13.12. Secretaria

em 14.12. Secretaria

Catedrático de Anatomia e Fisiologia Patológicas,


1891.

Diretor da FMB – 1908 – 1912,

- 1915 – 1930,

- 1933

Memorialista da FMB, 1908. Vide Anexo 1:


“Canudos: Professores da Faculdade de Medicina
e Pharmacia da Bahia que atuaram nos Hospitais
Provisórios de Salvador.”

 Prof. José Eduardo Freire de Carvalho Filho, em


14.12. Secretaria

148
 Prof. Braz Hermenegildo do Amaral, em 14.12.
Secretaria

Professor Substituto da 8ª. Seção.

Redator da “Gazeta Médica da Bahia”, 1896 –


1901.

Patrono da cadeira no. 30 do “Instituto Bahiano de


História da Medicina e Ciências Afins”

Historiador.

Vide Anexo 1: “Canudos: Professores da Faculdade


de Medicina e Pharmacia da Bahia que atuaram nos
Hospitais Provisórios de Salvador.”

 Prof. Francisco Bráulio Pereira, em 14.12.


Secretaria

 Prof. José Eduardo Freire de Carvalho Filho, em


18.12. Secretaria

 1898 – Prof. Fortunato Augusto da Silva Junior, em 11.04.


Secretaria

 Prof. José Eduardo Freire de Carvalho Filho, em


11.04. Secretaria.

 Prof. Guilherme Pereira Rebello, em 09.12.


Secretaria

Adjunto da cadeira de Anatomia e Fisiologia


Patológicas, 1885.

Substituto da 4ª. Seção, 1891.

Lente de Patologia Geral, 1894.

Catedrático de Anatomia e Fisiologia Patológicas,


1901.

149
Memorialista da FMB, 1898.

Deputado Estadual.

Vide Anexo 1: “Canudos: Professores da Faculdade


de Medicina e Pharmacia da Bahia que atuaram nos
Hospitais Provisórios de Salvador.”

 Prof. Ramiro Affonso Monteiro, em 10.12.


Secretaria.

 Prof. Carlos de Freitas, em 10.12. Secretaria.

Adjunto da cadeira de Clinica Obstétrica e


Ginecológica, 1886.

Lente de Anatomia Médico Cirúrgica e Comparada,


1891.

Professor Ordinário de Clinica Cirúrgica, 1911.

Memorialista da FMB, 1906.

Vide Anexo 1: “Canudos: Professores da Faculdade


de Medicina e Pharmacia da Bahia que atuaram nos
Hospitais Provisórios de Salvador.”

 Prof. Francisco Bráulio Pereira, em 12.12.


Secretaria.

 Prof. Luiz Anselmo da Fonseca, em 12.12.


Secretaria.

Professor Adjunto da Cadeira de Higiene e Historia


de Medicina, 1883.

Lente de Física Médica, 1891,

Catedrático de Higiene, 1903.

Memorialista da FMB, 1891.

150
Patrono da cadeira no. 32 da “Academia de Medicina
da Bahia”.

Patrono da cadeira no. 22 do “Instituto Bahiano de


História da Medicina e Ciências Afins”

Vide Anexo 1: “Abolicionistas nos Cursos de


Cirurgia e Medicina”

“Canudos: Professores da Faculdade de Medicina e


Pharmacia da Bahia que atuaram nos Hospitais
Provisórios de Salvador.”

 Prof. Manoel Joaquim Saraiva, em 13.12.


Secretaria.

Opositor da Seção de Ciências Médicas, 1872.

Catedrático de Higiene, 1883.

Memorialista da FMB, 1885.

Professor de Higiene Publica da Faculdade Livre de


Direito da Bahia, 1891.

Patrono da cadeira no. 19 do “Instituto Bahiano de


História da Medicina e Ciências Afins”

Vide Anexo 1: “Graduados em Medicina da FMB e a


Guerra do Paraguai”.

 Prof. Guilherme Pereira Rebello, em 13.12.


Secretaria.

 Prof. João Tillemont Fontes, em 14.12. Secretaria.

 Prof. Francisco dos Santos Pereira, em 14.12.


Secretaria.

Catedrático de Clinica Oftalmológica, 1886.

Memorialista da FMB, 1897.

151
Vide Anexo 1: “Canudos: Professores da Faculdade
de Medicina e Pharmacia da Bahia que atuaram nos
Hospitais Provisórios de Salvador.”

 Prof. Manoel Joaquim Saraiva, em 14.12.


Secretaria.

 Prof. Augusto Cezar Vianna, em 14.12. Secretaria.

 Prof. Luiz Anselmo da Fonseca, em 14.12.


Secretaria.

 Prof. Alexandre Evangelista Castro Cerqueira, em


17.12. Sessão Solene.

Catedrático de Clinica Dermatológica e Sifiligrafica,


1885.

Memorialista da FMB, 1904.

Discurso impresso – 23 páginas.

Bahia Typ e Encadernação do “Diário da Bahia”,


1899.

Final página23: “É também essa a vossa missão, porque o fim da medicina é attenuar
os soffrimentos e combater as moléstias, na ignorância encontrareis a pathogenia da
maior parte dos males que affligem a humanidade.

Da ignorância provem o desprezo da hygiene e a hygiene é o ideal da medicina.

Ide, trabalhae em bem da humanidade, da pátria e da família e sereis abençoados por


Deos”

(existente no acervo do “Arquivo da FMB”)

Vide Anexo 1: “Canudos: Professores da Faculdade


de Medicina e Pharmacia da Bahia que atuaram nos
Hospitais Provisórios de Salvador.”

152
 1899 – Prof. Ignácio Monteiro de Almeida Gouveia, em
20.02.

Lente Substituto da 6ª. Seção, 1898.

Professor Catedrático da 2ª. Cadeira de Clinica


Cirúrgica, 1902.

Vide Anexo 1: “Canudos: Professores da Faculdade


de Medicina e Pharmacia da Bahia que atuaram nos
Hospitais Provisórios de Salvador.”

 Prof. Carlos de Freitas, em 07.04. Secretaria

 Prof. Alfredo Thomé de Britto, em 08.04.


Secretaria.

 Prof. Guilherme Pereira Rebello, em 08.04.


Secretaria.

 Prof. Carlos de Freitas, em 10.04.

 Prof. Raymundo Nina Rodrigues,


em 09.12. Secretaria

em 12.12. Secretaria

em 14.12. Secretaria

em 16.12. Secretaria

Professor Catedrático de Medicina Legal, 1895.

Memorialista da FMB, 1896.

Redator da “Gazeta Medica da Bahia”, 1890 –


1893.

Patrono da cadeira no. 39 da “Academia de


Medicina da Bahia”.

Patrono da cadeira no. 31 do “Instituto Bahiano de


História da Medicina e Ciências Afins”

153
Vide Anexo 1: “Canudos: Professores da Faculdade
de Medicina e Pharmacia da Bahia que atuaram nos
Hospitais Provisórios de Salvador.”

 Prof. Deocleciano Ramos, em 22.12. Secretaria.

 1900 – Prof. Clodoaldo de Andrade, em 10.04. Secretaria

Lente Substituto da 10ª. seção, 1891.

Professor Ordinário de Clínica Oftalmológica, 1912

Vide Anexo 1: “Canudos: Professores da Faculdade


de Medicina e Pharmacia da Bahia que atuaram nos
Hospitais Provisórios de Salvador.”

 Prof. Gonçalo Moniz Sodré de Aragão, em 16.04.


Secretaria

 Prof. Joaquim Matheus dos Santos,


em 12.12. Secretaria

Em 13.12. Secretaria

Adjunto da cadeira de Clinica Policlínica Médico


Cirúrgica de Crianças, 1889.

Professor Substituto da 9ª. Seção, 1895.

Professor Substituto da 5ª. Seção, 1895.

Lente de Higiene, 1889.

Vide Anexo 1: “Canudos: Professores da Faculdade


de Medicina e Pharmacia da Bahia que atuaram nos
Hospitais Provisórios de Salvador.”

 Prof. Anízio Circundes de Carvalho, em 14.12.


Secretaria.

154
 Prof. Joaquim Matheus dos Santos,

em 15.12. Secretaria

em 17.12. Secretaria

em 18.12. Secretaria

em 19.12. Secretaria

em 22.12. Secretaria

 1901 – Prof. Augusto Cezar Vianna, em 12.04.

 1902 – Não há registro de ato de colação de grau solene.

 1903 – Prof. Guilherme Pereira Rebello, em 15.12.

– Prof. Aurélio Rodrigues Vianna, em 19.12.

Lente Catedrático de Patologia Médica, 1902.

Memorialista da FMB, 1910.

Vide Anexo 1: “Canudos: Professores da Faculdade


de Medicina e Pharmacia da Bahia que atuaram nos
Hospitais Provisórios de Salvador.”

 1904 – Não há registro em ata de colação de grau solene.

 1905 – Não há registro em ata de colação de grau solene.


Ano do 1º. Incêndio ocorrido na FMB, em 02 de
março.

 1906 – Prof. Alfredo Thomé de Britto, em 22.12.

155
 1907 – Prof. Antonio Pacifico Pereira, em 21.11.

 1908 – Prof. Francisco dos Santos Pereira, em 19.12.

Ano do 1º. Centenário de fundação do “Colégio de


Cirurgia da Bahia”.

 1909 – Prof. Antonio Pacheco Mendes, em 18.12.

Catedrático de Anatomia Fisiologia Patológicas,


1883.

Catedrático de Clínica Cirúrgica, 1890.

Memorialista da FMB, 1907.

Vide Anexo 1: “Canudos: Professores da Faculdade


de Medicina e Pharmacia da Bahia que atuaram nos
Hospitais Provisórios de Salvador.”

 1910 – Não há registro em ata de colação de grau solene.

 1911 – idem

 1912 – idem

 1913 – Prof. Climério Cardoso de Oliveira, em 27.12.

 1914 – Prof. Clementino da Rocha Fraga, em 24.12.

Professor Substituto, 1910.

Professor Catedrático de Clinica Médica,1914.

Professor Emérito.

156
Diretor do Departamento Nacional de Saúde, 1928.

Secretário Geral de Saúde e Assistência do Distrito


Federal, 1937.

Deputado Federal, 1921.

Redator da “Gazeta Medica da Bahia”, 1915 – 1934.

Vide Anexo 1: “Canudos: Academicos da Faculdade


de Medicina e Pharmacia da Bahia que atuaram nos
Hospitais de Sangue de Salvador.”

 1915 – Prof. Aurélio Rodrigues Vaianna, em 24.12.

 1916 – Prof. Oscar Freire de Carvalho, em 26.12.

Professor Substituto da 4ª. Seção, 1907.

Professor Extraordinário de Medicina Legal, 1911.

Professor Ordinário de Medicina Legal, 1914.

Professor Catedrático de Medicina Legal, 1915.

1º. Diretor do “Instituto Nina Rodrigues”

Idealizador e criador do 1º. Curso de Pós Graduação


do Brasil.

Patrono da cadeira no. 37 da “Academia de Medicina


da Bahia”.

Patrono da cadeira no. 93 da “Academia de Medicina


de São Paulo”.

Patrono da cadeira no. 38 do “Instituto Bahiano de


História da Medicina e Ciências Afins”

Página 8 “Os que sabem das escolas superiores, por peor que seja seu tirocínio, teem
sempre uma cultura, uma instrução acima da média do paiz. Ser doutor é quando nada,
um modo pomposo fidalgo de não ser analphabeto.”

157
 1917 – Prof. Eduardo Cesar Rodrigues de Moraes, em
20.12.

Professor Ordinário da Clínica Otorinolaringológica,


1911.

Catedrático da Clinica Otorinolaringológica, 1915.

Vice Diretor da FMB, 1933 – 1943.

Integrante do “Diretório Central” da “Legião dos


Médicos para a Vitória”

Patrono da cadeira no. 18 da “Academia de Medicina


da Bahia”.

Patrono da cadeira no. 39 do “Instituto Bahiano de


História da Medicina e Ciências Afins”

 1918 – Prof. Mário Andrea dos Santos, em 15.01.1919.

1º. Livre Docente de Anatomia Microscópica, 1912.

Catedrático de Anatomia e Fisiologia Patológicas,


1916.

Catedrático de Histologia, 1926.

 1913 – Prof. Luiz Pinto de Carvalho, em 20.12.

Professor Substituto, 1903.

Professor Catedrático de Clínica Psiquiátrica e


Moléstias Nervosas, 1907.

Professor Catedrático de Clinica Neurológica, 1925.

Professor Catedrático de Pediatria.

Professor Emérito.

158
Vide Anexo 1: “Canudos: Academicos da Faculdade
de Medicina e Pharmacia da Bahia que atuaram nos
Hospitais de Sangue de Salvador.”

 1913 – Prof. Antonio do Prado Valladares, em 22.12.

1º. Aluno laureado da FMB a ter retrato no


“Pantheon”.

Catedrático da Clinica Médica, 1915.

Memorialista da FMB, 1913.

Patrono da cadeira no. 11 da “Academia de Medicina


da Bahia”.

Patrono da cadeira no. 37 do “Instituto Bahiano de


História da Medicina e Ciências Afins”

 1921 – Prof. Aristides Novis, em 23.12.

1º. Livre docente de Fisiologia, 1912.

Catedrático de Fisiologia, 1919.

Diretor da FMB, 1931 1932.

Redator e Secretário da “Gazeta Medica da Bahia”,


1915 – 1919.

Diretor e Editor da “Gazeta Medica da Bahia”, 1921


- 1934.

Integrante da “Comissão de Intercambio” da “Legião


dos Médicos Para a Vitória”

Patrono da cadeira no. 13 da “Academia de Medicina


da Bahia”.

Patrono da cadeira no. 16 do “Academia de


Odontologia da Bahia”.

159
 1922 – Prof. Eduardo Diniz Gonçalves, em 20.12.

(Eduardo Albertazzi Diniz Gonçalves)

Preparador de Anatomia, 1906.

Professor Extraordinário de Anatomia Médico


Cirúrgica, Operações e Aparelhos, 1911.

Professor Substituto da 4ª. Seção. 1916.

Professor Catedrático de Anatomia Médico Cirúrgica,


Operações, 1919.

Professor Emérito da FMB,1947.

Professor Emérito da Faculdade de Odontologia,


1954.

Integrante da “Comissão para Angariar Donativos”


da “Legião dos Médicos para a Vitória”.

Vide Anexo 1: “Canudos: Academicos da Faculdade


de Medicina e Pharmacia da Bahia que atuaram nos
Hospitais de Sangue de Salvador.”

 1923 – Prof. Aristides Novis, em 19.12.

 1924 – Prof. Antonio Bastos de Freitas Borja, em 27.12.

Assistente da 2ª. cadeira de Clínica Cirúrgica,1902.

Livre Docente de Clinica Cirúrgica, 1912.

Professor Extraordinário de Clinica Cirúrgica, 1914.

Professor Substituto da 11ª. Seção, 1915.

Professor Catedrático da 3ª. Cadeira de Clinica


Cirúrgica, 1916.

160
Vide Anexo 1: “Canudos: Acadêmicos da Faculdade
de Medicina e Pharmacia da Bahia que atuaram nos
Hospitais de Sangue de Salvador.”

 1925 – Prof. João Américo Garcez Froes, em 26.12.

Assistente da cadeira de Propedêutica, 1905.

Professor Substituto, 1899.

Professor Catedrático de Propedêutica, 1905.

Professor Catedrático da 3ª. cadeira de Clinica


Médica, 1911.

Professor Catedrático de Medicina Tropical, 1931.

Pioneiro de Transfusão de Sangue em humanos na


Bahia

Integrante da “Comissão para Angariar Donativos”


da “Legião dos Médicos para a Vitória”.

1º. Professor Emérito da Faculdade de Medicina da


Bahia.

Professor Emérito da Faculdade de Direito, 1952.

Vide Anexo 1: “Canudos: Acadêmicos da Faculdade


de Medicina e Pharmacia da Bahia que atuaram nos
Hospitais Provisórios de Salvador.”

 1926 – Prof. Eduardo Cesar Rodrigues de Moraes, em


27.12.

 1926 – Prof. Eduardo Cesar Rodrigues de Moraes, em


27.12.

161
 1928 – Prof. Almir Sá Cardoso de Oliveira, em 27.12.

1º. Livre Docente de Clinica Obstétrica, 1912.

Professor Extraordinário de Obstetrícia, 1914.

Professor Substituto da 12ª. seção, 1915.

Professor Catedrático de Clinica Obstétrica, 1925.

Secretário de Saúde Publica do Estado da Bahia.

Patrono da cadeira no. 4 da “Academia de Medicina


da Bahia ”.

 Prof. Leôncio Pinto, em 28.12.

1º. Livre Docente de Anatomia e Histologia


Patológica, 1914.

Professor Substituto da 6ª. Seção, 1915.

Professor Substituto da 5ª. Seção, 1917.

Professor Catedrático de Histologia

Professor Catedrático de Anatomia Patológica, 1925.

Professor Honorário da Faculdade de Medicina do


Recife.

 1929 – Prof. Edgard Rego Santos, em 26.12.

Catedrático Interino de Patologia Cirúrgica, 1925.

Catedrático Interino de Patologia Cirúrgica, 1926.

Catedrático de Patologia Cirúrgica, 1927.

Catedrático da 3ª. Cadeira de Clínica Cirúrgica, 1933.

Diretor da FMB – 1936 – 1955.

Fundador e 1º. Reitor da Universidade da Bahia


(depois Universidade Federal da Bahia).

162
Integrante do “Diretório Central” da “Legião dos
Médicos para a Vitória”.

Ministro da Educação, 1954.

Doutor Honoris Causa- Universidade de Coimbra.

Universidade de Lisboa

Patrono da cadeira no. 17 da “Academia de


Odontologia da Bahia ”.

 1930 – Prof. Luiz Pinto de Carvalho, em 20.12.

 1931 – Prof. Aristides Novis, em 24.10.

 1932 –Ano da invasão da Faculdade de Medicina da Bahia,


Primaz do Brasil, por ordem do interventor tenente
Juracy Montenegro Magalhães, com prisões de
Estudantes e Professores.

Ano do 1º. Centenário da Lei de 03 de Outubro de


1832.

Não houve Ato de Colação de Grau Solene.

 1933 – Prof. Fernando José de São Paulo, em 07.12.

1º. Livre Docente de Terapêutica Clínica, 1915.

Professor Substituto, 1918.

Professor Catedrático de Farmacologia, 1919.

Professor Catedrático de Terapêutica Clinica

163
Discurso impresso – 29 páginas

“Reflexões sobre Medicina e Ensino”

A Graphica 1936 – Bahia –

Final páginas 28, 29 – “Estaes avisados pois. Sabereis então cumprir as obrigações de
médicos, scientistas e cidadãos:

Médicos – tereis alma e valor no culto incomparável do altruísmo e de


bondade. Por certo, não convertereis ulceras em lyrios, lagrimas em violetas, nem a
treva da insônia irreductivel no Zenith da clarividência. Mas ao remédio concedereis o
vehiculo da virtude.

Scientistas – possuireis o thesouro da operosidade, da modéstia, da


autocrítica. Não vos assoberbará o preconceito da verdade absoluta, a obsessão da
infalibilidade, ou o delírio da ambição. Mas educareis a vontade e o actuar no crysol
da reflexão, da perseverança, do evolver racional.

Cidadãos – adquireis personalidade respeitável, à sombra da moral, da lei,


do civismo, Não cobiçareis gloriolas na condução de povos, nem tentareis vingar o
topo da santidade. Mas opporeis o peito valoroso aos embates da prepotência e da
anarchia, contribuindo para o equilíbrio e crescimento do Brasil.

Trabalhareis pela harmonia dos brasileiros, em favor da paz entre


brasileiros, da paz e do affecto enleados num osculo duradouro, tão prolongado como
o beijo eterno do ceo dado à fímbria do horizonte.”

Também existe impresso o discurso pronunciado no baile de formatura em 09 de


dezembro no “Club Bahiano de Tennis.”

164
 1934 – Prof. Estácio Luiz Valente de Lima

Professor Catedrático de Medicina Legal, 1923.

Professor Catedrático de Medicina Legal da


Faculdade de Direito, 1953.

Professor Catedrático da Escola de Odontologia.

Professor Catedrático da Escola Bahiana de Medicina


e Saúde Pública, 1923.

Integrante da “Comissão de Propaganda” da


“Legião dos Médicos para a Vitória”.

Patrono da cadeira no. 1 da “Academia de


Odontologia da Bahia ”.

Discurso existente na “Número Especial em


Comemoração aos 150 anos da Faculdade de
Medicina da Bahia, 1832-1982.”

Ano IV, vol. IV, outubro de 1982, páginas 211 – 227.

“Cavalheiros da Perfeição”

Página 219 “Cumpre-nos, a todos, collaborar na reconstituição social. E o


doente carece, até, de ser tratado, com o fito de se recuperar o equilíbrio do meio,
unidade que é o homem do vasto organismo a que se chama collectividade.

Reduzindo, economicamente o individuo a cifras precisas, compete ao


clínico restaurar as parcellas, para que, no total, a producção não regrida, não soffra,
não se descrente, nem se desorganize.

Nunca chegareis a exercitar verdadeiramente a medicina, se indiferente vos


for a sorte do homem e o destino da humanidade.”

165
Páginas 226 – 227. Final

“Velho e poderoso marajah das fraldas do Himalaya pediu que lhes


esculpisse o artista a figura da própria dor humana...

O bloco recebido pouco tempo depois se mudava num conjuncto de


encantos tão meigos e tão tristes, que era bem a estatua de um singular soffrimeto...

Mercador riquíssimo da Pérsia, ardente de paixão, quis ver o mármore cor


de rosa que comprara, transmutado no perfil do verdadeiro amor.

O beijo é a synthese do amor, pensou o sublime inspirado...

E, mais tarde, como por encanto, as martelladas do esculptor genial,


surgiam, num rosto deslumbrante de mulher, os lábios mais ternos, na deliciosa
promessa de um beijo incomparável!

Sucessivamente, o cinzel maravilhoso esculpia as figuras mais lindas e


caprichosas e ninguém, jamais, deixou de ser curvar ante o artista incommensuravel!

Um dia certo philosopho, que habitava as encostas do Mar Vermelho, dono


de estranho temperamento e profundo saber, quis experimentar a intelligencia do
esculptor.

 Tu me vaes reproduzir, na pedra, a imagem divina de Alá....

 Tornando depois, na certeza de que iria escarnecer da obra, o velho


philosopho cheio de assombro caiu de joelhos ante o vulto de Alá!

Não se deu por vencido:

 Quero agora a estátua da Humanidade.

Foi, então, que o gênio experimentou a indizível agrura da impotência.


Todas as tentativas debalde! Elle que retratara o amor e a tristeza, a mocidade e a
velhice, a vida e a morte, elle que até o supremo omnisciente esculpira, não acertava a
figura da humanidade.

166
 Tu venceste, satânico philosopho! Maior, sem duvida, do que todas as
creações, maior do que o omnipotente Alá, é o symbolo inimitável da Humanidade!”

– Prof. Almir Sá Cardoso de Oliveira, em 14.12.

 1935 – Prof. Joaquim Martagão Gesteira, em 05.12.

1º. Livre Docente de Clinica Pediátrica Médica,


1910..

Catedrático de Clinica Pediátrica, 1915.

Professor da Faculdade de Medicina da Universidade


do Rio de Janeiro, 1937.

Patrono da cadeira no. 25 da “Academia de Medicina


da Bahia ”.

Patrono da cadeira no. 40 da “Instituto Bahiano de


Historia da Medicina e Ciências Afins”.

Patrono da cadeira no. 6 da “Academia Brasileira de


Pediatria ”.

 1936 – Prof. Leôncio Pinho, em 05.12.

 1937 – Prof. Fernando José de São Paulo, em 15.12.

 1938 – Prof. Aristides Novis, em 05.12.

– Professor Fernando Luz, em 09.12.

 1939 – Prof. Estácio Luiz Valente de Lima, em 09.12.

167
 1940 – Prof. Fernando José de São Paulo, em 14.12.

 1941 – Prof. Antonio Luiz Cavalcanti Albuquerque de


Barros Barretto, em 13.12.

Aluno laureado da Faculdade de Medicina do Rio de


Janeiro.

Assistente do Instituto de Manguinhos, 1917.

Inspetor Sanitário do Departamento Nacional de


Saúde Pública.

Doutor em Saúde Pública pelo “Johns Hopkins


University”

Um dos fundadores da “Sociedade Brasileira de


Higiene”, 1924.

Livre Docente de Higiene, 1926.

Livre Docente de Parasitologia, 1934.

Professor Catedrático de Parasitologia, 1936.

Integrante da “Diretório Central” da “Legião dos


Médicos para a Vitória”.

Professor da Faculdade de Filosofia.

Diretor Geral de Saúde Pública do Estado da Bahia,


1924.

Secretário de Saúde e|Assistência Pública do Estado


da Bahia, 1929.

Secretário de Educação e Saúde Pública da Bahia,


1935.

Patrono da cadeira no. 40 da “Academia


Pernambucana de Medicina”.

168
PARANINFOS DO CURSO DE FARMÁCIA

DA

FACULDADE DE MEDICINA DA BAHIA

169
 1888 – Prof. Alexandre Affonso de Carvalho, em 03.12.

em 04.12.

em 07.12.

em 14.12.

Opositor da “Seção de Ciências Cirurgicas”, 1872.

Professor Substituto.

Catedrático de Anatomia Descritiva, 1872.

Memorialista da FMB, 1884.

Deputado provincial, 1878.

– Prof. Frederico de Castro Rebello, em 11.12.

Assistente da 1ª.cadeira de Clínica Médica, 1882.

Professor Adjunto, 1883.

Catedrático de Clinica Médica e Cirúrgica de


Crianças, 1887.

Professor Ordinário de Clinica Pediátrica Médica e


Higiene Infantil, 1911.

Memorialista da FMB, 1892.

Patrono da cadeira no. 23 da “Academia de


Medicina da Bahia ”.

Patrono da cadeira no. 26 do “Instituto Bahiano de


História da Medicina e Ciências Afins”.

 1889 – Prof. Amâncio João Cardozo de Andrade, em


04.07.

170
Preparador, 1882.

Professor de Botânica e Zoologia, 1888.

– Prof. Anízio Circundes de Carvalho, em 24.07

em 02.08.

Lente de Patologia Médica, 1889.

Catedrático da 1ª. cadeira de Clinica Médica, 1902.

Patrono da cadeira No. 6 da “Academia de Medicina


da Bahia ”.

Patrono da cadeira no. 28 do “Instituto Bahiano de


História da Medicina e Ciências Afins ”.

Vide Anexo 1: “Canudos: Acadêmicos da Faculdade


de Medicina e Pharmacia da Bahia que atuaram nos
Hospitais Provisórios de Salvador.”

– Prof. Rozendo Aprígio Pereira Guimarães, em 26.07

Opositor,1859.

Catedrático de Farmácia, 1871.

Memorialista da FMB, 1872.

Vide Anexo 1: “Professores da FMB e a Guerra do


Paraguai.”

“Abolicionistas nos Cursos de


Cirurgia e Medicina”.

– Prof. Antonio de Cerqueira Pinto, em 29.07

Em 09.12.

Professor Substituto da “Seção de Ciências


Acessórias, 1855”

171
Lente da cadeira de Química e Mineralogia, 1857.

Catedrático de Química Orgânica, 1858.

Memorialista da FMB, 1864.

Diretor da FMB, 1891 – 1895.

Vide Anexo 1: “Professores da FMB e a Epidemia


de Cholera Morbus de 1855.”

– Prof. José Alves de Mello, em 10.08

em 10.12.

Opositor da “Seção de Ciências Acessórias”, 1873.

Professor Substituto, 1875.

Catedrático de Física Médica, 1877.

Memorialista da FMB, 1879.

Vide Anexo 1: “Alunos do Curso de Medicina da


FMB e a Guerra do Paraguai”.

– Prof. Climério Cardoso de Oliveira, em 13.08

Catedrático de Clinica Obstétrica e Ginecológica,


1885.

Memorialista da FMB, 1887.

Patrono da cadeira no. 17 da “Academia de Medicina


da Bahia ”.

Patrono da cadeira no. 28 do “Instituto Bahiano de


História da Medicina e Ciências Afins ”.

 Prof. Manoel José de Araujo, em 18.09.

172
Substituto da Seção de Ciências Médicas, 1882.

Catedrático de Fisiologia, 1885.

Vice Diretor da FMB, 1885.

Memorialista da FMB, 1893.

Vide Anexo 1: “Canudos: Professores da Faculdade


de Medicina e Pharmacia da Bahia que atuaram nos
Hospitais Provisórios de Salvador.”

Prof. Virgilio Clímaco Damazio, em 05.10.

Lente de Medicina Legal, 1882.

Memorialista da FMB, 1880.

Diretor da “Gazeta Médica da Bahia”, 1866 1867.

1º. Governador (interino) da Bahia do período


republicano.

Patrono da cadeira no. 18 do “Instituto Bahiano de


História da Medicina e Ciências Afins”.

Vide Anexo 1: “Abolicionistas nos Cursos de


Cirurgia e Medicina”.

 1890 – Prof. Rozendo Aprígio Pereira Guimarães,

em 30.07

em 04.10.

em 21.11.

em 29.11.

 1891 – Prof. João Evangelista de Castro Cerqueira,

em 23.11.

173
Preparador da cadeira de Química Orgânica, 1883.

Professor da cadeira de Química Orgânica, 1891.

Memorialista da FMB, 1894.

Vide Anexo 1: “Canudos: Professores da Faculdade


de Pharmacia da Bahia que atuaram nos Hospitais
Provisórios de Salvador.”

 Prof. Antonio Victorio d’Araujo Falcão , em


26.11.

Preparador da cadeira de Farmácia, 1883.

Lente de Farmacologia, 1891.

Vide Anexo 1: “Canudos: Professores da Faculdade


de Medicina e Pharmacia da
Bahia que atuaram nos Hospitais
Provisórios de Salvador”.

Prof. Ramiro Affonso Monteiro , em 28.11.

Opositor da Seção de Ciências Médicas, 1871.

Memorialista da FMB, 1878.

Diretor da FMB, 1878.

Deputado Provincial.

Patrono da cadeira no. 20 do “Instituto Bahiano de


Historia da Medicina e Ciências Afins”.

 1892 – Prof. Deocleciano Ramos, em 09.05

em 14.10..

174
Lente Substituto da 8ª. Seção, 1891.

Catedrático de Clínica Obstétrica, 1892..

Memorialista da FMB, 1901.

Diretor da FMB, 1913 – 1914.

Vide Anexo 1: “Canudos: Professores da Faculdade


de Pharmacia da Bahia que atuaram
nos Hospitais Provisórios de
Salvador.”

 Prof. Antonio Victorio d’Araujo Falcão, em 28.08.

 Prof. José Eduardo Freire de Carvalho Filho,


em 25.10.

em 30.11.

Lente da Matéria Médica e Terapêutica, 1886.

Professor Ordinário de Terapêutica Clínica e


Experimental, 1911.

Catedrático de Terapêutica Clínica e Experimental e


Arte de Formular, 1915.

Memorialista da FMB, 1909.

Vide Anexo 1: “Canudos: Professores da Faculdade


de Pharmacia da Bahia que atuaram
nos Hospitais Provisórios de
Salvador.”

 Prof. José Rodrigues da Costa Dorea , em 25.11.

Professor Adjunto da cadeira de Medicina Legal e


Toxicologia, 1885.

175
Professor Substituto da 2ª. Seção, 1891.

Catedrático de Botânica e Zoologia, 1892.

Memorialista da FMB, 1895.

Diretor interino da FMB.

Fundador e Professor Catedrático da Faculdade Livre


de Direito da Bahia, 1891.

 1893 – Prof. Anízio Circundes de Carvalho, em 16.02.

 Prof. Sebastião Cardoso , em 06.12.

Professor Catedrático de Química

Vice Diretor da FMB.

Diretor interino da FMB.

Vide Anexo 1: “Canudos: Professores da Faculdade


de Pharmacia da Bahia que atuaram
nos Hospitais Provisórios de
Salvador.”

 1894 – Prof. João Evangelista de Castro Cerqueira,

em 30.03

em 05.04.

em 01.12.

em 10.12.

 Prof. Antonio Victorio d’Araujo Falcão , em


05.04.

176
 1895 – Prof. Sebastião Cardoso, em 23.11.

 Prof. Antonio Victorio d’Araujo Falcão , em 27.11.

 Prof. Fortunato Augusto da Silva Junior, em 30.11.

Lente de Anatomia Topográfica e Operações, 1891.

Catedrático de Anatomia Medico Cirúrgica,


Operações e Aparelhos, 1911.

Memorialista da FMB, 1911.

Vide Anexo 1: “Canudos: Professores da Faculdade


de Pharmacia da Bahia que atuaram
nos Hospitais Provisórios de
Salvador.”

 1896 – Prof. Francisco Bráulio Pereira,26.03.

Adjunto da Cadeira de Clínica Médica, 1883.

Substituto da 7ª. Seção, 1893.

Catedrático da 2ª. cadeira de Clinica Médica, 1895.

Memorialista da FMB, 1899.

Vide Anexo 1: “Canudos: Professores da Faculdade


de Pharmacia da Bahia que atuaram
nos Hospitais Provisórios de
Salvador.”

 Prof. Antonio Victorio d’Araujo Falcão ,

em 28.03

em 19.12.

177
 Prof. José Olympio d’Azevedo, em 11.04.

Preparador Substituto da Seção de Ciências


Accessórias, 1877.

Lente de Química Médica e Mineralogia, 1882.

Lente de Química Médica

Vice Diretor da FMB, 1888.

Diretor da FMB, 1898 – 1901.

Deputado Provincial

Vide Anexo 1: “Canudos: Professores da


Faculdade de Pharmacia da
Bahia que atuaram nos
Hospitais Provisórios de
Salvador.”

 Prof. Sebastião Cardoso, em 01.12.

em 02.12.

em 03.12.

em 07.12.

 1897 – Prof. Carlos de Freitas, em 27.03

Adjunto da cadeira de Clinica Obstétrica e


Ginecológica, 1886.

Lente de Anatomia Médico Cirúrgica e Comparada,


1891.

Professor Ordinário de Clinica Cirúrgica, 1911.

Memorialista da FMB, 1906.

178
Vide Anexo 1: “Canudos: Professores da Faculdade
de Pharmacia da Bahia que atuaram
nos Hospitais Provisórios de
Salvador.”

 Prof. Antonio Victorio de Araujo Falcão , em


02.12.

 Prof. Sebastião Cardoso, em 03.12.

em 10.12.

em 13.12.

 1898 – Prof. Antonio Victorio d’Araujo Falcão , em


29.04.

 Prof. João Evangelista de Castro Cerqueira , em


29.04.

 1899 – Prof. José Eduardo Freire de Carvalho Filho,

em 24.04.

em 16.12.

 Prof. Pedro Luiz Celestino, em 02.12.

Preparador da cadeira de Química Mineral, 1885.

Lente Substituto, 1893.

Lente Substituto da 3ª. Seção, 1901.

Lente da cadeira de Química Médica, 1911.

179
Professor Catedrático de Fisiologia, 1912.

Vide Anexo 1: “Canudos: Professores da Faculdade


de Pharmacia da Bahia que atuaram
nos Hospitais Provisórios de
Salvador.”

 1900– Prof. Pedro Luiz Celestino, 24.04.

 Prof. Antonio Victorio d’Araujo Falcão, em 07.12.

Prof. Antonio Victorio d’Araujo Falcão,

em 28.03.

em 03.04

em 08.04

 Prof. Fortunato Augusto da Silva Junior,

em 28.03.

 1938 – Prof. Jose Carlos Ferreira Gomes,

Professor Privativo de Farmácia Química.

1º. Diretor da Faculdade de Farmácia da


Universidade da Bahia (depois Universidade
Federal da Bahia).

Membro Fundador da “Sociedade de Farmácia da


Bahia”.

Trecho do discurso:

180
“... para a seriação defeituosa das disciplinas, a insuficiência do ensino os 3 anos do
curso e a ausência de laboratórios bem providos o que redundava no aproveitamento
abaixo do desejado no ensino geral do país apesar do seu Corpo Docente
reconhecidamente especializado e competente.”

 1943 – Prof. Elsior Joelviro Coutinho.

Professor Privativo de Farmacognosia.

 1944 – Prof. Jose Carlos Ferreira Gomes.

 1945 – Prof. Trípoli Francisco Gaudenzi,

Livre Docente de Bioquímica Clínica, 1940.

Assistente Estrangeiro da Faculdade de Medicina da


Universidade de Paris.

Professor de Química Mineral do Curso


Complementar, 1938.

Professor da Escola de Enfermagem da U. da Bahia,


1946.

Professor da Faculdade de Farmácia.

Professor da Faculdade de Filosofia.

Professor Escola Bahiana de Medicina e Saúde


Pública.

Professor da FMB transferido para o Instituto de


Ciências da Saúde.

Professor Emérito, 1983.

 1946 – Prof. Jose Carlos Ferreira Gomes.

181
 1947 – Prof. Jose Carlos Ferreira Gomes.

 1948 – Prof. Elsior Joelviro Coutinho.

 1949 – Prof. Jose Tobias Netto.

Professor Privativo da cadeira de Química


Toxicológica e Bromatologica.

2º. Diretor da Faculdade de Farmácia, 1953 – 1959.

Integrante da “Comissão de Propaganda” da


“Legião dos Médicos para a Vitória”.

Membro Fundador da “Sociedade de Farmácia da


Bahia”.

 1949 – Prof. Ruy Santos.

Assistente da cadeira de Higiene.

Livre Docente de Higiene.

Catedrático Interino.

Professor Adjunto.

Integrante da “Comissão de Intercâmbio” da “Legião


dos Médicos para a Vitória”.

Deputado Federal – 1946 – 1951.

- 1951 – 1955.

- 1955 – 1959.

- 1963 – 1967.

- 1967 – 1970.

Senador – 1971 – 1978.

182
 1949 – Prof. Roisler Alaor Metzker Coutinho.

Professor da cadeira de Química Farmacêutica.

183
PARANINFOS

DO

CURSO DE ODONTOLOGIA

DA

FACULDADE DE MEDICINA DA BAHIA

184
 1895 – Prof. Manoel Joaquim Saraiva, em 29.04.

Opositor da Seção de Ciências Médicas, 1872.

Catedrático de Higiene, 1883.

Memorialista da FMB, 1885.

Professor de Higiene Pública da Faculdade Livre


de Direito da Bahia, 1891.

Patrono da cadeira no. 19 do “Instituto Bahiano


de História da Medicina e Ciências Afins”.

Vide Anexo 1: “Graduados em Medicina da FMB


e a Guerra do Paraguai”

 1896 – Prof. Joaquim Matheus dos Santos.

Adjunto da cadeira de Clínica e Policlínica Médico e


Cirúrgica de Crianças, 1889.

Professor Substituto da 9ª. Seção, 1895.

Professor Substituto da 5ª. Seção, 1895

Lente de Higiene, 1899.

Vide Anexo 1: “Canudos: Professores da Faculdade


de Pharmacia da Bahia que atuaram
nos Hospitais Provisórios de
Salvador.”

 1897– Prof. Joaquim Matheus dos Santos.

 1898– Prof. Juliano Moreira, em 26.11.

185
Assistente da cadeira de Clinica Psiquiátrica, em
17.04.1893.

Preparador da cadeira de Anatomia Médico Cirúrgica


– nomeação 15.09.1899, posse em 29.09.

Professor Substituto da 12ª. Seção: nomeação em


16.06.1896, posse em 09.07.

(discurso de posse existente no acervo do “Arquivo


da FMB”.

Realizou a 1ª. punção raquiana da Bahia para fins


diagnósticos. (Rubim de Pinho, 1978)

1º. Professor Honorário da Faculdade de Medicina


da Bahia.

Fundador da “Sociedade de Medicina Legal da


Bahia”.

Diretor do Hospício Nacional de Alienados do Rio de


Janeiro, 1903.

Recebeu a “Ordem do Tesouro Sagrado” do Japão;


(Albuquerque, 1933).

Redator da “Gazeta Médica da Bahia”, 1901 – 1906.

Patrono da cadeira no. 30 da “Academia de Medicina


da Bahia”.

Patrono da cadeira no. 27 da “Academia


Pernambucana de Medicina”.

Patrono da cadeira no. 57 da “Academia Nacional de


Medicina”.

Patrono da cadeira no. 34 da “Instituto Bahiano de


História de Medicina e Ciências Afins”.

Vide Anexo 1: “Canudos: Professores da Faculdade


de Pharmacia da Bahia que atuaram

186
nos Hospitais Provisórios de
Salvador.”

 Prof. Gonçalo Moniz Sodré de Aragão, em 30.11.

em 09.12.

Professor substituto da 4ª.Seção – 1895.

Professor substituto da 2ª.Seção – 1901.

Professor Ordinário de Patologia Geral – 1911.

Professor Catedrático de Patologia Geral – 1915.

Memorialista da FMB 1924.

Redator da “Gazeta Médica da Bahia” –1906-1914

Patrono da cadeira no. 24 da “Academia de Medicina


da Bahia”.

Patrono da cadeira no. 33 da “Instituto Bahiano de


História de Medicina e Ciências Afins”.

 Prof. Sebastião Cardoso, em 06.12.

Professor Catedrático de Química.

Vice Diretor da FMB.

Diretor Interino da FMB

Vide Anexo 1: “Canudos: Professores da Faculdade de


Medicina e Pharmacia da Bahia que
atuaram nos Hospitais Provisórios de
Salvador.”

 Prof. Luiz Anselmo da Fonseca, em 12.12.

em 19.12.

187
Professor Adjunto da Cadeira de Higiene e História
da Medicina - 1883.

Lente de Física Médica – 1891.

Catedrático de Higiene, 1903.

Memorialista da FMB, 1891.

Patrono da cadeira no. 32 da “Academia de Medicina


da Bahia”.

Patrono da cadeira no. 22 da “Instituto Bahiano de


História de Medicina e Ciências Afins”.

Vide Anexo 1: “Abolicionistas dos Cursos de


Cirurgia e Medicina”.

Vide Anexo 1: “Canudos: Professores da Faculdade


de Pharmacia da Bahia que atuaram
nos Hospitais Provisórios de
Salvador.”

 Prof. Guilherme Pereira Rebello, em 13.12.

Adjunto da cadeira de Anatomia e Fisiologia


Patológica – 1885.

Substituto da 4ª. Seção – 1891.

Lente de Patologia Geral, 1894.

Catedrático de Anatomia e Fisiologia Patológica –


1901.

Memorialista da FMB, 1898.

Deputado Estadual.

Vide Anexo 1: “Canudos: Professores da Faculdade


de Pharmacia da Bahia que atuaram
nos Hospitais Provisórios de
Salvador.”

188
 Prof. Manoel Joaquim Saraiva, em 13.12.

 1899 – Prof. José Carneiro de Campos, em 29.03.

em 30.11.

em 09.12.

em 23.12.

Preparador da Cadeira de Anatomia e Fisiologia


Patológicas Interino – 1882.

Efetivo – 1888.

Professor Substituto da 3ª. Seção – 1891.

Professor Catedrático de Anatomia Descritiva – 1895.

Professor Ordinário de Anatomia Descritiva – 1911.

Professor Catedrático de Anatomia Descritiva – 1915.

Memorialista da FMB, 1905.

Vide Anexo 1: “Canudos: Professores da Faculdade


de Pharmacia da Bahia que atuaram
nos Hospitais Provisórios de
Salvador.”

 Prof. Luiz Anselmo da Fonseca, em 07.12.

 1900 – Prof. Manoel de Assis Souza, em 30.03.

em 31.03.

em 16.04

em 07.12.

em 13.12.

em 22.12.

189
Professor Substituto da 1ª. Seção – 1883.

Professor Substituto da 3ª. Seção – 1893.

Intendente de Salvador.

Vide Anexo 1: “Canudos: Professores da Faculdade


de Pharmacia da Bahia que atuaram
nos Hospitais Provisórios de
Salvador.”

 1901– Prof. Manoel de Assis Souza, em 23.03.

em 01.04.

 1902– Prof. Anízio Circundes de Carvalho, em 11.04.

Lente de Patologia Médica – 1889.

Professor Catedrático da 1ª. Cadeira de Clínica


Médica – 1902.

Memorialista da FMB, 1902.

Diretor do Asilo São João de Deus Interino – 1879.

Efetivo- 1880 – 1882.

Patrono da cadeira no. 06 da “Academia de Medicina


da Bahia”.

Patrono da cadeira no. 28 da “Instituto Bahiano de


História de Medicina e Ciências Afins”.

Vide Anexo 1: “Canudos: Professores da Faculdade


de Pharmacia da Bahia que atuaram
nos Hospitais Provisórios de
Salvador.”

 1926– Prof. Mário Peixoto.

190
Professor Privativo de Técnica Odontológica – 1927.

 1927– Prof. José de Aguiar Costa Pinto.

Professor Catedrático de Medicina Legal – 1924.

Professor Catedrático de Higiene – 1925.

Diretor da FMB – 1933 – 1936.

Diretor da “Imprensa Oficial do Estado”.

Patrono da cadeira no. 44 Seção de Farmácia do


“Instituto Bahiano de História de Medicina e
Ciências Afins”.

Vide Anexo 1: “Canudos: Professores da Faculdade


de Medicina e Pharmacia da Bahia
que atuaram nos Hospitais de
Sangue de Salvador.”

 1928– Prof. Mário Peixoto.

 1929– Prof. Octávio Torres.

Assistente da cadeira de Clinica Médica.

Preparador de Patologia Geral, 30.12.1911.

1º. Livre Docente de Patologia Geral – 1913.

Professor de Patologia Geral do Curso de


Odontologia da FMB.

Professor Substituto da 6ª. Seção – 1917.

Catedrático Interino de Patologia Geral do Curso de


Odontologia da FMB.

Professor Catedrático de Patologia Geral – 1925.

Professor Catedrático de Anatomia e Fisiologia


Artísticas da Escola de Belas Artes da Bahia.

191
Professor Emérito.

Fundador da “Sociedade Bahiana de Combate à


Lepra”.

Diretor do Leprosário D. Rodrigo de Menezes.

Medalha Oswaldo Cruz.

 1943 - Prof. José de Oliveira Lima.

Professor Privativo de Patologia Terapêutica Aplicada


– 1936.

Professor Catedrático – 1942.

Patrono da Cadeira no. 9 da “Academia de


Odontologia da Bahia”.

 1944 - Prof. Adhemar de Almeida Vasconcellos.

Livre Docente de Clínica Odontológica.

Professor Catedrático Interino de Clínica


Odontológica.

Professor Catedrático.

Prêmio “Getúlio Vargas”.

Integrante da “Comissão de Intercâmbio” da “Legião


dos Médicos para a Vitória”.

Patrono da cadeira no. 14 da “Academia de


Odontologia da Bahia”.

 1945 – Prof. José de Oliveira Lima.

 1946 – Prof. Arnaldo Rodrigues da Silveira.

192
Professor Privativo de Prótese Buco Facial – 1936.

Professor Catedrático – 1942.

2º. Diretor da “Faculdade de Odontologia da UFBA”


– 1961 – 1972.

Deputado Estadual.

Presidente da Câmara de Vereadores de Salvador.

 1947 - Prof. Augusto Lopes Pontes.

Professor Privativo de Prótese.

Patrono da cadeira no. 5 da “Academia de


Odontologia da Bahia”.

 1948 - Prof. José Vicente Torres Homem.

Professor Privativo de Ortodontia e Odontopediatria –


1936.

Professor Catedrático – 1942.

1º. Diretor da Faculdade de Odontologia da


Universidade da Bahia (futura Universidade Federal
da Bahia) – 1952 – 1961.

Patrono da cadeira no. 2 da “Academia de


Odontologia da Bahia”.

1949 – Foram eleitos 6 Paraninfos, sendo Orador


Prof. Augusto Lopes Pontes.

 1950 - Prof. Elias de Andrade Passo.

Professor Assistente da Cadeira de Metalurgia e


Química Aplicadas – 1936.

193
Professor Catedrático – 1950.

Presidente do 1º. Congresso de Odontologia da


Bahia.

Patrono da cadeira no. 6 da “Academia de


Odontologia da Bahia”.

 1951 - Prof. José de Oliveira Lima.

194
ORADORES

DA

ABERTURA DOS CURSOS

DA

FACULDADE DE MEDICINA DA BAHIA

195
ORADORES DA ABERTURA DOS CURSOS DA FMB

1920 – 1941

1º. Prof. João Américo Garcez Froes – 1920

2º. Prof. Luiz Pinto de Carvalho – 1921

3º. Prof. Joaquim Martagão Gesteira – 1922

4º. Prof. Mário Carvalho da Silva Leal – 1923

5º. Prof. Antonio do Prado Valladares – 1924

6º. Prof. Aurélio Rodrigues Vianna – 1925

7º. Prof. Caio Octavio Ferreira de Moura – 1926

8º. Prof. Antonio Bastos de Freitas Borja – 1927

9º. Prof. João Cezário de Andrade – 1928

10º. Prof. Euvaldo Diniz Gonçalves – 1929

11º. Prof. Albino Arthur da Silva Leitão – 1930

12º. Prof. José de Aguiar Costa Pinto – 1931

13º. Prof. Fernando Luz – 1932

14º. Prof. Eduardo Rodrigues de Moraes – 1933

15º. Prof. Fernando José de São Paulo – 1934

Discurso publicado sob o titulo “Reflexões sobre a Medicina e Ensino”

Bahia – A Gráphica - 1936

196
16º. Prof. Sabino Lobo da Silva – 1935

17º. Prof. Aristides Novis – 1936

18º. Prof. Alfredo Couto Britto – 1937

19º. Prof. Antonio Luiz Cavalcanti de Albuquerque de Barros Barretto – 1938

20º. Prof. Francisco Peixoto Magalhães Netto – 1939

21º. Prof. Luiz Pinto de Carvalho – 1940

22º. Prof. Mario Andréa dos Santos – 1941

197
REFERÊNCIAS

Albuquerque, Anselmo Pires de – “Archivo da Faculdade de Medicina da Bahia” -

Volume II – 1917.

Livraria Catilina -1918 – Bahia.

 “Archivo da Faculdade de Medicina da Bahia”


Volume III – 1918.

Livraria Catilina -1919 – Bahia.

 “Archivo da Faculdade de Medicina da Bahia”


Volume V – 1920.

Sem identificação de editora ou gráfica e ano de


impressão.

 Notas Biographicas (Do Archivo do Snr Anselmo


Pires de Albuquerque zeloso e exemplar
amanuense da Faculdade de Medicina).

Gazeta Médica da Bahia V. 63, ns 10, 11, 12 –


abril, maio, junho 1933.

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47 – 1922.

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Letras e Letras – 1991 – São Paulo.

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Contexto e Arte Editorial – 2002 – Salvador.

 “Fechamento da Faculdade de Medicina e


Farmácia da Bahia, no Terreiro de Jesus em 14
de junho de 1901 pelo Ministro da Justiça e
Negócios Interiores, Epitácio da silva Pessoa
sendo reaberta por Decreto de 19 de Janeiro de
1902. ”

Gazeta Médica da Bahia no. 2, maio/julho –


2010.

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Dados não publicados.

“Curso de Odontologia da FMB”

Dados não publicados

“Curso de Obstetrícia da FMB”

Dados não publicados

“Verificação de Títulos da FMB”

Dados não publicados

“Professores da FMB”

Dados não publicados

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Livre Docência na Faculdade de
Medicina da Bahia ” .

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Campos, José Carneiro de – “Memória Histórica dos Acontecimentos Mais Notáveis


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Carvalho, Alexandre Affonso – “Memória Histórica dos Acontecimentos Mais


Notáveis Relativos ao Anno de 1884 ” .

Impresso sem identificação de tipografia e ano.

Moteiro, Ramiro Affonso – “Memória Histórica do Anno de 1878 ” .

Moura, Caio Octavio Ferreira – “Memória Histórica da Faculdade de Medicina da


Bahia do Anno de 1914 ” . Manuscrita

Oliveira, Eduardo de Sá – “Memória Histórica da Faculdade de Medicina da Bahia


concernente ao Ano de 1942 ” .

Centro Editorial e Didático da UFBA – 1992 – Salvador.

Fontes Primárias da FMB

202
Oliveira, Matheus Vaz et all – “Índice Geral dos Graduados ” .

Volumes I e II manuscritos.

Livros de Registro de Diplomas:

1º. – 1816 – 1876

2º. – 1834 – 1853

2ºA- 1875 – 1880

3º.- 1880 – 1886

4º. – 1886 – 1889

5º. – 1890 – 1897

6º.- 1897 – 1904

7º. – 1903 – 1908

8º. – 1908 – 1911

9º.- 1911 – 1915

10º. – 1915 – 1927

12º. – 1926 – 1927

13º.- 1928 – 1930

14º. – 1931 – 1937

15º. – 1934 – 1935

16º.- 1935 – 1937

17º. – 1937 – 1939

18º.- 1938 – 1942

19ºA. – 1940 – 1944

20º. – 1943 – 1946

21º.- 1946 – 1949

22º. – 1948 – 1950

23º.- 1950

203
24º. – 1951 – 1956

Manuscritos

Livros de “Actas :de Doutoramento”

1º. – 1848 – 1883

2º. – 1883 – 1899

3º.- 1899 – 1929

Livros de Registros de Diplomas de Doutores e Farmacêuticos - 1875 – 1880


manuscrito

Avizos do Ministério do Império- 1868 – 1869 manuscrito

Ata de Congregação da FMB de 01.04.1891 manuscrito

Ata de Congregação da FMB de 11.10.1912 manuscrito

204

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