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FUNDAMENTAL
ARTES 8º ANO
Imagem da capa: De Olho nas Frutas Tropicais, 2001, acrílica sobre tela, Maurício de
Souza.
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO...................................................................................................................5
UNIDADE I- 1º BIMESTRE ................................................................................................. 6
CAPÍTULO 1-GÊNERO DE PINTURA - NATUREZA-MORTA ....................................................................7
CAPÍTULO 2 -LINGUAGEM DA ARTE – DESENHO ............................................................................ 8
CAPÍTULO 3-PERÍODO MUSICAL – BARROCO (CONCERTO, A SONATA, A ÓPERA E A
ORATÓRIA)................................................................................................................................11
CAPÍTULO 4-ELEMENTOS DA LINGUAGEM VISUAL (EXPRESSIVIDADE E INFLUÊNCIA DA COR
NO COTIDIANO)........................................................................................................................13
UNIDADE II- 2º BIMESTRE ............................................................................................ 15
CAPÍTULO 1-PERÍODOS HISTÓRICOS E MOVIMENTOS ARTÍSTICOS - EXPRESSIONISMO E O
FAUVISMO ......................................................................................................................................... 16
CAPÍTULO 2-GÊNEROS DE DANÇA (FOLCLÓRICA, ÉTNICA, SOCIAL, RELIGIOSA ETC.)...................19
CAPÍTULO 3- TEATRO – GÊNERO DE COMÉDIA E DRAMA .......................................................21
CAPÍTULO 4 -LINGUAGEM DA ARTE – FOTOGRAFIA23
UNIDADE III- 3º BIMESTRE............................................................................................26
CAPÍTULO 1- O MEIO AMBIENTE E A ARTE (REUTILIZAÇÃO DE ELEMENTOS NATURAIS E
PRODUZIDOS)....................................................................................................................................27
CAPÍTULO 2- ÓPERA (DIFUSÃO, CARACTERÍSTICAS, COMPOSITORES ETC.)................................30
CAPÍTULO 3- MÚSICA VOCAL: TÉCNICA VOCAL, FISIOLOGIA DA VOZ, FALA E CANTO,
CÂNONE ...................................................................................................................................33
CAPÍTULO 4-ARTES GRÁFICAS (MÍDIA, PUBLICIDADE E PROPAGANDA)............................38
UNIDADE IV- 4º BIMESTRE............................................................................................40
CAPÍTULO 1- PERÍODOS HISTÓRICOS E MOVIMENTOS ARTÍSTICOS – CUBISMO, DADAÍSMO E
ABSTRACIONISMO.............................................................................................................................41
CAPÍTULO 2- MÚSICAS FOLCLÓRICAS BRASILEIRAS....................................................................44
CAPÍTULO 3-PERÍODO MUSICAL – CLASSICISMO (EQUILÍBRIO DA LINHA MELÓDICA,
EXPRESSIVIDADE E A FORMA MUSICAL)...................................................................................46
CAPÍTULO 4- MÚSICA POPULAR BRASILEIRA - FESTIVAIS DA CANÇÃO, A TROPICÁLIA E O
ROCK NACIONAL (ANOS 80).................................................................................................48
ARTES-8º ANO 4
ARTES-8º ANO 5
APRESENTAÇÃO
Caro aluno,
Essa apostila foi feita com a colaboração dos professores de artes da Rede Municipal
de Ensino de Major Vieira-SC
O material aqui exposto foi baseado nas Diretrizes Curriculares Municipais, buscando
um melhor entendimento e visualização dos alunos, facilitando assim sua aprendizagem.
Este material, além de conter noções básicas da linguagem visual, contem também
estilos artísticos, descrevendo suas principais características formais, estéticas, simbólicas e
históricas, procurando contextualizar as obras, assim como citar os artistas que mais se
destacaram em determinado momento, dada a relevância e significado de sua proposta
artística na História da Arte.
As imagens das principais obras que caracterizam os períodos e estilos artísticos
acompanham o texto de maneira que sirvam de referência visual e recurso didático.
Utilize deste material da melhor maneira possível sem estragá-lo, pois ele servirá
também para os próximos alunos, e bons estudos.
ARTES-8º ANO 6
1º BIMESTRE
ARTES-8º ANO 7
GÊNERO DE PINTURA
- NATUREZA-MORTA
Natureza morta é uma pintura que representa objetos sem vida. Nesses quadros não
aparecem pessoas nem paisagens. Com freqüência esses objetos estão sobre uma mesa e
representam coisas do cotidiano, como alimentos, por exemplo.
SUGESTÕES DE ATIVIDADES
ATIVIDADE 2- Realizar desenho e pintura com tinta guache em cartoplex sobre o tema.
ARTES-8º ANO 8
LINGUAGEM DA ARTE-
desenho
Desenho
É o processo pelo qual uma superfície é marcada aplicando-se
sobre ela a pressão de uma ferramenta (em
geral, um lápis, carvão, nanquim, grafite, pastel,
caneta, pincel etc.) e movendo-a, de forma a
surgirem pontos, linhas e formas planas. O
resultado deste processo (a imagem obtida)
também pode ser chamado de desenho.
Desta forma, um desenho manifesta-se
essencialmente como uma composição
bidimensional. Quando esta composição possui
certa intenção estética, o desenho passa a ser
considerado uma expressão artística.
A escolha dos meios e materiais está
intimamente relacionada à técnica escolhida
para o desenho. Um mesmo objeto desenhado
a bico de pena e a grafite produz resultados
absolutamente diferentes.
As ferramentas de desenho mais comuns
são o lápis, o carvão, os pastéis, crayons e pena
e tinta. Muitos materiais de desenho são à base
de água ou óleo e são aplicados secos, sem
nenhuma preparação.
Existem meios de desenho à base d'água (o "lápis-aquarela", por exemplo), que
podem ser desenhados como os lápis normais, e então umedecidos com um pincel molhado
para produzir vários efeitos. Há também pastéis oleosos e lápis de cera.
Desde a invenção do papel, no século XIV, ele se torna o suporte dominante para a
realização de desenhos. É possível classificar o desenho em função dos instrumentos
utilizados para a sua execução, ou da ausência deles. Pode-se pensar ainda em modalidades
distintas do registro de acordo com as finalidades almejadas.
Entre as várias modalidades de desenho,
incluem-se:
• Desenho técnico ou industrial: uma forma
padronizada e normatizada de desenho,
voltado à representação de peças, objetos e
projetos inseridos em um processo de
produção.
ARTES-8º ANO 9
• Desenho
arquitetônico:
desenho voltado
especialmente ao
projeto de arquitetura
realizado, de modo
geral, com o auxílio de
réguas, compassos,
esquadros e outros
instrumentos.
• Desenho científico:
empregado na zoologia, na botânica e anatomia (fartamente empregados como ilustrações
de manuais didáticos)
• Ilustração: um tipo de desenho que pretende expressar alguma informação, normalmente
acompanhado de outras mídias, como o texto.
• Croqui ou esboço: um desenho rápido,
normalmente feito à mão sem a ajuda de demais
instrumentos que não propriamente os de traçado e o
papel, feito com a intenção de discutir determinadas
idéias gráficas ou de simplesmente registrá-las.
Normalmente são os primeiros desenhos feitos dentro
de um processo para se chegar a uma pintura ou
ilustração mais detalhada.
SUGESTÕES DE ATIVIDADES
ATIVIDADE 5- Produzir esboços de paisagens para realizar posterior pintura com tinta
guache.
ARTES-8º ANO 11
PERÍODO MUSICAL
BARROCO (concerto, a
sonata, a ópera e a oratória)
Música barroca é toda música ocidental correlacionada com
a época cultural homônima na Europa, que
vai desde o surgimento da ópera por
Claudio Monteverdi no século XVII, até a
morte de Johann Sebastian Bach, em 1750.
Trata-se de uma das épocas musicais de
maior extensão, fecunda, revolucionária e
importante da música ocidental, e
provavelmente também a mais influente.
As características mais importantes são o
uso do baixo contínuo, do contraponto e da
harmonia tonal, em oposição aos modos
gregorianos até então vigente. Na
realidade, trata-se do aproveitamento de dois modos: o modo jônico (modo "maior") e o
modo eólio (modo "menor").
Do Período Barroco na música surgiu o desenvolvimento tonal, como os tons
dissonantes por dentro das escalas diatônicas como
fundação para as modulações dentro de uma mesma
peça musical; enquanto em períodos anteriores,
usava-se um único modo para uma composição
inteira causando um fluir incidentalmente
consonante e homogêneo da polifonia. Durante a
música barroca, os compositores e intérpretes
usaram ornamentação musical mais elaboradas e ao
máximo, nunca usada tanto antes ou mais tarde
noutros períodos, para elaborar suas ideias; fizeram
mudanças indispensáveis na notação musical, e
desenvolveram técnicas novas instrumentais, assim
como novos instrumentos. A música, no Barroco,
expandiu em tamanho, variedade e complexidade de
performance instrumental da época, além de também
estabelecer inúmeras formas musicais novas, como a ópera.
Inúmeros termos e conceitos deste Período ainda são
usados até hoje.
Concerto é uma composição musical escrita para um ou
mais instrumentos solistas, cujo acompanhamento pode ser
feito por uma orquestra ou um piano. Modernamente o
termo tem sido empregado para qualquer espetáculo
musical, nos mais diferentes formatos. Durante o barroco o
estilo se desenvolveu para uma forma instrumental que
ARTES-8º ANO 12
SUGESTÕES DE ATIVIDADES
SUGESTÕES DE ATIVIDADES
2º BIMESTRE
ARTES-8º ANO 16
PERÍODOS HISTÓRICOS E
MOVIMENTOS ARTÍSTICOS-
expressionismo e o
fauvismo.
EXPRESSIONISMO
O expressionismo costuma ser
entendido como a deformação da realidade
para expressar mais subjetivamente a natureza
e o ser humano, dando importancia maior à
expressão dos sentimentos mais que à
descriçãoobjetiva da realidade.
Com as suas cores violentas e a sua temática
de solidão e de miséria, o expressionismo
refletiu a amargura que invadia os círculos
artísticos e intelectuais da Alemanha pré-bélica, bem como da Primeira Guerra Mundial
(1914-1918) e do período entre-guerras (1918-1939).
O expressionismo não foi um movimento homogêneo,
mas de uma grande diversidade estilística: houve um
expressionismo modernista (Munch), fauvista (Rouault),
cubista e futurista (Die Brücke), surrealista (Klee),
abstrato (Kandinsky), etc. Embora o seu maior centro de
difusão fosse na Alemanha, também foi percebido em
outros artistas europeus (Modigliani, Chagall, Soutine,
Permeke) e americanos (Orozco, Rivera, Siqueiros,
Portinari). Na Alemanha organizou-se nomeadamente
em torno de dois grupos: Die Brücke (fundado em 1905),
e Der Blaue
Reiter
(fundado em
1911),
embora
houvesse artistas não adestritos a nenhum grupo.
Depois da Primeira Guerra Mundial apareceu a
chamada Nova Objetividade que, se bem que
surgiu como recusa do individualismo
expressionista defendendo um caráter mais social
da arte, a sua distorção formal e o seu colorido
intenso tornam-nos herdeiros diretos da primeira
geração expressionista.
FAUVISMO
ARTES-8º ANO 17
SUGESTÕES DE ATIVIDADES
Danças de Salão(social):
Dança social interpretada normalmente por prazer, em salões, salas de baile e
similares. Podemos citar como exemplos o vanerão, o chote, a valsa, o bolero, o forró, etc.
Dança religiosa:
Utilizada em rituais religiosos, em agradecimento, como e o caso dos índios, além de
outros povos que utilizam esta dança.
SUGESTÕES DE ATIVIDADES
SUGESTÕES DE ATIVIDADES
LINGUAGEM DA ARTE-
fotografia
A palavra Fotografia vem do grego[fós] ("luz"), e
[grafis] ("estilo", "pincel") ou grafê, e significa "desenhar com
luz e contraste"..
Por definição, fotografia é, essencialmente, a técnica de criação de imagens por meio
de exposição luminosa, fixando esta em uma superfície sensível. A primeira fotografia
reconhecida remonta ao ano de 1826 e é atribuída ao francês Joseph Nicéphore Niépce.
Contudo, a invenção da fotografia não é obra de um só autor, mas um processo de acúmulo
de avanços por parte de muitas pessoas, trabalhando juntas ou em paralelo ao longo de
muitos anos. Se por um lado os princípios fundamentais da fotografia se estabeleceram há
décadas e, desde a introdução do filme fotográfico colorido, quase não sofreram mudanças,
por outro, os avanços tecnológicos têm sistematicamente possibilitado melhorias na
qualidade das imagens produzidas, agilização das etapas do processo
de produção e a redução de custos, popularizando o uso da fotografia.
Atualmente, a introdução da tecnologia digital tem modificado
drasticamente os paradigmas que norteiam o mundo da fotografia. Os
equipamentos, ao mesmo tempo que são oferecidos a preços cada vez
menores, disponibilizam ao usuário médio recursos cada vez mais
sofisticados, assim como maior qualidade de imagem e facilidade de
uso. A simplificação dos processos de captação, armazenagem,
impressão e reprodução de imagens proporcionados intrinsecamente
pelo ambiente digital, aliada à facilidade de integração com os
recursos da informática, como organização em álbuns, incorporação de imagens em
documentos e distribuição via Internet, têm ampliado e democratizado o uso da imagem
fotográfica nas mais diversas aplicações. A incorporação da câmera fotográfica aos aparelhos
de telefonia móvel têm definitivamente levado a fotografia ao cotidiano particular do
indivíduo.
Dessa forma, a fotografia, à medida que se torna uma experiência cada vez mais
pessoal, deverá ampliar, através dos diversos perfis de fotógrafos amadores ou profissionais,
o já amplo espectro de significado da experiência de se conservar um momento em uma
imagem.
A fotografia não é a obra final de um único criador. Ao longo da história, diversas
pessoas foram agregando conceitos e processos que deram origem à fotografia como a
conhecemos. O mais antigo destes conceitos foi o da câmara escura, descrita pelo
napolitano Giovanni Baptista Della Porta, já em 1558, e conhecida por Leonardo da Vinci[6]
que a usava, como outros artistas no século XVI para esboçar pinturas.
O cientista italiano Angelo Sala, em 1604, percebeu que um composto de prata
escurecia ao Sol, supondo que esse efeito fosse produzido pelo calor. Foi então que, Johann
Heinrich Schulze fazendo experiências com ácido nítrico, prata e gesso em 1724, determinou
ARTES-8º ANO 24
que era a prata halógena, convertida em prata metálica, e não o calor, que provocava o
escurecimento.
A primeira fotografia reconhecida é uma imagem produzida em 1826 pelo francês
Joseph Nicéphore Niépce, numa placa de estanho coberta com um derivado de petróleo
fotossensível chamado Betume da Judéia. A imagem foi produzida com uma câmera, sendo
exigidas cerca de oito horas de exposição à luz solar.
Nièpce chamou o processo de "heliografia", gravura
com a luz do Sol. Paralelamente, outro francês,
Daguerre, produzia com uma câmera escura efeitos
visuais em um espetáculo denominado "Diorama".
Daguerre e Niépce trocaram correspondência
durante alguns anos, vindo finalmente a firmarem
sociedade.
Após a morte de Nièpce, Daguerre
desenvolveu um processo com vapor de mercúrio
que reduzia o tempo de revelação de horas para minutos. O processo foi denominado
daguerreotipia. Daguerre descreveu seu processo à Academia de Ciências e Belas Artes, na
França e logo depois requereu a patente do seu invento na Inglaterra. A popularização dos
daguerreótipos, deu origem às especulações sobre o "fim da pintura", inspirando o
Impressionismo.
Imagem da primeira fotografia permanente do mundo feita por Nicéphore Niépce, em 1825.
O britânico William Fox Talbot, que já efetuava pesquisas com papéis fotossensíveis, ao
tomar conhecimento dos avanços de Daguerre, em 1839, decidiu apressar a apresentação
de seus trabalhos à Royal Institution e à Royal Society, procurando garantir os direitos sobre
suas invenções. Talbot desenvolveu um diferente processo denominado calotipo, usando
folhas de papel cobertas com cloreto de prata, que posteriormente eram colocadas em
contato com outro papel, produzindo a imagem positiva. Este processo é muito parecido
com o processo fotográfico em uso hoje, pois também produz um negativo que pode ser
reutilizado para produzir várias imagens positivas. À época, Hippolyte Bayard também
desenvolveu um método de fotografia. Porém, por demorar a anunciá-lo, não pôde mais ser
reconhecido como seu inventor.
No Brasil, o Francês radicado em
Campinas, São Paulo, Hércules
Florence conseguiu resultados
superiores aos de Daguerre, pois
desenvolveu negativos. Contudo,
apesar das tentativas de
disseminação do seu invento, ao
qual denominou "Photographie" -
foi o legítimo inventor da palavra -
não obteve reconhecimento à
época. Sua vida e obra só foram
devidamente resgatadas em 1976
por Boris Kossoy.
A fotografia então
popularizou-se como produto de consumo a partir de 1888. A empresaKodak abriu as portas
com um discurso de marketing onde todos podiam tirar suas fotos, sem necessitar de
fotografos profissionais com a introdução da câmera tipo "caixão" e pelo filme em rolos
substituíveis criados por George Eastman.
ARTES-8º ANO 25
SUGESTÕES DE ATIVIDADES
3º BIMESTRE
ARTES-8º ANO 27
O MEIO AMBIENTE E A
ARTE (reutilização de
elementos naturais e
produzidos)
Arte sustentável vira
ferramenta para conscientização
ambiental, quando se fala cada
vez mais em meio ambiente,
principalmente em cuidar do meio
ambiente. Dentro deste objetivo
aparece a reciclagem e a
reutilização de certos materiais
para a produção de novos ou para
serem reutilizados em arte.
Reciclagem é um conjunto
de técnicas que tem por finalidade
aproveitar os detritos e reutiliza-
los no ciclo de produção de que saíram. E o resultado de uma série de atividades, pela qual
materiais que se tornariam lixo, ou estão no lixo, são desviados, coletados, separados e
processados para serem usados como matéria-prima na manufatura de novos produtos.
Reciclagem é um termo originalmente utilizado para indicar o reaproveitamento (ou
a reutilização) de um polímero no mesmo processo em que, por alguma razão foi rejeitado.
Reciclar outro termo usado ,é na verdade fazer a reciclagem.
O retorno da matéria-prima ao ciclo de produção é denominado reciclagem, embora
o termo já venha sendo utilizado popularmente para designar o conjunto de operações
envolvidas. O vocábulo surgiu na década de 1970, quando as preocupações ambientais
passaram a ser tratadas com maior rigor, especialmente após o primeiro choque do
petróleo, quando reciclar ganhou importância estratégica. As indústrias recicladoras são
também chamadas secundárias, por processarem matéria-prima de recuperação. Na maior
parte os processos, o produto reciclado é completamente diferente do produto inicial.
Objetos artesanais são aqueles feitos a mão, um de cada vez, reutilizando materiais
que seriam jogados fora e transformados em novos materiais. As pessoas que fazem esse
tipo de trabalho são os artesãos. Por ser produzido manualmente, o objeto artesanal tem
características individuais, que fazem dele uma peça única. Por isso, seu valor econômico é
maior do que o de um produto feito em série nas indústrias.
Um artesão, ao reaproveitar materiais, gasta menos na compra da matéria-prima
utilizada para confeccionar seus produtos. Em contrapartida, para reutilizar um material, na
maioria das vezes, é preciso prepará-lo, executando várias tarefas, como limpeza,
prensagem e corte o que acarreta novos custos.
Para a indústria, utilizar material reciclado é mais complicado, porque depende de
mudanças profundas nas linhas de produção das fábricas, como na implantação de novas
ARTES-8º ANO 28
máquinas. Mas essa mudança pode ser feita. Hoje em dia já se faz papel reciclado
industrialmente, e as latas de alumínio de refrigerante também são recicladas. O trabalho de
recolher esses materiais para a reciclagem é atualmente fonte de renda para muitas
pessoas.
Reduzir o desperdício, reutilizar material descartável e reciclar matéria-prima são
hoje preocupações das indústrias, dos artesãos e de toda a sociedade. Por isso, antes de
jogar algum objeto no lixo, pense se ele realmente não pode ser reaproveitado por você
mesmo, ou se você não pode descartá-lo em postos de coleta de lixo reciclável. Experimente
olhar para esses materiais com curiosidade e interesse. Provavelmente, você vai encontrar
formas de reutilizar aqueles que aparentemente não têm mais utilidade.
FRANS KRAJECBERG
Fez diversas viagens à Amazônia e ao Pantanal
mato-grossense, locais onde o desmatamento
excessivo lhe chamou a
atenção. Além de fotografar a
destruição ambiental, recolhia
material para execução de suas
esculturas, como raízes e
troncos de árvores mortas,
provenientes de derrubadas e
queimadas.
OUTRAS IMAGENS
ARTES-8º ANO 29
SUGESTÕES DE ATIVIDADES
ÓPERA (DIFUSÃO,
CARACTERÍSTICAS,
COMPOSITORES, ETC.)
Ópera é um gênero artístico que consiste num drama
encenado com música. O drama é apresentado utilizando os
elementos típicos do teatro, tais como cenografia, vestuários e atuação. No entanto, a letra
da ópera (conhecida como libreto) é cantada em lugar de ser falada. Os cantores são
acompanhados por um grupo musical, que em algumas óperas pode ser uma orquestra
sinfônica completa.
Os cantores e seus personagens são classificados de acordo com seus timbres vocais.
Os cantores masculinos classificam-se em baixo, baixo-barítono (ou baixo-cantor), barítono,
tenor e contratenor. As cantoras femininas classificam-se em contralto, mezzo-soprano e
soprano. Cada uma destas classificações tem subdivisões, como por exemplo: um barítono
pode ser um barítono lírico, um barítono de caráter ou um barítono bufo, os quais associam
a voz do cantor com os personagens mais apropriados para a qualidade e o timbre de sua
voz
Origem
A palavra opera significa "obras" em Latim, plural de opus ("obra", na mesma língua),
sugerindo que esta combina as artes de cantocoral e solo, recitativo e balé, em um
espetáculo encenado.
A primeira obra considerada uma ópera, no sentido geralmente entendido, data
aproximadamente do ano 1597. Foi chamada Dafne (atualmente desaparecida), escrita por
Jacopo Peri para um círculo elitista de humoristas florentinos letrados, cujo grupo era
conhecido como a Camerata. Dafne foi uma tentativa de reviver a tragédia grega clássica,
como parte de uma ampla reaparição da antiguidade que caracterizou o Renascimento. Um
trabalho posterior de Peri, Eurídice, que data do ano 1600, é a primeira ópera que
sobreviveu até a atualidade. Não obstante, o uso do termo ópera começa a ser utilizado a
partir de meados do século XVII para definir as peças de teatro musical, às quais se referia,
até então, com formulações universais como Dramma per Música (Drama Musical) ou
Favola in Música (fábula musical). Diálogo falado ou declamado - chamado recitativo em
ópera - acompanhado por uma orquestra, é a característica fundamental do melodrama, no
seu sentido original.
Ópera no Brasil
A ópera era uma forma de lazer no século XIX, tocada muito nos Saraus (um evento
cultural ou musical realizado geralmente em casa particular onde as pessoas se encontram
para se expressarem ou se manifestarem artisticamente).
A primeira ópera composta e estreada em solo brasileiro foi I Due Gemelli, de José
Maurício Nunes Garcia, cujo texto se perdeu posteriormente. Porém, considera-se a
primeira ópera genuinamente brasileira, com texto em português, A Noite de São João, de
Elias Álvares Lobo.
O compositor de óperas brasileiro mais famoso foi, sem dúvida, Carlos Gomes. Embora
tenha estreado boa parte de suas óperas na Itália e muitas delas com texto em italiano,
Carlos Gomes freqüentemente usava temáticas tipicamente brasileiras, como as óperas Il
ARTES-8º ANO 31
Guarany e Lo Schiavo, sendo um nome bastante reconhecido em seu tempo, tanto no Brasil
quanto na Itália.
Outros compositores de ópera brasileiros notáveis foram Heitor Villa-Lobos, autor de
óperas como Izaht e Aglaia, e Mozart Camargo Guarnieri, autor de Um Homem Só. Nos
tempos atuais, a ópera brasileira continua sendo composta e tende a seguir as tendências da
música de vanguarda, tais como Olga, de Jorge Antunes, A Tempestade, de Ronaldo
Miranda, e O Cientista, de Silvio Barbato.
De grande importância temos também Elomar Figueira Mello, que compôs em 1983
"Auto da Catingueira", uma ópera em cinco movimentos e ainda as "Árias Sertanicas" já em
1992, além de vários outros trabalhos, sempre com a temática, cenas, momentos
envolvendo histórias de vida vividas ou passadas. O compositor Brasiliense Joao MacDowell
tem obtido grande sucesso com encenações de sua ópera bilingue Tamanduá, encenada em
Nova York e New Jersey. A história conta a jornada de uma jornalista norte-americana no
Brasil, envolvida em um triangulo amoroso e elementos da religiosidade como candomblé e
pajelança. A música mistura elementos contemporâneos e ritmos brasileiros.
SUGESTÕES DE ATIVIDADES
Heitor Villa-Lobos, autor de óperas como Izaht e Aglaia, e Mozart Camargo Guarnieri,
autor de Um Homem Só. Nos tempos atuais, a tais como Olga, de Jorge Antunes, A
Tempestade, de Ronaldo Miranda, e O Cientista, de Silvio Barbato.
Elomar Figueira Mello, que compôs em 1983 "Auto da Catingueira", uma ópera em
cinco movimentos e ainda as "Árias Sertanicas" já em 1992,
O compositor Brasiliense Joao MacDowell tem obtido grande sucesso com
encenações de sua ópera bilingue Tamanduá, encenada em Nova York e New Jersey
ARTES-8º ANO 33
Respiração e Relaxamento
A respiração deverá ser: Baixa, abdominal ou diafragmática. Na respiração baixa, temos a
sensação de encher a barriga de ar, sem que os pulmões se movam, é apenas um
estendimento da musculatura abdominal. Por isso dizemos respiração abdominal. O ar
enche os pulmões, mas o controle é através da distensão abdominal.
ARTES-8º ANO 34
Relaxamento
Os principais pontos de tensão de um cantor são: a musculatura das costas, claviculares,
garganta e face. Todo o resto é muito variável, de acordo com as características das pessoas.
Mas para se ter uma boa voz, é necessário atender a essas duas importantes condições. Na
técnica vocal bem realizada, a pressão do ar conduz o som aos ressoadores. O sistema de
ressonância tem, pois uma importância excepcional sobre a voz, primeiro porque é
voluntário e segundo porque influi modificando para bem ou para mal a vibração laríngea.
Através da técnica vocal em conjunto com os vocalizes, a voz é direcionada para as
ressonâncias cranianas, melhorando sua qualidade, extensão e emissão.O cantor deverá
dirigir o som em direção a parte anterior de seu palato, atrás dos incisivos superiores.
A técnica vocal, não deve ser interrompida nunca. Sempre há na impostação da voz e
no canto, algo a aprender, buscar e aperfeiçoar. Se quiser cantar bem e durante muitos
anos, o cantor deverá estudar bem e durante muito tempo. Tanto a voz cantada como a voz
falada requer trabalho e uma correta impostação da voz.
A voz colocada no lugar certo, é agradável, não cansa e é capaz de trabalhar por longo
período.
Problemas da voz:
Disfonia - são as alterações da voz. Existem vários tipos de disfonias, mas vamos
observar apenas uma: As disfonias por abusos ou mau uso voz. É frequente quando
causada por exercícios forçados de canto. Normalmente é devida ao uso excessivo da
voz e se recupera com descanso. Outras vezes, o cansaço vocal é puramente de
origem psíquica. É comum profissionais da voz assim como professores, atendentes
de telemarketing, telefonistas e palestrantes apresentarem disfonias vocais. A
rouquidão é o primeiro sinal de que se está utilizando a voz de uma maneira errada.
Não existe voz rouca. A rouquidão deve ser pesquisada e tratada. Sua persistência é
indício de que, se já não houver um problema, futuramente poderá haver.
As cordas vocais, músculos sensíveis, quando muito exigidas, com uma carga excessiva de
esforço ou trabalhando sem um apoio de ar, podem ficar seriamente danificadas causando:
rouquidão, calos, nódulos, pólipos ou fendas.
Com a técnica vocal correta e bem dirigida, podem-se reverter casos de nódulos e fendas. Já,
casos de calos ou pólipos, às vezes são indicados cirurgias.
A produção da voz envolve vários órgãos que trabalhando em conjunto fazem "soar" nossa
voz.
O aparelho fonador é dividido em 5 partes:
1 - PRODUTOR
componentes - pulmões, músculos abdominais, músculos intercostais, músculos extensores
da coluna
função - produzem a coluna de ar que pressiona a laringe produzindo som nas cordas vocais
2 - VIBRADOR
componente - laringe
função - produz som fundamental
ARTES-8º ANO 35
3 - RESSONADOR
componentes - cavidade nasal,
faringe, boca
função - ampliam o som
4 – ARTICULADOR
componentes - lábios, língua,
palato duro, palato mole,
mandíbula
função - articulam e dão sentido
ao som, transformando sons em
nasais e orais
5 - SENSOR / COORDENADOR
componente - ouvido, localiza e
conduz o som; cérebro analisa,
registra e analisa o som
função - captam, selecionam e interpretam o som
PRODUÇÃO DA VOZ
A voz ou a vocalização é produzida pela vibração das cordas vocais. O ar expiratório
que vem dos pulmões - a produção dessa coluna de ar é feita através do tórax, de músculos
respiratórios e do diafragma que, na expiração do ar é erguido - passa pelas pregas vocais
inferiores, que são as cordas vocais verdadeiras, aproximando-as e fazendo com que elas
vibrem.
CÂNONE
Chama-se cânone a forma polifônica, em que as vozes imitam a linha melódica cantada
por uma primeira voz, entrando cada voz, uma após a outra, uma retomando o que a outra
acabou de dizer, enquanto a primeira continua o seu caminho: é uma espécie de corrida
onde a segunda jamais alcança a primeira.
SUGESTÕES DE ATIVIDADES
ARTES-8º ANO 36
MÍDIA
No Brasil, o termo mídia foi criado a partir do
aportuguesamento do inglês "media", para designar a
função, o profissional, a área, o trabalho de mídia ou o
ato de planejar, desenvolver, pensar e praticar mídia,
nas agências de publicidade.
Isto aconteceu porque até o final da década de
1960, nas agências de publicidade, a área era chamada
de "departamento de media", com a grafia inglesa. E
eram comuns brincadeiras jocosas que as pessoas faziam misturando "trabalhar em media",
com a expressão pejorativa "fazer média".
Em parte por isso, e de outra parte, para especificar melhor o significado do termo
dentro do mercado publicitário, ao formarem o Grupo de Mídia São Paulo – cuja primeira
reunião aconteceu em 15 de agosto de 1968 –, seus fundadores tiveram a feliz idéia de
adotar o “i”, aportuguesando a palavra para "mídia". O mercado relutou um pouco para
assimilar essa forma, mas em meados dos anos 70 até o anuário da editora Meio &
Mensagem já saía grafado como "Anuário de Mídia".
Vários anos depois, nos artigos que escrevia para a Folha de S. Paulo, de Nova York,
o jornalista Paulo Francis passou a escrever “mídia” ao se referir à grande imprensa, que
abriga os grandes veículos com reconhecida influência na população e nos governos. E
depois, passou a usar “mídia" para os meios de comunicação em geral.
Não demorou muito para que toda a imprensa brasileira, tanto os jornalistas bem
conceituados, como também apresentadores de auditório e artistas, passassem a se referir
aos meios de comunicação como “a mídia”. E com a popularização da informática, hoje o
termo também é usado até para designar os discos de CD e DVD.
PUBLICIDADE
A publicidade é uma atividade profissional dedicada à difusão pública de
idéias associadas a empresas, produtos ou serviços, especificamente, propaganda comercial.
Divulgação de produtos, serviços e idéias junto ao público, tendo em vista induzi-lo a uma
atitude dinâmica favorável. Nesse sentido geral, a publicidade é parte da técnica de
comunicação. Em sentido estrito, tem um caráter comercial e, então, é parte de um todo
que se chama 'mercadologia' ou conjunto de meios adotados para levar o produto ou
serviço ao consumidor.
Publicidade é um termo que pode englobar diversas áreas de conhecimento que
envolvam esta difusão comercial de produtos, em especial atividades como o
planejamento, criação, produção e veiculação de peças publicitárias. Pode-se traçar a
história da publicidade desde a antiguidade. Foi, porém, após a Revolução Francesa (1789),
ARTES-8º ANO 39
que a publicidade iniciou a trajetória que a levaria até o seu estágio atual
de importância e desenvolvimento.
Hoje, todas as atividades humanas se beneficiam como o uso da
publicidade: Profissionais liberais, como médicos, engenheiros, divulgam
por meio dela, os seus serviços; os artistas anunciam suas exposições,
seus discos, seus livros, CDs e etc.…, a própria ciência vem utilizando os
recursos da publicidade, promovendo suas descobertas e seus
congressos por meio de cartazes, revistas, jornais, filmes, Internet e
outros.
PROPAGANDA
É um modo específico de apresentar informação sobre
um produto, marca, empresa que visa influenciar a atitude de uma audiência para uma
causa, posição ou atuação.
SUGESTÕES DE ATIVIDADES
4º BIMESTRE
ARTES-8º ANO 41
PERÍODOS HISTÓRICOS E
MOVIMENTOS ARTÍSTICOS –
cubismo, dadaísmo e
abstracionismo
CUBISMO
Foi considerado o movimento artístico que tentou representar as diversas perspectivas
de um objeto ou figura, a tridimensionalidade, transformando os objetos como se fossem
cubos. Possuiu três fase:
1ª fase- cubismo: simplificação das formas
2ª fase- cubismo analítico: objetos fragmentados, obras monocromática( 1 cor)
3ª fase cubismo sintético ou de colagem: figuras reconhecíveis uso de colagens
diversa.
Artistas: Georges Braque( 1882-1963) , Juan Gris (1887-1927) , Pablo Picasso( 1881-1973)
Fernand Léger(1881-1995), Francis Picabia ( 1879- 1953)*.
DADAÍSMO
O movimento dadá ou dadaísmo, se iniciou em Zurique, em 1916, com um grupo de
pintores e poetas que foram para a Suiça, fugindo da I Guerra Mundial. Os dadaístas
rejeitavam qualquer dimensão lógica na arte. Duchamp, por exemplo, pegou uma
reprodução de Monalisa, de Leonardo da Vinci,desenhou nela um bigode e assinou a obra.
Outros artistas: Marcel Duchamp ( 1887-1968),Kurt Schwirtters( 1887-1948) e De Chirico.
ABSTRACIONISMO
ARTES-8º ANO 42
Movimento artístico que usa o abstrato. A maior parte dos artistas, representa o objeto de
suas obras de formas geométricas ou por simplificações que não tem referencia direta com a
realidade. Entre eles destaca- se: Piet Mondrian( 1827-1944). Wassily Kandinsky( 1866-
1944)p, Paul Klee( 1879-1940).
SUGESTÕES DE ATIVIDADES
MÚSICAS FOLCLÓRICAS
BRASILEIRAS
O folclore é o conjunto das manifestações
coletivas produzidas entre o povo na esfera das artes,
costumes, crenças, etc.
A música folclórica é uma destas manifestações
e representa um sinal ou marca cultural inconfundível de
cada povo.
Frequentemente interligadas, muitas formas
musicais, seja puramente de instrumento ou com canto,
são ritmos de dança, como o cateretê, a polca, o maxixe,
o lundu, o baião, o samba, o frevo, o xaxado, o fandango,
a vanera, o xote, o maracatu, a ciranda, o jongo, a tirana,
a catira, o
batuque, o
pau-de-fita, a
quadrilha, as cantigas de roda, sendo bem
conhecidas as melodias Escravos de Jó, Sapo
Cururu, O Cravo e a Rosa, Ciranda-Cirandinha e
Atirei o Pau no Gato. Outros exemplos de música
são os acalantos, como o Dorme, neném, que a
Cuca vem pegar; as modinhas, desafios e
repentes; as cantigas de trabalho, velório e
cemitério; as serestas, as modas de viola; as
ladainhas, responsórios e outros cânticos sacros
ARTES-8º ANO 45
SUGESTÕES DE ATIVIDADES
PERÍODO MUSICAL –
CLASSICISMO (equilíbrio da
linha melódica,
expressividade e a forma
musical).
Período clássico é o período da música erudita ocidental entre a segunda metade do
século XVIII e o início do século XIX, caracterizada pela claridade, simetria e equilíbrio. Os
compositores mais conhecidos do período são Franz Joseph Haydn (1732-1809), Wolfgang
Amadeus Mozart (1756-1791) e Ludwig van Beethoven (1770-1827), embora este último
mostrasse características do Romantismo desde sua Terceira Sinfonia.
Na cultura ocidental, a segunda metade do século XVIII coincidiu com a última parte do
Período do Iluminismo. Este movimento, humanitário e secular por natureza, enfatizava a
razão, a lógica e o conhecimento. Aqueles que se baseavam na religião, na superstição e no
sobrenatural para manterem as posições de poder, viram a sua autoridade questionada e
eventualmente reduzida. A crença nos direitos humanos e na irmandade sobrepôs-se ao
direito divino dos reis, até então considerado inegável. Ambas as revoluções americana e
francesa foram combatidas durante esta metade do século. Considerando este período
como um grande ponto de reviravolta, os filósofos e escritores promoveram a razão em
detrimento do costume ou da tradição como o melhor guia da conduta humana. Uma
mudança paralela ocorreu na música ocidental durante a segunda metade do século XVIII.
Denominado normalmente "Período Clássico", este período musical era caracterizado pela
objetividade (controle, brilho e requinte), claridade, periodicidade (fraseologia regular) e
equilíbrio.
No período clássico a música torna-se mais leve e menos complicada que no barroco.
Agora a música revela uma extrema suavidade e beleza com grande equilíbrio e perfeição
estética.
No classicismo é a melodia com acompanhamento de acordes que
predomina. As frases melódicas são curtas, claras e bem definidas, sentindo-se o princípio,
meio e fim de cada uma. Há também uma maior variação em relação à dinâmica das obras
musicais, surge o sforzatto, o crescendo e diminuendo. A sonoridade resultante de todas
estas características é bastante tonal.
O cravo cai em desuso para dar lugar ao piano que o irá substituir definitivamente.
Também a orquestra toma maiores proporções ao mesmo tempo que diversifica os seus
instrumentos.
Piano: instrumento de tecla e percussão, com teclado, cordas, caixa de ressonância e
martelo (para percutir as cordas).normalmente tem 88 teclas, com uma extensão de 7 ou 8
oitavas.
Desenvolvem-se grandes gêneros instrumentais como: a forma sonata, o quarteto de
cordas, a sinfonia e o concerto.
Forma sonata: é uma das principais formas musicais usada pelos compositores da época. A
forma sonata tem 3 secções principais intituladas: Exposição, Desenvolvimento e
reexposição.
ARTES-8º ANO 47
SUGESTÕES DE ATIVIDADES
MÚSICA POPULAR
BRASILEIRA festivais da
canção, a tropicália e o rock
nacional (anos 80).
O Tempo dos Festivais da Canção
Os Festivais da Canção, que tiveram seu auge no fim dos anos 60, foram eventos
musicais que possuíam um apelo similar a de uma final de Copa do Mundo dos dias de hoje,
tamanha era a mobilização da população que, literalmente, vestia a camisa de seu cantor
e/ou música preferida, comportando-se como um verdadeiro torcedor.
Em abril de 1965 ocorreu o primeiro festival de música popular brasileira transmitido
pela TV Excelsior, de São Paulo. Devido ao sucesso retumbante, a emissora promoveu, no
ano seguinte, a segunda edição do evento, novamente cercado de pleno êxito. Foi tão
grande a repercussão que a TV Record (SP) também decidiu investir no modelo e criou o seu
próprio festival, ainda no ano de 1966. Em 1967 foi realizado o III Festival de Música Popular
Brasileira, pela TV Excelsior, a versão mais famosa de todas, que revelou vários novos
compositores e intérpretes que acabaram escrevendo um pouco da história da música
brasileira, como Chico Buarque, Caetano Veloso, Gilberto Gil e Elis Regina.
Paralelamente aos festivais paulistas, a então iniciante TV Globo lançou o Festival
Internacional da Canção (FIC), que tinha o seu maior destaque na eliminatória brasileira,
também lançando nomes definitivos na nossa música, como Milton Nascimento, Ivan Lins,
Raul Seixas, Beth Carvalho e muitos e muitos outros.
O que se cantava na década de 1960?
Ao falar-se em música brasileira da década de 60 deve-se pensar em quatro gêneros: Jovem
Guarda, Bossa Nova, Tropicália e MPB, que, por sua vez, eram divididos em dois grupos: os
“alienados” (Jovem Guarda e Bossa Nova) e os “engajados” (MPB e Tropicália).
A Música de Protesto
A palavra festival vem do latim “festivitas”, que significa tanto ‘um dia de festa’
quanto ‘uma maneira engenhosa de dizer’. E essa maneira engenhosa faz-se muito presente
nos festivais da década de 1960, precisamente pelo caráter crítico à ditadura militar vigente
no período.
ARTES-8º ANO 49
A TROPICÁLIA
O Tropicalismo foi um movimento de ruptura que sacudiu o ambiente da música
popular e da cultura brasileira entre 1967 e 1968. Seus participantes formaram um grande
coletivo, cujos destaques foram os cantores-compositores Caetano Veloso e Gilberto Gil,
além das participações da cantora Gal Costa e do cantor-compositor Tom Zé, da banda
Mutantes, e do maestro Rogério Duprat. A cantora Nara Leão e os letristas José Carlos
Capinan e Torquato Neto completaram o grupo, que teve também o artista gráfico,
compositor e poeta Rogério Duarte como um de seus principais mentores intelectuais.
Tudo começou com o aparecimento de bandas como a Gang 90, seguida por sua
contrapartida carioca, a Blitz e seu grande sucesso "Você não soube me amar". O auge da
Blitz aconteceu em 1985, no show do Rock in Rio. Liderada por Evandro Mesquita, a banda
tinha como característica marcante as performances teatrais no palco, que se tornaram
ARTES-8º ANO 51
grandes brincadeiras responsáveis pela animação coletiva do público que comparecia aos
shows.
Outro marco importante do BRock foram os shows no “Circo Voador”, local que se
tornou o berço de várias bandas que estouraram naquela época, que revelaram “Paralamas
do Sucesso”, “Kid Abelha e Os Abóboras Selvagens”, “Gang 90”, “Barão Vermelho”, entre
outras. Destas, as que tiveram mais destaque (e continuam tocando e fazendo relativo
sucesso até hoje) são os “Paralamas”, “Kid Abelha” e “Barão Vermelho”.
SUGESTÕES DE ATIVIDADES