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ENSINO

FUNDAMENTAL

ARTES 8º ANO

ANDRÉIA KRAUSS DE FRANÇA


LIVRO DO PROFESSOR
ENSINO FUNDAMENTAL
ARTES-8º ANO 2

Imagem da capa: De Olho nas Frutas Tropicais, 2001, acrílica sobre tela, Maurício de
Souza.

Elaboração do texto, projeto gráfico, diagramação, capa, pesquisa


iconográfica e fotomontagens:

Professora: Andréia Krauss de França


ARTES-8º ANO 3

SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO...................................................................................................................5
UNIDADE I- 1º BIMESTRE ................................................................................................. 6
CAPÍTULO 1-GÊNERO DE PINTURA - NATUREZA-MORTA ....................................................................7
CAPÍTULO 2 -LINGUAGEM DA ARTE – DESENHO ............................................................................ 8
CAPÍTULO 3-PERÍODO MUSICAL – BARROCO (CONCERTO, A SONATA, A ÓPERA E A
ORATÓRIA)................................................................................................................................11
CAPÍTULO 4-ELEMENTOS DA LINGUAGEM VISUAL (EXPRESSIVIDADE E INFLUÊNCIA DA COR
NO COTIDIANO)........................................................................................................................13
UNIDADE II- 2º BIMESTRE ............................................................................................ 15
CAPÍTULO 1-PERÍODOS HISTÓRICOS E MOVIMENTOS ARTÍSTICOS - EXPRESSIONISMO E O
FAUVISMO ......................................................................................................................................... 16
CAPÍTULO 2-GÊNEROS DE DANÇA (FOLCLÓRICA, ÉTNICA, SOCIAL, RELIGIOSA ETC.)...................19
CAPÍTULO 3- TEATRO – GÊNERO DE COMÉDIA E DRAMA .......................................................21
CAPÍTULO 4 -LINGUAGEM DA ARTE – FOTOGRAFIA23
UNIDADE III- 3º BIMESTRE............................................................................................26
CAPÍTULO 1- O MEIO AMBIENTE E A ARTE (REUTILIZAÇÃO DE ELEMENTOS NATURAIS E
PRODUZIDOS)....................................................................................................................................27
CAPÍTULO 2- ÓPERA (DIFUSÃO, CARACTERÍSTICAS, COMPOSITORES ETC.)................................30
CAPÍTULO 3- MÚSICA VOCAL: TÉCNICA VOCAL, FISIOLOGIA DA VOZ, FALA E CANTO,
CÂNONE ...................................................................................................................................33
CAPÍTULO 4-ARTES GRÁFICAS (MÍDIA, PUBLICIDADE E PROPAGANDA)............................38
UNIDADE IV- 4º BIMESTRE............................................................................................40
CAPÍTULO 1- PERÍODOS HISTÓRICOS E MOVIMENTOS ARTÍSTICOS – CUBISMO, DADAÍSMO E
ABSTRACIONISMO.............................................................................................................................41
CAPÍTULO 2- MÚSICAS FOLCLÓRICAS BRASILEIRAS....................................................................44
CAPÍTULO 3-PERÍODO MUSICAL – CLASSICISMO (EQUILÍBRIO DA LINHA MELÓDICA,
EXPRESSIVIDADE E A FORMA MUSICAL)...................................................................................46
CAPÍTULO 4- MÚSICA POPULAR BRASILEIRA - FESTIVAIS DA CANÇÃO, A TROPICÁLIA E O
ROCK NACIONAL (ANOS 80).................................................................................................48
ARTES-8º ANO 4
ARTES-8º ANO 5

APRESENTAÇÃO

Caro aluno,
Essa apostila foi feita com a colaboração dos professores de artes da Rede Municipal
de Ensino de Major Vieira-SC
O material aqui exposto foi baseado nas Diretrizes Curriculares Municipais, buscando
um melhor entendimento e visualização dos alunos, facilitando assim sua aprendizagem.
Este material, além de conter noções básicas da linguagem visual, contem também
estilos artísticos, descrevendo suas principais características formais, estéticas, simbólicas e
históricas, procurando contextualizar as obras, assim como citar os artistas que mais se
destacaram em determinado momento, dada a relevância e significado de sua proposta
artística na História da Arte.
As imagens das principais obras que caracterizam os períodos e estilos artísticos
acompanham o texto de maneira que sirvam de referência visual e recurso didático.
Utilize deste material da melhor maneira possível sem estragá-lo, pois ele servirá
também para os próximos alunos, e bons estudos.
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1º BIMESTRE
ARTES-8º ANO 7

GÊNERO DE PINTURA
- NATUREZA-MORTA
Natureza morta é uma pintura que representa objetos sem vida. Nesses quadros não
aparecem pessoas nem paisagens. Com freqüência esses objetos estão sobre uma mesa e
representam coisas do cotidiano, como alimentos, por exemplo.

Existiram artistas que se destacaram no desenvolvimento deste gênero de pintura,


como por exemplo:

SUGESTÕES DE ATIVIDADES

ATIVIDADE 1- Realizar uma composição sobre o tema (caderno de desenho).

ATIVIDADE 2- Realizar desenho e pintura com tinta guache em cartoplex sobre o tema.
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LINGUAGEM DA ARTE-
desenho
Desenho
É o processo pelo qual uma superfície é marcada aplicando-se
sobre ela a pressão de uma ferramenta (em
geral, um lápis, carvão, nanquim, grafite, pastel,
caneta, pincel etc.) e movendo-a, de forma a
surgirem pontos, linhas e formas planas. O
resultado deste processo (a imagem obtida)
também pode ser chamado de desenho.
Desta forma, um desenho manifesta-se
essencialmente como uma composição
bidimensional. Quando esta composição possui
certa intenção estética, o desenho passa a ser
considerado uma expressão artística.
A escolha dos meios e materiais está
intimamente relacionada à técnica escolhida
para o desenho. Um mesmo objeto desenhado
a bico de pena e a grafite produz resultados
absolutamente diferentes.
As ferramentas de desenho mais comuns
são o lápis, o carvão, os pastéis, crayons e pena
e tinta. Muitos materiais de desenho são à base
de água ou óleo e são aplicados secos, sem
nenhuma preparação.
Existem meios de desenho à base d'água (o "lápis-aquarela", por exemplo), que
podem ser desenhados como os lápis normais, e então umedecidos com um pincel molhado
para produzir vários efeitos. Há também pastéis oleosos e lápis de cera.
Desde a invenção do papel, no século XIV, ele se torna o suporte dominante para a
realização de desenhos. É possível classificar o desenho em função dos instrumentos
utilizados para a sua execução, ou da ausência deles. Pode-se pensar ainda em modalidades
distintas do registro de acordo com as finalidades almejadas.
Entre as várias modalidades de desenho,
incluem-se:
• Desenho técnico ou industrial: uma forma
padronizada e normatizada de desenho,
voltado à representação de peças, objetos e
projetos inseridos em um processo de
produção.
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• Desenho
arquitetônico:
desenho voltado
especialmente ao
projeto de arquitetura
realizado, de modo
geral, com o auxílio de
réguas, compassos,
esquadros e outros
instrumentos.
• Desenho científico:
empregado na zoologia, na botânica e anatomia (fartamente empregados como ilustrações
de manuais didáticos)
• Ilustração: um tipo de desenho que pretende expressar alguma informação, normalmente
acompanhado de outras mídias, como o texto.
• Croqui ou esboço: um desenho rápido,
normalmente feito à mão sem a ajuda de demais
instrumentos que não propriamente os de traçado e o
papel, feito com a intenção de discutir determinadas
idéias gráficas ou de simplesmente registrá-las.
Normalmente são os primeiros desenhos feitos dentro
de um processo para se chegar a uma pintura ou
ilustração mais detalhada.

SUGESTÕES DE ATIVIDADES

ATIVIDADE 1-Assistir documentário DESENHO, ARTE E CRIAÇÃO ( coleção Arte na Escola)

ATIVIDADE 2- Produzir desenhos representando peças ou objetos já existentes ou inventar


novos.
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ATIVIDADE 3- Realizar desenhos de construções arquitetônicas com o auxílio de réguas,


compassos, esquadros e outros instrumentos.

ATIVIDADE 4- Ilustrar a música “Aquarela” de Toquinho e Vinícius de Moraes.

ATIVIDADE 5- Produzir esboços de paisagens para realizar posterior pintura com tinta
guache.
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PERÍODO MUSICAL
BARROCO (concerto, a
sonata, a ópera e a oratória)
Música barroca é toda música ocidental correlacionada com
a época cultural homônima na Europa, que
vai desde o surgimento da ópera por
Claudio Monteverdi no século XVII, até a
morte de Johann Sebastian Bach, em 1750.
Trata-se de uma das épocas musicais de
maior extensão, fecunda, revolucionária e
importante da música ocidental, e
provavelmente também a mais influente.
As características mais importantes são o
uso do baixo contínuo, do contraponto e da
harmonia tonal, em oposição aos modos
gregorianos até então vigente. Na
realidade, trata-se do aproveitamento de dois modos: o modo jônico (modo "maior") e o
modo eólio (modo "menor").
Do Período Barroco na música surgiu o desenvolvimento tonal, como os tons
dissonantes por dentro das escalas diatônicas como
fundação para as modulações dentro de uma mesma
peça musical; enquanto em períodos anteriores,
usava-se um único modo para uma composição
inteira causando um fluir incidentalmente
consonante e homogêneo da polifonia. Durante a
música barroca, os compositores e intérpretes
usaram ornamentação musical mais elaboradas e ao
máximo, nunca usada tanto antes ou mais tarde
noutros períodos, para elaborar suas ideias; fizeram
mudanças indispensáveis na notação musical, e
desenvolveram técnicas novas instrumentais, assim
como novos instrumentos. A música, no Barroco,
expandiu em tamanho, variedade e complexidade de
performance instrumental da época, além de também
estabelecer inúmeras formas musicais novas, como a ópera.
Inúmeros termos e conceitos deste Período ainda são
usados até hoje.
Concerto é uma composição musical escrita para um ou
mais instrumentos solistas, cujo acompanhamento pode ser
feito por uma orquestra ou um piano. Modernamente o
termo tem sido empregado para qualquer espetáculo
musical, nos mais diferentes formatos. Durante o barroco o
estilo se desenvolveu para uma forma instrumental que
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passou a ter três movimentos (Rápido -


lento - rapidíssimo), como em quase
todos os exemplos de Antonio Vivaldi e
Johann Sebastian Bach ou quatro (Lento
- rápido - lento - rapidíssimo) .

Alguns concertos famosos:


 "As Quatro Estações", de
Antonio Vivaldi
 Concertos de Brandenburgo
de Johann Sebastian Bach
Na origem do termo, sonata, de sonare (latim) era a música feita
para "soar", ou seja, a música instrumental - em oposição à cantata, a música cantada.
Não tinha forma definida e no Barroco foram escritas principalmente para solistas de
instrumentos de sopro ou cordas acompanhados do baixo contínuo, que era o cravo com a
mão esquerda (o baixo) reforçada por uma viola da gamba ou fagote.
O oratório ou oratória é um gênero de
composição musical cantada e de conteúdo
narrativo. Semelhante à ópera quanto à estrutura
(árias, coros, recitativos, etc.), difere desta por não
ser destinado à encenação. Em geral, os oratórios
têm temática religiosa, embora existam alguns de
temática profana. Este gênero foi explorado com
mais intensidade no período Barroco,
especialmente por Georg Friedrich Händel, autor
dos oratórios O Messias e Judas Maccabeus, entre
outros, assim como Johann Sebastian Bach, com
suas paixões, Antonio Vivaldi, autor de Juditha
Triumphans ou Pedro António Avondano, autor de
Morte d'Abel. No Classicismo, o gênero foi
explorado por Franz Joseph Haydn, autor de A Criação e As Estações. No período romântico
o gênero foi menos explorado, embora tenham surgido algumas obras notáveis no gênero
como o Elias de Mendelssohn e A Infância de Cristo, de Hector Berlioz.

SUGESTÕES DE ATIVIDADES

ATIVIDADE 1- Audição de músicas barrocas;

ATIVIDADE 2- Desenhar alguns instrumentos do período musical Barroco.


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ELEMENTOS DA LINGUAGEM VISUAL


(expressividade e influência da cor no
cotidiano)
As cores sempre estiveram presentes desde o começo da história do homem. Elas
faziam parte mais das necessidades psicológicas do que das estéticas, como por exemplo, na
história dos egípcios que sentiam na cor um profundo sentido psicológico, tendo cada cor
como um símbolo.
Posteriormente nas artes, Vincent van Gogh2 conferiu às suas pinturas sensações
cromáticas deslumbrantes, que
traduzem intensas cargas emotivas e
psicológicas de seu autor. Mas, foi só
no século XIX que houve um interesse
maior em estudar cientificamente a
cor, até mesmo com a participação
de filósofos e escritores.
As cores enfim, têm a
capacidade de liberar um leque de
possibilidades criativas na imaginação
do homem, agindo não só sobre quem admirará a imagem, mas também sobre quem a
produz.
Sobre o observador que recebe a comunicação visual, a cor exerce três ações: a de
impressionar a retina, a de provocar uma reação e a de construir uma linguagem própria
comunicando uma idéia, tendo valor de símbolo e capacidade.
É tamanha a expressividade das cores que ela se torna um transmissor de idéias, tão
poderoso que ultrapassa fronteiras espaciais e temporais. Não tem barreiras nacionais e sua
mensagem pode ser compreendida até por analfabetos.
Existem três fatores que influenciam e determinam as escolhas de cores, são eles:
psicológicos, sociológicos e fisiológicos.
Porém, a escolha de uma cor, algumas vezes se determina não por preferências
pessoais, mas pela utilização que ela poderá ter em função de algo.
A partir de hábitos sociais que se estabelecem durante toda uma vida, fixam-se
reações psicológicas que norteiam tendências individuais.
Atribuímos significados conotativos às sensações visuais que temos, como por
exemplo:
“Estou verde de fome.”
“Ele está roxo de frio.”
“Fiquei branca de susto.”
Através de experimentos feitos por Rorschach, foi descoberto que caracteres alegres
correspondem intuitivamente à cor, enquanto as reações de pessoas deprimidas
correspondem à forma.
Pessoas sensíveis, que se deixam influenciar, e que têm tendência à desorganização e
a oscilações emocionais, são geralmente indivíduos que têm preferência pela cor. O
temperamento frio, controlado e introspectivo, são características daqueles que reagem à
forma.
Branco
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Associação material: neve, casamento, lírio, batismo, areia clara.


Associação afetiva: limpeza, paz, pureza, alma, divindade, ordem, infância.
Branco vem do germânico blank (brilhante). É o símbolo da luz, e não é considerada cor.
No ocidente, o branco traduz a vida e o bem, em contrapartida para os orientais o
branco traduz a morte, o fim ou o nada.
Preto
Associação afetiva: tristeza, desgraça, melancolia, angustia, dor, intriga, renúncia.
Vem do latim niger (negro, escuro, preto). É angustiante e expressivo
Cinza
Associação afetiva: velhice, sabedoria, passado, tristeza, aborrecimento.
Cinza do latim cinicia (cinza) ou do germânico gris (gris, cinza);
Intermediária entre luz e sombra, o cinza não tem interferência nas cores em geral.
Vermelho
Associação material: guerra, sangue, sol, mulher, feridas, perigo, fogo, rubi.
Associação afetiva: força, energia, paixão, vulgaridade, coragem, furor,violência, calor,
ação, agressividade.
Do latim vermiculus [verme, inseto (a cochonilha)]. Desse verme é extraída uma
substância, o carmim, a qual chamamos de carmesim [do árabe: qirmezi (vermelho bem
vivo)]. Essa cor simboliza encontro, aproximação.
Laranja (faz correspondência ao vermelho moderado)
Associação material: pôr do sol, festa, laranja, luz, outono, aurora, raios solares.
Associação afetiva: tentação, prazer, alegria, energia, senso de humor, advertência.
Laranja tem origem do persa narang, por meio do árabe naranja. Simboliza o flamejar do
fogo.
Amarelo
Associação material: palha, luz, verão, calor de luz solar, flores grandes.
Associação afetiva: alerta, ciúme, orgulho, egoísmo, euforia, originalidade, iluminação,
idealismo.
Vem do latim amaryllis. É o símbolo da luz que irradia em todas as direções.
Verde
Associação material: frescor, primavera, bosques, águas claras, folhagem, mar, umidade.
Associação afetiva: bem-estar, saúde, paz, juventude, crença, coragem,firmeza,
serenidade, natureza.
Deriva do latim vidiris. É o símbolo da harmonia da faixa que existe entre o céu e o Sol.
De paz repousante e reservada, favorece o desencadeamento de paixões.
Azul
Associação material: frio, mar, céu, gelo, águas tranqüilas, feminilidade.
Associação afetiva: verdade, afeto, paz, advertência, serenidade, espaço, infinito,
fidelidade, sentimento profundo.
Tem origem no árabe e no persa lázúrd, por lazaward (azul). Proporciona a sensação do
movimento para o infinito. Céu sem nuvens.

SUGESTÕES DE ATIVIDADES

ATIVIDADE 1- Desenhar utilizando a simbologia das cores.


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2º BIMESTRE
ARTES-8º ANO 16

PERÍODOS HISTÓRICOS E
MOVIMENTOS ARTÍSTICOS-
expressionismo e o
fauvismo.
EXPRESSIONISMO
O expressionismo costuma ser
entendido como a deformação da realidade
para expressar mais subjetivamente a natureza
e o ser humano, dando importancia maior à
expressão dos sentimentos mais que à
descriçãoobjetiva da realidade.
Com as suas cores violentas e a sua temática
de solidão e de miséria, o expressionismo
refletiu a amargura que invadia os círculos
artísticos e intelectuais da Alemanha pré-bélica, bem como da Primeira Guerra Mundial
(1914-1918) e do período entre-guerras (1918-1939).
O expressionismo não foi um movimento homogêneo,
mas de uma grande diversidade estilística: houve um
expressionismo modernista (Munch), fauvista (Rouault),
cubista e futurista (Die Brücke), surrealista (Klee),
abstrato (Kandinsky), etc. Embora o seu maior centro de
difusão fosse na Alemanha, também foi percebido em
outros artistas europeus (Modigliani, Chagall, Soutine,
Permeke) e americanos (Orozco, Rivera, Siqueiros,
Portinari). Na Alemanha organizou-se nomeadamente
em torno de dois grupos: Die Brücke (fundado em 1905),
e Der Blaue
Reiter
(fundado em
1911),
embora
houvesse artistas não adestritos a nenhum grupo.
Depois da Primeira Guerra Mundial apareceu a
chamada Nova Objetividade que, se bem que
surgiu como recusa do individualismo
expressionista defendendo um caráter mais social
da arte, a sua distorção formal e o seu colorido
intenso tornam-nos herdeiros diretos da primeira
geração expressionista.

FAUVISMO
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Fauvismo é o nome dado à


tendência estética na pintura que
buscou explorar ao máximo a
expressividade das cores na
representação da imagem na pintura.
As cores passaram a ser o elemento
mais importante da obra. Esses artistas
usavam cores puras, sem misturá-las,
para obterem as misturas que
quisessem de maneira instintiva, e não
intelectual. Para essa “agressividade
colorida” deu-se o nome de “fauvismo”,
nome este que na verdade, teve origem
a partir das observações do crítico de
arte Louis Vauxcelles após ter visitado
uma mostra de pinturas de vários
artistas, entre eles Henry Matisse.
Vauxcelles utilizou a expressão “Les
Fauves” ao se referir aos artistas,
expressão essa que significa “os feras” ou “os selvagens” devido ao estilo de pintura
“selvagem” dos fovistas.
Teve origem no final do Século
XIX, ao contar com o precursor
Henri Matisse. A tendência
fauvista não só revolucionou o uso
das cores na pintura moderna
como foi uma das origens dos
posteriores movimentos de ruptura
estética nas artes plásticas.
Tendo curto período de existência,
o que caracterizaria os
movimentos vanguardistas
posteriores, o “fauvismo” reuniu
sob a liderança de Matisse
pintores como, Andre Derain e
Maurício Vlaminck.
Não esqueça que...
As principais características do fauvismo são...
Uso de cores intensas (roxo, verde, amarelo, azul e
vermelho)
Uso de formatos planos, grandes, simples e com
traços largos;
Intenção de demonstrar sentimentos nas obras;
Temas preferidos: cenas urbanas e rurais, retratos,
ambientes internos, nus e cenas ao ar livre.
Principais artistas fauvistas:
Henri Matisse
Andre Derain
Paul Cézanne (também precursor do Cubismo)
Maurice de Vlaminck
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SUGESTÕES DE ATIVIDADES

ATIVIDADE 1- Representar os elementos encontrados através de desenho no caderno


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GÊNEROS DE DANÇA- (dança


folclórica, étnica, social,
religiosa)
Dança Folclórica
Termo geral para designar a dança originada do povo e que
expressa sua natureza. Uma característica
distinta desse tipo de dança e sua forma
tradicional como expressão de
nacionalismo. É o verdadeiro espelho da
alma popular.
O carnaval é a mais difundida das
festas folclóricas brasileiras e nivela
durante dias, toda a população num só
festejo. Para ela o povo economiza o ano
inteiro, abandonando muitas vezes
trabalhos seguros para poder integrarem-
se livremente aos dias de festa, bailes em
todos os lugares, fantasias riquíssimas,
desfiles com passos dos mais complicados
ao som de músicas feitas especialmente
cada ano. O desfile de milhares de pessoas nos ranchos, carros alegóricos e escolas de
samba, constituem o maior espetáculo folclórico do país. Um deles é o do Rio de Janeiro,
ensaia-se o ano inteiro, compõem-se músicas e coreografias apropriadas aos temas
escolhidos para serem apresentadas e trabalha-se na confecção de fantasias e adereços. O
povo inteiro dança durante dias e noites, o samba, a marcha e o frevo.
O Nordeste é a região de folclore mais farto do país.

Dança Primitiva ou Étnica:


É a dança da cultura comum de um povo, de caráter racial e/ou religioso. A genuína
dança étnica tem seu lugar e tempo de execução dentro da estrutura cultural da qual ela faz
parte; ela não é executada como atração turística.

Danças de Salão(social):
Dança social interpretada normalmente por prazer, em salões, salas de baile e
similares. Podemos citar como exemplos o vanerão, o chote, a valsa, o bolero, o forró, etc.

Dança religiosa:
Utilizada em rituais religiosos, em agradecimento, como e o caso dos índios, além de
outros povos que utilizam esta dança.

SUGESTÕES DE ATIVIDADES

ATIVIDADE 1- Exercício avaliativo com consulta.


ARTES-8º ANO 20

ATIVIDADE 2-Visualizar imagens em dvd sobre as danças.

ATIVIDADE 3-Representar através de desenhos algumas manifestações.


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TEATRO- gênero de comédia


e drama
Teatro do grego théatron é uma forma de arte em que um ator ou conjunto de
atores, interpreta uma história ou atividades para o
público em um determinado lugar. Fazer teatro sempre
foi uma atividade de caráter religioso, isto é, ligado ao
culto das divindades que cada povo possuía. O objetivo
era exaltar a glória e o poder das divindades. Com o
auxílio de dramaturgos ou de situações improvisadas,
de diretores e técnicos, o espetáculo tem como
objectivo apresentar uma situação e despertar
sentimentos no públicodos significados mais
conhecidos.
Existem várias teorias sobre a origem do teatro.
Segundo Brockett, nenhuma delas pode ser
comprovada, pois existem poucas evidencias e mais especulações. Antropologistas ao final
do século XIX e no início do XX, elaboraram a hipótese de que este teria surgido a partir dos
rituais primitivos (History of Theatre. Allyn e Bacon 1995 pg. 1). Outra hipótese seria o
surgimento a partir da contação de histórias, ou se desenvolvido a partir de danças, jogos,
imitações. Os rituais na história da humanidade começam por volta de 80.000 anos AC.
O primeiro evento com diálogos registrado foi uma apresentação anual de peças
sagradas no Antigo Egito do mito de Osíris e Ísis, por volta de 2500 AC (Staton e Banham
1996 pg. 241), que conta a história da morte e ressurreição de Osíris e a coroação de Horus (
Brockett, pg. 9). A palavra 'teatro' e o conceito de teatro, como algo independente da
religião, só surgiram na Grécia de Pisístrato (560-510AC), tirano ateniense que estabeleceu
uma dinâmica de produção para a tragédia e que possibilitou o desenvolvimento das
especificidades dessa modalidade. As representações mais conhecidas e a primeira
teorização sobre teatro vieram dos antigos gregos, sendo a primeira obra escrita de que se
tem notícia, a Poética de Aristóteles.
Aristóteles afirma que a tragédia surgiu de improvisações feitas pelos chefes dos
ditirambos, um hino cantado e dançado em honra a Dioniso, o deus grego da fertilidade e do
vinho. O ditirambo, como descreve Brockett, provavelmente consistia de uma história
improvisada cantada pelo líder do coro e um refrão tradicional, cantado pelo coro. Este foi
transformado em uma "composição literária" por Arion (625-585AC), o primeiro a registrar
por escrito ditirambos e dar a eles títulos.
As formas teatrais orientais foram registradas por volta do ano 1000 AC, com o drama
sânscrito do antigo teatro Indu. O que poderíamos considerar como 'teatro chinês' também
data da mesma época, enquanto as formas teatrais japonesas Kabuki, Nô e Kyogen têm
registros apenas no século XVII DC.
ARTES-8º ANO 22

Na designação arte, a palavra drama,


contém múltiplos significados. Segundo os
dicionários Houaiss e Aulete, drama pode
significar: "forma narrativa em que se figura ou
imita a ação direta dos indivíduos", "texto em
verso ou prosa, escrito para ser encenado" ou
mesmo a "encenação desse texto". Por
analogia pode ser ainda "qualquer narrativa no
âmbito da prosa literária em que haja conflito
ou atrito", podendo ser conto, novela,
romance etc., ou mesmo toda a arte
dramática.
A comédia é o uso de humor nas artes
cênicas. Também pode significar um espetáculo que recorre intensivamente ao humor. De
forma geral, "comédia" é o que é engraçado, que faz rir.

SUGESTÕES DE ATIVIDADES

ATIVIDADE 1- Visualizar vídeos de aprsentações teatrais baseadas em comédias e drama.

ATIVIDADE 2- Produzir pequenas peças baseadas em drama ou comédia, com um texto


teatral já iniciado.
ROTEIRO
Um velho pescador estava no seu barco e sente na ponta de sua linha um puxão. Claro
era um peixe! Bom dia para a pescaria! O velho pescador estava com sorte e já tinha
pego um peixe bom. Momentos depois outro puxão, este mais forte que fez o barco
balançar. O que seria isso? -pensou o pescador, que não teve nem tempo de responder a
si mesmo, quando das águas escuras apareceu uma enorme boca. Uma confusão se
seguiu: o dono da boca era um crocodilo que havia mordido o peixe fisgado pelo
pescador e agora tentava arrancar sua presa da linha, balançando o barco.
Espertamente o pescador, por alguns segundos conseguiu tirar o peixe fora da boca do
crocodilo, que enraivecido ficou rondando o barco. O pescador que não era bobo nem
nada. Pensou rapidinho tirou a bota e a meia que estava usando e colocou no anzol.
Como o dia era quente e a bota fechada, o aroma naturalmente não era dos melhores, e
ele jogou a bota na água, e o crocodilo pensando que se tratava do peixe que lhe seria
restituído, engoliu a bota de uma só vez.
O pescador esperto cortou a linha de sua vara e ficou observando o crocodilo,
mastigando a bota, e não gostando nadinha do sabor, enquanto ia se afastando, cada vez
mais do velho pescador, que não parava de rir.
ARTES-8º ANO 23

LINGUAGEM DA ARTE-
fotografia
A palavra Fotografia vem do grego[fós] ("luz"), e
[grafis] ("estilo", "pincel") ou grafê, e significa "desenhar com
luz e contraste"..
Por definição, fotografia é, essencialmente, a técnica de criação de imagens por meio
de exposição luminosa, fixando esta em uma superfície sensível. A primeira fotografia
reconhecida remonta ao ano de 1826 e é atribuída ao francês Joseph Nicéphore Niépce.
Contudo, a invenção da fotografia não é obra de um só autor, mas um processo de acúmulo
de avanços por parte de muitas pessoas, trabalhando juntas ou em paralelo ao longo de
muitos anos. Se por um lado os princípios fundamentais da fotografia se estabeleceram há
décadas e, desde a introdução do filme fotográfico colorido, quase não sofreram mudanças,
por outro, os avanços tecnológicos têm sistematicamente possibilitado melhorias na
qualidade das imagens produzidas, agilização das etapas do processo
de produção e a redução de custos, popularizando o uso da fotografia.
Atualmente, a introdução da tecnologia digital tem modificado
drasticamente os paradigmas que norteiam o mundo da fotografia. Os
equipamentos, ao mesmo tempo que são oferecidos a preços cada vez
menores, disponibilizam ao usuário médio recursos cada vez mais
sofisticados, assim como maior qualidade de imagem e facilidade de
uso. A simplificação dos processos de captação, armazenagem,
impressão e reprodução de imagens proporcionados intrinsecamente
pelo ambiente digital, aliada à facilidade de integração com os
recursos da informática, como organização em álbuns, incorporação de imagens em
documentos e distribuição via Internet, têm ampliado e democratizado o uso da imagem
fotográfica nas mais diversas aplicações. A incorporação da câmera fotográfica aos aparelhos
de telefonia móvel têm definitivamente levado a fotografia ao cotidiano particular do
indivíduo.
Dessa forma, a fotografia, à medida que se torna uma experiência cada vez mais
pessoal, deverá ampliar, através dos diversos perfis de fotógrafos amadores ou profissionais,
o já amplo espectro de significado da experiência de se conservar um momento em uma
imagem.
A fotografia não é a obra final de um único criador. Ao longo da história, diversas
pessoas foram agregando conceitos e processos que deram origem à fotografia como a
conhecemos. O mais antigo destes conceitos foi o da câmara escura, descrita pelo
napolitano Giovanni Baptista Della Porta, já em 1558, e conhecida por Leonardo da Vinci[6]
que a usava, como outros artistas no século XVI para esboçar pinturas.
O cientista italiano Angelo Sala, em 1604, percebeu que um composto de prata
escurecia ao Sol, supondo que esse efeito fosse produzido pelo calor. Foi então que, Johann
Heinrich Schulze fazendo experiências com ácido nítrico, prata e gesso em 1724, determinou
ARTES-8º ANO 24

que era a prata halógena, convertida em prata metálica, e não o calor, que provocava o
escurecimento.
A primeira fotografia reconhecida é uma imagem produzida em 1826 pelo francês
Joseph Nicéphore Niépce, numa placa de estanho coberta com um derivado de petróleo
fotossensível chamado Betume da Judéia. A imagem foi produzida com uma câmera, sendo
exigidas cerca de oito horas de exposição à luz solar.
Nièpce chamou o processo de "heliografia", gravura
com a luz do Sol. Paralelamente, outro francês,
Daguerre, produzia com uma câmera escura efeitos
visuais em um espetáculo denominado "Diorama".
Daguerre e Niépce trocaram correspondência
durante alguns anos, vindo finalmente a firmarem
sociedade.
Após a morte de Nièpce, Daguerre
desenvolveu um processo com vapor de mercúrio
que reduzia o tempo de revelação de horas para minutos. O processo foi denominado
daguerreotipia. Daguerre descreveu seu processo à Academia de Ciências e Belas Artes, na
França e logo depois requereu a patente do seu invento na Inglaterra. A popularização dos
daguerreótipos, deu origem às especulações sobre o "fim da pintura", inspirando o
Impressionismo.
Imagem da primeira fotografia permanente do mundo feita por Nicéphore Niépce, em 1825.
O britânico William Fox Talbot, que já efetuava pesquisas com papéis fotossensíveis, ao
tomar conhecimento dos avanços de Daguerre, em 1839, decidiu apressar a apresentação
de seus trabalhos à Royal Institution e à Royal Society, procurando garantir os direitos sobre
suas invenções. Talbot desenvolveu um diferente processo denominado calotipo, usando
folhas de papel cobertas com cloreto de prata, que posteriormente eram colocadas em
contato com outro papel, produzindo a imagem positiva. Este processo é muito parecido
com o processo fotográfico em uso hoje, pois também produz um negativo que pode ser
reutilizado para produzir várias imagens positivas. À época, Hippolyte Bayard também
desenvolveu um método de fotografia. Porém, por demorar a anunciá-lo, não pôde mais ser
reconhecido como seu inventor.
No Brasil, o Francês radicado em
Campinas, São Paulo, Hércules
Florence conseguiu resultados
superiores aos de Daguerre, pois
desenvolveu negativos. Contudo,
apesar das tentativas de
disseminação do seu invento, ao
qual denominou "Photographie" -
foi o legítimo inventor da palavra -
não obteve reconhecimento à
época. Sua vida e obra só foram
devidamente resgatadas em 1976
por Boris Kossoy.
A fotografia então
popularizou-se como produto de consumo a partir de 1888. A empresaKodak abriu as portas
com um discurso de marketing onde todos podiam tirar suas fotos, sem necessitar de
fotografos profissionais com a introdução da câmera tipo "caixão" e pelo filme em rolos
substituíveis criados por George Eastman.
ARTES-8º ANO 25

Desde então, o mercado fotográfico tem experimentado uma crescente evolução


tecnológica, como o estabelecimento do filme colorido como padrão e o foco automático,
ou exposição automática. Essas inovações indubitavelmente facilitam a captação da
imagem, melhoram a qualidade de reprodução ou a rapidez do processamento, mas muito
pouco foi alterado nos princípios básicos da fotografia.
A grande mudança recente, produzida a partir do final do século XX, foi a
digitalização dos sistemas fotográficos. A fotografia digital mudou paradigmas no mundo da
fotografia, minimizando custos, reduzindo etapas, acelerando processos e facilitando a
produção, manipulação, armazenamento e transmissão de imagens pelo mundo. O
aperfeiçoamento da tecnologia de reprodução de imagens digitais tem quebrado barreiras
de restrição em relação a este sistema por setores que ainda prestigiam o tradicional filme, e
assim, irreversivelmente ampliando o domínio da fotografia digital.

SUGESTÕES DE ATIVIDADES

ATIVIDADE 1-Realizar fotomontagem com figuras recortadas de livros e revistas (colagem


cômica).

ATIVIDADE 2-Produzir montagens efeitos em fotografias e imagens utilizando mídias


diversas como câmera digital e computador.
ARTES-8º ANO 26

3º BIMESTRE
ARTES-8º ANO 27

O MEIO AMBIENTE E A
ARTE (reutilização de
elementos naturais e
produzidos)
Arte sustentável vira
ferramenta para conscientização
ambiental, quando se fala cada
vez mais em meio ambiente,
principalmente em cuidar do meio
ambiente. Dentro deste objetivo
aparece a reciclagem e a
reutilização de certos materiais
para a produção de novos ou para
serem reutilizados em arte.
Reciclagem é um conjunto
de técnicas que tem por finalidade
aproveitar os detritos e reutiliza-
los no ciclo de produção de que saíram. E o resultado de uma série de atividades, pela qual
materiais que se tornariam lixo, ou estão no lixo, são desviados, coletados, separados e
processados para serem usados como matéria-prima na manufatura de novos produtos.
Reciclagem é um termo originalmente utilizado para indicar o reaproveitamento (ou
a reutilização) de um polímero no mesmo processo em que, por alguma razão foi rejeitado.
Reciclar outro termo usado ,é na verdade fazer a reciclagem.
O retorno da matéria-prima ao ciclo de produção é denominado reciclagem, embora
o termo já venha sendo utilizado popularmente para designar o conjunto de operações
envolvidas. O vocábulo surgiu na década de 1970, quando as preocupações ambientais
passaram a ser tratadas com maior rigor, especialmente após o primeiro choque do
petróleo, quando reciclar ganhou importância estratégica. As indústrias recicladoras são
também chamadas secundárias, por processarem matéria-prima de recuperação. Na maior
parte os processos, o produto reciclado é completamente diferente do produto inicial.
Objetos artesanais são aqueles feitos a mão, um de cada vez, reutilizando materiais
que seriam jogados fora e transformados em novos materiais. As pessoas que fazem esse
tipo de trabalho são os artesãos. Por ser produzido manualmente, o objeto artesanal tem
características individuais, que fazem dele uma peça única. Por isso, seu valor econômico é
maior do que o de um produto feito em série nas indústrias.
Um artesão, ao reaproveitar materiais, gasta menos na compra da matéria-prima
utilizada para confeccionar seus produtos. Em contrapartida, para reutilizar um material, na
maioria das vezes, é preciso prepará-lo, executando várias tarefas, como limpeza,
prensagem e corte o que acarreta novos custos.
Para a indústria, utilizar material reciclado é mais complicado, porque depende de
mudanças profundas nas linhas de produção das fábricas, como na implantação de novas
ARTES-8º ANO 28

máquinas. Mas essa mudança pode ser feita. Hoje em dia já se faz papel reciclado
industrialmente, e as latas de alumínio de refrigerante também são recicladas. O trabalho de
recolher esses materiais para a reciclagem é atualmente fonte de renda para muitas
pessoas.
Reduzir o desperdício, reutilizar material descartável e reciclar matéria-prima são
hoje preocupações das indústrias, dos artesãos e de toda a sociedade. Por isso, antes de
jogar algum objeto no lixo, pense se ele realmente não pode ser reaproveitado por você
mesmo, ou se você não pode descartá-lo em postos de coleta de lixo reciclável. Experimente
olhar para esses materiais com curiosidade e interesse. Provavelmente, você vai encontrar
formas de reutilizar aqueles que aparentemente não têm mais utilidade.

ARTISTAS QUA UTILIZAM O TEMA MEIO AMBIENTE PARA PRODUZIR AS OBRAS


Vik Muniz gosta de dizer que levou 17 anos para fazer sucesso da noite para o dia.
Iniciou sua carreira nos anos 70, mudou-se para Nova York em 1983, mas foi em 1995 que
ganhou reconhecimento. Naquele ano,
conseguiu emplacar seu trabalho em
duas galerias pequenas – ainda assim,
numa delas, suas obras estavam tão
escondidas que quase tocavam o chão.
O fotógrafo e artista plástico Vik Muniz,
conseguiu desenvolver uma técnica
aproveitando materiais exóticos como,
comida, lixo, joias e sucatas, para criar

algo totalmente inédito dentro do mundo da arte,


sua imaginação e criatividade podem alcançar
extremos jamais vistos.

FRANS KRAJECBERG
Fez diversas viagens à Amazônia e ao Pantanal
mato-grossense, locais onde o desmatamento
excessivo lhe chamou a
atenção. Além de fotografar a
destruição ambiental, recolhia
material para execução de suas
esculturas, como raízes e
troncos de árvores mortas,
provenientes de derrubadas e
queimadas.
OUTRAS IMAGENS
ARTES-8º ANO 29

SUGESTÕES DE ATIVIDADES

ATIVIDADE 1- Produzir individualmente objetos com sucata.


Exemplos
ARTES-8º ANO 30

ÓPERA (DIFUSÃO,
CARACTERÍSTICAS,
COMPOSITORES, ETC.)
Ópera é um gênero artístico que consiste num drama
encenado com música. O drama é apresentado utilizando os
elementos típicos do teatro, tais como cenografia, vestuários e atuação. No entanto, a letra
da ópera (conhecida como libreto) é cantada em lugar de ser falada. Os cantores são
acompanhados por um grupo musical, que em algumas óperas pode ser uma orquestra
sinfônica completa.
Os cantores e seus personagens são classificados de acordo com seus timbres vocais.
Os cantores masculinos classificam-se em baixo, baixo-barítono (ou baixo-cantor), barítono,
tenor e contratenor. As cantoras femininas classificam-se em contralto, mezzo-soprano e
soprano. Cada uma destas classificações tem subdivisões, como por exemplo: um barítono
pode ser um barítono lírico, um barítono de caráter ou um barítono bufo, os quais associam
a voz do cantor com os personagens mais apropriados para a qualidade e o timbre de sua
voz
Origem
A palavra opera significa "obras" em Latim, plural de opus ("obra", na mesma língua),
sugerindo que esta combina as artes de cantocoral e solo, recitativo e balé, em um
espetáculo encenado.
A primeira obra considerada uma ópera, no sentido geralmente entendido, data
aproximadamente do ano 1597. Foi chamada Dafne (atualmente desaparecida), escrita por
Jacopo Peri para um círculo elitista de humoristas florentinos letrados, cujo grupo era
conhecido como a Camerata. Dafne foi uma tentativa de reviver a tragédia grega clássica,
como parte de uma ampla reaparição da antiguidade que caracterizou o Renascimento. Um
trabalho posterior de Peri, Eurídice, que data do ano 1600, é a primeira ópera que
sobreviveu até a atualidade. Não obstante, o uso do termo ópera começa a ser utilizado a
partir de meados do século XVII para definir as peças de teatro musical, às quais se referia,
até então, com formulações universais como Dramma per Música (Drama Musical) ou
Favola in Música (fábula musical). Diálogo falado ou declamado - chamado recitativo em
ópera - acompanhado por uma orquestra, é a característica fundamental do melodrama, no
seu sentido original.
Ópera no Brasil
A ópera era uma forma de lazer no século XIX, tocada muito nos Saraus (um evento
cultural ou musical realizado geralmente em casa particular onde as pessoas se encontram
para se expressarem ou se manifestarem artisticamente).
A primeira ópera composta e estreada em solo brasileiro foi I Due Gemelli, de José
Maurício Nunes Garcia, cujo texto se perdeu posteriormente. Porém, considera-se a
primeira ópera genuinamente brasileira, com texto em português, A Noite de São João, de
Elias Álvares Lobo.
O compositor de óperas brasileiro mais famoso foi, sem dúvida, Carlos Gomes. Embora
tenha estreado boa parte de suas óperas na Itália e muitas delas com texto em italiano,
Carlos Gomes freqüentemente usava temáticas tipicamente brasileiras, como as óperas Il
ARTES-8º ANO 31

Guarany e Lo Schiavo, sendo um nome bastante reconhecido em seu tempo, tanto no Brasil
quanto na Itália.
Outros compositores de ópera brasileiros notáveis foram Heitor Villa-Lobos, autor de
óperas como Izaht e Aglaia, e Mozart Camargo Guarnieri, autor de Um Homem Só. Nos
tempos atuais, a ópera brasileira continua sendo composta e tende a seguir as tendências da
música de vanguarda, tais como Olga, de Jorge Antunes, A Tempestade, de Ronaldo
Miranda, e O Cientista, de Silvio Barbato.
De grande importância temos também Elomar Figueira Mello, que compôs em 1983
"Auto da Catingueira", uma ópera em cinco movimentos e ainda as "Árias Sertanicas" já em
1992, além de vários outros trabalhos, sempre com a temática, cenas, momentos
envolvendo histórias de vida vividas ou passadas. O compositor Brasiliense Joao MacDowell
tem obtido grande sucesso com encenações de sua ópera bilingue Tamanduá, encenada em
Nova York e New Jersey. A história conta a jornada de uma jornalista norte-americana no
Brasil, envolvida em um triangulo amoroso e elementos da religiosidade como candomblé e
pajelança. A música mistura elementos contemporâneos e ritmos brasileiros.

SUGESTÕES DE ATIVIDADES

ATIVIDADE 1- Realizar audição de músicas.

ATIVIDADE 2-Realizar exercício avaliativo com consulta


1- Qual o conceito de ópera?
Ópera é um gênero artístico que consiste num drama encenado com música
2- Cite as características da opera?
O drama é apresentado utilizando os elementos típicos do teatro, tais como cenografia,
vestuários e atuação. No entanto, a letra da ópera (conhecida como libreto) é cantada em
lugar de ser falada. Os cantores são acompanhados por um grupo musical, que em algumas
óperas pode ser uma orquestra sinfônica completa.
3- Como são classificados os cantores e seus personagens?
Os cantores e seus personagens são classificados de acordo com seus timbres vocais. Os
cantores masculinos classificam-se em baixo, baixo-barítono (ou baixo-cantor), barítono,
tenor e contratenor. As cantoras femininas classificam-se em contralto, mezzo-soprano e
soprano.
4- Escreva as principais óperas internacionais realizadas,autor e ano respectivos
 Ano 1597. Foi chamada Dafne (atualmente desaparecida), escrita por Jacopo Peri
 Ano 1600Eurídice,de Peri
5- quando teve início a ópera no brasil?
A ópera era uma forma de lazer no século XIX, tocada muito nos Saraus
6- cite os autores brasileiros de óperas, suas obras e anos respectivos
 A primeira ópera composta e estreada em solo brasileiro foi I Due Gemelli, A Noite de
São João, de Elias Álvares Lobo.
 Carlos Gomes as óperas Il Guarany e Lo Schiavo, sendo um nome bastante
reconhecido em seu tempo, tanto no Brasil quanto na Itália.
ARTES-8º ANO 32

 Heitor Villa-Lobos, autor de óperas como Izaht e Aglaia, e Mozart Camargo Guarnieri,
autor de Um Homem Só. Nos tempos atuais, a tais como Olga, de Jorge Antunes, A
Tempestade, de Ronaldo Miranda, e O Cientista, de Silvio Barbato.
 Elomar Figueira Mello, que compôs em 1983 "Auto da Catingueira", uma ópera em
cinco movimentos e ainda as "Árias Sertanicas" já em 1992,
 O compositor Brasiliense Joao MacDowell tem obtido grande sucesso com
encenações de sua ópera bilingue Tamanduá, encenada em Nova York e New Jersey
ARTES-8º ANO 33

MÚSICA VOCAL: TÉCNICA


VOCAL, FISIOLOGIA DA VOZ,
FALA E CANTO, CÂNONE.
 MÚSICA VOCAL
Éa música feita para ser cantada por um coro ou por cantorsolista.
Antes do desenvolvimento da tecnologia para construção de
instrumentos musicais, toda a música era vocal.
 TÉCNICA VOCAL
Técnica Vocal é o sistema de impostação da voz. Através de
exercícios de vocalizes e respiratórios regulares, conduzimos o
som para ressonâncias do crânio. Com o tempo, a impostação
da voz ocorrerá de maneira natural e precisa. Ao emitirmos um
som, a voz já estará no lugar correto, sem que precisemos
pensar nisto.Para se fazer um bom trabalho de técnica vocal,
precisamos praticar sempre
Relaxamento:
- Circular a cabeça para a Direita e para a esquerda
- Circular a cabeça para os lados, para cima e para baixo
- Fazer caretas procurando utilizar todos os músculos do rosto
- Articular A/E/I/O/U, forçando o diafragma e anasalando as expressões.
Sibilação:
Execute estas sílabas:
Zi - Si - Fi - Chi - Vi - Gui - Qui - Z - S - F - C - V
Para articulação dos RR:
Bar - Mur - Per - Vur - Der - Xar - Cor -Ter - Quer - Dru - Cro - Vri - Fra - Tre - Terê - Fará - Viri -
Coro - Duru.
Exercício para relaxamento:
Obs. De forma suave, com baixa intensidade.
ME - TRÚ - VÊ - JÊ - QUE - GUE - ZÊ - BRÊ
Limpeza das cordas vocais e Fono-Articulação:
"O mameluco maluco e melancólico meditava e a megera megalocéfala macabra e
maquiavélica mastigava mostarda
na maloca, minguadas e míseras miavam na moagem mas mitigavam mais e mais as
meninas"
Para leitura lenta:
"E há nevoentos desencantos dos encantos dos pensamentos nos santos lentos dos recantos
bentos, dos cantos dos
conventos. Prantos de intentos, lentos tantos que encantam os atentos ventos."

Respiração e Relaxamento
A respiração deverá ser: Baixa, abdominal ou diafragmática. Na respiração baixa, temos a
sensação de encher a barriga de ar, sem que os pulmões se movam, é apenas um
estendimento da musculatura abdominal. Por isso dizemos respiração abdominal. O ar
enche os pulmões, mas o controle é através da distensão abdominal.
ARTES-8º ANO 34

Relaxamento
Os principais pontos de tensão de um cantor são: a musculatura das costas, claviculares,
garganta e face. Todo o resto é muito variável, de acordo com as características das pessoas.
Mas para se ter uma boa voz, é necessário atender a essas duas importantes condições. Na
técnica vocal bem realizada, a pressão do ar conduz o som aos ressoadores. O sistema de
ressonância tem, pois uma importância excepcional sobre a voz, primeiro porque é
voluntário e segundo porque influi modificando para bem ou para mal a vibração laríngea.
Através da técnica vocal em conjunto com os vocalizes, a voz é direcionada para as
ressonâncias cranianas, melhorando sua qualidade, extensão e emissão.O cantor deverá
dirigir o som em direção a parte anterior de seu palato, atrás dos incisivos superiores.
A técnica vocal, não deve ser interrompida nunca. Sempre há na impostação da voz e
no canto, algo a aprender, buscar e aperfeiçoar. Se quiser cantar bem e durante muitos
anos, o cantor deverá estudar bem e durante muito tempo. Tanto a voz cantada como a voz
falada requer trabalho e uma correta impostação da voz.
A voz colocada no lugar certo, é agradável, não cansa e é capaz de trabalhar por longo
período.

Problemas da voz:
 Disfonia - são as alterações da voz. Existem vários tipos de disfonias, mas vamos
observar apenas uma: As disfonias por abusos ou mau uso voz. É frequente quando
causada por exercícios forçados de canto. Normalmente é devida ao uso excessivo da
voz e se recupera com descanso. Outras vezes, o cansaço vocal é puramente de
origem psíquica. É comum profissionais da voz assim como professores, atendentes
de telemarketing, telefonistas e palestrantes apresentarem disfonias vocais. A
rouquidão é o primeiro sinal de que se está utilizando a voz de uma maneira errada.
Não existe voz rouca. A rouquidão deve ser pesquisada e tratada. Sua persistência é
indício de que, se já não houver um problema, futuramente poderá haver.
As cordas vocais, músculos sensíveis, quando muito exigidas, com uma carga excessiva de
esforço ou trabalhando sem um apoio de ar, podem ficar seriamente danificadas causando:
rouquidão, calos, nódulos, pólipos ou fendas.
Com a técnica vocal correta e bem dirigida, podem-se reverter casos de nódulos e fendas. Já,
casos de calos ou pólipos, às vezes são indicados cirurgias.

 FISIOLOGIA DA VOZAPARELHO FONADOR


"Não temos um aparelho exclusivamente para a produção da voz."

A produção da voz envolve vários órgãos que trabalhando em conjunto fazem "soar" nossa
voz.
O aparelho fonador é dividido em 5 partes:

1 - PRODUTOR
 componentes - pulmões, músculos abdominais, músculos intercostais, músculos extensores
da coluna
 função - produzem a coluna de ar que pressiona a laringe produzindo som nas cordas vocais

2 - VIBRADOR
 componente - laringe
 função - produz som fundamental
ARTES-8º ANO 35

3 - RESSONADOR
 componentes - cavidade nasal,
faringe, boca
 função - ampliam o som

4 – ARTICULADOR
 componentes - lábios, língua,
palato duro, palato mole,
mandíbula
 função - articulam e dão sentido
ao som, transformando sons em
nasais e orais

5 - SENSOR / COORDENADOR
 componente - ouvido, localiza e
conduz o som; cérebro analisa,
registra e analisa o som
 função - captam, selecionam e interpretam o som

PRODUÇÃO DA VOZ
A voz ou a vocalização é produzida pela vibração das cordas vocais. O ar expiratório
que vem dos pulmões - a produção dessa coluna de ar é feita através do tórax, de músculos
respiratórios e do diafragma que, na expiração do ar é erguido - passa pelas pregas vocais
inferiores, que são as cordas vocais verdadeiras, aproximando-as e fazendo com que elas
vibrem.

CÂNONE
Chama-se cânone a forma polifônica, em que as vozes imitam a linha melódica cantada
por uma primeira voz, entrando cada voz, uma após a outra, uma retomando o que a outra
acabou de dizer, enquanto a primeira continua o seu caminho: é uma espécie de corrida
onde a segunda jamais alcança a primeira.

SUGESTÕES DE ATIVIDADES
ARTES-8º ANO 36

ATIVIDADE 1- Exercício avaliativo com consulta

1- O QUE É MÚSICA VOCAL?


Éa música feita para ser cantada por um coro ou por cantorsolista.

2- O QUE É TÉCNICA VOCAL E COMO PODEMOS REALIZÁ-LA?


Técnica Vocal é o sistema de impostação da voz. Através de exercícios de
vocalizes e respiratórios regulares, conduzimos o som para ressonâncias do
crânio. Com o tempo, a impostação da voz ocorrerá de maneira natural e
precisa.

3- COMO DEVE SER A RESPIRAÇÃO E O RELAXAMENTO?


A respiração deverá ser: Baixa, abdominal ou diafragmática.

4- CITE EXEMPLOS DE EXERCÍCIOS DE AQUECIMENTO VOCAL?


Relaxamento:
- Circular a cabeça para a Direita e para a esquerda
- Circular a cabeça para os lados, para cima e para baixo
- Fazer caretas procurando utilizar todos os músculos do rosto
- Articular A/E/I/O/U, forçando o diafragma e anasalando as expressões.
Sibilação:
Execute estas sílabas:
Zi - Si - Fi - Chi - Vi - Gui - Qui - Z - S - F - C - V
Para articulação dos RR:
Bar - Mur - Per - Vur - Der - Xar - Cor -Ter - Quer - Dru - Cro - Vri - Fra - Tre -
Terê - Fará - Viri - Coro - Duru.

Exercício para relaxamento:


Obs. De forma suave, com baixa intensidade.
ME - TRÚ - VÊ - JÊ - QUE - GUE - ZÊ - BRÊ
Limpeza das cordas vocais e Fono-Articulação:
"O mameluco maluco e melancólico meditava e a megera megalocéfala
macabra e maquiavélica mastigava mostarda
na maloca, minguadas e míseras miavam na moagem mas mitigavam mais e
mais as meninas"
Para leitura lenta:
"E há nevoentos desencantos dos encantos dos pensamentos nos santos
lentos dos recantos bentos, dos cantos dos
conventos. Prantos de intentos, lentos tantos que encantam os atentos
ventos."

5- QUAIS SÃO OS PROBLEMAS QUE A VOZ PODE APRESENTAR?


Disfonias

6- CITE OS COMPONENTES E SUA RESPECTIVA FUNÇÃO DE TODOS OS


ORGÃOS QUE FORMAM O APARELHO FONADOR?
1 - PRODUTOR
ARTES-8º ANO 37

componentes - pulmões, músculos abdominais, músculos intercostais, músculos extensores


da coluna
função - produzem a coluna de ar que pressiona a laringe produzindo som nas cordas vocais
2 - VIBRADOR
componente - laringe
função - produz som fundamental
3 - RESSONADOR
componentes - cavidade nasal, faringe, boca
função - ampliam o som
4 – ARTICULADOR
componentes - lábios, língua, palato duro, palato mole, mandíbula
função - articulam e dão sentido ao som, transformando sons em nasais e orais
5 - SENSOR / COORDENADOR
componente - ouvido, localiza e conduz o som; cérebro analisa, registra e analisa o som
função - captam, selecionam e interpretam o som
ARTES-8º ANO 38

ARTES GRÁFICAS (MÍDIA,


PUBLICIDADE E
PROPAGANDA)

MÍDIA
No Brasil, o termo mídia foi criado a partir do
aportuguesamento do inglês "media", para designar a
função, o profissional, a área, o trabalho de mídia ou o
ato de planejar, desenvolver, pensar e praticar mídia,
nas agências de publicidade.
Isto aconteceu porque até o final da década de
1960, nas agências de publicidade, a área era chamada
de "departamento de media", com a grafia inglesa. E
eram comuns brincadeiras jocosas que as pessoas faziam misturando "trabalhar em media",
com a expressão pejorativa "fazer média".
Em parte por isso, e de outra parte, para especificar melhor o significado do termo
dentro do mercado publicitário, ao formarem o Grupo de Mídia São Paulo – cuja primeira
reunião aconteceu em 15 de agosto de 1968 –, seus fundadores tiveram a feliz idéia de
adotar o “i”, aportuguesando a palavra para "mídia". O mercado relutou um pouco para
assimilar essa forma, mas em meados dos anos 70 até o anuário da editora Meio &
Mensagem já saía grafado como "Anuário de Mídia".
Vários anos depois, nos artigos que escrevia para a Folha de S. Paulo, de Nova York,
o jornalista Paulo Francis passou a escrever “mídia” ao se referir à grande imprensa, que
abriga os grandes veículos com reconhecida influência na população e nos governos. E
depois, passou a usar “mídia" para os meios de comunicação em geral.
Não demorou muito para que toda a imprensa brasileira, tanto os jornalistas bem
conceituados, como também apresentadores de auditório e artistas, passassem a se referir
aos meios de comunicação como “a mídia”. E com a popularização da informática, hoje o
termo também é usado até para designar os discos de CD e DVD.
PUBLICIDADE
A publicidade é uma atividade profissional dedicada à difusão pública de
idéias associadas a empresas, produtos ou serviços, especificamente, propaganda comercial.
Divulgação de produtos, serviços e idéias junto ao público, tendo em vista induzi-lo a uma
atitude dinâmica favorável. Nesse sentido geral, a publicidade é parte da técnica de
comunicação. Em sentido estrito, tem um caráter comercial e, então, é parte de um todo
que se chama 'mercadologia' ou conjunto de meios adotados para levar o produto ou
serviço ao consumidor.
Publicidade é um termo que pode englobar diversas áreas de conhecimento que
envolvam esta difusão comercial de produtos, em especial atividades como o
planejamento, criação, produção e veiculação de peças publicitárias. Pode-se traçar a
história da publicidade desde a antiguidade. Foi, porém, após a Revolução Francesa (1789),
ARTES-8º ANO 39

que a publicidade iniciou a trajetória que a levaria até o seu estágio atual
de importância e desenvolvimento.
Hoje, todas as atividades humanas se beneficiam como o uso da
publicidade: Profissionais liberais, como médicos, engenheiros, divulgam
por meio dela, os seus serviços; os artistas anunciam suas exposições,
seus discos, seus livros, CDs e etc.…, a própria ciência vem utilizando os
recursos da publicidade, promovendo suas descobertas e seus
congressos por meio de cartazes, revistas, jornais, filmes, Internet e
outros.
PROPAGANDA
É um modo específico de apresentar informação sobre
um produto, marca, empresa que visa influenciar a atitude de uma audiência para uma
causa, posição ou atuação.

SUGESTÕES DE ATIVIDADES

ATIVIDADE 1-Visualizar apresentação em Power point sobre a história do designer no Brasil.

ATIVIDADE 2-Realizar desenhos de um projeto gráfico, criando um produto novo (caderno


de desenho).

ATIVIDADE 3-Construir o produto e sua embalagem utilizando material alternativo.

ATIVIDADE 4- Produzir propaganda do produto, através de cartaz ou folder (tamanho A4).


ARTES-8º ANO 40

4º BIMESTRE
ARTES-8º ANO 41

PERÍODOS HISTÓRICOS E
MOVIMENTOS ARTÍSTICOS –
cubismo, dadaísmo e
abstracionismo
CUBISMO
Foi considerado o movimento artístico que tentou representar as diversas perspectivas
de um objeto ou figura, a tridimensionalidade, transformando os objetos como se fossem
cubos. Possuiu três fase:
 1ª fase- cubismo: simplificação das formas
 2ª fase- cubismo analítico: objetos fragmentados, obras monocromática( 1 cor)
 3ª fase cubismo sintético ou de colagem: figuras reconhecíveis uso de colagens
diversa.
Artistas: Georges Braque( 1882-1963) , Juan Gris (1887-1927) , Pablo Picasso( 1881-1973)
Fernand Léger(1881-1995), Francis Picabia ( 1879- 1953)*.

DADAÍSMO
O movimento dadá ou dadaísmo, se iniciou em Zurique, em 1916, com um grupo de
pintores e poetas que foram para a Suiça, fugindo da I Guerra Mundial. Os dadaístas
rejeitavam qualquer dimensão lógica na arte. Duchamp, por exemplo, pegou uma
reprodução de Monalisa, de Leonardo da Vinci,desenhou nela um bigode e assinou a obra.
Outros artistas: Marcel Duchamp ( 1887-1968),Kurt Schwirtters( 1887-1948) e De Chirico.

ABSTRACIONISMO
ARTES-8º ANO 42

Movimento artístico que usa o abstrato. A maior parte dos artistas, representa o objeto de
suas obras de formas geométricas ou por simplificações que não tem referencia direta com a
realidade. Entre eles destaca- se: Piet Mondrian( 1827-1944). Wassily Kandinsky( 1866-
1944)p, Paul Klee( 1879-1940).

SUGESTÕES DE ATIVIDADES

ATIVIDADE 1- Recorte e colagem com uma figura (cubismo).

ATIVIDADE 2- Desenho e colagem com imagens de rostos (cubismo).


ARTES-8º ANO 43

ATIVIDADE 3- Colagem cômica aliada ao desenho (dadaísmo).

ATIVIDADE 4- Desenvolver desenho e pintura usando formas geométricas (abstracionismo).


ARTES-8º ANO 44

MÚSICAS FOLCLÓRICAS
BRASILEIRAS
O folclore é o conjunto das manifestações
coletivas produzidas entre o povo na esfera das artes,
costumes, crenças, etc.
A música folclórica é uma destas manifestações
e representa um sinal ou marca cultural inconfundível de
cada povo.
Frequentemente interligadas, muitas formas
musicais, seja puramente de instrumento ou com canto,
são ritmos de dança, como o cateretê, a polca, o maxixe,
o lundu, o baião, o samba, o frevo, o xaxado, o fandango,
a vanera, o xote, o maracatu, a ciranda, o jongo, a tirana,
a catira, o
batuque, o
pau-de-fita, a
quadrilha, as cantigas de roda, sendo bem
conhecidas as melodias Escravos de Jó, Sapo
Cururu, O Cravo e a Rosa, Ciranda-Cirandinha e
Atirei o Pau no Gato. Outros exemplos de música
são os acalantos, como o Dorme, neném, que a
Cuca vem pegar; as modinhas, desafios e
repentes; as cantigas de trabalho, velório e
cemitério; as serestas, as modas de viola; as
ladainhas, responsórios e outros cânticos sacros
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SUGESTÕES DE ATIVIDADES

ATIVIDADE 1- Audição de músicas.

ATIVIDADE 2- Representar através de desenhos ou colagens as músicas folclóricas.


ARTES-8º ANO 46

PERÍODO MUSICAL –
CLASSICISMO (equilíbrio da
linha melódica,
expressividade e a forma
musical).
Período clássico é o período da música erudita ocidental entre a segunda metade do
século XVIII e o início do século XIX, caracterizada pela claridade, simetria e equilíbrio. Os
compositores mais conhecidos do período são Franz Joseph Haydn (1732-1809), Wolfgang
Amadeus Mozart (1756-1791) e Ludwig van Beethoven (1770-1827), embora este último
mostrasse características do Romantismo desde sua Terceira Sinfonia.
Na cultura ocidental, a segunda metade do século XVIII coincidiu com a última parte do
Período do Iluminismo. Este movimento, humanitário e secular por natureza, enfatizava a
razão, a lógica e o conhecimento. Aqueles que se baseavam na religião, na superstição e no
sobrenatural para manterem as posições de poder, viram a sua autoridade questionada e
eventualmente reduzida. A crença nos direitos humanos e na irmandade sobrepôs-se ao
direito divino dos reis, até então considerado inegável. Ambas as revoluções americana e
francesa foram combatidas durante esta metade do século. Considerando este período
como um grande ponto de reviravolta, os filósofos e escritores promoveram a razão em
detrimento do costume ou da tradição como o melhor guia da conduta humana. Uma
mudança paralela ocorreu na música ocidental durante a segunda metade do século XVIII.
Denominado normalmente "Período Clássico", este período musical era caracterizado pela
objetividade (controle, brilho e requinte), claridade, periodicidade (fraseologia regular) e
equilíbrio.
No período clássico a música torna-se mais leve e menos complicada que no barroco.
Agora a música revela uma extrema suavidade e beleza com grande equilíbrio e perfeição
estética.
No classicismo é a melodia com acompanhamento de acordes que
predomina. As frases melódicas são curtas, claras e bem definidas, sentindo-se o princípio,
meio e fim de cada uma. Há também uma maior variação em relação à dinâmica das obras
musicais, surge o sforzatto, o crescendo e diminuendo. A sonoridade resultante de todas
estas características é bastante tonal.
O cravo cai em desuso para dar lugar ao piano que o irá substituir definitivamente.
Também a orquestra toma maiores proporções ao mesmo tempo que diversifica os seus
instrumentos.
Piano: instrumento de tecla e percussão, com teclado, cordas, caixa de ressonância e
martelo (para percutir as cordas).normalmente tem 88 teclas, com uma extensão de 7 ou 8
oitavas.
Desenvolvem-se grandes gêneros instrumentais como: a forma sonata, o quarteto de
cordas, a sinfonia e o concerto.
Forma sonata: é uma das principais formas musicais usada pelos compositores da época. A
forma sonata tem 3 secções principais intituladas: Exposição, Desenvolvimento e
reexposição.
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Exposição: secção em que o compositor expõe as suas ideias musicais ou temas.


Desenvolvimento: Esta secção apresenta material musical novo mas com base nos temas da
exposição.
Reexposição: é a repetição da exposição mas com pequenas alterações.
Quarteto de cordas: é um grupo de 4 músicos ou executantes constituído, na maior parte
das vezes, por 2 violinos, 1 viola e 1 violoncelo.
Sinfonia: é um termo que teve vários significados ao longo dos séculos, traduzindo-se no
classicismo como uma pequena peça instrumental constituída por 3 secções ou andamentos
segundo a forma básica: rápido, lento, rápido.
Concerto: é uma execução musical em público com um número consubstancial de músicos
num palco. (É diferente de um recital que normalmente tem em palco sensivelmente dois
músicos).
Por sua vez a ópera desenvolve-se como sendo o grande género do classicismo,
tornando-se cada vez mais popular. A ópera também deixa os temas míticos usados no
barroco e usa temas do quotidiano e personagens reais (de carne e osso).

SUGESTÕES DE ATIVIDADES

ATIVIDADE 1- Audição de músicas.

ATIVIDADE 2-Representação dos instrumentos musicais do período clássico.


ARTES-8º ANO 48

MÚSICA POPULAR
BRASILEIRA festivais da
canção, a tropicália e o rock
nacional (anos 80).
O Tempo dos Festivais da Canção
Os Festivais da Canção, que tiveram seu auge no fim dos anos 60, foram eventos
musicais que possuíam um apelo similar a de uma final de Copa do Mundo dos dias de hoje,
tamanha era a mobilização da população que, literalmente, vestia a camisa de seu cantor
e/ou música preferida, comportando-se como um verdadeiro torcedor.
Em abril de 1965 ocorreu o primeiro festival de música popular brasileira transmitido
pela TV Excelsior, de São Paulo. Devido ao sucesso retumbante, a emissora promoveu, no
ano seguinte, a segunda edição do evento, novamente cercado de pleno êxito. Foi tão
grande a repercussão que a TV Record (SP) também decidiu investir no modelo e criou o seu
próprio festival, ainda no ano de 1966. Em 1967 foi realizado o III Festival de Música Popular
Brasileira, pela TV Excelsior, a versão mais famosa de todas, que revelou vários novos
compositores e intérpretes que acabaram escrevendo um pouco da história da música
brasileira, como Chico Buarque, Caetano Veloso, Gilberto Gil e Elis Regina.
Paralelamente aos festivais paulistas, a então iniciante TV Globo lançou o Festival
Internacional da Canção (FIC), que tinha o seu maior destaque na eliminatória brasileira,
também lançando nomes definitivos na nossa música, como Milton Nascimento, Ivan Lins,
Raul Seixas, Beth Carvalho e muitos e muitos outros.
O que se cantava na década de 1960?
Ao falar-se em música brasileira da década de 60 deve-se pensar em quatro gêneros: Jovem
Guarda, Bossa Nova, Tropicália e MPB, que, por sua vez, eram divididos em dois grupos: os
“alienados” (Jovem Guarda e Bossa Nova) e os “engajados” (MPB e Tropicália).

A Música de Protesto
A palavra festival vem do latim “festivitas”, que significa tanto ‘um dia de festa’
quanto ‘uma maneira engenhosa de dizer’. E essa maneira engenhosa faz-se muito presente
nos festivais da década de 1960, precisamente pelo caráter crítico à ditadura militar vigente
no período.
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Alguns artistas se empenharam


em produzir obras que pudessem
expressar o momento político de
então. Ficaram conhecidos como o
grupo da “música de protesto”.
Exemplo emblemático é a música Para
não dizer que não falei de flores
(”Caminhando”) de Geraldo Vandré,
que até hoje é cantada nas passeatas
e manifestações políticas,
principalmente as da classe dos
estudantes. Ela concorreu no IIIº FIC, em 1968, pouco antes da vigência do Ato Institucional
número 5 (AI-5), instrumento legal que decretou censura absoluta aos meios de
comunicação e nas manifestações artísticas, sobretudo a música. De certa forma, o AI-5
decretou, também, o fim dos festivais.

A Censura e o declínio dos Festivais


A ação da censura durante o regime militar, como já foi visto, foi a grande
responsável pelo declínio e fim dos festivais. Curiosamente, iniciou-se um período muito
fértil na música brasileira, já que os compositores, diante da necessidade de “driblar” a
censura, criaram inúmeras letras de fundo político traduzidas em metáforas poéticas. Mas
logo no início do AI-5, a situação ficou insustentável. Chico Buarque, depois de preso e
interrogado autoexilou-se na Itália. Caetano e Gil não tiveram a mesma sorte. Depois de
presos por um tempo, foram obrigados a abandonar o país.

A TROPICÁLIA
O Tropicalismo foi um movimento de ruptura que sacudiu o ambiente da música
popular e da cultura brasileira entre 1967 e 1968. Seus participantes formaram um grande
coletivo, cujos destaques foram os cantores-compositores Caetano Veloso e Gilberto Gil,
além das participações da cantora Gal Costa e do cantor-compositor Tom Zé, da banda
Mutantes, e do maestro Rogério Duprat. A cantora Nara Leão e os letristas José Carlos
Capinan e Torquato Neto completaram o grupo, que teve também o artista gráfico,
compositor e poeta Rogério Duarte como um de seus principais mentores intelectuais.

Os tropicalistas deram um histórico passo à frente no meio musical brasileiro. A


música brasileira pós-Bossa Nova e a definição da “qualidade musical” no país estavam cada
vez mais dominadas pelas posições tradicionais ou nacionalistas de movimentos ligados à
esquerda. Contra essas tendências, o grupo baiano e seus colaboradores procuram
universalizar a linguagem da MPB, incorporando elementos da cultura jovem mundial, como
o rock, a psicodelia e a guitarra elétrica.
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Ao mesmo tempo, sintonizaram a


eletricidade com as informações da
vanguarda erudita por meio dos
inovadores arranjos de maestros como
Rogério Duprat, Júlio Medaglia e Damiano
Cozzela. Ao unir o popular, o pop e o
experimentalismo estético, as idéias
tropicalistas acabaram impulsionando a
modernização não só da música, mas da
própria cultura nacional.

Rock Nacional (O BRock dos Anos 1980)


O rock brasileiro da década de 80 é também considerado por muitos como pop rock
nacional dos anos 80. Foi um movimento musical que surgiu já no início daquela década.
Ganhou o apelido de BRock do jornalista Nelson Motta. O BRock se caracterizou por
influências variadas, indo desde a chamada new wave, passando pelo punk e pela música
pop emergente do final da década de 70. Em alguns casos, tomou por referência ritmos
como o reggae e a soul music. Suas letras falam na maioria das vezes sobre amores perdidos
ou bem sucedidos, não deixando de abordar é claro algumas temáticas sociais.
O grande diferencial das bandas deste período era a capacidade de falar sobre estes
assuntos sem deixar a música tomar um peso emocional ou político exagerados.
Fora a capacidade que seus integrantes tinham de falar a respeito de quase tudo com
um tom de ironia, outra característica marcante do movimento. Outra particularidade típica
foi o visual próprio da época; cabelos armados ou bastante curtos para as meninas, gel,
roupas coloridas e extravagantes para os meninos e a unissexualidade de tudo isso, herança
direta do Glam Rock de Marc Bolan, David Bowie e seus discípulos, como o “Kiss” e o “The
Cure”.

Tudo começou com o aparecimento de bandas como a Gang 90, seguida por sua
contrapartida carioca, a Blitz e seu grande sucesso "Você não soube me amar". O auge da
Blitz aconteceu em 1985, no show do Rock in Rio. Liderada por Evandro Mesquita, a banda
tinha como característica marcante as performances teatrais no palco, que se tornaram
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grandes brincadeiras responsáveis pela animação coletiva do público que comparecia aos
shows.

Outro marco importante do BRock foram os shows no “Circo Voador”, local que se
tornou o berço de várias bandas que estouraram naquela época, que revelaram “Paralamas
do Sucesso”, “Kid Abelha e Os Abóboras Selvagens”, “Gang 90”, “Barão Vermelho”, entre
outras. Destas, as que tiveram mais destaque (e continuam tocando e fazendo relativo
sucesso até hoje) são os “Paralamas”, “Kid Abelha” e “Barão Vermelho”.

SUGESTÕES DE ATIVIDADES

ATIVIDADE 1- Audição de músicas.

ATIVIDADE 2- Produzir dublagens das músicas desse período.

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