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A Queda da Monarquia

- A queda da Monarquia contou com duas


bases de peso para a sua decadência: o
exército e um setor da burguesia cafeeira de
SP.
- O episódio do dia 15 de novembro de 1889
(dia da Proclamação da República) foi quase
que exclusivo do Exército, que deu um
empurrão para a queda do regime.

- Antes disso, vários aspectos levaram a


decadência gradual do regime monárquico e
o descrédito e enfraquecimento da figura do
rei. Entre elas temos:

> Questão Militar: desde a guerra do Paraguai (1864-70) as questões entre


monarquia e militares demonstraram que não estavam tão bem, pois o descuido
com as condições materiais, salariais, fortaleceram a ideia de que o exército
estava abandonado. Além disso, com o passar do tempo, através do estímulo
Positivista, alas militares passaram a defender um regime republicano (mais
centralizado).
> Questão Republicana: o movimento republicano crescia no século XIX,
reuniões secretas (maçônicas) ajudaram a consolidar as ideias do movimento.
Alas militares, profissionais liberais e jornalistas formaram a principal base
republicana que ajudaria a contrariar a monarquia.

> Questão Escravista: a abolição da escravidão, principal mão de obra escrava


do período colonial e imperial no Brasil, estava ameaçando os interesses dos
proprietários de terra, que esperavam do regime imperial indenizações e
abolições graduais, o que não veio a acontecer e com isso gerou uma série de
crises e descontentamento desse grupo com o rei.

> Questão Religiosa: a principal base moral do Brasil colonial e imperial era o
apoio e aliança com a Igreja Católica. Acontece, que a partir da metade do século
XIX, a monarquia passa a ter um problema com grupos ultraconservadores
católicos após uma oposição a interferências maçônicas. Essa divergência levou
o rei a decretar a prisão de bispos católicos, gerando um choque entre ambas
as instituições, afetando diretamente a figura do rei.

> Outros aspectos: como a saúde do Imperador, atacado de diabetes acabou


enfraquecendo-o, já que sem o Imperador para mediar entre os militares e a elite
imperial o choque entre essas duas últimas aumentaram. Além do desânimo com
um possível futuro Reinado. Com a morte de D. Pedro II subiria ao trono a
Princesa Isabel, casada com o Conde d'Eu, que era francês.

O processo de transição para a República foi carregado por crises,


descontentamentos e disputas e terminou com algo que, segundo os
historiadores, culminou no golpe Republicano (vamos estudar essa questão).

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