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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

 INSTITUTO DE ENSINO À DISTÂNCIA

Impacto Positivo dos Meios de Ensino e Aprendizagem em Desenho Técnico


na Escola Secundária de Inhazónia no Período de 2019 à 2021

Efremo Armando Efremo Garai

CHIMOIO

Março, 2022
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE
 INSTITUTO DE ENSINO À DISTÂNCIA
 

Impacto Positivo dos Meios de Ensino e Aprendizagem em Desenho Técnico


na Escola Secundária de Inhazónia no Período de 2019 à 2021

Efremo Armando Efremo Garai – No: 708182076

Monografia submetida ao Instituto de


Educação a Distância – Universidade
Católica de Moçambique como requisito
parcial para obtenção do grau de
Licenciatura em Ensino de Desenho

Orientação por:
dr. Benjamim Emílio Júnior

Chimoio, Março de 2022


ÍNDICE GERAL

Conteúdo
DECLARAÇÃO.............................................................................................................................VI

AGRADECIMENTOS.................................................................................................................VII

DEDICATÓRIA..........................................................................................................................VIII

LISTA DE ABREVIATURAS......................................................................................................IX

LISTA DE TABELAS.....................................................................................................................X

LISTA DE FIGURAS....................................................................................................................XI

LISTAS DE GRÁFICOS..............................................................................................................XII

EPIGRAFE..................................................................................................................................XIII

SUMÁRIO EXECUTIVO...........................................................................................................XIV

EXECUTIVE SUMMARY..........................................................................................................XV

CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO.....................................................................................................16

1.1. Justificativa......................................................................................................................17

1.1.1. Relevância................................................................................................................17

1.2. Problematização...............................................................................................................18

1.3. Hipóteses..........................................................................................................................19

1.3.1. Hipóteses Primária....................................................................................................19

1.3.2. Hipóteses Secundárias..............................................................................................19

1.4. Objectivos............................................................................................................................19

1.4.1. Objectivo Geral............................................................................................................19

1.4.1. Objectivos Específicos.................................................................................................19

1.5. Delimitação do Estudo.....................................................................................................20

1.6. Limitação do Estudo........................................................................................................20

1.7. Ética durante a Pesquisa..................................................................................................20

CAPÍTULO II: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA........................................................................21


2.1. Breve Introdução.................................................................................................................21

2.2. Meios de Ensino..................................................................................................................21

2.2.1. Conceito dos Meios de Ensino-Aprendizagem............................................................21

2.2.2. Objectivos dos Meios de Ensino-Aprendizagem.........................................................22

2.2.3. Classificação dos Meios de Ensino-Aprendizagem.....................................................23

2.2.4. Finalidades do Uso dos Meios de Ensino-Aprendizagem............................................23

2.2.5. Critérios e Princípios para a Utilização dos Meios de Ensino-Aprendizagem.............24

2.3. Desenho Técnico.................................................................................................................25

2.3.1. Conceito de Desenho Técnico......................................................................................25

2.3.2. Origem do Desenho Técnico........................................................................................26

2.3.3. Tipos de Desenho Técnico...........................................................................................26

3.3.4. Padronização dos Desenhos Técnicos..........................................................................27

2.3.5. Entidades Normalizadoras............................................................................................27

2.3.6.Normalização Portuguesa (NP)..................................................................................28

2.3.7. Tipos de Linha..............................................................................................................29

2.3.8. Principal Finalidade do Desenho Técnico....................................................................29

2.3.9. Importância do Desenho Técnico.................................................................................30

2.3.10. Materiais Utilizados no Desenho Técnico..................................................................31

2.3.11. Formas de Elaboração e Apresentação do Desenho Técnico.....................................34

CAPÍTULO III - METODOLOGIA..............................................................................................35

3.1. Tipo de Estudo.....................................................................................................................35

3.2. Método.................................................................................................................................35

3.2.1. Método Indutivo...........................................................................................................35

3.3. Quanto à Natureza...............................................................................................................35

3.3.1. Pesquisa Aplicada.........................................................................................................35

3.4. Quanto a Forma de Abordagem..........................................................................................36


3.4.1. Pesquisa Qualitativa.....................................................................................................36

3.5. Quanto aos Procedimentos Técnicos...................................................................................36

3.5.1. Pesquisa Bibliográfica..................................................................................................36

3.5.2. Estudo de Caso.............................................................................................................36

3.6. Quanto aos Objectivos.........................................................................................................36

3.6.1. Pesquisa Explicativa.....................................................................................................36

3.7. População e Amostra...........................................................................................................37

3.7.1. Universo.......................................................................................................................37

3.7.2. Amostra........................................................................................................................37

3.7.3. Participantes do Estudo................................................................................................38

3.8. Instrumentos de Colecta de Dados......................................................................................38

3.9. Descrição da ESG Inhazónia...............................................................................................38

CAPÍTULO IV - APRESENTAÇÃO DE DADOS.......................................................................40

4.1. Apresentação dos Participantes...........................................................................................40

4.1.1. Género dos Participantes..............................................................................................40

4.1.2. Faixa Etária dos Participantes......................................................................................41

4.1.3.Nível Académico dos Participantes do Estudo..............................................................41

4.2. Apresentação dos Dados sobre os Meios de Ensino de Desenho Técnico..........................42

4.2.1. Conhecimento dos Materiais de Desenho Técnico......................................................42

4.2.2. Utilização dos Materiais de Desenho Técnico na Sala de Aulas..................................43

4.2.3. Tipo de Materiais Utilizados nas Aulas de Desenho Técnico......................................44

4.2.4. Mecanismos de Aquisição dos Materiais Convencionais............................................45

4.2.5. Mecanismos de Aquisição dos Materiais Artesanais...................................................45

4.2.6. Capacidade de Utilização dos Materiais de Desenho Técnico pelos Alunos...............46

4.2.7. Nível de Assimilação de Conteúdos de Desenho Técnico nos alunos.........................47


4.2.8. Melhorias trazidas pelo uso de meios de ensino e aprendizagem de DT na Escola
Secundária de Inhazónia.........................................................................................................48

CAPÍTULO V: DISCUSSÃO E INTERPRETAÇÃO DE DADOS..............................................49

CAPÍTULO VI: CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES.............................................................51

6.1. Recomendações...................................................................................................................52

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGÁFICAS..........................................................................................53

8. APÊNDICE................................................................................................................................54

Apêndice 1: Guião de Perguntas para Entrevista.......................................................................54

Apêndice 2: Questionário...........................................................................................................56

9.ANEXOS.....................................................................................................................................57

Anexo 1: Fotografias do Campo de Estudo................................................................................57


DECLARAÇÃO

Eu, Efremo Armando Efremo Garai, declaro que o conteúdo do presente trabalho intitulado:
impacto positivo dos meios de ensino e aprendizagem em Desenho Técnico na Escola Secundária
de Inhazónia no período de 2019 à 2021, é reflexo de meu trabalho pessoal e manifesto que
perante qualquer notificação de plágio, cópia ou falta em relação à fonte original, sou
directamente o responsável legal, económica e administrativamente, isentando Orientador, a
Universidade e as instituições que colaboraram com o desenvolvimento deste trabalho,
assumindo as consequências derivadas de tais práticas.

O Estudante
__________________________________

O supervisor

__________________________________________

VI
AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus, Criador do universo pela vida, saúde e oportunidade de me fazer evoluir em
cada lição e dia após dia. Sou muito grato por ter a consciência de tudo que foi aprendido durante
o curso de Licenciatura em Ensino de Desenho. Dou gratidão aos meus pais Armando Efremo e
Ana Nota por me ensinarem a caminhar e assim poder seguir meus próprios passos. Pela
educação que me deram e por sempre estarem ao meu lado, tanto nas alegrias como nos
momentos difíceis. Não tenho palavras que mensurem toda a gratidão que tenho por minha
esposa, que permaneceu ao meu lado mesmo nos momentos de ausência e de insuficiência
esforçando-se para equilibrar todas as tarefas e desafios. Ainda reconheço o apoio incondicional
do supervisor Benjamim Emílio Júnior que pela sua análise cuidadosa, sugestões e comentários
construtivos foi possível elaborar este trabalho sem me esquecer dos meus colegas que sempre
pautaram pelo bem comum durante todo percurso académico.

VII
DEDICATÓRIA

Dedico o trabalho a toda família Garai,


especialmente a minha esposa Karen Jeremias e
aos meus filhos: Melvim, Nilza e Henry Efremo
Armando Garai.

VIII
LISTA DE ABREVIATURAS

ABNT…….Associação Brasileira de Normas Técnicas


ASA………Normas Americanas
ASME……Sociedade Americana de Engenharia Mecânica
ASTM……Sociedade Americana para Testes e Materiais
BS…………Normas Britânicas
DIN………..Instituto Alemão para Normalização
DT….……..Desenho Técnico
ESG……….Escola Secundária Geral
ISSO………Organização Internacional para Normalização
JIS…………Normas da Indústria Japonesa
MINED……Mistério de Educação
NP…………Normas Portuguesas
PEA……….Processo de Ensino e Aprendizagem
SAE………Sociedade de Engenharia Automotiva

IX
LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Género dos Participantes................................................................................................40

Tabela 2: Faixa etária dos participantes.........................................................................................41

Tabela 3: Nível académico dos participantes.................................................................................42

X
LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Classificação dos meios de ensino e aprendizagem........................................................23

Figura 2: Tipos de linha..................................................................................................................29

Figura 3: Materiais e instrumentos de Desenho Técnico...............................................................31

XI
LISTAS DE GRÁFICOS

Gráfico 1: Conhecimento dos materiais de Desenho Técnico........................................................43

Gráfico 2: Utilização dos materiais de Desenho Técnico na sala de aulas....................................44

Gráfico 3: Tipo de materiais utilizados nas aulas de Desenho Técnico.........................................44

Gráfico 4: Mecanismos de Aquisição dos materiais Convencionais..............................................45

Gráfico 5: Mecanismos de Aquisição dos Materiais Artesanais....................................................46

Gráfico 6: Capacidade de utilização dos materiais de desenho técnico pelos alunos....................46

Gráfico 7: Nível de assimilação de conteúdos de Desenho Técnico nos alunos............................47

XII
EPIGRAFE

A vida deve ser compreendida para trás. Mas deve ser vivida para frente.

Soren Kierkegaard (1813-1855)

XIII
SUMÁRIO EXECUTIVO
O desenho é fundamental, dá estrutura ou esqueleto para dar sustentabilidade a arte facilitando
sobremaneira a expressão exacta por isso o seu estudo requer materiais próprios da área. O
presente trabalho cujo tema impacto positivo dos meios de ensino e aprendizagem em Desenho
Técnico na Escola Secundária de Inhazónia no período de 2019 à 2021 tendo como objectivo
principal avaliar o impacto da utilização de meios de ensino no ensino e aprendizagem em DT na
Escola Secundária de Inhazónia no período de 2019 à 2021. O método adoptado foi indutivo, pois
através do estudo caso dos alunos na ESG de Inhazónia pretende-se alargar os resultados da
pesquisa às outras instituições que oferecem a mesma modalidade de educação. Os resultados
foram recolhidos através de entrevistas e questionário e para responder as questões abertas e
fechadas apresentadas foi usada a análise qualitativa depois fez-se o agrupamento e selecção com
base na similaridade e natureza das respostas, de modo a facilitar a sua análise e interpretação.
A eficácia dos meios de ensino depende da interacção entre eles e os alunos neste sentido deve-se
estimular nos alunos certas atitudes que aumentem a sua receptividade. Os resultados revelaram
que foram utilizados meios de ensino convencionais em maior escala adquiridos pela compra dos
próprios alunos e dos fundos da escola para além dos meios artesanais produzidos muitas vezes
pelos alunos. A utilização dos meios de ensino trouxe muitos ganhos para além da produção de
materiais de Desenho Técnico pelos alunos e professores possibilitando a aquisição de mais
meios de ensino influenciou bastante na assimilação dos conteúdos de Desenho Técnico, situação
que aumentou o numero de alunos que tiveram classificação boa e muitos seguem a área de Artes
Visuais e Cénicas no segundo grau do ensino secundário.
Palavras-chaves: meios de ensino, Desenho Técnico, ensino e aprendizagem, escola.

XIV
EXECUTIVE SUMMARY
Drawing is fundamental, it gives structure or skeleton to give sustainability to art, greatly
facilitating the exact expression, so its study requires materials specific to the area. The present
work whose theme is the positive impact of teaching and learning means in Technical Design at
Escola Secundária de Inhazónia in the period from 2019 to 2021, having as main objective to
evaluate the impact of the use of teaching means in teaching and learning in DT at Escola
Secundária de Inhazónia Inhazónia in the period from 2019 to 2021. The method adopted was
inductive, because through the case study of students at ESG de Inhazónia, it is intended to
extend the research results to other institutions that offer the same type of education. The data
were collected through interviews and a questionnaire and to answer the open and closed
questions presented, qualitative analysis was used, then the grouping and selection was made
based on the similarity and nature of the answers, in order to facilitate their analysis and
interpretation.
The effectiveness of the teaching means depends on the interaction between them and the
students in this sense, certain attitudes must be stimulated in the students that increase their
receptivity. The results revealed that conventional teaching means were used on a larger scale,
acquired by the purchase of the students themselves and from school funds, in addition to
handcrafts produced many times by the students. The use of teaching means brought many gains
in addition to the production of Technical Drawing materials by students and teachers, enabling
the acquisition of more teaching means, greatly influenced the assimilation of Technical Drawing
contents, a situation that increased students who had a good rating and many follow the area of
Visual and Performing Arts in the second level of secondary education.
Keywords: teaching means, Technical Drawing, teaching and learning, school.

XV
CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO
Através do presente estudo avaliou-se o impacto dos meios de ensino e aprendizagem em DT na
Escola Secundária de Inhazónia no Período de 2019 à 2021. Ao principiar vale sublinhar que a
transmissão do conhecimento é uma tarefa sublime destinada à aqueles que dedicam suas vidas à
docência. Todavia, o cumprimento desta missão nem sempre é exacto e, muitas vezes, torna-se
árduo e complexo. Por isso, o uso de bons meios de ensino e aprendizagem que facilitem o
desempenho docente é sempre intencionado. Referir que o meio de ensino e aprendizagem é todo
material usado na sala de aulas no momento de interacção professor-aluno, durante a mediação
dos saberes com vista a concretizar os conteúdos de modo a facilitar a assimilação e percepção
por parte dos alunos.

De acordo com Libânio (citado por Bruno s/d, p.1), “meios de ensino designamos todos os meios
e recursos matérias utilizados pelo professor e pelos alunos para organização e condução
metódica do processo de ensino e aprendizagem”.

No contexto diário da sala de aula muitos recursos didácticos podem ser utilizados. A escolha
depende de factores como a visão do educador acerca do recurso, a finalidade de sua utilização, a
disponibilidade financeira para sua aquisição e principalmente da aceitabilidade dos alunos.
Assim, embora as possibilidades de uso sejam amplas, o critério de escolha deve ser
particularmente adoptado pelo educador após várias considerações.

O desenho é a forma de comunicação mais importante, depois da palavra, o desenho serve à


propaganda, ao humorismo, à arquitectura, à expressão gráfica da palavra, e mais. Já o DT de
acordo com Catapan, Strobel e Santana (2020, p.3) “é um dos mais importantes ramos de estudo
em uma escola técnica, porque é à base de todos os projectos e subsequentes fabricações. Todo
aluno técnico deve saber fazer e ler desenhos”. O desenho é essencial em todos os tipos de
engenharia prática, e deve ser compreendido por aqueles relacionados com, ou interessados na
indústria técnica. Todos os projectos e instruções para fabricação são preparados o Desenho por
desenhistas, escritores profissionais da linguagem, mas mesmo alguém que nunca tenha feito
projectos deve ser capaz de lê-los e entendê-los, ou será, profissionalmente, um leigo.

Sendo o DT uma área específica de saber afirma-se que a utilização de recursos didácticos
específicos faz com que esses sejam valorizados. Isto porque, quando um professor utiliza
diferentes tipos de recursos didácticos ele não só faz com que sua aula se torne mais interessante

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minimizando a monotonia à qual o ensino tradicional pode estar relacionado, mas também pode
favorecer a obtenção de melhores resultados.
O estudo está estruturado por seis capítulos: o primeiro capítulo é composto pela presente
introdução, que retrata sobre a breve contextualização, a problematização, e os objectivos, as
hipóteses, a delimitação do tema, a justificativa e as limitações do estudo. O segundo capítulo é
composto pela revisão da literatura, na qual se faz a relação dos conceitos básicos, a revisão da
literatura teórica. O terceiro capítulo retrata sobre aspectos metodológicos de investigação que
compõe o tipo de pesquisa, as fontes de informação, a apresentação dos participantes do estudo, a
caracterização do local da pesquisa, as técnicas utilizadas na recolha de dados e na análise dos
resultados. O quarto capítulo está composto pela à apresentação e analise dos dados, o quinto
compreende a discussão dos resultados. E por último o sexto capítulo corresponde às conclusões
e sugestões.

1.1. Justificativa
As escolas moçambicanas, não reúnem todos os recursos necessários para todas as disciplinas ou
conteúdos o que torna difícil ao professor aprimorar os conteúdos com materiais precisos para as
suas aulas, os professores com intenção de concretizar as suas aulas são obrigados a produzir e
usar os recursos didácticos.

O estudo desta temática, parte da vontade de gerar mais motivação nos alunos da Escola
Secundária de Inhazónia na aprendizagem do DT através do uso de meios didácticos no processo
de ensino e aprendizagem. Com o presente estudo espera-se obter a percepção mediante as
dificuldades presente no decurso das aulas de DT nessa instituição e se apurar as maneiras de
resolve-las tendo base científica.

1.1.1. Relevância
Socialmente a presente temática pretende gerar mais vontade nos alunos em ingressar a área de
educação visual e assim proporcionar maior número de profissionais formados nessas áreas que é
muito importante na edificação de uma sociedade.

No âmbito económico o tema pretende procurar maneira de como usar meios de ensino baratos
nas aulas de Desenho Técnico fazendo com que as despesas dos pais e encarregados sejam
reduzidas e assim eliminar uma das barreiras que os mesmos encarram ao pretender motivar o seu

17
educando a seguir a área de Artes Visuais e Cénicas no segundo grau do ensino secundário.
Cientificamente o estudo deverá ser referência para os estudos posteriores que precisarão de base
científica para a condução das suas pesquisas.

1.2. Problematização
Libânio (citado por Bruno s/d), “os meios de ensino e aprendizagem são materiais utilizados pelo
professor para auxiliar o ensino e a aprendizagem de seus alunos em relação ao conteúdo
proposto. Deve servir como motivação aos mesmos, predispor maior interesse pelo conteúdo
ministrado e facilitar a compreensão do conteúdo proposto”.

O MINED deixa claro que os “meios de ensino e aprendizagem são de fundamental importância
no processo de desenvolvimento cognitivo do aluno e deve ter o poder de aproximar o aluno do
conteúdo ministrado, facilitando assim sua efectiva fixação”. Os meios de ensino são
indispensáveis no processo de ensino e aprendizagem e alguns deles são aplicáveis para algumas
disciplinas e para outras não, a indisponibilidade e custo elevado destes veda o acesso deles para
os alunos fazendo com que as aulas sejam realizadas na ausência deste.

Nas aulas DT existem meios de ensinos que são indispensáveis pela natureza de conteúdos
mesmo assim as escolas não oferecem condições que tornam os acessíveis, deste modo os
conteúdos desta aula são abordados teoricamente sem que sejam concretos e práticos, factor que
pode influenciar o rendimento pedagógico.

Os aspectos referidos acima podem se verificar na Escola Secundária de Inhazónia distrito de


Báruè por ser uma escola localizada numa zona onde os alunos não conseguem ter acesso a todos
meios de ensinos principalmente para aulas de DT. Para além do rendimento académico esta
situação faz com que a aderência a área de Artes Visuais e Cénicas seja reduzida por parte dos
alunos por isso que as turmas desta área apresentam um número reduzido de alunos comparados
as outras, isto porque a visão que os alunos têm em relação a esta área de ensino.

É comum se observar alunos dedicados na disciplina de Educação Visual nas primeiras classes do
ensino secundário mas já no ensino médio optarem em seguir outras áreas, também existem
alunos que inscrevem se na área de Artes Visuais e Cénicas, depois optarem em mudar de área.
Sabendo que a produção de meios de ensinos próprios nas aulas de DT pode trazer uma certa
motivação mesmo assim é necessário saber até que ponto estes podem trazer mudanças das
situações referidas a cima, sendo assim coloca-se a seguinte questão:

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Qual é o impacto que a aplicação de meios de ensinos pode trazer no ensino e aprendizagem de
Desenho Técnico na Escola Secundária de Inhazónia?

1.3. Hipóteses

1.3.1. Hipótese Primária


 Os meios de ensinos no processo de ensino e aprendizagem de DT são benéficos para a
obtenção de resultados positivos no processo de ensino e aprendizagem.

1.3.2. Hipóteses Secundárias


 Na ESG Inhazónia existe fraca motivação dos alunos devido a falta de meios de ensino de
Desenho Técnico.

 A aplicação de meios de ensino no processo de ensino e aprendizagem de DT pode


reduzir os constrangimentos no processo de ensino e aprendizagem.

1.4. Objectivos

1.4.1. Objectivo Geral


 Avaliar o impacto da utilização de meios de ensino no ensino e aprendizagem em DT na
Escola Secundária de Inhazónia no período de 2019 à 2021.

1.4.1. Objectivos Específicos

 Caracterizar os meios de ensino e aprendizagem aplicados nas aulas de DT na Escola


Secundária de Inhazónia no período de 2019 à 2021;
 Aferir o nível de assimilação de conteúdos de DT nos alunos da Escola Secundária de
Inhazónia no período de 2019 à 2021;
 Verificar melhoramentos trazidos pelo uso de meios de ensino e aprendizagem de DT na
Escola Secundária de Inhazónia no período de 2019 à 2021.

19
1.5. Delimitação do Estudo
O estudo consiscreveu a Escola Secundária de Inhazónia, localizada na localidade de mesmo
nome, no distrito de Báruè, na província de Manica, este deveu-se a sua localização que facilitou
a sua realização e redução de custos de deslocamento para o pesquisador, o tema enquadra-se na
área de Educação e o grupo alvo é a comunidade da ESG Inhazónia

1.6. Limitação do Estudo


Durante a execução da pesquisa deparou-se com muitas limitações, tais como a dificuldade de
reunir-se com os participantes devido a eclosão do coronavírus para além de acarretar muitos
custos para aquisição de desinfectantes para os inqueridos. Ainda houve dificuldades de
cumprimento de tempo devido a falta de equipamentos próprios para a digitação e impressão do
trabalho.

1.7. Ética durante a Pesquisa


Será respeitado o direito de não participação ou desistência dos inquiridos, quando se verificasse
tal intenção e o pesquisador ser grato a todo apoio recebido. Todos os inqueridos durante o estudo
não foram mencionados os nomes. Os resultados da pesquisa foram apresentados sem omissões
nem acréscimos e as obras consultadas foram todas mencionadas durante o trabalho e na
bibliografia.

20
CAPÍTULO II: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1. Breve Introdução

O presente capítulo é reservado a fundamentação teórica que tem como objectivo resumir toda a
informação existente sobre um fenómeno de maneira imparcial e completa, isto é, apresentar um
levantamento bibliográfico acerca do assunto que será tratado no projecto, com escopo definido e
uma análise crítica sobre os autores seleccionados.

2.2. Meios de Ensino

2.2.1. Conceito dos Meios de Ensino-Aprendizagem


De acordo com MINED (s/d), “os meios de ensino-aprendizagem (também denominados recursos
didácticos) são elementos que auxiliam na execução do processo de ensino-aprendizagem”.

Os recursos didácticos são todo e qualquer material físico, do professor, do aluno, as tecnologias
de informação e comunicação, utilizados no contexto de ensino-aprendizagem, a fim de auxiliar o
professor na transmissão da sua mensagem para o educando eficientemente realizar a sua
aprendizagem (ibidem).

Segundo Piletti (2006, p.68), “os recursos de ensino são os componentes do ambiente da
aprendizagem que dão origem à estimulação do aluno”.

Para Libânio (2013, p.191), pode-se designar também como “meios de ensino todos os meios ou
recursos materiais utilizados pelo professor e pelos alunos para a organização e condução
metódica do processo de ensino e aprendizagem”.

Desta forma, os meios de ensino ou recursos de ensino são todos aqueles meios usados pelos
educadores e ao educando com vista a fazer acontecer o PEA, de uma forma simples e
compreensiva dos conteúdos. Para existir uma boa aprendizagem é necessário um ambiente
agradável, uma sala equipada de materiais básicos, o professor munido de recursos necessários
para a matéria que pretende leccionar e por fim o aluno também acompanhado de cadernos,
livros, caneta e o mais importante confiante e motivado para a realização das suas actividades.

21
O MINED (s/d), explica o seguinte:

A linguagem didáctica é um elemento fundamental na efectivação do ensino,


juntamente com os métodos, técnicas de ensino e recursos didácticos. A
linguagem didáctica é o meio de comunicação do professor com o educando. É o
veículo utilizado pelo professor para comunicar-se com o educando, a fim de
transmitir-lhe mensagens de maneira mais simples, objectiva e directa possível.

Assim, o recurso didáctico, seja qual for a sua modalidade, é aquele que incentiva, facilita ou
possibilita o processo de ensino-aprendizagem. Ele é, no ensino, a ligação entre a palavra e a
realidade. O ideal seria que toda a aprendizagem se efectuasse em situação real da vida (ibidem).

2.2.2. Objectivos dos Meios de Ensino-Aprendizagem


Para Libânio (2013, p.191), “o momento de uso dos recursos de ensino vai depender do trabalho
docente prático, no qual se adquirirá o efeito traquejo da manipulação do material didáctico”. No
momento que o professor utiliza um recurso didáctico dentro da sala de aula, ele transfere os
conhecimentos que estão expressos no livro para a realidade do educando. Dessa forma, o
professor pode usar o recurso didáctico para preparar, melhorar ou aprimorar a aula que será
dada.

Piletti (2006 p. 154), acrescenta que:

O uso destes recursos tem como objectivo motivar e despertar o interesse dos
alunos, favorecer o desenvolvimento da capacidade de observação, visualizar e
concretizar os conteúdos da aprendizagem, fornecer informações e dados, permitir
a fixação da aprendizagem, ilustrar noções mas abstractas e desenvolver a
experimentação concreta.

Ao elaborar os meios de ensino-aprendizagem, deve-se ter em conta a sua grandeza, suficiente


para melhor observação por parte dos alunos; utilizar em fundo a cor clara de forma a dar-lhes
mais brilho e serem atraentes; evitar letras ou números com efeitos que podem dificultar a leitura
do texto; utilizar cores fortes (vermelho, azul, verde e preto). (ibidem).

22
2.2.3. Classificação dos Meios de Ensino-Aprendizagem
Segundo Nerici (citado por MINED, s/d), “os meios de ensino-aprendizagem são classificados
em recursos naturais, pedagógicos, tecnológicos, culturais ou da comunidade, etc. Mas também
podem ser classificados em visuais, auditivos e audiovisuais”.

Figura 1: Classificação dos meios de ensino e aprendizagem.

CLASSIFICAÇÃO DOS MEIOS DE ENSINO-APRENDIZAGEM

NATURAIS PEDAGÓGICOS TECNOLÓGICOS CULTURAIS OU


são os elementos de quadro, cartaz, internet, gravador, DA COMUNIDADE
existência real na gravura, álbum televisão, biblioteca pública,
natureza, como água, computador, etc. museu, exposições,
seriado, etc. etc.
pedra, animais, etc.
Fonte: Nerici (citado por MINED, s/d) adaptado pelo autor, 2021.

2.2.4. Finalidades do Uso dos Meios de Ensino-Aprendizagem


Conforme José (2020), a partir deste conceito de meios de ensino-aprendizagem, eles são usados
para determinadas finalidades, dentre as quais as seguintes:

 Aproximar o aluno da realidade do que se quer ensinar, dando-lhe noção mais exacta dos
factos e fenómenos estudados;

 Motivar e despertar o interesse dos alunos na aula;

 Facilitar a percepção e compreensão dos factos e conceitos;

 Concretizar e ilustrar o que está sendo exposto verbalmente (isto é, visualizar ou


concretizar os conteúdos da aprendizagem);

 Desenvolver a capacidade de observação;

 Desenvolver a experimentação concreta;

 Economizar esforços para levar os alunos à compreensão de factos e conceitos;

23
 Auxiliar a fixação da aprendizagem pela impressão mais viva e sugestiva que o material
pode provocar;

 Dar oportunidade de manifestação de aptidões e desenvolvimento de habilidades com o


manuseio ou construção de aparelhos por parte dos alunos.

2.2.5. Critérios e Princípios para a Utilização dos Meios de Ensino-Aprendizagem


Conforme MINED (s/d), para que os meios de ensino-aprendizagem realmente colaborem no
sentido de melhorar a aprendizagem, devem ser observados alguns critérios e princípios na sua
utilização:

 Ao seleccionar um meio de ensino-aprendizagem, deve-se ter em vista os objectivos a


serem alcançados. Nunca utilizar um recurso didáctico só porque está na moda.

 Nunca se deve utilizar um recurso que não seja suficientemente conhecido, de forma a
poder empregá-lo correctamente.

 A eficácia dos recursos dependerá da interacção entre eles e os alunos. Por isso, devemos
estimular nos alunos certas atitudes que aumentem a sua receptividade, tais como, a
atenção, a percepção, o interesse, a sua participação activa, etc.

 A eficácia depende, também, das características dos próprios recursos com relação às
funções que podem exercer no PEA. A função do cartaz, por exemplo é diferente da
função de um álbum seriado

 Na escolha dos recursos didácticos, deve-se levar em conta a natureza da matéria a ser
aprendida. Algumas matérias exigem maior utilização de recursos audiovisuais que
outras.

 As condições ambientais podem facilitar ou dificultar a utilização de certos recursos. A


falta de corrente eléctrica, por exemplo, exclui a possibilidade de utilização de
retroprojector, projector de slides ou filmes.

 O tempo disponível é outro elemento importante que deve ser considerado.

24
 A preparação e utilização dos recursos didácticos exigem determinado tempo e, muitas
vezes, a busca de outras alternativas, tais como: utilizar recursos que exigem menos
tempo; solicitar a ajuda dos alunos para preparar os recursos; solicitar a ajuda ou
colaboração de outros profissionais, etc.

 Não levar os meios de ensino em mão, porque isso pode distrair os alunos.

 Não expor os meios que não estão a ser utilizados, porque desperta a curiosidade nos
alunos. Deve-se colocar à vista dos alunos os meios a serem utilizados.

 Verificar se os meios a serem utilizados estão todos arrumados na pasta, para evitar sair
da sala à procura de meios auxiliares ou, na pior das hipóteses, mandar os alunos
procurarem durante a aula.

 Para o uso de aparelhos, é importante experimentar, sempre, antes de estar na sala de


aulas, para evitar esforços em vão.

2.3. Desenho Técnico

2.3.1. Conceito de Desenho Técnico


Conforme o português desenho é um substantivo verbal do verbo desenhar, que remonta ao latim
designare, “marcar, notar, traçar, desenhar; indicar, designar; dispor, ordenar, regular, imaginar”,
étimo do italiano desegnare. O português desenhar (e desenho) é modernamente só “traçar (e
traçado) com linhas e afins”.

Segundo Zerbato (s/d), “Desenho Técnico forma é de expressão gráfica que tem por finalidade a
representação de forma, dimensão e posição de objectos de acordo com as diferentes
necessidades requeridas pelas diversas modalidades de engenharia e também da arquitectura”.

De acordo Fiorelli (s/d, p.3), “o Desenho Técnico é um ramo especializado, caracterizado pela
normatização e apropriação que faz das regras da geometria descritiva, sendo utilizado como base
para a actividade projectual em disciplinas como a arquitectura, o design e a engenharia”.

Segundo Catapan (2015, p.4), “Desenho Técnico é derivado da Geometria descritiva, que é a
ciência que tem por objectivo representar no plano (folha de desenho, quadro, etc.) os objectos

25
tridimensionais, permitindo desta forma a resolução de infinitos problemas envolvendo qualquer
tipo de poliedro, no plano do papel”.

O desenho técnico é um desenho operativo, ou seja, após sua confecção segue-se uma operação
de fabricação e/ou montagem. Desta forma, para fabricarmos ou montarmos qualquer tipo de
equipamento ou construção civil, em todas as áreas da indústria, sempre precisaremos de um
desenho técnico (ibidem).

2.3.2. Origem do Desenho Técnico


De acordo com Zerbato (s/d), “a representação de objectos tridimensionais em superfícies
bidimensionais evoluiu gradualmente através dos tempos”. No século XVII, por patriotismo e
visando facilitar as construções de fortificações, o matemático francês Gaspar Monge, que além
de sábio era dotado de extraordinária habilidade como desenhista, criou, utilizando projecções
ortogonais, um sistema com correspondência biunívoca entre os elementos do plano e do espaço.

Gomes (2012) narra que:


O sistema criado por Gaspar Monge, publicado em 1795 com o título “Geometrie
Descriptive” é a base da linguagem utilizada pelo Desenho Técnico. No século
XIX, com a explosão mundial do desenvolvimento industrial, foi necessário
normalizar a forma de utilização da Geometria Descritiva para transformá-la numa
linguagem gráfica que, a nível internacional, simplificasse a comunicação e
viabilizasse o intercâmbio de informações tecnológicas.

Desta forma, a Comissão Técnica da International Organization for Standardization – ISO


normalizou a forma de utilização da Geometria Descritiva como linguagem gráfica da engenharia
e da arquitectura, chamando-a de Desenho Técnico. Nos dias de hoje a expressão “desenho
técnico” representa todos os tipos de desenhos utilizados pela engenharia incorporando também
os desenhos não- projectivos (gráficos, diagramas, fluxogramas etc.). (Gomes, 2012).

2.3.3. Tipos de Desenho Técnico


Segundo Fiorelli (s/d, p.4), o DT é dividido em dois grandes grupos:
1. Desenho projectivo: são os desenhos resultantes de projecções do objecto em um ou
mais planos de projecção e correspondem às vistas ortográficas e às perspectivas. Neste
grupo de desenho estão as plantas baixas e fachadas, objecto de estudo.

26
2. Desenho não projectivo: na maioria dos casos correspondem a desenhos resultantes dos
cálculos algébricos e compreendem os desenhos de gráficos, diagramas.

3.3.4. Padronização dos Desenhos Técnicos


Para transformar o desenho técnico em uma linguagem gráfica foi necessário padronizar seus
procedimentos de representação gráfica. Essa padronização é feita por meio de normas técnicas
seguidas e respeitadas internacionalmente.

As normas técnicas são resultantes do esforço cooperativo dos interessados em


estabelecer códigos técnicos que regulem relações entre produtores e
consumidores, engenheiros, empreiteiros e clientes. Cada país elabora suas normas
técnicas e estas são acatadas em todo o seu território por todos os que estão
ligados, directa ou indirectamente, a este sector (Soares, s/d).

As normas técnicas que regulam o desenho técnico são normas editadas, registadas e estão em
consonância com as normas internacionais aprovadas pela ISO.

Cada país elabora as suas próprias normas mas, cada vez mais, estas respeitam as recomendações
normativas da ISO.

2.3.5. Entidades Normalizadoras


De acordo com Catapan (2015, p.7), as principais entidades de normalização são:

 ABNT: Associação Brasileira de Normas Técnicas.

 ASA: normas americanas (American Standard Association).

 ASME: Sociedade Americana de Engenharia Mecânica (American Society of Mechanical


Engeering).

 ASTM: Sociedade Americana para Testes e Materiais (American Society for Testing and
Materials) .

 BS: Normas Britânicas (British Standards).

 DIN: Instituto Alemão para Normalização (Deutsches Institut für Normung).


27
 ISO: Organização Internacional para Normalização (International Organization for
Standardization) .

 NP: Normas Portuguesas.

 JIS: Normas da Indústria Japonesa (Japan Industry Standards).

 SAE: Sociedade de Engenharia Automotiva ( Society of Automotive Engeering).

2.3.6.Normalização Portuguesa (NP)


Em Moçambique são aplicadas as normas portuguesas e segundo Soares (s/d) algumas normas
portuguesas para o desenho técnico:

 NP48: Formatos de papel

 NP49: Dobragem do papel

 NP62: Natureza e espessura dos vários traços

 NP89: Letras e algarismos

 NP167: Representação gráfica de materiais em corte

 NP204: Legendagem

 NP297: Cotagem

 NP327: Representação de vistas

 NP328: Cortes e secção

 NP717: Escalas

 NP718: Esquadrias

28
2.3.7. Tipos de Linha
Os diferentes elementos do desenho devem apresentar diferentes tipos de linha, com vista a um
pleno reconhecimento do objecto representado.

Figura 2: Tipos de linha

Fonte: Soares (s/d).

2.3.8. Principal Finalidade do Desenho Técnico


Perifraseando Catapan (2015, Pp.4-5), A finalidade principal do DT é a representação precisa, no
plano, das formas do mundo material e tridimensional, de modo a possibilitar a reconstituição
espacial das mesmas. Essa representação de formas constitui o campo do chamado “desenho
projectivo”; o Desenho Técnico também abrange a representação gráfica de cálculos, leis e dados
estatísticos, por meio de diagramas, ábacos, e nomogramas, que pertencem ao campo do
“desenho não projectivo”. Por serem seus princípios fundamentalmente os mesmos em todo o

29
mundo, alguém treinado nestas práticas em uma nação pode prontamente adaptar-se de uma outra
nação qualquer. Esta linguagem é completamente gráfica e escrita, e é interpretada pela aquisição
de um conhecimento visual do objecto representado. O êxito de um aluno nesta matéria será
indicado não somente pela sua habilidade na execução, mas também pela sua capacidade de
interpretar linhas e símbolos e visualizá-los claramente no espaço.

2.3.9. Importância do Desenho Técnico

Perifraseando Catapan (2015, Pp.5-56), o DT constitui-se no único meio conciso, exacto e


inequívoco para comunicar a forma dos objectos; daí a sua importância na tecnologia, face à
notória dificuldade da linguagem escrita ao tentar a descrição da forma, apesar a riqueza de
outras informações que essa linguagem possa veicular.

Diante da complexidade dos problemas relativos aos projectos de Engenharia e Arquitectura,


poderia parecer excessiva a importância atribuída à forma e à sua representação. Ocorre que a
forma não é um acessório nos problemas de tecnologia, mas faz parte intrínseca dos mesmos. O
Desenho Técnico, ao permitir o tratamento e a elaboração da forma de modo fácil económico,
participa decisivamente das três fases da solução daqueles problemas. Essas três fases são:

 A busca de conceitos e ideias que pareçam contribuir para a solução;

 O exame e análise crítica desses conceitos, quando alguns são escolhidos e outros
rejeitados;

 O desenvolvimento dos conceitos escolhidos, seu aperfeiçoamento final e comunicação.


Portanto, as aplicações do Desenho Técnico não se limitam à fase final de comunicação
dos projectos de Engenharia e Arquitectura, mas ainda cumpre destacar sua contribuição
fundamental nas fases anteriores, de criação e de análise dos mesmos.

Adicionalmente, face à dificuldade em concebermos estruturas, mecanismos e movimentos


tridimensionais, o Desenho Técnico permite estudá-los e solucioná-los eficazmente, porque
permite a sua representação.

30
2.3.10. Materiais Utilizados no Desenho Técnico
Para a execução de um desenho técnico é necessário utilizar materiais adequados. Bons
equipamentos geram desenhos com boa qualidade gráfica.

Figura 3: Materiais e instrumentos de Desenho Técnico

Fonte: Ribeiro, 2009.

a. Prancheta

De acordo com Gomes (2012, p.20), “a prancheta é uma ferramenta formada por uma superfície
simples que pode ser usada em diferentes inclinações permitindo o posicionamento ideal para os
seus desenhos.”. Além disso, é possível transportá-las sem ter que retirar as folhas da posição.
Existem vários tamanhos, você pode encontrá-las nos tamanhos A1, A2 e A3.

b. Papéis
Perifraseando Gomes (2012, p.19), os papéis mais utilizados no desenho técnico são: papel
canson, papel-manteiga e papel vegetal. O papel canson é opaco e encorpado, podendo receber
tinta. O canson mais utilizado é o de cor branca. O papel-manteiga é fino, semitransparente e
fosco. Esse papel é utilizado para estudos e esboços, aceitando bem o desenho a lápis. O papel

31
vegetal é mais espesso que o papel-manteiga, mas também é semitransparente. Aceita bem o
nanquim e lápis com grafite duro. Permite raspagens e correcções no desenho a nanquim e não
deve ser dobrado para evitar danos ao desenho.

Escalímetro
Gomes (2012, p.20) explica que:

O escalímetro é uma ferramenta utilizada para converter os desenhos em


dimensões reais. É uma espécie de régua que possui três faces e em cada uma de
suas faces existem duas escalas diferentes, contando com seis escalas ao todo.
Existem diferentes escalímetros com escalas adequadas a cada tipo de
representação gráfica. A régua-escala que será utilizada no decorrer do curso é o
Escalímetro n° 1 com as escalas: 1/125; 1/100; 1/75; 1/50; 1/25 e 1/20.

c. Lápis para desenho


As grafites dos lápis para desenho são identificadas pelas séries H (mais duro) e B (mais mole).
No desenho técnico, as linhas fi nas são executadas com grafite 2H, as linhas intermediárias com
grafite HB e as linhas grossas com grafite 2B. A ponta do lápis deve estar sempre bem afiada
com uma lixa fi na, para se obter um traço uniforme (Gomes, 2012, p.15).

d. Borracha

Conforme Gomes (2012, p.15), “a borracha deve ser do tipo prismática para facilitar a aplicação
de seus vértices em áreas pequenas do desenho”.

e. Transferidor

Segundo Gomes (2012, p.20), “o transferidor é um instrumento usado para medir os ângulos
composto por escalas circulares. Seu uso pode ser feito na educação, matemática, engenharia,
topografia, construção e diversas outras actividades que requeiram o uso e a medição de ângulos
com precisão”.

f. Compasso
O compasso serve para traçar circunferências ou arcos de circunferências e transportar medidas.
O compasso indicado para desenho técnico não deve possuir folga nas articulações, mas possuir o

32
porta-grafite e a ponta seca com articulações. A ponta da grafite deve estar sempre afiada com
uma lixa. Usa-se o compasso fixando-se a ponta seca no centro da circunferência a traçar e
segura-se o compasso pela parte superior (Gomes, 2012, p.16).

g. Esquadros
O esquadro possui forma de um triângulo rectângulo, ou de um L que serve para traçar linhas
perpendiculares e algumas linhas inclinadas, também pode ser usado para medir e verificar
ângulos rectos. É interessante adquirir pelo menos um kit com 45º-45º-90º e outro de 30º-60º-90º.
Existem modelos ajustáveis que permitem aberturas maiores de acordo com o desenho. Há
também aqueles que possuem uma borda chanfrada, boa opção para evitar borrões com caneta
nanquim. (Gomes, 2012, p.17).

h. Réguas
Segundo Gomes (2012, p.17), “as réguas apresentam tamanhos e materiais diferentes, os mais
comuns são plástico, madeira e metal. O tamanho usual é de 30 cm, mas há também réguas
pequenas que podem caber em um bolso”.

i. Régua T
A régua T é composta pelo cabeçote (apoio) e pela haste (régua). Essa régua é utilizada para
traçar linhas horizontais paralelas no sentido do comprimento da prancheta e como apoio aos
esquadros para traçar paralelas verticais ou inclinadas. Para utilizar a régua T, segura-se com a
mão esquerda o cruzamento do cabeçote com a haste e imprime-se o movimento para cima ou
para baixo (Gomes, 2012, p.17).

j. Fita mágica
Conforme Zerbato (s/d), “a fita mágica é a melhor fita para desenhos pois descola sem danificar a
folha. É ideal para reparar documentos, identificar objectos, fazer emendas de rasgos do papel e
até tirar decalques de chassis, pois fica invisível quando aplicada”.

k. Gabaritos
Segundo Zerbato (s/d), “os gabaritos são uma espécie de régua que contém o molde de diversas
formas geométricas. Sua função é auxiliar no desenho técnico, facilitando a utilização de alguns

33
símbolos previamente definidos”. Há diversos tipos de gabaritos, cada um com suas simbologias,
alguns exemplos são:

 Gabaritos de telhados;
 Gabaritos de mobiliários;
 Gabaritos de circunferências;
 Gabaritos de peças de banheiro;
 Gabaritos para instalações eléctricas.

2.3.11. Formas de Elaboração e Apresentação do Desenho Técnico


Perifraseando Fiorelli (s/d, p.4), actualmente, na maioria dos casos, os desenhos são elaborados
por computadores, pois existem vários softwares que facilitam a elaboração e apresentação de
desenhos técnicos. Finalmente, a partir dos anteprojectos devidamente modificados e corrigidos
são elaborados os desenhos definitivos que servirão para execução dos estudos feitos. Os
desenhos definitivos são completos, elaborados de acordo com a normalização envolvida, e
contêm todas as informações necessárias à execução do projecto.

34
CAPÍTULO III - METODOLOGIA

Neste capítulo, apresentar-se-á a metodologia da pesquisa, onde serão explicados os


procedimentos necessários para a realização da pesquisa com evidência para a caracterização do
estudo, estratégia de pesquisa, colecta de dados, questões da pesquisa, definição dos termos e
variáveis, universo e amostra e o tratamento dos dados.

3.1. Tipo de Estudo


O estudo é descritivo que é uma descrição de certa situação, conforme como define Gressler
(2007), esse tipo de pesquisa “é sistémica, que relata os factos e características de uma população
ou localidade e que propõe interpretar, mensurar e avaliar fundamentos ao descrever alguma
situação”. Na visão de Matias-Pereira (2016), “o estudo descritivo busca averiguar e descrever de
forma completa ou distinta um determinado caso”.

3.2. Método

3.2.1. Método Indutivo


O método adoptado foi indutivo, pois através do estudo caso dos alunos na ESG de Inhazónia
pretende-se alargar os resultados da pesquisa às outras instituições que oferecem a mesma
modalidade de Educação. Para Marconi e Lakatos (2008,p. 86), “indução é um processo mental
por intermédio do qual, partindo de dados particulares, suficientemente constatados, infere-se
uma verdade geral ou universal, não contida nas partes examinadas”. Portanto, o objectivo dos
argumentos indutivos é levar a conclusões cujo conteúdo é muito mais amplo do que o das
premissas nas quais se basearam. (Marconi e Lakatos, 2008,p. 86).

3.3. Quanto à Natureza

3.3.1. Pesquisa Aplicada


Quanto a natureza, trata-se de uma pesquisa aplicada. As pesquisas aplicadas apresentam como
característica principal a aplicação dos conhecimentos, a utilização e consequências práticas
destes.

35
3.4. Quanto a Forma de Abordagem

3.4.1. Pesquisa Qualitativa


Foi usada uma abordagem qualitativa, Gil (2008, p.207) considera que nesse tipo de abordagem
“existe uma relação entre o mundo e o sujeito que não pode ser traduzida em números (…) o
pesquisador tende analisar seus dados indutivamente”. Contudo, embora a pesquisa seja do tipo
qualitativo, em alguns momentos da nossa abordagem foi possível utilizar o estudo do tipo
quantitativo para nos permitir adequação e colocação de forma mais objectiva e clara dos pontos
de vista tanto dos inqueridos.

3.5. Quanto aos Procedimentos Técnicos

3.5.1. Pesquisa Bibliográfica

A pesquisa foi bibliográfica porque conforme Gil (2008), “as fontes de informação são obras
bibliográficas, encontradas em livros, teses, dissertações, monografias, arquivos, internet, etc. e
estudo de caso porque os dados são construídos sobre a realidade do dia-a-dia e natural dos
pesquisados”.

3.5.2. Estudo de Caso


Do ponto de vista de procedimentos técnicos, fez-se uma associação do método bibliográfico e
estudo de caso ou monográfico, que segundo Andrade (2009, p.121) consiste no “estudo de
determinados indivíduos, profissões, condições, instituições, grupos ou comunidades, com a
finalidade de obter generalizações”.

3.6. Quanto aos Objectivos

3.6.1. Pesquisa Explicativa


Segundo os critérios estabelecidos por Gil (2008, p.42), enquadra nas pesquisas do tipo
explicativas, pois elas têm como preocupação central “identificar os factores que determinam ou
que contribuem para a ocorrência dos fenómenos e que por outro lado este tipo de pesquisa
aprofunda o conhecimento da realidade, pois explica a razão, o porquê das coisas”.

36
3.7. População e Amostra

3.7.1. Universo
Segundo Gil (2008), “o universo ou população é um conjunto definido de elementos que possuem
determinadas características; enquanto, a amostra é um subconjunto do universo ou da população,
por meio do qual se estabelecem ou se estimam as características desse universo ou população”.
O universo da pesquisa é constituído por todos alunos da Escola Secundária de Inhazónia.

3.7.2. Amostra
Segundo refere Marconi e Lakatos (2008, p16), “amostra é uma parcela conveniente seleccionada
do universo (população); é um subconjunto do Universo”. Existem vários tipos de amostragem.
Na realização do presente trabalho adoptou-se o tipo de amostra por conveniência ou
acessibilidade, onde segundo Gil (2010, p.94) “o pesquisador selecciona os elementos a que tem
acesso, admitindo que estes possam, de alguma forma, representar o Universo”.

Para o presente estudo definiu-se como população os 532 intervenientes da Escola Secundária de
Inhazónia e pela impossibilidade de reunir todos determinou-se a amostra pela seguinte fórmula:

Dados Resolução

N= 532 intervenientes 1 N . n0
n 0= 2 n=
E0 =16,3% ⇔ 0,163 E0 N + n0

n=? 1 532.37,63
n 0= n=
( 0,163 )2 532+37,63

1 20 019,16
n 0= n=
0,026569 569,63

n 0=37,63. n=35 ,144 ≈ 35.

Onde:
E0 :erro amostral tolerável n 0 : primeira aproximação para o tamanho da amostra
n :tamanho da amostra N=tamanho da população
Resposta: A amostra é de 35 de participantes.

37
3.7.3. Participantes do Estudo

Participaram na pesquisa trinta e cinco (35) intervenientes da ESG Inhazónia, dentre os quais
vinte (20) alunos de diferentes classes, turmas e sexo correspondente a 57,2%, cinco (5)
professores e gestores distribuídos equitativamente em relação ao género e tempo de serviço
corresponde a 14,3% e dez (10) encarregados de educação correspondente a 28,5%.

3.8. Instrumentos de Colecta de Dados


Para a colecta de dados, foram usados três instrumentos de base, a entrevista padronizada ou
estruturada que segundo Marconi e Lakatos (2008, p.82) “ é aquela que o entrevistador segue um
roteiro previamente estabelecido; as perguntas feitas ao individuo são predeterminadas. Ela se
realiza de acordo com um formulário elaborado e é efectuada de preferência com pessoas
seleccionadas de acordo com um plano”.
A observação é um dos instrumentos da pesquisa qualitativa e ela permite que o pesquisador
chegue mais perto da “‘perspectiva dos sujeitos” acompanhar as experiências diárias dos sujeitos,
pode aprender a sua visão de mundo, isto é, o significado que eles atribuem à realidade que os
cerca e às próprias acções (ibidem).
Para além da entrevista e da observação, foi utilizado um questionário, que é definido por Gil
(2010, p.121) como sendo “uma técnica de investigação composta por um conjunto de questões
que são submetidas a pessoas com o propósito de obter informações sobre conhecimentos,
crenças, sentimentos, valores, interesses, expectativas, aspirações, temores, comportamento
presente ou passado, etc”.

3.9. Descrição da ESG Inhazónia


A Escola Secundária de Inhazónia está localizada na Província de Manica no distrito de Báruè, na
sede da localidade de Inhazónia no Bairro Maputo, dista se à 154 km da cidade capital de
Chimoio. No princípio funcionou como salas anexas da Escola Secundária Geral Armando
Emílio Guebuza nos anos 2006 à meados de 2008. Nos finais de 2008 a escola tornou se
independente e designou se de Escola Secundaria Geral de Inhazónia. A Escola limita se no
nascente com Bairro Nyusi a rio Inhazónia, Poente limita se com estrada nacional N ̊ 7,
Norte com o rio Inhazónia e a Sul limita se com Riacho Nhatsato. A Escola possui três (3) blocos
de quatro (4) salas de aulas, dois (2) balneários, duas (2) latrinas convencionais, uma (1)
Biblioteca e um (1) Bloco Administrativo. A escola funciona com dois turnos, período de manhã
38
frequentam as 8 ͣ e 9 ͣ classes e período da tarde frequentam as 10 ͣ classes. A escola tem um
universo de quatrocentos e vinte e dois alunos (472) dos quais duzentos e oitenta e cinco (285)
homens e cento e trinta e sete (187) mulheres, e o corpo docente da escola é compostos por treze
(13) professores no activo dos quais (1) uma mulher e (12) doze homens, na secretaria trabalham
uma (1) mulher e dois (2) homens e (2) dois guardas.

39
CAPÍTULO IV – APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DE DADOS

O presente capítulo é reservado a apresentação e a análise dos dados recolhidos no campo com a
finalidade de adquirir um posicionamento em prol do estudo realizado. O capítulo está
organizado seguindo a ordem:

1. A primeira parte deste capítulo destinou a apresentação da distribuição dos participantes do


estudo em relação ao género e faixa etária.

2. A segunda parte, reservou-se a apresentação dos dados sobre os meios de ensino de Desenho
Técnico onde procura-se analisar os conteúdos das respostas da entrevista e questionário.

3. A terceira parte do estudo fez uma interpretação e discussão em torno dos resultados obtidos,
comparando-os com os objectivos e as questões de investigação.

4.1. Apresentação dos Participantes

4.1.1. Género dos Participantes

A primeira questão procurava saber do género e constou-se que dos trinta e cinco (35)
participantes, as mulheres foram menos participativas com total de catorze (14) correspondendo a
40% enquanto os homens foram vinte e um (21) equivalentes a 60%.

Ainda, dos participantes vinte (20) são alunos correspondentes a 57,2%, cinco (5) são professores
e gestores correspondentes a 14,3% e dez (10) são pais e ou encarregados de educação
correspondentes a 28,5%, como vem descriminado na tabela abaixo:

Tabela 1: Género dos Participantes

Género
Grupo Participantes Subtotal %
Homens Mulheres

01 Alunos 10 10 20 57.2

02 Professores e gestores 3 2 5 14.3

03 Pais e ou encarregados de educação 8 2 5 28.5

Total 21 14 35 100

Fonte: O Autor, 2022.

40
4.1.2. Faixa Etária dos Participantes

A segunda questão procurava saber a faixa etária dos inquiridos. Dos dados recolhidos, obteve-se
verificou-se que a faixa de 15 a 25 anos, composta por alunos foi mais participativa com total de
dezasseis (16) participantes correspondendo 45,7%, seguida da faixa de 25 a 35 anos com oito (8)
participantes correspondente a 22,8 %, depois segue a faixa de 35 a 45 anos com sete (7)
participantes equivalente a 20% e por a faixa superior a 45 anos que teve quatro (4) participantes
correspondente a 11.4% como vem detalhado na tabela abaixo:

Tabela 2: Faixa etária dos participantes

15-25 25-35 35-45 Mais de Subtotal


Participantes
Anos Anos Anos 45 Anos

Alunos 16 4 - - 20

Professores - 3 2 - 5

Pais e ou encarregados de educação - 1 2 2 5

Direcção da escola - - 3 2 5

Total 16 8 7 4 35

Fonte: O Autor, 2022

4.1.3.Nível Académico dos Participantes do Estudo

A terceira questão procurava saber o nível académico dos respondentes. Dos dados obtidos,
constatou-se que oito (8) equivalentes a 22,8% tinham completado o nível básico, dezanove (19)
correspondentes a 54,4 % tinha concluído o nível médio e finalmente oito (8) participantes
correspondentes a 22,8% tinham concluído o nível superior. Compreende-se que em relação aos
níveis académicos todos os inqueridos frequentaram a escola e isso facilitou o processo de
recolha de dados durante a pesquisa na Escola Secundária de Inhazónia porque todos
participantes compreendiam a língua oficial para além da capacidade de interpretação dos
documentos, saber ler e escrever, como ilustra a tabela a seguir:

41
Tabela 3: Nível académico dos participantes

Nível Académico Homens Mulheres Total

Nível Superior 6 2 8

Nível Médio 11 8 19

Nível básico 4 4 8

Total 21 14 35

Fonte: O Autor, 2022

4.2. Apresentação dos Dados sobre os Meios de Ensino de Desenho Técnico

Nesta parte aplicou-se a técnica descritiva auxiliada com a técnica quantitativa, representando
gráficos de conteúdo onde procura-se analisar os conteúdos das respostas as questões abertas. A
recolha de informação foi feita através da entrevista, usando os dados qualitativos. Participaram e
foram apresentados os resultados de trabalho de campo em relação aos dados obtidos nas
categorias em todos os participantes no estudo divididos em quatro (4) grupos, o primeiro
composto por: alunos, professores, pais e encarregados de educação e membros da direcção de
Escola Secundária de Inhazónia.

4.2.1. Conhecimento dos Materiais de Desenho Técnico


De acordo com os dados sobre o conhecimento dos materiais didácticos de Desenho Técnico,
vinte e sete (27) inqueridos correspondente a 77,1% tem conhecimento dos materiais de Desenho
Técnico, três (3) participantes correspondente a 8,5%, confundem os materiais de Desenho
Técnico com os materiais de Desenho Artístico, quatro (4) participantes equivalente a 11,4%, só
ouvem dizer de materiais de Desenho Técnico mas não conseguem descrimina-los e um (1)
participante correspondente a 2,8% não conhecem os materiais de Desenho Técnico, conforme
detalha o gráfico a seguir:

42
Gráfico 1: Conhecimento dos materiais de Desenho Técnico

Conhecimento dos materiais de Desenho Técnico

30

25

20
Nº de Participantes

15

10

0
Conhecem Confundem Ouvem dizer Não conhecem

Fonte: O Autor, 2022

4.2.2. Utilização dos Materiais de Desenho Técnico na Sala de Aulas


Em relação a utilização dos meios de materiais de Desenho Técnico sala de aula na Escola
Secundária de Inhazónia no período de 2019 à 2021 recolheu-se os seguintes dados: vinte e um
(21) inqueridos correspondentes a 60% responderam que nos conteúdos de Desenho Técnico
sempre foram utilizados os materiais de Desenho Técnico para a concretização dos objectivos da
aula. Por sua vez nove (9) respondentes equivalentes a 25,7% deram a informação de que os
materiais de Desenho Técnico foram utilizados muitas vezes na sala de aulas. Numa outra visão
dois (2) participantes que correspondem a 5,7% responderam que os materiais de Desenho
Técnico foram utilizados poucas vezes e por fim três (3) inqueridos correspondentes a 8,5 % não
tinha informação sobre a utilização dos materiais de Desenho Técnico na sala de aulas como
mostra o gráfico a seguir:

43
Gráfico 2: Utilização dos materiais de Desenho Técnico na sala de aulas

Utilização dos materiais de Desenho Técnico na sala de aulas

Nº de Participantes
25

20

15

10

0
Sempre Muitas vezes Poucas vezes Sem informação

Fonte: O Autor, 2022

4.2.3. Tipo de Materiais Utilizados nas Aulas de Desenho Técnico


De acordo com os dados vinte e seis (26) participantes equivalentes a 74,2% responderam que os
materiais utilizados foram convencionais, cinco (5) dos mesmos correspondentes a 14,2%
responderam eram artesanais enquanto quatro (4) inqueridos correspondentes a 11,5% não
tinham informação como ilustra o gráfico abaixo:

Gráfico 3: Tipo de materiais utilizados nas aulas de Desenho Técnico

Tipo de materiais utilizados nas aulas de Desenho Técnico


Nº de Participantes

30

25

20

15

10

0
Convencionais Artesanais Sem informação

Fonte: O Autor, 2022

44
4.2.4. Mecanismos de Aquisição dos Materiais Convencionais
No que concerne aos mecanismos de aquisição dos meios de ensino de Desenho para a escola e
para os alunos apurou-se que sete (7) participantes correspondentes a 20% responderam que os
meios são adquiridos pelos fundos monetários da escola, um (1) equivalente a 2,8% respondeu
são adquiridos pela doação, a maioria composta por vinte e cinco (25) respondentes equivalente a
71,4% responderam que os meios foram adquiridos por valores próprios e dois (2)
correspondente a 5,7% responderam que não tinham informação de acordo com o gráfico abaixo:

Gráfico 4: Mecanismos de Aquisição dos materiais Convencionais

Mecanismos de aquisição dos materiais convencionais


30

25
Nº de Participantes

20

15

10

0
Fundos da escola Doação Compra própria Sem informação

Fonte: O Autor, 2022

4.2.5. Mecanismos de Aquisição dos Materiais Artesanais


Em relação aos materiais artesanais três (3) correspondentes a 8,5 % responderam que são
adquiridos através de realização de feiras pedagógicas, sete (7) equivalentes a 20% responderam
que os materiais artesanais são produzidos pelos professores de Educação Visual. Ainda
dezanove (19) inqueridos correspondentes a 54,2% responderam que os materiais artesanais são
produzidos pelos alunos para além dos seis (6) respondentes que equivalem a 17,1% não tinham
nenhuma informação sobre mecanismos de aquisição dos materiais artesanais de Desenho
Técnico na Escola Secundária de Inhazónia, conforme o gráfico seguinte:

45
Gráfico 5: Mecanismos de Aquisição dos Materiais Artesanais

Nº de Participantes
Mecanismos de aquisição dos materiais artesanais
20

16

12

0
Feiras Pegagógicas Produção do Professor Produção dos alunos Sem informação

Fonte: O Autor, 2022

4.2.6. Capacidade de Utilização dos Materiais de Desenho Técnico pelos Alunos


Quanto a capacidade de utilização dos materiais de Desenho Técnico pelos alunos, cinco (5)
correspondentes a 14,2% responderam que é excelente, quatro (4) correspondendo a 11,4%
responderam que é muito boa, quatro (4) correspondendo a 11,4% responderam que é boa,
dezoito (18) correspondente a 51,4% disseram é satisfatória e quatro (4) correspondendo a 11,4%
responderam que não é satisfatória, de acordo com o gráfico abaixo:

Gráfico 6: Capacidade de utilização dos materiais de desenho técnico pelos alunos

Capacidade de utilização dos materiais de Desenho Técnico pelos alunos


Nº de Participantes

20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
Excelente Muito boa Boa Satisfatória Não Satisfatória

Fonte: O Autor, 2022

46
4.2.7. Nível de Assimilação de Conteúdos de Desenho Técnico nos alunos
De acordo com os dados de aproveitamento pedagógico da Escola Secundária de Inhazónia
verificou-se que maior parte dos alunos obtiveram classificação final de satisfatório nos anos
2019 e 2021 exceptuando o ano 2020 por eclosão da COVID-19 todos os alunos progrediram e os
da 10ª classe não estudaram a disciplina de Educação Visual. Acrescentar que no ano 2019 a
escola teve a seguinte classificação na disciplina de Educação Visual, onde são tratados os
conteúdos de Desenho Técnico: 4% para excelente, 12% para muito bom, 23% para bom, 43%
para satisfatório e 12% para não satisfatório. Enquanto em 2021 registou-se o seguinte: 5% para
excelente, 16% para muito bom, 29% para bom e 11% para não satisfatório como ilustra o
gráfico abaixo:

Gráfico 7: Nível de assimilação de conteúdos de Desenho Técnico nos alunos

Nível de assimilação de conteúdos de Desenho Técnico pelos alunos

50

45

40
% de Aproveitamento Pegagógico

35

30

25

20

15

10

0
Excelente Muito Bom Bom Satisfstório Não satisfatório

Fonte: ESG- Inhazónia, adaptado pelo autor,2022

47
4.2.8. Melhorias trazidas pelo uso de meios de ensino e aprendizagem de DT na Escola
Secundária de Inhazónia
De acordo com os participantes da pesquisa o uso de meios de ensino e aprendizagem de DT na
Escola Secundária de Inhazónia trouxe as seguintes melhorias:

 Aumento do gosto pela Educação Visual especificamente dos conteúdos técnicos;


 Aumento dos alunos que seguem a área de Artes Visuais e Cénicas no segundo grau do
ensino secundário;
 Produção de materiais de Desenho técnico pelos alunos e professores;
 Aquisição de mais meios de ensino de Desenho Técnico para a escola;
 Aumento da capacidade de utilização dos materiais de Desenho Técnico pelos alunos;
 Inclusão da mulher na produção e uso de meios de ensino de Desenho Técnico;
 Valorização da Educação Visual como área do saber fazer.

48
CAPÍTULO V: DISCUSSÃO DADOS
Nesta parte do trabalho corresponde a interpretação e discussão em torno dos resultados obtidos,
comparando-os com as fundamentações teóricas, empíricas e focalizadas.

No que concerne ao impacto da utilização de meios de ensino no ensino e aprendizagem em DT


na Escola Secundária de Inhazónia no período de 2019 à 2021 através da pesquisa percebeu-se
que os intervenientes da ESG Inhazónia dentre eles: alunos, professores, pais e encarregados de
educação e membro de direcção possuem conhecimento sobres meios de ensino de Desenho
Técnico representado por 77,1%.

Referir que os materiais destacados são utilizados para a execução de um Desenho Técnico é
necessário utilizar materiais adequado dentre estes: prancheta, papéis, escalímetro, lápis para
desenho, borracha, transferidor, compasso, esquadros, réguas, régua t, fita mágica e gabaritos,
estando de acordo com os materiais mencionados por Gomes (2012) e Zerbato (n.d).

Em relação às características dos meios de ensino verificou-se que na ESG Inhazónia,


distinguem-se dois tipos, os materiais convencionais e os artesanais. De acordo com dados
recolhidos os mais utilizados são os convencionais representados por vinte e seis (26)
participantes equivalentes a 74,2% e estes muitas vezes são adquiridos por fundos próprios. Os
meios artesanais são utilizados em menor escala, isto é, 14,2 % e maior quantidade dos mesmos
são produzidos pelos alunos. Referentemente a utilização dos materiais de DT na sala de aulas
através dos dados percebeu-se que foram utilizados porque vinte e um (21) inqueridos
correspondentes a 60% responderam nos conteúdos de Desenho Técnico sempre foram utilizados
os materiais de Desenho Técnico para a concretização dos objectivos da aula. Ainda referir que
os dados revelaram que maior número dos alunos possui capacidade satisfatória de utilização dos
materiais de DT porque dezoito (18) dos inqueridos correspondentes a 51,4% defendem essa
visão.

No que tange ao nível de assimilação dos conteúdos DT pelos alunos, os dados revelaram que
maior parte dos alunos obtiveram classificação final de satisfatório nos anos 2019 e 2021
exceptuando o ano 2020 em que pela eclosão da COVID-19 todos os alunos progrediram e os da
10ª classe não estudaram a disciplina de Educação Visual. Ainda verifica-se que o
aproveitamento dos alunos que tiveram de bom aumentou de 2019 para 2021, isto é, 23% para

49
29%, o mesmo aconteceu com o aproveitamento dos alunos que tiveram a classificação final de
muito bom, passou de 12% para 16% e os que tiveram a classificação de excelente aumentou 1%.

Nos mesmos anos a percentagem de alunos que obtiveram a classificação final de satisfatório
baixou de 43% para 39%, tal como a classificação final de não satisfatório baixou de 12% para
11%. Dai mostra-se o de 2019 a 2021 o nível de assimilação dos conteúdos de DT aumentou
porque enquanto os níveis superiores de classificação subiam, os níveis de classificação inferiores
desciam.

Prestando atenção aos dados da capacidade de utilização dos meios de ensino de DT pelos alunos
e o nível de assimilação dos conteúdos de DT verifica-se uma relação porque tudo coincide maior
número na classificação satisfatória. Esta situação deixa claro que a utilização dos meios de
ensino de DT teve impacto na assimilação dos conteúdos conforme a visão de Piletti (2006 p.
154), “o uso destes recursos tem como objectivo motivar e despertar o interesse dos alunos,
favorecer o desenvolvimento da capacidade de observação, visualizar e concretizar os conteúdos
da aprendizagem, fornecer informações e dados, permitir a fixação da aprendizagem, ilustrar
noções mas abstractas e desenvolver a experimentação concreta” e isto de acordo com os
inqueridos aumentou o gosto pela Educação Visual especificamente dos conteúdos técnicos.

50
CAPÍTULO VI: CONCLUSÃO E SUGESTÕES
Este trabalho cujo tema impacto positivo dos meios de ensino e aprendizagem em Desenho
Técnico na Escola Secundária de Inhazónia no Período de 2019 à 2021, abordou uma pesquisa
sobre os meios de ensino que são todos os meios ou recursos materiais utilizados pelo professor e
pelos alunos para a organização e condução metódica do processo de ensino e aprendizagem.

O Desenho Técnico forma é de expressão gráfica que tem por finalidade a representação de
forma, dimensão e posição de objectos de acordo com as diferentes necessidades requeridas pelas
diversas modalidades de engenharia e também da arquitectura”. Para a execução de um desenho
técnico é necessário utilizar materiais adequado dentre estes: prancheta, papéis, escalímetro, lápis
para desenho, borracha, transferidor, compasso, esquadros, réguas, régua t, fita mágica e
gabaritos.

Ao seleccionar um meio de ensino-aprendizagem, deve-se ter em vista os objectivos a serem


alcançados. A eficácia dos recursos dependerá da interacção entre eles e os alunos. Por isso,
devemos estimular nos alunos certas atitudes que aumentem a sua receptividade, tais como, a
atenção, a percepção, o interesse, a sua participação activa e na escolha dos recursos didácticos,
deve-se levar em conta a natureza da matéria a ser aprendida.

O presente estudo apurou que na Escola Secundária de Inhazónia foram utilizados meios de
ensino convencionais em maior escala pela compra dos próprios alunos, para além da aquisição
através dos fundos da escola. Também são utilizados em quantidade menor os meios de ensino
artesanais produzidos muitas vezes pelos alunos para além da produção do professor e adquiridos
através de feiras pedagógicas.

A utilização dos meios de ensino influenciou bastante na assimilação dos conteúdos de Desenho
Técnico situação que revelou através da classificação dos alunos em que o aproveitamento dos
alunos que tiveram de bom aumentou de 2019 para 2021, isto é, 23% para 29%, o mesmo
aconteceu com o aproveitamento dos alunos que tiveram a classificação final de muito bom,
passou de 12% para 16% e os que tiveram a classificação de excelente aumentou 1%.

De acordo com os inqueridos a utilização dos meios de ensino na ESG Inhazónia melhorias que
se evidenciam pelo aumento do gosto pela Educação Visual especificamente dos conteúdos
técnicos e dos alunos que seguem a área de Artes Visuais e Cénicas no segundo grau do ensino
secundário para além da produção de materiais de Desenho técnico pelos alunos e professores

51
possibilitando a aquisição de mais meios de ensino de Desenho Técnico para a escola e a
valorização da Educação Visual como área do saber fazer. E essas melhorias vão influenciar o
desenvolvimento da comunidade de Inhazónia porque as aplicações do Desenho Técnico não se
limitam à fase final de comunicação dos projectos de Engenharia e Arquitectura, mas ainda
cumpre destacar sua contribuição fundamental nas fases posteriores da vida dos alunos e criação
de auto emprego.

6.1. Sugestões
 A direcção da escola e a comunidade devem promover feiras e exposições em matéria de
Desenho Técnico;
 Aumentar a produção e utilização de meios de ensino artesanais;
 Influenciar mais alunos para seguir a área de Artes Visuais Cénicas para gerar o auto
emprego na comunidade de Inhazónia;
 Sensibilizar os alunos para estudarem cada vez mais os conteúdos de DT para aumentar o
número de alunos nos níveis de classificação superiores: muito bom e excelente;
 Partilhar a experiência de produção e utilização de meios de ensino com outras escolas.

52
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGÁFICAS
Andrade, M. M. (2009). Introdução à Metodologia do Trabalho Científico: Elaboração de
Trabalhos na Graduação.

Bruno, J. (s/d). Didáctica especial do desenho. Rio de Janeiro.

Catapan, M. F. (2015). Apostila de Desenho Técnico. Curitiba.

Catapan, M. F; Strobel, C. S & Santana, F. E. (2020). Desenho técnico no contexto das


engenharias.1ª edição. Brazilian Journals Editora. São José dos Pinhais – Paraná – Brasil

Fiorelli, J. (s/d). Apostila de Desenho Técnico. Universidade de São Paulo.Brasil.

Gil, A. C. (2010). Métodos e Técnicas de Pesquisa Social.

Gomes, A. P. (2012). Desenho Técnico. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de


Minas Gerais. Ouro Preto – MG.

José, F. (2020). Meios ou recursos de Ensino e Aprendizagem.

Libânio, J.C. (2013). Didáctica. (2ª ed.). SP-Brasil: Cortez editora.

Marconi, M. A. & Lakatos, E. M. (2008). Técnicas de Pesquisa.

Matias-Pereira, J. (2016). Manual de metodologia da pesquisa científica. – 4. ed. – São Paulo:


Atlas.

MINED (s/d). Estratégias Metodológicas na Aprendizagem.Maputo.

Piletti, C. (2006). Didáctica geral. SP-Brasil: Ática.

Ribeiro, J. A. (2009). Desenho Técnico. Soares, F. (s/d). Desenho Técnico: Normalização.


Universidade Lisboa. Lisboa.

Zebarto, C. (s/d). Desenho Técnico. UNESP.

53
8. APÊNDICE

Apêndice 1: Guião de Perguntas para Entrevista


A. Para Professores

1. O que são meios de ensino e aprendizagem?


2. Quais são os meios de ensino utilizados em Desenho Técnico?
3. A escola possui meios de ensino suficientes para ensinar o Desenho Técnico?
4. O que faria que a escola ter muitos meios de ensino de Desenho Técnico?
5. Qual é a diferença existente entre os meios de ensino de Desenho Técnicos e das outras
disciplinas?
6. Como é que são adquiridos os meios de ensino utilizados em Desenho Técnico?
7. De que forma os meios de ensino de Desenho Técnico influenciam a promoção do ensino
de Desenho Técnico na Escola Secundária de Inhazónia?
8. Quais são os constrangimentos registados na utilização dos meios de ensino de Desenho
Técnico durante o período de 2019 à 2021 na Escola Secundária de Inhazónia?
9. Como podem ser superados esses constrangimentos?

B. Para Alunos

1. O que é Desenho Técnico?


2. Quais são os materiais utilizados na aula de Desenho Técnico?
3. Como adquire os materiais de Desenho?
4. A escola tem materiais suficientes para aprender o Desenho Técnico?
5. Quais são as dificuldades com que encara na aquisição e utilização dos materiais de
Desenho Técnico?
6. O que faria que a escola ter muitos materiais de Desenho Técnico?
7. As mulheres dominam a utilização dos materiais de Desenho Técnico?
8. Gostarias de seguir a área de artes visuais e cénicas no segundo grau do ensino
secundário. Porque?
C. Para Pais e ou Encarregados de Educação
1. Quais são os materiais utilizados na aula de Desenho Técnico?
2. Como adquire os materiais de Desenho?

54
3. Quais são as dificuldades com que encara na aquisição e utilização dos materiais de
Desenho Técnico?
4. Gostarias de seu educando seguir a área de artes visuais e cénicas no segundo grau do
ensino secundário. Porque?

D. Para Gestores

1. Como é que são adquiridos os meios de ensino utilizados em Desenho Técnico?


2. Que resultados foram produzidos pelos meios ensino de Desenho Técnico nonperíodo de
2019 à 2021 na Escola Secundária de Inhazónia?
3. A aquisição e a utilização de meios de ensino de Desenho Técnico podem produzir
mudanças na vida dos alunos na Escola Secundária de Inhazónia?
4. Que mecanismos podem viabilizar a aprendizagem de Desenho Técnico na Escola
Secundária de Inhazónia?

55
Apêndice 2: Questionário

Para participar na pesquisa sobre os meios de ensino na ESG – Inhazónia, marque “X”
apenas uma alternativa e deixe o seu comentário ou sugestão no último número.

Seleccione o sexo e idade Masculino Feminino Idade


Nenhum Primário Básico Médio Superior
Nível académico

Já ouviu falar de meio de ensino? Sim Não

Já ouviu falar de meio de ensino de Desenho Técnico? Sim Não


Compra Fundos Doação Outro
Como são adquiridos os meios convencionais
pessoal Escolares
de Desenho Técnico?

Feiras Produção de Produção Outro


Como são adquiridos os meios
Pedagógicas professores dos alunos
artesanais de Desenho Técnico?

Com que frequência os meios de ensino de DT foram Sempre Muita Pouca Nenhuma
utilizados na sala de aulas entre 2019 a 2021?

Como avalia a capacidade e utilização dos meios Excel. M. Boa Boa Sat N. Sat
ensino de DT pelos alunos entre 2019 a 2021?

Como avalia a utilização dos meios ensino Excel. M. Boa Boa Sat N. Sat
de DT na sala de aulas entre 2019 a 2021?

9. Acha que a utilização dos meios de ensino de Desenho Técnico influencia no grau de
assimilação dos conteúdos de Desenho Técnico? Como?

______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________

Muito Obrigado

56
9.ANEXOS

Anexo 1: Fotografias do Campo de Estudo

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