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900.18 1.1- DOSSIÊ SOBRE GERALDO BEZERRA DE MENEZES - EDMO RODRIGUES LUTTERBACH.

1960-1962.
Ge,ó\do Mo""-i-ediS'Vtio &í)e.rra
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--.
MINISTRO GERALDO MONTEDONIO BEZERRA DE MENEZES

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.,
Nasceu em 11 de julho de 1915, na praia de Gragoata,

tãsl, nascida em Lisboà, Por~gal, a 9 de fevereiro de 1877~Seus


pais casar~se em 30 de junho de 1898, em ParaÍba do Sul. ~
~------~-------
~eto paterno d? Dr. Leandro Bezerra Monteiro, nascido

na cidade do Crato, em 11 de julho de 1826 e falecido no Fonseca,


' , ,
a rua S. Jose, em Niteroi, a 15 de novembro de 1911 e de ~ Eme-
renciana de Siqueira Maciel Bezerra, nascida na freguezia de N.S.
do.Rosário do Catete,. em Sergipe, a 9 de dezembro de 1830 e fale-
cida a 9 de janeiro de 1887, em ParaÍba do Sul, sendo sepultada
, A ,

no Cemiterio de Santo Antonio da Encruzilhada. Seus avos paternos


casaram-se em Sergipe, a 31 de janeiro de 1852.
O ·nr. Leandro F~zerra Monteiro foi ,.. destacado par1à-
mentar do Império-~fensor de D. Vital e D. AntÔnio de Ma-
, N

cedo Costa na celebre Questao Religiosa. O Padre Sena Freitas cog-


, ~ ,
nominou-o "o Mirabeau Catolico 11 , .Re" seu livro "Escritos Catolicos
.-r , -·
de Ontem". Sobre o Dr. Leandro, há numerosos estudos publicados,
entre os quai~elÍssimo artigo de Carlos de Laet no "Jornal do

Brasil", de 15 de novembro de 1914 e " - excelente b1.ografia e~­

crita por José Bonifácio de Souza sob o títu1o•Leandro Bezerr~


Monteiro - JrnL precursor da Ação CatÓlica" (Tip. Minerva - Forta-
leza- 1945, 52 páginas).
A famflia Bezerra de Menezes é das mais antigas e i-
,
lustres de Pernambuco, Bahia, Ceara e Sergipe. Tem como ascenden-
tes indÍgenas as !ndias Ma:ia do Esp!rito Santo Arcoverde, tabaja-
. ra, de Marim (Olinda) e Catarina Álvares Paraguass~, tupina.:albá:, da

.
- 2-

cidade do Salvador (Bahia).


Entre os ascendentes, destaca-se o marechal de campo
Luiz Barbalh~go, comendador, ~ Xenofonte Bra-
sileiro, que tanto se celebrizou na guerra contra os holandezes.
ffo~
~ Governador da Bahia e do Rio de Janeiro, onde faleceu a 15
de abril de 1644, sendo sepultado na Igreja dos Jesuftas, hoje
Hospital Militar. ·
Na árvore ancestral do Dr. Geral~;;; de Menezes,
em linha reta, encontra-se a figura do Brigadeiro Leandro Bezerra
Monteiro, ~R~ef3d'e~~(..8~ cuja vida foi retratada
~
no excelente e documentado livro do historiador e poeta Joaquim
Dias da Rocha Filho. ·
fl~ck
~~José Geraldo Bezerra de Menezes, conheci-
do intelectual brasileiro, grande humanista, escreveu Agripino
,
Grieco paginas definitivas, com arrebatados elogios "ao parteja-
, ,
dor de cerebros 11 , "antologia em carne e osso", "cultura e memoria
miraculosas" (Gente Nova do Brasil - capitulo Meu amigo e meu mes-
tre, págs. 496-509). O jornal 11 0 Estado", de Niterói, consagrou"~
, , 6
Ja1u rlh~ o Suplemento Li terario de 21 de julho de 194 , publi-
cO""-~'o....
cando trabalhos inéditos do mesmo ~~ogia, religião, his-
tÓria, toponimia indigena, em cujos estudos se especializou, além
~~
de trabalhos ~ersonalidade, firmados por Oscar Przewodows-
, ..
ki, J. H. de Sa Leitao, Tancredo de Barros Paiva e depoimentos de
Luiz Schnoor, Manoel Benicio, Lacerda Nogueira, Carlos de Laet e
. Fluminen-
Carvalho e Silva. Dr. Jose, Geraldo pertenceu a' Acade~a

se de Letras e a vários Institutos HistÓricos do pais, sendo patro-
no de uma das cadeiras da Academia Niteroiens~.~
O Dr. Geral~eu os seguintes~~~~Jfocalizan-
,
do a figura do seu progenitor: "Jose Geraldo Bezerra de Menezes",
dados biográficos e genealÓgicos ("Revista GenealÓgica Brasilei-
ra" - S.Pau1o, 2a semestre de 1946, págs. 445-463 e 11
0 Estado" -
Niterói, 17-10-1942); "Um catÓlico de fibra" ("Revista Vozes de Pe-
trÓpolis", janeiro-fevereiro de 1944, págs. 79-85); "Um entusiasta
- 3-

da Companhia de Jesus" ("O Estado" - Niterói, 14-11-1943);"0 po-


vo que primeiro levantou igrejas ao Divino Coração" ("0 Estado" -
Niterói, 26-11-1943 e revista "Mensageiro do Coração de Jesus" -
Rio, fevereiro de 1944, págs. 57-60 e 11 ASIA11 -"Boletim da Associa-
ção dos Antigos Alunos da Companhia de Jesus" - S.Paulo, feverei- •
ro de 1945).
Casou-se o Dr. GeraldgJ~~~ac-45-Me~

~ 18 de fevereiro de 1941, na matriz de Nossa Senhora das Dores


do Ingá, em NiterÓi, sendo celebrante o Vigário Padre Carlos Ma-
Amaral com~
ria do
1 Odette Pereira Bezerra de Menezes, nascida m
, , t
25 de dezembro de 1919, em s. Jose d 1Alem Para~ba, Estado de Mi-
nas Gerai s, filha de Francisco Machado Pereira, nascido a 30 de a-
bril de 1870, na Ilha Terceira,~r~ugal, e falecido em Niterói,
a 8 de abril de
Ao
194~ e~ ::,'(se~~~ .&,.
Idalina Machado
~\~ ~\.r:~;ot~J::;:.J.. 'i'IS/, 1
Pereira, a a 20 de novembro de 1 9, em Nitero , ilha de
Domingos Ribeiro Guimarães e  Úrsula Cândida Ribeiro Guimarães,
~ primeira comunhao em 26 de julho
portugueses. D. Odette fez -.a H

de 1931, na matriz do Ingá e cursou o Ginásio Bi~tencourt Silva. . Jj


Do casal, Dr. Geraldo e D. Odette, sao filhos: An ela, ~l
Ana Maria, Le~ Ge:r:aldo, Rosa Maria)• Veron c
. . ., ~·~oee.2~~~
os nasc os.
, ~ ~ -~ ~ ~ ó& ll9~ ;::~
emNiter~·~~ ~rh..~ ~~~~ .
-"!'- ~~ 9: J
~~ ·~-)( ~
~fez~- :s .._,estudos na capital flu-
,
minense, parte do primaria no Grupo Escolar Tomaz Gomes, dirigido
pela professora ~ Abigail Cardoso; o secundário, no Ginásio Bit-

tencourt Silva (1927-l93l)j~ o superiorj na Faculdade de Direito de
NiterÓi (1932-1936), sendo orador oficial da turma, paraninfada pe-
lo Prof~bas Carneiro. ~scurso está publicado em folheto. O
Desembargador Abel Magalhães, ~iretor da Faculdade ao tempo em que
a freqllentou o Dr. Geraldo Bezerra, consider~ 11 dêsses jovens que
nos primeiros ensaios dos seus rem!gios revelam desde logo a enver-
gadura dos mestres", e assim se refere ao ~
~discurso de colaçao
-
de grau: "A oração que então proferiu já é uma peça definitiva que,
- 4-

,
pelo apuro da linguagem, profUndeza dos conceitos, lucida compre- .
,
ensão dos graves problemas que aborda, traz a marca indelevel de
~~ ~-
um verdadeiro pensador". ~---~&-.~~
A
Da vida academica de seguin-
te atestado, da lavra de AntÔnio Carlos Sigmaringa Seixas, então
A ,

presidente do Centro Academico Evaristo da.Veiga 1 diretoria ofi-


, !)~
cial da Faculdade de Direito de Niteroi, ~~raz a data de 30
de setembro de 1942 e o "confere" do Dr. Camilo Guerreiro, Secre-
,
tario da Faculdade:
"CENTRO ACADtM!CO EVARISTO DA VEIGA
A
ATESTO, na qualidade de pre~idente do Centro Academi-
,
co Evariste da Veiga, Diretoria da Faculdade de Direito de Nite-
,
roi, que, revendo o seu arquivo e livros oficiais, constatei que
o DR. GERALDO MONTEOONIO BEZERRA DE MENEZES, durante o seu lus-
A
tro academico, ocupou os cargos e obteve os triunfos seguintes:
I - Conquistou o primeiro lugar nas eleiçÕes entre os
seus colegas do segundo ano para integrar a embaixada desta Fa-
culdade que, em novembro de 1933, visitou o Norte do País, em via-
• A •
gem de confraternizaçao academ~ca;

II - Foi eleito, em 21 de dezembro de 1933, primeiro


Secretário do Centro Fluminense de Estudos Jur!dicos, prestigiosa
- ,
instituiçao universitaria ..
que congregava academicos de direito
desta e da vizinha capital;
III - Em abril de 1934, classificou-se em segundo lugar

, .
entre os colegas do terceiro ano para representá-los, como repre-
sentou, na prova final do Concurso de Oratoria desta Faculdade,
~ , .-
tendo falado sobre "0 Divorcio", na prova preliminar e sobre "A
Igreja e o Estado", na final;
IV - ~ Wclamado, em agC>sto de 1934, presidente do
Centro Fluminense de Estudos Jur!dicos, do qual foi ~ mais
1
tarde, membro do Conselho Superior;
410
V - Em agosto de 1934, em companhia de colegas, fundou
a Academia de Letras dos Universitários Fluminenses, de cuja pri-
f


- 5-

,
meira diretoria fez parte, sendo seu secretario;
VI - Foi eleito, em fins de 1934, representante desta
,
Faculdade junto ao Diretorio Central dos Estudantes do Estado do Rio;
VII - Em sessão de 9 de outubro de 1934, ~ eleito o-
,
rador oficial do Diretorio Central dos Estudantes do Estado do Rio;
VIII - Em 15 de novembro de 1934, ~ eleito orador ofi-
...
cial do Centro Academico Evariste da Veiga;
IX - Na qualidade de orador oficial, acompanhou a repre-
sentação fiuminense à Primeira Ol!mp!ada Universitária Brasileira, re-
alizada na capital de S.Paulo;
X - Discorrendo SÕbre 11A Familia11 , classificou-se, en-
,
tre os alunos do quarto ano, para representa-los na prova final do
,
Concurso de Oratoria;
~

XI - Discorrendo sobre "A Pena de Morte 11 , classificou-se,


aos 15 de novembro de 1935, em primeiro lugar na prova final do Con-
, 4 ~ N

curso de Oratoria entre todos os alunos ~ Faculdade, Rama sessao


"'
magna, sob a presidencia ..
do entao Governador do Estado, Almirante Pro-
, .. c')~ . ~ ~-
togenes Guimaraes, ~raõanca julgadora eempo!tsa cies seguintes ~
~- .' ______....___
~e: Profes=ser-es Oliveira Viana, He
~----
Castrioto, ~em. BP~ Os-
car Pr zewodowski, Teles Barbosa, alem do Dr. Gilberto Par anhos, inspe-
tor federal e Dr. Lacerda Nogueira, secretário da Academia Fluminense
de Letras;
XII - Em 12 de novembro de 1935, ~ eleito presidente do
Centro Acadêmico Evariste da Veiga, tendo realizado ~ gest~ ~~
, ...
mais movimentadas e brilhantes da histeria do Centro, ~omo se ve do
magn:Í.fico RelatÓrio publicado em "0 Gládio", de dezembro de 1935;
XIII - Em setembro de 1936, ~ eleito orador oficial dos
bacharelandos de 1936 da Faculdade de Direito de NiterÓi;
XIV - Em outubro de 1936, chefiou a representação flumi-
nense ao Primeiro Congresso JurÍdico Universitário Brasileiro, reali-
zado na Cidade do Salvador, Estado da Bahia;
XV - Subordinada ao tema 11Deve ser introduzida em nossa

f! -();
- 6 -

legislação comum a pena de morte?", apresentou, como delegado flumi-


nense, .._ tese ao Primeiro Congresso JurÍdico Universitário Brasi-
leiro, ~ aprovada em sessão de 12 de outubro de 1936 e
publicada no "Diário Oficial", do Estado do Rio de Janeiro, edição
de 12 de novembro de 1936;
XVI - Proferiu o discurso em sessão solene desta Facul-
dade, por ocasião da colação de grau aos bacharelandos em 10 de de-
zembro de 1936, na qualidade de orador oficial da turma. ~ disc~
so foi impresso em folheto pelo Centro Acadêmico Evaristo da Veiga
~ ~
eomo homenagem ao seu ex-presidente, a fim de que a belayoratoria t!
vesse a divulgação merecida;
# , A
XVII - Atraves de inumeras conferencias pronunciadas no
, , - ,
Centro e art~s publicados em 11 0 Gladio 11 , orgao oficial do Direto-
rio, e na "Revista do Centro Acadêmico Evaristo da Veiga", ventilou
Geraldo Bezerra de Menezes palpitantes assuntos jurÍdicos e sociais;
XVIII - Em sessão solene, realizada em 21 de outubro de
1937, foi-lhe conferido o tftulo de sÓcio benemérito do Centro Acadê-
mico Evaristo da Veiga;
XIX - Em sessão solene de 30 de setembro de 1941, a con-
, A
vite do Centro, pronunciou na sala Clovis Bevilaqua ~ conferencia
intitulada 11 Das Juntas de Conciliação e Julgamento no mecanismo da
.
Justiça do Trabalho". Nesse dia, foi-lhe prestada significativa home-
nagem com a inauguração ~ seu retrato na sala do Centro. Saudaram-
no, oficialmente, o bacharelando Telêmaco Antunes de Abreu e o aca-
A ,
demico Horacio Pacheco.

O dign!ssimo Diretor da Faculdade, Desembargador Abel
Magalhães, preclaro Presidente do Tribunal de Apelação do Estado do
Rio, associou-se às manifestações, tendo dirigido ao Presidente do
Centro~ carta, vasada nestes termos:-
"Ilmo. Sr. Presidente do Centro Acadêmico Evaris-
to da Veiga. Impossibilitado de comparecer, peço-lhe a
gentileza de representar-me na reunião de hoje, com a
- 7-

qual me solidarizo cordialmente, na justa homenagem


prestada ao prezado colega e antigo discÍpulo Dr. Ge-
raldo Bezerra de Menezes, cuja relevante atuação no
. -
curso academico e na direçao do Centro, ja, prenuncia-
va a brilhante carreira que vem realizando na vida
profissional pelos seus altos merecimentos intelectuais
e morais.
Com os agradecimentos do velho professor
a) Abel Magalhães. 30-9-41."
Niterói, 30 de setembro de 1942.

_, a) Antonio Carlos Sigmaringa Seixas - Presidente.


,
Confere. Niteroi, 30 de setembro de 1942.
,
a) Camilo Guerreiro, Secretario da Faculdade.
Cl\ A J ~
Ainda academico, mereceu de Melqu~ades Picanço este e-
logio: "moço de bondade comovente, de talento invulgar e de cultura
admirável" (Conferência "A fõí.ça eterna do Direito" - Jornal do Co-
mércio -Rio, 19-1-1936).
-~~-
Professor de Português e HistÓria da Civilização no Gi-
násio Bittencourt Silva (19~-1939) e da Faculdade Fluminense de Co-
mércio (1937-1939). Lecionou Sociologia no Curso Complementar da Fa-
culdade Fluminense de Medicina (1937-1943), sendo examinador desta
disciplina no exame vestibular da Faculdade Nacional de Engenharia
(1943). Lecion~~!ia-~BireitG à~a~Ra Escola de Servi-
------·------------------ .... ~ :u..u_ f~~
ço Social do~Rio de Janeiro,~tl945, ~
~~ .._, ~' ~~ 4 T . :4 o QQ.$.
I

\o.. ~95~) ~
;)~
-
-o ' pro essor de Direito Constitucional e Coletivo do Tra-

balho no CUrso de Divulgação e Aper~oamento de Direito do Trabalho,
, , (.!4<f'f'f.-A9JI3]_,...
mantido pelo Ministerio do Trabalho, Industria e Comercio~Em 11 de
agÔsto de 1947, na i nstalação do Curso, deu a aula inaugural sÕbre
"A Justiça do Trabalho - Sua significação na histÓria jurÍdica e so-
cial do Brasil", publicada na Imprensa Nacional (Rio de Janeiro-
_,_
Presidi u à Quinta (1939-1940) e à Segunda (1941-1944)
Juntas de Conciliação e Julgamento, do Distrito Federal.
Nos vol umes de JURISPRUD!NCIA - Conselho Nacional do
Trabalho e Juntas de Conciliação e Julgamento, editados pela I mpren-
sa Nacional, foram publicadas 103 decisões do Dr. Geraldo Montedonio
Bezerra de Menezes, como Juiz do Trabalho, presidente de Junta, a sa-
o ber: no vol. II, 1941, 24 decisÕes, 9 na Segunda Junta e 15 na Quin-

l ta; vol. III, 1941, 16 decisÕes, na Segunda Junta, sendo que as de-
,
mais publicadas nos outros volumes tambem foram proferidas na 2a.
Junta; vol IV, 19; vol. v, 12;vol. VI, 3; vol. VII, 3; vol;VIII,
5; vol. IX, 1; vol. x, 6; vol. XI, 3 - •esses de 1942; vol. XIII, 2;
vol XVI, 1 - êsses de 1943; vol. XX, 2; vol. XXI, 1 - êsses de 1944;
vol. XXIII, 2; vol. XXIV, 1; vol. XXV, 2- êsses de 1945.
Procurador do Conselho Nacional do Trabalho (1945) e
~
seu Presidente, de fevereiro a setembro de 1946, quando se deu• ex-
tinção e substituição do mesmo pelo Tribunal Superior do Trabalho, do
qual foi, pelo Presidente Eurico Gaspar Dut ra, nomeado membro e seu
primeiro Presidente. Em maio de 1947, de aêõrdo com o novo Regimento
Interno do Tribunal, feito em observância à Constituição de 1946,
..
procedeu-se a' eleiçao do Presidente, tendo o Ministro Geraldo Bezerra
'-- A.a tâ:
e,L~ E:"t =*!!i::::;
.4......
de Menezes sido eleito para o bienio 941-19 q pelo v6to unanime de
d'~~~~,...
YJ 'f!tf "'~ A

4oo 'BiiiQ,>~) 11 ·, sl. rt


'te.t5!•;'tttÍ*"-tA") (\10' F 6 ~./a i 19#1

Na "Revista dos Tribunais do Trabalho", editada em


S.Paulo, sob a direção do advogado Souza Aranha Lacaze, estão publica-
dos 24 despachos do Ministro Geraldo Bezerra, na ... qualidade de pre-
sidente do Tribunal Superior do Trabalho, no vol. I, ng 1, 1947: 11
despachos, às págs. 50, 68, 276, 290, 302, 304, 306, 308, 310, 312 e

314; no vol. I, np 2, 1947: 5 despachos, às págs. 36, 190, 192, 208
e 210; no vol. I, ng 3, 1948: 8 despachos, às págs. 107, 213, 279,
I
,
, - 10 -

281, 283, 285, 287 e 231.


-
Em virtude de sua nomeaçao para Presidente do Conse-
lho Nacional do Trabalho, prestaram-lhe os ~ coestaduanos grande
homenagem, sendo saudado pelo Desembargador Abel Magalhães, Diretor
da Faculdade de Direito de NiterÓi, ex-Presidente do Tribunal de A-
pelação e Interventor Federal no Estado do Rio de Janeiro; Dr. Mou-
, Monsenhor Joao Quintela Raeder e
ra e Silva, Prefeito de Niteroi; -
~ ... -'\JL. <r.) -
Dr. Dayl de Almeida~ Ba ~olheto contendo os discursos entao pro-
nunciados. Sébre a manifestação, escreveu o sociÓlogo Amaral Fontou-
ra belo artigo 'lllaà4e!liD em "A Palavra", Niterói, 8 de junho de 1946.
O discurso do Desembargador Abel Magalhães foi publicado, na fntegra,
em "A Noite" - la. edição, S.Paulo, 2-10-1946 e os do Monsenhor João
·Quintela Raeder e Dr. Dayl de Almeida, em 11 0 Estado", Niterói, 9-6-
1946.
Da nobreza e elevação de suas atitudes na presiaên~
- -
cia do Conselho Nacional do Trabalho, diz bem este depoimento do Dr.
, ..
Vieira de Alencar, que, por varias vezes, respondeu pela Pasta do
Trabalho, como Ministro interino:
"Eu mesmo, nesta hora, sou testemunha de como o Pre-
sidente do Conselho Nacional do Trabalho, Dr. Geraldo Bezerra de Me-
nezes, dedica o sêu tempo integral, o melhor das suas atividades, to-
.. ..
do o seu dinamismo a realizaçao das suas tarefas, tarefas que repre-
- ,
sentam o interesse publico -
e o interesse da sociedade. Acentua-se,
neste momento, no meu espfrito, a visão da sua atividade diária no
, , . ,
Ministerio, onde S. Exa. so procura o titular da Pasta para ocupa-lo

com os assuntos do seu cargo, e pedir, não obséquios, mas o cumpri-
, .. -
menta do dever do Ministerio em relaçao a Justiça do Trabalho" (Tre-
cho da oração de encerramento da sessão solene de Z de maio de 1946,
comemorativa do quinto aniversário ~ instalação da Justiça do Traba-
lho- "Revista do Conselho Nacional do Trabalho", nOs 32-33, maio-
agÔsto de 1946, pág. 25).
Por sua vez, falando na solenidade de instalação do
Tribunal Superior do Trabalho, o Ministro de Estado dos NegÓcios do

tt-11
·~~
·Trabalho, IndÚstria e Comércio, Dr. Otac!lio Negrão de Lima, expres-
A
sou-se deste modo:
"Permito-me, em relação a -;-ste Egrégio Tribunal e à
organização da Justiça do Trabalho, nos Estados, destacar os cons-
tantes e inteligentes esforços do vosso Presidente Ministro Geraldo
Bezerra de Menezes" ("Revista do Tribunal Superior do Trabalho", no
1 -·setembro-dezembro de 1947, pág. 15).~
~ , .. ...
Peele~;:;s;~;::!at:;;m;:::~?~.:=-
pam, Ck1
a:'a o ...
biez~:ae ---
1.5)'19-1 )l§l.
Note-se que antes de atingir essa invejável posição
no seio da magistratura trabalhista, o Dr. Geraldo Bezerra de Mene-
-
zes ja, se impuzera pelos seus estudos e decisoes a' admiraçao dosc~sms -
jurisdicionados e dos ~ da matéria. Além de muitos artigos
e conferências, publicara ~ol!tica Sindical Brasileira~ cujo apare-
cimento, em 1943, dera ensejo a que especialistas se pronunciassem,
.. -
nao so, em relaçao ao valor do livro, mas ~......
se~ a atuaçao do autor co-
-
,
mo magistrado. De Helvecio Xavier Lopes, antigo Procurador do Traba-
lho e presidente do Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Emprega-
dos em Transportes e Cargas, estaspalavras •ttams Be significativas:
"De há muito, aliás, já me habituara a admirá-lo pelos seus artigos
de doutrina e pela segur~ça de suas decisÕes, cooperando ~om grande
brilho para rápida implantação da Justiça .do Trabalho em nossa pátria~
Segadas Viana, então Diretor do Departamento Nacional do Trabalho, as-
severou àquele tempo: "O interessante trabalho ~~ Sindical~­
sileiriW vem reafirmar o justo conceito em que o autor é tido, de fi-
gura brilhante entre os que se dedicam ao estudo do Direito Social11 •
Um membro, e dos mais ilustres, da Procuradoria da Justiça do Trabalha
Dr. Dorval Lacerda, emitiu este juÍzo: "Preciosa tese, onde o autor
se revelou (não a mim, que já o conhecia bem através de suas primoro-
sas sentenças) um profundo conhecedor do Direito Social". ~

O Dr. Hirosê Pimpão, . autor de excelentes 1~


,
Direito do Trabalho, e incisivo, quando escreve:

--·
Ao completar dois anos na presidência do Tribunal

' Superior do Trabalho, em 23 de fevereiro de 1948, prestar~lhe

expressiva homenagem na Segunda Junta de Conciliação e Julgamento,


do Distrito Federal, com a inauguração djt seu retrato na sala de
A A
audiencias daquele tribunal de primeira ~nstancia. Foi saudado pe-
,
lo presidente da Junta, Dr. Jes Elias Carvalho de Paiva. Hipotec~

do a solidariedade da Confederação Nacional dos Trabalhadores do


, - ,
Comercio e da Federaçao dos Trabalhadores do Comercio do Rio de Ja-
neiro, discursou o presidente de ambas Calixto Ribeiro Duarte. Os
mar!timos deram integral apoio à homenagem, falando o Dr. Julio Ce-
sar Tavares, pelo Sindicato, Federação e Confederação Nacional dos
MarÍtimos. O Ministro Antonio Francisco Carvalhal, Juiz represen-
tante dos _empregados do Tribunal Superior do Trabalho, pronunciou
~o discurso. Em nome da classe patronal, falaram Edgard
Ribeiro Guimarães e Dr. Waldemiro Pitta. Pelos advogados, discursa-
ram os Drs. Nelio Reis e Rodolfo Macedo.
Na sessão do Tribunal Superior do Trabalho, do mes-
mo dia, nova manifestação lhe foi Prestada, tendo falado os Minis-
tros Astolfo Serra e Edgard Sanches, bem como os advogados Drs. Ar-
,
• no von Mullen e J. Paulo Bittencourt. O 11 Jornal do Comer~io", do
Rio, de 24 de fevereiro de 1948, deu minuciosa notÍcia das manifes-
tações, publicando, na Íntegra, os discursos do homenageado e do Mi-
nistro Antonio Francisco Carvalhal. Veja~, ainda, SÕbre as homena-
d
gens, "Diário Trabalhista", Rio, 24-2-1948; "0 Estado", NiterÓi, 24-

{(-/3
~ 2-1948; 11
0 Radical", Rio, 24-2-1948; 11
Brasil Portugal", Rio, 24-2-
, ,
1948 ;"Gazeta de Not! cias'' - Rio, 25-2-1948 ; alem de inumeros outros.
" .

- 12-

11 Li JIPol:f.tica Sindical Brasileira/; de Geraldo Bezer-


ra de Menezes com grande interêSse, certo de que haveria de colher de
, .. ,
suas paginas as liçoes edificantes que soem defluir de sua
,
sol~da
.
e
bem formada cultura de significativo expoente da nova geração de ju-
ristas patrÍcios. O nome do autor, o seu talento, a sinceridade de
suas opiniÕes eu já os conhecia através da leitura que a "Revista do
Trabalho" me oferecia de suas judiciosas opiniÕes proferidas em dissf.-
dios levados à sua apreciação na sua alta e dignificante qualidade de
Juiz do Trabalho".
~
Consagradores os termos -
da comunicaçao da escolha u-
nânime de seu nome para membro do Instituto Brasileiro de Direito do
Trabalho, 11 em virtude de seus altos méritos e grandes serviços pres-
tados ao Direito Social 11 • O oficio está assinado pelo então presiden-
~ ,su.;,c.. -
te do Conselho Nacional do Trabalho, arat~a~ Senador Filinto Müller.
Como presidente do Conselho Nacional do Trabalho, a-
,_
inda no Governo do General Eurico Gaspar Dutra, coube-lhe elaborar o
Decreto-lei na 9. 797, de 9 de setembro de 194.6, ~ organi-
zação à Justiça do Trabalho, em consonância com os princ:f.pios consti-
tucionais vitoriosos na Assembléia Nacional Constituinte.
Em consequência, perderam os Órgãos trabalhistas a
feição administrativa, e a reforma foi recebida com en~usiasmo pelos
, -
orgaos· -
representativos de patroes e empregados, bem ~
~ pela classe

dos advogados e pelos prÓprios membros da Justiça do Trabalho.


A revista 11 Justiça do Trabalho 14 , conceituado orgao
, ..
que se edita na Capital da RepÚblica, por seu Diretor.Dr. Ernesto Ma-
chado, conhecido advogado trabalhista, salientou, em o número de no-
vembro-dezembro de 194.8, que "o Ministro Geraldo Montedonio Bezerra
,
de Menezes, presidente do Tribunal Superior do Trabalho, e um dos
mais ilustres membros da Justiça do Trabalho e a quem ela e a magis-
tratura trabalhista devem sua organização e situação atuais".
,
Tambem o douto advogado Edmundo Lins Neto, aprecian-
do um estudo de Geraldo Bezerra, pondera: "A Justiça do Trabalho",
mais uma vez, veiu confirmar o alto conceito que goza seu ilustre au-
- 13 -

tor, o jurista a quem, em tão boa hora, foi entregue a direção da


Justiça Trabalhista, que lhe deve a Última e inteligente reforma".
•••••
,
O Dr. Geraldo Bezerra e membro do Instituto Genea-
, ~
logico Brasileiro, com sede em S.Paulo.
..-
Num dos ~ trabalhos habituais sobre "Biografias
de SÓcios, o Coronel Salvador de Moya, Presidente do Instituto, foca-
lizou a figura do Dr. Geraldo ("Revista GenealÓgica Brasileira" - Ano
~ v, n. 10- 20 semestre de 1944, págs. 466-467). Nesta Revista, além
do .._.J!!i'lf3!iil'ilt artigo ailae 11 José Geraldo Bezerra de Menezes - dados
biográficos e genealÓgicostt (20 semes~re de 1946, págs. 445-463), pu-
~
blicou Geraldo Bezerra -iíer:t§& estudo intitulado "Capitão-mor Joaquim
AntÔnio Bezerra de Menezes e sua descendência" (lO e 20 semestres de

~iPeits &e TPaea~, (à Academia Niteroi~nse de Letras, onde ocupa


, ,
a cadeira de que e patrono seu pai, Dr. Jose Geraldo Bezerra de Mene-
zes, e da qual foi presidente por eleição e reeleição de maio de 1945
~ a maio de 1947. v'&RF c o-k~~ ...._ ~~o&a ~
o(g_ -HJ.t8 ""'-'- Faz parte da Academia Fluminense de LetraS';\ ocupando
abo~ionista
1

;A léÍadeir; ;'atrocinada por Car los de .Lacerda, fluminen-


se
~~ ._ c_. ~ ~ ~ ~ a.a,.......t,.......o., f /4, • .. ..,.Q.
,
sendo o sucessor do poeta Tome Guimaraes. Estao publicado
- ( V:
.. ~X1 4 ~
em fo-
os discursos do Dr. Luiz Lamego e o seu, pronunciad sole-
de sua posse na Academia Fluminense de Letras
,
arias - disse Noraldino de Lima,
,
cenaculo e revelam os s s valores". O 11 Jornal do
,
Comercio" - , publicou, na integra, os
dois discursos.
do Deputado Vasconcelos Torres, foi
,
designada uma Assembleia Legislativa Fluminense, para re-
e d~ Geraldo Bezerra na Academia Fluminense de Le-
tras. A ao ficou assim constitu!da: deputados Alberto Torres,
c& -19'1'1 .a.l:r) to& .... ~ cacf f9 S'P),
... .
- 14-
..
Lara Vilela, Amilcar Perlingeiro, João Vasconcelos, Vasconcelos Tor-
~ · ~
res, Mario Fonseca, Paula Lobo~ de Menezes.-~~e-
N

rimento que mereceu aprovaçao da Casa, e focalizando a pessoa do no-


1
vo acadêmico, falaram os deputados Paula Lobo, Vasconcelos Torres,
Roberto Silveira, José Manhães e Lar a Vilela ("Diário da Assembléia
Legislativan - Niterói, 23-7-1948).
,
Dias antes, ou seja a 12 de julho, a Assembleia apro-
..
vara um voto de regosijo, em demonstraçao de apreço a Geraldo Bezer-
~

, , ~

ra pela passagem, na vespera, do seu aniversario natal~cio. O reque-


rimento ~ as assinaturas dos deputados Agenor Feio, .Arino de Ma-
A
tos, Dante Laginestra, Freire de Morais, Moacir de Paula Lobo, Anto-
nio Dias Rosa, Amil'car Perlingeiro, Hamilton Xavier, Vasconcelos Tor-
res, Pereira Rebel, Roger Malhardes, JerÔnimo Dias e Álvaro de Oli-
...
veira. Sobre o requerimento, discursaram os deputados Agenor Feio,
Vasconcelos Torres e Mario Guimarães ("Diário da Assembléia Legisla-
tiva" - Niterói, 13-7-1948).
,
A proposito -
de sua oraçao na Academia, escreveu Mon-
,
senhor Melo Lula: 11 0 seu estilo, elegante e sobrio, seduz o leitor a-
te~ o fim. Parabens a' Academia Fluminense de Letras que, em boa hora,
recebeu, numa noite de festa e explendor, o artista de 'hiJomens ..!!.1:.
déias à Luz da.Ji_-d". GlÓria ao filho ilustre de José Geraldo Bezerra
, A
de Menezes, uma das mais lucidas inteligencias do Brasil".
Escreveram artigos, apreciando o discurso, - "peça de
fino lavor literário, perfeita em todos os pontos de vista", no jul-
'
gamento de Levi Carrfeiro, da Academia Brasileira de Letras - entre ou-

tros, Adonias Limé!, da Academia Cearense de Letras ("Revista Contem-
A ,
poranean - Fortaleza - Ceara, nQ de março-abril de 1949), Desembarga-
dor Carlos Xavier ("Revista das Academias de Letras"); Dr. Armando
Gonçalves ("0 Fluminensen - Niterói, 19-2-1949) e Dr. Carlyle Martins
(
11
0 Povo" - Fortaleza, 30-4-1949).
•••••
. ~ ~_....., I , , ,
Escreveu ~ivros Homens~ Ideias ..§!. ~ da Fe~
(Escolas Profissionais Salesianas, Niterói, 1942)J•~Polf.tica Sindi-

t9-J/;
cal Brasileira)( (Livraria Educadora, Rio, 1943) ..o-.
.~tt--.......;. 4.-~ ~ t......;g. ~ F.J-t~-
~bre "Homens e Ideias", pronunciaram-se, entre ou-
tros, Levi Carneiro, Oliveira Viana e Alceu Amoroso Lima, membros
da Academia Brasileira de Letras, Prof. Everardo Backeuser, Bernar-
,
dino de Souza e Oscar Stevenson, ressaltando os meritos da obra e
as qualidades do escritor. ,..,__ i ..-n ~ • ll ~ _.../_ _ ~
L~ "'- t1'~ ~ ·~t~,
Ricardo Sáens Hayes, festejado escritor arge~
acentuou que o livro "revela un espiritu sutil y profundo a la vez;
un escritor elegante y erudito; y un elocuente defensor de la moral
cristiana en estas tiempos tan_oscuros y desconcertantes.,..11 •
,
Nos meios catolicos, no seio do episcopado, foi o
livro muito aplaudido, tendo o saudoso .Cardeal Dom Sebastião Leme
louvado "a palavra piedosa e quente do Dr. Geraldo Bezerra de Mene-
, ...
zes que, honrando o nome paterno, e uma afirmaçao de cultura vasta
e sadia" .Yf Padre Luiz Gonzaga Mariz, S.J., diretor da Federação das
Congregações Marianas da Bahia,;~~: J)..ªomenê_!!;
déias à Luz ·da Fé~- eis uma obra que só pode ser escrita por uma a!

ma de posse da Verdade". Por sua vez, o Prof. Oscar Stevenson mani-


festou-sé desta forma: "Examinei-o detidamente, com verdadeiro pra-
zer espiritual. Escrito em excelente linguagem, simples, elevada e ex-
pressiva, o trabalho vale, acima de tudo, como bela comprovação de al-
ta cultura, principalmente cultura catÓlica~
'f"sse livr~atraente e magnf.fico" (CÔnego Manuel Mar-
ques), "oportuno e utilÍssimo" (D. Antonio Reis, Bispo de Santa Na-
ria), 11 tão cheio de ré, de vida e de inteligência 11 (D. Ranulfo da

Silva Farias, Arcebispo de MaceiÓ), "através de cujas páginas o autor
se revela, por um salutar atavismo, genuíno herdeiro daquela vigoro-
sa fibra que caracteriza o seu ilustre avô, cratense insigne e inti-
morato paladino da Santa Igreja de Deustt (D. Francisco de Assis Pires,
Bispo de Crato), "livro bom e corajoso" (Monsenhor Melo Lula), "q_ue
, ...
relevantes serviços esta fadado a prestar a causa da nossa religiao"
..
Ofonseflb.or Olavo Passos), e "cuja leitura muito contribuirá para a
boa formação moral de nossa mocidade" (CÔnego Otaviano Lamanéres),
- 16-

-- foi escrito por "um paladino denodado e culto da Verdade" (Padre


,
Jose Rocha de Castro).
-
- Teve, pois, razao D. Francisco Borja do Amaral, ao
,
escrever sobre Geraldo Bezerra: "Vejo nas paginas brilhantes de seus
escritos o "batalhador do bom combate" • &c;qu:sm,ooabençoande, eeràie.l-
~cr.t'fe~

Oliveira Viana, Í consagrado sociÓlogo, fez a ofer~


ta de .l,!iomens JL_!_9.éias~ à Academia Brasileira de Letras, de. que fbi'
conspÍcuo membro, além de outras, com estas considerações:
"Publicista catÓlico, inicia o novel autor a sua
, ,
carreira literaria por um ato de fe, escrevendo um livro de comba-
te em prol do seu ideal. É um ato de coragem, de firmeza, de digni-
dade espiritual que marca e define a personalidade do jovem pensa-
, ,
' dor fluminense - e fa-lo bem o herdeiro de Jose Geraldo Bezerra de
~ ,

il
Menezes, seu pai, um erudito admiravel e dispersivo, dos mais bem
informados e dos mais completo~._ ~ Q ~ s&_ ~ ~~
~ .... ~
"Este pequeno livro~llllde e seriedade dos
-
j~~
~ , ,
temas nele debatidos, e, sem duvida, uma formosa afirmaçao de inte-
ligência, a revelação de um espfrito forte e austero que aparece já
i~
,
dotado de cultura bastante para aborda-los com intrepidez e seguran-

~~
ça, já afeito à meditação e ao j~o das idéias gerais, já senhor de
seus pensamentos e, o que é ainda mais, já senhor da sua pena, pois
J~ sabe versar os seus temas prediletos num estilo excelente pela eon-
'-.J
cisão, pela vernaculidade e pela dignidade de expressão"L
~-------------~~~=---~~,~,~~~,~--
Sobre "Homens e Ideias a Luz da Fe", escreveram ar-

tigos: Telemaco Antunes de Abreu ( 11 0 S. Gonçalo" - S. Gonçalo, 10-
5-1942, 11 0 Fluminense", Niterói, 16-6-1942 e "Vida Nova", Rio, ju-
lho-1942), Lyad de Almeida ( uo Estado", Niterói, 25-5-1942), Monse-
nhor Melo Lula ("A Cruz", Rio e "0 Fluminense, Niterói, 3-7-1942),
Nilo A. Sampaio ("Marinha" ••• , Revista do litoral paranaense- Pra-
naguá, agÔsto de 1942), Tarcilo Gazire (ttTingui 11 - Curitiba, outubro
de 1942), Nuto Santana ( 11 Correio Paulistano" - S.Paulo, 15-11-1942),

I

- 17 -

Luiz Lamego ( 11 0 Estado" - Ni_t~rÓi, 18-2-1942), Salomão Cruz ("O Es-


ta4o11 - NiterÓi, 6-5-1945)~ton Alves de Souza (''A Ação" - Ora-
to-Ceará - 3-2-1946), Carlyle Martins ("0 Nordeste", 27-6-1946) e
Padre Artur Costa ( 11 0 Estado" - Niterói, 16-6-1942).
Foram, ainda, publicadas pela_imprensa apreciações
em 11 0 Fluminense" - Niterói, 10-5-1942; "O Estado" - Niterói, 26-5-
1942; revista "Unidadeu -Rio, junho- 1942; "0 Gladio", Órgão do
Centro Acadêmico Evaristo da Veiga, maio de 1942 e revista "Visão
Brasileira" - Rio, maio de 1943.
"'~ ,. n () n · · -.:
- ,, r;J.Ik~ s~ ~, -
~olf tic a §_indica~ Brasileira:tf teve, por igual, gran-
-...,.,.o -
oDhecidos juristas, nacionais e estrangeiros~~
odBesm~ se mããfl'estaram :!;avc:à:Yelmente. Entre os primeiros, J. Pin-

to Antunes, catedrático de Direito do Trabalho da Faculdade de Belo


Horizonte, Ministro Waldemar Falcão, do Supremo Tribunal Federal,
Dorval Lacerda, Segadas Viana, Tostes Malta, Hirose... Pimpao, e entre -
, , .
os últimos, Prof. Mario ~e la Cueva, da Universidade do Mex~co; Dr.
Carlos R. Desmarás, professor de Direito do Trabalho da Universida-
de de La Plata, Argentina; Dr. Mariano Tissembaum, catedrático de
,
Direito do Trabalho da Universidade do Litoral, Argentina; Dr. Jose
Casal, diretor de _Legislação do Departamento Nacional do Tràbalho
,
do Paraguai; Dr. Moyses Poblete Troncoso, professor de Direito do
Trabalho da Universidade· do Chile; Dr. Tulio Ascarelli, da Univer-
,
sida~e de Bolonha; Dr. Eduardo E. Couture, catedratico da Universi-
,
dade Nacional de Montevideu.
o •
~ ·~ livro foi citado, entre outros, por Oliveira
Viana, em/Problemas~ Direito Si~dicalll, Editora Max Limonad Ltda.,
Rio, 1943, p~gs. XV e 6}e por· Mario de la Cuev~, consagrado profes-
sor de Direito do Trabalho e Direito Constitucional, em~erecho Me-
xicano del T~abaj~, ~o segundo, 1949, pág. 423· São inúmeros os
julgados trabalhistas, em que os juizes têm recorrido à l~olftica,
Sindical~ citando-lhe trechos, valendo destacar, entre os mais 1m-
, ~ ..
portantes, o acorqao do Tribunal Superior do Trabalho, concernente

-iff-J q
..

.
)
- 18 -

ao dissÍdio coletivo dos comerciários da Capital da RepÚblica, de


que foi relator o Mi~tro Tostes Malta ( 11 biário da Justiça", de
25-10-1948, pág. 2.821) e o relativo aos empregados de entidades
esportivas, relatado no Tribunal Regional do Trabalho da la. Região
pelo ~ Dr. Délio Maranhão (acÓrdão de 17-3-1949).
Referindo-se à /Politica Sindical~ disse o Prof.
, , ,
Celio Goyata: tte livro que recomendo aos meus alunos na Faculdade
A A .-

de Ciencias Economicas de Minas Gerais, quando disserto sobre os


sindicatos na legislação brasileira".
Vale a pena reproduzir a opinião de dois outros e-
,
minentes profess~O Dr. J. Pinto Antunes, catedratico de Direi-
to do Trabalho da Faculdade de Direito de Belo Horizonte, assim se
pronunciou:
"Recebi, há dias, a 4f'Politica ~indical ,Brasileir!!f,
~ , ...
de Geraldo Bezerra de Menezes. Li, toda, ~e um so folego, pelo pra-
,., ...
zer intelectual que me proporcionava; e-·e ainda sob esta esplendida
, N •
e indelevel impressao espir~tual que me deixou, que venho trazer,
ao ilustre juiz do trabalho, os meus cumprimentos pelo sucesso in-
telectual da sua monografia".
Do Dr. Eduardo J. Couture, emérito jurista uruguaio,
catedrático da Universidade Nacional de Montevidéu, o seguinte tre-
cho:
, ,
Ese libra fue agradecido, en mi corazon, desde el
11

, ,
primer momento, y tambien desde el primer momento fue aprovechada
-
su ensenanza.
'
Solamente sucede que esperaba, para escribir estas
.
, ,
paginas, poder enviarle un estudio reciente en la mataria de su
especializac!Ón en la que estaba trabajando desde hacia varias meses.
' , ,
Luego de leer esas paginas, podra compreender Ud
con que sincero interés he leido su belli.ssimo libro 11 •
~bre fPol!tica Sindical Brasileira~ foram escri-
tos numerosos artigos. Podemos citar, entre outros, os de autoria do
Padre Artur Costa ( 11 0 Estadott - NiterÓi, 11-4-1943), Anselmo Maciei-

f!-~ o
ra ( 11Revista da Semana" - Rio, 8-5-1943 e 11 0 Fluminense" - Nite-
rÓi, 11-5-1943), Telêmaco Antunes de Abreu ( 11 0 S.Gonçalo11 - São
~#- ~r~(~~,..,~ .. -H'~J ~a.-Ji.-~~~:J)~I
Gonçalo, z=-~r e Flui:linensen - Niterói, 22-6-1943)~Pro-
fessor Roberto Seidl ( 11 0 Fluminense 11 - NiterÓi, 20-8-1943), Ar-
chimedes Telles ( 11 0 Estado 11 -NiterÓi, 20-10-1943), Rubens Lis-
boa ( 11 0 Estado" - raterÓi, 2-7-1944), Helio Pereira da Silva ( 11 0
Estado" - I:J'iterÓi, 30-8-1944) e Valeriano F. Lamas ("Gaceta del
Trabajo 11 - Revista Argentina de Doutrina, Leeislação e Jurispru-
dência- Ano I, n2 v, janeiro-fevereiro de 1946, págs. 315-316),
Dayl de Almeida ( 11 0 Estado" - NiterÓi, 13-5-1943 e "Entre-Rios
Jornal 11 - Entre-Rios, 21-10-1943).
Destacamos ta~iliém as seguintes apreciaçÕes,~
em ttQ Fluminense" - NiterÓi, 28-3-1943; 11 0 Estado" - NiterÓi, 31-
3-1943; "A Manhã" - Rio, 1-4 e 22-7-1943; 11
0 Nova Friburgo" - Fr!
burgo, L~-4 e 18-7-1943; 11
0 Jornal 11 - Rio, 4-4-19L~3; "0 Radical
Rj o, 18-4-19Ü3; "Jornal do Brasil" - Rio, 22-4-19L~3; "Trabalho ,In
dÚstria e Comércio" - PÔrto Alegre, 19-4-1943; "Vida Nova" - Rio,
,
junho de 1943; revista "Justiça do Trabalho" - Rio, numeros de f,2

vereiro e setembro de 1943; 11 Jornal do FÔro 11 Rio, 19-7-1943 e


revista "Trabalho e Seeuro Social" - Rio, dezembro de 1943.
y~.,t

As opiniÕes Sõbre ;fPolftica Sindical Brasileira~ subs-


critas por J. Pinto Antunes, Everardo Back~er, Helvecio Xavier
Lopes, Waldemar Falcão, Segadas Viana, Dorval Lacerda, Tostes Mal
A • A
ta, Hirose e dos professores e juristas estra~geiros Car-
Pim~ao
, , ,
los R. Desmaras, Jose Casal, 11oyses Poblete Troncos o, Tulio Asca-
relli, Eduarclo J. Couture, Haria:no R. Tissembaum e Valer"iano R.
Lamas estã.o tra ~c.,.,ita.s no estndo fà Justiça do Trabalho - Sua
sir,Jlificação na histÓria jurÍdica e social do Brasil~ págs. 37-
42, de Geraldo Bezerra de Nenezes (I prensa iTacio 1al - Rio de Ja-

neiro- Brasil- 1947, 42 páginas).


Ju.~·G·· ca do Tral)alho - í3ua si. ;:lifica :ão na hist~ria .iu-

rÍUca e !oclal do Brasnlf' :~o~fif,;·==~


~mifiea~ão na~ :lo~:;:::=;.:.~
entus.::.ásticos aplausos dos ju.ristas brasileiros, entre os ·:1uais
do Ministro Castro HU'"~cs, do Supremo Tribunal Federal, C')l.~oclo..
(
mou, "por todos os tl tulos, excelente, tanto na forma como no ftl!J:
do, quer pelo vasto conhecimento do assunto, quer pela clal.. eza e
briL"lo da exposição" e dos professôres Cezarino J{'l.:.or, A"ilcebia-
des Delamare, Adamastor Lima, ..\dauto FernandBs, Cclio Goyatá, !:o-
zart Vitor Russonnno e Dario de Bi.tte.:.1court. Este 1Í.ltir10, profes-
sor da Faculdade rle Direito de Parto Alegre, não teve d1Ívidas em
escrever ·1ue - 11
A J\.l.Stiça do Tl,abalLo, de Geraldo Beze:r-ra, tor-
nou-se clássica'' ( 11 0 Fluminense'' -NiterÓi, 1 de dez. de 1949).
Repercutiu no extraneeiro, sendo louvado por Enrique E.
Buero, e!nbaixador do Uruguai no Brasil; Guillermo Cabanellas, au-
tor de iz1 Derecho del Traba~o y sus contratosV (Buenos Aires,
1935); Santos Gandarillas Calderón, procurador dos Tribunais do
Trabal!lo da Espanha; .Jr. Carlos 1•!. Raggi, consultor téc:1ico do Ifi
nistério do Trabalho, professor de Direi to e diretor do Plano de
Seguro Social de Cuba; Dr . Julio Diez, advo{.;ado, antigo Hinistro
do Trabalho da .Venezuela; Dr . Bernardino Leon y Leon, presidente
,
do TribUL~al Superior do Trabalho do Peru; Dr . Roberto Perez Paton,
autor dejlPrincipios de Derecho 3ocial y de Legislacion del Traba-
jQ~, diretor da Faculdade de Direito de La Paz, na Bolivia, e pro-

fessor de Di"eito do Trabalho; Dr. Juan .D. Pozzo, jurista argenti-
no, autor de fperecho del Trabajo~;
Dr. Juan M. Gallj. Pujato, da
, ,
Un:Lversidade do Litoral, .. rgc'1tine..; Dr • .To.:>e Gonzalez Gale, pro-
,
fessor honorario da Universidade de Bne11.os Aires; Dr. Rafael Cal-
,
dera, catedratico de Direito do Trabalho na Faculdade de Direito
da Universidade Central da Venezuela, autor de~perecho del Traba-
~' Caracas, 1939; Dr. Adolfo R. Rouzaut, professor de Direito
Coilstitucional da f aculdade de Direito da Universidade do Litoral,
Argentina.
Tais opi1iÕes, ~os jtrristas nacionais e estr~ngeirQs,
vêm reproduzid~s, em apenso, na ~rimeira edição, de ftDissidios
Coletivos -ª.Q.. Tra.bal!lo'tt (Rio ele Janeiro, 19L~9).
Acusando o recebimento de fth Justiça do Trabal.'-1.~ o
Dr. Sa:1tos de Gandarilln.s CalderÓn, comun:i.cou a Geraldo Bezerra,
em 22. de ll}:lrço de 1948: "Precisamente hace tmos dias oi citar su
interessante traba,jo en una conferencia pronunciada en la Acade-
mia de LegislaciÓn y Jtu~is "~rudencia de Hadrid".
:)e autoria de Dr. ~íario C. Vilela ( 11 0 :1omentott - Rio,
janeiro de 1948) e Dr. Jacob Raued ( •tCorreio Paulistano" - S .Pa-q.-
lo, 1-6-1943) dois ~s artigos s~br~'A Justiça do Trabalho",
de Geraldo Bezerra, sem falar nas apreciações publicadas , entre
outros, em "A Gazeta" - S.Paulo, 5-2- 1948; "A Tribuna" -VitÓria,
.. ( t._3-1-.f--19J.Jl5".
31-1-1948; 11
A Açaq" -. Crato, 1-2.-1948; 1,'0azeta de Notlcias 11 - RiÕ)'\ .,~
11
/fo ~"- ~~ ~ :l'i.Jt8 • 0. u~>)' ~-6
11.n. Ma.n_'hã"J- Rio, 2.8-1-1948; "D.Lário Traba-
réd. final, 2.7-1-1948;
lhista" -Rio, 9-1-1948; no Fluminense 11 - Nit erói , 2.7-12.-1947; 11 0

Estado" - NiterÓi, 25-12.-1947; 11 0 ...~ova Friburgo" - Friburgo, 2.8-


12-1947 e 4-4-1948; "Trabalho, IndÚstria e Comérciotr - S.Paulo,
janeiro de 1948.
ITãe.s9 h(o /Tratado Eleue~'lta1 de Derecho del Trabaj tH'(4a.
ediciÓn- corregida y au _ent~da- 11adrid, 1949, pág. 698), de lf~­
• guel Hernainz Harquez~'Uo no estudo ;)(Aspectos Economico-Jociales
y Jurídicos del Rendi•niento en e1 Trabaj ~')~;;,;,:-e ido j mista

e!$~rulhM: JuaR Menondeí!í Pidal y de lofuntes, Cpub1icado na 11


Revista
y Jur isrrudenc:ia' 1
)LO Geraldo Bezerra de Menezes tem publicado, em jor-
nais e revistas d.o pa!s e do estrangeiro, inúmeros artigos, discur-
so~e conferências~~tos histÓricos, religiosos, jur!dicos
e sociais. GelaQQPea: t/a "Revista Mexicana de Sociologia", do Insti-
tuto de Investigações Sociais da Universidade Nacional Autônoma, di-
-
rigida por Lucio Mendieta e Nunez, ~
~
publicou um estudo sobre
"Oliveira Viana" (Ano IV, vol. IV, nQ 2, 20 semestre de 1942), e vem
colaborando na Gaceta del TrabaJo, de Buenos Aires.
O seu estudo Sõbre Oliveira Viana foi também publi-
cado no "Jornal do Comércio" - Rio 1 22-3-1942 e "Correio Paulistano"
- S.Paulo, 3-4-1942.
é~ ,
~bltso• na "Revista do Instituto Historico e Geo-
, ~
grafico Brasileiro" - vol. 190, janei~o-março de 1946, longo ~- ..
~ baseado em documentos inéditos~ Conselheiro Paulino -
Aspectos da Pol:Ítica: Fluminense no Segundo Reinado". •
~~~~~:;-----___
H& um~e sua wta:Pi.a s;'blte>ae 11 Caracterfs-

ticas da Rerum Novarum" ~Gin Leituras CatÓlicas de D. Bosco, ano


II, nQ 618, 1941),
f~J5eu artigo ~- "Capistrano de Abreu" foi pu-
blicado em 11 0. Estado" - NiterÓi, 23-4-44; "A Manhã" - Rio, 23-4-1944
e "Letras Brasileiras" - Rio, maio - 1944, págs. 34-36.
Dos seus esforços em prol da divulgação do Direito
do Trabalho, diz bem a dedicatÓria com que lhe foi oferecido o es-
tudo "Acidentes ocurridos a la ida o regreso del traba.io" , de Mi-
guel Hernainz Marquez, magistrado do trabalho, professor da Univer-
sidade de Granada, na Espanha, autor do JfTratado Elemental de Dere-
, AqJtq. -~ ,
cho del Traba.i~ - ~a. edicion - Madrid,~ setiembre, 19/:i:t', 7h7 pa'!""
.
~ -: "Para el Exmo. Sr. Dr. Geraldo Bezerra de Menezes, guien

uniendo una profunda preparaciÓn teÓrica, a la eficiencia de un


constante pratica~ constituye un orgullo para los juristas brasi-
lenos, y un motivo de admiracion y ejemplo para los del mundo, con
el afectuosa homenage, de - a) Miguel Hernainz Marques - Granada,
..
ll-2-49U•
Note-se que, ao referir-se a' monografia de Geraldo
Bezerra Sobre )riA ~ustiça ~rabalh@f", Julio Diez, ex-Ministro do
,

Trabalho da Venezuela, .tambem observara o seguinte: 11 esta nueva o-
bra suya, junto con sus otros libras, lo está senalando como uno
, ,
de los hombres mas preocupados en la divulgacion americana del De-
racho Social" (Caracas, 27-2-1948).
•••••
Saudando Geraldo Bezerra na Academia Fluminense de
Letras, assim se exprimiu, a certa altura, o acadêmico Luiz Lamego:
11 Trouxestes para as lutas do pensamento uma inteli-
gência moça e uma ré imortal - glorioso apanágio dos vossos maio-
res. A inteligência firmou-se a pouco e pouco, alertando-se no es-
tudo proveitoso, na observação profÍcua dos homens e das coisas, no
convÍvio dos mestres e, sobretudo, amparada e orientada poresse
grande espírito que foi José Geraldo Bezerra de Menezes; a fé, for-
talecida no ambiente puro da casa paterna, tornou-se a inspiradora

dos vossos atos, consolando, amparando e construindo. Estas foram
as vossas armas para as batalhas do Ideal".
~om ~i~~ ~tÓlico;herdou Geraldo Bezerra o espÍ-
,
rito apostolico dos ~ ancestrais.
Congregado mariano;preside, desde 193)f, à Federação
das Congregações Marianas da Diocese de NiterÓi.
É o primeiro assistente, ou seja, vice-presidente
da Confederação Nacional das Congregaçõ~s Marianas (abril de 1947
1'\J..~ c_..-t'lS-1- -llfS')
a 1949), cargo para o qual foi rede:it!& para c9 biêni~de 1949-195Q
A diretoria, empossada, em 18 de maio de 1947, tinha a seguinte cons-
- 22-

• Diretor, Pe. Afonso Rodrigues, S.J.; presidente,


A

Senador Apolonio Sales; assistente, Ministro Geraldo Bezerra de


, ,
Menezes; secretario geral, Deputado Orlando Brasil; lg secretario,
, , ...
Professor Jose Moacir Menezes; zg secretario, Venancio de Olivei-
ra; tesoureiro, Moacir Furtado.
li .. te e· v

Conselheiros: Dr. Edmundo Perry, Comandante Euli-


,
no Rosario Cardoso, Dr. Augusto Paulino, Dr. Bento Ribeiro de Cas-
tro, Dr. Cristóvão Breineir ("A Noite" - Rio, 17-5-1947).
Saudou o Episcopado Nacional, reunido no Concilio
,
Plenario Brasileiro (1939), em nome dos congregados brasileiros.
Fez, no Rio, o elogio de Pio XII, na sessão magna
da Confederação Nacional das Congregações Marianas, a 28 de março
de 1949, pelo áureo jubileu sacerdotal de Sua Santidade. O seu dis-
curso foi publicado no "Santuário de N. S. da Aparecida", de 8-5-
1949; na revista "Estrela do Mar" - Rio, maio de 1949 e no "Jornal-
do Comércio", Rio, 30-3-1949.
Foi o orador oficial da sessão da Confederação Na-
cional das Congregações Marianas, em homenagem à memÓria de ~·
,
Jose Pereira Alves ("A Noite" -Rio, 27-1-1949).
É membro da Ação CatÓlica Brasileira e foi o pri-
meiro presidente da Junta Diocesana de Ação CatÓlica em NiterÓi.
..
Presidiu a' Comissao Executiva das duas primeiras
....... ~~""""'"~ 00.. ____ .. __ .
Semanas de Ação Social ~ ~~. ~
Tomou parte, como conferencista, nos Congressos Eu-
carfsticos de Niterói, Barra do Pira!, Friburgo, S.G~çalo e Angra
ó• ~ Q_± __,_~ t(~~·o~{.
dos Reis, 11"\A.o • ~ J -o
A ' ....
Pronunciou conferenc~a sobre D. Vital, no Teatro
,
Municipal da Capital da Republica, na sessao magna comemorativa do
..
centenário do grande prelado{ oli ndense, revelando, então, inúme-
, , , ...
ras cartas ineditas dirigidas pelo martir da fe a seu avo, Dr. Le~
dro Bezerra Monteiro, o grande defensor dos B~os no Parlamento Brã
sileiro, quando da Questão Religiosa. Seu trabalho foi publicado em
"A Manhã11 -Rio, 1-12-1944; 11
0 Estado 11 , NiterÓi, 3-12-1944; "Legio-
nário .. - S.Paulo, 7-1-1945; 11
A União 11 - Rio, nÚmeros de 1 e 21-1-
45; revista 11Vozes de PetrÓpolis 11 - novembro-dezembro - 1944, págs.
823-826.
Alguns eminentes prelados brasileiros destacaram-
do espÍrito e a excelente formação moral" (D. Ranulfo,
Arcebispo de MaceiÓ) e "sua funda e abalisada ct;J.tura, estribada em
nobres sentimentos de ré religiosa" (Arcebispo Dom Octaviano Perei-
ra de Albuquerque, de Campos- E. do Rio).
- ..
Como se ve, nao houve excesso quando, ao apreciar.
~Homens~Idéia~ escreveu o Prof. Oscar Stevenson, em 12 de fe-
,
vereiro de 1944 que Geraldo Bezerra - 11
e, de fato e de direito, um
paladino extrênuo da Santa Madre Igreja e das verdades eternas que
ela prega 11 •
~~~
A respeito, ~em0s outroSyd'ePõimentos. bem Sli8M!Ií1W

Depois de felicitá-lo pela publicação de #DissÍdios


Coletivos.,--ressaltando 11
o valor cientifico, J!lOral, social, jurÍdi-
co da obra, o que fala bem alto da cultura e da ilustração do autor",
o Revmo. Pe. Casar Dainese, S.J., antigo Diretor da Confederação
Nacional e das Federações Marianas da Arquidiocese do Rio de Janei-
, que acompanhou de perto a atuaçao de Ge-
ro e da Diocese de Niteroi, -
raldo Bezerra como presidente da Última, fez questão ~ de real-
,
çar "o valor apostolico do trabalho escogitado e realizado por uma
inteligência vivificada e impregnada da mais genuina doutrina cató-
lica! O Dr. Geraldo é sempre o ardoroso e fiel paladino de Cristo
e da sua Igreja!"

Monseàhor João de Barros Uchôa, Vigário Geral da
,
Diocese de Niteroi, sucessor doPe. Dainese, S.J. na direçao da Fe-
..
deração das Congregações Marianas, com sede na capital fluminense,
proclamou Geraldo Bezerra - "um dos nossos leaders catÓlicos de pri-
meira linha na direção do Exército de Cristo, que é a Federação Ma-
,
riana, alias, herança de sua generosa estirpe, que tem nome este-

reotipado em letras doiradas nos anais da HistÓria da Igreja no


Brasil" ( 11 0 Estadou -Niterói, domingo, 6-5-1945).
• •


'
•• I

DADOS GENEALÓGICOS E J IO<. It1.ti'ICOS

O l.finistro Geraldo Hontedônio bezerra de Nenezes nasceu em l l


de jul ho de 1915 , em Niterói (1) • ~ JL.~LV\.
&ll..;:J;:M •_J.:.. /. ~ ~ ..,~\. js.v-vJ..-v~
~~~ pelo lado paterno ,) ~umerosos , I d~s mais
antigas e ilustres do Brasil, tendo corno ascendentes indí genas .-
~ I1aria do Espí rito Santo rcoverde , taba j iàr~ , de Narim ( Oli Q
da) e Catarina tilvares Paraguassú , tupinanbá , da cidade do Salvador
(Lahia! ~ 7 3ua ascendente D. Izabel Rodrigues Palha era irmã do histo
.~ v
riador Frei Vicente do Salvador (Vicente Hodrigues FalhaJ.ae v se~
~
W cuja obra permaneceu incógnita até que o g Fe::nde ePJl:? 6:::Psfo Cg
pistrano de breu a fez irradiar .
~~n.t"' - ~~
Entre ~ SE'US antecendentes ,K~ <taifil.@i"1 o 1-iarechal de can

po Luis BarbaJ.ho Bezerra ,zf~1t'!""'r= ~aQ~ ~ cognominado o Xeno-


fonte Brasileiro• ~~ite oe felebrizou~guerra contra os holaa
dezes e como governador· da Bahia e do rlio de Janeiro , onde faleceu
a 15 de abriJ. de 1644 ; ~endo sepultado na Igreja dos Jesuitas , hoje
Hospital Mil i t~r . . .A~21) ) /
-;:;~;-r:a::!1!~~'ft:!tfi15!.oii
N'Ii
v""
[NI;~f!IEre:<t
~., livro
.J~
"Er a v a Gente 11 j 1n f si o de Carvalho encerra
o ( ~ ítulo ~1::iii dü ~ "0 re gresso de Ulisses" , no qual foca -
l i sa a figura do inescedí vel companheiro de J.íatias de .übuquerque e
lllM tantos
zerra não foi só uma das mais brilhantes personificações do heroÍ s-
mo n~ história brasileir , cuja glória vai refulgir entre os nomes
de Caxias e Osório , mas exerceu influ~ncia fecunda na formação da

O Dr . Geraldo Lezerra é filho do Dr . José Geraldo Bezerra de


Menezes , nascido em 23 de abril de 1867 , na chácara denominada Pa ch~

co , da freguezia de Santo Antônio da Encruzilhada , na Paraiba do Sul


Estado do Rio de Janeiro e falecido ern 29 de março de l935 , ~ rua
\Visland , 9, . 8 . Domingos , Jiterói e D. Lucinda Nontedônio I3e zerra.de
Nenezes , nascida em Lisboa , Portugal , a 9 de janeiro de 1877 e f l e-
cida em Niterói, a 13~ .~~~A'IS"S:
· (l) SÕbre os dgdos ge~~alógicos , ~ :6e~~~; Ger~ldo Re erra de
t>fenezes: ~ José Geraldo Bezerrg de 1feneze3't#(, "O ~st:J.do ", ITitcr6i c 11 Rev
6enealógic:A brasileira" , 1no XII , nºlh, 2ºsemestre de l946 , p ~ ~s . 445 a
453f&Capit5o- mor Joaaui~ Antônio Iezerra de 11enezes e sua descendênci
"Rev . Gene~J- óeica J'rasileira" , ·:mo IX , lº e 2º semestre de 19 , nº l7 e .l
--
págs . ~9- 59 · d r~ ·~ri~a revista , ~n· V, nQlO , 2º semestre
e 19W , py
blic·..,, I( Q·~T>Ít lo BioPrafias de )Ócioc , Je Salvador de ! OJ , u , tra-
balho sôbre o Dr. Geraldo NontedÕnio Lezerra de Menezes , s r: e-. .4h6-
447 .
. '
't

DADOd GENEciLCGIGOS E BIOGHár'ICOS

O Ministro Geraldo Monted5nio Bezerra de Menezes nasceu em 11


de julho de 1915 , em Niter6i (1) . ~wL~
&~~<."-" ~ <..._ , ~ ~\. i,(V..Wv~
~~~pelo lado paterno ,)r~umerosos , I das mais
antigas e ilustres do Brasil, tendo como ascendentes indí genas .-
~ 1'1aria do ..:::spi ri to Santo àrcoverde, tabajara , de Harim (OliQ
da) e Catarina Alvares Paraguassú , tupinambá , da cidade do Salvador
(Eahia)~ 7 sua ascendente D. Izabel Rodrigues Palha era irmã do histo
.~v
riador Frei Vicente do Salvador ( Vicente Rodrigues Palha),ae s@e~
~
W cuja obra permaneceu inc6gni ta até que o g:Pau1de -eibli6g:Pafo Cs
pistrano de breu a fez irradiar .
Entre~seus antecendentes ,~~o Harechal de cam
p~ Luis BarbaJ.ho Bezerra ,.:(f~Q'+" ~lliitHle ~ cognominado o Xeno-
r'onte Bra.sileiro., ç;:;=fattiie ae ~lebrizou-r. guerra contra os holaE
dezes e como governador· da Bahia e do Rio de Janeiro , onde faleceu
a 15 de abril de 1644 ; ~endo sepultado na Igreja dos Jesuitas, hoje
Hospital Nilitar . ~ Àq.21)) /
~~fi~ livro "Brava Gente~ Carvalho encerra
o ;~::i~!~?í tulo ~.. !;4cl>trl:ado ~ "O regresso de Ulisses" , no qual foca -
lisa a figura do inescedível companheiro de Hatias de lbuquerque e
~ tantos her6is , com estas palavras : ~~-? "Luis Barbalho Be-
zerra não foi s6 uma das mais brilhantes personificações do herof s-
mo na hist6ria brasileira , cuja gl 6ria vai refulgir entre os nomes
de Caxias e Os6rio, "11as exerceu influência fecunda na formação da

O Dr . Geraldo Bezerra é filho do Dr. José Geraldo Bezerra de


Menezes , nascido em 23 de abril de 1867 , na chácara denominada Pa che
co , da freguezia de Santo ntônio da ~ncruz ilhada, na Paraiba do Sul ,
Estado do Rio de Janeiro e falecido em 29 de março de 1935 , Q rua
wisland , 9 , S . Domingos , Ni ter6i e D. Lucinda ~!onted ônio Bezerra.de
Nenezes , nascida em Lisboa , Portugal , a 9 de janeiro de 1877 e fa l e-
cida em Niterói , a 1.3 ~ ~ ~ A'lsS:
• (l) SÔbr:e os dados p;eneal6gi cos , ~·:Se~~~' Ger~ldo Bezerra de
Menezes: ~~José Geraldo Pezerra de HenezeslK," O Estudo", Niterói e "Rev .
6eneal6gica Brasileira'', ano XII , nºl4 , 2ºsernestre de l946 , p6gs . b45 a
453-prca i tão- mor Joa. uim 8ntônio Bezerra de lv!enezes e sua descendênci~
"Rev . Geneal gica Bra.sileira" , ano IX ,lº e 2º semestre de l9Ü8 , nº l 7 e l B

p4gs . LJ9- 59 . , referi~ a 1:evi sta , ~nc~ .V, nºlO , 2º semestre <"c> l9L h, )..!;!
blic , , no cnpí tulo Biograf'iliS de ::>6~ , ,Jr; Salvador de l'oyq , u ' tr3-
balho sôcre o Dr . Geraldo XontedÕnio I ez~rra de lv1enezes , às p·~E.,S . 41.~6-
41.4.7 .
Entre os art~s, focaliAando a f1cm'a do Mmn~

Geraldo Bezerra de Menezes, acrescente-se aos que toram citados, os


seguintes:
, "Geraldo Bezerra de Menezes, um homem" - de Lyad de
Almeida - "Diario Trabalhista" - Rio, 12-7-1947;
"A Justiça Soeial e um homem de marca" ("O Momento"
-Rio, março de 1946., pág. 18), "0 bem comum" ("O Estado" - Niterói,
1944), ambos de autoria de Mario c. Vilela;
,
"Justiça - Harmonia do Poder Judiciario" - de Dio-
nisio Silveira - "0 Jornal" - Rio, 6a. Feira, 25-2-1949 e revista
"Guanabara" - Rio, abril-maio, 1949.
"Um grito de revolta" - de Telemaco Antunes de Abreu
- "O S. GonçaloH - S. Gonçalo, 26-12-1948.
"A Justiça do Trabalho e o seu esp.:Írito conciliador"
,
- de Eduardo Luiz Gomes - "O Estado" - Niteroi, 28-2·1948.
"'D iscurso" proferido pelo Prof. AlcebÍades Delamare,
-
na sessao do Conselho Nacional do Trabalho em que tomou posse o Dr.
Geraldo Ja;ezerra - "0 Estado" - Niterói, 18-5.:-]946.
~~G.~
Para encerrar o Ministro Geraldo
Bezerra de Menezes, - "padrão altÍssimo de virtudes cÍvicas e cris-
tãs11, no conceito do jornalista e acadêmico Jefferson Avila - cum-
e:'
pre reproduzir ~ soneto da lavra dA seu colega de turma, tanto no
,
Ginasio, como na Faculdade, Dr. Anibal de Melo Couto, publicado num
folheto de 1935, sob o tÍtulo de /Panteon - Perfis Acadêmicos da~
, A
culd~ de ~ireito de Niteroi. O autor do soneto conquistou os pre-
mios dos concursos de poesia promovidos durante o seu curso academi-
..
, . ..
,
co. Ha, no trabalho, impressionante prev~sao da vida publica de Ge-
raldo Bezerra de Menezes, como magistrado e intransigente defensor
,
da fe:

"Orador de mão cheia, o nosso amigo
Para um discurso, · sempre encontra um pé:
Fala ante um berço ou junto de um jazigo,
,
11 Deita o verbo" na rua ou num Cafe.

Inspirado escritor, seu sonho antigo


É ser um dia, um Carlos de Laet;
S.empre as frases latinas têm abrigo
,
Nos bons trabalhos que lhe inspira a fe •


- 26 -
#

Tem talento a valer, cultura "a' bessa"l


M~smo assim, nos exames, faz promessa,
,
Faz promessa na facil sabatina!

-
A .sua aspiraçao e, ser juizl
, ($>
Ha de vestir a toga e ser feliz,
Na impressão de que veste uma batina ••• "

•••• •


• - 2-

Agripino Grieco, exí~io literato , brinda José Geraldo B~zerra

de Menezes com 8stes titulos: partejador de cérebros , professor de


coragem , antologia em carne e osso; humanista ~moda antiga; cul-
tura e mem6ria miraculosas; admirável máquina pensante; homem que
sabe quasi tudo , sabe latim e t eologi« como todo um convento , todo
um cabido junto; forte em toponínia , do~ina as l í nguas indígenas e
a filosofia em geral . E assin o define: 11
al21a apost62.ica e espí-
ri to limpido 11 (l) •
~~
Como ~em~ o Hinistro Ge.raldo Bezerra , grande ~ o amor
de seu pai e~de seu a vô pelos estudos de linhagem , pelas pesquisas
hist6ricas em tôrno de sua família, mas , adverte , os privilégios de
fidalguia dos seus antepassados não foram outros senão os da honra e
os da dignidade .
Baseado no "Corona senum filii filiorum , et gloria filiorum
pa t res eorum" , dos Provérbios , XVII , 6 , o Dr . José Geraldo Bezerra de
Menezes wt-eet! l'ü: ~ participou o nascimento do primeiro filho varão e.n
viando ao l~do o 11 estema 11 , partindo do século XVI , com Diogo Alva-
res Corrêa , "Caramurú" , casado com CQtarina Alvares , 11
Paraguassú11 •
Eis o "estema" :
• .;;7
I - Diogo Al v::ues Corrêa , ··"'cargmurú;
J Ui )
c::.sado com Catarina Alvares,
I

"Para~uassú" , pais de:


1 til r '777)1711

II- Apolônia Alvares , c . c . Jo~o de Figueiredo Hascarenhas , 11 ~...

atucá
1 17/177
11

(l)Agripino Grieco , Gente Nova do Brasil , capítulo .Heu amigo e meu


mestre , págs . 496 a 509 .
Al~m do cit~do artigo de Geraldo Bezerra sôbre seu p~i publicado na
"Rev . Geneal6gica", vejâ- se , no livro de sua autoria "Homens e Id ia!
~ Luz da F~ ~ 2 ~ ediçio , a parte conssgrada a José Geraldo Bezerra de
Nenezes , contendo os seguintes capítulos : " Cat6lico de f i bru" , " En-
tusiasta da Companhia de Jesus" e " 0 povo que primeiro levantou igre ~
•2 s o Divino Cora ão".
O Esta o , de ttt , 21 de julho de 1946 , cuj·o suplemento li te-
rá rio foi cons~grado ao _ fluminense , contém estudos seus sôbre
toponí mia indígena , reli~ · ão , genealogia , traduções , bem assim arti-
gos sôbre sua personalid de firmados por Oscar Prze1..rodowski , J . H.
de Sá Leitão , Carlos d Laet , .lelquiades Picanço e outros .
v., ainda , o discurso de posse de Teles Barbosa , suced~ndo - o , na A-
7 cademia Fluminense de etras ( in nRev . d3 Ac3demia") !_~·.".),
'
I
- 3-

IV- Luiza de Barros , ~ Hanuel Lôbo .


V- Fr•ncisco de B:arros lÔbo , ~. Ana de Henezes .
VI- Eusébio Teles de Menezes , ~. Miguel Alv•res Campos .
VII- Luiza Teles , ~ Sargento- mor Antônio Pinheiro de Ca.t
valho .
VIII- Sargento- mor José Pinheiro Lôbo , ~. Perpétua de He,n
donça .
IX- Antônio Pinheiro LÔbo , -
~ Joana Bezerra de l1enezes .
.l.- brig•deiro Leandro Bezerr• Honteiro , '"~osa Josefa do
Sacramento .
Xi- Tenente- coronel Jo&~ Geraldo Bezerr• de J.Ienezes , ~ J~
rônima Bezerra de Henezes .
XII- Dr . Leandro Bezerra Monteiro , -
~ Emereci~ J de Siquei
ra Maciel Bezerra .
XIII- Dr . Jos~ Geraldo Bezerra de Nenezes , ~ Lucinda Mon
tedônio Bezerra de Menezes .
XIV- Leandro Bezerra líonLeiro (l) .
O Dr . José Geraldo traçou tam~6m a 'rvore geneal6gica da fa-
~i lia pelo lado de Joio Vaz da Costa Côrte- R al , autantico precur-
sor de Colombo na descoberta da Afll rica ("Terra dos Côrtes Reais") ,
sôbre quem hq , segundo informR , desde as "Saudades d~ Terratt do
~
~. Gasp~r Frutuoso e a 11
História Insulan ", do Jesuita Padre Co.t
deiro , ~ enorme bibliotec& poliglota escri t~ . Sôbre o mesmo a.§.

sunto , estendeu-se o ~lJWl~ !.istoriador Roch& Pombo em sua : ist6-


.ria Qg_ rr'1 sil , a grande ,
Os ~ilhos ,

mo um tezouro de virtudes religiosas e dom~sticas .

Os pais do Dr . Geraldo Bezerr• cas•ra~- se em Paraíba do Sul ,

(l) V. o citado artigo de Geraldo Bezerra de Menezes na "Rev. Ge-


neal6gica 11 •
•'?
S~ã cramento .
Xi - Tenente - coronel José Geraldo Bezerra de Nenezes , ~ J~
rônima Bezerra de Menezes .
XII- Dr . Leandro } ezerra Monteiro , ~ EmereciE~.;{$~~-de Si que,!
ra ~aci~l Bezerra .
XIII- Dr . José Geraldo Bezerra de Menezes , ~ Lucinda Hon
tedônio Bezerra de Menezes .
XIV- Leandro Bezerra Iionteiro (l).
O Dr . José Geraldo traçou ta~b m a ~rvore genealógi ca da fa -
mi lia pelo lado de João Vaz da Costa Côrte - Heal , autêntico precur-
sor de Colombo na de s coberta da A~~rica ("Terra dos Côrtes neais 11 ) ,
s ôbr e quem h@ , segundo inform~ , desde as 11 3auc1ades d~ 'T'erra 11 do
~-- Giitspar Frutuoso e 2 "Hist6ri~ Insulana" , do Jesui ta Piitdre Cor.
deiro, - - enorme biblioteca poliglota escri t~. Sôbre o mesmo a_g
sunto , estendeu- se o ~ 1 1istoriador Rocha Pombo em sua liist6-
,.tli_ QQ_ Era sil , a grande , vol . I , páginas 109 e seguint s .
f.~~.rÁ~
Os f ilho s , e quantos a conheceram , apontam ~ind~

mo um t ezouro de virtudes religiosas e domésticas .


Os p~is do Dr . Geraldo Be zerra casara~-se em Paraíba do Sul,

- (1) V. o cita do artigo de Geraldo Bezerra de l·fenezes na 11 Rev . Ge -

-
neal6gica11 •
.___....----.r~"L ·"
..:is , ~e undo o Dr . J c 3
c..:í) e lclc - 2 ·r de · enezes , a ..,ene -
lo i da .í''1 1Í i ia 1 elo l. do C. o 'I r c L.!l:.l so'"' de Colonbo 1' :
I - João v 1~ d:t Cos a Cô ...• te-... ~e l, e:::~sado cor.1 D . .aria dD. , bar c~ ,
pais de
II - .:; . JoJ. ta Côrte-Real, ':i"Guilherme h oniz Barreto • ,t
III - Esas Moniz Barre t o, - D . Ana Soare s (ou D . l·laria da Sil-


I
i
veira) .#
IV - D . InAs "rre o , - Dio '0 da .{ocha de st • 4
V. - eM de J ~, - D . L·u·ia I ., ,~lo sa , 1t
~r~
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I
III - ~<lritão - 1~ r· on~ .... av..,reJ de enezes , - D. Josefa Frei-
re de Andrada .es"uita . H
I.J~ - v~ itão- ... r Se""1e-o Teles de ~.cnezPs , - v . Luiz .aria da
Concelç - o • f
X - JJ • ••os'-1. Josefa do Sncro. ..1ento ( sergipai1J , co':'Ilo seus 1 ·~j 3) , -
seu pri~o Lrigadeiro Lea~dro Bezerra ~onteiro (ce rense: famíli, ~e
ucm lu do pernantuc , 1.a; ser 0 ipana , de ou+ r o . 1..' _ ti~':ld"'!iro Le !11.ho
lezerra . onteiro é o fundador do ... o~zeiro) . fll /
"I - Coronel Jo~ Jcra:do ezerra de e: .. e~~s ~u~ prima D. Jer@-
nima Bezerra de r;eneze s 0 olf
\ XII - Dr . Leandro Bezerr., .onteiro ( joazeirense) , - sua parenta
I
D. Emerenciana de Siqueira !faciel Be:-Jerra (ser gipaT~ , ir':nã do Sena-
dor por Sergipe Dr . Leand~u Hibeiro de i~u~ -ra ~ciel) .
-· Aggri:'ino Grieco , no artigo 1f,t A. marrrerJ dos livr os~ ( 11 r a zeta de
Notíc~as" , Rio, 26 de 1 ""'ÇO de 2.925) e""l que examina o voltme $ Co-
lom1)o"N5, de Vicente Licí nio Cardoso ( nu4rio do Bras il, Rio , 1924) ,
reproduz o referido esbÔço genealógico . i: lernbr~ , se~ suf,a6'"~r a

\ tese , ~ue , "num co'1'"resso de a:wricanistas, reunido na ôuécia ,


Sophus Larsen, dentro das afirmações de certos historiadores ~çorea ­
nos , provou - dizer~ os jornais - aue Jo5o Vaz Côrte- neal descobriu
em Ha4, ~ Terra Nova e , como prêmio , foi feito , pelo rei de F ortu~

\
gal , vice- rei dessa região 11 •
. , .--
~

o~c-M.~~~J._~A-4
a eys 30 r_..,o
~
de 189B• ~ l)
paterno do Dr . Le-.ndro Bezerr" Nonteiro , nascido na ci-
Cr:"'l. to (C ar ) , .m ll de julho de 1826 ~ faleci d o à 1·ua S .
Jc:::f , no o11~ecu, em .üter i, a 15 de novenl ro de l9ll e d D.
n' r~·~ Siqueirli daciel 11ezerra , nascida na fregue zia de No.;sa
Senhor<i do .{os < ~10 do Ga te te, e r t,ergi] , a 9 de dezembro de 1830 .
D. Erner ~)--;ue veio a f lecer a 9 de janeiro de l887 , en
P~raiba do Sul , ~ra filha do Coronel .ntônio Luiz, le raujo Maciel
e de sua mulher ú . Hosa de Siqueira ~ Melo , dos Eng~nhos oerra Ne -
gra e Jeric6; e quarta neta do Coronel Domineos Dias Coelho, fidal

go portugu" s , '1 queiil t~xtual ~nt se referiu o Frei 1ntônio de San


ta líaria Jabo:-ttfio em seu livro +H'Novo Orbe S ráfico~ (Lisbôa , 1761 ,
<{,
ca~ · l3: ~ Princ ipio e ~regresso do Convento da Cidade de Sergipe d'~l
u ~ ~ - - - J ·\- 7T --,-,,-77
!}~ ~ _Q pre sent~rf ,~+: ~ $ 5"-1.1' J M • S8~;4
~ (()
Dr . Leandro e D . ~C8S;=j~~n- se

em ' 31 de janeiro de 1852 . f'~~~


Do casal , D1· . Jor)f Ger<ildo e D. Lucinô.'l , são O"' segui11tes fi
os : j) ~c..r-_/
~a" uar'1 lezerra Leite , professor'i , ~tõ conhecido pintor. r -
ando Leite f
~~ Dr . Lvandro Bezerra Monteiro , ex- Delegado de Poli cia er dor
:ntãi' D. Raquel l z~rr, de , lbuquerque , professor~ , ~ ~,*f!.
n~ CPnital de S . Paulo , c . c . D. 1uth de Hiranda l 7 ~rrrJ. ;t"

R~ul de Albuquerque , nr,enheiro c i vil ;:niJ i ta r , 'in ti" o ..Jir· tor Ge-
ral dos Corr io~ Tel~grafos , construtor do ~uartel Gen eral e Dire-
tor do P~trinônio do ~x~rcitof
li~ D. Déborõ>l Bezerra Freire , ~ Dr . dub~ns Rocha i'reire , mé -
dico ;+
115-).. Jo~o Hontedônio Bezerra de lv!enezes , antigo diretor d ' " f.. Equi-
t~tiva 11 dos Estados Unidos do J3rasil , ~ D. Cacilda Scorz l~ i Be-
zerra de M~ne z es f '~
\'le}-Dr . Ign~cio Montedônio Bezirra de I.en'!z s , advogado , deputado1
~ .m tr" "' legislaturas~ ~ ssemlléi~ Legisl~tiva do s~t~do
do Rio de Jan iro , e vice- presidente da mesma , ~ D. MY Salles
Pinheiro Bezerra de Men~zes t
'-to-~----"'\ ~- ~~ Dr . Cefas Nontedônio Bez rra de Henez~s , advog~do e professor ,-
~· D. Nirvana Ch5 Bezerra de Aenezes;
.;r~ Ruth Montedônio Bezer ra éll'" Henez~s, Dir tora do ~rqni vo dn Tr];
bunal rlegional do Trabalho d~ Primeira Regi~o .

/ r. eu..~f- ~ ""' A .
...._~
-
- i-1 FI v~. . ~ r?.v.. 16 ..$::.......:...u_
cy..,.,. .... -ú-"" .

~ o art::..go Dos sertões c-: Jq,•oca par·a .fi 0as3 do .3en...or1f<;


Jo~ é 0eraldo BezerJ·a de eJ. ezes oferece os seguintes dados sobre a
larga desccnd6ncia do patriarca Coronel DominLOS Dias Coel o , referi-
do pelo 11 velho cronista sc.r~~ico 11 Frei Jaboat~o :
I - ~oronel Domingos Dias ~oe~J.o , casado coill D. Rosa Benta de rau
jo e llelo , 1Jais de
II - Coronel Domingoa ~ias Coelho e ~elo , c . c . D. l~1i: ~ereza
de Jesus (arrematantes , ~ 6 s o confisco , dos lens dos Jesr f tqs c t.: -
sos ~'?m a perseguiç·No o .,l lina , en~rr ol'tros , do .... n enho (1o Jol~ :.o ,
de TlJUbeba J no Vas:::~,. '1 'ls , ara onc P""'='sar 1. viver , e ç . . f o hCu.le
de 11 Papai Yoyô do Col4 ·io 11 e 11 1 arnãi y do Col ::) o 11 1ue :;..llt1S davan
os desce de tf s , ~ t.:1 s "~os u::..nd r 1 ncce: o ..:.~n e 10 ou t;si Q do
L;o:: 8 i o) 0 ~.~
III - D. .u.::- en e .1raujo e .~elo , ç;,,....~_. 0oronel Fr nc:i.sco
Pereir~ dos Santos , ~ _
IV - .) • ~1aria er._. a CP Jesus , QIG1~ ~ ']oronel Leandro übeiro de
Siquei:::·a e ~ elo • ~
Jl - •· ~ · Pi ~ noNI"\T' f. +~:i.'"' .;
• ~~ }J v J.'U() UU J..Jl" o L ii\UUl"U :.C.~l" .1."~ !'lUll v .U:U ' Uál ::SI;.:LUU H L: .L -

do Crato (Ce· r / ) , m 11 de julho de 1826 e falecid o J ·ua S .


Jrr ' , Do ( - c , m it r~i , a 15 de noven ro de 1911 e de D.
rr r~1 Siquel.r;t .1'-faciel 1 ezerra , n~scid~ na fregue zia de 1 o..;sa
Senhora do Ro, ~ 11 de Ca te t , ~m Sergi] , a 9 de dezembro de 18?:0 .
D. mer ~) ~ue veio a f«lecer 9 de j neiro de l 87 , eill
Paraib do St J. , .ra filh~ do Coronel ntônio Luiz]( . ra.ujo 1 aci l
e de sua. mulh... r V . los a. de Siqueira e Nelo , dos tingenhos Sf"rrc Ne -
gra e Jeri06; e quarta neta do Coronel Domingos Di2s Coelho, id 1
~ go portugu ~ J , a que textu l ente se r feriu o Fre i ntônio de San

~
"""i'
ta daria Ja 01 L1o em s .u livro rlfroovo Orbe S r~tico~l\ (Lirr Ô!:l , 1761,
;;:'\

!fí,

e 31 de jan.iro de 1852 .

Do casal , Dr . Jo .. ' Geraldo e D. Lucinda , são oc seguiüt s fi

~~
I os : j) ~Cir"*_/
I
~a*' .3ar~ : :. ezerra Lei te , professora , ~ tõ conhecido pintor Ar-
ando Lei t f
Jf ~ Dr . Lt;«nc.ro Bezerra Monteiro , .x- uelegado de Po} f eia ... V-r dor
MbNtJ4
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na C'"''Ü tal de S . Paulo , c . c . D. ~ut~ d• Hir~mda 1 e~ rr""l ;t
l!Jãf' D. Raquel Bezerra de .lbuquerqu , profesRor« , ~ ~rQ-1..
3:~ul de . lbuouerqu , n(?enhroiro c i vil miJ.i ta r , cnti o Jiretor Ge-
ral dos Corr iog T~ l ~gr fos , construtor do uartel Gen eral e Dire-

-l tor do Pa tri.,.lÔnio do .ux~rci tol


li~ D. D bora .rlezerra Freire , ~ Dr . {ubens Rocha Freire , mé -
dico ;f
V~ Jo~o l•!ontedônio Bezerra de lienez ., , 1nUgo dire t or d ' " Equi-
t1ti va" dos Estados Unidos do Brcsil , ~ D. Cacilda. Scorzel-l,i Be-
zerr~ de M.n~ a es f 'w
vtg;-Dr . Ign ~ cio Nonted ônio B~z rra de 11en zes , ~dvoe;ado , àeputadoJ
~ em tr ~ ~ l uislatur· s~ c' ssemlléi~ L eisl ~tivc do s~t~do
do ~io de Janeiro , , vice- pr sidente da ~ sm~ , ã;~ D. my Salles
Pinheiro Bezerr~ ~ Menezes ~
- ~~ .Jr . Cefas Hontedônio Bezerr« de Menezes , advogado e professor ,-
~· D. Nirvana Chá Bezerr« de Aenezes;
~~ rluth Hontedônio Bezer roa de l1tmezes, )i T' tor~ do .. rqui vo do l'ri
bunql Jegional do Trabalho da Prjmeira Reuiijo .
~ ~ ~e~·osJ, w-v. f/\/~~ r: f~v lb --t.__~ .....W... f1 ·~ ,.
~ o art.:. o Dos sertões _c_ J coca lli!.D:l _ (,:1 s:1 do .J- ......or-:-' , y-.-
Jo. é 2~aldo ~Jerra de enezes oferece os se uintcs dados so~·e a
larga descer c' ência do patri.?rca Coronel Do inc.::os Dias Coel, . . o , "'l•eferi-
do pelo 11 vel1 o (!ronis ta SE:; r ~ i co" B'rei J!:>bo~ "L ~ o :
I - Coronel Domingos Dias voe1ho , casado cow D. Rosa Benta de rau·
jo c Le:Lo , pais de
II - Coronel Domingos ~ ~~ Coelho P elo , c . c . ~ . ~, ~ereza
de Jesus (arrem tantes , ós o confis~ , co .. , cDs dos Jeso í . . s e
sos com a per se uiç - o 01a1 lina, e trt CP ;r o , Jo n enho 1'c
de mijubeba l noVas' · ·is , onde •"' saJ-:'1 .river , e C
de 11 Papai oJô do Cc: ' ~o 11 e "'~mãi 1 'o ~.;o"' f ~.o 11 ue , , l
· s des ~es , e ~ s ~ os ~ d~
ol ic , 0 ~~~
III - • :tosa en " .. rau~o e . elo , 'Z:,<"~...., 0oro el Fr ncisco
Pereira dos Sa~tos , ~
IV - D. .ar i e ~ _r:. Jesus , ~- 4ê Coronel Leandro .tübeiro de
Siquoira e elo • ~
V - D. Rosa de ..Ji~_,_ . . . i:::'' ') :üo. (do Senador . ntônio Diniz de ~J i ouc i
ra c r e:.o r> le outrrs) , ~ Coronel ntônio Lui~ de .. raujo L~ .:
ciel • ~
VI - erenciana de Sioueir Maciel ezerra (bem como do Sen -
dor Jr . Leandro i beiro de Si que L· . .aciel e outros , de der · ) , -
~ o anti..,o 11arlamentar do I 1 { ... io , defensor dos is os na ue s-
t:io .""'ligios 1 , )r . Leandro Bezerra 1 ontei ro (do Joazeiro , Cear l) .
+!O BSJ:r&:roa~ .· nx.• rs~u. qx.o BGX:GI.I.S' HOU.çe:rx.o (qo 'l.O~X:GiLO' C6S'I.f).•
c• c• o su.ç:r&o bsx.rsweu.çsL qo rwb~Ll'o• qeteuaox. qoa Braboa u.ddqea-
qox. DL• rs~qx.o Bl'P6ILO qe a:rdnel'L~ WSc:rer 6 on.çx.oal qe 96Lg:rbe) 1
~ - o• EWGLGUCISDS' g6 a:rdrrs:rLW WS'Ci6J BG~GLL~ (p6m como qo 86U,-
CI6J bs:ra qs
LS 6 wero 6 qe oo.çx.oa)l c• c• o COLOUGJ yu.ç~u:ro ror~ qs TfLS'Il10 HW-
A - n• H02~ qs g:rdrre:rx.~ 6 HGJO (qo geusqoL yú.ç&u:ro Dl'Ui~ qa a:rdod:r
g:rdrrs:rLS 6 HGJ0 1 bs:ra qa
IA - n· wsx.:rs l6L6~S qe 162112 1 c• c• o COLOUGJ resuqx.o HrPsrx.o qe
h6L6iL8 qoa gsu.çoa• bs:ra ge
III - o· H038 ,,eu.çs ge vx.sn~o e Jt{GJO' c• c• o COLOUGJ ~LSUCic!GO
~nT~~TO)~ ~-T? n~
oa... qeàcsuqGUtsaS GW Cil~Sa mU02 s:ruqs D6Llll'3U6CG O. EURsupo OIJ na:rus qo
ge ubSb~:r XºÃ&' qo COJ~&:rou 6 utr.'W!T .XtÃf go COJ~R:rou drre Jpea gSASW
qe li1Jlpepst DO AS2SpSLLi2a b8LS OUqG bs~esbsm 8 AIASLa 6 q8{ O UOWG
aoa com s bex.aeRrr:r~!O bowpsr:ru~• eu.çLe orr.çLoaa qo EUg6upo qo cor~g:ro•
qs -.tearra (trLLe~.çsu.çaaa sb~a o cout:raco• goa peua qoa 1aant.çsa sxbrrr-
II - COLODGJ nom:ruRoa n:rsa COGJVO G waro• c• c• n · NSLIS lGLGX:S
1o 6 wero• bs:ra qe
I - COLODGJ nom:ruRoa D:rsa COGJPOa csasgo com o• :soaS' B6l1ÇS qe VLSJl
qo beJO uAGJpO CLou:ra.çs 2GLttiC016 ~e:r 'l.ffPOS'-Ç!OZ
JSL~S qeaceuq~uc:rw qo bS.tLISLC~ COLOUGJ nom:ru&oa Dr~a cosrvo• LGtSLi-
------ UUt~ .,e;Q-c..K.:m.O ~e~s.LUL.a
T.i14US~ ar '"'~Ba o a ae&rrnJ.t~a ·~ 2:_~_LU _ .....
'
'
'
-4-

Dr . Leandro B zerra ~onteiro foi o intr~pido parlamentar do


Imp ' rio, rJUe tanto st-: distinguiu n c lebre uestão Religiosa , em de
fesa dos Bispos D. Atlt6nio de lfucedo CostR , do Par&, D . Vi tal I1a-
ria de Oliveir~, de Olinda . Deput~do Garal em várias legislaturas
por Ceará e Sergipe. Autor da lei, quando D putado provincial , que
determinou a transr.r:ncia da capital de Sergipe de S . Cristov5o pa-
Presidente da Cânara Municipal de Paraíb~ do Stli , por
muis de dez anos . Fundador , naquel~ histórica cid~d fluminens , a~

Casa de C~ridade e ~silo Nossa Senhora da Pied~de (1).


(Ô Dr . Leandro era neto do seu homônimo brigadeiro Leandro B,!l
zerra donteiro , rundador do Joazeiro, no Ceará , na frase do b:ar1o de
Studart , "um vulto egrégio por mui tos títulos da histé,ria da terra
cearense" (2) •

~ (1) S6bre LJ:A DHO 1I~ZERHA )l01~IRO , v . de Ger ldo Bez rra de Henezes :
"' hoMens _ Idéi3s .ª-. J;uz d JJSt;2a . ed ., parte intitulada "Leandro B zer-
ra Honteiro , o gr~nde def nsor dcs Bispos na Questão Religiosa 11 , con-
-tendo cs capítulos: rt"'D . Vi tal~, -~O Episcopado Brasile-iro e a ~.r;u .stão
- !1eligi osai9J~ O Conselheiro Paulino - Aspectos doa Po'1ítica Fluminense
no S gundo -1 .inado ( 11 Rev . do Instituto Histórico ~ G ográí'ico Brasi-
l .iro" , vol . 90 , jan.-março de 1946 , p1gs . 20- 28); Leandro Bezerra
Hontt"iro - Fundqdor d1 Cas3 de Carid3cle de Ptitr~:db~ do 3ul ( 11 Entre-
Rio~ Est . do Rio de Janeiro , ns . de 30 de set~ Jbro e 1 e·
lh d outu-
orô Qe 1943); CJ"9istrano de Abreu ( 11 Letras lrasileiras 11 , Rio , maio
de 194ü); racaJu em 1855 ( 11 0 Estado", Niterói ).
V., :linda , Jose Bonif.í cio de Souza - Leandro Lezerra r:onteiro , un
precursqr da Ação Católica (Tip . Minerva , Fortaleza , 1945 , 52 pági-
n~s) ; Jos~ Newton Alves de Souz~ - Um pr cursor da Aç§o Cat lica
(" Aç~ o", Cra to, jan ir o de 1946) ; B;!rã o de Stud~rt - Dicionário Bio-
bibliogr1fico ce~rens , pigs . 239- 243; Padre Sena Fr~itas - Escritos
Cat3licos de Ontem; Vilhena de iíorâiS - O Gabinete C~xi~s e a anisti a
aos Bispos na Qu~st~o Religiosa; nr . Augusto Vitorino Sacr1rn~nto bl1-
ke - Dicionário Bibliográfico Brasileiro , 5g vol ., pág . 292; ~funoel
Eenício - Dr . Leªndro Bezerra ( 11 0 Flu"'linense 11 , Niterói , 11 de junJJ.O
de 1907); D. Antõnio de Almeida Lustosa - Dom Ant6nio de !~cedo Cos-
ta; Honsen..}).or Albino Pequeno - Niles Christi (rrJornal do Brasil",
Rio , 7 de janeiro de 1945); Padre Julio Naria , no Livro do Centená -
rio; Dr . antônio lfunoel dos Reis - O Eis o de Olinda erante a His -
t"õria; Carlos de Laet - Leandro Bezerra "Jornal do Lrasil 11 , Rio ,
15 de novembro de 1914; Eruno de l'1enezes - O Crato e seus valores !lu-
1nanos - Biografia do Dr . Leandro Lezerra J.Ionteiro (Rio , 1958) •
(2) V. Joaquim Dia s da Rocha Filho Vida do Brigadeiro Leandro
Bezerra Monteiro, 154 páginas .
,
- ..
~~.A4d~~
Neto ~aterno de João Batista Montedônio (filho de Jacinto
dos Santos Montedônio e D. Do·.nenina dos Santos Hontedônio) e sua
terceira esposa D. na da Conceição Casquilho Lontedônio , portuguê
ses (1) .
O Dr . Geraldo casou- se , in die laetitiae , como dizem as e~

crituras (Cânticos III , ll) , a 18 de fevereiro de 1941, com D. 0-


dette Pereira Bezerra de Menezes , nascida em S. José d'A1é~ Farair~ ,

Minas , em 25 de dezembro de 1919 , filha de Francisco Machado Perei-


ra , português, e sua espôsa D. Idalina Machado Pereira . · :!"
.~
--A~--I c.e .
tJ.7:~Ç

mo casal , Dr . Geraldo e D. Odette , são


Niter6i :

(l)Do primeiro casamento , deixou João Batista lfontedônio uma filha ,


D• . delina Hontedônio Gambôa , c . c . tianoel liartins Gambôa .
São os seguintes os imãos de D. Lucinda, fi1!los de João Ea tis ta • ·on
tedônio e D. Ana da Conceição Casquilho I1ontedônio:
l'- ,3JJ Falmira, irmã de caridade de S. Vicente de Paulo , a Irmã llonte-
dônio, que serviu muitos anos em Diamantina e foi superiora da Casa
de Caridade e Asilo N. Sra . da Biedade de Paraíba do Sul;
li- ~ João Batista :ontedônio , c . c . D. Erondina aatos llontedônio,pais
de D. Guiomar Santos Rocha , Dr . Hário lfattos Nontedônio e.Dr . Jair
Uatos Hontedônio;
)JT -~ D. Ema ;.Jontedônio Rêgo , c . c . Frederico Leopoldo Rêgo , pais ãe
! a ria Tereza , Padre Hugo l·:ontedônio Rêgo , Vigário de I ta borai, !Ia jor
Edmundo .ontedônio rtêgo e Fernando Montedônio Rêgo .
t

DADOS GENEALÓGICOS E BIOGRÁFICOS

w~r./
~~ini s tro Geraldo Montedônio Bezerra de
Menezes aa~ em~l
de julho de 1915, emp~~J!ii SI).
~ Selo lado paterno~famí­
lia de ramos numerosos , das mais antigas e ilustres do
Brasi11 t~ndo como ascendentes indígenas Maria do Espí-
rito Santo Arcoverde, tabajara, de Marim (Olinda) e Ca
,. · tarina ~lvares Paraguassu, tupinambá, da cidade do Sal_
.· .~tirc:A vador (Bahia) •
Ltt..c ~~Cl~ Sua ascendente D. Izabel Rodrigues Palha
-
era irma do historiador Frei Vicente do Salvador (Vice~
te Rodrigues Palha) , cuja obra permaneceu ingógnita até
que o historiador Capistrano de Abreu a fêz irradiar.
l. 1..
seus antecedentes destaca-se o Ma-
~ntre

rechal de campo Luis Barbalho Bezerra/cognominado o Xe-


nofonte Brasileiro , que se celebrizou na guerra contra
/
os holandezes e como ~overnador da Bahia e do Rio de Ja
; neiro) onde faleceu a 15 de abril de 1644, sendo sepul-
tado na Igreja dos Jesuitas, hoje Hospital Militar .
No livro .ff.Bravª- Gente-#' (Rio, 1921), Elí-
sio de Carvalho encerra o admirável capítulo "0 regres-
so de Ulisses", no qual focalisa a figura do inescedí-
vel companheiro de Matias de Albuquerque e tantos heróis
com estas palavras : "Luis Barbalho Bezerra não foi só ~­
ma das maio brilhantes personificaçÕes do herotsmo na ·
história brasileira, cuja glÓria vai refulgir entre os
nomes de Caxias e Osório , mas exerceu influência fecun-
da na formação da nacionalidade".
;j,;-d·J O Dr . GeraldJ Bezerra é filho~o Dr. José
I ttlu,tll/7 eft'" Geraldo Bezerra de !1Ienezes nascido em 23 de abril de
Ie {jnj 1867' na chácara denominada Pacheco , - freguezia de s~
. (vJ
\ . c
cl-~1 ,l () ""'
(1) ~~re os dados genealÓgicos, v.os artigos de Geraldo
·~ft ~ t/;tr Bezerra de Menezes: José Geraldo Bezerra de Menezes-,
d().,g)l ,~cc""'
~

11 0 Estado", Niterói e "Rev. GenealÓgica Brasileira", ano

XII, nº 14, 22 semestre de 1946, págs . 445 a 453; Capi -


tao-mor Joaquim Antônio Bezerra de Menezes e sua descen-
dência, 11 Rev. Genealógica Brasileira", ano IX, 12 e 22 se
mestre de 1948, nº 17 e 18, págs .49-59. A referida revis
ta, ano v, nº 10, 2º semestre de 1944, publica, no capí=
tulo Biografias de Sócios , de Salvador de 1~oya, um traba
lho sôbre o Dr . Geraldo Montedônio Bezerra de Menezes,às
págs.445-447.
,.
2

to Antônio da Encruzilhada , na Paraibado Sul, Estado do.


Rio de Janeiro e falecido em 29 de março de 1935, à Rua
Wisland , 9, S. Domingos, Niterói.JIIIID. Lucinda Monted~
IL J ~ r'-'
nio Bezerra de Menezes , em Lisboa, Portugal , a 9
de janeiro de 1877 e falec{á' em Niterói a 13 de março
de 1955 .

~ t I&~~~-~.~~~~~~~~:::::::::::::::::~--
fJJ# j;JJ' ~
I\ ~ ' part~ ~
\
1
~ ~Ó f jador de cérebros~ ~ professor de coragem;qantologia em
"J' O carne e osso; " humanista à moda antiga ' cultura e memória
J~ V ~ ~&l miraculosas ;et admirável máquina pensante ;0 homem que sabe
n Q
-~I latim eAteologia como tudo um con~ento,
todo um cabido junto4 1forte em toponímia , domind~~ lín-

f r
guas indíeenas e a filosofia em geral I. •••••••l!t!!l!~ c
"alma apostólica e espírito lÍmpido" (1).
Como precisou o Ministro Geraldo Bezerra,
.-utA-I.A

i
grande 6 o
A
amor de seu pai e de seu avo pelos estudos de li
nhagem, pelas pesquisas históricas em tôrno de sua famí-
lia , mas, adverte, os privilégios de fidalguia dos ~eus
antepassados não foram outros senão os da honra e os da
dignidade.
Baseado no "Corona senum filii filiorum ,
et gloria filiorum patres eorum", dos Provérbios , XVII,
6 , o Dr . José Geraldo Bezerra de Menezes participou o nas
cimento do primeiro filho varão enviando ao lado o "este
~", partindo do século XVI, com Iiogo Álvares Corrêa,
"Caramurú" , casado com Catarina Álvares, "Paraguassú".
Eis o "estema":
I- Diogo Álvares Corrêa , "Caramurú", ca!.a

(l) Agripino Gieco , Gente Nova do Brasil, capítulo Meu A-


migo e meu mestre , pâ~s. 496 a 5o9 .
Alám do citado artigo de Geraldo Bezerra sôbre seu
pai publicado na "Rev. Geneal 6gica", ve~a-se no liv~o de
sua autoria "Homens e Idéias à Luz da Fe" , 2a . ediçao, a
partei consagrada a José Geraldo Bezerra de Menezes , con-
tendo os segu i ntes capítulos: "Católico de fibra", "Entu-
siiasta da Companhia de Jesus" ~ 11 0 iovo que pri meiro-re--
vantou ig-rejas ao Divino Coraçao" . ainda+ o folheto Jo-
s~ Geraldo Bezerra de Menezes , separata da Rev . "Verbum".._
ãa Pont . Univ. Cat. ão Rio de Janeiro, nQ de dez. ãe 196o.
11 0 Estado" , de Niterói , 21 de julho de 1946, cujo ouple-
mento literário foi consagrado ao inolvidável flumin~nse ,
contem estudos s~us sôbre toponímia indí~ena, religiao , ge
nealocia, traduçoes , bem as s im artigos sobre sua per~onali
dade firmados por Oswar Przewodowski , J.H . de Sá Leitao ,Car
los de Laet, Melquíades Picanço e outros. -
v. tambem o discusro de osse de Tel~s Barbosa , suceden
do-o na Academia Fluminense de Letras tin ":ftev.da Acade--
ml.a
. "', vol • V) •
3

do com Catariaa Alvares, "Paragl.lassÚ", pais de:


a- Apolôaia Alvares, que se casou oomm João
de Fi&Ueiredo Maoarellhas, "Boatuoá";
b- Graoia de Ficueiredo, o/Fraaoisco de Bar-
roa;
o- Luiza de Barros, c/Maauel Lôbo;
d- Francisco d~Barros LÔbo, c/Aaa de Meae-
zes;
e- Eusébio Teles de Keaezes, o/Micuel l ivares
Campos;
t- Lui~ Teles, c/Sar&eato-mor Aatôaio Piahe!
ro de Carvalho;
c- Saraeato-mor José Pinheiro LÔbo, c/Perpé -
tua de Meadoaça; .
h- Aatôaio Pinaàiro LÕbo, c/Joana Bezerra de
Menezes;
i- Briaadeiro Leandro Bezerra Mon•eiro, o/Ro-
sa Josefa do Sacramento;
j- Tenente-coronel José Geralào Bezerra de Me
nezes, c/Jerônima Bezerra de Menezes;
1- Dr. Leandro Bezerra Monteiro, c/Emereoiana
de Siqueira Maciel Bezerra;
m- Dr. Josã' Geraldo Bezerra de Menezes, c/L~
cinda Monteiônio Bezerra de Menezes;
a- Leandro Bezerra Monteiro(l).
O Dr. José Gerald.o traçou também a árvore &e-
neal6cica da familia pelo lado de João Vaz ia Costa Côr-
te-Real, ~~ precursor de Colombo na descoberta da
América ("Terra dos Côrtes Reais"), sÕbre quem há, sefPl.!!.
elo informa, desde as • saudades da Terra~' i o Paire Gas-
par FrutDoso e a • Hist6ria Insulana~, do Jesuita Padre
Cordeiro, enorme biblioteca poli&lota escrita. S~re o
mesmo assunto, estendeu-se o historiador Rocha Pombo em
sua Hist6ria do Brasil, a ~anie, vol. I, pá&inas 109 e
S&fPlintes.
Segundo o Dr. José Geralio Bezerra de Menezes,
-4''
(1) V. 9fit ado arti&o de Geraldo Bezerra de Menezes, na
"Rev. Geneal6&ica'J

~S-J1
, 4

é a se&Uinte a genealogia da família, pelo lado cio "pre-


cursor de Colombo":
N

1- Joao Vaz ~a Costa Côrte-Real, casado com D.


Mar~~ da Abarca, pais de:
... .
I- D. Joana Corte-Real, casaia com Guilherme
Moniz Barreto;
II- Egas Moniz Barreto, c/D. Ana Soares (ou D.
Maria da Silveira);
III- D. Inês Barreto, c/Diogó da Rocha de Sá;
IV- Mem de Sá, c/D. Maria Baràosa;
V- Francisco da Rocha de Sá, c/D. Antônia Teles
de JIIenezes;
~J VI- Capitão-mór Pedro Moniz Teles, c/D. Joana ie
Meneze (V. Catáloio Genea16gico de Frei Antônio S. Maria
Joabuatão, 1768, reeditado na Rev. do Inst. Hist6rico,vol.
52, parte la. , pá~. 388-389;
VII- Capitão-m6r Gonçalo Tavares de Menezes, c/
D. Josefa Preire de Andrade Mesquita; -l
VIII- Capitão-mór Semeão Teles de Meneaes, c/D.Luiz
Maria da Conceição;
IX- D. Rosa Josefa io Sacramenta€{sergipana, como
seus pais~ e/seu primo Brigadeiro Leandro Bezerra Monteiro,
~cearenàe- família de um lado pernambucana; sergipana de
outro. O Brigadeiro Leandro Bezerra Monteiro é o fuadador
do J oazeiro) ~
1! Coronel José Geralio Bezerra de Menezes, e/sua
prima D. Jerônima Bezerra de Menezes;
XI- Dr. Leandro Bezerra Monteiro fjoazeirensej,c;
sua parenta D. Emerenciana de Siqueira Maciel Bezerra (ser-
gipana, ir.mão do Senador por Sergipe Dr. Leandro Ribeiro de
Siqueira Maciel);
l iI
Ajripino G±ieco, no artigo A margem dos livros ,
( G:meta de Notícias", Rio, 26 de março de 1925), em que exa-
mina o volume Colombo, de Vicente Licínio Cardoso (Anuário
do Brasil, Rio, 1924), reproduz o referido esbtço geneal6-
gico. J {embra, sem sufragar a tese, que, "num congresso de
americanistas, reunido na Sué~ia, Sophus Larsen, dentro das

- ..
afirmaçÕes de certos historiadores açoreanos, provou- ~izea
os jornais- que Joao Vaz Corte-Real descobriu, em 1474, a
Terra Nova e, como prêmio, foi feito, pelo rei de Portugal ,
vice-rei dessa região".

~)
J 5

ooaiit~l!lilrl 'CJ r ••aJra i:le itJI}f a-zia llitJ:6. v ;v ).l.t ~~C/7


Do casal, Dr. J é Gerald.o5'l D. Lucind.a Monte
... ..,IJ
ioaio Bezerra de Menezes, apontada pelos ~ilhos e por
quantos a conheceram como um tezouro de virtudes re1i~i~
sas e domésticas, 'fiiJ- a se~inte prole:
1- S~ Bezerra Leite,(pro~essôra) casada com
{o
conhecido pintor)Armand.o Leite;
2- Dr. Leandro Bezerra Monteiro,(ex-Bele~ado
de Polícia e Vereador na Capital de são PauloJ casad.o com
D. qth de Miranda Bezerra;
3- D. Raquel Bezerra de Albuquerque,(pro~essôraJ
casada com o Marechal Raul de Albuquerque, (engenheiro ci-
vil e militar, antigo Diretor Geral dos Corrieios e Telé-
~afos, construtor do Quartel Geaeral e Diretor io Patri-

mônio ~o Exército)
4-D. Débora Bezerra Freire, caaada com o Dr. Ru
bens Rocha Freire, (médico) -
5-João MontedÔnio Bezerra de Menezes, (antigo
tiretor da "A Equitativa" elos Estados Unidos Q.o Brasil)'c.!
~v~~ - ~ado com D. Cacilda Scorzelli Bezerra de Menezes;
~ 6-Dr. Ignácio Montedônio Bezerra de Menezes(ad-
'L.y \ vo~ado, deputado em três 1elP.slatúras ~ Assembléia Legis-
&v lativa do Estado do Rio de Janeiro e vice-presidente da
0 mesma) caaado com D. Amy Salles Pinheiro Bezerra de Mene-
v~ zes; 7- Maria MomteàÔ5io Be~erra ie Me~zes·
6- Min1stro Gerai&q M.B ••eRezes c;~.uaite P,.B.M.
g-Dr. Cefas Montedonio Bezerra de Menezes,(ad~o
gaio e professor) casado com D. Nirvana chã Bezerra de Me-
nezes;
18-RDtD Monteiônio Bezerra de Menezes,(niretora
do Arquivo do Tribunal Regional do Trabalho da Priiillrira R!,
~ãoj
O Ministro Geraldo Montedônio Bezerra 6e Mene -
zes é neto paterno do Dr. Leandro Bezerra Monteiro,(nasci-
, , f) l i.t "'-"-"c.().~.
do na cidade do Crato (Ceara), ~ 11 de julho de 1826 e fa
~L -
leciào à Rua S. José, no Fonseca, em Niter6i, a 15 de no -
vembro de 1911}e de D. Emerenciana de Siqueira Maciel Be -
zerra, •••niia a fre~~a de Nossa.Senhora do Rosário do
\. t.<"-1 (A

Catete, em Ser~pe, a 9 de dezembro de 1830.


D. Emerenciana, que veio a falecer a 9 de jaaei-
ro de 1887, em Paraiba do Sul, era filha do Coronel Antônio
Luiz de Araujo Maciel e de sua D. Rosa de Siqueira à Melo,

'

I
6

ios EAgenhos Serra Negra e Jeric6' e quarta neta do Coro-


nel Domin&os Dias Coelho, !iial&o pprtuauês, a quem tex-
tualmente se referiu o Frei Aatônio de Santa Maria Jaboa-
tão em seu livro Kovo Orbe Seráfico, (Lisboa, 1761, cap.l3:
"Princípio e pro~esso do Convento da Cidade da Ser&ipe
d'El Rey até o presente, § 546, pá&.586).
No arti&o Doe sertÕes de Jacoca para a Casa io
Seahor, publicado em "A União", Rio, ló de dezembro de
1926, José Geraldo Bezerra de Menezes oferece os seeuintes
dados sôbre a larga ãescendência do patriarca Coronel Do-
min&os Dias Coelho, re:f'erido pelo "velho cronista serático"
Frei Jaboatão:
I- Coronel Domin&os Dias Coelho, casado com D.
Rosa Benta de Araujo e Melo, pais de:
a- Coronel Domin&os Dias Coelho e Melo, casaào
com D. Maria Tereza de Jesus (arrematantes, após o con-
fisco, aos bens àos Jesuítas expulsos com a perse&aição
pombalina, entre outros, do En&enho do Colé&io, de Tijube-
ba, ao Vasabarris, para onde passaram a viver, e àaí o ao-
me de ttPapai Yoiô io Ci»lé&io" e "Mamãi Yayá elo Colé&io" que
lhes iavam jos descendentes, em cujas mãos ainda permanece
o Ea&eaho ou Usina do Colé&io).
b- D. Rosa Benta ele Araujo e Melo, oasaia com o
Ooroael Francisco Pereira dos Santos;
o- D. Maria Tereza de Jesus, com o Coronel Le-
aniro Ribeiro de Siqueira e Melo;
~ D. Rosa ie Situeira e Melo (do Senador Antô-
nio Diniz de Siqueira e Melo e de outros), casada com o Co-
roael Antônio Luiz de Aravjo MaoielJ
e- D. Emereaoiaai de Sique~ Maciel Bezerra ~em
como ào Seaador Dr. Leandro Ribeiro de Siqueira Maciel e ou
tros, de Ser&ipe), -o anti&o parlamentar do Império, defen-
sor dos Bispos na Questão Reli&iosa) Dr. Leandro Bezerra
Monteiro (do Joazeiro, Ceará).

asaram-se em Ser&ipe, a 31 de
janeiro de 1852.

oi o intrépido par
lamentar do Império que tanto se iistinguiu na célebre Ques-
tão Reli&iosa, em defesa dos Bispos D. AatÔnjo de Macedo
-
~~til fizt!rÍt lé~ia~~i...ifria de Oliveira, de Oliada. De-

ff-t;o
' 7

putaào Geral em várias le~islaturas por Ceará e Seraipe.Au


tor da lei, quanio Deputado provincial, que determiaou a *
transferência da capital de Ser&ipe àe S. Crist6vão para
Aracaju. Presidente ia Câmara Mu.nicipal de Paraiba ào Sul,
por mais de dez anos. Funiador, naquela hist6rica cidade
fluminense, da Casa de Cariiade e Asilo Nossa Seahora àa Pie
.:I ( -'l 1 -
da.e 1) • ..,
\JCi' , \.'
O Dr. Leaniro era neto io seu homônimo bri~dei­
ro Leandro Bezerra Monteiro, tun4ador io Joateiro, no cea:
,
ra, -
na !rase de barao ie Studart, "um vulto e~egio , por
muitos títulos da hist6ria ia terra cearense" (2).

(1)- Sôbre Leandro Bezerra Monteiro, v. de Geralào Bezerra


de Menezes: Homens e Idéias à Luz da Fé, 2a. ed. parte ia-
titulada "Leandro Bezerra Monteiro, o ~ande · G.e!ensor àos
Bispos na questão Reliaiosa", contendo os capítulos: D. Vi-
tal, O Episcmpado Brasileiro e a~estão Beli&tosa; O Ceará
e a Questão Reli&iosa. O Conselheiro Pauliao- Aspectos da
Política Fluminense ao Se~io Reiaaào ("Rev. io Inatituto
Hist6rieo e Geográfico Brasileiro~ vol. 90, jan-março ie
1946, pá~.s.2o-28); Leandro Bezerra Monteiro -Fàadaàor ia
Casa de Cariiaàe _d~. ?araib!_ào_~(~!!tre-Rios, Jornal"
Entre Rios, Estado do Rio de Janeiro, nRs. de 30 de setem-
bro e 7 e 14 de outubro de 1943); Capistrano de Abreu ("Le-
tras Brasileiras", Rio, maio de 1944); )"Aracaju em 1855 ,
("0 Estaio", Niter6i).
V. ainda José Bonifácio de Souza- Leandro Bezerra Moa
teiro, um precurso da Ação Cat6licaf (Tip.Miaerva, Forta-
leza, 1945, 52 pá~inas); José Newton Alves ie Souza- !!__
precursor da Ação Cat6lica (ltfS$tlltttl$$tttllltll$$llll$
(lA Ação", Crato, janeiro de 1946); Barão de Studart- Dicio
aário Bio)iblio&ráfico cearense, pá&&. 239-243; Padre Seaa
Freitas- Escritos Cat6licos de Oatea; Vilhena de Morais- Q_
Gabiaete Caxias e a anistia aos Bispos da Questão Reliaiosa;
Dr. Augusto Vitorino Sacramento Blake- Dicioaário Biblioa;á-
!ico Brasileiro, 5R vol. pá~.292 ; Manoel Benício- Dr. Lean
àro Bezerra ("0 Fluminense", Niter6i, 11 de juaho de 1907~;
D. Antônio de Almeiia Luatosa- Dom Aatônio de Maceio Costa;
Moasenhor Albino Pequeno- J4il.es Christi ("Jornal do Brasil",
Rio, 7 àe janeiro de 1945); Padre JÚlio Maria, no Livro do
Centenário; Dr. AntÔnio Manoel dos Reis- O Bispo de Olinia
perante a Hist6ria; 6arlos de Laet- Leandro Bezerra ("Jor-
llal io Brasil", Rio, 15 de novembro de 1914; Bruno de Mene-
zes- O Crato e seus vtftores ~os -Bio~afia ào Dr. Lean-
àro Bezerra MORteiro io, I~ •
(2)- v. Joaquim Dias ia Rocha Filho- Vida do Briaaaeiro Le&D
dro Bezerra Monteiro, 154 páginas.
8

Neto faterao. ie João Batista Moateàônio (filho


àe Jacinto àos Santos Moateàônio e D. DomeRina ios SaRtos
Moateaôaio) e sua terceira espôsa D. Ana da Conceição C~
quilho Montedônio, portu~êses (1).
O Dr. Geraldo casou-se, in die laetitiae, como
dizem as escrituras (Cânticos III, 11), a 18 de fevereiro
de 1941, com D. Odette Pereira Bezerra de Menezes, nasci-
da em s, José d'Além Paraíba, Minas, em 25 de dezembro de
1919, filha de Francisco Machado Pereira, português, e sua
espôsa D. Idaliná Machado Pereira.
Do casal, Dr. Geraldo e D. Odette, são filhos,
todos nascidos em Niter6i: 1- lngela, {professôra~ casada
com o Dr. João José Ribeiro Galindo,(Pr curador do Estado
do Rio de Janeiro, atualmente Deputado estadua;J 2- Anna
Maria,( professôra casada com o Dr. Luciano Maia Costa~ex­

.r
vereador na capital flwl)inense) 3- Leandro, ~dvogado) casa-
do com D. Tereza; 4- Geraldo• ~dvo~ado!, 5- Rosa Maria,lpro-
fessora 6- cas.ada dom 9_Dr Jü.rci9 into L
veronica,tpro~essor&J ~ Mãlcos; 8- Odette, w~o
fessôra 9- Regina Maria, {profesaôra} lo- Paulo; 11- Lucin-
da; 12- Ricardo; 13- Idalina; 14- x6~ica; 15- Alexandre. Os
Úl tiaos de 14 • 10 anos.

1) Do primeiro casamento, deixou João Batista Montedônio u-


ma filha, D. Adelina Montedônio Gambôa, casada com Ma -
noel Martins Gambôa.
São irmãos de D. LQcinda, filhas de João
Batista Montedônio e D. Ana da Conceição Casquilho Montedô-
nio:
1- Palmira, irmão de caridade de S. Vicente de Paulo,a
- ...
Irma Montedonio, que serviu muitos anos em Diamantida e foi
superiora da Casa de Caridade à Asilo N. Sra. da Piedade de

-
Paraíba do Sul;
...
2- Joao Baàista Montedonio, casado com D. Erondina Matos
Montedônio, pais de D. Guiomar Santos Rocha, Dr. M&rio Mat-
tos Montedônio e Dr. Jair Matos Montedônio;
3- D. Ema Montedônio Rêgo, casada com Frederico Leopoldo
Rêgo, pais de Maria Tereza, Padre Hugo Montedônio Rêgo, Vi-
gário de Itaboraí, 'ajor Edmundo Montedônio Rêgo e Fernando
Montedônio Rêgo.

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