SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 38
Álvaro Campos
Campos é o “filho indisciplinado da
sensação e para ele a sensação é
tudo. O sensacionismo faz da
sensação a realidade da vida e a base
da arte. O eu do poeta tenta integrar e
unificar tudo o que tem ou teve
existência ou possibilidade de existir.
Considerado como “histericamente histérico” por Fernando
Pessoa, Álvaro de Campos nasceu em Tavira, Portugal, no
dia 15 de outubro de 1890, sua escrita pode ser dividida em
três diferentes fases:
Primeira fase – Decadentista
O decadentismo tem como principal característica a visão
pessimista do mundo. Durante essa fase, os poemas de
Álvaro de Campos evidenciaram certo tédio e uma
necessidade pungente de novas sensações.
Segunda fase – Futurista/Sensacionista
Durante essa fase, os poemas de Álvaro de Campos foram
influenciados pelo futurismo. É possível perceber o fascínio
pelas máquinas e pelo progresso nos poemas futuristas de
Campos.
Terceira fase – Intimista/Pessimista
Nela encontramos um poeta ensimesmado, angustiado e
incompreendido. Como temas, destacam-se a solidão
interior, a nostalgia da infância, a frustração e a
incapacidade de amar. Ilustra essa fase o poema
Tabacaria, um dos mais importantes e representativos da
poética de Álvaro de Campos.
“Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.
…
Estou hoje vencido, como se soubesse a verdade.
Estou hoje lúcido, como se estivesse para morrer,
…
Falhei em tudo.
Como não fiz propósito nenhum, talvez tudo fosse nada.
• Futurismo (2ª fase): exaltação da civilização
industrial e da técnica;
• Da força, da violência, do excesso;
• Ruptura com a lírica tradicional;
• Atitude escandalosa.
• Sensacionismo: vivência excessiva das
sensações, “Sentir tudo de todas as maneiras”,
vontade doentia de fusão com o mundo
tecnológico.
• Abulia (3ª fase): cansaço, tédio, pessimismo,
solidão;
• Angústia existencial e dor de pensar;
Fragmentação do “eu”;
• As saudades da infância. (o “reencontro” com o
F. Pessoa Ortônimo)
• Verso livre, por vezes, muito longo;
• Onomatopeias, aliterações;
• Grafismos expressivos;
• Mistura de níveis de língua;
• Estrangeirismos e neologismos;
• Enumerações excessivas, exclamações, interjeições,
apóstrofes, pontuação emotiva;
• Metáforas ousadas, antíteses, personificações,
hipérboles, anáforas,...; desvios às regras sintáticas.
1. Álvaro de Campos, por suas
características, poderia ser chamado de
a) Poeta pastor dos sonhos.
b) Poeta das sensações do homem
moderno.
c) Poeta neoclássico evoluído.
d) Poeta do mundo onírico.
e) Poeta saudosista.
Letra B
Sobre Álvaro de Campos, assinale V ou F.
( ) Heterônimo de Fernando Pessoa cuja
produção poética apresenta uma curva evolutiva
ao longo de três fases distintas.
( ) Herdou de Alberto Caeiro o seu pendor
sensacionista.
( ) Possui um estilo torrencial e dinâmico.
( ) Utiliza uma linguagem marcada pelo tom
exclamativo, pelas apóstofres, anáforas,
adjetivações, interjeições, enumerações e
onomatopeias.
V – V – V - V
Leia o texto a seguir.
Ah, poder exprimir-me todo como um motor exprime!
Ser completo como uma máquina!
Poder ir na vida triunfante como um automóvel último
modelo!
I. O principal traço vanguardista do texto resulta da adoção do
verso livre e da identidade da voz poética com a máquina.
II. O texto aproxima-se do Futurismo.
III. O texto pode ser entendido como manifestação da
vanguarda do início do século XX, sobretudo por causa da
ideia de que o poeta deve ser expressivo e autêntico.
Assim, pode-se dizer, sobre as afirmativas anteriores, que
a) Todas são verdadeiras.
b) I e II são verdadeiras.
c) Apenas III é verdadeira.
d) Todas são falsas.
e) Apenas II é verdadeira. LETRA C
(MACKENZIE) Uma das características da obra de Álvaro
de Campos é
a) A crença de que o homem complicou demais sua
relação com o mundo por causa da metafísica, das
teorias filosófico-científicas e das religiões.
b) Uma poesia de inspiração neoclássica, acreditando que
a vida se resume a breves momentos.
c) A temática futurista, ressaltando as fábricas, os
estaleiros, as máquinas e a velocidade.
d) A poesia saudosista-nacionalista, retomando a
formação de Portugal e a sua identificação com o mar.
e) A ideia de que o mundo se baseia no real-sensível, isto
é, em tudo aquilo que existe e se percebe por meio dos
sentidos.
LETRA C
Leia o trecho do poema de Álvaro de Campos, heterônimo
pessoano, e , em seguida, selecione a opção que traduz duas
características da obra do autor evidentes no texto.
Eu é que sei.
Coitado dele!
Que bom poder me revoltar num comício dentro da minha alma.
Mas até nem parvo sou!
Nem tenho a defesa de poder ter opiniões sociais.
Não tenho mesmo defesa nenhuma: sou lúcido.
Não me queiram converter a convicção: sou lúcido.
Já disse: sou lúcido
Nada de estéticas com o coração: sou lúcido.
a) Aceitação da ordem social e comiseração.
b) Emoção e ambição social.
c) Indiferença e incerteza
d) Lucidez e linguagem irreverente.
e) Inteligência e parvoíce.
LETRA D
Texto 1
O luar através dos altos ramos,
Dizem os poetas todos que ele é mais
Que o luar através dos altos ramos.
Mas para mim, que não sei o que
penso,
O que o luar através dos altos ramos
É, além de ser
O luar através dos altos ramos,
É não ser mais
Que o luar através dos altos ramos. O 1
(Fernando Pessoa, Obra Poética.)
Texto 2
As bolas de sabão que esta criança
Se entretém a largar de uma palhinha
São translucidamente uma filosofia toda.
Claras, inúteis e passageiras como a
Natureza,
Amigas dos olhos como as cousas,
São aquilo que são
Com uma precisão redondinha e aérea,
E ninguém, nem mesmo a criança que
as deixa,
Pretende que elas são mais do que
parecem ser. (…)
(Fernando Pessoa, Obra Poética.)
Atividades para sala
Textos para a questão 1.
1. (UFSCAR) Ambos esses poemas são atribuídos a
Alberto Caeiro, um dos heterônimos de Fernando Pessoa.
a) O que caracteriza esse heterônimo? b) O que há de
comum nesses dois poemas em termos de estilo?
Justifique a sua resposta.
a) O que caracteriza esse heterônimo?
b) O que há em comum nesses dois poemas em termos
de estilo? Justifique sua resposta.
1.
O guardador de rebanhos
Sou um guardador de rebanhos.
O rebanho é os meus pensamentos
E os meus pensamentos são todos sensações.
Penso com os olhos e com os ouvidos
E com as mãos e os pés
E com o nariz e a boca.
O texto refere-se a qual afirmativa a seguir
a) Relaciona o ato de pensar com relação sensorial do corpo com o
mundo.
b) O pensamento torna-se obsoleto perante o corpo.
c) A ausência da razão dará espaço ao não pensar, o que fará Caeiro
não ser o guardador, mas o próprio rebanho.
d) A contradição leva à confusão completa dos sentidos.
e) O eu lírico propõe uma vida bucólica como meio para a
compreensão do real circundante. LETRA A
3. (Enem)
Texto 1
Texto 2
Da minha aldeia vejo quanto da terra se pode ver no
Universo...
Por isso minha aldeia é grande como outra qualquer
Porque sou do tamanho do que vejo
E não do tamanho da minha altura...
Alberto Caeiro LETRA A
A tira ”Hagar” e o poema de Alberto Caeiro (um dos
heterônimos de Fernando Pessoa) expressam, com
linguagens diferentes, uma mesma ideia: a de que a
compreensão que temos do mundo é condicionada,
essencialmente,
a) pelo alcance de cada cultura.
b) pela capacidade visual do observador.
c) pelo senso de humor de cada um.
d) pela idade do observador.
e) pela altura do ponto de observação.
LETRA A
Textos para as questões 4 e 5
Quando, Lídia, vier o nosso Outono
Com o Inverno que há nele, reservemos
Um pensamento, não para a futura
Primavera, que é de outrem,
Nem para o Estio, de quem somos mortos,
Senão para o que fica do que passa —
O amarelo actual que as folhas vivem
E as torna diferentes.
Ricardo Reis
4. Assinale a alternativa correta em relação ao texto anterior.
a) Para as folhas, há cores mais atuais e outras mais antiquadas.
b) A primavera conota o fim da vida.
c) Cada verão, marcando o início do ano, marca também a esperança
de uma nova vida.
d) Não há como impedir o fatal ciclo solar das estações.
e) Só a vivência de cada momento presente merece lembrança futura.
LETRA E
5. A temática central desse poema constitui
a) A um lamento pela passagem inexorável da vida
humana.
b) Uma crítica aos que preconizam o fruir da existência.
c) Um estímulo ao aproveitamento consciente sem
preocupações da vida.
d) A ratificação de que as fases da vida humana são tão
circulares quanto as da natureza.
e) A reversibilidade do ciclo da vida terrena.
LETRA C
Atividades Propostas
1. Considere o texto de Alberto Caeiro apresentado a
seguir.
[…] Pensar é não compreender…
O mundo não se faz para pensarmos nele
(Pensar é estar doente dos olhos)
Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo…
A reflexão de Caeiro é
a) A criação de um mundo onírico.
b) A cegueira.
c) A inutilidade do pensar.
d) O conservadorismo do pensamento.
e) A descrença no mundo.
LETRA C
2. (UNIFESP)
A Criança que Pensa em Fadas
A criança que pensa em fadas e acredita nas fadas
Age como um deus doente, mas como um deus.
Porque embora afirme que existe o que não existe
Sabe como é que as cousas existem, que é existindo,
Sabe que existir existe e não se explica,
Sabe que não há razão nenhuma para nada existir,
Sabe que ser é estar em algum ponto qualquer.
Nos versos do poema, fica evidente o perfil do heterônimo de Fernando
Pessoa, Alberto Caeiro, pois ele
a) Entende que o homem está atrelado a uma visão subjetiva da existência.
b) Volta-se para o mundo sensível que o redeia como forma de conceber a
existência.
c) Concebe a existência como apreensão dos elementos místicos e indefinidos.
d) Não acredita que a existência possa ser definida em termos de objetividade
e) Nusca na metafísica a base de uma concepção da existência subjetiva.
LETRA B
3. Indique a alternativa que apresenta as características do
poeta Alberto Caeiro.
a) “Não se deve guiar pelo pensamento, mas pelas
sensações. É mais importante ver e sentir o mundo.”
b) “Pessimismo, escolhe ter como preferência o mundo do
progresso.”
c) “Fundamenta-se no paganismo para eliminação da ideia
de pecado.”
d) “Percepção de que há saídas para o homem; a certeza de
que o aguardam o inferno e a desgraça espiritual”.
e) “O rigor de sua postura criou uma poesia precisa, de
métrica calculada e enunciação severa.”
LETRA A
6. Indique o item que caracteriza Ricardo Reis.
a) Paixão pela metáfora, intelectualista e rebuscada, e pelas
de efeito.
b) Reação contra o passado, a tradição, o conservadorismo
em arte, o Academismo.
c) Valorização do paganismo, do Neoclassicismo, e da
mitologia greco-latina.
d) Tendência a uma concepção racionalista e pragmática do
homem.
e) Valorização de elementos relativos ao mundo moderno,
como a fábrica e o automóvel.
LETRA C
7. Sobre Ricardo Reis, considere as seguintes afirmações.
I. Foi cultivador de características estruturais e de temas
clássicos.
II. Em suas odes, há o lema “gozar a brevidade da vida, o
momento, aproveitar cada segundo, gozar o dia, desfrutar o
que se possa obter no momento em que se vive”.
III. Cultua o paganismo.
Pode-se dizer que
a) Todas são verdadeiras.
b) Todas são falsas.
c) I e II são falsas.
d) Apenas II é verdadeira.
e) Apenas I é verdadeira.
LETRA A
8. (UFRGS)
Quão breve tempo é a mais longa vida
E a juventude nela!Ah! Cloe, Cloe,
Se não amo, nem bebo,
Nem sem querer não penso,
Pesa-me a lei inimplorável, dói-me
A hora invita, o tempo que não cessa,
E aos ouvidos me sobe
Dos juncos o ruído
Da oculta margem onde os lírios frios
Da ínfera leiva crescem, e a corrente
Não sabe onde é o dia,
Susurro gemebundo.
Assinale a alternativa correta sobre esse poema.
a) Trata-se de um soneto que se desenvolve uma temática
amorosa e espiritualista.
b) O poema, de características clássicas, traz a
preocupação obsessiva do poeta, a transitoriedade.
c) O poeta diviniza a musa, Cloe, tornando-a um ideal
distante no tempo.
d) Nos versos de 2 a 4, o sujeito lírico lamenta a juventude
perdida, apesar do esforço por mantê-la, não amando e
não bebendo.
e) No verso 9, a expressão “oculta margem” refere-se a uma
vida de prazeres ocultos.
LETRA B
9. (UERJ)
Mestre
Mestre, são plácidas
Todas as horas
Que nós perdemos,
Se no perdê-las,
Qual numa jarra,
Nós pomos flores.
Não há tristezas
Nem alegrias
Na nossa vida.
Assim saibamos,
Sábios incautos,
Não a viver,
Mas decorrê-la,
Tranquilos, plácidos,
Tendo as crianças
Por nossas mestras,
E os olhos cheios
De Natureza…
À beira-rio,
À beira-estrada,
Conforme calha,
Sempre no mesmo
Leve descanso
De estar vivendo.
O tempo passa,
Não nos diz nada.
Envelhecemos.
Saibamos, quase
Maliciosos,
Sentir-nos ir.
Na 1ª estrofe do poema, para construir o sentido geral
do texto, o poeta faz uma referência à expressão
“perder tempo”, dando-lhe, entretanto, outro sentido,
diferente do usual.
Explique o sentido usual dessa expressão e apresente,
também, o sentido que ela assume no poema.
10.(UERJ) Assinale a alternativa correta a respeito das três
afirmações seguintes.
I. Os heterônimos de Fernando Pessoa nascem de um
múltiplo desdobramento de sua personalidade.
II. Alberto Caeiro é o poeta que se volta para o campo,
procurando viver em simplicidade.
III. Ricardo Reis é um poeta moderno, que, do desespero,
extrai a própria razão de ser.
a) Apenas a I e a II estão corretas
b) Todas estão corretas.
c) Apenas a I e a III estão corretas.
d) Nenhuma está correta.
e) Apenas a II e a III estão corretas.
LETRA A
Cap. 7 Enem e Vestibulares
1. Sobre o Modernismo em Portugal, considere as
afirmativas a seguir.
I. É um movimento estético que pregava seu ideal de
felicidade decorrente da vida em contato com a
natureza.
II. É um movimento estético no qual a literatura surge
associada às artes plásticas.
Pode-se dizer que
a) Apenas I é falsa.
b) Apenas II e III são falsas.
c) Apenas II é verdadeira.
d) Todas são verdadeiras.
e) Todas são falsas. LETRA
A
2. (UESPI) Publicado em 1914, A Confissão de Lúcio, de
Mário de Sá-Carneiro, é uma das obras mais importantes do
modernismo português. Sobre este romance, batizado pelo
autor de “narrativa”, podemos afirmar que:
A) o narrador inicia o romance afirmando que passou 15
anos na cadeia.
B) B) segundo o narrador, os jornais da época
denominaram o seu crime como “crime passional”.
C) C) o romance ou “narrativa” se passa todo nas cidades
portuguesas de Lisboa e Porto.
D) D) o nacionalismo lusitano e salazarista predomina ao
longo da narrativa.
E) E) Lúcio, o narrador, poeta e pintor, estudou medicina em
Paris; depois, ingressou na Faculdade de Engenharia.
LETRA
A
4. (ENC-SP Adaptada)
Frêmito de meu corpo a procurar-te,
Febre das minhas mãos na tua pele
Que cheira a âmbar, a baunilha e a mel,
Doido anseio dos meus braços a abraçar-te
Olhos buscando os teus por toda a parte,
Sede de beijos, amargos de fel,
Estonteante fome, áspera e cruel,
Que nada existe que a mitigue e a farte!
Considere as seguintes afirmações a respeito das quadras de Florbela
Espanca.
I. O recorrente apelo sensual na poesia de Florbela Espanca indicia
seu flagrante Modernismo, pelo fato de desafiar as convenções
morais da sociedade da época.
II. O principal traço da modernidade em Florbela Espanca mostra-se
na audaciosa ruptura das convenções literárias, o que se verifica na
III. A confissão amorosa de Florbela Espanca, bastante explícita, lembra
o erotismo das cantigas de amigo, pelo fato de a mulher expor
abertamente os sentimentos ao amante.
Está correto o que se afirma em
a) II e III, apenas.
b) III, apenas.
c) I,II e III.
d) I e II, apenas.
e) I e III, apenas.
LETRA D
5. (ENC-SP-Adaptada)
Procuro despir-me do que aprendi,
Procuro esquecer-me do modo de lembrar que me ensinaram,
E raspar a tinta com que me pintaram os sentidos,
Desencaixotar as minhas emoções verdadeiras,
Desembrulhar-me e ser eu, não_____________
Mas um animal humano que a natureza produziu.
No trecho anterior, de autoexplicação de um poeta cuja marca é o desejo
de libertação da carga civilizatória, procurando conscientemente a
espontaneidade por meio do contato direto com a natureza (forma de
“redescobrir o mundo”), há uma lacuna que deve ser preenchida por
a) Fernando Pessoa.
b) Ricardo Reis.
c) Alberto Caeiro.
d) Álvaro de Campos.
e) Mário de Sá-Carneiro. LETRA C
6. (PUC-SP) Leia o poema a seguir, de Alberto Caeiro, e indique a
alternativa que estabelece conexão entre o poeta e o texto.
Eu não tenho filosofia: tenho sentidos...
Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,
Mas porque a amo, e amo-a por isso,
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe por que ama, nem o que é amar...
Amar é a eterna inocência,
E a única inocência não pensar...
a) Médico e estudioso da cultura clássica, desenvolve em seus poemas temas
mitológicos, em composições denominadas odes.
b) Poeta bucólico, vive em contato direto com a natureza; daí sua lógica ser a
mesma da ordem natural.
c) Como engenheiro do século XX e poeta futurista, os temas de sua obra estão
voltados para as fábricas, a energia elétrica, as máquinas e a velocidade.
d) Apresenta um conceito direto das coisas, um objetivismo absoluto, apesar de
a sensação não se manifestar em seus poemas.
e) Cultor do paganismo, foi mestre apenas de Fernando Pessoa e manteve-se
distanciado dos demais heterônimos
7.(UNESP) O texto a seguir pode ser tomado como
exemplo ilustrativo do estilo de um dos heterônimos de
Fernando Pessoa:
“Negue-me tudo a sorte, menos vê-la,
Que eu, stoico sem dureza,
Na sentença gravada do Destino
Quero gozar as letras”.
O heterônimo em questão é:
a) Alberto Caeiro
b) Ricardo Reis
c) Bernardo Soares
d) Álvaro de Campos
e) Antônio Mora
LETRA B
8. (UFJF) Uma estrofe famosa do poema "Autopsicografia", de
Fernando Pessoa, é:
"O POETA é um fingidor. / Finge tão completamente / Que chega a fingir
que é dor / A dor que deveras sente."
A partir dela e pensando na obra do poeta como um todo, é CORRETO afirmar:
a) Fernando Pessoa, com a proposta do fingimento poético, rompe com o
confessionalismo romântico.
b) Somente Álvaro de Campos pode ser representante do fingimento poético,
pois é um poeta futurista.
c) O fingimento poético não está presente na obra de Alberto Caeiro, pois ele é
um pastor simples e sincero.
d) A única parte da obra pessoana que escapa do fingimento são os poemas de
Fernando Pessoa ele-mesmo.
e) Ricardo Reis, como poeta clássico, não pode ser estudado pelo fingimento
modernista.
LETRA A
9.(UFRGS) Quanto à criação de heterônimos de Fernando
Pessoa, considere as seguintes afirmações.
I. Alberto Caeiro, autor do O Guardador de Rebanhos, é o poeta
integrado à natureza.
II. Os heterônimos, marca da obra pessoana, caracterizam-se por
adotarem estilos diferentes.
III. Ricardo Reis, autor de odes de modelo clássico, distingue-se pela
temática urbana de seus poemas.
Quais estão corretas?
(A) Apenas I.
(B) Apenas III.
(C)Apenas I e II.
(D)Apenas I e III.
(E) I, II e III.
LETRA C

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

O heteronimo Alberto Caeiro
O heteronimo Alberto CaeiroO heteronimo Alberto Caeiro
O heteronimo Alberto Caeiroguest155834
 
Fernando Pessoa Nostalgia da Infância
Fernando Pessoa Nostalgia da InfânciaFernando Pessoa Nostalgia da Infância
Fernando Pessoa Nostalgia da InfânciaSamuel Neves
 
Temáticas de Cesário verde
Temáticas de Cesário verdeTemáticas de Cesário verde
Temáticas de Cesário verdeMariaVerde1995
 
Alberto caeiro biografia e caracteristicas
Alberto caeiro biografia e caracteristicasAlberto caeiro biografia e caracteristicas
Alberto caeiro biografia e caracteristicasAnabela Fernandes
 
Ricardo Reis- Classicismo e Paganismo/Neopaganismo
Ricardo Reis- Classicismo e Paganismo/NeopaganismoRicardo Reis- Classicismo e Paganismo/Neopaganismo
Ricardo Reis- Classicismo e Paganismo/NeopaganismoTelma Carvalho
 
Mensagem Fernando Pessoa
Mensagem   Fernando PessoaMensagem   Fernando Pessoa
Mensagem Fernando Pessoaguest0f0d8
 
Alberto Caeiro - poema I do guardador de rebanhos
Alberto Caeiro - poema I do guardador de rebanhosAlberto Caeiro - poema I do guardador de rebanhos
Alberto Caeiro - poema I do guardador de rebanhosBruno Meirim
 
Características de Álvaro de Campos
Características de Álvaro de CamposCaracterísticas de Álvaro de Campos
Características de Álvaro de CamposAline Araújo
 
Características Poéticas de Álvaro de Campos
Características Poéticas de Álvaro de CamposCaracterísticas Poéticas de Álvaro de Campos
Características Poéticas de Álvaro de CamposDina Baptista
 
Cesario Verde Ave Marias Ana Catarina E Ana Sofia
Cesario Verde   Ave Marias   Ana Catarina E Ana SofiaCesario Verde   Ave Marias   Ana Catarina E Ana Sofia
Cesario Verde Ave Marias Ana Catarina E Ana SofiaJoana Azevedo
 
Ricardo Reis - Análise do poema "Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio"...
Ricardo Reis - Análise do poema "Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio"...Ricardo Reis - Análise do poema "Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio"...
Ricardo Reis - Análise do poema "Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio"...FilipaFonseca
 
Análise do poema: "O que há em mim é sobretudo cansaço" - Álvaro de Campos
Análise do poema: "O que há em mim é sobretudo cansaço" - Álvaro de CamposAnálise do poema: "O que há em mim é sobretudo cansaço" - Álvaro de Campos
Análise do poema: "O que há em mim é sobretudo cansaço" - Álvaro de CamposEscola Secundária de Santa Maria da Feira
 
Fernando Pessoa - Fingimento Artístico/Poético
Fernando Pessoa - Fingimento Artístico/PoéticoFernando Pessoa - Fingimento Artístico/Poético
Fernando Pessoa - Fingimento Artístico/PoéticoAlexandra Canané
 
Álvaro Campos - 3ª Fase
Álvaro Campos - 3ª FaseÁlvaro Campos - 3ª Fase
Álvaro Campos - 3ª FaseDina Baptista
 
O imaginário épico em _O sentimento dum Ocidental_.pptx
O imaginário épico em _O sentimento dum Ocidental_.pptxO imaginário épico em _O sentimento dum Ocidental_.pptx
O imaginário épico em _O sentimento dum Ocidental_.pptxCecliaGomes25
 

Mais procurados (20)

O heteronimo Alberto Caeiro
O heteronimo Alberto CaeiroO heteronimo Alberto Caeiro
O heteronimo Alberto Caeiro
 
áLvaro de campos
áLvaro de camposáLvaro de campos
áLvaro de campos
 
Fernando Pessoa Nostalgia da Infância
Fernando Pessoa Nostalgia da InfânciaFernando Pessoa Nostalgia da Infância
Fernando Pessoa Nostalgia da Infância
 
Temáticas de Cesário verde
Temáticas de Cesário verdeTemáticas de Cesário verde
Temáticas de Cesário verde
 
Cesário verde
Cesário verdeCesário verde
Cesário verde
 
Alberto caeiro biografia e caracteristicas
Alberto caeiro biografia e caracteristicasAlberto caeiro biografia e caracteristicas
Alberto caeiro biografia e caracteristicas
 
Ricardo Reis- Classicismo e Paganismo/Neopaganismo
Ricardo Reis- Classicismo e Paganismo/NeopaganismoRicardo Reis- Classicismo e Paganismo/Neopaganismo
Ricardo Reis- Classicismo e Paganismo/Neopaganismo
 
Mensagem Fernando Pessoa
Mensagem   Fernando PessoaMensagem   Fernando Pessoa
Mensagem Fernando Pessoa
 
Ricardo Reis
Ricardo ReisRicardo Reis
Ricardo Reis
 
Alberto Caeiro - poema I do guardador de rebanhos
Alberto Caeiro - poema I do guardador de rebanhosAlberto Caeiro - poema I do guardador de rebanhos
Alberto Caeiro - poema I do guardador de rebanhos
 
Características de Álvaro de Campos
Características de Álvaro de CamposCaracterísticas de Álvaro de Campos
Características de Álvaro de Campos
 
Características Poéticas de Álvaro de Campos
Características Poéticas de Álvaro de CamposCaracterísticas Poéticas de Álvaro de Campos
Características Poéticas de Álvaro de Campos
 
Cesario Verde Ave Marias Ana Catarina E Ana Sofia
Cesario Verde   Ave Marias   Ana Catarina E Ana SofiaCesario Verde   Ave Marias   Ana Catarina E Ana Sofia
Cesario Verde Ave Marias Ana Catarina E Ana Sofia
 
Ricardo Reis - Análise do poema "Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio"...
Ricardo Reis - Análise do poema "Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio"...Ricardo Reis - Análise do poema "Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio"...
Ricardo Reis - Análise do poema "Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio"...
 
Análise do poema: "O que há em mim é sobretudo cansaço" - Álvaro de Campos
Análise do poema: "O que há em mim é sobretudo cansaço" - Álvaro de CamposAnálise do poema: "O que há em mim é sobretudo cansaço" - Álvaro de Campos
Análise do poema: "O que há em mim é sobretudo cansaço" - Álvaro de Campos
 
Fernando Pessoa - Fingimento Artístico/Poético
Fernando Pessoa - Fingimento Artístico/PoéticoFernando Pessoa - Fingimento Artístico/Poético
Fernando Pessoa - Fingimento Artístico/Poético
 
Autopsicografia e Isto
Autopsicografia e IstoAutopsicografia e Isto
Autopsicografia e Isto
 
Álvaro Campos - 3ª Fase
Álvaro Campos - 3ª FaseÁlvaro Campos - 3ª Fase
Álvaro Campos - 3ª Fase
 
"As Ilhas Afortunadas" - análise
"As Ilhas Afortunadas" - análise"As Ilhas Afortunadas" - análise
"As Ilhas Afortunadas" - análise
 
O imaginário épico em _O sentimento dum Ocidental_.pptx
O imaginário épico em _O sentimento dum Ocidental_.pptxO imaginário épico em _O sentimento dum Ocidental_.pptx
O imaginário épico em _O sentimento dum Ocidental_.pptx
 

Semelhante a Álvaro de Campos: poeta das sensações do homem moderno

Modernismo_em_Portugal_e_Fernando_Pessoa.pptx
Modernismo_em_Portugal_e_Fernando_Pessoa.pptxModernismo_em_Portugal_e_Fernando_Pessoa.pptx
Modernismo_em_Portugal_e_Fernando_Pessoa.pptxLUCELIOFERREIRADASIL
 
Banco de questões e soluções de língua portuguesa
Banco de questões e soluções de língua portuguesaBanco de questões e soluções de língua portuguesa
Banco de questões e soluções de língua portuguesaotsciepalexandrecarvalho
 
Aula 1
Aula 1Aula 1
Aula 1gsbq
 
Literatura aula 21 - modernismo em portugal
Literatura   aula 21 - modernismo em portugalLiteratura   aula 21 - modernismo em portugal
Literatura aula 21 - modernismo em portugalJuliana Oliveira
 
Literatura aula 21 - modernismo em portugal
Literatura   aula 21 - modernismo em portugalLiteratura   aula 21 - modernismo em portugal
Literatura aula 21 - modernismo em portugalJuliana Oliveira
 
Fernando Pessoa e Heterónimos
Fernando Pessoa e HeterónimosFernando Pessoa e Heterónimos
Fernando Pessoa e HeterónimosCustódia Rebocho
 
Funções de linguagem
Funções de linguagemFunções de linguagem
Funções de linguagemrodineiamoraes
 
4 exercicios barroco-literatura_portugues
4   exercicios barroco-literatura_portugues4   exercicios barroco-literatura_portugues
4 exercicios barroco-literatura_portuguesjasonrplima
 
Pessoa ortónimo e heterónimos
Pessoa   ortónimo e heterónimosPessoa   ortónimo e heterónimos
Pessoa ortónimo e heterónimosAntónio Fraga
 
linguagens para o enem n 3
   linguagens para o  enem n  3   linguagens para o  enem n  3
linguagens para o enem n 3PATRICIA VIANA
 
Carlos Drummond de andrade
Carlos Drummond de andradeCarlos Drummond de andrade
Carlos Drummond de andradeAline Almeida
 
Intertextualidade e linguagem Catia Delatorre
Intertextualidade e linguagem   Catia DelatorreIntertextualidade e linguagem   Catia Delatorre
Intertextualidade e linguagem Catia DelatorreCatia Delatorre
 
Fernando pessoa
Fernando pessoaFernando pessoa
Fernando pessoaJosi Motta
 
prosas-seguidas-de-odes-mnimas_compress.pdf
prosas-seguidas-de-odes-mnimas_compress.pdfprosas-seguidas-de-odes-mnimas_compress.pdf
prosas-seguidas-de-odes-mnimas_compress.pdfCarolinaDeCastroCerv1
 
Fernandopessoa1
Fernandopessoa1 Fernandopessoa1
Fernandopessoa1 satense
 

Semelhante a Álvaro de Campos: poeta das sensações do homem moderno (20)

Modernismo_em_Portugal_e_Fernando_Pessoa.pptx
Modernismo_em_Portugal_e_Fernando_Pessoa.pptxModernismo_em_Portugal_e_Fernando_Pessoa.pptx
Modernismo_em_Portugal_e_Fernando_Pessoa.pptx
 
Banco de questões e soluções de língua portuguesa
Banco de questões e soluções de língua portuguesaBanco de questões e soluções de língua portuguesa
Banco de questões e soluções de língua portuguesa
 
Lingua Portuguesa
Lingua PortuguesaLingua Portuguesa
Lingua Portuguesa
 
Aula 1
Aula 1Aula 1
Aula 1
 
Literatura aula 21 - modernismo em portugal
Literatura   aula 21 - modernismo em portugalLiteratura   aula 21 - modernismo em portugal
Literatura aula 21 - modernismo em portugal
 
Literatura aula 21 - modernismo em portugal
Literatura   aula 21 - modernismo em portugalLiteratura   aula 21 - modernismo em portugal
Literatura aula 21 - modernismo em portugal
 
Fernando Pessoa e Heterónimos
Fernando Pessoa e HeterónimosFernando Pessoa e Heterónimos
Fernando Pessoa e Heterónimos
 
Simulado lit-prise 3 ok
Simulado lit-prise 3 okSimulado lit-prise 3 ok
Simulado lit-prise 3 ok
 
Funções de linguagem
Funções de linguagemFunções de linguagem
Funções de linguagem
 
4 exercicios barroco-literatura_portugues
4   exercicios barroco-literatura_portugues4   exercicios barroco-literatura_portugues
4 exercicios barroco-literatura_portugues
 
Pessoa ortónimo e heterónimos
Pessoa   ortónimo e heterónimosPessoa   ortónimo e heterónimos
Pessoa ortónimo e heterónimos
 
linguagens para o enem n 3
   linguagens para o  enem n  3   linguagens para o  enem n  3
linguagens para o enem n 3
 
Carlos Drummond de andrade
Carlos Drummond de andradeCarlos Drummond de andrade
Carlos Drummond de andrade
 
Funcoes da linguagem atividades
Funcoes da linguagem atividadesFuncoes da linguagem atividades
Funcoes da linguagem atividades
 
resumos
resumosresumos
resumos
 
Intertextualidade e linguagem Catia Delatorre
Intertextualidade e linguagem   Catia DelatorreIntertextualidade e linguagem   Catia Delatorre
Intertextualidade e linguagem Catia Delatorre
 
Fernando pessoa
Fernando pessoaFernando pessoa
Fernando pessoa
 
Fernando pessoa
Fernando pessoaFernando pessoa
Fernando pessoa
 
prosas-seguidas-de-odes-mnimas_compress.pdf
prosas-seguidas-de-odes-mnimas_compress.pdfprosas-seguidas-de-odes-mnimas_compress.pdf
prosas-seguidas-de-odes-mnimas_compress.pdf
 
Fernandopessoa1
Fernandopessoa1 Fernandopessoa1
Fernandopessoa1
 

Álvaro de Campos: poeta das sensações do homem moderno

  • 2. Campos é o “filho indisciplinado da sensação e para ele a sensação é tudo. O sensacionismo faz da sensação a realidade da vida e a base da arte. O eu do poeta tenta integrar e unificar tudo o que tem ou teve existência ou possibilidade de existir.
  • 3. Considerado como “histericamente histérico” por Fernando Pessoa, Álvaro de Campos nasceu em Tavira, Portugal, no dia 15 de outubro de 1890, sua escrita pode ser dividida em três diferentes fases: Primeira fase – Decadentista O decadentismo tem como principal característica a visão pessimista do mundo. Durante essa fase, os poemas de Álvaro de Campos evidenciaram certo tédio e uma necessidade pungente de novas sensações. Segunda fase – Futurista/Sensacionista Durante essa fase, os poemas de Álvaro de Campos foram influenciados pelo futurismo. É possível perceber o fascínio pelas máquinas e pelo progresso nos poemas futuristas de Campos.
  • 4. Terceira fase – Intimista/Pessimista Nela encontramos um poeta ensimesmado, angustiado e incompreendido. Como temas, destacam-se a solidão interior, a nostalgia da infância, a frustração e a incapacidade de amar. Ilustra essa fase o poema Tabacaria, um dos mais importantes e representativos da poética de Álvaro de Campos. “Não sou nada. Nunca serei nada. Não posso querer ser nada À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo. … Estou hoje vencido, como se soubesse a verdade. Estou hoje lúcido, como se estivesse para morrer, … Falhei em tudo. Como não fiz propósito nenhum, talvez tudo fosse nada.
  • 5. • Futurismo (2ª fase): exaltação da civilização industrial e da técnica; • Da força, da violência, do excesso; • Ruptura com a lírica tradicional; • Atitude escandalosa. • Sensacionismo: vivência excessiva das sensações, “Sentir tudo de todas as maneiras”, vontade doentia de fusão com o mundo tecnológico.
  • 6. • Abulia (3ª fase): cansaço, tédio, pessimismo, solidão; • Angústia existencial e dor de pensar; Fragmentação do “eu”; • As saudades da infância. (o “reencontro” com o F. Pessoa Ortônimo)
  • 7. • Verso livre, por vezes, muito longo; • Onomatopeias, aliterações; • Grafismos expressivos; • Mistura de níveis de língua; • Estrangeirismos e neologismos; • Enumerações excessivas, exclamações, interjeições, apóstrofes, pontuação emotiva; • Metáforas ousadas, antíteses, personificações, hipérboles, anáforas,...; desvios às regras sintáticas.
  • 8. 1. Álvaro de Campos, por suas características, poderia ser chamado de a) Poeta pastor dos sonhos. b) Poeta das sensações do homem moderno. c) Poeta neoclássico evoluído. d) Poeta do mundo onírico. e) Poeta saudosista. Letra B
  • 9. Sobre Álvaro de Campos, assinale V ou F. ( ) Heterônimo de Fernando Pessoa cuja produção poética apresenta uma curva evolutiva ao longo de três fases distintas. ( ) Herdou de Alberto Caeiro o seu pendor sensacionista. ( ) Possui um estilo torrencial e dinâmico. ( ) Utiliza uma linguagem marcada pelo tom exclamativo, pelas apóstofres, anáforas, adjetivações, interjeições, enumerações e onomatopeias. V – V – V - V
  • 10. Leia o texto a seguir. Ah, poder exprimir-me todo como um motor exprime! Ser completo como uma máquina! Poder ir na vida triunfante como um automóvel último modelo! I. O principal traço vanguardista do texto resulta da adoção do verso livre e da identidade da voz poética com a máquina. II. O texto aproxima-se do Futurismo. III. O texto pode ser entendido como manifestação da vanguarda do início do século XX, sobretudo por causa da ideia de que o poeta deve ser expressivo e autêntico. Assim, pode-se dizer, sobre as afirmativas anteriores, que a) Todas são verdadeiras. b) I e II são verdadeiras. c) Apenas III é verdadeira. d) Todas são falsas. e) Apenas II é verdadeira. LETRA C
  • 11. (MACKENZIE) Uma das características da obra de Álvaro de Campos é a) A crença de que o homem complicou demais sua relação com o mundo por causa da metafísica, das teorias filosófico-científicas e das religiões. b) Uma poesia de inspiração neoclássica, acreditando que a vida se resume a breves momentos. c) A temática futurista, ressaltando as fábricas, os estaleiros, as máquinas e a velocidade. d) A poesia saudosista-nacionalista, retomando a formação de Portugal e a sua identificação com o mar. e) A ideia de que o mundo se baseia no real-sensível, isto é, em tudo aquilo que existe e se percebe por meio dos sentidos. LETRA C
  • 12. Leia o trecho do poema de Álvaro de Campos, heterônimo pessoano, e , em seguida, selecione a opção que traduz duas características da obra do autor evidentes no texto. Eu é que sei. Coitado dele! Que bom poder me revoltar num comício dentro da minha alma. Mas até nem parvo sou! Nem tenho a defesa de poder ter opiniões sociais. Não tenho mesmo defesa nenhuma: sou lúcido. Não me queiram converter a convicção: sou lúcido. Já disse: sou lúcido Nada de estéticas com o coração: sou lúcido. a) Aceitação da ordem social e comiseração. b) Emoção e ambição social. c) Indiferença e incerteza d) Lucidez e linguagem irreverente. e) Inteligência e parvoíce. LETRA D
  • 13. Texto 1 O luar através dos altos ramos, Dizem os poetas todos que ele é mais Que o luar através dos altos ramos. Mas para mim, que não sei o que penso, O que o luar através dos altos ramos É, além de ser O luar através dos altos ramos, É não ser mais Que o luar através dos altos ramos. O 1 (Fernando Pessoa, Obra Poética.) Texto 2 As bolas de sabão que esta criança Se entretém a largar de uma palhinha São translucidamente uma filosofia toda. Claras, inúteis e passageiras como a Natureza, Amigas dos olhos como as cousas, São aquilo que são Com uma precisão redondinha e aérea, E ninguém, nem mesmo a criança que as deixa, Pretende que elas são mais do que parecem ser. (…) (Fernando Pessoa, Obra Poética.) Atividades para sala Textos para a questão 1.
  • 14. 1. (UFSCAR) Ambos esses poemas são atribuídos a Alberto Caeiro, um dos heterônimos de Fernando Pessoa. a) O que caracteriza esse heterônimo? b) O que há de comum nesses dois poemas em termos de estilo? Justifique a sua resposta. a) O que caracteriza esse heterônimo? b) O que há em comum nesses dois poemas em termos de estilo? Justifique sua resposta.
  • 15. 1. O guardador de rebanhos Sou um guardador de rebanhos. O rebanho é os meus pensamentos E os meus pensamentos são todos sensações. Penso com os olhos e com os ouvidos E com as mãos e os pés E com o nariz e a boca. O texto refere-se a qual afirmativa a seguir a) Relaciona o ato de pensar com relação sensorial do corpo com o mundo. b) O pensamento torna-se obsoleto perante o corpo. c) A ausência da razão dará espaço ao não pensar, o que fará Caeiro não ser o guardador, mas o próprio rebanho. d) A contradição leva à confusão completa dos sentidos. e) O eu lírico propõe uma vida bucólica como meio para a compreensão do real circundante. LETRA A
  • 16. 3. (Enem) Texto 1 Texto 2 Da minha aldeia vejo quanto da terra se pode ver no Universo... Por isso minha aldeia é grande como outra qualquer Porque sou do tamanho do que vejo E não do tamanho da minha altura... Alberto Caeiro LETRA A
  • 17. A tira ”Hagar” e o poema de Alberto Caeiro (um dos heterônimos de Fernando Pessoa) expressam, com linguagens diferentes, uma mesma ideia: a de que a compreensão que temos do mundo é condicionada, essencialmente, a) pelo alcance de cada cultura. b) pela capacidade visual do observador. c) pelo senso de humor de cada um. d) pela idade do observador. e) pela altura do ponto de observação. LETRA A
  • 18. Textos para as questões 4 e 5 Quando, Lídia, vier o nosso Outono Com o Inverno que há nele, reservemos Um pensamento, não para a futura Primavera, que é de outrem, Nem para o Estio, de quem somos mortos, Senão para o que fica do que passa — O amarelo actual que as folhas vivem E as torna diferentes. Ricardo Reis 4. Assinale a alternativa correta em relação ao texto anterior. a) Para as folhas, há cores mais atuais e outras mais antiquadas. b) A primavera conota o fim da vida. c) Cada verão, marcando o início do ano, marca também a esperança de uma nova vida. d) Não há como impedir o fatal ciclo solar das estações. e) Só a vivência de cada momento presente merece lembrança futura. LETRA E
  • 19. 5. A temática central desse poema constitui a) A um lamento pela passagem inexorável da vida humana. b) Uma crítica aos que preconizam o fruir da existência. c) Um estímulo ao aproveitamento consciente sem preocupações da vida. d) A ratificação de que as fases da vida humana são tão circulares quanto as da natureza. e) A reversibilidade do ciclo da vida terrena. LETRA C
  • 20. Atividades Propostas 1. Considere o texto de Alberto Caeiro apresentado a seguir. […] Pensar é não compreender… O mundo não se faz para pensarmos nele (Pensar é estar doente dos olhos) Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo… A reflexão de Caeiro é a) A criação de um mundo onírico. b) A cegueira. c) A inutilidade do pensar. d) O conservadorismo do pensamento. e) A descrença no mundo. LETRA C
  • 21. 2. (UNIFESP) A Criança que Pensa em Fadas A criança que pensa em fadas e acredita nas fadas Age como um deus doente, mas como um deus. Porque embora afirme que existe o que não existe Sabe como é que as cousas existem, que é existindo, Sabe que existir existe e não se explica, Sabe que não há razão nenhuma para nada existir, Sabe que ser é estar em algum ponto qualquer. Nos versos do poema, fica evidente o perfil do heterônimo de Fernando Pessoa, Alberto Caeiro, pois ele a) Entende que o homem está atrelado a uma visão subjetiva da existência. b) Volta-se para o mundo sensível que o redeia como forma de conceber a existência. c) Concebe a existência como apreensão dos elementos místicos e indefinidos. d) Não acredita que a existência possa ser definida em termos de objetividade e) Nusca na metafísica a base de uma concepção da existência subjetiva. LETRA B
  • 22. 3. Indique a alternativa que apresenta as características do poeta Alberto Caeiro. a) “Não se deve guiar pelo pensamento, mas pelas sensações. É mais importante ver e sentir o mundo.” b) “Pessimismo, escolhe ter como preferência o mundo do progresso.” c) “Fundamenta-se no paganismo para eliminação da ideia de pecado.” d) “Percepção de que há saídas para o homem; a certeza de que o aguardam o inferno e a desgraça espiritual”. e) “O rigor de sua postura criou uma poesia precisa, de métrica calculada e enunciação severa.” LETRA A
  • 23. 6. Indique o item que caracteriza Ricardo Reis. a) Paixão pela metáfora, intelectualista e rebuscada, e pelas de efeito. b) Reação contra o passado, a tradição, o conservadorismo em arte, o Academismo. c) Valorização do paganismo, do Neoclassicismo, e da mitologia greco-latina. d) Tendência a uma concepção racionalista e pragmática do homem. e) Valorização de elementos relativos ao mundo moderno, como a fábrica e o automóvel. LETRA C
  • 24. 7. Sobre Ricardo Reis, considere as seguintes afirmações. I. Foi cultivador de características estruturais e de temas clássicos. II. Em suas odes, há o lema “gozar a brevidade da vida, o momento, aproveitar cada segundo, gozar o dia, desfrutar o que se possa obter no momento em que se vive”. III. Cultua o paganismo. Pode-se dizer que a) Todas são verdadeiras. b) Todas são falsas. c) I e II são falsas. d) Apenas II é verdadeira. e) Apenas I é verdadeira. LETRA A
  • 25. 8. (UFRGS) Quão breve tempo é a mais longa vida E a juventude nela!Ah! Cloe, Cloe, Se não amo, nem bebo, Nem sem querer não penso, Pesa-me a lei inimplorável, dói-me A hora invita, o tempo que não cessa, E aos ouvidos me sobe Dos juncos o ruído Da oculta margem onde os lírios frios Da ínfera leiva crescem, e a corrente Não sabe onde é o dia, Susurro gemebundo.
  • 26. Assinale a alternativa correta sobre esse poema. a) Trata-se de um soneto que se desenvolve uma temática amorosa e espiritualista. b) O poema, de características clássicas, traz a preocupação obsessiva do poeta, a transitoriedade. c) O poeta diviniza a musa, Cloe, tornando-a um ideal distante no tempo. d) Nos versos de 2 a 4, o sujeito lírico lamenta a juventude perdida, apesar do esforço por mantê-la, não amando e não bebendo. e) No verso 9, a expressão “oculta margem” refere-se a uma vida de prazeres ocultos. LETRA B
  • 27. 9. (UERJ) Mestre Mestre, são plácidas Todas as horas Que nós perdemos, Se no perdê-las, Qual numa jarra, Nós pomos flores. Não há tristezas Nem alegrias Na nossa vida. Assim saibamos, Sábios incautos, Não a viver, Mas decorrê-la, Tranquilos, plácidos, Tendo as crianças Por nossas mestras, E os olhos cheios De Natureza… À beira-rio, À beira-estrada, Conforme calha, Sempre no mesmo Leve descanso De estar vivendo. O tempo passa, Não nos diz nada. Envelhecemos. Saibamos, quase Maliciosos, Sentir-nos ir.
  • 28. Na 1ª estrofe do poema, para construir o sentido geral do texto, o poeta faz uma referência à expressão “perder tempo”, dando-lhe, entretanto, outro sentido, diferente do usual. Explique o sentido usual dessa expressão e apresente, também, o sentido que ela assume no poema.
  • 29. 10.(UERJ) Assinale a alternativa correta a respeito das três afirmações seguintes. I. Os heterônimos de Fernando Pessoa nascem de um múltiplo desdobramento de sua personalidade. II. Alberto Caeiro é o poeta que se volta para o campo, procurando viver em simplicidade. III. Ricardo Reis é um poeta moderno, que, do desespero, extrai a própria razão de ser. a) Apenas a I e a II estão corretas b) Todas estão corretas. c) Apenas a I e a III estão corretas. d) Nenhuma está correta. e) Apenas a II e a III estão corretas. LETRA A
  • 30. Cap. 7 Enem e Vestibulares 1. Sobre o Modernismo em Portugal, considere as afirmativas a seguir. I. É um movimento estético que pregava seu ideal de felicidade decorrente da vida em contato com a natureza. II. É um movimento estético no qual a literatura surge associada às artes plásticas. Pode-se dizer que a) Apenas I é falsa. b) Apenas II e III são falsas. c) Apenas II é verdadeira. d) Todas são verdadeiras. e) Todas são falsas. LETRA A
  • 31. 2. (UESPI) Publicado em 1914, A Confissão de Lúcio, de Mário de Sá-Carneiro, é uma das obras mais importantes do modernismo português. Sobre este romance, batizado pelo autor de “narrativa”, podemos afirmar que: A) o narrador inicia o romance afirmando que passou 15 anos na cadeia. B) B) segundo o narrador, os jornais da época denominaram o seu crime como “crime passional”. C) C) o romance ou “narrativa” se passa todo nas cidades portuguesas de Lisboa e Porto. D) D) o nacionalismo lusitano e salazarista predomina ao longo da narrativa. E) E) Lúcio, o narrador, poeta e pintor, estudou medicina em Paris; depois, ingressou na Faculdade de Engenharia. LETRA A
  • 32. 4. (ENC-SP Adaptada) Frêmito de meu corpo a procurar-te, Febre das minhas mãos na tua pele Que cheira a âmbar, a baunilha e a mel, Doido anseio dos meus braços a abraçar-te Olhos buscando os teus por toda a parte, Sede de beijos, amargos de fel, Estonteante fome, áspera e cruel, Que nada existe que a mitigue e a farte! Considere as seguintes afirmações a respeito das quadras de Florbela Espanca. I. O recorrente apelo sensual na poesia de Florbela Espanca indicia seu flagrante Modernismo, pelo fato de desafiar as convenções morais da sociedade da época. II. O principal traço da modernidade em Florbela Espanca mostra-se na audaciosa ruptura das convenções literárias, o que se verifica na
  • 33. III. A confissão amorosa de Florbela Espanca, bastante explícita, lembra o erotismo das cantigas de amigo, pelo fato de a mulher expor abertamente os sentimentos ao amante. Está correto o que se afirma em a) II e III, apenas. b) III, apenas. c) I,II e III. d) I e II, apenas. e) I e III, apenas. LETRA D
  • 34. 5. (ENC-SP-Adaptada) Procuro despir-me do que aprendi, Procuro esquecer-me do modo de lembrar que me ensinaram, E raspar a tinta com que me pintaram os sentidos, Desencaixotar as minhas emoções verdadeiras, Desembrulhar-me e ser eu, não_____________ Mas um animal humano que a natureza produziu. No trecho anterior, de autoexplicação de um poeta cuja marca é o desejo de libertação da carga civilizatória, procurando conscientemente a espontaneidade por meio do contato direto com a natureza (forma de “redescobrir o mundo”), há uma lacuna que deve ser preenchida por a) Fernando Pessoa. b) Ricardo Reis. c) Alberto Caeiro. d) Álvaro de Campos. e) Mário de Sá-Carneiro. LETRA C
  • 35. 6. (PUC-SP) Leia o poema a seguir, de Alberto Caeiro, e indique a alternativa que estabelece conexão entre o poeta e o texto. Eu não tenho filosofia: tenho sentidos... Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é, Mas porque a amo, e amo-a por isso, Porque quem ama nunca sabe o que ama Nem sabe por que ama, nem o que é amar... Amar é a eterna inocência, E a única inocência não pensar... a) Médico e estudioso da cultura clássica, desenvolve em seus poemas temas mitológicos, em composições denominadas odes. b) Poeta bucólico, vive em contato direto com a natureza; daí sua lógica ser a mesma da ordem natural. c) Como engenheiro do século XX e poeta futurista, os temas de sua obra estão voltados para as fábricas, a energia elétrica, as máquinas e a velocidade. d) Apresenta um conceito direto das coisas, um objetivismo absoluto, apesar de a sensação não se manifestar em seus poemas. e) Cultor do paganismo, foi mestre apenas de Fernando Pessoa e manteve-se distanciado dos demais heterônimos
  • 36. 7.(UNESP) O texto a seguir pode ser tomado como exemplo ilustrativo do estilo de um dos heterônimos de Fernando Pessoa: “Negue-me tudo a sorte, menos vê-la, Que eu, stoico sem dureza, Na sentença gravada do Destino Quero gozar as letras”. O heterônimo em questão é: a) Alberto Caeiro b) Ricardo Reis c) Bernardo Soares d) Álvaro de Campos e) Antônio Mora LETRA B
  • 37. 8. (UFJF) Uma estrofe famosa do poema "Autopsicografia", de Fernando Pessoa, é: "O POETA é um fingidor. / Finge tão completamente / Que chega a fingir que é dor / A dor que deveras sente." A partir dela e pensando na obra do poeta como um todo, é CORRETO afirmar: a) Fernando Pessoa, com a proposta do fingimento poético, rompe com o confessionalismo romântico. b) Somente Álvaro de Campos pode ser representante do fingimento poético, pois é um poeta futurista. c) O fingimento poético não está presente na obra de Alberto Caeiro, pois ele é um pastor simples e sincero. d) A única parte da obra pessoana que escapa do fingimento são os poemas de Fernando Pessoa ele-mesmo. e) Ricardo Reis, como poeta clássico, não pode ser estudado pelo fingimento modernista. LETRA A
  • 38. 9.(UFRGS) Quanto à criação de heterônimos de Fernando Pessoa, considere as seguintes afirmações. I. Alberto Caeiro, autor do O Guardador de Rebanhos, é o poeta integrado à natureza. II. Os heterônimos, marca da obra pessoana, caracterizam-se por adotarem estilos diferentes. III. Ricardo Reis, autor de odes de modelo clássico, distingue-se pela temática urbana de seus poemas. Quais estão corretas? (A) Apenas I. (B) Apenas III. (C)Apenas I e II. (D)Apenas I e III. (E) I, II e III. LETRA C