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DISCURSO DE POSSE NA ACADEMIA PARANAENSE DE MEDICINA
DR. SÉRGIO AUGUSTO DE MUNHOZ PITAKI
EM 31 DE OUTUBRO DE 2014 - CADEIRA No. 27
MD. Presidente da Academia Paranaense de Medicina,
Prof. Dr. Bruno Maurizzio Grillo,
Ilustres autoridades que realçam a sessão solene desta Academia,
Digníssimos Acadêmicos,
Senhoras e Senhores,
Quero expressar, neste momento inicial, votos de gratidão a Deus, pedindo que nos
inspire ao mais profundo de nossa natureza, nos facilite e nos dê alento em nossas
humildes existências.
Destarte, passo ao Compromisso Acadêmico estabelecido estatutariamente por
essa egrégia Academia, desde sua fundação em 22 de junho de 1979, quando foi
pela primeira vez proferido pelo então Vice-Presidente Prof. Dr. Ruy Noronha de
Miranda:
“PROMETO RESPEITAR E FAZER RESPEITAR O ESTATUTO
E O REGIMENTO DA ACADEMIA PARANAENSE DE MEDICINA
E PUGNAR PELO SEU ENGRANDECIMENTO.
PROMETO COLABORAR PARA O DESENVOLVIMENTO DA CIÊNCIA MÉDICA,
CULTUAR SUA HISTÓRIA E O RESPEITO À ÉTICA.
PROMETO FRATERNIDADE E LEALDADE PARA COM MEUS PARES,
EMPREGANDO O MELHOR DOS MEUS ESFORÇOS
PELO PROGRESSO DO PARANÁ E DO BRASIL."
“A Medicina é arte!” Ars medica! Mas definir o médico é em si uma tarefa difícil.
Magistralmente, Machado de Assis, o descreve em um de seus contos e ainda com
uma afinada relação com a realidade:
“Este moço possuía, em gérmen, a faculdade de decifrar os homens, de
decompor os caracteres, tinha o amor da análise, e sentia o regalo, que dizia
ser supremo, de penetrar muitas camadas morais, até apalpar o segredo de
um organismo.”
Estas características e qualidades são fartamente observadas no Patrono da
Cadeira de número 27 da Academia Paranaense de Medicina, Dr. Jorge Frederico
Meyer e nos acadêmicos Dr. Daniel Egg e Dr. Ari Leon Jurkiewicz, respectivamente
seus primeiro e segundo ocupantes. Foram médicos que aprenderam e
desenvolveram suas humanidades. Deram o melhor de sua natureza.
O Patrono Jorge Frederico Meyer, paranaense de Curitiba, nasceu aos 5 de
maio de 1889. Teve uma vida médica excepcional. Após cursar o primário em
Curitiba, fez o estudo secundário em Lahr, na Alemanha, e estudou Medicina nas
Universidades de Heildeberg e de Munique. Trabalhou como assistente do
renomado ginecologista Albert Döderlein. Adquiriu grande experiência na Primeira
Guerra Mundial servindo o exército como oficial médico.
Depois da guerra passou a clinicar em Curitiba com o pai, Jorge Hermann
Meyer, um dos primeiros catedráticos de Cirurgia da Universidade do Paraná. Os
Meyer tinham muito prestígio profissional, em particular junto à colônia alemã.
Em 1923, prestou exame de revalidação do diploma na Faculdade de
Medicina de Porto Alegre e mudou-se para São Paulo para trabalhar no Hospital
Alemão - atualmente chamado Hospital Oswaldo Cruz.
Com a morte do pai em 1925, voltou para Curitiba sucedendo-o na clínica. Em
1927 arrendou a Casa de Saúde São Francisco, um dos mais antigos hospitais da
cidade - fundada em 1908 por Josef Ferencz e em 1930 comprou-a do então
proprietário Miroslau Szeligowski.
Jorge Meyer dedicou-se especialmente à cirurgia e à Ginecologia e criou na
Casa de Saúde um ambiente profissional de excelente padrão técnico e de grande
seriedade ética. Reuniu um grupo de médicos que ofereciam modernos recursos,
como os serviços de Radiologia, cujo responsável era seu filho Viggo Jorge Meyer,
de Radioterapia cujos responsáveis eram Dr. Nivaldo Almeida Jr., seu genro, e do
Dr. Edgar Vasconcelos. Contava também com serviço de Diatermia, um laboratório
químico-bacteriológico e um eletrocardiógrafo, o primeiro instalado no Paraná. Jorge
Frederico Meyer manteve-se ativo até a morte em 19 de maio de 1953.
Deixou dois filhos: Doritt Hauer Meyer e um filho, Viggo Jorge Meyer, (CRM
236) que também foi radiologista no Hospital de Clínicas da Universidade Federal
do Paraná. Nesta noite, contamos com a presença de sua neta Mara Almeida
Baptistini, que junto com seu marido, nosso colega Octaviano Baptistini Jr., foram os
responsáveis pela atividade da Casa de Saúde São Francisco até sua desativação
em 1999.
O Acadêmico Daniel Egg quando assumiu esta cadeira, em sessão solene no
dia 22 de junho de 1979, fez a seguinte observação sobre seu amigo Jorge Meyer.
"A vida do Dr. Jorge Meyer Filho assinalou um marco indestrutível para
ufanismo da nossa classe e orgulho da comunidade paranaense, que
aprendeu a admirá-lo como homem, como profissional e como cristão, digno
de ser reverenciado pelos médicos do Paraná.”
Na aula inaugural da turma de Medicina da Faculdade Evangélica de Medicina
do Paraná, em 1975, ouvi as primeiras evocações à Medicina, semelhantes aos
Conselhos de Esculápio, prolatados pelo Professor Dr. Daniel Egg. Naquele
momento incentivou-nos de forma firme e decisiva, a ingressar de corpo e alma na
vida acadêmica, abrindo-nos as portas do Hospital, para que pudéssemos aprender
a arte da Medicina.
Foram 14 anos de convivência. Eu como aluno, monitor, assistente, afilhado
e amigo, até sua morte precoce.
Homenageá-lo neste momento é para mim uma grande honra, e uma grande
emoção.
Nasceu em Curitiba, aos 18 dias de março de 1918.
Filho de Carlos e Stella Egg, fez o curso ginasial no Ginásio Paranaense.
Em dezembro de 1944, colou grau em Medicina pela Faculdade Nacional de
Medicina da Universidade do Brasil, no Rio de Janeiro.
Foi estudar na Argentina e no Uruguai e, no seu regresso, recebeu o Prêmio
Horta Barbosa da Sociedade Acadêmica de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro.
Foi Professor Assistente da Cadeira de Anatomia da Faculdade de Medicina
do Paraná.
Em 1953, foi convidado a dirigir a Cátedra de Anatomia - sob a
responsabilidade do Professor Carlos Estrela Moreira - na Faculdade de Odontologia
do Paraná.
Em 1957, tornou-se Instrutor de Anatomia da University of California em Los
Angeles e aprimorou-se em cirurgia pulmonar no Hollywood Presbiterian Hospital.
Na década de 60, o Dr. Egg atingiu o auge de sua produção científica com
vários trabalhos direcionados à cirurgia, alguns em conjunto com o saudoso
Acadêmico José Alvarenga Moreira.
Em 1969 foi empossado no Colégio Brasileiro de Cirurgiões - Capítulo de São
Paulo.
Foi Membro do Conselho Estadual de Educação do Paraná e Secretário de
Estado em 1971, no governo de Leon Peres, homenageado neste ano como
“Cidadão Honorário de Bandeirantes”.
Em 1980 foi sócio fundador e mais tarde Benemérito da Sociedade Brasileira
de Geriatria e Gerontologia.
Foi um dos fundadores da Sociedade Evangélica Beneficente em 1943.
Quando lançada a Pedra Fundamental do Hospital Evangélico, em 1947, Dr.
Daniel atendia ambulatórios improvisados, angariando remédios, e assistência
médica. Em 1959, ano da inauguração foi eleito seu primeiro Diretor Geral, cargo
que ocupou até a sua morte.
Em 1967, foi criada a Faculdade Evangélica de Medicina do Paraná e em
janeiro de 1969, Dr. Egg ministrou a aula inaugural. Foi o primeiro Diretor e Professor
Responsável pela Disciplina de Anatomia. Cargos que também ocupou até sua
morte.
Com início das atividades da Escola Evangélica de Auxiliares de Enfermagem,
o sonho tornou-se realidade. Obras de ampliação, agora do Hospital Escola, foram
iniciadas num ritmo alucinante. Para isso, o Dr. Egg assinava as notas promissórias
referentes aos empréstimos bancários e as avalizava. Nessa epopéia, foram
enormes os esforços do Corpo Clínico e dos funcionários do Hospital e dos Corpos
Docente e Discente da Faculdade
Tenho uma satisfação imensa de ter vivido esta época quando testemunhei
nestes movimentos o líder nato, o porta-voz do sonho de várias pessoas e da
comunidade.
Esta sinopse da vida do Dr. Daniel não está completa. Falta a expressão de
sua dedicação, de seu carinho e do seu amor, inerente à sua formação espiritual às
instituições evangélicas. Falta também a expressão da compreensão maravilhosa
de sua esposa D.Raquel de Queiroz Egg, hoje com 92 anos, e os momentos alegres
propiciados pelos seus filhos Raquel, Sueli, Beatriz e nosso colega Daniel Egg
Junior, aqui presente. Mais tarde a convivência com seus netos foram fundamentais
em sua vida.
Um detalhe sempre foi despercebido por aqueles com os quais ele convivia:
não atentava para sua saúde. A hipertensão arterial e o diabetes o acompanhavam
passo-a-passo.
Numa homenagem no jornal Gazeta do Povo, Ari Leon Jurkiewicz, escreveu:
“31 de janeiro de 1988.
Um vazio encheu a Medicina Paranaense.
Uma tristeza contagiou a comunidade.
A impotência em vencer a doença
o angustiava, o deprimia…
Descanse em paz. professor doutor Daniel Egg.
Sua vida, exemplo de fé e de abnegação,
É a bússola que orienta o caminho.
Que Deus, em sua misericórdia, abençoe a sua família.
A saudade é grande, demais!”
Faço minhas, as palavras de Ari Jurkiewicz.
Senhoras e senhores, num fractal de existência, desde a mais remota das bilhões
de galáxias, emerge num ciclo de existência, uma personalidade inequivocamente
unânime:
Ari Leon Jurkiewicz.
Adiciono-me ao coro saudoso - da ausência deste Homem, Médico, Esposo,
Acadêmico e Amigo.
Há pouco mais de um ano, dia 7 de outubro de 2013,
“Um vazio encheu a Medicina Paranaense”.
Reproduzo sua frase quando, emocionado, descreveu a ausência do
Acadêmico Daniel Egg, na sua posse, nesta Academia, em 26 de junho de 1991,
aos 47 anos.
Não há outra frase que possa ser relembrada. Sua ausência neste preciso
momento é sentida. Sua voz, sua eloquência e sabedoria, serão sempre entre nós
reverenciadas.
Seu plano, confesso a vários acadêmicos, era tornar-se membro emérito
desta Academia, no mês de junho de 2014, quando completaria 70 anos de vida e
45 anos de Medicina. Por seu convite, hoje assumo a cadeira 27 deste sodalício.
Ari Leon Jurkiewicz nasceu em Santos, São Paulo aos 17 de junho de 1944.
Filho de Chaim Jurkiewicz e Blima Jurkiewicz. Casado com Rozelis.
Em 1969, graduou-se em Medicina pela Faculdade de Medicina da
Universidade Federal do Paraná. Fez vários cursos de Especialização em Anatomia
Médica no Paraná e São Paulo.
Foi membro do Corpo Clínico do Hospital Evangélico de Curitiba, da Fundação
Hospitalar do Paraná, Geriatra pelo Conselho Federal de Medicina.
Foi Professor Titular das disciplinas de Anatomia e de Neurologia da
Faculdade Evangélica de Medicina do Paraná e de Anatomia da Universidade
Federal do Paraná.
Foi Professor de várias Disciplinas relacionadas à Anatomia na Pós
Graduação da Universidade Federal do Paraná, em Princípios da Cirurgia da
FEMPAR, em Distúrbios da Comunicação do Curso de Fonoaudiologia da
Universidade Tuiuti do Paraná.
Os números de sua biografia são imensos, 180 palestras em Curso de
Graduação e Pós-Graduação, 73 Bancas Examinadoras, orientação de 15 Teses de
Mestrado e Doutorado.
Foi Membro de vários Conselhos e Comissões. Diretor de Publicação da
Associação Médica do Paraná e da Academia Paranaense de Medicina. Foi Diretor
da Faculdade Evangélica de Medicina do Paraná e Presidente desta Academia na
Gestão 2001-2003.
Várias vezes os títulos de Professor Homenageado, Paraninfo e Patrono.
Recebeu Votos de Louvor outorgados pela Assembléia Legislativa do Estado
do Paraná e também da Câmara Municipal de Curitiba. Foi Patrono da Cultura
Brasileira, outorgado pela Fundação Santos Lima, Curitiba.
Participou de 95 Jornadas e Congressos.
Pertenceu a várias associações de anatomia, incluindo a Association des
Anatomistas Françaises, de Geriatria e Gerontologia, de Filatelia, de História
e de Literatura, como a Sociedade Brasileira de Médicos Escritores (SOBRAMES).
Terminou sua tese de Mestrado em 1980 e a tese de Doutorado em 1993, na
Escola Paulista de Medicina.
Publicou os livros “Patronos da Academia Paranaense de Medicina” , "Manual
Teórico-Prático do Exame Labiríntico” e “Multicisciplinaridade na Otoneurologia” .
Foi autor de capítulos de livros e inúmeros trabalhos publicados em revistas
nacionais e estrangeiras.
Participou de 15 Mesas Redondas e de duas exposições filatélicas, em
Munique em 2003 e em São Paulo em 2004.
Assumir hoje a Cadeira No. 27, em sucessão ao querido Dr. Ari, é um desígnio
desafiante. Seus discursos engalanaram estas solenidades com flores e versos. Sua
filosofia mesclada à história aprofundaram as raízes desta casa.
Senhoras e Senhores, é uma honra pertencer à esta egrégia Academia, que
conhece o passado, vive o presente e consubstancia-se ao futuro.
Na Medicina Ocidental, desde de Hipócrates e na Oriental, através de Huang
Qi, o Imperador Amarelo, aprendemos que há que se examinar o paciente, sua
atitude, respiração, excreções. São ensinamentos perenes, observados por
Machado de Assis, porém pouco utilizados atualmente. A sofisticação de aparelhos
e medicamentos ofuscaram a medicina. Cada vez menos olha-se para o paciente e
cada vez menos entende-se de suas mazelas.
Acredito que a Academia de Medicina com toda sua força, continue a
empreender em sua mensagem, uma filosofia ética e eficaz no exercício da nossa
profissão, seja ela clínica, cirúrgica, tecnológica ou genética, sempre focados na
manutenção da saúde.
Agradeço e regozijo-me com a presença de meus pais, Lita e Darcy. Das
minhas filhas médicas Fernanda e Isabella, que com todos esses exemplos de
grandes Esculápios, possam afinar suas carreiras. De Laura que dispõe de tempo
para escolha. De meu neto Théo. De minha mulher, querida Ana Letícia. De meus
amigos.
Faço uma pequena e justa homenagem a meus parentes Acadêmicos desta
casa, que durante minha infância tiveram um papel inspirador - os Acadêmicos
Amaury Luciano de Munhoz Rocha e José Maria Munhoz da Rocha, este irmão de
minha mãe.
Agradeço ao Prof. Dr. Osvaldo Malafaia pela saudação repleta de profunda
amizade e de determinada boa vontade.
Senhores Acadêmicos, agradeço a disposição de concretizar, em parte o
sonho do amigo e Acadêmico Ari, fazendo-me Acadêmico. Porém de seu sonho,
muito mais que tornar-se Membro Emérito, estará sempre conosco, com suas
palavras ecoando em nossos ouvidos e ressoando em nossos corações.
Muito obrigado.

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Discurso de posse na Academia Paranaense de Medicina

  • 1. DISCURSO DE POSSE NA ACADEMIA PARANAENSE DE MEDICINA DR. SÉRGIO AUGUSTO DE MUNHOZ PITAKI EM 31 DE OUTUBRO DE 2014 - CADEIRA No. 27 MD. Presidente da Academia Paranaense de Medicina, Prof. Dr. Bruno Maurizzio Grillo, Ilustres autoridades que realçam a sessão solene desta Academia, Digníssimos Acadêmicos, Senhoras e Senhores, Quero expressar, neste momento inicial, votos de gratidão a Deus, pedindo que nos inspire ao mais profundo de nossa natureza, nos facilite e nos dê alento em nossas humildes existências. Destarte, passo ao Compromisso Acadêmico estabelecido estatutariamente por essa egrégia Academia, desde sua fundação em 22 de junho de 1979, quando foi pela primeira vez proferido pelo então Vice-Presidente Prof. Dr. Ruy Noronha de Miranda: “PROMETO RESPEITAR E FAZER RESPEITAR O ESTATUTO E O REGIMENTO DA ACADEMIA PARANAENSE DE MEDICINA E PUGNAR PELO SEU ENGRANDECIMENTO. PROMETO COLABORAR PARA O DESENVOLVIMENTO DA CIÊNCIA MÉDICA, CULTUAR SUA HISTÓRIA E O RESPEITO À ÉTICA. PROMETO FRATERNIDADE E LEALDADE PARA COM MEUS PARES, EMPREGANDO O MELHOR DOS MEUS ESFORÇOS PELO PROGRESSO DO PARANÁ E DO BRASIL." “A Medicina é arte!” Ars medica! Mas definir o médico é em si uma tarefa difícil. Magistralmente, Machado de Assis, o descreve em um de seus contos e ainda com uma afinada relação com a realidade:
  • 2. “Este moço possuía, em gérmen, a faculdade de decifrar os homens, de decompor os caracteres, tinha o amor da análise, e sentia o regalo, que dizia ser supremo, de penetrar muitas camadas morais, até apalpar o segredo de um organismo.” Estas características e qualidades são fartamente observadas no Patrono da Cadeira de número 27 da Academia Paranaense de Medicina, Dr. Jorge Frederico Meyer e nos acadêmicos Dr. Daniel Egg e Dr. Ari Leon Jurkiewicz, respectivamente seus primeiro e segundo ocupantes. Foram médicos que aprenderam e desenvolveram suas humanidades. Deram o melhor de sua natureza. O Patrono Jorge Frederico Meyer, paranaense de Curitiba, nasceu aos 5 de maio de 1889. Teve uma vida médica excepcional. Após cursar o primário em Curitiba, fez o estudo secundário em Lahr, na Alemanha, e estudou Medicina nas Universidades de Heildeberg e de Munique. Trabalhou como assistente do renomado ginecologista Albert Döderlein. Adquiriu grande experiência na Primeira Guerra Mundial servindo o exército como oficial médico. Depois da guerra passou a clinicar em Curitiba com o pai, Jorge Hermann Meyer, um dos primeiros catedráticos de Cirurgia da Universidade do Paraná. Os Meyer tinham muito prestígio profissional, em particular junto à colônia alemã. Em 1923, prestou exame de revalidação do diploma na Faculdade de Medicina de Porto Alegre e mudou-se para São Paulo para trabalhar no Hospital Alemão - atualmente chamado Hospital Oswaldo Cruz. Com a morte do pai em 1925, voltou para Curitiba sucedendo-o na clínica. Em 1927 arrendou a Casa de Saúde São Francisco, um dos mais antigos hospitais da cidade - fundada em 1908 por Josef Ferencz e em 1930 comprou-a do então proprietário Miroslau Szeligowski. Jorge Meyer dedicou-se especialmente à cirurgia e à Ginecologia e criou na Casa de Saúde um ambiente profissional de excelente padrão técnico e de grande seriedade ética. Reuniu um grupo de médicos que ofereciam modernos recursos, como os serviços de Radiologia, cujo responsável era seu filho Viggo Jorge Meyer, de Radioterapia cujos responsáveis eram Dr. Nivaldo Almeida Jr., seu genro, e do Dr. Edgar Vasconcelos. Contava também com serviço de Diatermia, um laboratório químico-bacteriológico e um eletrocardiógrafo, o primeiro instalado no Paraná. Jorge Frederico Meyer manteve-se ativo até a morte em 19 de maio de 1953. Deixou dois filhos: Doritt Hauer Meyer e um filho, Viggo Jorge Meyer, (CRM 236) que também foi radiologista no Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná. Nesta noite, contamos com a presença de sua neta Mara Almeida Baptistini, que junto com seu marido, nosso colega Octaviano Baptistini Jr., foram os
  • 3. responsáveis pela atividade da Casa de Saúde São Francisco até sua desativação em 1999. O Acadêmico Daniel Egg quando assumiu esta cadeira, em sessão solene no dia 22 de junho de 1979, fez a seguinte observação sobre seu amigo Jorge Meyer. "A vida do Dr. Jorge Meyer Filho assinalou um marco indestrutível para ufanismo da nossa classe e orgulho da comunidade paranaense, que aprendeu a admirá-lo como homem, como profissional e como cristão, digno de ser reverenciado pelos médicos do Paraná.” Na aula inaugural da turma de Medicina da Faculdade Evangélica de Medicina do Paraná, em 1975, ouvi as primeiras evocações à Medicina, semelhantes aos Conselhos de Esculápio, prolatados pelo Professor Dr. Daniel Egg. Naquele momento incentivou-nos de forma firme e decisiva, a ingressar de corpo e alma na vida acadêmica, abrindo-nos as portas do Hospital, para que pudéssemos aprender a arte da Medicina. Foram 14 anos de convivência. Eu como aluno, monitor, assistente, afilhado e amigo, até sua morte precoce. Homenageá-lo neste momento é para mim uma grande honra, e uma grande emoção. Nasceu em Curitiba, aos 18 dias de março de 1918. Filho de Carlos e Stella Egg, fez o curso ginasial no Ginásio Paranaense. Em dezembro de 1944, colou grau em Medicina pela Faculdade Nacional de Medicina da Universidade do Brasil, no Rio de Janeiro. Foi estudar na Argentina e no Uruguai e, no seu regresso, recebeu o Prêmio Horta Barbosa da Sociedade Acadêmica de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro. Foi Professor Assistente da Cadeira de Anatomia da Faculdade de Medicina do Paraná. Em 1953, foi convidado a dirigir a Cátedra de Anatomia - sob a responsabilidade do Professor Carlos Estrela Moreira - na Faculdade de Odontologia do Paraná. Em 1957, tornou-se Instrutor de Anatomia da University of California em Los Angeles e aprimorou-se em cirurgia pulmonar no Hollywood Presbiterian Hospital. Na década de 60, o Dr. Egg atingiu o auge de sua produção científica com vários trabalhos direcionados à cirurgia, alguns em conjunto com o saudoso Acadêmico José Alvarenga Moreira. Em 1969 foi empossado no Colégio Brasileiro de Cirurgiões - Capítulo de São Paulo.
  • 4. Foi Membro do Conselho Estadual de Educação do Paraná e Secretário de Estado em 1971, no governo de Leon Peres, homenageado neste ano como “Cidadão Honorário de Bandeirantes”. Em 1980 foi sócio fundador e mais tarde Benemérito da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia. Foi um dos fundadores da Sociedade Evangélica Beneficente em 1943. Quando lançada a Pedra Fundamental do Hospital Evangélico, em 1947, Dr. Daniel atendia ambulatórios improvisados, angariando remédios, e assistência médica. Em 1959, ano da inauguração foi eleito seu primeiro Diretor Geral, cargo que ocupou até a sua morte. Em 1967, foi criada a Faculdade Evangélica de Medicina do Paraná e em janeiro de 1969, Dr. Egg ministrou a aula inaugural. Foi o primeiro Diretor e Professor Responsável pela Disciplina de Anatomia. Cargos que também ocupou até sua morte. Com início das atividades da Escola Evangélica de Auxiliares de Enfermagem, o sonho tornou-se realidade. Obras de ampliação, agora do Hospital Escola, foram iniciadas num ritmo alucinante. Para isso, o Dr. Egg assinava as notas promissórias referentes aos empréstimos bancários e as avalizava. Nessa epopéia, foram enormes os esforços do Corpo Clínico e dos funcionários do Hospital e dos Corpos Docente e Discente da Faculdade Tenho uma satisfação imensa de ter vivido esta época quando testemunhei nestes movimentos o líder nato, o porta-voz do sonho de várias pessoas e da comunidade. Esta sinopse da vida do Dr. Daniel não está completa. Falta a expressão de sua dedicação, de seu carinho e do seu amor, inerente à sua formação espiritual às instituições evangélicas. Falta também a expressão da compreensão maravilhosa de sua esposa D.Raquel de Queiroz Egg, hoje com 92 anos, e os momentos alegres propiciados pelos seus filhos Raquel, Sueli, Beatriz e nosso colega Daniel Egg Junior, aqui presente. Mais tarde a convivência com seus netos foram fundamentais em sua vida. Um detalhe sempre foi despercebido por aqueles com os quais ele convivia: não atentava para sua saúde. A hipertensão arterial e o diabetes o acompanhavam passo-a-passo. Numa homenagem no jornal Gazeta do Povo, Ari Leon Jurkiewicz, escreveu: “31 de janeiro de 1988. Um vazio encheu a Medicina Paranaense. Uma tristeza contagiou a comunidade. A impotência em vencer a doença o angustiava, o deprimia…
  • 5. Descanse em paz. professor doutor Daniel Egg. Sua vida, exemplo de fé e de abnegação, É a bússola que orienta o caminho. Que Deus, em sua misericórdia, abençoe a sua família. A saudade é grande, demais!” Faço minhas, as palavras de Ari Jurkiewicz. Senhoras e senhores, num fractal de existência, desde a mais remota das bilhões de galáxias, emerge num ciclo de existência, uma personalidade inequivocamente unânime: Ari Leon Jurkiewicz. Adiciono-me ao coro saudoso - da ausência deste Homem, Médico, Esposo, Acadêmico e Amigo. Há pouco mais de um ano, dia 7 de outubro de 2013, “Um vazio encheu a Medicina Paranaense”. Reproduzo sua frase quando, emocionado, descreveu a ausência do Acadêmico Daniel Egg, na sua posse, nesta Academia, em 26 de junho de 1991, aos 47 anos. Não há outra frase que possa ser relembrada. Sua ausência neste preciso momento é sentida. Sua voz, sua eloquência e sabedoria, serão sempre entre nós reverenciadas. Seu plano, confesso a vários acadêmicos, era tornar-se membro emérito desta Academia, no mês de junho de 2014, quando completaria 70 anos de vida e 45 anos de Medicina. Por seu convite, hoje assumo a cadeira 27 deste sodalício. Ari Leon Jurkiewicz nasceu em Santos, São Paulo aos 17 de junho de 1944. Filho de Chaim Jurkiewicz e Blima Jurkiewicz. Casado com Rozelis. Em 1969, graduou-se em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Paraná. Fez vários cursos de Especialização em Anatomia Médica no Paraná e São Paulo. Foi membro do Corpo Clínico do Hospital Evangélico de Curitiba, da Fundação Hospitalar do Paraná, Geriatra pelo Conselho Federal de Medicina. Foi Professor Titular das disciplinas de Anatomia e de Neurologia da Faculdade Evangélica de Medicina do Paraná e de Anatomia da Universidade Federal do Paraná. Foi Professor de várias Disciplinas relacionadas à Anatomia na Pós Graduação da Universidade Federal do Paraná, em Princípios da Cirurgia da FEMPAR, em Distúrbios da Comunicação do Curso de Fonoaudiologia da Universidade Tuiuti do Paraná.
  • 6. Os números de sua biografia são imensos, 180 palestras em Curso de Graduação e Pós-Graduação, 73 Bancas Examinadoras, orientação de 15 Teses de Mestrado e Doutorado. Foi Membro de vários Conselhos e Comissões. Diretor de Publicação da Associação Médica do Paraná e da Academia Paranaense de Medicina. Foi Diretor da Faculdade Evangélica de Medicina do Paraná e Presidente desta Academia na Gestão 2001-2003. Várias vezes os títulos de Professor Homenageado, Paraninfo e Patrono. Recebeu Votos de Louvor outorgados pela Assembléia Legislativa do Estado do Paraná e também da Câmara Municipal de Curitiba. Foi Patrono da Cultura Brasileira, outorgado pela Fundação Santos Lima, Curitiba. Participou de 95 Jornadas e Congressos. Pertenceu a várias associações de anatomia, incluindo a Association des Anatomistas Françaises, de Geriatria e Gerontologia, de Filatelia, de História e de Literatura, como a Sociedade Brasileira de Médicos Escritores (SOBRAMES). Terminou sua tese de Mestrado em 1980 e a tese de Doutorado em 1993, na Escola Paulista de Medicina. Publicou os livros “Patronos da Academia Paranaense de Medicina” , "Manual Teórico-Prático do Exame Labiríntico” e “Multicisciplinaridade na Otoneurologia” . Foi autor de capítulos de livros e inúmeros trabalhos publicados em revistas nacionais e estrangeiras. Participou de 15 Mesas Redondas e de duas exposições filatélicas, em Munique em 2003 e em São Paulo em 2004. Assumir hoje a Cadeira No. 27, em sucessão ao querido Dr. Ari, é um desígnio desafiante. Seus discursos engalanaram estas solenidades com flores e versos. Sua filosofia mesclada à história aprofundaram as raízes desta casa. Senhoras e Senhores, é uma honra pertencer à esta egrégia Academia, que conhece o passado, vive o presente e consubstancia-se ao futuro. Na Medicina Ocidental, desde de Hipócrates e na Oriental, através de Huang Qi, o Imperador Amarelo, aprendemos que há que se examinar o paciente, sua atitude, respiração, excreções. São ensinamentos perenes, observados por Machado de Assis, porém pouco utilizados atualmente. A sofisticação de aparelhos e medicamentos ofuscaram a medicina. Cada vez menos olha-se para o paciente e cada vez menos entende-se de suas mazelas. Acredito que a Academia de Medicina com toda sua força, continue a empreender em sua mensagem, uma filosofia ética e eficaz no exercício da nossa profissão, seja ela clínica, cirúrgica, tecnológica ou genética, sempre focados na manutenção da saúde.
  • 7. Agradeço e regozijo-me com a presença de meus pais, Lita e Darcy. Das minhas filhas médicas Fernanda e Isabella, que com todos esses exemplos de grandes Esculápios, possam afinar suas carreiras. De Laura que dispõe de tempo para escolha. De meu neto Théo. De minha mulher, querida Ana Letícia. De meus amigos. Faço uma pequena e justa homenagem a meus parentes Acadêmicos desta casa, que durante minha infância tiveram um papel inspirador - os Acadêmicos Amaury Luciano de Munhoz Rocha e José Maria Munhoz da Rocha, este irmão de minha mãe. Agradeço ao Prof. Dr. Osvaldo Malafaia pela saudação repleta de profunda amizade e de determinada boa vontade. Senhores Acadêmicos, agradeço a disposição de concretizar, em parte o sonho do amigo e Acadêmico Ari, fazendo-me Acadêmico. Porém de seu sonho, muito mais que tornar-se Membro Emérito, estará sempre conosco, com suas palavras ecoando em nossos ouvidos e ressoando em nossos corações. Muito obrigado.