Candido Portinari nasceu em 1903 em São Paulo e manifestou desde cedo sua vocação artística. Mudou-se para o Rio de Janeiro aos 15 anos para estudar pintura e conquistou prêmios que lhe permitiram estudar em Paris. Ao retornar ao Brasil em 1931, decidiu retratar o povo brasileiro em suas telas, fundindo sua formação acadêmica com uma abordagem moderna e experimental. Sua obra posterior se caracterizou pelo tema social e pela militância política de esquerda. Faleceu em 1962 vítima de intox
1. Candido Portinari nasce no dia 30 de dezembro de 1903, numa
fazenda de café, em Brodósqui, no interior do Estado de São
Paulo.Filho de imigrantes italianos, de origem humilde, recebe
apenas a instrução primária e desde criança manifesta sua vocação
artística.
Aos quinze anos de idade vai para o Rio de Janeiro, em busca de um
aprendizado mais sistemático em pintura, matriculando-se na Escola
Nacional de Belas-Artes.
Em 1928 conquista o Prêmio de Viagem ao Estrangeiro, da Exposição
Geral de Belas-Artes, de tradição acadêmica. Parte em 1929 para
Paris, onde permanece até 1930.Longe de sua pátria, saudoso de
sua gente, decide ao voltar ao Brasil, no início de 1931, retratar em
suas telas o povo brasileiro, superando aos poucos sua formação
acadêmica e fundindo à ciência antiga da pintura, uma personalidade
moderna e experimentalista.
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3. Aos poucos, sua inclinação muralista
revela-se com vigor nos painéis
executados para o Monumento
Rodoviário, na Via Presidente Dutra,
em 1936, e nos afrescos do recém
construído edifício do Ministério da
Educação e Saúde, no Rio de Janeiro,
realizados entre 1936 e 1944. Estes
trabalhos, como conjunto e como
concepção artística, representam um
marco na evolução da arte de
Portinari, afirmando a opção pela
temática social, que será o fio
condutor de toda a sua obra a partir
de então.
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5. Em 1944, a convite do arquiteto Oscar Niemeyer, inicia as obras de
decoração do conjunto arquitetônico da Pampulha em Belo Horizonte,
Minas Gerais, destacando-se na Igreja de São Francisco de Assis, o
mural São Francisco (do altar) e a Via Sacra, além dos diversos painéis
de azulejo. A escalada do nazi-fascismo e os horrores da guerra
reforçam o caráter social e trágico de sua obra, levando-o à produção
das séries Retirantes (1944) e Meninos de Brodósqui (1946), assim
como à militância política, filiando-se ao Partido Comunista Brasileiro,
sendo candidato a deputado em 1945, e a senador em 1947.
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8. Na obra de Portinari são
inúmeras as influencias que
trabalharam para alcançar a
convergência de um almagama.
Se o expressionismo o puxou
para o registro convulso dos
dramas sociais, um certo
realismo de fundo ilustrativo-
literário logo veio ali ajuntar-se
para impedir a extrema vibração
do grito. Picasso o atraiu.
Surrealismo e abstracionismo
passam também por ele, porem
nunca como elemento
fundamental: fazem uma
atmosfera, um detalhe um indicio
de interesse.
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14. No final da década de 50
Portinari realiza diversas
exposições internacionais,
expondo em Paris e Munique em
1957. é o único artista brasileiro
a participar da exposição '50
Anos de Arte Moderna', no Palais
des Beaux Arts, em Bruxelas,
em 1958, e expõe como
convidado de honra, em sala
especial, na 'I Bienal de Artes
Plásticas' da Cidade do México.
Em 1959 expõe na Galeria
Wildenstein de Nova York e em
1960 organiza importante
exposição na Tchecoslováquia.
Em 1961 o pintor tem diversas
recaídas da doença que o
atacara em 1954 - a intoxicação
pelas tintas -, entretanto, lança-
se ao trabalho para preparar
uma grande exposição, com
cerca de 200 obras, a convite da
Prefeitura de Milão.
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17. Candido Portinari falece no dia 6 de fevereiro de 1962, vítima de
intoxicação pelas tintas que utilizava.