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SEELINGER, Helios Aristides (1878-1965). Nascido e falecido no Rio de Janeiro. Filho de pai
alemão e mãe brasileira descendente de franceses e gregos, Helios Seelinger estudou entre
1892 e 1896 na Escola Nacional de Belas Artes, tendo sido aluno de Henrique Bernardelli, a
conselho de quem embarcou em 1897 com destino à Alemanha. Radicou-se em Munique,
tendo estudado na Academia de Belas Artes local com Franz von Stuck. Numa entrevista a
Angyone Costa, diria, anos depois:

- De Stuck recebi a influência panteísta, que é fácil descobrir nos meus trabalhos. O misticismo,
revelado nos meus estudos de ateliê, desenvolveu-se, fortemente, ao influxo do idealismo
alemão. As lendas da Germânia, os cantos e narrações populares dos barqueiros do Reno, o
folclore da Floresta Negra, tão rico de tons pela frescura dos seus poemas, os rapsodos que
enchem uma viva página da literatura e da tradição alemã, recortaram, definitivamente, o perfil
de minha obscura personalidade. Saí isto que sou, da longa aprendizagem alemã. O meu
espírito, que denunciava, ao partir do Brasil, a maneira especial que define a minha arte,
desenvolveu-se integralmente dentro do espiritualismo germânico e tomou essa feição que vou
conduzindo comigo.

É importante lembrar que alunos de Stuck, ao tempo em que com ele estudou Seelinger, foram
também Kandinsky, Paul Klee e Franz Marc, com os quais o jovem brasileiro pode ter convivido
em Munique.

Pouco depois de regressar da Alemanha, Seelinger expôs na sede de O Malho, na Rua do
Ouvidor, no Rio de Janeiro. Houve quem, como Carlos Américo dos Santos, notasse a
"tendência artística singularmente moderna" do expositor, destacando em sua produção "a
influência dos neo-idealistas alemães, Boecklin, Hans Thoma, Klinger e mais talvez de Stuck";
a maior parte dos comentários foram porém desfavoráveis, a se dar crédito ao próprio artista,
que disse:

- A minha mostra, se não constituiu um sucesso, não passou, entretanto, desapercebida,
porque serviu, pelo menos, para que muita gente começasse a chamar-me de doido.

A partir de 1902 o artista começou a expor no Salão Nacional de Belas Artes, conquistando no
de 1903 o prêmio de viagem à Europa, com a grande composição Boêmios, na qual retrata,
entre outros, Gonzaga Duque, João do Rio, Luís Edmundo, Rodolfo Chambelland e Fiuza
Guimarães. Retornando à Europa logo após, dirige-se a Paris e passa a estudar com Jean-
Paul Laurens:

- Bernardelli dissera-me, naquele momento, que, para o Brasil, a arte alemã era ainda de difícil
compreensão, e por isso, julgava ser mais útil que eu me transportasse a Paris.

Tal mudança de orientação iria refletir-se de modo negativo na arte de Seelinger, que em
França tornar-se-ia talvez mais refinado, mas menos expressivo. De qualquer modo, a marca
alemã permaneceria muito nítida na sua produção dos próximos anos, alternando-se embora a
outras influências, como por exemplo a de Rochegrosse, o pintor das Salambôs, artista
predileto do próprio Flaubert. Assim, quando volta ao Brasil expõe, em 1908, no Museu
Comercial do Rio de Janeiro, uma série de obras, entre as quais Salambô e a Lua e Salambô
e a Cobra, que entusiasmam Gonzaga Duque:

- A Salambô que Helios nos apresenta, nesses dois pequenos quadros, prende-nos pela
singularidade do seu tipo, pela beleza moderna de suas formas, pela lubricidade desodorante
do seu corpo.

Gonzaga Duque aproxima-o de Rops, Steinlen e Forain, e lhe classifica a arte como "forte,
livre, impressionantemente pessoal, de um intuito perscrutante e simbólico".

Em 1910 o pintor foi escolhido pelo Ministério da Marinha para realizar as decorações do salão
nobre do Clube Naval, no Rio de Janeiro. Com o produto desse trabalho de novo segue para a
Europa, onde permaneceria até vésperas da Grande Guerra, especialmente em França e na
Bélgica. Tornando ao Brasil radicou-se em definitivo no Rio de Janeiro, com freqüentes
escapadas a outras cidades, principalmente São Paulo e Porto Alegre. Enquanto isso,
continuava expondo no Salão Nacional de Belas Artes, onde, após 1903, receberia ainda
medalha de ouro (1908) e, em 1951, medalha de honra. Paradoxalmente, e a despeito de ter
realizado sua carreira à sombra do Salão, foi o menos convencional e acadêmico dos pintores,
chegando a causar estranheza que o não tivessem convidado a participar da Semana de Arte
Moderna de 1922, ele que, uns poucos anos antes, fora o verdadeiro descobridor de Victor
Brecheret.

Por muitos anos funcionário do Museu Nacional de Belas Artes, Helios Seelinger criou, nos
porões da entidade, a Sociedade dos Artistas Nacionais, ao lado de Carlos Maul, Oswaldo
Teixeira, Odete Barcelos e outros. Era uma agremiação de conotaçâo tradicionalista, o que
mostra que, em matéria de orientação estética, o artista foi desconcertantemente eclético ou
(como ele mesmo dizia), um "salteado".

Tendo vivido longuíssima vida era natural que se repetisse, mormente após a década de 1930.
Terminaria por oferecer, às gerações mais novas, uma imagem apenas discreta de sua arte,
representada pelos quadros de caravelas ("Coalhei os mares com esses velhos barcos
portugueses. Os meus estaleiros não paravam. Não houve sala de português inteligente e
patriota que não tivesse ao menos um desses navios pendurados na parede"), símios e visões
românticas ou simbolistas de lagos, luares e ciprestes:

- Cansei-me de pintar caravelas e passei a pintar o lago, a lua e o cipreste. Estes três fatores
deram-me um motivo que explorei largamente, seguindo as variações de sentimento, de nossa
índole romântica. Enquanto foi possível despertar emoções, pintei o cipreste.

A retomada do interesse pela obra de Helios Seelinger é recente, estimulada pelo prestígio de
que ora desfrutam entre nós o Art Nouveau (sob cuja égide o pintor desenvolveu sua maneira,
na Munique de 1900) e o Simbolismo. Esse artista, boêmio incorrigível, carnavalesco,
irreverente, personagem de estórias e aventuras celebrizadas por Luís Edmundo em O Rio de
Janeiro do meu tempo, foi, em seus melhores momentos, um extraordinário criador de formas,
pintor ao mesmo tempo original e sincero, vulto proeminente do nosso pálido Simbolismo
pictórico e, sob muito aspectos, um prenunciador das modernas tendências que se
cristalizariam no Brasil após 1922.




                                Composição, óleo s/ tela, 1906;
                       0,88 X 0,65, Pinacoteca do Estado de São Paulo.

                               Luta pela vida, óleo s/ tela, 1955;
                       0,73 X 0,60, Museu Nacional de Belas Artes, RJ.

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Seelinger, helios aristides

  • 1. SEELINGER, Helios Aristides (1878-1965). Nascido e falecido no Rio de Janeiro. Filho de pai alemão e mãe brasileira descendente de franceses e gregos, Helios Seelinger estudou entre 1892 e 1896 na Escola Nacional de Belas Artes, tendo sido aluno de Henrique Bernardelli, a conselho de quem embarcou em 1897 com destino à Alemanha. Radicou-se em Munique, tendo estudado na Academia de Belas Artes local com Franz von Stuck. Numa entrevista a Angyone Costa, diria, anos depois: - De Stuck recebi a influência panteísta, que é fácil descobrir nos meus trabalhos. O misticismo, revelado nos meus estudos de ateliê, desenvolveu-se, fortemente, ao influxo do idealismo alemão. As lendas da Germânia, os cantos e narrações populares dos barqueiros do Reno, o folclore da Floresta Negra, tão rico de tons pela frescura dos seus poemas, os rapsodos que enchem uma viva página da literatura e da tradição alemã, recortaram, definitivamente, o perfil de minha obscura personalidade. Saí isto que sou, da longa aprendizagem alemã. O meu espírito, que denunciava, ao partir do Brasil, a maneira especial que define a minha arte, desenvolveu-se integralmente dentro do espiritualismo germânico e tomou essa feição que vou conduzindo comigo. É importante lembrar que alunos de Stuck, ao tempo em que com ele estudou Seelinger, foram também Kandinsky, Paul Klee e Franz Marc, com os quais o jovem brasileiro pode ter convivido em Munique. Pouco depois de regressar da Alemanha, Seelinger expôs na sede de O Malho, na Rua do Ouvidor, no Rio de Janeiro. Houve quem, como Carlos Américo dos Santos, notasse a "tendência artística singularmente moderna" do expositor, destacando em sua produção "a influência dos neo-idealistas alemães, Boecklin, Hans Thoma, Klinger e mais talvez de Stuck"; a maior parte dos comentários foram porém desfavoráveis, a se dar crédito ao próprio artista, que disse: - A minha mostra, se não constituiu um sucesso, não passou, entretanto, desapercebida, porque serviu, pelo menos, para que muita gente começasse a chamar-me de doido. A partir de 1902 o artista começou a expor no Salão Nacional de Belas Artes, conquistando no de 1903 o prêmio de viagem à Europa, com a grande composição Boêmios, na qual retrata, entre outros, Gonzaga Duque, João do Rio, Luís Edmundo, Rodolfo Chambelland e Fiuza Guimarães. Retornando à Europa logo após, dirige-se a Paris e passa a estudar com Jean- Paul Laurens: - Bernardelli dissera-me, naquele momento, que, para o Brasil, a arte alemã era ainda de difícil compreensão, e por isso, julgava ser mais útil que eu me transportasse a Paris. Tal mudança de orientação iria refletir-se de modo negativo na arte de Seelinger, que em França tornar-se-ia talvez mais refinado, mas menos expressivo. De qualquer modo, a marca alemã permaneceria muito nítida na sua produção dos próximos anos, alternando-se embora a outras influências, como por exemplo a de Rochegrosse, o pintor das Salambôs, artista predileto do próprio Flaubert. Assim, quando volta ao Brasil expõe, em 1908, no Museu Comercial do Rio de Janeiro, uma série de obras, entre as quais Salambô e a Lua e Salambô e a Cobra, que entusiasmam Gonzaga Duque: - A Salambô que Helios nos apresenta, nesses dois pequenos quadros, prende-nos pela singularidade do seu tipo, pela beleza moderna de suas formas, pela lubricidade desodorante do seu corpo. Gonzaga Duque aproxima-o de Rops, Steinlen e Forain, e lhe classifica a arte como "forte, livre, impressionantemente pessoal, de um intuito perscrutante e simbólico". Em 1910 o pintor foi escolhido pelo Ministério da Marinha para realizar as decorações do salão nobre do Clube Naval, no Rio de Janeiro. Com o produto desse trabalho de novo segue para a Europa, onde permaneceria até vésperas da Grande Guerra, especialmente em França e na
  • 2. Bélgica. Tornando ao Brasil radicou-se em definitivo no Rio de Janeiro, com freqüentes escapadas a outras cidades, principalmente São Paulo e Porto Alegre. Enquanto isso, continuava expondo no Salão Nacional de Belas Artes, onde, após 1903, receberia ainda medalha de ouro (1908) e, em 1951, medalha de honra. Paradoxalmente, e a despeito de ter realizado sua carreira à sombra do Salão, foi o menos convencional e acadêmico dos pintores, chegando a causar estranheza que o não tivessem convidado a participar da Semana de Arte Moderna de 1922, ele que, uns poucos anos antes, fora o verdadeiro descobridor de Victor Brecheret. Por muitos anos funcionário do Museu Nacional de Belas Artes, Helios Seelinger criou, nos porões da entidade, a Sociedade dos Artistas Nacionais, ao lado de Carlos Maul, Oswaldo Teixeira, Odete Barcelos e outros. Era uma agremiação de conotaçâo tradicionalista, o que mostra que, em matéria de orientação estética, o artista foi desconcertantemente eclético ou (como ele mesmo dizia), um "salteado". Tendo vivido longuíssima vida era natural que se repetisse, mormente após a década de 1930. Terminaria por oferecer, às gerações mais novas, uma imagem apenas discreta de sua arte, representada pelos quadros de caravelas ("Coalhei os mares com esses velhos barcos portugueses. Os meus estaleiros não paravam. Não houve sala de português inteligente e patriota que não tivesse ao menos um desses navios pendurados na parede"), símios e visões românticas ou simbolistas de lagos, luares e ciprestes: - Cansei-me de pintar caravelas e passei a pintar o lago, a lua e o cipreste. Estes três fatores deram-me um motivo que explorei largamente, seguindo as variações de sentimento, de nossa índole romântica. Enquanto foi possível despertar emoções, pintei o cipreste. A retomada do interesse pela obra de Helios Seelinger é recente, estimulada pelo prestígio de que ora desfrutam entre nós o Art Nouveau (sob cuja égide o pintor desenvolveu sua maneira, na Munique de 1900) e o Simbolismo. Esse artista, boêmio incorrigível, carnavalesco, irreverente, personagem de estórias e aventuras celebrizadas por Luís Edmundo em O Rio de Janeiro do meu tempo, foi, em seus melhores momentos, um extraordinário criador de formas, pintor ao mesmo tempo original e sincero, vulto proeminente do nosso pálido Simbolismo pictórico e, sob muito aspectos, um prenunciador das modernas tendências que se cristalizariam no Brasil após 1922. Composição, óleo s/ tela, 1906; 0,88 X 0,65, Pinacoteca do Estado de São Paulo. Luta pela vida, óleo s/ tela, 1955; 0,73 X 0,60, Museu Nacional de Belas Artes, RJ.