CASTANHEIRA DE PERA/Incêndios: Após cinco anos há mais prevenção e capacidade de resposta

Marcelo Rebelo de Sousa voltou à região para participar na homenagem às vítimas.

CASTANHEIRA DE PERA/Incêndios: Após cinco anos há mais prevenção e capacidade de resposta

Cinco anos depois dos incêndios de Pedrógão Grande, que provocaram 66 mortos e 253 feridos, sete dos quais graves, Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República, marcou presença em Castanheira de Pera, ontem, dia 17, em mais uma homenagem às vítimas.
Após a missa pelas vítimas dos incêndios de junho de 2017, o Presidente da República disse que, passado este tempo há “maior capacidade de prevenção" e de reposta aos incêndios face a 2017. No entanto, do outro lado da balança estão a gestão da floresta e o arranque da economia local, aspetos “mais difíceis de ultrapassar".
Se a gestão das florestas demorará “muito tempo a fazer”, as economias continuam “pobres”, sublinhou Marcelo Rebelo de Sousa, sendo que a pandemia também não veio ajudar a equilibrar a balança.
"Há que dizer que em matéria de prevenção e de resposta, se aprendeu uma parte importante das lições do que aconteceu e que hoje há alguma capacidade maior de prevenção e, sobretudo, de resposta àquilo que aconteceu ou que pode vir a acontecer de análogo aqui (Castanheira de Pera, Pedrógão Grande e Figueiró dos Vinhos), disse o chefe de Estado em declarações aos jornalistas, realçando e agradecendo o “grande esforço feito por estas comunidades nestes três municípios”.
A missa foi presidida pelo bispo de Coimbra, Virgílio Antunes que sublinhou que "aqui também é Portugal, um Portugal belo, de gente feliz, cheia de energia, de gente com coragem que quer estar de corpo e alma envolvida no país", apesar das dificuldades.
Virgílio Antunes salientou que a missa celebra a morte que chegou de forma inesperada e em circunstâncias "tão trágicas", referindo-se aos "avassaladores incêndios", para assinalar que se celebra também a vida "dos que aqui estão e que continuam a fazer o seu percurso".
Na missa, concelebrada pelos párocos dos três concelhos e onde estiveram várias entidades, incluindo a secretária de Estado da Proteção Civil, Patrícia Gaspar, foram lidos os nomes das 66 vítimas mortais dos incêndios.
Além das referidas mortes, os fogos destruíram cerca de meio milhar de casas e 50 empresas. A maioria das vítimas mortais morreu na Estrada Nacional 236-1, entre Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos.
Os incêndios de outubro de 2017 na região Centro provocaram 49 mortos e cerca de 70 feridos, registando-se ainda a destruição, total ou parcial, de cerca de 1.500 casas e mais de 500 empresas.

Foto: Arquivo RC

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