Artesanato
As cores e histórias dos brinquedos de miriti
Os brinquedos de miriti levam cor e leveza à festa do Círio de Nazaré
1 min de leituraDesde a primeira procissão do Círio de Nazaré em 1793, Belém do Pará é invadida pelos brinquedos de miriti. São animais, barcos e bonecos esculpidos à mão por artesãos de Abaetetuba, município próximo da capital. As peças são expostas em girândolas, suportes em forma de cruz, e também na Feira de Artesanato do Círio. "Elas representam 60% das peças mostradas, já que são tradição da festa", diz Artur Cobas, diretor do Sebrae Pará, que realiza a feira. Os itens também funcionam como ex-votos – objetos feitos em agradecimento a uma prece alcançada. Os barcos são os mais comuns, levados nos ombros de pescadores gratos pela boa safra do ano.
A confecção dos brinquedos começa com a coleta dos talos das palmeiras, em locais aonde só se chega de barco. Retira-se a casca e aproveita-se o miolo, que lembra a textura do isopor. Por colher apenas os galhos, a atividade não é predatória, uma vez que a árvore é mantida viva. Depois de esculpido, colado e lixado, o artesanato recebe cores alegres. O resultado mostra toda a sensibilidade artística do caboclo paraense e a beleza do universo que o cerca.
As medidas seguem o padrão L x A x P (largura x altura x profundidade).
Preços pesquisados em fevereiro e sujeitos a variação.