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Cada vez menos as crianças estão saindo para brincar ao ar livre. Hoje apena 27% dos pequenos têm o hábito de se divertir fora de casa. Há algumas décadas, quando a população de 55 a 64 anos era criança, esse número era de 80%. 

Crianças brincando na natureza (Foto: Kampus Production/Pexels)

Crianças brincando na natureza (Foto: Kampus Production/Pexels)

Os dados são resultado de uma pequisa feita com 3 mil famílias e organizada pela agência de marketing britânica OnePoll. O trabalho mostrou que as atividades ao ar livre na infância estão ficando cada mais raras, conforme o tempo passa e chegam novas gerações. 

“É de se esperar que essa mudança tenha consequências para o desenvolvimento dos jovens, como amizades, habilidades sociais, liberdade, independência, senso de divisão... Também estamos preocupados que essas mudanças possam ter um efeito adverso em sua saúde mental. Como sociedade, talvez não estejamos levando a brincadeira a sério o suficiente", diz Helen Dodd, professora de Psicologia Infantil da Universidade de Exeter (Inglaterra). 

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Além de estarem saindo menos para brincar, as crianças de hoje em dia são mais repreendidas quando fazem isso. Um quarto delas diz que os pais ou vizinhos sempre chamam para voltarem para casa. Outros 30% dizem que foram orientadas a parar de fazer barulho lá fora. "Quase parece que estamos voltando a um patamar em que não queremos ser perturbados por 'crianças barulhentas'", afirma a especialista. 

Se por um lado os adultos repreendem as crianças por brincar, por outro elas mesmas provam a importância de aprender enquanto se divertem. A pesquisa também apontou que crianças com menos de 13 anos que brincam com frequência fora de casa apresentam melhor saúde mental. Os adultos que também tinham esse hábito relataram a mesma coisa.