• Andressa Basilio
Atualizado em
De repente, você deixa o bebê no berço um dia e quando percebe ele rolou para o lado... (Foto: Thinkstock)

De repente, você deixa o bebê no berço um dia e quando percebe ele rolou para o lado... (Foto: Thinkstock)

Essa etapa acontece por volta dos 4 ou 5 meses, um pouco antes de o bebê conseguir sustentar a cabeça. Um belo dia você o coloca na cama e, ops, ele se vira. Se você está passando por isso, pode comemorar a conquista, já que essa é a primeira etapa para ter maior autonomia na locomoção. Logo ele conseguirá sentar sem apoio, engatinhar e, finalmente, dar os primeiros passinhos.

Apesar de simples, o movimento é extremamente importante para o desenvolvimento infantil. Do ponto de vista motor, virar de barriga para cima ou para baixo, arrastar-se para os lados ou empurrar o próprio corpo para frente ou para trás são ações que ajudam a fortalecer a musculatura dorsal que, mais para frente, serão fundamentais para a aquisição de movimentos mais complexos, como andar, correr e pular.

Geralmente, motivada pelo desejo de alcançar algum brinquedo ou de se aproximar dos pais, rolar por aí é a primeira maneira de seu filho explorar o ambiente por conta própria. “Quando a criança percebe que consegue chegar a algum lugar, ela começa a ter consciência corporal”, explica a psicóloga do Hospital Infantil Sabará (SP), Andréia Mutarelli. Isso significa que esse movimento mais autônomo ajuda o bebê a perceber que o corpo que ele mexe o pertence. Parece óbvio, mas quando uma criança nasce, não sabe se diferenciar da mãe e do ambiente em que vive. Esse conhecimento acontece aos poucos.

Inimigos dos primeiros movimentos

O mais comum é que os bebês primeiro se virem de barriga para cima (a partir de uma posição de bruços) do que o contrário. O movimento inverso é conquistado quando eles estão com os músculos do tronco e dos braços mais desenvolvidos. O problema é que nem sempre os adultos permitem que isso aconteça, como mostrou um estudo da Universidade de Ciências e Saúde de Indianápolis, nos Estados Unidos.

Ao analisar o desenvolvimento muscular dos bebês e a rotina dos pais, os cientistas concluíram que a insuficiência de atividade diária retarda o desenvolvimento muscular que a aquisição de habilidades motoras requer. Muito disso foi atribuído ao uso excessivo de carrinhos e cadeiras multifuncionais – sabe aquelas que você e seu filho adoram porque oferecem um monte de entretenimento? Para combater esse problema, que tal colocar a criança no chão? Assim, ela será obrigada a mexer a cabeça para buscar aquilo que interessa.

Se o seu bebê já chegou aos 6 meses e ainda não rolou, Andréia garante que não há motivo para pânico. “Alguns podem demorar mais e outros nem chegam a se virar, indo direto para a fase de sentar e engatinhar”. O importante é controlar a ansiedade do momento e observar as pequenas habilidades, que vão sendo conquistadas. “Desde que ele esteja explorando os arredores, não há com o que se preocupar”, afirma a especialista.

Você já curtiu Crescer no Facebook?