• Redação Galileu
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Leopardo foi vista na região de Thaba Tholo, na África do Sul (Foto: Black Leopard Mountain Lodge)

Leopardo foi vista na região de Thaba Tholo, na África do Sul (Foto: Black Leopard Mountain Lodge)

Na região de Thaba Tholo, na África do Sul, uma câmera fixa em uma árvore flagrou uma  leopardo fêmea com uma coloração rara, resultado de uma mutação genética. O animal estava se alimentando de uma girafa, que havia morrido após uma tempestade de raios (veja a foto abaixo).

Alan Watson, dono de uma hospedaria da região chamada Black Leopard Mountain Lodge, brincou ao dizer que esperava apenas ver “várias fotos da grama se movendo”. Mas ele ficou surpreso ao ver a leopardo, que ganhou o nome de Goldie.

“Eu estava no bar, quando um pesquisador, chocado e pálido, estava olhando as fotos e nos disse ‘vocês precisam ver isso' ”, relatou Watson. “Lá estava ela, aquela leopardo dourada se alimentando das 7h até as 9h da manhã. Foi muito legal”.

O empresário e a esposa, Lynsey, já tinha ouvido falar de Goldie, que já tinha sido vista nos arredores da hospedaria. A felina fora filmada em 2015 e, desde então, estava sendo “monitorada ao longo dos anos para que sobrevivesse até a vida adulta”.

Leopardo se alimenta de carcaça de girafa  (Foto:  Black Leopard Mountain Lodge)

Leopardo se alimenta de carcaça de girafa (Foto: Black Leopard Mountain Lodge)

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Provavelmente o que criou a penugem especial de Goldie foi o eritrismo, uma mutação genética relacionada a um gene recessivo que substitui um pigmento normal por uma pigmentação vermelha. Em humanos, isso pode resultar em pelos ou cabelos ruivos e até em sardas.

Na natureza, um estudo de 1982, mostrou que existem salamandras Plethodon cinereus com essa coloração única no nordeste dos Estados Unidos. Em leopardos, a condição é tão rara que um outro estudo de 2016 apontou para a existência de só cinco desses animais especiais registrados na Índia.

Já em Thaba Tholo, os pesquisadores viram que, dos 28 leopardos da região, cerca de 7% deles tinham esse padrão de cor único. Acredita-se que a coloração esteja relacionada à reprodução dos animais em cativeiro. Isso teria diminuído o tamanho da população de felinos e mantido o gene responsável pela mutação que valoriza o tom avermelhado, passado entre diferentes gerações.

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