• Redação Galileu
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Fósseis de 125 milhões de anos pertence a dinos mortos por erupção vulcânica (Foto: Carine Ciselet)

Fósseis de 125 milhões de anos pertence a dinos mortos por erupção vulcânica (Foto: Carine Ciselet)

Um grupo de paleontólogos descobriu uma nova espécie de dinossauro "escavador" na China, a Changmiania liaoningensis. Encontrados na provínica de Liaoning, fósseis de dois desses animais sugerem que eles estavam dormindo em duas tocas no momento em que foram atingidos por  uma erupção vulcânica.

A espécie recém-descrita é um ornitópode, ou seja, pertence a um grupo de dinossauros hervíboros que prosperou o período Cretáceo, há aproximadamente 125 milhões de anos. Não há vestígios de que os Changmiania liaoningensis tivessem penas.


Os fósseis encontrados estão em um ótimo estado de perservação, sem sinais de que que os ossos tenham sido movidos após a morte dos animais. "Esses animais foram rapidamente cobertos por sedimentos finos enquanto ainda estavam vivos ou logo após sua morte", disse em nota o paleontólogo Pascal Godefroit, do Instituto Real Belga de Ciências Naturais.

Fósseis de Changmiania liaoningensis encontrados na formação Yixian, na província de Liaoning, China (Foto: RBINS)

Fósseis de Changmiania liaoningensis encontrados na formação Yixian, na província de Liaoning, China (Foto: RBINS)


Godefroit e seus colegas chineses e franceses escolheram nome Changmiania liaoningensis porque "changmian" significa "sono eterno" em chinês. Os dorminhocos eram pequenos bípedes, com cerca de 1,2 metro de comprimento e, por serem ornitópodes, pertenciam ao mesmo grupo de dinossauros como os iguanodons e os hadrossauros. Com suas patas traseiras muito poderosas e cauda longa e rígida, tudo indica que os C. liaoningensis eram corredores natos.

“Além disso, certas características do esqueleto sugerem que os C. liaoningensis podiam cavar tocas, assim como os coelhos fazem hoje. Seu pescoço e antebraços são muito curtos, mas robustos; suas omoplatas são características de vertebrados escavadores e o topo do focinho tem o formato de uma pá”, finaliza Godefroit.

O estudo que descreve a nova espécie foi publicado no início de setembro na revista Peer J.