• Marilia Marasciulo
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Monge budista durante meditação (Foto: Pixabay)

Monge budista durante meditação (Foto: Pixabay)

Em sânscrito, budi significa “acordar, observar, tornar-se consciente”. É essa a principal filosofia que baseia o Budismo, quarta maior religião do mundo e que surgiu na Índia há cerca de 2,5 mil anos. Baseada nos ensinamentos de Siddhārtha Gautama, é uma religião não teísta, ou seja, não inclui a ideia de uma deidade — um ou vários deuses.

Como, quando, onde e por quem foi fundada?
Em uma região da Índia que hoje pertence ao Nepal, o príncipe Siddhārtha Gautama cresceu isolado do mundo até os 29 anos. Quando finalmente percebeu que riqueza e luxo não garantiam felicidade, partiu em busca de compreender e encontrar um método que acabasse com o sofrimento humano. Ele chegou à conclusão de que isso seria possível ao evitar ações não virtuosas, praticar o bem e dominar a própria mente. Considerado iluminado, passou a ser conhecido como Buda Sakyamuni e proferiu seus ensinamentos até os 80 anos.

Quais os principais preceitos?
A essência dos ensinamentos de Buda são as Quatro Nobres Verdades (a vida é sofrimento; o sofrimento é fruto do desejo; o sofrimento acaba quando termina o desejo; e isso é alcançado quando se segue os ensinamentos de Buda). A quarta Nobre Verdade se desdobra nos ensinamentos para a libertação do sofrimento, conhecido como o Nobre Caminho Óctuplo.

Quantos seguidores a religião tem atualmente e onde eles estão?
Atualmente, existem cerca de 500 milhões de seguidores do Budismo no mundo, concentrados principalmente no Japão, China, Tibete e Tailândia. No Brasil, existem cerca de 245 mil budistas.

Qual a maior curiosidade sobre o Budismo?
Dois termos muito usados por ateus, agnósticos e às vezes até pessoas que seguem outras religiões têm como base princípios budistas: o carma e o nirvana. O carma é considerada pelos budistas a lei segundo a qual toda ação tem um peso que, a longo prazo, traz felicidade (se forem boas, como generosidade) ou infelicidade (mentir, roubar ou matar).

O peso de cada ação é determinado pela frequência, intenção, arrependimento, entre outros. Já o nirvana, meta do Budismo, é uma condição de extrema paz, iluminação, “o apagar do fogo das paixões” e a extinção  do ego, e o fim da necessidade de reencarnar. O nirvana é, na prática, o que tornaria um homem comum um Buda.

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