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Simone Spoladore participa de leitura dramatizada de Amuleto, no Festival Babel de Literatura (Foto: Vinícius Mochizuki)

Simone Spoladore participa de leitura dramatizada de Amuleto, no Festival Babel de Literatura (Foto: Vinícius Mochizuki)

Depois de interpretar a personagem Clotilde de Éramos Seis, encerrada em março, Simone Spoladore viajou a Londres, na Inglaterra, e agora está na Suíça para participar da leitura dramatizada de Amuleto, no Festival Babel de Literatura, neste domingo (20). Na leitura, a atriz irá dividir a personagem principal, Auxílio Lacouture, com a atriz argentina Anahì Traversi.

O festival é realizado pelo escritor suíço-italiano Vanni Bianconi, marido de Simone. É com ele e a enteada, Loren, que a atriz passa a quarentena, motivada pela pandemia do coronavírus. "Vanni, Loren e eu estudamos juntos a história do mundo", conta ela, também empolgada para a estriea do longa-metragem Aos Pedaços, com direção e roteiro original de Ruy Guerra, um dos principais diretores do Cinema Novo. A estreia do longa será no Festival de Gramado que acontece entre 18 e 26 de setembro.

Quem: Filmes do Ruy Guerra costumam gerar boas expectativas. O que pode nos falar sobre o trabalho em Aos Pedaços?
Simone Spoladore:
Foi uma experiência única fazer um filme do Ruy Guerra. Nunca mais farei em outro filme o que fiz em cena nesse. E isso tem a ver com o jeito que o Ruy pensa o cinema. Ao mesmo tempo que ele exige precisão dos atores, exige total liberdade de criação no instante da cena. E isso é maravilhoso porque você dá um pulo no vazio.

Aos Pedaços foi selecionado para o Festival de Gramado, que é realizado de maneira diferente em 2020 por conta da pandemia do coronavírus. Como enxerga as dificuldades que a classe artística tem enfrentado?
Estamos atravessando um momento muito difícil e usando a criatividade para continuarmos vivendo e fazendo arte. Acho que a vida é assim, fazer o que a gente pode com o que a gente tem no momento presente. E também continuar imaginando e lutando por um outro futuro, um que seja diferente.

Simone Spoladore e Chris Ubach em cena do filme Aos Pedaços, de Ruy Guerra (Foto: Divulgação)

Simone Spoladore e Chris Ubach em cena do filme Aos Pedaços, de Ruy Guerra (Foto: Divulgação)

De que forma tem encarado o período de pandemia em Londres? Há quanto tempo está aí?
Fui para Londres em março, depois do término das gravações de Éramos Seis. Ficamos a maior parte do  tempo  em casa, apenas saindo para  algumas caminhadas. Vanni, Loren e eu estudamos juntos a história do mundo. No momento, estamos na Suíça nos preparando para Babel Festival de Literatura e Tradução, realizado ao longo deste fim de semana.

Você também participará de uma leitura dramática em um festival europeu? Como se prepara para este trabalho?
A apresentação será presencial, mas toda a programação pode ser acompanhada online nas plataformas do Festival. Vou fazer uma leitura em italiano de trechos de “Amuleto”, de Roberto Bolaño, que é um dos maiores autores latino-americanos. A personagem Auxílio Lacouture é uma uruguaia que vive no México. Sendo assim, para dar vida à leitura, vou usufruir da minha raiz latino-americana.

Simone Spoladore passa a quarentena na Europa (Foto: Vinícius Mochizuki)

Simone Spoladore passa a quarentena na Europa (Foto: Vinícius Mochizuki)