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Catarina Barreiros: “Usar o bidé consome muito menos água do que o papel higiénico”

17 jun, 2023 • Ana Catarina André


Tem mais de 100 mil seguidores no Instagram. Aos 29 anos, a influencer e empreendedora partilha conteúdos sobre reutilização e sustentabilidade. "Leio o que a evidência científica diz sobre um tema e tento traduzir para que qualquer pessoa consiga entender.”

Da primeira vez que Catarina Barreiros ouviu falar, numa conferência, sobre a possibilidade de se usar o bidé em vez de papel higiénico, como um comportamento mais amigo do ambiente, achou que “a estupidez humana tinha chegado ao limite”, e saiu da sala.

Nessa altura, não imaginava que alguns anos depois seria ela própria a defender este hábito. “Hoje, acho mais confortável lavar-me com água do que com um papelinho”, diz a ambientalista em entrevista ao podcast Bolsa de Futuro. E garante: “Usar o bidé consome muito menos água do que o papel higiénico”.

Fazendo as contas, Catarina Barreiros concluiu que a utilização do bidé implica um gasto de 25 litros de água por semana, enquanto o papel ascende a 300 litros. “Não há comparação”, sublinha, contando que este foi um dos conteúdos que partilhou nas suas redes sociais. “Leio o que a evidência científica diz sobre um tema e tento traduzir para que qualquer pessoa consiga entender.”

Aos 29 anos, criou uma comunidade que quer mudar comportamentos e combater as alterações climáticas. Com mais de 100 mil seguidores no Instagram, é uma das influencers mais seguidas nesta área. Licenciou-se em arquitetura, mas percebeu cedo que não queria exercer a profissão. Fez dois mestrados e, durante a pandemia, decidiu lançar um site com três produtos para o cabelo, no sótão de casa. “Achei que seria um hobby de sexta-feira à tarde”, conta, divertida.

A procura foi tanta que o projeto cresceu rapidamente. A Loja do Zero, como lhe chamou, passou a disponibilizar cada vez mais produtos e foi preciso criar uma equipa. Catarina Barreiros deixou o emprego e dedicou-se a tempo inteiro à iniciativa. Uma mudança que se espelhou também em casa e na família. As compras passaram a ser feitas a granel. A roupa é preferencialmente comprada em segunda mão e a compostagem é uma prática regular.

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