Consumismo: Lições dos Delírios de Becky Bloom

Nesse postblog da Seu Cliente Oculto, vamos falar mais sobre consumismo e também fazer uma pequena resenha do filme “Os Delírios de Consumo […]

Vittor Santos
16 de maio de 2022

Nesse postblog da Seu Cliente Oculto, vamos falar mais sobre consumismo e também fazer uma pequena resenha do filme “Os Delírios de Consumo de Becky Bloom”.

Ele é um longa-metragem extremamente importante para este tema, além de ser um filme muito divertido de se assistir.

Você se considera uma pessoa consumista? Já comprou alguma coisa sem necessidade, mas que estava na promoção? Já foi no shopping e saiu de lá com várias compras parceladas com o cartão de crédito?

Então, fica com a gente e saiba mais sobre o assunto!

O que é Consumismo?

Primeiramente, antes de falar sobre o filme, é importante que você entenda o que é o consumismo e qual é a diferença entre ele e o consumo.

A princípio, o Consumismo é o ato que está relacionado ao consumo excessivo, ou seja, à compra de produtos ou serviços de modo exagerado.

Logo, o consumismo é característico das sociedades modernas capitalistas e da expansão da globalização.

Ele está inserido na denominada: “Sociedade do Consumo”, onde ocorre o consumo massivo e desenfreado de bens e serviços que visa, sobretudo, o lucro das empresas e o desenvolvimento econômico.

 

O que é Consumismo?

 

Consumo e Consumismo

Aliás, os termos “consumo” e “consumismo” são distintos.

Isto é, o primeiro está associado ao ato de consumir, necessário a todos os seres humanos.

Contudo, o segundo está associado à patologia, na medida que remete ao consumo excessivo e alienado, ou seja, denota uma perturbação mental.

De tal maneira, todas as pessoas inseridas no mundo atual são consumidoras, no entanto, os consumistas levam esse ato ao extremo, comprando deliberadamente diversas coisas das quais geralmente não necessitam.

 

Consumo e Consumismo

 

Os Delírios de Consumo de Becky Bloom – Resenha

AVISO DE SPOILER!

Antes de mais nada, os Delírios de Consumo de Becky Bloom foi o primeiro livro criado pela escritora britânica Sophie Kinsella.

Além disso, a série Becky Bloom possui 8 livros lançados e o filme que iremos comentar é a adaptação do primeiro da sequência, feita pelo diretor P.J. Hogan.

Estreado em 2009 e lançado no Brasil pela editora Record, o filme conta a história de Rebecca Bloomwood, uma jovem jornalista da cidade de Nova York e uma mulher extremamente consumista que está afundada em dívidas do cartão de crédito.

A moça mora em um apartamento alugado pela sua melhor amiga, Suze, no centro da cidade.

O quarto dela mais se parece com um provador de lojas do que um quarto de verdade.

Ou seja, ele é lotado de peças como: sapatos, bolsas, blusas, calças, joias, dentre outros produtos.

O engraçado é que Becky não é rica, pelo contrário. Infelizmente, ela não consegue se controlar quando o assunto é compras, tanto que suas dívidas chegam à quase 16 mil, e a situação só piora quando ela é demitida do atual emprego.

Apesar disso, mesmo sem trabalho e sem dinheiro, isso não impede a jovem de continuar comprando todos os produtos que ela fica interessada.

Aliás, nem os mais de dez cartões de crédito que ela possui são o suficiente para satisfazer as suas vontades.

Constantemente, a tentação para a Becky é tanta que as pessoas até conversam com ela, incentivando a comprar cada vez mais.

Nesse sentido, uma frase que ela fala em um momento de tristeza no filme mostra o quanto o hábito de compras excessivo tem poder sobre ela: “Quando eu compro o mundo fica melhor. E quando eu paro, ele deixa de ser. Aí eu compro outra vez.”

 

Os Delírios de Consumo de Becky Bloom - Resenha

 

O Drama de Rebecca Bloomwood

Um dia, Becky está passeando em uma loja quando ela avista o item mais maravilhoso que já viu na vida: uma echarpe verde.

Com a ajuda de um homem misterioso, que estava comprando cachorro quente por perto, ela consegue comprar a echarpe.

Todavia, esse homem revela ser ninguém menos que Luke Brandon, dono da Brandon Communications, uma empresa de relações públicas.

A principio, Rebecca possuía o grande sonho de trabalhar em uma das maiores revistas de moda da cidade.

No entanto, por ironia do destino, acaba indo trabalhar em uma revista de economia ao lado de Luke.

Com uma visão bem particular sobre dinheiro, ela acaba fazendo sucesso com os leitores da revista.

Usando o codinome de “a garota da echarpe verde”, ela escreve as matérias de economia em um tom bem leve, descontraído e que gera identificação dos seguidores com as histórias que ela conta.

O mais engraçado é que a própria Becky não segue os conselhos ao pé da letra.

Além dos problemas no trabalho, a jovem também precisa lidar com o gerente de um dos bancos (Derek Smeath) que ela está devendo rios de dinheiro.

O fato de não pagar essas contas faz com que Becky se dê conta da gravidade dos seus problemas financeiros e que ela precisa diminuir o seu consumismo excessivo.

Eventualmente, ela até mesmo procura um grupo de consumistas anônimos para ajudá-la a combate o vício.

 

O Drama de Rebecca Bloomwood

 

Consumismo está presente na infância

Um dos pontos que o filme nos alerta é sobre os diferentes tipos de persuasão que encontramos ao nosso redor.

Quando Rebecca conta a sua infância no início do longa metragem, ela fala uma frase que é o retrato perfeito do pensamento capitalista:Quando eu olhava para as vitrines, via outro mundo. Um mundo de sonho repleto de coisas perfeitas. Um mundo onde as meninas crescidas compravam o que queriam. Eram lindas como fadas e princesas. Nem precisavam de dinheiro, tinham cartões mágicos”.

Neste trecho, podemos perceber traços de consumismo surgindo desde a infância da jovem.

Apesar dessa cena demonstrar de forma cômica esse contexto, nos aborda uma visão crítica sobre o assunto.

Um dos pilares da Educação Financeira é reconhecer o valor das coisas e compreender que sempre há um sacrifício interligado à obtenção de um determinado item ou serviço.

Quando crianças, o processo para compreender isso se torna mais difícil, pois ainda existe um grande tabu em falar de dinheiro com crianças, pois seria “conversa de adulto”.

Aliás, quem nunca presenciou, ou até mesmo participou de uma situação, onde falamos para uma criança que não temos dinheiro e ela responde: “Ah, mas é só passar no cartão”, como se cartão não fosse dinheiro rsrs.

Desse modo, é muito importante que os país conversem com os seus filhos sobre dinheiro e consequentemente, fazê-los entender de forma leve a importância do mesmo.

 

Consumismo está presente na infância

 

Cartões de Crédito em excesso

Quando o filme vai mudar de cenário, infância para vida adulta, Becky diz a seguinte frase: “Eu queria um cartão pra mim, mas mal sabia eu que teria doze!.

E com o passar do enredo, vemos que Becky usa estes cartões em vários estabelecimentos, tanto que em um deles ela usa quase todos os cartões para comprar uma única peça de R$120,00.

Tem até um momento do filme onde ela acha que os cartões foram clonados, pois ela perdeu totalmente o controle das compras.

Por isso, é muito importante que sempre que utilizarmos um cartão de crédito, irmos anotando o valor e pra qual finalidade ele foi gasto.

Seja em uma planilha do Excel ou em um fichário, anote todas as suas contas, afim de evitar surpresas desagradáveis no final mês e não perder o controle.

Cartões de Crédito em excesso

 

Garota do Echarpe Verde

Como falamos anteriormente, a história do filme inicia com a admissão de Becky no novo cargo de colunista em uma revista de finanças.

A protagonista foi alocada para escrever sobre boas práticas nas finanças pessoais. E então, surge o grande problema: Como escreveria sobre algo que era tão irreal em sua vida?

Bom, para isso, a protagonista resolveu escrever sobre suas experiências com as compras, dando um toque mais “positivo” ao desenrolar das suas histórias.

Através dos seus textos de linguagem simples, conseguiu dar vários conselhos de boas práticas financeiras que foram um verdadeiro sucesso na coluna da revista.

Foi exatamente nesse contexto que surgiu o seu alter ego: a Garota da Echarpe Verde.

Para assinar os artigos, ela precisava de um nome fictício que não revelasse sua identidade.

Então, para todos os efeitos, a Garota do Echarpe Verde era uma assídua poupadora com vasta experiência e uma educação financeira de primeira.

Do outro lado, existia apenas a Becky Bloom: endividada, com seus 12 cartões de crédito em inadimplência e prestes a ser colocada para fora do seu apartamento pelo não pagamento do aluguel.

 

Garota do Echarpe Verde

 

Negação da Consumista

O grande problema que Becky se encontra no filme é a negação ao seu consumismo.

Frente aos malefícios ele lhe causou, era óbvia a necessidade de mudança e de correr atrás do prejuízo.

Mas, manter-se em negação e postergar mudanças era mais confortável.

Aliás, ao invés de pagar as dívidas e se pôr nos eixos, é muito mais prazeroso comprar uma bolsa a mais, não é?

Nesse ponto, podemos pensar um pouco além do que o contexto do filme “Os Delírios de Consumo de Becky Bloom” mostra.

Muitas pessoas utilizam as compras como uma tentativa de suprir problemas pessoais. Isso é um ato extremamente perigoso.

As questões comportamentais são totalmente aplicáveis aqui. O ser humano está propenso a tentar buscar meios imediatistas de resolver seus problemas, e, por vezes, pode acabar gerando um outro bem maior.

Nesse ponto da história da Becky Bloom, temos uma sequência de acontecimentos negativos, como embates com Luke e Suze, que a obriga a sair da sua bolha de negação pois não é mais uma escolha e sim a única solução.

 

Negação da Consumista

 

A Superação do Consumismo

Diante dos problemas, Becky resolve dar a volta por cima, fazendo um grande bazar de toda a sua extensa coleção de roupas, sapatos e bolsas.

Esse ponto da história marca uma grande superação para a personagem: o desapego material e o pontapé para um consumo saudável.

A superação lhe foi imposta como obrigação, pois não haveria outras alternativas a não ser mudar e buscar meios de compensar os prejuízos em sua vida financeira.

Mas o que o drama revela é a evolução da protagonista frente a realidade em que vive, tomando ciência das suas consequências.

 

A Superação do Consumismo

 

Lições importantes e pontos de reflexão

O filme “Os Delírios de Consumo de Becky Bloom”, narra de forma muito divertida toda a trajetória de altos e baixos da Rebecca Bloomwood.

Contudo, certamente, nos inspira a pensar em diversas questões aplicáveis ao nosso dia a dia e em como podemos agir de forma mais assertiva como a “Garota do Echarpe Verde”.

As principais lições que podemos destacar são:

 

Primeira lição

O marketing e os meios de divulgação podem ser perigosos, principalmente para as crianças que não possuem instrução sobre educação financeira.

Se você tem filhos, sobrinhos, netos e etc., não deixe de auxiliar nesse processo de aprendizado.

 

Segunda lição

Não permanecer inerte em sua própria situação financeira, por mais desfavorável que a situação seja.

O segredo para sair de um estado de negação é reconhecer suas próprias limitações e saber onde nosso bolso aperta.

Então, comece o quanto antes a estabelecer um planejamento financeiro para saber onde você pode melhorar.

 

Terceira lição

Transforme sua realidade em oportunidade.

No caso da protagonista do filme, a grande oportunidade foi gerar recursos através da venda dos itens que adquiriu enquanto seu consumismo estava em alta.

Na vida real, a oportunidade pode ser pelo mesmo caminho ou buscando meios de empreender.

 

Quarta lição

Por mais complicado que seja, nunca é tarde para mudar os hábitos e a forma que lidamos com o dinheiro.

Mesmo sendo numa situação adversa, é possível fazer mudanças que sirvam para aquele momento e também para um novo estilo de vida.

Para prosperar financeiramente é necessário começar seguir uma sequência lógica: organizar suas finanças, reconhecer sua capacidade financeira, ter consciência das possibilidades de gerar riqueza, estudá-las e pôr em prática.

Para isso, devemos entender que nunca é tarde para começar o processo de mudanças.

 

Lições importantes e pontos de reflexão

 

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Por fim, esperamos de coração que esse postblog tenha ajudado você a entender mais sobre o consumismo e também da importância de ter uma vida financeira mais estável.

Não se esqueça de assistir o filme e conferir a história completa, vale muito a pena e você vai amar!

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