TAP: o futuro e as polémicas

As explicações de João Galamba em conferência de imprensa no Ministério

O ministro das Infraestruturas prestou declarações esta tarde aos jornalistas, no seguimento das acusações feitas pelo seu ex-adjunto Frederico Pinheiro, que acusa João Galamba de querer que mentisse à comissão parlamentar de inquérito à gestão política da TAP.

As explicações de João Galamba em conferência de imprensa no Ministério
MANUEL DE ALMEIDA/Lusa

O ministro das Infraestruturas rejeita as acusações feitas pelo seu ex-adjunto Frederico Pinheiro e garante que tem “todas as condições para participar neste Governo”. A propósito deste caso que está a gerar muito controvérsia, com a oposição a pedir a demissão do governante, João Galamba convocou os jornalistas para uma conferência de imprensa, ao início da tarde deste sábado.

"Reitero a negação categórica das acusações de tentar condicionar ou omitir informações prestada à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da TAP (...) acrescento que a prova de que essas acusações são falsas e contraditórias é o facto de toda a informação recolhida ter sido enviada graças à insistência do meu gabinete junto do Dr. Frederico Pinheiro, o que pode facilmente ser comprovado por múltiplas mensagens", afirmou João Galamba.

O ministro das Infraestruturas detalhou também a reação do ex-adjunto Frederico Pinheiro após ter sido demitido - “Procurou levar o computador de serviço, recorrendo à violência junto da chefe de gabinete de de uma assessora, aqui presentes e que refiro com a sua autorização e a quem aproveito para agradecer”.

João Galamba explica que a situação foi reportada às autoridades, nomeadamente à Polícia judiciária e ao SIS, e garante ainda que “este gabinete, a minha chefe de gabinete e todos os elementos deste gabinete sempre colaboraram ativamente e diligentemente com todos os pedidos da Comissão Parlamentar de Inquérito”.

Depois de fornecer diversas explicações sobre todo este caso, Galamba diz que os factos que acabou de reportar são “cristalinos” e “demonstram todos os esforços do meu gabinete para que tudo fosse recolhido" e as informações fornecidas à CPI. “Por todas estas razões que aqui foram detalhadas que eu entendo que tenho todas as condições para participar neste Governo e estou aqui de facto como ministro das Infraestruturas deste Governo”, afirmou o ministro das Infraestruturas em conferência de imprensa.

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A SIC teve acesso à resposta que Frederico Pinheiro enviou aos SMS de João Galamba e da sua chefe de gabinete, Eugénia Cabaço. A resposta, enviada às 14h12 de dia 25 de abril, indica que a decisão de não divulgar as notas da reunião “secreta” com a ex-CEO da TAP tinha sido tomada em conjunto.

Na noite de sexta-feira foram conhecidos várias mensagens de Whatsapp enviadas por João Galamba e por elementos do seu gabinete a Frederico Pinheiro, o adjunto que foi exonerando por telefone e que tentou ir buscar o seu computador ao Ministério numa cena rocambolesca, que envolveu quatro agentes da PSP e uma intervenção do SIS.


Como o Ministério das Infraestruturas já divulgou, a rotura entre Frederico Pinheiro e Joao Galamba deu-se enquanto este estava numa visita de trabalho a Singapura. É isso que explica a diferença horária entre envios e respostas, bem como o facto inusitado de o adjunto ter sido despedido telefonicamente pelo ministro mal aterrou em Lisboa, numa ação que não parece ter cumprido qualquer norma legal.

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