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“O Menino Maluquinho”: a primeira animação do personagem estreia na Netflix

A série que estreia nesta quarta (12) é a primeira série de animação brasileira do streaming. Veja o que você precisa saber sobre ela.

Por Luisa Costa
Atualizado em 17 out 2022, 16h45 - Publicado em 11 out 2022, 19h31

“Era uma vez um menino com o olho maior que a barriga, fogo no rabo e vento nos pés”. O Menino Maluquinho apareceu em 1980, e desde então encantou gerações de leitores brasileiros. Depois do livro, vieram as revistas em quadrinhos e algumas adaptações – mas é só nesta quarta-feira (12) que o personagem de Ziraldo ganha uma animação.

O Menino Maluquinho estreia neste dia das crianças e é também a primeira série brasileira de animação da Netflix, que contou com a produção de Carina Schulze e Rodrigo Olaio, do estúdio Chatrone. A Super conversou com eles para mergulhar nos bastidores do projeto – e contar tudo o que você precisa saber sobre o desenho animado.

A primeira temporada da série conta com 26 episódios que serão disponibilizados de uma só vez no streaming. E todos eles têm a aprovação do gênio criador do personagem. “A gente não teria conseguido fazer a animação sem a ajuda do Ziraldo”, conta Rodrigo. O cartunista participou principalmente no início da produção – um momento mais intenso do processo criativo em que se define roteiro, design dos personagens, cenários e tudo mais sobre como será o projeto.

A família do Ziraldo também conversou com os produtores, e até colocou a mão na massa. É o caso de Antonio Pinto, compositor e filho do cartunista, que criou uma música para o desenho animado. A faixa, que recebeu o apelido de “música do coração quentinho”, inclui um assobio que Ziraldo fazia para chamar Antonio e sua irmã, a cineasta Daniela Thomas, quando eles eram crianças.

É esse tipo de detalhe que se encontra na animação, feita por pessoas que têm um grande carinho pelo menino que vive com uma panela na cabeça. “A gente sempre foi apaixonado pelo personagem, e eu tenho uma lembrança muito forte de ler o livro na minha infância, as imagens ficaram gravadas… Então, sempre foi um desejo [fazer esse projeto]”, conta Carina.

Muitos roteiristas, ilustradores e animadores da equipe também são fãs das histórias em quadrinhos e do Ziraldo. É também por isso que a presença dele nos bastidores foi importante. “Ele ajudou não só a capturarmos um pouco da genialidade do Menino Maluquinho, mas também ajudou a gente a tranquilizar todo mundo em relação a mexer em uma obra desse patamar”, explica Rodrigo.

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Cena da animação do Menino Maluquinho.
Maluquinho divide seu tempo entre as casas de sua mãe e de seu pai, e está pronto para explorar as ruas sozinho ou com seu novo grupo de amigos. (Netflix/Divulgação)

O projeto começou a sair do papel em 2017, quando os produtores iniciaram as negociações e discussões com a Netflix. A produção engatou algum tempo depois e rolou inteiramente durante a pandemia. Carina explica que isso veio com prós e contras: “Tivemos desafios no sentido de aproximar a equipe, mas, ao mesmo tempo, aconteceu uma coisa meio mágica: o home office possibilitou que a gente pudesse trabalhar com pessoas do Brasil todo.”

“Isso não só deu a algumas pessoas a primeira chance de trabalhar com uma produção desse porte, com a Netflix, mas também nos permitiu fazer uma animação bem brasileira, que falasse com pessoas de regiões diferentes.” A pluralidade de pessoas na equipe garantiu um roteiro com expressões e sotaques variados, e esse esforço de facilitar a identificação de muita gente também aparece nas roupas dos personagens e nos cenários, por exemplo.

Como a animação estará disponível no streaming, os produtores também se preocuparam com a identificação do público internacional no início – mas acabaram deixando isso para trás. “A gente percebeu que o livro já tem uma mensagem muito universal, sobre a criatividade e a imaginação sem limites das crianças”, afirma Carina.

Cena da animação do Menino Maluquinho.
Desde o seu lançamento na década de 1980, os livros de Ziraldo foram publicados em mais de 10 países e venderam mais de 4 milhões de cópias. É a primeira vez que O Menino Maluquinho vira animação. (Netflix/Divulgação)

“Outro ponto é que trabalhamos com pessoas do Brasil inteiro, que trouxeram um pedacinho de si para a animação. Tem a rua em que uma pessoa cresceu, com o grafite na parede, tem um cachorro caramelo… E quando tem essas especificidades, alguém do mundo vai olhar para algum elemento e se identificar.”

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Rodrigo conta que eles notaram isso em uma reunião com uma equipe internacional da Netflix, de produtores e executivos, em que foram apresentados os cenários que apareceriam na série. “Cada um foi se identificando com elementos dos cenários e das ruas brasileiras, inclusive pessoas da Índia ou da Armênia.”

Com elementos super brasileiros, todo mundo deve se identificar com a primeira animação do Menino Maluquinho – inclusive quem se encantou com o personagem décadas atrás. Afinal, a criatividade e imaginação das crianças não só transmitem uma mensagem universal, como atemporal.

Além da adaptação de Carina Schulze e Rodrigo Olaio, O Menino Maluquinho tem direção de Beto Gomez e Michele Massagli, direção de arte de Beta Kruger e Walkir Fernandes e direção de animação de Fits. Gustavo Suzuki é o roteirista-chefe.

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