Nos anos 1990, Oscar Magrini viveu o seu auge e também a sua derrocada na Globo. Após o destaque em O Rei do Gado (1996) e Torre de Babel (1998), o ator foi demitido por problemas nos bastidores de Vila Madalena (1999).

O Rei do Gado - Leila Lopes e Oscar Magrini
Divulgação / Globo

Oscar foi fazer novela na Record. Tempos depois, seguiu para Portugal. A volta à Globo se deu com o auxílio do amigo Benedito Ruy Barbosa, autor de ‘Rei do Gado’ – atualmente em reprise no Vale a Pena Ver de Novo.

Os êxitos de Oscar Magrini

Após ser escalado para o Victor de Mulheres de Areia (1993), onde cobriu o espaço aberto com a saída de Evandro Mesquita – o de par romântico de Tônia (Andréa Beltrão) –, Magrini interpretou, com grande sucesso, o Ralf de O Rei do Gado.

Em 1997, ele foi acionado para fazer Pedro Olímpio, par de Sofia (Betty Lago), protagonista de O Amor Está no Ar.

Logo depois, o ator voltou ao horário nobre em Torre de Babel, na pele do malandro Gustinho, que bombou como cantor sertanejo, dublando o irmão Boneco (Ernani Moraes) e usando a alcunha Johnny Percebe.

Cartão vermelho

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O trabalho seguinte não foi tão feliz… Oscar Magrini foi demitido por justa causa pela emissora após constantes atrasos e faltas das gravações de Vila Madalena, trama de Walther Negrão para o horário das sete.

O personagem dele, Aricanduva – referência ao bairro da cidade de São Paulo –, omitia o verdadeiro nome e corria do compromisso com Lilica (Betty Gofman). Além dos atrasos, ele se negou a gravar determinadas cenas.

Oscar atribuiu os problemas internos ao atraso na entrega dos roteiros de gravações. Ele também se disse magoado com a decisão da emissora.

“É uma injustiça. Ele não gravou porque não recebeu roteiro. E também se constrangeu com a cena”, declarou, à revista Istoé, Matilde Mastrangi, que, além de ser esposa, cuidava da carreira de Magrini.

Para justificar o sumiço de Aricanduva, Negrão inventou uma fuga do altar, pelo fato dele já ser comprometido.

Vida fora da Globo

Oscar Magrini

Meses após a saída da Globo, Magrini foi convidado pela Record para integrar o elenco de Marcas da Paixão (2000), folhetim responsável pela retomada de produções próprias da casa, no qual interpretou o vilão Silvio Ramos.

No ano seguinte, ele se aventurou no exterior, atuando em obras das portuguesas SIC e RTP: Ganância e Senhora das Águas.

A volta para o canal que o projetou se deu em 2002, com Esperança, assinada pelo amigo Benedito Ruy Barbosa. O ator, porém, não foi contemplado com um contrato fixo.

Em 2003, Oscar Magrini seguiu para o SBT, onde interpretou Agenor, em Canavial de Paixões. Na Globo, marcou presença em Cabocla (2004) e Sinhá Moça (2006), entre outros títulos. O mais recente trabalho do artista foi na Record, como Noé, de Gênesis (2021).

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Dyego Terra

Dyego Terra é jornalista e professor de espanhol. É apaixonado por TV desde que se entende por gente e até hoje consome várias horas dos mais variados conteúdos da telinha. Já escreveu para diversos sites especializados em televisão. Desde 2005 acompanha os números de audiência e os analisa. É noveleiro, não perde um drama latino, principalmente mexicano, e está sempre ligado na TV latinoamericana e em suas novidades. Análises e críticas são seus pontos fortes. Leia todos os textos do autor