Lembra do Adalberto, de A Próxima Vítima? Os últimos dias de vida de Cecil Thiré não foram nada fáceis

Cecil perdeu a capacidade de andar e quase não falava por conta do avançado estágio do Mal de Parkinson.

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Cecil Thiré, ator, diretor e educador de arte dramática, faleceu pacificamente enquanto dormia em sua casa, situada no bairro do Humaitá, no Rio de Janeiro, no dia 9 de outubro de 2020. Tendo nascido em 28 de maio de 1943, ele completou 77 anos de uma vida marcada por contribuições significativas ao teatro, cinema e televisão brasileira.

Filho da célebre atriz Tônia Carrero e do artista plástico Carlos Arthur Thiré, Cecil cresceu em um ambiente artisticamente rico, embora tenha enfrentado desafios devido à intensa carreira de sua mãe, o que impactou sua infância com certa reclusão e introspecção. Desde jovem, Cecil buscou seu próprio caminho nas artes, inicialmente estudando atuação com Adolfo Celi e, mais tarde, fazendo nome para si no teatro dos anos 1960.

Carreira de Cecil foi marcada por grandes personagens

Sua carreira na televisão deslanchou com sua primeira participação em “Angústia de Amar” (1967), da TV Tupi, e se estendeu por décadas com atuações em diversas novelas da Rede Globo, como “O Espigão” (1974) e “Escalada” (1975). Um de seus papéis mais lembrados foi o do vilão Mário Liberato em “Roda de Fogo” (1986), onde interpretou um advogado com tendências inescrupulosas, papel que gerou debates pela complexidade e nuances de seu caráter.

Thiré também teve destaque em “A Próxima Vítima” (1995), onde interpretou Adalberto Vasconcelos, e continuou a atuar em produções significativas até se mudar para a Record, onde trabalhou em várias novelas até 2012.

Os últimos dias de vida de Cecil não foram nada fáceis

Após encerrar sua carreira na televisão, Cecil enfrentou desafios legais com a Record, resultando em uma vitória judicial significativa em relação a direitos trabalhistas. Nos últimos anos de sua vida, lutou contra o Mal de Parkinson, o que reduziu sua mobilidade e capacidade de comunicação.

Sua última aparição pública foi durante a cremação de sua mãe em 2018, onde já demonstrava sinais evidentes de sua condição de saúde. Cecil deixou quatro filhos de relacionamentos distintos e sua última esposa, a diretora teatral Nancy Galvão.