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Este trabalho se relaciona tanto com a pesquisa que coordeno como historiadora e diretora da Divisão de Memória Institucional (DMI) do Sistema de Bibliotecas e Informação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) quanto com a... more
Este trabalho se relaciona tanto com a pesquisa que coordeno como historiadora e diretora da Divisão de Memória Institucional (DMI) do Sistema de Bibliotecas e Informação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) quanto com a pesquisa que desenvolvo no Pós-Doutorado do Programa de Pós-Graduação em História Social (PPGHIS) da UFRJ referente à reflexão sobre as disputas de memória dentro da Universidade sobre o seu papel e de seus atores sociais durante a ditadura civil-militar (1964-1985). Neste estudo, apresentarei apenas uma parte dessa pesquisa, voltada para a análise da trajetória dos quarenta e quatro professores perseguidos e cassados pela ditadura civil-militar na Universidade com o apoio de integrantes da instituição que contribuíram para a vigília e expulsão destes docentes como também de estudantes e técnicos. Estamos organizando, com o apoio da Comissão da Memória e Verdade (CMV) da UFRJ da qual também sou membro e pesquisadora, um acervo de História Oral com entrevistas de docentes e técnicos que trabalharam com a maioria desses professores expulsos, como também com familiares de alguns desses docentes, já que a maioria faleceu. Além disso, desenvolvemos um guia de fontes bibliográficas que estão disponíveis nas Bibliotecas da UFRJ e no catálogo digital da Base Minerva como forma de divulgação da memória científica desses professores.
Resumo: Este artigo analisa as disputas de memória presentes nas comemorações e nos lugares de memória da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) durante o período da ditadura civil-militar e como a própria universidade lida com... more
Resumo: Este artigo analisa as disputas de memória presentes nas comemorações e nos lugares de memória da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) durante o período da ditadura civil-militar e como a própria universidade lida com essas memórias. A história centenária da UFRJ tem como traço marcante, desde a sua origem em 7 de setembro de 1920, a fragmentação de suas unidades e, por conseguinte, de seus acervos, que se encontram dispersos em seus diversos campi. As marcas dessas memórias em disputa sobre o passado e sobre a vida universitária durante a ditadura estão presentes no cotidiano da comunidade acadêmica e da sociedade, sobretudo, porque muitos dos sujeitos que estavam na gestão da instituição também exerceram cargos de destaque na administração federal.
Este artigo analisa as características da imprensa alternativa e do jornal O Pasquim – criado em 1969, durante a ditadura civil-militar brasileira. Foram destacadas as singularidades desse nanico que começou como um jornal de bairro e que... more
Este artigo analisa as características da imprensa alternativa e do jornal O Pasquim – criado em 1969, durante a ditadura civil-militar brasileira. Foram destacadas as singularidades desse nanico que começou como um jornal de bairro e que ganhou notoriedade nacional em pouco tempo, com a sua fala, o seu humor e as suas contradições. O Pasquim teve uma longa trajetória, permanecendo duas décadas em circulação (1969-1991) e, por conta disso, esse alternativo tem como principal característica o paradoxo. Ele existiu enquanto oposição ao regime ditatorial no pós-1964, e no período da redemocratização tornou-se aliado ao PDT no governo do Estado do Rio de Janeiro.
O Pasquim foi um semanário que surgiu em 26 de junho de 1969 como um jornal de bairro. Em especial, de um bairro da Zona Sul da cidade do Rio de Janeiro – Ipanema –, um reduto bastante elitizado e cosmopolita. É certo que nem todos os... more
O Pasquim foi um semanário que surgiu em 26 de junho de 1969 como
um jornal de bairro. Em especial, de um bairro da Zona Sul da cidade do Rio
de Janeiro – Ipanema –, um reduto bastante elitizado e cosmopolita. É certo
que nem todos os seus jornalistas eram cariocas. Alguns vinham de Minas
Gerais, outros do sul e do nordeste do país, mas na confluência de trajetórias
distintas constituíram um jornal a partir das referências daquele microcosmo,
lugar no qual a maioria residia e com o qual se identificava.
Millôr Fernandes pressupôs ter feito de suas crônicas um instrumento de crítica à norma e ao cerceamento das inúmeras formas de expressão. Seu humorismo se posicionou contra o ambiente repressor da ditadura no pós-1964,... more
Millôr  Fernandes pressupôs ter feito de suas crônicas um  instrumento  de  crítica  à norma  e  ao  cerceamento  das inúmeras formas de expressão. Seu humorismo  se  posicionou  contra o ambiente repressor da ditadura no  pós-1964,  especialmente  ao atuar  na  imprensa  alternativa.  O jornalista  construiu  com  seu humor  um  discurso  memorialístico da cidade do Rio de Janeiro.
Este artigo apresenta duas faces do jornal alternativo O Pasquim – criado em 1969, durante a ditadura militar – o qual ao mesmo tempo em que dialogava com o cenário da contracultura da década de 1960, representava nas suas páginas a... more
Este artigo apresenta duas faces do jornal alternativo O Pasquim –
criado em 1969, durante a ditadura militar – o qual ao mesmo tempo
em que dialogava com o cenário da contracultura da década de 1960,
representava nas suas páginas a cultura política autoritária brasileira.
O Pasquim teve uma longa trajetória, permanecendo duas décadas
em  circulação  (1969-1991)  e,  por  conta  dessa  longa  vida,  esse
alternativo tem como principal característica o paradoxo. Ele existiu
enquanto oposição ao regime ditatorial no pós-1964, e no período da
redemocratização tornou-se aliado ao PDT no governo do Estado
do Rio de Janeiro. Ressalta-se que, neste estudo, essa longa trajetória
não será analisada, torna-se importante ser destacado então que o
texto que se segue é apenas um ponto de suas muitas faces.
Resumo: O Pasquim foi criado, em 1969, como um jornal alternativo, e representou a boemia intelectual do bairro de Ipanema no Rio de Janeiro. Foi um periódico de oposição à ditadura civil-militar e de crítica aos costumes da classe média.... more
Resumo: O Pasquim foi criado, em 1969, como um jornal alternativo, e representou a boemia intelectual do bairro de Ipanema no Rio de Janeiro. Foi um periódico de oposição à ditadura civil-militar e de crítica aos costumes da classe média. Uma de suas grandes marcas foi a inovação da linguagem jornalística conjugando humor, criatividade e oralidade, influenciando uma geração de jornais que tiveram neste alternativo um paradigma. Devemos lembrar que ele continuou em circulação até 1991, embora não tivesse mais as características de outrora, uma vez que na década de 1980, sua linguagem foi se mesclando a da indústria cultural. Com isso, o jornal foi deixando de ser alternativo para se tornar um jornal-empresa. Contudo, a memória que se preservou sobre a sua existência ainda hoje é de sua fase alternativa. A imprensa alternativa Podemos destacar que no contexto da ditadura civil-militar (1964-1985) brasileira foram criados por volta de 150 periódicos que, em meio às suas especificidades, tinham um traço comum: a oposição ao regime autoritário. Tais periódicos ficaram conhecidos como imprensa alternativa ou nanica.3 De acordo com Bernardo Kucinski (2003, p.13), a imprensa alternativa possuía quatro significados essenciais, como: algo que não está ligado a políticas dominantes; uma opção entre duas coisas reciprocamente excludentes; única saída para uma situação difícil e, finalmente, o desejo que as gerações dos anos 1960 e 1970 tinham de protagonizarem as transformações sociais.
Nos anos 1960, a cidade do Rio de Janeiro foi concebida a partir do ideário construído sobre a memória de uma “República Ipanemense”, lócus da Zona Sul carioca onde se amalgamou uma parcela da vanguarda boêmio-literária nacional,... more
Nos anos 1960, a cidade do Rio de Janeiro foi concebida a partir do ideário construído sobre a memória de uma “República Ipanemense”, lócus da Zona Sul carioca onde se amalgamou uma parcela da vanguarda boêmio-literária nacional, principalmente porque o bairro foi o polo difusor de diferentes movimentos sociais, políticos e culturais que se tornaram importantes no cenário de oposição  à  ditadura  civil-militar  no  país,  como:  a  contracultura;  o  Cinema  Novo;  a  Esquerda
Festiva; a Banda de Ipanema e o jornal O Pasquim. Neste contexto, foi construída uma memória sobre  uma  Ipanema  Cosmopolita  em  oposição  a  Ipanema  Provinciana,  ou  seja,  mais  que  um
bairro carioca, era uma “República” que representava a metonímia de Brasil, que lançava moda, hábitos e costumes para outras regiões da cidade e para o país, que apesar de sua popularidade nacional,  não  era  popular  e  sim  bastante  elitizada,  ao  contribuir  pra  disseminar  a  cultura  do carioquismo.
O Pasquim da década de 1980 não era mais o mesmo do auge da década de 1970, mas a sociedade de uma maneira geral reforçou a identidade do auge do Pasquim dos anos 70, e raramente lembrava da decadência pela qual o alternativo passou até... more
O Pasquim da  década de 1980 não era mais o mesmo do auge da década de 1970, mas a sociedade de uma maneira geral reforçou a identidade do auge do Pasquim dos anos 70, e raramente lembrava da decadência pela qual o alternativo passou até o seu fim em 1991. Sobre esta memória cristalizada na sociedade de se trara este artigo.
O Pasquim foi um jornal da imprensa alternativa, que se opôs à ditadura brasileira pela crítica dos costumes, inspirado na filosofia existencialista de Jean-Paul Sartre. O seu êxito estava relacionado a sua linguagem, que conjugou... more
O Pasquim foi um jornal da imprensa alternativa, que se opôs à
ditadura  brasileira  pela  crítica  dos  costumes,  inspirado  na  filosofia
existencialista de Jean-Paul Sartre. O seu êxito estava relacionado a
sua linguagem, que conjugou política e humor.
RESUMO O periódico Pif Paf chegou às bancas do Rio de Janeiro, em maio de 1964. Em protesto, contra a sua demissão da revista O Cruzeiro, Millôr Fernandes lançou esse alternativo com o mesmo nome de sua antiga coluna na famosa revista,... more
RESUMO O periódico Pif Paf chegou às bancas do Rio de Janeiro, em maio de 1964. Em protesto, contra a sua demissão da revista O Cruzeiro, Millôr Fernandes lançou esse alternativo com o mesmo nome de sua antiga coluna na famosa revista, com a seguinte frase editorial: "Não temos prós nem contras, nem sagrados nem profanos". Podemos dizer que, apesar de ser voltado predominantemente à crítica de costumes e ter sido preparado antes do golpe, PifPaf foi recebido como uma resposta ao golpe civil-militar. Por isso, tornou-se uma revista política. Foi esse o uso que fizeram dela as circunstâncias e seus leitores. ABSTRACT The journal PifPaf reached the bunker of Rio de Janeiro in May 1964. In protest against the dismissal of the magazine O Cruzeiro, Millôr Fernandes launched this alternative with the same name as his former column in the famous magazine, with the following sentence editorial: "We have pros and cons, neither sacred nor profane." We can say that, despite being focused predominantly critical of the customs and have been prepared before the coup, PifPaf was received as a response to civil-military coup. Hence, has become a revised policy. That is the use they made of it the circumstances and your readers. 1-Cenários tensos, efemeridades postas e caladas Com a ditadura instaurada no pós-1964, houve um rompimento do diálogo com a sociedade civil. Sindicatos, partidos, movimentos sociais autônomos e a imprensa foram esvaziados. À truculência do governo autoritário opuseram-se as esquerdas em seus vários segmentos, desde os que acreditavam na via institucional como forma de retorno ao Estado de direito até aqueles que defenderam o caminho da luta armada. As organizações que defenderam a luta armada e a colocaram em prática não tinham como intenção a volta ao regime democrático e institucional anterior ao golpe, mas sim, a construção de um outro regime baseado em valores e referências diferentes daquele. Este é um debate presente no meio acadêmico. Para alguns historiadores, não se tratava exatamente de uma forma de resistência ao regime, embora a reconstrução de sua memória parta, sobretudo, deste pressuposto. Embora a crença nesta forma de luta não tenha iniciado nas esquerdas * Doutoranda do Programa de Pós-Graduação de História Social (PPGHIS) da UFRJ; bolsista CAPES.
Resumo: Este artigo analisa as características da imprensa alternativa e do jornal O Pasquim-criado em 1969, durante a ditadura civil-militar brasileira. Foram destacadas as singularidades desse nanico que começou como um jornal de bairro... more
Resumo: Este artigo analisa as características da imprensa alternativa e do jornal O Pasquim-criado em 1969, durante a ditadura civil-militar brasileira. Foram destacadas as singularidades desse nanico que começou como um jornal de bairro e que ganhou notoriedade nacional em pouco tempo, com a sua fala, o seu humor e as suas contradições. O Pasquim teve uma longa trajetória, permanecendo duas décadas em circulação (1969-1991) e, por conta disso, esse alternativo tem como principal característica o paradoxo. Ele existiu enquanto oposição ao regime ditatorial no pós-1964, e no período da redemocratização tornou-se aliado ao PDT no governo do Estado do Rio de Janeiro. Palavras-chave: Imprensa alternativa; O Pasquim; cultura política. O Pasquim, "a product of the middle, also nobody's perfect" Abstract: This article analyzes the characteristics of the alternative press and the newspaper O Pasquim − created in 1969, during the Brazilian civil-military dictatorship. The singularities of this runt were highlighted what began as a neighborhood newspaper and gained national fame in a short time with your speech, your mood and its contradictions. O Pasquim had a long history, remaining two decades in circulation (1969-1991) and, because of that, this alternative has the main feature of the paradox. He existed as opposed to the dictatorial regime post-1964 and in the period of democratization has become allied with PDT in the state government of Rio de Janeiro.
Resumo As crônicas de Millôr Fernandes estão marcadas por uma identidade urbana carioca. Ressaltamos ainda que essas narrativas de Millôr construíram uma identidade do Rio de Janeiro, mais especificamente da Zona sul carioca, como... more
Resumo As crônicas de Millôr Fernandes estão marcadas por uma identidade urbana carioca. Ressaltamos ainda que essas narrativas de Millôr construíram uma identidade do Rio de Janeiro, mais especificamente da Zona sul carioca, como metáfora de Brasil. Esse espaço carioca com a sua rede de sociabilidades representa em sua narrativa uma marca muito expressiva de suas criações, ou seja, tornou-se um hábito serem descritas em suas produções: o carioca, em especial o da classe média, a efervescência cultural de Ipanema e o seu modus vivendi, como também, sátiras de outras cidades do país. Palavras-chave: Millôr Fernandes, crônica, Rio de Janeiro Abstract The Chronicles of Millor Fernandes are marked with an urban identity in Rio. We also emphasize that these narratives Millôr constructed an identity of Rio de Janeiro, more specifically the area south of Rio, as a metaphor for Brazil. This space in Rio with its network of sociability in his narrative represents a very significant mark of his creations, ie, it became a habit to describe in their productions: the Rio, especially the middle class, the cultural effervescence of Ipanema and their modus vivendi, but also satires of other cities.
As crônicas millorianas expuseram uma identidade urbana carioca, construindo uma memória da cidade, ou melhor, uma identidade do Rio de Janeiro enquanto metonímia do Brasil. Henry Rousso (2002) destaca que a memória coletiva é uma... more
As crônicas millorianas expuseram uma identidade urbana carioca, construindo uma memória da cidade, ou melhor, uma identidade do Rio de Janeiro enquanto metonímia do Brasil. Henry Rousso (2002) destaca que a memória coletiva é uma reconstrução psíquica e intelectual que acarreta de fato uma representação seletiva do passado, o qual não é apenas do indivíduo, mas de um indivíduo inserido num contexto familiar, social, nacional. Neves (1995) observa, nas crônicas, um deslizamento discursivo expressivo da capitalidade  do Rio de Janeiro, já que, muitas vezes, Brasil  e Rio de Janeiro  são termos intercambiáveis. Seja como for, a crônica tem como especificidades as recriações da língua e da estética visual, a síntese da realidade cotidiana, a interlocução com o público, a intromissão na vida privada e nas relações de poder, o contato com a rua, entre outras intersecções. Portanto, as crônicas de Millôr se intrometem nas questões cotidianas, no comportamento da cidade e de seus personagens, nas relações políticas, nas redes de sociabilidade.
Resumo: As crônicas millorianas expuseram uma identidade urbana carioca. Assim, essas narrativas de Millôr Fernandes construíram uma memória da cidade, ou melhor, uma identidade do Rio de Janeiro enquanto metonímia do Brasil. Henry Rousso... more
Resumo: As crônicas millorianas expuseram uma identidade urbana carioca. Assim, essas narrativas de Millôr Fernandes construíram uma memória da cidade, ou melhor, uma identidade do Rio de Janeiro enquanto metonímia do Brasil. Henry Rousso destacou que a memória coletiva é uma reconstrução psíquica e intelectual que acarreta de fato uma representação seletiva do passado, o qual não é apenas do indivíduo, mas de um indivíduo inserido num contexto familiar, social, nacional. Como salientou Margarida Neves, "cronistas, por um lado, apresentam cotidianamente o particular relevo desta 'cidade capital' e, por outro, reiteram um deslizamento discursivo expressivo da capitalidade do Rio de Janeiro, já que, em seus textos, muitas vezes Brasil e Rio de Janeiro são termos intercambiáveis". Seja como for, a crônica tem como especificidades as recriações da língua e da estética visual, a síntese da realidade cotidiana, a interlocução com o público, a intromissão na vida privada e nas relações de poder, o contato com a rua, entre outras intersecções. Portanto, as crônicas de Millôr se intrometem nas questões cotidianas, no comportamento da cidade e de seus personagens, nas relações políticas, nas redes de sociabilidade. Palavras-chave: crônica, cidade, imprensa alternativa. 1-De Milton a Millôr Nascido Milton Fernandes, em 16/08/1923, mas oficializado em 27/05/1924, descobriu-se Millôr aos 17 anos, pela caligrafia do escrivão em sua certidão. Muitos poderiam pensar que fosse um erro ortográfico, mas Millôr se aproveitou das formas das letras desenhadas para criar outros sentidos para elas. Segundo o criador (ou criatura), "estava lá, aquele M aberto, i, l, depois vinha o t-que o cara fazia também aberto-, o; e termina com um r perfeito. Como ele riscou o t em cima do o, o que estava escrito era Millôr (...). Aí resolvi mudar. Foi curioso, porque assumi o nome de Millôr e todo pessoal, que trabalhava comigo e de casa, imediatamente, começou a me chamar de Millôr". 1 A relação entre as formas das letras de seu nome e o som destas gerou-lhe uma nova identidade e, segundo ele, criou um novo conteúdo para a sua existência. Além de promover, é claro, uma circunstância humorística, marca indelével de suas representações e de seus questionamentos que, em sua maioria, sempre estiveram ambientados no cenário urbano carioca. Aos dez anos de idade foi levado pelo seu tio Antônio Viola, que era diretor de gravura da revista O Cruzeiro, a participar de um concurso de ilustração em O Jornal (grande * Doutoranda. dedeaq@gmail.com.
Um estudo sobre o trabalho do Projeto Memória, coordenado pelo Sistema de Bibliotecas e Informação (SiBI) da Universidade Federal do Rio de Janeiro e desenvolvido em conjunto com diversas instâncias da Universidade. Um projeto que... more
Um estudo sobre o trabalho do Projeto Memória, coordenado pelo Sistema de Bibliotecas e Informação (SiBI) da Universidade Federal do Rio de Janeiro e desenvolvido em conjunto com diversas instâncias  da  Universidade. Um projeto que procura  viabilizar  mecanismos  para  diagnóstico, identificação,  assessoria  técnica  e  difusão  de  acervos  documentais,  arquitetônicos  e orais que constituem a história e a memória da UFRJ.  Como  entidade  pública,  a  Universidade  tem,  entre  suas  funções,  assegurar  à sociedade  o  direito  de  acesso  a  todas  as  informações  sobre  sua  origem,  trajetória  e funcionamento, reafirmando, desta forma, sua importância estratégica na construção de
saberes  e  da  cidadania.  A  organização,  a  preservação  e  a  divulgação  dos  acervos contribuíram para futuras pesquisas que tenham como objeto de estudo a produção do conhecimento gerado na Universidade.
Introdução Este trabalho tem íntima relação com a pesquisa que desenvolvemos na Divisão de Memória Institucional do Sistema de Bibliotecas e Informação (SiBI) da Universidade Federal do Rio de Janeiro, através do Projeto Memória,... more
Introdução Este trabalho tem íntima relação com a pesquisa que desenvolvemos na Divisão de Memória Institucional do Sistema de Bibliotecas e Informação (SiBI) da Universidade Federal do Rio de Janeiro, através do Projeto Memória, Documentação e Pesquisa que visa conhecer e difundir o acervo referente à memória e à história da UFRJ. Desde 2006, este projeto faz o levantamento e a análise de diferentes acervos documentais da Universidade: escritos; impressos; manuscritos; iconográficos; cartográficos; bem como, o patrimônio artístico; cultural e histórico-edificado; e às pesquisas relativas à constituição do acervo de História Oral da UFRJ, realizando entrevistas, a priori, com os ex-reitores que comandaram a Universidade, o que contribuiu para reflexão sobre a trajetória não somente destes indivíduos na UFRJ, como também sobre a própria instituição, com isso, podemos analisar as diferentes políticas técnico-científicas e educacionais. Um dos desdobramentos dessa coleta de depoimentos foi o desenvolvimento da pesquisa sobre o período da ditadura civil-militar na UFRJ, já que muitos ex-reitores entrevistados sempre remetiam à sua fala a esse período da história brasileira e os reflexos disso na UFRJ. Diante dessa demanda percebemos a necessidade também de se trabalhar com as memórias dos professores, estudantes e servidores técnico-administrativos que foram perseguidos e expulsos da Universidade neste momento. Além da pesquisa e análise da documentação existente nas Bibliotecas, Arquivos e Museus, ou seja, nos lugares de memória da UFRJ; como também em outras instituições de pesquisa. É importante ressaltar que a disseminação das pesquisas realizadas pela Divisão de Memória Institucional é realizada durante os seminários anuais, intitulados: Memória, Documentação e Pesquisa e exposições dos acervos consultados e analisados. E esses eventos também permitem ampliar o debate em torno de novos estudos sobre História, Memória e Patrimônio produzidos pelos docentes e pesquisadores da UFRJ, bem como
A História da UFRJ No ano de 2018, ao se completar a efeméride de 50 anos de 1968, decidimos refletir sobre os impactos da repressão autoritária na Universidade Federal do Rio de Janeiro por meio de uma exposição com fontes iconográficas,... more
A História da UFRJ No ano de 2018, ao se completar a efeméride de 50 anos de 1968, decidimos refletir sobre os impactos da repressão autoritária na Universidade Federal do Rio de Janeiro por meio de uma exposição com fontes iconográficas, matérias de jornais, placas que homenageiam pessoas ligadas ao regime autoritário que estão dispersas nos campi da UFRJ e documentos oficiais especialmente após a Reforma Universitária de 1968, o Ato Institucional número 5 e o Decreto Lei 477 de 1969, que contribuíram para legitimar a expulsão de muitos docentes, servidores técnico-administrativos e estudantes da UFRJ, além da modernização conservadora da Universidade. O ano de 1968 representou muitas transformações no cenário mundial quando irromperam diversas manifestações sociais, culturais e políticas contra o status quo, quebraram-se paradigmas: com a efervescência do Movimento Estudantil, a contracultura, críticas à Guerra do Vietnã, Movimento Hippie, entre outros. Muitos desses movimentos repercutiram no cenário de contestação brasileiro, especialmente no meio estudantil e na vida universitária. Em 2014, quando o golpe civil-militar completou 50 anos desenvolvemos uma pesquisa que refletiu sobre os impactos do Golpe na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Foi realizado um levantamento no acervo icnográfico do Arquivo Nacional sobre imagens e impactos da repressão militar na Universidade. Este trabalho tem íntima relação com a pesquisa que desenvolvemos na Divisão de Memória Institucional do Sistema de Bibliotecas e Informação (SiBI) da UFRJ, através do Projeto Memória, Documentação e Pesquisa que visa conhecer e difundir o acervo referente à memória e à história da UFRJ. Desde 2006, este projeto faz o levantamento e a análise de diferentes acervos documentais da Universidade: escritos; impressos; manuscritos; iconográficos; cartográficos; bem como, o patrimônio artístico; cultural e histórico-edificado; e às pesquisas relativas à constituição do acervo de História Oral da UFRJ, realizando