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Por Ana Paula Brasil — Valor Econômico


“La Flor Gigante” foi criada pelo arquiteto Eduardo Catalano. Com 25 metros de altura, pesa 18 toneladas e suas seis pétalas metálicas  se abrem com os primeiros raios do sol e se fecham ao entardecer — Foto: Valor
“La Flor Gigante” foi criada pelo arquiteto Eduardo Catalano. Com 25 metros de altura, pesa 18 toneladas e suas seis pétalas metálicas se abrem com os primeiros raios do sol e se fecham ao entardecer — Foto: Valor

BUENOS AIRES -

A Buenos Aires para iniciados tem como destino obrigatório a região de Palermo. As últimas renovações se concentram principalmente naquele lado da cidade. O bairro, originalmente ocupado por imigrantes e, portanto, eclético desde a origem, está hoje dividido por apelidos: Viejo, Chico, Soho e Hollywood. Cada pedaço tem seu charme particular. Formam um cardápio de atrações que oferece de noitadas memoráveis a lojas-design.

Palermo Viejo, como o nome já diz, é a parte mais antiga. Trata-se de uma área popular, de origem, mas que foi ganhando charme por causa de alguns moradores ilustres, entre eles o escritor Jorge Luis Borges. Seus quarteirões abrigaram imigrantes vindos da Itália, Polônia, Armênia, Ucrânia e Líbano. Dessa mistura de temperos surgiu uma região repleta de bons restaurantes. Já Palermo Chico é uma área mais reservada e residencial, escolhida pela classe média-alta portenha.

Em Palermo Soho, o entorno próximo à Plaza Cortázar (que os mais idosos chamam de Plaza Serrano) abriga escritórios, lojas de moda e design, bares, restaurantes e cafés. Nos fins de semana, feiras de rua cheias de novidade dominam as atenções. Fervilha durante o dia.

Para quem gosta da noite, a parada obrigatória é a região de Palermo Hollywood, que ganhou esse nome devido à grande concentração de produtoras de vídeo e cinema na região. Lá estão os bares e boates mais descolados. Importante ressaltar, para quem nunca foi à capital argentina, que a noite do portenho começa muito tarde. Algumas boates, por exemplo, só abrem a partir de uma da madrugada. Em algumas áreas da cidade, é surpreendente a quantidade de gente andando pelas calçadas à noite.

O básico obrigatório

Se você vai visitar Buenos Aires pela primeira vez, saiba que é possível ganhar tempo concentrando o circuito básico em um “citytour”, que pode se feito em uma manhã ou uma tarde. Esses pacotes custam entre US$ 15 e US$ 50 (dependendo do tamanho do grupo) e, em três ou quatro horas, levam os turistas até a Plaza de Mayo, Casa Rosada, Caminito, San Telmo, Teatro Colón, Avenida 9 de Julho e ao estádio de futebol do Boca Juniors, La Bombonera.

Também vale manter na programação uma visita noturna a Puerto Madero, região do cais do porto que passou décadas abandonada e foi reurbanizada nos anos 90. Empresas e bancos mantêm a área ocupada de dia; cinemas e restaurantes, à noite. A foto obrigatória: o monumento Puente de La Mujer (Ponte da Mulher), projetado pelo arquiteto espanhol Santiago Calatrava.

Roteiro mais arejado

Dos atrativos de Buenos Aires, “La Flor Gigante” ou “Floralis Genérica”, como foi batizada pelo autor, é um dos preferidos pelos turistas atualmente. A enorme flor de aço, instalada na Plaza de Las Naciones Unidas, na Recoleta, é uma criação do arquiteto Eduardo Catalano e custou US$ 5 milhões – presente dele para sua cidade natal. A obra de 25 metros de altura e 18 toneladas tem seis pétalas metálicas que se abrem com os primeiros raios do sol e se fecham ao entardecer.

Um museu que não está em destaque nos guias, mas vale a visita, é o MNAD – Museo Nacional de Arte Decorativo. O palácio pertenceu a um casal da sociedade de Buenos Aires no fim do século XIX: o diplomata Matías Errázuriz Ortúzar e Josefina de Alvear. A casa foi um dos centros sociais da capital no início do século XX e ainda transpira essa atmosfera. O casal morou na Europa e viajou o mundo. Assim, montou um acervo eclético.

Embora não seja novo, o Malba sempre merece atenção. Conhecido por abrigar o quadro “Abaporu”, de Tarsila do Amaral, uma das mais importantes obras de arte do modernismo brasileiro, o museu terá de 14 de setembro a 19 de novembro a exposição “Luxo, calma e voluptuosidade”, da brasileira Beatriz Milhazes.

Design

Buenos Aires virou referência no mundo do design e da decoração. As lojas são de enlouquecer. Dá vontade de alugar um contêiner para despachar mobiliário para o Brasil. Na Recoleta, existe até um shopping dedicado ao tema. O Buenos Aires Design está instalado em um prédio onde já funcionou um convento. Fique de olho nas lojas que têm objetos que cabem na sua mala: Sr. Mor e Morph.

Em Palermo, na Calle (rua) Honduras também há lojinhas de design bacanas, entre elas a Capital Diseño & Objetos. Outra opção para fugir dos grandes shoppings é a El Solar de la Abadia, em uma área do bairro conhecida como Las Cañitas. O centro comercial tem esse nome porque fica em frente à Abadia de San Benito e funciona no prédio que pertenceu à Companhia de Gás Inglesa.

Seleção de hotéis

Quem busca uma hospedagem menos padronizada, deve fugir do centro e das imediações da Calle Florida, área muito turística. A Recoleta reúne hotéis famosos, mas é em Palermo que se encontra a maioria dos estabelecimentos boutique e de charme.

Em Puerto Madero, um dos hotéis merece destaque pela inovação e pelo luxo: o Faena. Um antigo silo de cereais no cais do porto virou um dos locais mais impressionantes de Buenos Aires. O empresário da moda Alan Faena gastou US$ 30 milhões na reforma. O projeto, assinado pelo designer francês Philippe Starck, procurou misturar o moderno com a “belle époque”. É para quem pode. As diárias começam em US$ 500 e chegam a US$ 6.500.

Alternativas menos extravagantes, mas muito charmosas e elegantes, localizam-se em Palermo: Mine, BoBo e Vain. No mesmo bairro, uma opção barata, porém simpática e bem localizada, é o Craft.

Comes e bebes

Opções que vão do tradicional ao descolado.

Restaurantes

Chila – Alta gastronomia. Menu degustação a US$ 80, incluindo o vinho. Misturas interessantes e delicadas. Muito disputado. Reserve. Avenida Alicia Moreau de Justo, 1160. Puerto Madero. Tel: (54 11) 4343-6067.

Cluny – Cozinha francesa e mediterrânea. Calle El Salvador, 4618. Palermo. Tel: (54 11) 4831-7176.

Sucre – O forte é a carne. Opção mais charmosa para quem quer fugir das churrascarias. Calle Sucre, 676. Belgrano. Tel: (54 11) 4782-908.

Bares

Gran Bar Danzon – Lindo e moderno, pertence ao mesmo grupo do restaurante Sucre. Oferece também cozinha contemporânea e sushi bar. O movimento vai do happy hour às altíssimas horas da capital argentina. Calle Libertad, 1161. Recoleta. Tel: (54 11) 4811-1108.

Milion – Bar e restaurante de tapas. A decoração mistura o clássico com o hiper-moderno. Calle Parana, 1048. Almagro. Tel: (54 11) 4815-9925.

Acabar – Moderninho e descolado, oferece jogos de tabuleiros para os clientes. Calle Honduras, 5733. Palermo Viejo. Tel: (54 11) 4772-0845.

Tecnotango

A renovação portenha passa também pela música. Nascido em Buenos Aires no fim do século XIX, o tango está flertando com a música eletrônica. “Tango Fusion”, “TecnoTango” ou “Tango Eletrônico” são alguns dos nomes da nova tendência musical.

Seus principais expoentes são os grupos Gotan Project e Bajofondo Tango Club. Este último é liderado por Gustavo Santaolalla, vencedor de dois Oscars pelas trilhas sonoras de “O segredo de Brokeback Mountain”, do diretor Ang Lee, e "Babel", de Alejandro Iñárritu. Quem quiser conhecer melhor o movimento pode buscar shows de grupos como Narcotango, Otros Aires, Ultratango, Tango Crash, San Telmo Lounge, Yira, Tanghetto e Malevo Sound Project.

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