Vice-presidente da CPI da Covid, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) disse que tem conversado com líderes partidários para garantir que ele e o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), sejam os escolhidos pelo Senado para representar a Casa no Conselho da República. A ofensiva foi feita após o presidente Jair Bolsonaro dar a entender, nesta terça-feira, que pretende reunir o colegiado para mostrar uma "fotografia" da manifestação do 7 de setembro, Dia da Independência.
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O conselho é formado por 21 integrantes, sendo dez parlamentares (presidentes da Câmara e do Senado, líderes da maioria e da minoria, além de dois eleitos por cada Casa). O presidente da República, o vice, o ministro da Justiça e três pessoas com mandato também participam, além de duas indicações diretas de Bolsonaro.
"Já conversamos com os líderes partidários para que os dois indicados pelo Senado ao Conselho da República sejam eu e o senador Omar Aziz. Estaremos contando com a presença do senador Renan Calheiros (MDB-AL), líder da maioria do Senado, do senador Jean Paul Prates (PT-RN), que é líder da minoria, e com o deputado Marcelo Freixo (PSB-RJ), líder da minoria na Câmara", publicou Randolfe em sua rede social. "Adianto ao presidente que já estamos prontos para tomar seu depoimento", emendou.
O colegiado tem a função de discutir temas como intervenção federal, estado de defesa e estado de sítio, além de "questões relevantes para a estabilidade das instituições democráticas". Desde que foi criado, na Constituição de 1988, o Conselho da República costuma ser lembrado em período de tensão política e institucional no país. Foi assim em 1991, pouco mais de um ano antes do impeachment do ex-presidente Fernando Collor (Pros-AL), hoje um senador bolsonarista.