Comportamento

Por Por Isadora Moraes


A terapia assistida com cavalos traz benefícios físicos, psíquicos e cognitivos — Foto: Canva/ CreativeCommons
A terapia assistida com cavalos traz benefícios físicos, psíquicos e cognitivos — Foto: Canva/ CreativeCommons

Você já ouviu falar em terapia assistida com cavalos? A equoterapia é um método de reabilitação que utiliza o cavalo em uma abordagem interdisciplinar, unindo saúde, educação e equitação, para auxiliar no desenvolvimento biopsicossocial das pessoas atendidas, como afirma Aline Soares da Silva, psicóloga da Associação de Equoterapia Vassoural.

Além de o paciente ter benefícios físicos, como ganho de equilíbrio, força muscular e desenvolvimento craniocaudal, também há uma evolução no campo psíquico e cognitivo.

“A memória, atenção e concentração são estimuladas. A técnica ajuda no desenvolvimento da autoconfiança, segurança, autoestima e aumenta a produção de hormônios do bem-estar, prazer e relaxamento, melhorando os quadros de depressão e ansiedade”, completa a especialista.

Segundo Rosana Collect, fundadora da ONG EquoSorriso, que oferece equoterapia e equitação, o cavalo tem 98% do andar parecido com o do humano. Quando a pessoa senta no lombo do animal, seu corpo mexe tridimensionalmente.

“Durante a caminhada, a coluna do cavalo se conecta com a do humano, acionando partes do cérebro responsáveis pelo equilíbrio. A área do maxilar e garganta também são estimuladas, incentivando a fala, no caso das crianças”, acrescenta.

Além de ajudar no bem-estar físico, a equoterapia desenvolve o autocuidado  — Foto: Divulgação Equoterapia Vassoural
Além de ajudar no bem-estar físico, a equoterapia desenvolve o autocuidado — Foto: Divulgação Equoterapia Vassoural

Além disso, a prática melhora o autocuidado e a autonomia e ajuda os praticantes a desenvolveram escuta ativa e cuidado com o próximo. A terapia abrange as famílias dos atendidos, realizando um trabalho “de cuidar de quem cuida” e auxiliando para que eles tenham acesso total a seus direitos estabelecidos por lei, explica Aline.

A equoterapia pode ser feita individualmente ou em grupo. A prática com uma pessoa demanda o acompanhamento de três especialistas: equitador, responsável pelo cavalo e dois profissionais nas laterais, onde um realiza a mediação e o outro conduz a terapia.

“Em grupo, mais profissionais podem participar, dependerá do objetivo de cada atendimento”, diz Aline.

A sessão pode durar entre 30 minutos e 1 hora, variando conforme o estabelecimento e a necessidade do paciente. Ademais, o tratamento costuma durar um ano, segundo Aline, podendo ser estendido para, no máximo, dois anos, de acordo com a avaliação da equipe multiprofissional.

Quando a terapia é indicada?

Pessoas com e sem deficiência; com síndromes diversas, como Rett e West; distúrbios psiquiátricos, como TDAH, depressão e ansiedade; esclerose múltipla e esquizofrenia são perfis tratados na terapia assistida com cavalos.

Rosana alerta que a técnica só pode ser feita com a indicação de um médico. Caso contrário, não é possível realizar a prática.

A equoterapia só deve ser feita com a indicação de um médico — Foto: Divulgação Equoterapia Vassoural
A equoterapia só deve ser feita com a indicação de um médico — Foto: Divulgação Equoterapia Vassoural

Contraindicação

“Adultos com hérnia de disco ou problemas de coluna não são recomendados. Pessoas com Síndrome de Down, por exemplo, só são aceitas a partir dos 5 anos, porque elas não têm firmeza na coluna suficiente antes disso”, diz Rosana.

Luxação de quadril, instabilidade atlantoaxial, epilepsia não controlada, aneurisma ou angioma cerebral não resolvido cirurgicamente, psicoses ou esquizofrenia não controladas são casos de contraindicação absoluta, de acordo com Aline.

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