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Como mulheres e artistas, elas têm em sua linguagem uma forma original ao abordar questões complexas da natureza feminina, relacionadas a gênero, identidade, abuso social entre outras.

Em homenagem ao Dia Internacional da Mulher – comemorado em 8 de março – a CAIXA Cultural São Paulo abre a exposição “Silêncio(s) do Feminino” no dia 12 de março, sábado. A mostra coletiva, que tem entrada gratuita e fica em cartaz até 1º de maio, tem curadoria da também artista plástica  Sandra Tucci, que selecionou obras de cinco artistas brasileiras contemporâneas, cuja produção reflete um incômodo com as vulnerabilidades socioculturais que são suportadas pela mulher há séculos. São elas Cris Bierrenbach, Lia Chaia, Beth Moyses, Rosana Paulino eMarcela Tiboni.

O olhar artístico feminino abriu portas e janelas para dar espaço a uma forma singularizada de ver o mundo, de estar nele, de poder manifestar-se nele, de explorar ‘o como’ é ser afetado por ele”, diz a curadora.  

Na seleção de obras, que reúne fotografias, vídeos e desenhos, encontramos “potência, significado e voz que criam um mapeamento pelo qual, metaforicamente, compreendemos um silêncio que emudece, que faz calar, que arrepia e grita”, completa Tucci. A coordenação do projeto é de Gisa Picosque e a produção, de Ludmila Picosque, da Touché Cultural.

Obras e Artistas

Cris Bierrenbach – Fired (2013)

A série fotográfica “Fired” (2013) traz autorretratos da artista, que surge vestida com uniformes de diferentes ocupações, como comissária de bordo, policial militar e empregada doméstica. Além de trazer a tona temas como a mulher “bem sucedida” na sociedade, as imagens discutem a individualidade, já que, usando uniformes, é como se todos estivessem padronizados e identificados a um código de conduta vigente. Apesar de sabermos que o rosto fotografado é o da artista, não conseguimos identificá-la como um indivíduo nas figuras, que, depois de impressas em tamanho real, foram deformadas por tiros de arma de fogo e explosivos.

Nascida em São Paulo, em 1964, Cris Bierrenbach é fotógrafa e artista plástica. Iniciou sua carreira como repórter fotográfica no jornal Folha de S. Paulo, em 1989. Desenvolve um trabalho artístico que inclui vídeo, performance, instalação e pesquisa sobre técnicas de impressão fotográfica do século XIX, com ênfase na produção de daguerreótipos. Dentre os prêmios recebidos, destacam-se: Porto Seguro de Fotografia (2004), Prêmio Candango de Direção de Arte no 41º Festival de Cinema de Brasília (2008), Prêmio Aquisição Centro Cultural São Paulo (2009), Marc Ferrez de Fotografia e Arte Contemporânea da Funarte (2010). Além do Brasil, seus trabalhos já foram exibidos na Alemanha, Bélgica, Chile, Cuba, Espanha, Estados Unidos, França, Holanda, Japão, México, República Checa e Uruguai. Possui obras nas coleções do MASP, MAM-SP, MAC-SP e Maison Européenne de la Photographie, entre outros. Em 2005, foi convidada pela editora Cosac Naify a publicar um livro com seu trabalho dentro da coleção Foto-Portátil. A artista vive e trabalha em São Paulo.

Lia Chaia – Glam (2010)

O vídeo foi elaborado durante a primeira gravidez da artista Lia Chaia que exibe a forma de seu próprio corpo em “Glam” (2010). Ela leva para a obra sua pratica artística, vivências em dança e movimento e especula em seu trabalho formas de estar no mundo. Nas imagens, a artista sutilmente desenha, constrói e descontrói espaços com seu próprio corpo-instrumentoe deixa rastros sobre lantejoulas vermelhas, investigando força, peso, tamanho, espacialidade e sentido.

Lia Chaia nasceu em 1978 na cidade de São Paulo, onde vive e trabalha. Vem trabalhando com diferentes suportes, transitando pela fotografia, vídeo, performance, instalação e intervenções urbanas. Em 2009, recebeu a bolsa residência Currents- Art & Music em Beijing, China, em 2005, a Bolsa Iberê Camargo e Sala de Arte Publico Siqueiros para a Cidade do México. Realizou exposições individuais, Corpo Mitológico (Galeria Vermelho, 2015), Contratempo (Galeria Vermelho, 2013), RODOPIO (Centro Universitário Maria Antonia, 2009). Dentre as coletivas que participou estão em 2015, Paisagem Opaca, no Museu de Arte Moderna (MAM) de São Paulo e Aprendendo a Viver com a Sujeira (Galeria Vermelho, São Paulo). Em 2014, Pinacoteca de São Paulo visita o MAC (Museu de Arte Contemporânea) de Sorocaba e 140 Caracteres, no MAM-SP. Em 2013, ExpoProjeção 1973-2013, no Sesc Pinheiros, São Paulo, e Circuitos Cruzados: O Centre Pompidou encontra o MAM (MAM-SP). Em 2012, 11ª Bienal Internacional de la Habana: Praticas Artísticas e Imaginários Sociales, Havana.

Beth Moyses – Ex-purgo (2011)

Beth Moyses dedica grande parte de sua produção artística a performances onde é propositora, protagonista, diretora e autora ao mesmo tempo. Sua extensa produção de vídeos comumente apresenta grupos de mulheres, mas em “Ex-purgo” (2011), temos como elementos a mão da artista, uma colmeia fazendo as vezes de uma “ferida organizada” pela qual não escorre sangue, mas sim mel, além de abelhas com seus zumbindos. A artista costuma comparar sua performance com as mulheres, a um coletivo de abelhas – uma sociedade em que todas trabalham juntas, cooperam entre si, dividem as atividades e são solidárias uma com as outras.

Beth Moysés nasceu em São Paulo, em 1960, formou-se pela Fundação Armando Alvares, FAAP, em Artes Plásticas (1983), e é Mestre em Artes pela Universidade Estadual de Campinas, UNICAMP (2004). Sua Investigação sempre foi a violência doméstica contra as mulheres. Participou de importantes exposições nacionais e internacionais, como Virgin Territory - The National Museum of Women in The Arts, Washington, EUA (2001); Don’t Call it Performance – El Museo del Barrio ­ Nova York, EUA (2004); Museo Instituto Valenciano de Arte Moderno – IVAM, Valencia (2007) e Performance no Museu Reina Sofia (2008), na Espanha; I Bienal del Sur Panamá, Panamá (2013); I Bienal de Cartagena das Indias, Colombia (2013); I Bienal del Sur de Caracas, Venezuela (2015). Desde 2000, tem realizado várias performances públicas pelo mundo.

Rosana Paulino – “Assentamentos – Adão e Eva no paraíso brasileiro” (2014)

Os trabalhos de Rosana Paulino têm como foco a posição do negro, principalmente, da mulher negra na sociedade brasileira. Na série “Assentamentos – Adão e Eva no paraíso brasileiro” (2014), desenhos em técnica mista sobre papel azul foram originados a partir de retratos de pessoas de procedência africana, desconhecidos e desconhecidas, sugerindo a criação da civilização brasileira a partir de um casal de negros escravizados.

A produção de Rosana Paulino tem como foco questões sociais, étnicas e de gênero. Nascida em São Paulo, em 1967, é doutora em Artes Visuais e bacharel em Artes pela ECA-USP, possui obras em importantes museus tais como MAM – SP; UNM - University of New Mexico Art Museum, USA e Museu Afro-Brasil SP. Participou de diversas exposições no Brasil e no exterior e tem sido objeto de vários estudos acadêmicos, livros e revistas. Entre suas mostras estão: 2015: TERRITÓRIOS. Pinacoteca do Estado, SP. 2014: Poder provisório. MAM – SP. 2013: A Nova Mão Afro-brasileira. Museu AfroBrasil. SP. 2012: AFRO: Black identity in America and Brazil. Tamarind Gallery, USA. 2011: Incorporations. Europália 2011. La Centrale Eletrique, Bélgica. 2010: Roots and More: The Journey of the Spirits. Afrika Museum, Berg en Dau, Holanda.

Marcela Tiboni - “Estudo para desenho de corpo I” (2006)

Marcela Tiboni tem uma vasta produção de obras onde enfatiza o próprio corpo como suporte, referenciando a história da arte e da pintura.

Nas três fotografias de “Estudo para desenho de corpo I” (2006), produzidas no inicio de sua carreira, a artista registra seu corpo de mulher robusta marcado por traços que são base de um desenho pré-pintura. Seu corpo serve como suporte para a obra existir. Nele, os desenhos ganham vida frente à máquina fotográfica, com movimentos que fazem as linhas ganhar formas diferentes, criando imagens que envolvem autoconfiança e exposição, sinceridade e apelo, ingenuidade e malícia.

Marcela Tiboni nasceu em 1982, em São Paulo. Iniciou sua pesquisa investigando o corpo e a história da arte, através dos personagens, pintores, expressões, utilizando a fotografia, o vídeo e a performance como linguagem. Há três anos a investigação artística permanece nas questões do corpo, porém colocando o tema da violência, terrorismo, guerras e milícias como foco da produção. Esculturas, objetos, instalações e performances são as linguagens escolhidas. A artista já participou de exposições em diferentes instituições como Instituto Tomie Ohtake, Museu de Arte Contemporânea, Paço das Artes, Museu de Arte Brasileira, Sesc Ipiranga em São Paulo, Centro Cultural dos Correios, Museu Nacional da República, CC Ulisses Guimarães em Brasília, além de exposições na França, Espanha, EUA, Argentina.

A curadora

Sandra Tucci nasceu em São Paulo, 1964. Artista Plástica, curadora e professora, participou de exposições coletivas e individuais em âmbito nacional e internacional. Coordenadora do curso de Pós Graduação Curadoria em Arte, Senac-SP e docente dos cursos de Pós Graduação em Gestão Cultural, Fotografia como arte contemporânea, Fotografia Aplicada e Design. Mestre em Comunicação e Artes pela USP/ECA (2003). Colaboradora do Cultura e Mercado SP – onde ministra o curso Práticas em Curadoria desde 2014. É curadora da galeria Senac Lapa Scipião onde organizou as mostras: Fotografa Bia Gayotto em 2015; Ilustradores da galeria Ornitorrinco e do Grupo Sciarts “metacampo” em 2014, “Linguagem e Violência: Beth Moyses” em 2012 entre outras.

<br />Marcela Tiboni


Marcela Tiboni

Exposição "Silêncio(s) do Feminino"

happens
from 12/03/2016
to 01/05/2016

more
terça a domingo 9h às 19h

where
Caixa Cultural São Paulo
Praça da Sé 111 Centro
São Paulo SP Brasil
de terça-feira a domingo, das 9h às 21h
f: (11) 3321.4400

source
Assessoria de Imprensa da CAIXA Cultural São Paulo
São Paulo, SP

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