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International Womens Day. Vector seamless pattern with with women different nationalities and cultures. Struggle for freedom, independence, equality. (Foto: Getty Images/iStockphoto)

9 livros que você deveria ler para entender o feminismo no mês das mulheres (Foto: Getty Images/iStockphoto)

O Dia Internacional da Mulher é celebrado em 8 de março, mas dadas as circunstâncias onde os direitos e o respeito pelas mulheres são diariamente questionados por uma sociedade patriarcal, é necessário expandir esse discurso para além.

Para entender a história do movimento, é fundamental conhecer as raízes do feminismo e as lutas de mulheres de diferentes nacionalidades e culturas pela liberdade, independência e igualdade.

Pensando nisso, indicamos nove livros, de escritoras à frente do seu tempo, que deveriam ser lidos por homens e mulheres no mês das mulheres como: Mulheres que correm com os lobos, de Clarissa Pinkola Estés, um clássico dos estudos sobre o sagrado feminino e E eu não sou uma mulher? Mulheres negras e feminismo, de Bell Hooks, leitura obrigatória para entender questões relacionadas à mulheridade negra. Confira!

Mulheres, raça e classe, de Angela Davis - Editora Boitempo (Foto: Reprodução)

Mulheres, raça e classe, de Angela Davis - Editora Boitempo (Foto: Reprodução)

Mulheres, raça e classe, por Angela Davis

Mulheres, raça e classe, de Angela Davis, é uma obra fundamental para se entender as nuances das opressões. Começar o livro tratando da escravidão e de seus efeitos, da forma pela qual a mulher negra foi desumanizada, nos dá a dimensão da impossibilidade de se pensar um projeto de nação que desconsidere a centralidade da questão racial, já que as sociedades escravocratas foram fundadas no racismo. Além disso, a autora mostra a necessidade da não hierarquização das opressões, ou seja, o quanto é preciso considerar a intersecção de raça, classe e gênero para possibilitar um novo modelo de sociedade. Compre neste link

Feminismo em comum: Para todas, todes e todos, por Marcia Tiburi (Foto: Reprodução)

Feminismo em comum: Para todas, todes e todos, por Marcia Tiburi (Foto: Reprodução)

Feminismo em comum: Para todas, todes e todos, por Marcia Tiburi

Primeiro livro feminista escrito pela filósofa Marcia Tiburi, autora do sucesso Como conversar com um fascista. Com este livro, ela nos convida a repensar as estruturas e a levar o feminismo muito a sério, para além de modismos e discursos prontos. Espera-se que, ao criticar e repensar o movimento, com linguagem acessível tanto a iniciantes quanto aos mais entendidos do assunto, o livro seja capaz de melhorar nosso modo de ver e de inventar a vida. Compre neste link

Sejamos todos feministas, de Chimamanda Ngozi Adichie (Foto: Reprodução)

Sejamos todos feministas, de Chimamanda Ngozi Adichie (Foto: Reprodução)

Sejamos todos feministas, por Chimamanda Ngozi Adichie

Chimamanda Ngozi Adichie ainda se lembra exatamente do dia em que a chamaram de feminista pela primeira vez. Foi durante uma discussão com seu amigo de infância Okoloma. “Não era um elogio. ‘Percebi pelo tom da voz dele; era como se dissesse: Você apoia o terrorismo!’.” Apesar do tom de desaprovação de Okoloma, Adichie abraçou o termo e – em resposta àqueles que lhe diziam que feministas são infelizes porque nunca se casaram, que são “antiafricanas” e que odeiam homens e maquiagem – começou a se intitular uma “feminista feliz e africana que não odeia homens, e que gosta de usar batom e salto alto para si mesma, e não para os homens”. Neste ensaio preciso e revelador, Adichie parte de sua experiência pessoal de mulher e nigeriana para mostrar que muito ainda precisa ser feito até que alcancemos a igualdade de gênero. Compre neste link

Box O Segundo Sexo: Edição Comemorativa 1949 - 2019 (Foto: Reprodução/Amazon)

Box O Segundo Sexo: Edição Comemorativa 1949 - 2019 (Foto: Reprodução/Amazon)

Box O segundo sexo: Edição Comemorativa 1949, por Simone de Beauvoir

"Em 1949, Simone de Beauvoir publicava na revista Les Temps modernes alguns capítulos de seu próximo livro, O segundo sexo. Pioneiro, o texto causou grande comoção por seu feminismo audacioso e consagrou a autora no panteão da filosofia mundial. Em homenagem aos setenta anos desta obra revolucionária, a Editora Nova Fronteira preparou esta edição especial, que conta com a colaboração de grandes pensadoras brasileiras. Compre neste link

Mulheres que Correm com os Lobos, de Clarissa Pinkola Estes (Foto: Reprodução/ Amazon)

Mulheres que Correm com os Lobos, de Clarissa Pinkola Estes (Foto: Reprodução/ Amazon)

Mulheres que correm com os lobos, por Clarissa Pinkola Estés

Abordando 19 mitos, lendas e contos de fada, como a história do patinho feio e do Barba-Azul, Estés mostra como a natureza instintiva da mulher foi sendo domesticada ao longo dos tempos, num processo que punia todas aquelas que se rebelavam. Segundo a analista, a exemplo das florestas virgens e dos animais silvestres, os instintos foram devastados e os ciclos naturais femininos transformados à força em ritmos artificiais para agradar aos outros. Mas sua energia vital, segundo ela, pode ser restaurada por escavações psíquico-arqueológicas' nas ruínas do mundo subterrâneo. Até o ponto em que, emergindo das grossas camadas de condicionamento cultural, apareça a corajosa loba que vive em cada mulher. Um clássico dos estudos sobre o sagrado feminino e o feminismo. Compre neste link

Feminismo Branco: Das sufragistas às influenciadoras e quem elas deixam para trás, por Koa Beck (Foto: Reprodução)

Feminismo Branco: Das sufragistas às influenciadoras e quem elas deixam para trás, por Koa Beck (Foto: Reprodução)

Feminismo Branco: Das sufragistas às influenciadoras e quem elas deixam para trás, por Koa Beck

Desde as sufragistas, o feminismo sempre teve uma imagem branca, hétero, cisgênero e de classe média alta. Mas será que essa realidade realmente representa todas as mulheres? Em um livro brilhante que une um estudo extenso e uma abordagem envolvente, Koa Beck destrincha a história do feminismo branco e mostra como ele exclui grande parte das mulheres, perpetuando a opressão, o racismo e as hierarquias sociais, e, através de uma máscara de progresso, não resulta em mudanças efetivas. Compre neste link

A mística feminina, Betty Friedman - Editora Rosa dos Tempos (Foto: Reprodução)

A mística feminina, Betty Friedman - Editora Rosa dos Tempos (Foto: Reprodução)

A mística feminina, por Betty Friedan

A mística feminina investiga como foi construída e mantida a norma social que define mulher a partir de uma existência frívola, consumista, devotada ao lar, ao marido e aos filhos, à qual ela estaria fadada. Publicado orginalmente em 1963 nos Estados Unidos e em 1971 no Brasil, o livro retorna às livrarias em sua edição comemorativa de 50 anos, com textos inéditos da autora, Betty Friedan. Nessa obra pioneira, a partir de entrevistas, questionários e vasta bibliografia, Friedan identificou um sintoma social que denominou “problema sem nome”. Compre neste link

E eu não sou uma mulher?: Mulheres negras e feminismo, por Bell Hooks (Foto: Reprodução)

E eu não sou uma mulher?: Mulheres negras e feminismo, por Bell Hooks (Foto: Reprodução)

E eu não sou uma mulher?: Mulheres negras e feminismo, por Bell Hooks

Clássico da teoria feminista, tornou-se leitura obrigatória para as pessoas interessadas nas questões relacionadas à mulheridade negra e na construção de um mundo sem opressão sexista e racial. Sojourner Truth, mulher negra que havia sido escravizada e se tornou oradora depois de liberta em 1827, denunciou, em 1851, na Women's Convention - no discurso que ficou conhecido como “Ain't I a Woman” - que o ativismo de sufragistas e abolicionistas brancas e ricas excluía mulheres negras e pobres. A partir do discurso de Truth, que dá título ao livro, Hooks discute o racismo e sexismo presentes no movimento pelos direitos civis e no feminista, desde o sufrágio até os anos 1970. Além de examinar o impacto do sexismo nas mulheres negras durante a escravidão, a desvalorização da mulheridade negra, o sexismo dos homens brancos e negros, o racismo entre as feministas, os estereótipos atribuídos a mulheres negras, o imperialismo do patriarcado e o envolvimento da mulher negra com o feminismo, hooks pretende levar nosso pensamento além das suposições racistas e sexistas. Compre neste link

Por um feminismo afro-latino-americano, por Lélia Gonzalez (Foto: Reprodução)

Por um feminismo afro-latino-americano, por Lélia Gonzalez (Foto: Reprodução)

Por um feminismo afro-latino-americano, por Lélia Gonzalez

Filósofa, antropóloga, professora, escritora, militante do movimento negro e feminista precursora, Lélia Gonzalez foi uma das mais importantes intelectuais brasileiras do século XX, com atuação decisiva na luta contra o racismo estrutural e na articulação das relações entre gênero e raça em nossa sociedade. Com organização de Flavia Rios e Márcia Lima, Por um feminismo afro-latino-americano reúne em um só volume um panorama amplo da obra desta pensadora tão múltipla quanto engajada. São textos produzidos durante um período efervescente que compreende quase duas décadas de história ― de 1979 a 1994 ― e que marca os anseios democráticos do Brasil e de outros países da América Latina e do Caribe. Compre neste link

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